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Prof Elis Aquino

NNM
O Índice de Qualidade • Parâmetros físico-químicos:
das Águas temperatura, cor, turbidez, pH,
alcalinidade, nitrogênio
O Índice de Qualidade das amoniacal, cloretos, dureza total
Águas (IQA) foi criado nos e demanda de oxigênio.
Estados Unidos e considera • Parâmetros microbiológicos com o
nove parâmetros físicos, intuito de identificar se a água está
químicos e biológicos. Esses poluída ou contaminada por dejetos
parâmetros podem indicar humanos, como coliformes fecais
impurezas na água quando os (Escherichia coli);
valores estiverem acima do • Padrões de potabilidade com a
permitido, dependendo do uso, definição de parâmetros e critérios
tais como: de qualidade da água para o
consumo humano.
Tanto as águas “doces” como as “salgadas” são imensas
soluções aquosas, que contêm muitos materiais dissolvidos.
Assim, a água na natureza não se encontra
quimicamente pura. Mesmo as águas da chuva e a
destilada nos laboratórios apresentam gases dissolvidos,
como o CO2, o O2 e o N2, provenientes de sua interação
com a atmosfera. É a presença desses gases e também de
sais e outros compostos que torna a água capaz de
sustentar a vida aquática – os peixes e outros seres não
poderiam viver em água pura: eles necessitam do oxigênio
dissolvido na água para sua respiração.
ÁGUAS
1. Água potável - Própria para beber. Não contenha elementos nocivos à saúde. A água para consumo
humano deve passar por tratamento a fim de torná-la potável. Ser isenta de cor, sabor, odor (incolor, insípida
e inodora) ou aparência desagradável, ou seja, ser própria para beber. Também pode ser utilizada no
preparo de alimentos ou para lavar louças e roupas. Isenta de substâncias minerais ou orgânicas ou
organismos patogênicos.

2. Água mineral – (Decreto-Lei Nº 7.841, de 08/08/1945)Segundo o Código de Águas Minerais (Decreto-Lei


nº 7.841, de 08 de agosto de 1945), águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou de
fontes artificialmente captadas que possuem composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas
distintas das águas comuns, com características que lhes conferem uma ação medicamentosa. Segundo o
mesmo código, são águas potáveis de mesa as águas de composição normal provenientes de fontes
naturais ou de fontes artificialmente captadas que preencham tão somente as condições de potabilidade
para a região.
Portanto, a água mineral tem uma ação medicamentosa e a água de mesa é uma simples água potável.
Essa é uma informação importante para o consumidor, pois muitas vezes se toma água de mesa pensando
ser água mineral. Ambas são vendidas em garrafas e ambas podem conter gás. A diferença está apenas no
rótulo, que deve informar se a água é mineral ou apenas água de mesa.
ÁGUAS
3. Água destilada - Água destilada é a água obtida por meio da destilação (condensação do vapor
de água obtido pela ebulição ou pela evaporação) de água não pura (que contém outras substâncias
dissolvidas), e então condensada em outro recipiente. Os problemas que a ingestão de água destilada pode
provocar ocorrem porque necessitamos de sais minerais para a manutenção do equilíbrio eletrolítico do
nosso organismo. Assim, quando ingerimos esse tipo de água, não estamos repondo os sais minerais, o que
pode afetar esse equilíbrio.

4. Água oxigenada - A água oxigenada ou peróxido de hidrogênio tem a fórmula H2O2. É um conhecido
oxidante que pode ser formado naturalmente no organismo durante o metabolismo oxidativo em organismos
aeróbios obrigatórios ou facultativos. Sua forma diluída em água é vendida normalmente em farmácias para
o tratamento de feridas. A água oxigenada é um poderoso oxidante com potencial para destruir as células
do nosso corpo por isso temos enzimas para degrada-las, já que o H2O2 surge naturalmente em reações
diversas do nosso corpo.
ÁGUAS
5. Água salgada – A água salgada tem esse nome por que tem uma grande quantidade de sais, principalmente cloreto
de sódio. Apesar de ser a mais abundante no planeta, essa água não é própria para consumo. É encontrada nos mares
e oceanos e em algumas lagoas de água salgada. Em alguns países ocorre um processo chamado de dessalinização da
água do mar onde o sal é retirado da água tornando-a apta ao consumo.

