Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
11
H.H. Ramos1, J.M.F. dos Santos2, L.S. Leite3, L.A. Palladini4, L.C. Pio5, Y. Ozeki6, F.S. Adegas7
1
Instituto Agronômico, Centro de Engenharia e Automação, Rod. Gabriel Paulino Bueno Couto, km 65, CEP
13201-970, Jundiaí, SP, Brasil. E-mail: hhramos@iac.sp.gov.br
RESUMO
ABSTRACT
2
Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal, São Paulo, SP, Brasil.
3
Jacto, São Paulo, SP, Brasil.
4
EPAGRI/SC, Florianópolis, SC, Brasil.
5
Herbicat, Catanduva, SP, Brasil.
6
Spraytec, Maringa, PR, Brasil.
7
Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil.
exemplo, os procedimentos para Avaliação do Risco aplicação com equipamento costal e um terceiro para
no uso dos produtos. aplicação com equipamento tracionado.
A partir de 1988, começaram a ser publicadas
as NRR – Normas Regulamentadoras Rurais e em
HISTÓRICO 1989 a Lei 7.802 e os decretos que a regulamentaram
estabeleceram a obrigação de recomendação do uso
Desenvolvimentos dos EPIs – Equipamentos de EPIs. A proteção dos aplicadores de Produtos
de Proteção Individual Fitossanitários sempre foi considerada prioridade
para a Indústria de Defesa Vegetal.
A preocupação com a saúde e a segurança do Com as informações que já existiam sobre a
trabalhador rural começou a ser discutida com mais inadequação das vestimentas impermeáveis então
ênfase a partir da década de 1970 e, nesse período, disponíveis, a partir da década de 1990 começaram
vale destacar os trabalhos do Eng. Agrº Carlos Lo- a ser introduzidas as vestimentas de algodão com
rena, da CATI, órgão da Secretaria da Agricultura tratamento hidrorrepelente, ao mesmo tempo em
de São Paulo. que se passou a recomendar luvas e respiradores
Já em 1977 era editada a Lei Nº 6514, que de- mais direcionados às condições de trabalho.
terminava o fornecimento e manutenção de EPIs, A empresa ICI (depois Zeneca e, atualmente
especificando que eles só poderiam ser colocados à Syngenta) foi a introdutora das vestimentas hidror-
venda ou usados, junto com o Certificado de Apro- repelentes, mais leves, confortáveis e, por isso, mais
vação do Ministério do Trabalho. aceitas pelos agricultores.
É dessa época a criação do primeiro EPI – Equi- Atualmente, a totalidade das vestes utiliza
pamento de Proteção Individual – desenvolvido algodão tratado com fluorcarbono, que permite a
para a proteção das pernas dos cortadores de cana. repelência das gotículas de água, ao mesmo tempo
A “perneira”, assim chamada, recebeu, do Ministério em que permanece permeável ao ar, permitindo a
do Trabalho, o primeiro Certificado de Aprovação transpiração e assegurando melhor conforto térmi-
para um EPI, específico para trabalho rural. co. As Normas Reguladoras vigentes determinam
O uso dos Equipamentos de Proteção Individual, que o Empregador Rural forneça ao trabalhador
visando à segurança do trabalhador rural, começou equipamentos de proteção individual e vestimentas
a ter seus primeiros desenvolvimentos a partir de adequadas, que não propiciem desconforto térmico
equipamentos utilizados para outras atividades e prejudicial.
nem sempre adequados. Em 2004, a Comissão de Estudo CE-32 da ABNT
A Fundacentro, ligada ao Ministério do Tra- iniciou estudos para certificar a qualidade dos EPIs
balho, coordenou, na época, algumas reuniões disponíveis ao trabalhador Rural.
envolvendo as indústrias de EPIs e de Produtos Em 2005 com a publicação da Norma Regulamen-
Fitossanitários, além de técnicos de órgãos oficiais tadora 31 (NR-31) pode-se observar a preocupação
e de ensino, de modo a estabelecer as primeiras legal com o treinamento e a disposição do EPI e rou-
recomendações de proteção aos trabalhadores pas apropriadas ao risco, que não criem desconforto
rurais. aos trabalhadores.
