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Instituto Federal de Educação, Ciência

e Tecnologia de Goiás/ - Campus Goiânia


Licenciatura Plena em História

A Educação Profissional Técnica Integrada como continuação do Plano Colonial

Brener Pereira
Johnathan Borges
Nicolly Menezes

Resumo

Nesse artigo buscaremos trazer o estabelecimento do ensino profissional no Brasil em


específico o ensino profissional técnico integrado ao ensino médio e discorrer um pouco
sobre alguns problemas que o educando acaba passando quando colocado nesse sistema.
Falaremos sobre como a inserção desses jovens alimenta o neoliberalismo e como esse
sistema faz com que as hierarquizações continuem se mantendo como previsto no
projeto colonizador favorecendo a elite e o próprio governo.

Palavras-chave: Educação profissional, ensino profissional técnico-integrado, ensino


médio, mercado de trabalho.

INTRODUÇÃO

A reflexão sobre o ensino técnico integrado passa por várias problemática


desde sua estruturação até a entrada do aluno ao mercado de trabalho, pensando
nisso buscamos neste artigo investigar como a este modelo de ensino chegou no
cenário educacional e como ela se estruturou dentro do ensino médio,
especificamente nos Institutos Federais de Goiás, que em 1942 com a construção
de Goiânia e vinda do até então chamada Escola Técnica De Goiânia para nova
capital, que contou com a criação de cursos técnicos na área industrial integrados
ao ensino médio por meio do Decreto-lei n.º 4.127, de 25 de fevereiro de 1942.

Com o passar dos anos entendemos a existência de uma demanda social, e


que existe uma meta de integração desses alunos ao mercado. Porém essa meta
ainda não é realidade na sua prática e ainda está em construção na maioria dos
Institutos Federais. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio –
DCNEM- (BRASIL, 2011) trazem que o Ensino de Física deve oferecer
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instrumentos para que o cidadão compreenda, interfira e participe da


realidade/sociedade a qual faz parte. Ou seja, o ensino não deve estar voltado
apenas à habilitação/formação de profissionais técnicos, mas a formar
profissionais, a partir de uma educação que lhes forneça todas as condições de
igualdade na sociedade, aliando cultura e produção, ciência e técnica. A educação
no contexto atual exige uma formação voltada para um ensino que tenha
significado para o aluno, hoje tem-se a necessidade de conteúdos que estejam
interligados, no qual os alunos possam refletir sobre eles e possa resolver
problemas por si mesmos, ou seja, que eles tenham autonomia no processo de
aprendizagem. A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN, 9.394/96) definiu uma nova identidade para o ensino médio,
cujo objetivo é o de promover a consolidação da educação básica, o
aprimoramento dos alunos enquanto pessoa humana, conforme preconizado pela
Constituição Federal de 1988 (CF/1988), propondo, portanto, o aprofundamento
dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, a preparação para o
trabalho e para a cidadania. Dessa forma, o ensino médio passou a ser integrado
às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia,
conduzindo o aluno ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva.

O objetivo deste estudo foi verificar se, e como, ocorre a integração do


curso técnico ao Ensino Médio, visando à integração da disciplina Sociologia às
demais disciplinas técnicas. Desta forma, apresentamos uma reflexão acerca da
integração da referida disciplina às demais disciplinas técnicas do curso, uma vez
que, na realidade, a integração das disciplinas do curso Técnico e Médio se dá de
forma lenta, e nem sempre contempla o currículo de ambos os cursos. A pesquisa
foi feita com a nossa presença em aulas para observar como era a dinâmica em
sala de aula buscando observar como as matérias dialogam com a prática de
ensino, onde foi questionado os alunos a expectativas após a conclusão do curso
e se estavam satisfeitos com as matérias propostas pelos professores.

