Slides Do Texto-Base 01 - Psicologia - Uma (Nova) Introdução PDF

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR RICARDO TAVEIROS BRASIL

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PSICOLOGIA:
UMA (NOVA) INTRODUÇÃO
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• Prof. Luís Claudio Figueiredo

Psicólogo (PUC/SP), mestre e doutor
em Psicologia Experimental (USP),
livre docente (USP), psicanalista e
professor da PUC e da USP (São Paulo)
• Prof. Pedro Luiz Ribeiro de Santi LUIS CLAUDIO PEDRO LUIZ
Psicólogo (PUC/SP), mestre em
Filosofia, doutor em Psicologia
Clínica, psicanalista e professor da
ESPM (São Paulo)
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PSICOLOGIA:
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PREFÁCIO
1991
LUÍS CLAUDIO 1992 PEDRO LUIZ

FIGUEIREDO RIBEIRO DE SANTI
ELEMENTOS PARA
UMA HISTÓRIA DA
PSICOLOGIA, SÃO
1996 PAULO, UNIP.
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PSICOLOGIA:
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A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

INDEPENDENTE: UMA VISÃO
PANORÂMICA E CRÍTICA
• Das ideias psicológicas mais antigas à Psicologia como uma ciência: a figura do psicólogo e as
instituições voltadas à produção e transmissão do conhecimento psicológico / questões acerca da
definição de um objeto e dos seus métodos de acesso/ as pretensões de independência da Ψ.
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PSICOLOGIA:
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• As ideias de psique e/ou mente não se apresentam como objetos observáveis, portanto não se
enquadram nas exigências de uma ciência positiva / Em que pesem os obstáculos, algo se opõe
à dispersão teórica e sugere a existência de uma Psicologia com sua diversidade de abordagens.
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PSICOLOGIA:
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PRECONDIÇÕES SOCIOCULTURAIS
• Experiência da PARA O APARECIMENTO DA
subjetividade PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA NO
privatizada: foro íntimo SÉCULO XIX
de cada um/a (pensar,

decidir, sentir, desejar) /
manter a privacidade ou
experimentar a solidão.
• Essa experiência de
sermos sujeitos capazes
de decisões, sentimentos e
emoções privados só se
desenvolve, se aprofunda O PENSADOR (AUGUSTE RODIN) / A 1ª VERSÃO: +/- 1880
e se difunde amplamente
numa sociedade com
• Condições para o estudo do psicológico:
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determinadas 1. A experiência da subjetividade privatizada;
características (p. 20). 2. A experiência de crise da subjetividade.
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PSICOLOGIA:
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• Historiadores/as nos mostram

que as irrupções significativas
da experiência subjetiva
privatizada acontecem em
situações de crise social
(tradições culturais /
contestam-se valores, normas
e costumes / surgem novas
formas de vida).
• Artes e Literatura: existência

de pessoas mais solitárias e
mais indecisas do que antes.
• Perda de referências coletivas:

construção de referências
internas: quem sou eu? (...)
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PSICOLOGIA:
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• Na literatura, o aparecimento da poesia
lírica: o poeta expressa seus sentimentos e
desejos particulares muitas vezes opostos
ao que a sociedade espera dele (amores
socialmente não recomendados ou até
mesmo proibidos).
• Nas artes plásticas, o realce dos traços

particulares dos modelos na escultura e na
pintura representativa / ou expressando,
de modo cada vez mais individualizado, a
subjetividade do próprio artista.
• Novos sistemas religiosos (ou variantes

de antigos) e heresias que enfatizavam -
cada vez mais e de diversas maneiras - a
responsabilidade do indivíduo / destaque:
AS MENINAS (DIEGO VELÁZQUEZ) o Protestantismo (Lutero, Calvino...)
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PSICOLOGIA:
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• O aprofundamento da experiência subjetiva privatizada não foi um
processo linear pelo qual tenham passado todas as sociedades
humanas (nesse sentido, a importância da Antropologia).
• A crença na • A experiência de se
liberdade reconhecer na condição de
como um dos um indivíduo não é
elementos natural ou necessária, mas
centrais da parte de um movimento
democracia e histórico e, sobretudo,
da sociedade moderno.
de consumo.
• Mas... em que medida
somos realmente livres?
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PSICOLOGIA:
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• Do Renascimento à • No período medieval,
consolidação da Idade a sensação de que
Moderna. havia uma “ordem
superior” a ditar os
• O auge da crise do rumos da experiência
sujeito moderno: final constrangia o
do século XIX. indivíduo, mas
também o amparava.
• A perda das
referências ocorre já • Quando se perdem as
no Renascimento; a referências → por um
falência do mundo lado, há liberdade; por
medieval e a abertura outro, há insegurança.
do Ocidente ao
mundo lançam o • Escolher os caminhos
europeu em um e arcar com as
estado de desamparo. consequências.
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PSICOLOGIA:
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• Distanciamento do divino e do sagrado / o mundo e a natureza

