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RELATÓRIO TÉCNICO

PAVIMENTO DE CONCRETO
RESTAURAÇÃO

RODOVIA: BR-101/ES

TRECHO: CONTORNO DE SERRA (VARIANTE DE MESTRE ÁLVARO)

00 EMISSÃO INICIAL CRG CRG MAR-23

No Descrição Prep. Aprov. Data

REVISÕES

No DOCUMENTO Rev.
Aprovado
Elaborador CRG
Carlos Roberto Giublin 00
Diretor
Verificador CRG
OBSERVAÇÕES
Supervisor CRG

Data MAR-23
RELATÓRIO TÉCNICO

1 ÍNDICE

1 ÍNDICE .............................................................................................................................................. 2
2 OBJETIVO ........................................................................................................................................ 3
3 DEFEITOS ........................................................................................................................................ 3
4 RESTAURAÇÃO ............................................................................................................................. 10

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2 OBJETIVO

O presente relatório tem o objetivo de apresentar os defeitos observados no pavimento de


concreto da Rodovia BR-101/ES, trecho Contorno de Serra (Variante de Mestre Álvaro), bem
como os procedimentos de reparo para cada placa cadastrada.

O trecho possui extensão de 19,7 km em pista dupla e a inspeção visual para cadastro dos
defeitos foi realizada pela equipe técnica do Consórcio CONTRACTOR – SULCATARINENSE –
ENECON.

3 DEFEITOS

Na sequência são apresentados os defeitos observados no trecho em questão, com as suas


definições, fotografias e propostas de reparo.

3.1 FISSURA DE CANTO

A fissura (ou trinca) de canto é a fissura que intercepta as juntas a uma distância menor ou igual
à metade do comprimento das bordas ou juntas do pavimento (longitudinal e transversal),
medindo-se a partir do seu canto. Esta fissura normalmente atinge toda a espessura da placa.

Fotografia 01 – Fissura de canto

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Fotografia 02 – Fissura de canto

Proposta de reparo:

Técnica de restauração utilizando o REPARO DE ESPESSURA PLENA - PLACA PARCIAL


(REPPP), que é a quebra parcial da área próxima a fissura (largura ≥ 1,50 m) e recomposição
desta faixa de placa.

Obs.: Em todos os reparos deverá ser verificada a integridade da sub-base, devendo ser
reparada quando necessário.

3.2 FISSURA TRANSVERSAL

São fissuras transversais aquelas que ocorrem na direção da largura da placa,


perpendicularmente ao eixo longitudinal do pavimento, normalmente atingem toda a espessura
da placa de concreto, dividindo-a em duas partes.

Fotografia 03 – Fissura transversal

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Fotografia 04 – Fissura transversal

Fotografia 05 – Fissura transversal

Fotografia 06 – Fissura transversal

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Proposta de reparo:

Técnica de restauração utilizando o REPARO DE ESPESSURA PLENA - PLACA INTEIRA


(REPPI), que é a quebra total de placa com fissuras e substituição por uma nova placa de acordo
com o projeto original.

Técnica de restauração utilizando o REPARO DE ESPESSURA PLENA - PLACA PARCIAL


(REPPP), que é a quebra parcial da área próxima a fissura (largura ≥ 1,50 m) e recomposição
desta faixa de placa.

Técnica de restauração utilizando o RETROFIT, que é a inserção de barras de transferência na


fissura transversal.

Obs.: Em todos os reparos deverá ser verificada a integridade da sub-base, devendo ser
reparada quando necessário.

3.3 FISSURA LONGITUDINAL

As fissuras longitudinais são aquelas que cortam a placa de concreto no sentido longitudinal,
normalmente afetam a espessura total da placa e podem ou não serem fissuras ativas.