Desenvolvimento
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A educação técnica acompanhou diversas mudanças que perpassam o


tempo e Vidal traz um pouco dessa historiografia. A educação que conhecemos é
marcada por uma divisão social que segundo uma citação do hespanha no texto
de Hebe Mattos, a própria coroa no decorrer da colonização tinha a perspectiva
de que “do ponto de vista social o corporativismo promovia a imagem de uma
sociedade rigorosamente hierarquizada, pois, numa sociedade naturalmente
ordenada, a irredutibilidade das funções sociais conduz à irredutibilidade dos
estatutos jurídico-tradicionais”, e em decorrência desse pensamento foi criando
mais e mais hierarquizações sociais para que se mantenha esse sistema e que a
elite continue no topo dele.

A prática técnica já era usada em comunidades indígenas de forma


assistemática que cada um desempenhava uma função, mantendo então uma
organização com base no coletivo, se aproximando de um comunismo primitivo.
Seguindo 3 pilares: “[...] a força da tradição constituída como um saber puro e
orientador das ações e decisões dos homens; a força da ação, que configurava a
educação como um verdadeiro aprender fazendo, e a força do exemplo[...]”
(Saviani, 2007), com esse trecho percebemos que esse processo não acontecia de
forma compulsória, mas com a concepção de que todos desempenham um papel
importante dentro da comunidade e faziam questão de manter o bem estar de
todos.
Com a prática do projeto colonizador de conversão, muitos indígenas
tiveram que passar pelos aldeamentos para serem catequizados e ressocializados
para seguirem o ideal catolico sofrendo um processo de “aculturação” nessa
instituição, mas houve uma “apropriação e ressignificação” apesar das diversas
perdas culturais foram se desenvolvendo uma cultura baseada na mestiçagem.
Essa mestiçagem contribuiu para a hierarquização do sistema que a coroa
almejava colocando os indígenas e os cidadãos africanos como a classe mais
inferior desse sistema. Essa nova classe foi o principal alvo do trabalho
sistematizado e técnico no período colonial brasileiro, já que nesses aldeamentos
além das práticas religiosas lhes eram ensinados atividades que os colocaria
como principal mão-de-obra do sistema como carpintaria, embarcações, ferraria,
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agricultura, entre outras diversas produções. Ao ver que esse adestramento estava
funcionando, comerciantes, donos de engenhos e burocratas buscavam incentivar
a invasão de territórios para trazer mais e mais pessoas para os aldeamentos.
No período imperial a educação técnica recebeu incentivos de alguns
ramos da sociedade como religiosos, filantrópicos e do próprio governo
monárquico. Viram que quanto mais pessoas preparadas para exercer
determinadas funções seria melhor para essa elite do período. Tendo como
principais pessoas a assumirem essas funções aqueles que não tinham tanta
utilidade para eles, os “desvalidos” e os órfãos. Levando em consideração que
dois tipos de educação era realizada na época, uma voltada para a elite com um
ensino clássico-humanista que tinham como objetivo a reflexão de textos
clássicos eruditos enquanto o outro era voltado para suprir o sistema
mercantilista das plantations que buscava a prática e aperfeiçoamento dessa
prática moldando esses indivíduos para se tornarem alienados com uma falsa
compensação para manter a disciplina.
Com o aumento da urbanização das cidades do período a educação
técnico-profissional começou a ser vista com mais importância e entusiasmo pelo
social, vemos isso com a seguinte citação:
“[...]aparecia, em vários setores da vida nacional, partindo de diferentes
direções, uma aspiração em comum um desejo coletivo, uma vontade
generalizada convergido para um mesmo ideal de estabelecer em nosso
país o ensino que permitisse o melhor desenvolvimento da indústria. era
a preparação psicológica, necessária à cristalização da ideia, que estava
em franca evolução. (p.173, Fonseca, citação na p. 31 J. Vidal )”
Com o aumento da industrialização reforçou ainda mais a necessidade de
um profissional que tivesse a técnica, o que fez com que o governo tomasse a
iniciativa de criar o instituto João Alfredo que ofereceria um ensino primário,
higienização e diversos cursos profissionalizantes. Entretanto, os filhos de
funcionários municipais tinham uma preferência para a adesão do instituto
(cunha, 2000). Já no ano de 1910 (governo de Nilo Peçanha) foi criado as
Escolas de aprendizes artífices que futuramente seriam as redes de educação
profissional, científica e tecnológica que tinha o intuito de suprir a falta de mão
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de obra de cada região, mas não de forma industrial como a burguesia esperava
pois a maioria dos cursos ofertados tinham a mínima utilização de máquinas. A
cada governo que viria buscava uma melhor estruturação desse modelo
educacional para fornecer a capacitação da classe operária, a classe que segundo
os ideais de Marx fazia mover as engrenagens do capitalismo por meio da
exploração dos operários por uma classe burguesa.
Ainda presente na contemporaneidade as redes de educação profissional,
científica e tecnológica (IFs) buscou integrar a educação básica na modalidade do
ensino profissional com o mesmo objetivo de qualificar pessoas para o mercado
de trabalho. Buscaremos fazer um recorte com base da região de Goiás em
específico o IFG que surgiu como escola de aprendizes artífices em 1909, em
1942 mudou para escola técnica de goiânia, em 1965 passou a ser chamada de
escola técnica federal de goiás, em 1999 passou a ser chamada de cefet-go e em
2008 de instituto federal de goiás que prevalece com a essa nomenclatura até
hoje. O decreto-lei de número 4.127, de 25 de fevereiro de 1942, foi responsável
pela integração como dito anteriormente do ensino técnico com o ensino básico,
em específico o ensino médio. Essa modalidade deve seguir algumas requisições
como a interligação dessas duas modalidades, colocando como exemplo o curso
de mineração do ifg que busca que a disciplina de química se volte a temas
específicos da mineração, como a química presente no minas alteram na
coloração do minério, entre outros fatores.
Ao analisar o currículo desta modalidade as instituições devem fornecer
alguns saberes de acordo com a CNE/CEB n. 11/2012, como:

I- Diálogo com diversos campos de trabalho, da ciência, da tecnologia e


da cultura como referência fundamentais de sua formação;
II-Elementos para compreender e discutir as relações sociais de produção
e de trabalho, bem como as especificidades históricas nas sociedades
contemporâneas;
III-Recursos para exercer sua profissão com competência idoneidade
intelectual e tecnológica, autonomia e responsabilidade, orientados por
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princípios éticos, estéticos e políticos, bem como com a construção de
uma sociedade democrática;
IV- Domínio intelectual das tecnologias pertinentes ao eixo tecnológico
do curso, de modo a permitir progresso desenvolvimento profissional e
capacidade de construir novos conhecimentos e desenvolver novas
competências profissionais com autonomia intelectual;
V-Instrumentais de cada habilitação, por meio da vivência de diferentes
situações práticas de estudo e de trabalho;
VI- fundamentos de empreendedorismo, cooperativismo, tecnologia da
informação, legislação trabalhista, ética profissional, gestão ambiental,
segurança de trabalho, gestão de inovação e iniciação científica, gestão
de pessoas e gestão da qualidade social e ambiental do trabalho.
(BRASIL, 2012, p.5)
A Partir desses cinco tópicos percebemos a iniciativa de trazer para o
ensino tecnicista uma percepção mais humanista, concebendo uma visão mais
harmoniosa entre o trabalho e a sociedade ao redor. Fazendo com que haja a
"compreensão de sua realidade social, política, econômica e cultural”,
desenvolvendo um senso crítico e a capacidade de inovar no mercado trabalhista.
Com o objetivo de ter o indivíduo como centro do processo, mas essa não é uma
característica que pertence à escola técnica como visto no decorrer desta
dissertação o que faz com que esse ideal tenha lacunas que desqualificam essa
narrativa.
Com o trabalho de campo tivemos a oportunidade de frequentar uma aula
de sociologia no IFG Campus Goiânia, percebemos que o docente trouxe uma
aula reflexiva sobre a constituição do que faz do Brasil. Trazendo uma
perspectiva cultural e que não teve relação com o curso ofertado e conversando
com alguns integrantes dessa modalidade de ensino percebemos que em geral as
aulas de humanas não fazem parte dessa integração já que a maioria dos cursos
oferecidos, que são bem poucos, são voltado para as áreas de exatas e da saúde e
em muitos casos acabam desqualificando a área de humanas e artes. Mas assim
como citado anteriormente há uma divisão que separa a educação reflexiva,
emancipatória da educação preparatória voltada para o mercado, porque no geral
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os IFs vão trazer um ensino conteudista que acaba sendo maçante para um jovem
de ensino médio. Resultando em uma alta porcentagem de desaprovação dos
integrantes do curso que almeja uma preparação trabalhista pós-médio, que
acabam desistindo do curso como vemos no gráfico a seguir:

(figura tirada da UFSC NIPP)

Muitos alunos acabaram deixando o ensino técnico por não se adaptarem a um


sistema que acaba fornecendo uma ilusão que o próprio governo mantém fruto de
uma enraízam de um sistema conservador capitalista que assim como no período
colonial vai buscar trazer “altos lucros e baixos custos” que o próprio governo
buscará manter o “funcionamento do mercado (não o funcionamento livre, mas o
seu funcionamento mesmo assim) cria incentivos para o aumento da
produtividade e todo o consequente conjunto de características que acompanham
o desenvolvimento econômico moderno” (WALLERSTEIN, immanuel).
Dialogando sempre com uma elite empresarial, que segundo Frigotto essa
comunicação vai buscar "conciliar os interesses dos grupos dominantes e
promover a geração de empregos com vistas a incluir parcelas das massas dos
desvalidos”, que na prática essa ideia de caráter progressista vai resultar em uma
privatização da educação profissional.
A privatização do ensino de modo geral faz com que a educação também
se encontre hierarquizada e posta como um ensino de melhor qualidade
comparada ao ensino público. Tendo em vista que a liderança dessas instituições
se encontrarão de forma monopolizada por uma classe dominante que é vista pela
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população como um sistema que funciona, já que há cobrança maior dos


funcionários e também por uma das pautas internas é a busca de uma educação
continuada que favorece o mercado. Seguindo uma lógica comercial, quanto mais
pessoas estiverem assistindo uma aula mais barato fica para a instituição e
seguindo uma lógica profissional a educação continuada influência faz com que a
empresa seja mais eficiente comercialmente. A iniciativa privada voltada para o
ensino profissional foi criada pelo próprio governo a partir do artigo número 149
da constituição de 1988, que “compete exclusivamente à união instituir
contribuições sociais, de intervenção econômica e de interesses das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de atuação nas respectivas
áreas''. Elas têm o intuito de trazer um amparo social e cultural para os
profissionais ligados à indústria, além de fornecer cursos profissionalizantes que
por abranger uma carga mais abrangente e diversificada de cursos acaba sendo a
melhor alternativa para quem quiser ir para o mercado de trabalho em um curto
período, diferentemente dos cursos ofertados pelos institutos Federais que por
haver a integração do médio o curso acaba tendo 4 anos de duração se
estendendo mesmo após o concluinte do ensino básico.
As instituições que pertencem ao sistema S oferecem cursos técnicos
totalmente voltados para o tecnicismo sem buscar conciliar o intelectual com a
prática, constituindo um sistema tecnicista que o ensino se dá de forma empírica
sem ter um aprofundamento teórico e quando ocorre é de forma precária para que
haja um melhor manuseio da máquina. Contando também que mesmo tendo sido
criada por iniciativas governamentais atualmente são empresas autônomas que
tem sua principal fonte de renda ligada a grandes empresas, poucas delas estão
ligadas a pequenos empreendedores, o que continua alimentando essa
hierarquização social e suas desigualdades.
Conclusão
O sistema educacional técnico profissional vem seguindo uma demasiada
base conservadora que instrumentaliza a mão de obra com o suporte de grandes
empresas e empresários. A educação técnica acompanhou diversas mudanças
que perpassam governos, sendo que essas parcerias e acordos favorecem uma
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educação corporativista técnica neoliberal que busca o funcionalismo da mão de


obra barata, por conta disso não emancipa nem oferece formação capaz de
emancipar e trazer sujeitos ativos na luta pela transformação da realidade social,
e sim, padronizar o sistema educacional mantendo a base de servico "precária".