passam a ser cada vez mais objetos de uso e controle da ação
humana (parte essencial da origem da ciência moderna).
• Surge a
imprensa e
difunde-se a
leitura
silenciosa.
• O trabalho
intelectual
como ato
solitário.
• O EU em Michel de Montaigne publicado em

seus Ensaios / a subjetividade na Literatura.
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PSICOLOGIA:
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• “O bom uso que os indivíduos devem fazer da sua

liberdade” e outras estratégias de controle da
subjetividade.
• O pensamento do racionalista René Descartes

como marco inicial da Modernidade: pretensão
de estabelecer as condições de possibilidade para
a obtenção de um conhecimento seguro.
• Descartes se prontifica a superar tanto a

dispersão renascentista quanto o pessimismo dos
céticos por meio do procedimento de submissão
de toda e qualquer ideia, impressão ou crença a
uma dúvida metódica.
• Enquanto duvido, há a ação de duvidar e essa

ação requer um sujeito: penso, logo existo.
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PSICOLOGIA:
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F. BACON • A partir de Descartes, a verdade consiste em adquirir
uma representação correta do mundo e ela seria
necessariamente interna, ou seja, a verdade reside no
ser humano, dá-se para ele.
• Francis Bacon, contemporâneo de Descartes, também
se ocupa do estabelecimento das bases seguras para o
conhecimento válido no campo das experiências
subjetivas.
• Bacon funda o que ficou conhecido como Empirismo

moderno para afirmar a necessidade de dar à razão
uma base na experiência sensorial, o que garantiria,
para ele, a percepção purificada das coisas.
• A crítica iluminista dirigida a Descartes e a Bacon

coloca em xeque, a partir do século XVIII, a soberania
do Eu (da razão purificada e dos sentidos).
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PSICOLOGIA:
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• David Hume: o I. KANT
Eu é mais o efeito
das experiências
do que o senhor
das experiências.
• Immanuel Kant:
o ser humano só
tem acesso às
coisas como elas
se apresentam, ou
seja, só tem acesso
aos fenômenos.
D. HUME → EMPIRISMO RADICAL
• É desejável - mas
impossível - o
• Iluminismo (século das luzes / Ilustração / Esclarecimento):
controle dos
movimento filosófico do século XVIII que representava a retomada da
impulsos, desejos
razão como fonte de autoridade e de legitimidade do conhecimento.
e propensões.
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PSICOLOGIA:
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• Romantismo: crítica à
vertente racionalista do
Iluminismo / o ser humano é
passional e sensível.
• Nascido na Alemanha, quer
evidenciar os impulsos e as
1
forças naturais, superiores à
W. TURNER consciência dos indivíduos.
• O Romantismo faz a crítica
da Modernidade e traz toda
uma nostalgia de um estado
anterior perdido.
• Razão destronada, método
feito em pedaços / o Eu é
deslocado do centro da
subjetividade, uma ilusão a
encobrir o mais profundo.
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PSICOLOGIA:
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• O Romantismo DARWIN • Século XIX: a

