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Esse artigo faz parte de uma coletânea que foi produzida, pelo programa de pós

graduação da UERJ, onde apresenta debates sobre as políticas sociais.

O texto traz alguns eixos temáticos sobre um debate sobre orçamento público,
que é um debate fundamental para o serviço social, porque não da pra pensar politica
social, sem pensar como ela é financiada.

O que é fundo público, é tudo que é arrecadado pelo Estado, por meio de
taxas, impostos e contribuições. E partir dessa arrecadação que ele vai fazer o gasto
público, que é onde estão incluídas as políticas públicas, inclusive as políticas sociais. A
característica do fundo público do liberalismo é a arrecadação do fundo público ele
também vai sobrecarregar a classe trabalhadora. O Estado do neoliberalismo, vai cada
vez mais arrecadar recursos do fundo público dos salários da classe trabalhadora e vai
aplicar nas necessidades do capital. Isso que a gente chama de sistema tributário. Uma
das formas do capitalismo neoliberal construir essa arrecadação de fundo público, que
a gente chama de uma arrecadação regressiva, que é quando proporcionalmente ela é
inversa, os trabalhadores acabam pagando mais.

Uma das coisas centrais que o plano diretor vai pregar é a ideia de que existe
um setor público não estatal, e é dai que vão sair as organizações sociais, as fundações
publicas de direito privado e o uso das empresas públicas nas políticas sociais como é o
caso da empresa brasileira de serviços de saúde ABC do governo federal.

No Brasil nos vamos entrar no neoliberalismo tardiamente, considerando o


governo Collor como o primeiro governo de programa neoliberal, mas o que
consolida o neoliberalismo no Brasil é o FHC na década de 90.
Quando eles dizem que vão fazer reformas, na verdade eles usam o termo
reforma de forma positiva, mas na verdade são retrocessos em relação a
direitos que já haviam sido constituídos e adquiridos, por isso chamamos de
contra reforma. Então o marco determinante do neoliberalismo no Brasil, é
o plano diretor da reforma do Estado.
1- O início dos anos 2000 vai ser um momento de grande ascensão de
movimentos sociais, e esse avanço dos movimentos sociais, dos
trabalhadores vai levar um questionamento sobre o neoliberalismo. No
texto tem se chamado esse segundo período neoliberal, de neoliberalismo
de cooptação, que vai ser a ascensão de governos chamados progressistas,
onde é o omento que chega ao poder na américa latina o chaves, o morales.
o hugo no Paraguai, o lula e mesmo em países centrais, a gente vai ver a
ascensão do partido democrata nos eua com o Obama, sendo o primeiro
presidente negro no eua. Quais são as características desse período é a
cooptação dos movimentos sociais, e essas pautas foram muito capturadas
pelos estados, inclusive com representantes dos governos que são negros,
que são indígenas, mas que vão seguir implementando o projeto neoliberal,
com nuances, com mediações, com negociações, com processos de
cooptação que tornam mais lento a implementação de algumas coisas,
inclusive porque envolve negociações, mas a gente não acha que houve
qualquer interrupção do neoliberalismo nesse momento.
2- Porque a lei de responsabilidade fiscal? Ela limitou a possibilidade de
gastos com servidores públicos dos estados, municípios e da união. Isso
legitimou em larga medida, essa forma de organização do serviço público
por organizações sociais, por entidades públicas, não estatais, mas que são
do direito privado e pra onde se vai terceirizar a gestão do serviço público,
onde um dos impactos mais fundamentais é a perca de estabilidade dos
servidores que são vinculados a essas organizações ditas públicas não
estatais. E a lei de responsabilidade fiscal vem legitimar isso fortemente ao
limitar os gastos com servidores públicos nos orçamentos, mas ela não
limita gastos com a dívida pública.
3- A desvinculação das receitas da união, que é DRU, a lei de responsabilidade
fiscal e os contingenciamentos de orçamentos para fazer superavit
primário.
DRU desvinculação das receitas da união, eles permitem que parte desse
orçamento vinculado ao fundo seja desvinculado. A dru primeiro ela
chamada no governo fhc de fundo social de emergência, ela chegou a
reduzir nos governos do pt descendo até 10%, já no governo temer ele
colocou até 2023 a maior dru de todas, que chegou a 30% e estendeu a
possibilidade de desvinculação em estados e municípios.

As autoras trabalham que há uma crise estrutural do capital, desde o fim da


década de 70, mas dentro dessa crise estrutural há alguns momentos de retomada de
maior ascensão e momentos mais agudos de crise e um desses momentos de agudos
da crise do capital foi em 2008, que é uma crise que começa pelo sistema financeiro
que vai gerar uma movimentação na luta de classes, então a princípio, os
trabalhadores parecem ter ganho, mas eles são derrotados pelo programa neoliberal,
que vai ter ascensão de governos de características neofacistas no mundo inteiro,
inclusive no Brasil com o governo Bolsonaro.

Ultraneoliberalismo é o neoliberalismo, as autoras chamam de ultra porque é


mais pofrundo, que aprofunda seus pressupostos de individualismo, de exploração
sem mediação do trabalho, de destruição de direitos de políticas publicas. Por isso é
ultra, porque o que é ruim pode ficar pior. kkkkkk

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