Fotografia 07 – Fissura longitudinal

Fotografia 08 – Fissura longitudinal

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Proposta de reparo:

Técnica de restauração utilizando o GRAMPEAMENTO COM CROSS-STITCHING, que é a


introdução de barras de ligação em locais previamente furados, em todo o comprimento da
fissura longitudinal

3.4 FISSURAS DE RETRAÇÃO PLÁSTICA

As fissuras de retração plástica são fissuras superficiais, de pequena abertura e de comprimento


limitado. Sua incidência costuma ser aleatória e elas se desenvolvem formando ângulos de 45°
a 60° com o eixo longitudinal da placa.

Fotografia 09 – Fissuras de retração plástica

Fotografia 10 – Fissuras de retração plástica

Proposta de reparo:

Técnica de restauração de COLMATAÇÃO DE FISSURAS, que consiste na injeção de epóxi


normal ou de baixa viscosidade, dependendo da espessura da fissura.

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3.5 ESBORCINAMENTO DE JUNTAS / QUEBRAS DE CANTO (LARGURA ≤ 3,0 CM)

O esborcinamento de juntas ou quebra de canto se caracteriza pela quebra das bordas da placa
de concreto (quebra em cunha) nas juntas, não atingindo toda a espessura da placa.

Fotografia 11 – Esborcinamento de juntas / quebra de canto (largura ≤ 3,0 cm)

Fotografia 12 – Esborcinamento de juntas / quebra de canto (largura ≤ 3,0 cm)

Proposta de reparo:

Quando o esborcinamento ou quebra de canto apresentar largura ≤ 3 cm, a técnica de


restauração é a seguinte:

Técnica de restauração consiste na remoção do material solto, e RESSELAGEM do espaço


formado na junta, sem a necessidade de reparos parciais localizados do concreto.

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3.6 ESBORCINAMENTO DE JUNTAS / QUEBRAS DE CANTO (LARGURA > 3,0 CM)

O esborcinamento de juntas ou quebra de canto se caracteriza pela quebra das bordas da placa
de concreto (quebra em cunha) nas juntas, não atingindo toda a espessura da placa.

Fotografia 13 – Esborcinamento de juntas / quebra de canto (largura > 3,0 cm)

Fotografia 14 – Esborcinamento de juntas / quebra de canto (largura > 3,0 cm)

Proposta de reparo:

Para esborcinamento com largura > 3 cm, a técnica de restauração é a seguinte:

Técnica restauração de REPARO DE ESPESSURA PARCIAL (REP), que consiste na quebra


parcial do local danificado (dimensões a serem ajustadas em campo) e reconstituição com um
dos seguintes materiais:

• Graute;
• Graute epóxi.

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4 RESTAURAÇÃO

A restauração consiste numa série de atividades destinadas a recompor as condições de


serventia e prolongar a vida de serviço do pavimento de concreto.

As principais técnicas de restauração de pavimento de concreto definidas para os defeitos


observados no trecho em questão são as seguintes:

1. Reparo de espessura plena – placa inteira (REPPI);


2. Reparo de espessura plena – placa parcial (REPPP);
3. Reparo de espessura parcial (REP);
4. Resselagem de fissuras, trincas e juntas;
5. Restauração de fissuras ou juntas transversais – retrofit;
6. Restauração de fissuras ou juntas longitudinais – grampeamento;
7. Colmatação de fissuras.

Na sequência será apresentado um descritivo de cada técnica de restauração.

4.1 REPARO DE ESPESSURA PLENA – PLACA INTEIRA (REPPI)

O Reparo de Espessura Plena – Placa Inteira (REPPI) é aplicado para tratamento de uma ou
mais das seguintes manifestações patológicas: alçamento de placas, placa dividida ou quebra
generalizada, fissuras lineares com elevado grau de severidade, quebras localizadas e placas
bailarinas.

Utiliza-se este tipo de reparo quando os defeitos atingirem mais de 2/3 da área da placa de
concreto.