é um momento deposição do Eu
essencial na do lugar de
crise do sujeito centralidade
moderno pela (Karl Marx,
destituição do Charles Darwin
Eu de seu lugar e Friedrich
privilegiado de Nietzsche).
senhor ou
soberano. NIETZSCHE
• Nietzsche: não
só o ser humano
• Por outro lado, MARX foi deslocado da
traz a ideia de posição de
que possuímos centro do
algo de mais mundo, mas a
profundo que “ideia de centro”
desconhecemos. foi destruída.
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PSICOLOGIA:
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CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS QUE SUSTENTARAM O PROCESSO DE
INDIVIDUALIZAÇÃO NO OCIDENTE MODERNO:
Cada um/a deve ser

capaz de identificar
sua especialidade,
aperfeiçoar-se nela,
TEMPOS MODERNOS (CHARLIE CHAPLIN) identificar-se com
ela / a experiência
• A existência de um sistema social e da barganha nas
econômico que, talvez, pela carga de trocas mercantis /
conflitos e transformações que carrega cada um/a deve
consigo, aprofunda e universaliza as defender seus
experiências da subjetividade próprios interesses.
privatizada, qual seja, o sistema
mercantil plenamente desenvolvido.
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PSICOLOGIA:
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• O mercado de trabalho: para ele vão as pessoas que não possuem meios próprios para produzir
e sobreviver; alugam sua força de trabalho para receber em troca um salário com o qual devem
comprar produtos de que necessitam para viver / dependência da exploração dos proprietários.
• Trabalhador/a livre (?) / liberdade negativa.

• Ascensão social e econômica √ / Falência √
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PSICOLOGIA:
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• Princípios liberais: • ... e individuais

seres humanos são (ideologia
iguais em capacidade e liberal); cada um
devem ser iguais em é diferente, mas é
direitos. nostálgico do
tempo em que a
• “Se todos são iguais, é vida era mais
natural que devam ser comunitária e
livres para defender espera pelo
seus interesses sem retorno desse
limitações”. modelo
(Romantismo).
• Problemas da
experiência subjetiva • A carga de
privatizada: todos/as responsabilidade
são iguais, mas têm de ser um
interesses próprios... A. SMITH indivíduo.
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PSICOLOGIA:
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• Para reduzir os
• Regime Disciplinar:
inconvenientes da
pode ser identificado
liberdade e das
nas escolas, nas
diferenças singulares,
fábricas, nas prisões,
instala-se e passa a ser
nos hospitais, nos
aceito entre nós
órgãos administrativos
(ocidentais e
do Estado e nos meios
modernos/as) todo
de comunicação.
um sistema de
docilização e
• Crise da
domesticação das
subjetividade
pessoas; um sistema
privatizada: no
que envolve a
começo do
elaboração e a
conhecimento há uma
aplicação de técnicas
desconfiança; no fim,
científicas de controle
há uma decepção.
social e individual.
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PSICOLOGIA:
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• A liberdade e a diferença revelam-se, em grande medida, como ilusões (Regime Disciplinar está
presente em praticamente todas as esferas da vida) / ora, como sustentar as ideias de liberdade e
a defesa das diferenças individuais? → é assim que a crise da subjetividade privatizada se mostra.
• Agora sim... os tempos estão ficando maduros para a constituição de uma Psicologia científica.
• O desenvolvimento das práticas de previsão e controle da subjetividade pelo Estado (p. 50-52).
• Síntese do capítulo (p. 52-53): as precondições socioculturais para o aparecimento da Psicologia.
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PSICOLOGIA:
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• Modernidade (séc XIX): contexto, terreno, relevo social, caldo cultural, as condições objetivas.
• Processo de assimilação dos primeiros projetos de Psicologia como uma ciência independente.
• Escolas de filosofia, ciências (naturais) e a demarcação de um novo domínio de conhecimento.
A PRÁTICA CIENTÍFICA E A EMERGÊNCIA

DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
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PSICOLOGIA:
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• A posição contraditória do sujeito que produz conhecimento sob ditames da ciência moderna.
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PSICOLOGIA:
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VALIDADE INTERSUBJETIVA DOS ACHADOS

• Os ideais de cientificidade
fizeram com que os cientistas
reconhecessem a existência
de fatores subjetivos na
produção de conhecimento.
• Então, é necessário estudar a