Havia, disponíveis na ocasião, respiradores A partir de 2006, o Centro Autônomo de Enge-
(máscaras), botas, luvas e vestimentas impermeáveis, nharia do Instituto Agronômico de Campinas (CEA/
porém, nem sempre as mais adequadas para a pro- IAC) criou o Programa de Qualidade de Equipamento
teção dos aplicadores. As vestimentas, por exemplo, de Proteção na Agricultura (QUEPIA). Nesse progra-
eram de PVC, as luvas inadequadas, assim como as ma, os pesquisadores do CEA/IAC, em colaboração
máscaras e a proteção para cabeça. O conjunto era com as empresas participantes, têm trabalhado na
desconfortável, pesado e caro. A partir de então, melhoria do material usado nos vestuários de pro-
foram pesquisados novos materiais, como o Tyvec teção. É possível encontrar no mercado roupas com
(microfibra de polietileno) e o TNT (tecido não tecido o selo QUEPIA de qualidade.
de polipropileno) os quais apresentaram problemas,
por não serem permeáveis ao ar, rasgarem com fa- Desenvolvimento dos equipamentos de aplicação
cilidade e terem dificuldade para costurar, sendo,
por isso descartados. Importante mencionar, também, os avanços no
Nessa época, a recomendação usual era para a desenvolvimento dos equipamentos de aplicação dos
proteção total do trabalhador em qualquer situação Produtos Fitossanitários, buscando sempre equipa-
de exposição (o que perdura ainda em algumas regi- mentos mais eficientes, precisos e mais seguros para
ões). A empresa Shell passou, então, a distribuir três os aplicadores.
“kits” de EPIs, confeccionados no Brasil, sendo um Fabricantes dos equipamentos para aplicação dos
para as operações de preparo da calda, outro para Produtos Fitossanitários utilizam, nos projetos destes
Como subsídio, estão relacionados no Anexo I - MAPA, na safra 2009/2010, com pulverizadores
alguns eventos que conduziram este tema até os terrestres, contemplando as seguintes culturas: soja,
dias atuais. milho, trigo, cana-de-açúcar, citros, café, feijão e
algodão.
De acordo com os dados fornecidos pelo Sindi-
OBJETIVO cato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa
Agrícola – SINDAG, nas 8 culturas citadas, foram
O presente trabalho tem como objetivo ampliar o utilizados 88% do volume total de Produtos Fitos-
conhecimento sobre o número de hectares tratados sanitários comercializados em 2009.
por dia por aplicador, numa jornada de 8 horas de Na pesquisa do Instituto Biológico/MAPA foram
trabalho, de modo a melhor orientar as empresas coletados valores mínimos e máximos para cada um
nas recomendações de uso de seus produtos fitos- dos tipos de pulveridores em análise.
sanitários, considerando os diferentes cenários de Os dados da pesquisa foram agrupados de acordo
aplicação em diferentes culturas. Além disso, poderá com o tipo de equipamento terrestre utilizado:
auxiliar os órgãos reguladores na implementação - Montados e tracionados com barra;
da Avaliação do Risco de produtos fitossanitários. - Montados e tracionados com turbo;
- Automotriz.
A seguir, a média dos valores mínimos e máximos
DADOS DISPONÍVEIS ATÉ A PRESENTE DATA encontrados em cada um dos cenários pesquisados
(Tabela1).
Os dados gerados em duas edições da revista Os valores da CCO (Média) referem-se à média de
“O Biológico” (v.75, Suplemento 2, dezembro, 2010 todos os valores encontrados na pesquisa de campo.
e v.74, Suplemento, dezembro, 2012), estão relacio- (Tabelas 1, 2, 3 e 4).
nados abaixo, em função dos tipos de equipamentos
utilizados e culturas envolvidas. Resumo sobre as pesquisas com pulverizadores
Utilizou-se também, como referência, estudos de manuais (Projeto Piloto IB/MAPA/Kleffmann)
campo relatados no documento: “Resumo do levan-
tamento de rendimento das aplicações de defensivos A pesquisa foi realizada pela parceria do Instituto
agrícolas” enviados através de comunicação pessoal Biológico/MAPA com o Kleffmann Group, no ano de
por Fernando S. Adegas, da EMBRAPA-Soja. 2011, com pulverizadores manuais, contemplando
as seguintes culturas: tomate, batata e olerícolas
Resumo sobre as pesquisas com pulverizadores (pimentão, cebola e brássicas).
terrestres Naquele estudo piloto realizado foram feitas
391 entrevistas, no período de 11 de outubro a 07
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Biológico de novembro de 2011, incluindo os pulverizadores
do Estado de São Paulo, em parceria com o Mi- costais manuais, costais motorizados e equipamento
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estacionário e semiestacionário.
Tabela 1 - Resumo da Capacidade de Campo Operacional (CCO) com pulverizadores tracionados (ha/tratados/dia/
aplicador²)
CCO CCO CCO
Tipo de Pulverizador
(Min.) (Máx.) (Média)
Montados e tracionados com barra (culturas temporárias) 7 60 29,88
Automotriz 70 121 95,61
Montados e tracionados com barra – café e citros (herbicidas) 4 15 9,46
Montados e tracionados com turbo¹ – café e citros 4 14 9,51
¹Os valores podem ser estendidos para frutíferas de clima temperado.
² Valores encontrados na pesquisa de campo.