Abaixo está detalhado o procedimento de reparo:

a) Isolar a área de trabalho;


b) Demarcar com giz ou tinta a placa a ser demolida;
c) Quebrar e remover o concreto. Na interface com as placas íntegras que deverão
permanecer, cortar o concreto verticalmente, seguindo o perímetro da área delimitada.
Sugere-se execução de um corte interno, com serra circular de corte, distando 10 cm das
bordas do reparo, na profundidade total da placa, a fim de facilitar a remoção do concreto
e evitar quebra destas bordas;
d) Executar a limpeza da área de trabalho;
e) Avaliar a drenagem e a sub-base remanescente com relação a sua integridade. Caso
necessite recompor a sub-base, observar que ela fique bem nivelada, com os caimentos
definidos e garantia de atendimento a espessura mínima de projeto;
f) Avaliar as barras de transferência remanescentes quanto a oxidação, alinhamento e
integridade. As barras que não apresentarem problemas poderão ser mantidas. Nos
locais onde as barras foram descartadas, executar a furação das placas remanescentes
para inserção das novas barras de transferência. Limpar os furos e aplicar epóxi nos
mesmos, inserindo em seguida as barras perfeitamente alinhadas (deve-se prever um
gabarito para apoio das barras até o endurecimento do epóxi). Antes da concretagem,
todas as barras de transferência expostas deverão ser pintadas e engraxadas;
g) As barras de ligação das juntas longitudinais deverão ser realinhadas, ou na falta delas,
recolocadas na face da placa remanescente, com os mesmos procedimentos de furação
e fixação das barras de transferência;
h) Limpar a sub-base e as faces das placas remanescentes com água e jato de ar limpo;

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i) Colocar lona plástica sobre a sub-base, para separar a placa de concreto da sub-base,
antes do lançamento do concreto;
j) O concreto deverá apresentar resistência característica a tração na flexão de 4,5 MPa
medida aos 28 dias (ou na idade de liberação ao tráfego). A espessura de projeto deverá
ser atendida, sendo considerada como espessura mínima;
k) Lançar o concreto novo de acordo com as características de projeto. Deverão ser
realizadas todas as atividades subsequentes ao lançamento do concreto, isto é,
texturização, cura, corte das juntas e selagem.

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Detalhes – REPPI:

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4.2 REPARO DE ESPESSURA PLENA – PLACA PARCIAL (REPPP)

O Reparo de Espessura Plena – Placa Parcial (REPPP) é aplicado para tratamento de uma ou
mais das seguintes manifestações patológicas: alçamento de placas, placa dividida ou quebra
generalizada, fissuras lineares, quebras localizadas e esborcinamento ou quebra de canto.

Utiliza-se este tipo de reparo quando a placa de concreto tiver mais de 1/3 de sua área em
perfeitas condições.

Abaixo está detalhado o procedimento de reparo:

a) Isolar a área de trabalho;


b) Demarcar com giz ou tinta a área a ser demolida;
c) Cortar o concreto verticalmente, seguindo o perímetro da área delimitada. Sugere-se
execução de um corte interno, com serra circular de corte, distando 10 cm das bordas do
reparo, na profundidade total da placa, a fim de facilitar a remoção do concreto e evitar
quebra destas bordas. O comprimento mínimo será de 1,50 m e o reparo terá toda a
largura da placa. A área delimitada deverá ter um formato geométrico de um quadrado
ou retângulo;
d) Remover o concreto velho;
e) Executar a limpeza da área de trabalho;
f) Avaliar a drenagem e a sub-base remanescente com relação a sua integridade. Caso
necessite recompor a sub-base, observar que ela fique bem nivelada, com os caimentos
definidos e garantia de atendimento a espessura mínima de projeto;
g) Avaliar as barras de transferência remanescentes quanto a oxidação, alinhamento e
integridade. As barras que não apresentarem problemas poderão ser mantidas. Nos
locais onde as barras foram descartadas, executar a furação das placas remanescentes
para inserção das novas barras de transferência. Limpar os furos e aplicar epóxi nos
mesmos, inserindo em seguida as barras perfeitamente alinhadas (deve-se prever um
gabarito para apoio das barras até o endurecimento do epóxi). Antes da concretagem,
todas as barras de transferência expostas deverão ser pintadas e engraxadas;
h) As barras de ligação das juntas longitudinais deverão ser removidas;
i) Limpar a sub-base e as faces do concreto remanescente (fundo e paredes longitudinais)
com água e jato de ar limpo;
j) Colocar lona plástica sobre a sub-base, para separar a placa de concreto da sub-base,
antes do lançamento do concreto;
k) Colocar elemento separador na face da placa no sentido longitudinal;
l) O concreto deverá apresentar resistência característica a tração na flexão de 4,5 MPa
medida aos 28 dias (ou na idade de liberação ao tráfego). A espessura de projeto deverá
ser atendida, sendo considerada como espessura mínima;
m) Colocar tela de reforço estrutural (inferior) Q-246, conforme posicionamento apresentado
no desenho de detalhe;
n) Colocar tela de retração plástica (superior) Q-138, conforme posicionamento apresentado
no desenho de detalhe;
o) Lançar o concreto novo de acordo com as características de projeto. Deverão ser
realizadas todas as atividades subsequentes ao lançamento do concreto, isto é,
texturização, cura, corte das juntas e selagem.