subjetividade; deve haver um
sujeito para o que chamamos
de experiência psíquica (...)
• É preciso conhecer/controlar
a subjetividade, identificar as
diferenças individuais e seus
LABORATÓRIO DE PSICOLOGIA DE HARVARD (1892): estudantes determinantes; acontece um
medindo o tempo necessário para certas tarefas mentais - Dane Hall, deslocamento da posição de
fotografia de Albumen / Acervo da Universidade de Harvard; HUPSF um sujeito cognoscente para
Psychological Labs / nascimento do estatuto científico da Psicologia.
a de um objeto cognoscível.
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PSICOLOGIA:
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>> AS DIFERENTES MATRIZES DO PENSAMENTO PSICOLÓGICO E SUAS PARTICULARIDADES
• Estudos científicos em Psicologia (na qualidade de ciência moderna) pressupõem, por um lado, o
indivíduo livre/diferenciado (senhor da natureza) e, por outro, a possibilidade de alcançar o que
se reconhece como sendo subjetivo para dominá-lo (reduzir ou eliminar diferenças individuais).
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• Há os que recusam a meta de conhecer a subjetividade para dominá-la; ao invés disso, se dedicam
a conhecer o “mais profundo” em nós por meio de sua escuta e para expandir, fortalecer e libertar.
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PSICOLOGIA:
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O PROJETO PIONEIRO DE WILHELM WUNDT
• Cria instituições voltadas à pesquisa e ao ensino de Psicologia;

dedica-se à formação de psicólogos (não somente psicólogos
alemães, mas também de outras nacionalidades).
• Concepção de Psicologia: uma ciência intermediária entre as

ciências da natureza e as ciências da cultura (investigação da
consciência em termos descritivos e mensuráveis).
• Objeto da Psicologia: a experiência imediata dos sujeitos (a

experiência tal como o sujeito a vive antes de pensar sobre ela).
• Método experimental (condições controladas para a análise de

elementos básicos da experiência / testes sensoriais) e método
OS PROJETOS DE PSICOLOGIA analítico-comparativo dos fenômenos culturais (a linguagem,
COMO CIÊNCIA INDEPENDENTE
as religiões, os mitos, etc.) / os processos mentais superiores.
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PSICOLOGIA:
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O PROJETO PIONEIRO DE WILHELM WUNDT
• O objetivo da Psicologia Social de Wundt seria a investigação

dos processos conscientes de síntese da experiência imediata.
• Ao lado de uma causalidade física, Wundt reconhecia a

existência de uma causalidade psíquica (independência dos
princípios da vida mental em relação aos princípios que
explicam o comportamento dos corpos físicos e fisiológicos).
• Como é possível que, em nós (que somos unidade psicofísica),

ambas as causalidades (física e psicológica) se encontrem?
• Explicar/compreender a experiência imediata exige aproximar

o interesse por ciências naturais do interesse por ciências da
sociedade e da cultura, o que não era legitimado pelo discurso
científico, à época / movimentos de dissidência dos discípulos.
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PSICOLOGIA:
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O PROJETO ESTRUTURALISTA DE EDWARD TITCHENER
• Titchener foi um dos principais alunos de Wundt e também

um dos responsáveis por divulgar a obra do mestre nos EUA.
• Ele redefine o objeto da Psicologia como sendo a experiência

dependente de um sujeito, este então concebido como puro
organismo e, em última instância, como um sistema nervoso.
• Procura justificativas fisiológicas para os fenômenos mentais.
• Não nega a existência da mente, mas esta já não é autônoma;

ela depende sempre do sistema nervoso e é completamente
explicada em termos de sistema nervoso (Ψ, ciência natural).
• Da descrição psicológica à explicação neurofisiológica

(empréstimos de uma ciência natural / Ψ não tão autônoma).
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PSICOLOGIA:
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O PROJETO ESTRUTURALISTA DE • Esta escola decompõe as

EDWARD TITCHENER experiências humanas e
as organiza em
• Defende a existência de um estruturas elementares.
paralelismo psicofísico: os atos
mentais ocorrem paralelamente aos
processos psicofisiológicos.
• Um não causa o outro, mas o

fisiológico é o fator que pode vir a
explicar o aspecto mental.
• Método: observação (introspectiva)

e experimentação (ciência natural).
• Dispensa toda a obra de Wundt

destinada à psicologia dos povos.
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PSICOLOGIA:
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O PROJETO DA PSICOLOGIA FUNCIONAL
• O estadunidense William James é um dos mais importantes

representantes do Funcionalismo; defendeu que a consciência
não é feita em pedaços, ela flui feito rio (fluxo de consciência).
• Surgiu nos EUA e foi considerado nos termos de um projeto de