6. Água doce – Não é salgada, quantidade salina próxima do zero. Pode ser encontrada em rios, lagos e lençóis
freáticos. A sua cor e a quantidade de impurezas depende bastante da região onde é encontrada, podendo ser
transparente em alguns locais e marrom em outros. O Brasil é um país rico em água doce por conta da grande
quantidade de rios e lençóis freáticos existentes.

7. Água poluída – Contém substâncias que provocam alterações físicas e químicas apresentando mudanças na cor, no
cheiro e no gosto.

8. Água contaminada – Contém substâncias venenosas ou organismos patogênicos com capacidade de causar doenças.
Água Potável
A palavra potável vem do latim potabilis, que significa “própria para
beber”. Para ser ingerida, é essencial que a água não contenha
elementos nocivos à saúde.
ÁguaA água
Potável
para consumo humano deve passar por tratamento a fim de
torná-la potável, isto é, atender a certos requisitos estéticos, tais como ser
isenta de cor, sabor, odor (incolor, insípida e inodora) ou aparência
desagradável, ou seja, ser própria para beber.

Deve ser também isenta de substâncias minerais ou orgânicas ou


organismos patogênicos que possam produzir agravos à saúde. Assim, o
critério de potabilidade é diferente do critério de pureza.
Água A potabilidade tem como fim o auxílio
manutenção dos seres vivos, inclusive o ser humano.
da

Potável A pureza indica que a única espécie química existente


é H2O, que tem propriedades específicas que a caracterizam.

PURA OU POTÁVEL?

A água potável não contém substâncias nocivas


à saúde, tanto dos seres humanos quanto dos
outros seres vivos.
A água pura não possui nenhuma substância em
sua composição, além de hidrogênio e oxigênio.
Dependendo da finalidade a
que se destina, é permitida nas
águas a presença de espécies
orgânicas e inorgânicas, como
o flúor recomendado pelos
dentistas. Entretanto, suas
quantidades devem ser
monitoradas, pois, em
represas ou outros tipos de
reservatórios, pode ocorrer
contaminação por
microrganismos patogênicos,
por metais como o chumbo, o
zinco e outros, ou por
compostos orgânicos em
concentrações superiores às
estabelecidas pela legislação,
como mostra a tabela a seguir.
ESTUDO DE CASO...
Uma ocorrência no Rio de Janeiro, no ano 2000, que alarmou a população, foi a
série de notícias sobre a contaminação da água por chumbo.

Esse metal, na forma de Pb²⁺ (cátion chumbo II), havia sido detectado em amostras
de água coletadas em residências onde as tubulações ainda eram constituídas de
chumbo.

Esse metal, no ser humano, deposita-se nos ossos, na musculatura, nos nervos e
rins, provocando estados de agitação, epilepsia, tremores, perda de capacidade
intelectual, anemias e, em casos extremos, uma doença chamada saturnismo.
O alumínio é outro contaminante que tem causado temor à população. Alguns
pesquisadores acreditam que sua presença na água potável pode ser aumentada caso
em seu tratamento seja utilizado o alume.
O uso de panelas de alumínio também pode aumentar a quantidade desse
contaminante nos alimentos nelas processados.