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Detalhes – REPPP:

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4.3 REPARO DE ESPESSURA PARCIAL (REP)

O Reparo de Espessura Parcial (REP) é aplicado para tratamento de uma ou mais das seguintes
manifestações patológicas: quebras localizadas, pequenos buracos, delaminações,
esborcinamento ou quebra de canto e esborcinamento de juntas.

O material de reparo deverá ser compatível com o concreto já existente (substrato) da placa, isto
é, ele deverá ter nível de resistência, módulo de elasticidade e coeficiente de dilatação térmica
semelhante ao do substrato, boa aderência e baixa retração por secagem. Esta compatibilidade
é fundamental, para evitar a formação de fissuras e a falta de aderência entre ambos.

Abaixo está detalhado o procedimento de reparo:

a) Isolar a área de trabalho;


b) Delimitar a área danificada de tal forma que o reparo tenha um formato geométrico de um
quadrado ou retângulo, cujas dimensões mínimas de reparo são as seguintes:
comprimento ≥ 30 cm e largura ≥ 20 cm. As arestas delimitadoras deverão ultrapassar de
5 a 15 cm, para cada lado do defeito. Se houver duas áreas a serem reparadas, distando
uma da outra em 60 cm, no máximo, sugere-se que se faça um único reparo parcial;
c) Cortar o concreto verticalmente a fim de se evitar o lascamento do reparo e ausência de
aderência com o concreto adjacente, seguindo o perímetro da área delimitada com serra
circular de corte (serra de disco), numa profundidade mínima de 5,0 cm e máxima de 8,0
cm. A parte interna deverá ser removida empregando-se martelete leve. O uso deste tem
por finalidade evitar a micro fissuração do substrato e a possível falta de aderência entre
material de reparo e concreto adjacentes. O martelete deverá ser empregado formando
um ângulo de 45° com a horizontal;
d) Remover o concreto velho;
e) Limpar o substrato (fundo e paredes) com jato de d’água a alta pressão, a fim de remover
partículas soltas e fracamente aderidas. Após isto aplicar um jato de ar limpo;
f) Caso se esteja reparando um esborcinamento de junta, colocar um elemento pré-
moldado (fôrma) no alinhamento da junta;
g) Com a superfície limpa e seca aplicar uma fina camada de ponte de aderência, à base
de epóxi. A aplicação deverá ser efetuada sobre fundo de reparo, paredes e sobre uma
parte (3 cm) da superfície do concreto adjacente, com emprego de uma escova com
cerdas rígidas;
h) Após aplicação do epóxi e antes que ele seque lançar pausadamente o material de reparo
e vibrá-lo convenientemente. O material a ser empregado poderá ser um dos seguintes:
Grout com resistência a compressão acima de 50 MPa e Grout Epóxi com resistência a
compressão acima de 50 MPa. Deverão ser realizadas todas as atividades subsequentes
ao lançamento do material, isto é, texturização, cura, corte de juntas e selagem, se for o
caso.