Psicologia biológica voltado ao estudo de processos, operações
e atos psíquicos como formas de interação adaptativa.
• Partiu da Biologia evolutiva: adaptação ao ambiente envolve as

capacidades de sentir, pensar, decidir... (processos, operações
e atos mentais seriam instrumentos de adaptação, na medida
em que se mostram como comportamentos adaptados).
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PSICOLOGIA:
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O PROJETO DA PSICOLOGIA FUNCIONAL
• Embora tenha se dissolvido enquanto escola de pensamento
psicológico, muitas de suas ideias exerceram forte influência
na pesquisa psicológica; a maior parte do que se produziu e se
produz na Psicologia que se entende como ciência natural são
diferentes versões do pensamento funcional ou funcionalista.
• Quanto ao método: não chegam a excluir a auto-observação
(ou introspecção), mas não confiam totalmente nela; se os
processos e atos mentais se expressam em comportamentos e
se estes são facilmente observáveis, então é possível o estudo
indireto da mente por meio dos comportamentos adaptativos.
• A ênfase utilitarista do pensamento funcional é o cerne da
tradição filosófica americana do pragmatismo.
• O período pós-morte de James (1910) abrigou a ascensão do
Behaviorismo e o declínio do interesse pela consciência.
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PSICOLOGIA:
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O PROJETO ASSOCIACIONISTA DE EDWARD THORNDIKE
• Praticamente na mesma época em que o fisiologista russo Ivan

Pavlov realizava experimentos de condicionamento com cães, o
estadunidense Edward Lee Thorndike pesquisava comportamento
animal para sua Tese de Doutorado; a Psicologia científica estava
começando a entrar nas universidades quando Thorndike passou a
se interessar pela possibilidade de aplicar os fundamentos da nova
ciência aos seus estudos sobre educação e aprendizagem.
• O Associacionismo é reconhecido como a primeira teoria da

aprendizagem em Psicologia (precursora do Behaviorismo).
• Thorndike demonstrou que aprendemos forjando ligações entre

ações e resultados, recordando os resultados positivos (e repetindo-
os) e se esquecendo dos resultados negativos (e extinguindo-os).
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PSICOLOGIA:
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O PROJETO ASSOCIACIONISTA
DE EDWARD THORNDIKE
• O projeto associacionista de
Thorndike está na base do
Behaviorismo; ele antecipa o
pensamento behaviorista radical
de Burrhus Frederic Skinner.
• As maiores e menores
probabilidades de ocorrência
futura de um determinado
comportamento dependem dos
efeitos das primeiras ocorrências.
• Thorndike considerava-se, porém,

um pesquisador da inteligência.
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PSICOLOGIA:
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LEI DO EFEITO (E. THORNDIKE)
• As caixas-problema permitiam a
observação de habilidades dos
animais para aprender certos
mecanismos de fuga e receber
determinadas recompensas.
• Reações compensatórias tendem a

ser “internalizadas” ao passo que
as infrutíferas tendem a ser
“suprimidas” / no caso, o sujeito
experimental associa certos atos a
consequências de recompensa (e
os repete); por outro lado, associa
outros a resultados insatisfatórios
(e os extingue) / e assim, aprende.
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PSICOLOGIA:
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AS PRIMEIRAS ABORDAGENS (OU AS PRIMEIRAS ESCOLAS) DO PENSAMENTO PSICOLÓGICO
ORIGEM CONCEPÇÃO ᴪ OBJETO MÉTODO
CIÊNCIA EXPERIÊNCIA EXPERIMENTAL E

W. WUNDT ALEMANHA
INTERMEDIÁRIA IMEDIATA COMPARATIVO
CIÊNCIA EXPERIÊNCIA DEP. AUTO-OBSERVAÇÃO

E. TITCHENER (1) INGLATERRA
NATURAL DE UM SUJEITO E EXPERIMENTAÇÃO
CIÊNCIA PROCESSOS, ATOS E AUTO-OBSERVAÇÃO

W. JAMES (2) EUA
NATURAL OPERAÇÕES PSÍQ. (INSUFICIENTE)
CIÊNCIA EXPERIMENTAL E
E. THORNDIKE (3) EUA APRENDIZAGEM
NATURAL ASSOCIACIONISTA
1. ESTRUTURALISMO: Edward Titchener (1867-1927).