As pesquisas indicam que o consumo de água potável com mais de


100 ppb (0,1 mg/L) de alumínio pode causar danos neurológicos, como perda de
memória, e contribuir para agravar a incidência do mal de Alzheimer.
Além desses contaminantes, deve-se considerar ainda os nitratos. O excesso de nitratos na água
que bebemos pode causar, tanto em bebês recém-nascidos quanto em adultos com certa deficiência
enzimática, a doença conhecida como “metemoglobinemia” ou “síndrome do bebê azul”.
Bactérias presentes no estômago do bebê ou em mamadeiras mal lavadas e mal esterilizadas podem
reduzir o nitrato a nitrito, como mostra a equação:

Interagindo com a hemoglobina, o nitrito a oxida impedindo, dessa forma, a absorção e o


transporte adequados de oxigênio às células do organismo. Em razão da falta de hemoglobina, na
sua forma reduzida e que dá a cor vermelha ao sangue, o bebê é acometido de insuficiência
respiratória, perdendo a sua cor natural para uma cor azul-arroxeada. Nos adultos, essa doença pode
ser controlada, pois a hemoglobina oxidada pode retornar com facilidade à sua forma reduzida,
transportadora de oxigênio, e o nitrito se oxidar novamente a nitrato.
METEMOGLOBINEMIA

http://instrumentadorasdeplantao.com.br/metemogl https://www.curtoecurioso.com/2017/05/
obinemia-quem-foram-as-misteriosas-pessoas-azuis- pele-azul-de-avatar-existe-
do-kentucky/ metemoglobinemia.html
A Portaria no 2.914, de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, estabelece os
procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e à vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade. Alguns desses dados são mostrados nas tabelas a
seguir.

PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS - Características dos materiais que podem ser percebidas pelos
sentidos humanos, como a cor, o brilho, a luz, o odor, a textura, o som e o sabor.
De acordo com a legislação brasileira vigente, a água potável deve estar em conformidade
com o padrão microbiológico aqui apresentado.

As instituições responsáveis pelo controle da qualidade da água em termos de


potabilidade realizam periodicamente análises bacteriológicas para verificar a existência
e a quantidade de micro-organismos, identificando-os como prejudiciais – ou não – à
saúde, bem como análises físico-químicas para determinar a existência e a quantidade
das espécies químicas dissolvidas em água.
SOLUBILIDADE
É a propriedade física das substâncias de se dissolverem, ou não, em um determinado líquido.
Denomina-se soluto, os compostos químicos que se dissolvem em outra substância. O
solvente é a substância na qual o soluto será dissolvido para formação de um novo produto.

SOLUÇÃO = SOLUTO + SOLVENTE

CONCENTRAÇÃO ( g / L, mol / L, ppm, % em massa )

A concentração comum das soluções indica a quantidade em massa de soluto que se encontra dissolvida em um
volume-padrão de solução e normalmente é expressa em g/L.

C = concentração comum em g/L;


m1: massa do soluto em g;
m2: massa do solvente em g;

V = volume da solução em L.
V1: volume do soluto em L;
v2: volume do solvente em L;
Concentração de soluções
A quantidade de soluto presente em uma solução pode ser expressa de diferentes maneiras

( mg / L )

1 - Interprete os dados da tabela, comparando as quantidades dissolvidas em 1 litro de água potável e em 2 litros, e
complete os dados da ultima coluna. A razão massa do soluto/volume da solução (água potável) é a mesma?
Analise as informações contidas em um rótulo de água mineral

( mg / L )

2 - Como está expressa a composição dessa água mineral? Seria mais conveniente expressar a concentração em g / L?
Justifique
3 – Qual é a concentração de hidrogenocarbonato de sódio nessa água?
4 – Se forem colocados 100 mL dessa água em um copo e 200 mL em outro, qual será a concentração de hidrogenocarbonato
de sódio em cada um dos copos? Justifique sua resposta.
5 – Que massa de hidrogenocarbonato de cálcio uma pessoa ingere ao beber 100 mL dessa água? E ao beber 200 mL?

6 – Que volume de água uma pessoa deve beber para ingerir 18,7 mg de hidrogenocarbonato de sódio?

