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Fluídos de Corte

Prof. Wellinton
O que são?
• Fluídos de corte são líquidos e gases aplicados na
ferramenta e no material que está sendo usinado, a fim de
facilitar a operação de corte
• Podem ser classificados de acordo com sua função como:
• Lubrificantes: Redução do atrito entre a peça e a ferramenta
• Refrigerantes: Redução da temperatura durante o processo de corte
• Afeta diretamente na qualidade do acabamento da peça
finalizada
Funções e Finalidades
• Diminuição da temperatura da peça e da ferramenta em
trabalho;
Funções e Finalidades
• Melhora o acabamento da superfície usinada
• Possibilidade de utilizar rotações maiores devido à redução de temperatura
ocasionada pelo fluído
• Desobstrução da região de corte;
• O escoamento de alta vazão do fluido ajuda a carregar, ou empurrar, o cavaco para
longe
• O resfriamento brusco do cavaco fragiliza-o e facilita sua quebra, ou fragmentação.
• Ao se utilizar fluidos de corte, os parâmetros de usinagem podem ser ajustados de
modo a facilitar a obtenção de cavacos menores.
Funções e Finalidades
• Aumento da vida da ferramenta
• Ocasionado pela menor temperatura e menor atrito da ferramenta com a peça
• Redução da força e potência necessárias ao corte
• Proporcionada pela lubrificação, reduzindo o atrito entre a ferramenta e a peça
• Redução do consumo de Energia
• Promovida pela redução da força e potência de corte
• Eliminação do gume postiço
• Gume postiço: material da peça que se solda à
ferramenta devido as altas temperaturas do processo
Tipos de Fluido de Corte
1. Soluções (Fluídos Sintéticos): Misturas de água com
produtos orgânicos e inorgânicos especiais sem utilizar
óleos na sua composição.

Vantagens Desvantagens
Não Inflamável Lubricidade limitada
Não produz fumaça Pode lavar filmes lubrificantes
Pouco tóxico Podem causar irritação da pele
Qualidade refrigerante superior Possibilidade de formar espuma
Baixa possibilidade de contaminação
Tipos de Fluido de Corte
2. Emulsões (Óleos solúveis e fluídos semissintéticos): Adição
de um emulsificador dispersa as gotículas de óleo que
possibilitando uma “mistura” entre a água e o óleo. Possuem
em geral aspecto leitoso devido aos emulsificadores.

Vantagens Desvantagens
Boa capacidade de resfriamento/lubrificação Podem evaporar (água)
Aplicável em metais ferrosos e não ferrosos Dificuldade de limpeza
Boa aderência do óleo na peça/ferramenta Formação de névoa devido ao óleo
Possibilidade de utilização em processos
Possíveis problemas de corrosão e
mais severos com a introdução de aditivos
proliferação de bactérias
(cloro, fósforo ou compostos sulforosos)
Tipos de Fluido de Corte
3. Óleos integrais: Chamados de óleos integrais por não
possuírem água em sua composição.
• Podem ser classificados em:
i. Óleos minerais: utilizados em operações leves e apresenta boa
proteção contra corrosão
ii. Óleos graxos: possuem extrema aderência nas superfícies da
peça/ferramenta e são utilizados em condições severas de extrema
pressão de corte (EP). Desvantagem: podem, com o tempo, se
decomporem e gerar um odor desagradável
Tipos de Fluido de Corte
iii. Óleos mistos: mistura entre os óleos minerais e graxos e possuem
uma limitação de temperatura (150ºC em sua aplicação)
iv. Óleos com aditivos: inclusão de aditivos para melhorar as
propriedades dos óleos para utilização em condições severas com
elevadas forças de corte.
Vantagens Desvantagens
Extrema capacidade de lubrificação Dificuldade de dissipar calor
Excelentes para cortes em baixas velocidades Alto risco de fogo
Conservação prolongada da ferramenta de Incidência de fumaças e névoas nocivas
corte ao operador

Boa proteção à corrosão Grande dificuldade de limpeza


Tipos de Fluido de Corte
Propriedades Desejáveis
• Várias propriedades podem ser desejáveis em um fluído de,
dentre elas temos:
• propriedades anticorrosivas, antiespumantes e antioxidantes
• compatibilidade com o meio-ambiente
• propriedades de lavagem
• alta capacidade de absorção de calor
• boas propriedades antidesgaste
• boas propriedades antisolda ou EP
• estabilidade durante a estocagem e o uso
Propriedades Desejáveis
• ausência de odor forte e/ou desagradável
• ausência de precipitados sólidos ou outros de efeito negativo
• viscosidade adequada
• transparência, se possível
• Vale destacar que não existe um fluído universal, portanto a
escolha correta do fluído que melhor se encaixa nas
especificações da operação é de extrema importância
Critérios Para Seleção do Fluído
• Processo de Usinagem: Variáveis de corte, tendo como regra
geral:
1. Usinabilidade Baixa – Baixa Vc – Lubrificação – Óleos Integrais
2. Usinabilidade Alta – Alta Vc – Refrigeração – Soluções e Emulsões
• Material da peça:
1. Magnésio: Nunca usar fluído com água – Risco de ignição
2. Ferro Fundido:
i. Cinzento e Maleável – Geralmente usinagem a seco
ii. Nodular – Emulsão
3. Alumínio: Geralmente a seco ou de refrigeração para controle da
dilatação térmica
Critérios Para Seleção do Fluído
• Material da peça:
4. Aço: Usinabilidade variável, admite todos os tipos de fluídos de corte
• Material da ferramenta:
1. Aço Rápido: qualquer fluido.
i. Para uso em altas velocidades de corte (Vc) - Refrigeração.
2. Metal Duro: usinagem a seco ou refrigerante para aumentar a vida
da ferramenta e proporcionar alta Vc. (seleção criteriosa)
3. Cerâmica: geralmente a seco (evitar o uso de refrigerante para não
ocorrer choque térmico).
4. Diamante: refrigerado por soluções.
Critérios Para Seleção do Fluído
• Material da peça:
4. Aço: Usinabilidade variável, admite todos os tipos de fluídos de corte
• Material da ferramenta:
1. Aço Rápido: qualquer fluido.
i. Para uso em altas velocidades de corte (Vc) - Refrigeração.
2. Metal Duro: usinagem a seco ou refrigerante para aumentar a vida
da ferramenta e proporcionar alta Vc. (seleção criteriosa)
3. Cerâmica: geralmente a seco (evitar o uso de refrigerante para não
ocorrer choque térmico).
4. Diamante: refrigerado por soluções.
Cuidados de Operação e Manuseio
• Devemos sempre optar por fluídos que ofereçam menos
riscos tanto para o operador quanto para o meio ambiente
• O descarte destes fluídos devem ser feito de forma específica
e encaminhados para alguma empresa responsável por fazer
o tratamento ou a reciclagem do líquido

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