2. FUNCIONALISMO: William James (1842-1910).
3. ASSOCIACIONISMO: Edward Thorndike (1874-1949).
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PSICOLOGIA:
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O COMPORTAMENTALISMO (BEHAVIORISMO)
• Em completa oposição à proposta de Titchener e em relativa

oposição ao Funcionalismo (devendo a ele alguns dos seus
pressupostos básicos), surge nos EUA do início do século XX.
• O objeto de estudo é o comportamento e suas interações com o

ambiente. Quanto aos métodos: observação/experimentação;
sempre envolve comportamentos publicamente observáveis.
• Caberia suprimir o método da auto-observação (metade do

caminho já havia sido percorrido pelos psicólogos funcionais).
• A Psicologia seria redefinida como ciência do comportamento.
• Mente e corpo interagem/caminham lado a lado? Esta seria

uma falsa questão; estuda-se o comportamento no ambiente.
JOHN BROADUS WATSON

• O sujeito do comportamento seria um organismo que reage.
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PSICOLOGIA:
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PSICOLOGIA:
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PROJETOS DE PSICOLOGIA E
CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO
• Duas precondições: 1) alto nível
de elaboração da experiência
subjetiva privatizada; 2) a crise
dessa experiência: o sujeito não é
tão livre como julga e nem tão
único como crê.
• Seria preciso superar a experiência
imediata para compreendê-la e
explicá-la melhor.
• Liberdade / Psicologia Humanista.
• Relações entre a defesa e a crise da
subjetividade e as matrizes da Ψ
(nomotética e idiográfica).
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PSICOLOGIA:
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A PSICOLOGIA DA GESTALT
• Estudos da percepção, da
relação entre partes de um todo.
• Estrutura, totalidade, forma. W. KÖHLER M. WERTHEIMER K. KOFFKA
• Unidade psicofísica: a natureza física, social e psicológica é concebível em termos de estruturas

isomórficas, isto é, formalmente equivalentes (caráter estrutural de fenômenos da experiência).
• O projeto de Psicologia dos gestaltistas se inclina a uma preocupação de relacionar a experiência
imediata com a natureza física e biológica, bem como com o mundo dos valores socioculturais.
• Método fenomenológico: descrição pura dos fenômenos tal como eles aparecem na consciência.
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PSICOLOGIA:
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IMAGEM EXTRAÍDA DO SITE

MARKETING DIGIGTAL 360
(MKTDIGITAL360°)
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PSICOLOGIA:
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IMAGEM
EXTRAÍDA DO
SITE MARKETING
DIGIGTAL 360
(MKTDIGITAL360°)
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PSICOLOGIA:
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“WORLD FOR ALL”

THERE’S ALWAYS ROOM FOR MORE. ADOPT.
CAMPANHA PELA ADOÇÃO DE ANIMAIS
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PSICOLOGIA:
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O COMPORTAMENTALISMO DIFERENCIADO:
BEHAVIORISMO RADICAL DE SKINNER
• Contribuições ao estudo das interações entre

organismos vivos e seus ambientes, adotando de
forma rigorosa os procedimentos experimentais.
• Não nega o mundo privado das sensações, dos

pensamentos, das imagens, etc. Não rejeita a
experiência imediata, mas trata de entender sua
gênese e sua natureza a partir do comportamento.
• A capacidade do ser humano de falar de si é

aprendida na convivência com outras pessoas.
• Experiência “imediata”: segundo Skinner, a