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Detalhes – REP:

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4.4 RESSELAGEM DE FISSURAS, TRINCAS E JUNTAS

A Resselagem de fissuras, trincas e juntas é aplicada para tratamento de uma ou mais das
seguintes manifestações patológicas: falha na selagem das juntas, pequenos esborcinamentos
de juntas ou quebras de canto e pequenas fissuras lineares.

Abaixo está detalhado o procedimento de reparo:

a) Isolar a área de trabalho;


b) Executar limpeza das juntas e ou trincas, retirando todo material incompressível e restos
de selante vencido. Utilizar água e jatos de ar para auxiliar o serviço;
c) Recuperar se necessário, as bordas das juntas ou das trincas de concreto com grout ou
produto similar;
d) Caso necessário, refazer o corte da junta com serra diamantada;
e) Aplicar o material de apoio do selante (cordão de sisal, cordão de polipropileno, etc) a fim
de permitir movimentação das placas de concreto e evitar consumo excessivo de material
selante;
f) Executar a selagem das juntas com produto à base de silicone tipo SILICONE
AUTONIVELANTE 890-SL (DOWSIL) ou similar, que é especialmente indicado para
juntas de grande movimentação e abertura, é de cura lenta e não necessita de primer
para adesão. Na colocação do selante, deve ser deixado um pequeno espaço vazio na
parte superior, para evitar que, com o fechamento da junta, o material selante aflore e
seja danificado pelo tráfego.

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Detalhes - RESSELAGEM DE FISSURAS, TRINCAS E JUNTAS:

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4.5 RESTAURAÇÃO DE FISSURAS OU JUNTAS TRANSVERSAIS - RETROFIT

O Retrofit consiste na aplicação de barras de transferência em trincas ou em juntas transversais.

Abaixo está detalhado o procedimento de reparo:

a) Isolar a área de trabalho;


b) Abrir uma ranhura no pavimento perpendicularmente à trinca ou junta, de tal forma que
possa ser encaixada uma barra de transferência, cujo diâmetro deverá ser o mesmo do
projeto original do pavimento. O corte deverá ser efetuado com uma serra na vertical. A
profundidade do corte deverá ser um pouco maior que à metade da espessura do
pavimento;
c) Remover o concreto empregando um martelete leve. Tem por finalidade evitar a micro
fissuração do substrato e a possível falta de aderência entre material de reparo e
concretos adjacentes. O martelete deverá ser empregado formando um ângulo de 45°
com a horizontal. A remoção final do concreto deverá ser executada com apicoamento
manual;
d) Limpar a ranhura com jato de ar limpo. Para isto deverá ser empregado um compressor
de ar. Com a superfície limpa e seca, aplicar uma fina camada de epóxi como ponte de
aderência;
e) Colocar as barras de transferência (3 barras em cada trilha de roda ou o definido no
projeto), com espaçadores, graxa na barra inteira, luva de expansão etc., observando um
perfeito alinhamento das barras;
f) Lançar cuidadosamente o grout. Deverá ser executada a cura do reparo com colocação
de tecido umedecido;
g) Executar o corte e a selagem da trinca ou junta transversal 48hs após a aplicação do
grout;
h) Liberação ao tráfego após 24hs da conclusão do reparo.

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Detalhes – RETROFIT:

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4.6 RESTAURAÇÃO DE FISSURAS OU JUNTAS LONGITUDINAIS - GRAMPEAMENTO

A restauração de fissuras ou juntas longitudinais é aplicada para tratamento de uma ou mais das
seguintes manifestações patológicas: fissuras longitudinais de média severidade com espessura
superior a 1,0 mm e com profundidade que pode atingir toda a espessura da placa de concreto
e juntas longitudinais.