Essas parcerias trazem sobre o aluno uma perspectiva instrumentadora para


que o mesmo não compreenda, não interfira nem participe da realidade social a
qual faz parte. Ou seja, o ensino está voltado para a habilitação/formação e não
há uma emancipação educacional, visto que é o direito de todos. O fato de formar
profissionais técnicos, vem da busca de profissionalizar a partir de uma educação
que lhes forneça o básico de condições a um funcionalismo da força de trabalho a
curto prazo sem prejuízo e acréscimo moratório em sua formação técnica. Como
dito, não emancipa, e sim dá margem a mercantilização da EP, sobretudo pela sua
fragmentação no ensino médio que vem cada vez mais buscar esses alunos jovens
ao mercado de trabalho como também dá suporte legal à privatização da
Educação Profissional. A onde o capital ganha demanda trabalhista sugerindo que
o privado ganhe sobre o domínio público a formação educacional técnica.

A educação técnica ganha cada vez mais espaços no âmbito privado e público,
dentre as formas predominante do ensino privado, mantém uma demanda ofertada
quase que totalidade nas modalidades subsequente e concomitante o
estabelecimento de acordos junto ao governo com volumosas repasses de recursos
financeiros deu gratuidade junto ao Sistema S, sendo esses curso técnico
concomitante e/ou curso técnico profissionalizante significou grande diferença na
base social com pouca ou nenhuma articulação com a educação básica. Enquanto
nas redes públicas, sobretudo na Rede Federal, predominam os cursos Técnicos
Integrados ao Ensino Médio.

Tomando como referência apenas os indicadores do Senai para o ano


de 2010, segundo o Relatório Anual 2010 (SENAI, 2010), foram
efetuadas um total de 2.362.312 matrículas, das quais apenas 147.997
em cursos técnicos de nível médio e 6.572 em nível de pós-graduação.
Verifica-se a predominância absoluta de ofertas de cursos de curta
duração, distribuídos entre iniciação profissional, aprendizagem
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industrial, qualificação profissional e aperfeiçoamento(PEREIRA,
Josué Vidal; AMORIM, Rodrigo de Freitas Pág 04)

Finalmente, trazemos neste breve estudo que a demanda educacional desde a


chegada dos colonizadores vem sendo cercada de taxação da manutenção das
tendências históricas neoliberais. Os dados indicam tendências problematizadoras
que embora possam parecer em um dado momento a ampliação do atendimento
no campo da educação traz perspectivas que vê somente o lado consevador do
monetário sobre a classe trabalhadora que com o passar do tempo se introjetou no
aspecto educacional que deste a atualidade não se fez desacompanhada de uma
construção discursiva no âmbito da própria subjetividade dos
trabalhadores/cidadãos como simples força braçal.

REFERÊNCIAS
PEREIRA, Josué Vidal; AMORIM, Rodrigo de Freitas. Dinheiro Público, Oferta
Privada: a dinâmica do financiamento e da oferta de educação profissional no
sistema s. Fineduca - Revista de Financiamento da Educação, [S. l.], ano
2015, v. 5, n. 9, p. 1-13, 1 out. 2015.

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de, catequese, aldeamento e missionação. In:


FRAGOSO, João (org). O Brasil colonial: volume 1. 1°ed. Rio de janeiro: civilização
brasileira, 2014, p.435-478

MATTOS, Hebe Maria. A escravidão moderna nos quadros do império português: o


antigo regime em perspectiva atlântica. In: FRAGOSO, João; Bicalho, Maria Fernanda;
GOUVÊA, Maria de Fátima (org). O antigo regime nos trópicos: a dinâmica
imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII). Rio de janeiro: civilização brasileira, 2010,
p. 141-162.

PEREIRA, Josué Vidal; Educação profissional no Brasil:simbioses entre o arcaico e


o moderno na oferta e no financiamento. Editora mercado das letras, 1ª edição, 2022,
p.10-50

WALLRSTEIN, Immanuel. El moderno sistema mundial - la agricultura capitalista y


Los origines de lá economia mundo europea em El siglo XVI. Madrid: siglo XVI
editores, 1979. p. 21-24

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