experiência humana não pode ser imediata, uma
vez que ela será sempre mediada pelo ambiente. BURRHUS FREDERIC SKINNER
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PSICOLOGIA:
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• Desilusão: aquilo que
aparentemente mais
nos pertence não é
nosso (no sentido de
interno), mas produto
de nossas interações
ativas com o ambiente.
• A Modernidade acabou
com quase todas as
formas de crença da
alma; teria restado
apenas a nossa própria.
• A consciência como
causa determinante das
nossas ações? Eis um
mito a ser ultrapassado.
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PSICOLOGIA:
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A PSICOLOGIA COGNITIVISTA DE PIAGET
• Estudos sobre a gênese do sujeito do ponto de vista da
cognição; leva em consideração a experiência imediata,
mas não se restringe a ela nas suas investigações científicas.
• Piaget, um biólogo/psicólogo que pensa o desenvolvimento
das funções cognitivas (da inteligência) e da moralidade
(julgar e comportar-se moralmente) pelo método clínico.
• Observa o comportamento de crianças e pede a elas que
atentem ao que estão fazendo; pede também que
justifiquem o que/como estão fazendo e propõe a elas
algumas tarefas para desenvolverem, sempre observando e
conversando com elas a respeito da atividade.
• Objetivo: captar a experiência imediata das crianças; como
as crianças “vivem”, percebem o mundo e pensam sobre
ele? Como suas experiências se modificam gradativamente
JEAN PIAGET a ponto de tornarem-se mais complexas e adaptativas?
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PSICOLOGIA:
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Jean Piaget, ao
fundo, observa
crianças
desenvolvendo
atividades com o
auxílio da
psicóloga
Constance Kamii
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Livros de Piaget
influenciam
educação 30
anos após sua
morte
(Livraria da
Folha, 16/09/10)
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PSICOLOGIA:
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A PSICANÁLISE FREUDIANA
• Sigmund Freud foi um neurologista interessado no estudo da
Fisiologia e que se tornou um clínico dedicado ao tratamento
da histeria (sintomas de paralisias e anestesias localizadas).
• Falta de instrumental neurológico para o sofrimento histérico.
• A “lesão” histérica não incidia sobre um nervo, mas sobre ideias
relativas a alguma parte do corpo / do corpo à representação.
Atravessa a distinção que se estabeleceu entre mente e corpo.
• Sintoma histérico: resultado de uma dinâmica psíquica que é
composta por conflito + recalque/repressão (expulsão de um
determinado conteúdo da consciência) + retorno do recalcado.
• O recalque evita o desconforto imediato, mas a representação
excluída da consciência persiste inconscientemente, agora fora
do controle do Eu e manifesta-se à sua revelia (sintoma, sonho,
SIGMUND FREUD ato falho - o que Freud chamou de formações do inconsciente).
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PSICOLOGIA:
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A PSICANÁLISE FREUDIANA
• A concepção do inconsciente pode ser tomada como referencial
romântico do século XIX por interessar-se nas profundezas do
psiquismo? Não. A defesa de que o sujeito é dividido e de que o
Eu não é o centro da vida psíquica não implica que outra coisa o
seja. A Psicanálise seria uma teoria racionalista (se ocupa de
explicar), mas que se defronta com os limites do representável.
• A escuta clínica impõe a necessidade de uma interpretação.
• Livre associação: pede-se para que a pessoa diga tudo que lhe
ocorre e que evite censurar coisas. Quando começa a falar sem
receio de julgamento e sem tentar elaborar um discurso lógico,
o sujeito se dá conta de que começam a despontar os sentidos
ocultos que, por sua vez, participam da origem daquilo que foi
retido no inconsciente e responde pela formação dos sintomas.
• O ato de interpretar demanda, por sua vez, uma teoria sobre a
constituição e o funcionamento psíquico (a metapsicologia).
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PSICOLOGIA:
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PSICOLOGIA ANALÍTICA / PSICODRAMA

PSICOTERAPIAS FENOMENOLÓGICO-
EXISTENCIAIS / ANÁLISE BIOENERGÉTICA
• Partir da experiência imediata e transcendê-la
(explicar/compreender) sem precisar negá-la.
• A importância das “vivências” e da experiência
tal como o sujeito a vive; ao mesmo tempo,
fugir ao fascínio de uma experiência que é, em
grande medida, ilusória (como vimos).
• As divisões na Psicologia não são casuais, nem
se espera que sejam brevemente superadas.
• Transcender a experiência imediata implica
dialogar com outras áreas do conhecimento.
• Há lugar para a Psicologia como uma ciência?
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PSICOLOGIA:
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A PSICOLOGIA COMO
PROFISSÃO E COMO CULTURA
• Uma profissão inicialmente voltada aos problemas da

educação e do trabalho; só posteriormente volta-se à clínica.
• Testes para a seleção da “pessoa certa” para o “lugar certo”,
para classificar o escolar na turma que lhe seja adequada;
treinar o/a trabalhador/a, programar a aprendizagem, etc.
• Vinculação da Psicologia às demandas do Regime Disciplinar.
• A crise da subjetividade privatizada incrementa a procura pela
clínica psicológica (a psicoterapia como imagem social da Ψ).
• Psicologia: ideal de cientificidade e ingrediente da cultura.
• Riscos de leituras altamente subjetivistas (psicologização).
• Os paradoxos de um realce do “Eu” alienado à gestão da vida.
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PSICOLOGIA:
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• Prof. Luís Claudio Figueiredo