Abaixo está detalhado o procedimento de reparo de Grampeamento com Barras Paralelas:

a) Isolar a área de trabalho;


b) Abrir uma ranhura no pavimento perpendicularmente à fissura ou junta, de tal forma que
possa ser encaixada um grampo de aço CA-50 (corrugado) com diâmetro de 16 mm
espaçadas a cada 60 cm. O corte deverá ser efetuado com uma serra na vertical. A
profundidade do corte deverá ser um pouco maior que à metade da espessura do
pavimento;
c) Remover o concreto empregando um martelete leve. Tem por finalidade evitar a micro
fissuração do substrato e a possível falta de aderência entre material de reparo e
concretos adjacentes. O martelete deverá ser empregado formando um ângulo de 45°
com a horizontal. A remoção final do concreto deverá ser executada com apicoamento
manual;
d) Executar os furos de fixação dos grampos no fundo das ranhuras;
e) Efetuar a limpeza dos furos e ranhuras. Com a superfície limpa e seca aplicar uma fina
camada de ponte de aderência, à base de epóxi;
f) Colocar os grampos nos furos, verificando que eles fiquem posicionados na metade da
placa (linha neutra);
g) Executar a concretagem com grout, efetuar a cura química e úmida com manta de bidim;
h) Após a cura, executar o corte da fissura ou junta e em seguida a selagem.

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Detalhes – GRAMPEAMENTO C/ BARRAS PARALELAS:

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Abaixo está detalhado o procedimento de reparo Cross-Stitch:

a) Isolar a área de trabalho;


b) Efetuar furos em ambos os lados da fissura ou junta a cada 60 cm um do outro, com o
emprego de furadeira elétrica. Cada furo deverá ter diâmetro suficiente para colocação
de uma barra de aço CA-50, com diâmetro definido em projeto. O furo deverá ser efetuado
de tal forma que o ângulo formado entre a sua direção e a horizontal seja de 35°. A
distância horizontal do furo ao eixo deverá ser tal que a barra de aço inserida passe pelo
centro da placa ou da fissura;
c) Após a execução dos furos, deve-se limpá-los, com emprego de jato de ar limpo. Para
isto deverá ser empregado um compressor de ar;
d) Após a limpeza, introduzir as barras de aço de ligação (diâmetro de projeto) e preencher
o vazio entre o furo e a barra, com emprego de resina a base de epóxi. As barras de aço
deverão ficar 3 cm abaixo da superfície da placa para evitar a corrosão delas;
e) Obturar os furos das barras de ligação, com resina ou grout;
f) Executar o corte da fissura ou junta e em seguida a selagem.

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Detalhes – CROSS-STITCH

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4.7 COLMATAÇÃO DE FISSURAS DE RETRAÇÃO PLÁSTICA

A colmatação de fissuras de retração plástica consiste no tratamento de fissuras, devido à


retração plástica de média severidade, com comprimento superior a 0,60 m, abertura superior a
1,0 mm, e com profundidade que pode atingir toda a espessura da placa.

Abaixo está detalhado o procedimento de reparo:

a) Isolar a área de trabalho;


b) Retirar a poeira, grãos de areia, partículas soltas das fissuras empregando-se jato de ar
limpo. A mangueira acoplada ao compressor não deverá transportar umidade ou óleo
para dentro da fissura (usar filtro de linha);
c) O produto a ser aplicado nas fissuras deverá ser epóxi normal ou de baixa viscosidade,
dependendo da abertura da fissura. Para aberturas pequenas (≤ 1,0 mm), a
recomendação é que seja utilizado epóxi de baixa viscosidade, utilizando seringa normal
de injeção. Outros produtos poderão ser aplicados, desde que seja mantida a eficiência
de colmatação das fissuras de quando se utiliza o epóxi.

Fotografia 15 – Injeção de epóxi de baixa viscosidade

Fotografia 16 – Produto epóxi de baixa viscosidade - exemplo

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