7 – Considerando todos os hidrogenocarbonatos presentes nessa água mineral (hidrogenocarbonato de cálcio, de magnésio,
de potássio e de sódio), que massa total de sais hidrogenocarbonato uma pessoa ingere ao beber 100 mL dessa água? E ao
beber 200 mL?

8. Muitos medicamentos com os quais lidamos em nosso dia a dia informam em seus rótulos ou bulas a concentração do
componente ativo. Por exemplo, um medicamento antiespasmódico (X) contém 75 mg do componente ativo (dimeticona) por
mL. Outro medicamento, antitérmico (Y), contém 200 mg do componente ativo (paracetamol) por mL.

Antiespasmódico X Antitérmico Y
Concentração: ? Concentração: ?

a) Indique nos respectivos rótulos as concentrações dos componentes ativos desses medicamentos em g / L.

b) A importância de conhecer a composição de um medicamento está na dose que o médico deve recomendar. Para o
medicamento antiespasmódico, a dose recomendada para adultos é de 16 gotas, três vezes ao dia. Como é possível saber a
massa de dimeticona que se pode ingerir por dia?
(Considere o volume de 1 gota = 0,05 mL.)
9. Você precisa preparar 250 mL de uma solução de NaOH de concentração igual a 20 g / L. Que massa de NaOH você deve
usar?

10. Um frasco contém uma solução de sulfato de cobre pentaidratado 50 g/L. Que volume dessa solução deve ser medido para
se ter 12,5 g de sulfato de cobre?

11. Determinou-se a massa de 4,0 g de hidróxido de sódio. Que volume de


solução deve ser preparado para que sua concentração seja 20 g /L?

12. Considere as informações a seguir


Essa unidade (porcentagem) pode expressar a massa de soluto em 100 g da solução (porcentagem em massa) ou a massa de
soluto em 100 mL da solução (porcentagem em massa/volume) e ainda pode expressar o volume de soluto em 100 mL da
solução (porcentagem em volume).

a) A concentração de NaCl no soro fisiológico está expressa em porcentagem em massa. Qual é a massa de NaCl presente em
100 g de soro? Qual é a massa de água nessa quantidade de soro?
Unidade unificada de massa atômica
Toda medida de massa é sempre uma comparação com um padrão escolhido adequadamente.
E o que pode ser mais adequado para tomar como padrão de medida de massa de átomos e de moléculas do que um “pedaço de átomo”?

O padrão de massa atômica e massa molecular determinado oficialmente pelo sI (sistema Internacional de Unidades) é denominado unidade
unificada de massa atômica, sendo simbolizado pela letra u.

A unidade unificada de massa atômica equivale a um doze avos da massa de um átomo de carbono, cuja massa atômica é 12 (carbono 12).
1
1 u = 12 da massa de 1 átomo de carbono 12

Os valores das massas atômicas (MA) dos elementos são expressos na unidade u, ou seja, são valores que indicam quanto a massa de 1
átomo de determinado elemento químico é maior que a massa de 1 u.

• Massa atômica de 1 átomo de hidrogênio: 1 u.


• Massa atômica de 1 átomo de oxigênio: 16 u.
• Massa atômica de 1 átomo de enxofre: 32 u.

Da mesma maneira, a massa molecular das substâncias deve ser expressa


em u e indica a massa de 1 molécula da substância.

• Massa molecular de 1 molécula de gás oxigênio: 32 u. (2 x 16 u)


• Massa molecular de 1 molécula de gás carbônico: 44 u. (2 x 22 u)
• Massa molecular de 1 molécula de água: 18 u. (2 x 1 u + 16 u)
Cálculo da massa molecular

Como todos os elementos já tiveram a sua massa atômica determinada (por métodos mais avançados e precisos), atualmente a massa
molecular das substâncias é obtida diretamente pela soma das massas atômicas dos átomos dos elementos que constituem uma molécula
da substância.
Os valores podem ser consultados na TABELA PERIÓDICA.