Psicólogo (PUC/SP), mestre e doutor
em Psicologia Experimental (USP),
livre docente (USP), psicanalista e
professor da PUC e da USP (São Paulo)
• Prof. Pedro Luiz Ribeiro de Santi LUIS CLAUDIO PEDRO LUIZ
Psicólogo (PUC/SP), mestre em
Filosofia, doutor em Psicologia
Clínica, psicanalista e professor da
ESPM (São Paulo)

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FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

PROFESSOR RICARDO TAVEIROS BRASIL

• Prof. Luís Claudio Figueiredo

LUÍS CLAUDIO 1992 PEDRO LUIZ

A PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

de cada um/a (pensar,

• Historiadores/as nos mostram

• Artes e Literatura: existência

• Perda de referências coletivas:

• Nas artes plásticas, o realce dos traços

• Novos sistemas religiosos (ou variantes

• Distanciamento do divino e do sagrado / o mundo e a natureza

• O EU em Michel de Montaigne publicado em

• “O bom uso que os indivíduos devem fazer da sua

• O pensamento do racionalista René Descartes

• Descartes se prontifica a superar tanto a

• Enquanto duvido, há a ação de duvidar e essa

• Bacon funda o que ficou conhecido como Empirismo

• A crítica iluminista dirigida a Descartes e a Bacon

• O Romantismo DARWIN • Século XIX: a

Cada um/a deve ser

• Trabalhador/a livre (?) / liberdade negativa.

• Princípios liberais: • ... e individuais

• Escolas de filosofia, ciências (naturais) e a demarcação de um novo domínio de conhecimento.

A PRÁTICA CIENTÍFICA E A EMERGÊNCIA

VALIDADE INTERSUBJETIVA DOS ACHADOS

• Então, é necessário estudar a

O PROJETO PIONEIRO DE WILHELM WUNDT

• Cria instituições voltadas à pesquisa e ao ensino de Psicologia;

• Concepção de Psicologia: uma ciência intermediária entre as

• Objeto da Psicologia: a experiência imediata dos sujeitos (a

• Método experimental (condições controladas para a análise de

O PROJETO PIONEIRO DE WILHELM WUNDT

• O objetivo da Psicologia Social de Wundt seria a investigação

• Ao lado de uma causalidade física, Wundt reconhecia a

• Como é possível que, em nós (que somos unidade psicofísica),

• Explicar/compreender a experiência imediata exige aproximar

O PROJETO ESTRUTURALISTA DE EDWARD TITCHENER

• Titchener foi um dos principais alunos de Wundt e também

• Ele redefine o objeto da Psicologia como sendo a experiência

• Procura justificativas fisiológicas para os fenômenos mentais.

• Não nega a existência da mente, mas esta já não é autônoma;

• Da descrição psicológica à explicação neurofisiológica

O PROJETO ESTRUTURALISTA DE • Esta escola decompõe as

• Um não causa o outro, mas o

• Método: observação (introspectiva)

• Dispensa toda a obra de Wundt

O PROJETO DA PSICOLOGIA FUNCIONAL

• O estadunidense William James é um dos mais importantes

• Surgiu nos EUA e foi considerado nos termos de um projeto de

• Partiu da Biologia evolutiva: adaptação ao ambiente envolve as

O PROJETO ASSOCIACIONISTA DE EDWARD THORNDIKE

• Praticamente na mesma época em que o fisiologista russo Ivan

• O Associacionismo é reconhecido como a primeira teoria da

• Thorndike demonstrou que aprendemos forjando ligações entre

• Thorndike considerava-se, porém,

LEI DO EFEITO (E. THORNDIKE)

• Reações compensatórias tendem a

ORIGEM CONCEPÇÃO ᴪ OBJETO MÉTODO

CIÊNCIA EXPERIÊNCIA EXPERIMENTAL E

CIÊNCIA EXPERIÊNCIA DEP. AUTO-OBSERVAÇÃO

CIÊNCIA PROCESSOS, ATOS E AUTO-OBSERVAÇÃO