Acompanhe os exemplos a seguir, dadas as massas atômicas aproximadas dos elementos:


H = 1 u; C = 12 u; N = 14 u e O = 16 u.

• Fórmula molecular da água: H2O


hidrogênio: 2 ∙ 1 u = 2 u
oxigênio: 1 ∙ 16 u 5 16 u - massa molecular da água: 2 u + 16 u = 18 u

• Fórmula molecular da ureia: CO(NH2)2


carbono: 1 ∙ 12 u = 12 u
oxigênio: 1 ∙ 16 u = 16 u
nitrogênio: 2 ∙ 14 u = 28 u
hidrogênio: 4 ∙ 1 u = 4 u
massa molecular da ureia: 12 u + 16 u + 28 u + 4 u = 60 u
Quantidade de matéria e massa molar

Ao balancear a equação da reação química temos uma relação entre as massas das moléculas das substâncias (e entre as massas dos átomos
dos elementos).

Como “pegar” 4 u de hidrogênio para reagir com 32 u de oxigênio e obter 36 u de água?

É impossível. Mas e se trabalhássemos com uma “porção” (imensa) de moléculas, ou melhor, se pegássemos duas porções (imensas) de
moléculas de hidrogênio para reagir proporcionalmente
com uma porção (imensa) de moléculas de oxigênio, de modo a obter duas “porções” (imensas) de moléculas de água?

Isso faz sentido, porque como as moléculas são extremamente pequenas, precisamos de um
número imenso de moléculas para constituir uma quantidade de moléculas cuja
massa possa ser medida. É daí que vem o conceito de mol.

A palavra mol, introduzida em 1896 pelo químico alemão Wilhelm Ostwald


(1853-1932), vem do latim moles, que significa ‘porção, quantidade’.

Observação importante:
A palavra mol é ao mesmo tempo o nome da unidade que representa
a grandeza quantidade de matéria e o símbolo dessa unidade. Conforme
o significado da palavra mol, podemos (ou não) utilizar o plural.
Quando nos referimos ao nome da unidade, o uso do plural, mols, é permitido.
Mas, quando nos referimos ao símbolo da unidade, o uso do plural não é permitido e devemos escrever, por exemplo, 2 mol. Da mesma forma, podemos
escrever 2 quilogramas, mas, quando usamos o símbolo kg, o plural não é permitido, e então escrevemos 2 kg (nunca 2 kgs).
De acordo com o SI, o mol é uma unidade da grandeza denominada quantidade de matéria, da mesma forma que o metro é uma unidade da grandeza
comprimento.

Por definição:

Se mantivermos uma proporção constante entre os valores das massas atômicas dos elementos (dobrarmos, triplicarmos, etc., os valores das massas
atômicas), o número de átomos contidos em cada uma das massas obtidas individualmente continuará igual porque a proporção inicial de massas foi
mantida.
A relação g/mol é denominada massa molar (o termo massa molar é aplicado indistintamente para átomos e moléculas).
Observe os seguintes exemplos para os elementos abaixo.
• Massa molar do hidrogênio: 1 g/mol.
• Massa molar do oxigênio: 16 g/mol.
• Massa molar do enxofre: 32 g/mol.

O mesmo raciocínio é aplicado às substâncias. Veja os exemplos.


• Massa molar do gás oxigênio: 32 g/mol.
• Massa molar do gás carbônico: 44 g/mol.
• Massa molar da água: 18 g/mol.

E quantos átomos ou moléculas totalizam 1 mol?


Há diversos experimentos diferentes por meio dos quais se pode chegar ao número de partículas elementares que totalizam 1 mol, uns
mais complicados e outros mais simples, todos chegam, com maior ou menor precisão, a um valor próximo de 6,02214 ∙ 10²³,
denominado oficialmente constante de Avogadro (em homenagem ao trabalho do cientista Amedeo Avogadro).

Qualquer amostra de uma substância contém um número imenso de


Moléculas e qualquer amostra de um elemento contém um número imenso
de átomos que está associado a uma determinada quantidade de matéria
expressa em mol e, portanto, a um determinado número de partículas
elementares (moléculas ou átomos, por exemplo).
Essas relações de proporcionalidade envolvendo massa molar e constante de Avogadro podem ser aplicadas das mais diversas maneiras.

Observe os seguintes exemplos:

* Qual a massa de uma molécula de água em gramas?


Dado: a massa molar da água é 18 g/mol.

Uma única molécula de água tem massa


igual a 2,98897 ∙ 10⁻²³ g.

Relações entre quantidades de matéria


* Imagine a seguinte questão: qual a quantidade de matéria de álcool etílico, C2H6O(l), que deve reagir para fornecer 12 mol de gás carbônico (supondo
reação de combustão completa)?

Observe que, para resolver esse problema, vamos relacionar apenas os dados das
substâncias mencionadas no enunciado, concluindo, por exemplo, que há oxigênio
suficiente para reagir com todo o álcool etílico e que a queima é completa.
Equação balanceada da combustão do álcool etílico:

Para obter 12 mol de gás carbônico, é necessário queimar completamente 6 mol de álcool etílico.
* Quantas moléculas de gás oxigênio são consumidas na
combustão de 5 mol de álcool etílico?

Na combustão de 5 mol de álcool etílico são consumidas


9,0 ∙ 10²⁴ moléculas de O2(g).

* Calcular o número de moléculas de etanol, C2H6O(l), que, ao sofrer combustão completa com gás oxigênio suficiente, fornece
uma massa de água, H2O(v), igual a 162 g.
Da equação balanceada temos

É necessário que um número de moléculas de álcool etílico igual a 1,806 ∙ 10²⁴


sofra combustão completa.
Expressando a concentração em mol · L–1

13. Suponha que os rótulos de dois frascos contendo soluções de concentrações diferentes de sulfato de cobre
pentaidratado tenham se soltado. Pela cor das soluções é possível saber qual das duas é a mais concentrada. Sua tarefa
é recolocá-los em seus devidos frascos. Considere os rótulos:
A - O que cada rótulo está informando?

B - Para comparar os dois rótulos e decidir qual é o da solução mais concentrada é preciso ex pressar as concentrações
das soluções na mesma unidade. Para isso é necessário determinar a massa de um mol do sal (massa molar). A partir do
cálculo da massa molar, expresse as concentrações numa mesma unidade e decida qual dos rótulos deve ser colocado na
solução de cor mais intensa.
14. Tem-se uma solução de NaOH 20 g / L. Retirou-se 20 mL dessa solução, colocou-se em uma proveta e adicionou-se
água até completar o volume de 100 mL. Qual é a concentração da nova solução?

15. Deseja-se preparar 500 mL de solução de Na2CO3 10 g/L a partir de uma solução desse mesmo soluto 50 g/L. Que
volume dessa solução deve ser utilizado e diluído até 500 mL?
Comparando concentrações de elementos presentes na água do mar

16. Na água do mar encontramos sais de sódio, cálcio, magnésio e potássio, entre outros, dissolvidos. A tabela a seguir
apresenta a concentração dessas espécies em uma amostra de água do mar. Expresse, para cada um dos elementos, a
concentração em mol/L, para que possamos comparar o número de partículas de cada um desses elementos presentes
nessa água.

A - Complete a tabela com os símbolos dos elementos.


B - Qual das espécies apresenta o maior número de partículas dissolvidas por litro de água do mar?
C - Considerando as quantidades dissolvidas e as massas molares, explique os valores das concentrações em mol/ L
obtidos para o cálcio e o potássio.
D - Que massa de magnésio deveria estar dissolvida em 1 litro de água do mar para que houvesse um número de
partículas igual ao do sódio nesse volume?

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