No presente estudo os dados da pesquisa foram para pulverização terrestre pelo Dr. T. Matuo
agrupados de acordo com o tipo de pulverizador e ajustada como base nas planilhas de campo
utilizado. A seguir, os valores mínimos e máximos desenvolvidas pelo Engº Agrônomo Dr. L. C.
bem como a média dos valores encontrados em cada Pio. Nesse sentido, com o objetivo de validar os
um dos cenários pesquisados (Tabela 2). valores observados nas pesquisas realizadas pela
Há grande variação no uso de pulverizadores parceria Instituto Biológico e MAPA, reprodu-
manuais, devido ao tamanho da propriedade, tipo de zimos, a seguir, as planilhas com as simulações
cultura e estádio da cultura, entre outros. Portanto, pertinentes. Assim sendo, as referidas planilhas
consideram-se como valores a serem utilizados, a estarão visualizadas na análise de cada tipo de
CCO (Média), referidos na tabela acima. equipamento estudado.
Os valores da CCO (Média) referem-se à média de
todos os valores encontrados na pesquisa de campo Pulverizador montado e tracionado com barra
(Anexos II, III, IV e V). (culturas temporárias)
Tabela 3 – Simulação: pulverizador de barra montado com tanque de 600 litros e barra de 12 metros.
Valores Valores
Variáveis Unidades
mínimos máximos
Velocidade de pulverização km/h 4,0 alt 8,0
Largura da faixa m 12,0 12,0
Tempo de manobra seg 30 alt 20
Comprimento do talhão m 500 500
Distância p/ reabastecimento conv. M 1.000 alt 500
Volume de aplicação L/ha 300 alt 100
Velocidade de deslocamento km/h 5,0 5,0
Capacidade do tanque litros 600 600
Tempo de reabastecimento conv. Min 20 alt 15
Horas úteis de trabalho h 6,0 6,0
Jornada de trabalho h 8,0 8,0
Capacidade operacional estimada ha/h 4,80 9,60
Capacidade operacional otimizada ha/h 1,51 4,69
Capacidade campo operacional ha/h 1,13 3,51
Capacidade campo operacional ha/dia 9,04 28,11
Tabela 4 – Simulação: pulverizador de barra tracionado com tanque de 2.000 litros e barra de 18 metros.
Valores Valores
Variáveis Unidades
mínimos máximos
Velocidade de pulverização km/h 8,0 alt 11,0
Largura da faixa m 18,0 18,0
Tempo de manobra seg 60 alt 15
Comprimento do talhão m 1.000 1.000
Distância p/ reabastecimento conv. m 1.000 alt 500
Volume de aplicação L/ha 200 alt 100
Velocidade de deslocamento km/h 8,0 8,0
Capacidade do tanque litros 2.000 2.000
Tempo de reabastecimento conv. min 25 alt 14
Horas úteis de trabalho h 6,0 6,0
Jornada de trabalho h 8,0 8,0
Capacidade operacional estimada ha/h 14,40 19,80
Capacidade operacional otimizada ha/h 6,09 12,48
Capacidade campo operacional ha/h 4,57 9,36
Capacidade campo operacional ha/dia 36,56 74,90
Com base nas planilhas de campo abaixo, para Pulverizador tracionado com barra - herbicidas
tratar, por exemplo, 83 ha/dia/aplicador, a velocida- (café e citros)
de de pulverização seria de 12 km/h, com barra de
24 metros e tempo de abastecimento de 10 minutos, No Anexo III, estão contidos os dados brutos da
parâmetros não compatíveis com a prática de campo, pesquisa conduzida pela parceria Instituto Biológi-
que indica uma velocidade de pulverização máxima co/MAPA.
de 11 km/h, com barra de 18 metros e tempo de Foram desprezados os valores de hectares iguais
abastecimento mínimo 14 minutos. Estes valores ou maiores que 20 ha/dia/aplicador. Nas Tabelas 5
também estão em linha com os dados encontrados e 6, para obtenção dos valores mínimos e máximos,
por ADEGAS, nos estudos realizados nas safras foram criados cenários utilizando-se como parâmetro
2007/2008 e 2008/2009 em lavouras de soja nos a aplicação de herbicidas em grandes áreas (cerrado)
Estados do Paraná e Mato Grosso. e em áreas pequenas, considerando as piores e me-
Nas Tabelas 3 e 4, para obtenção dos valores lhores condições operacionais de aplicação.
mínimos e máximos, foram criados cenários utili- Os valores para café podem ser extrapolados para
zando parâmetros das piores e melhores condições frutas de caroço (maçã, ameixa, pêssego, nectarina,
operacionais de aplicação. pera) dentre outras.
Tabela 5 – Simulação: pulverizador tracionado com barra - herbicidas em café em grandes áreas - Cerrado.
Valores Valores
Variáveis Unidades
mínimos máximos
Velocidade de pulverização km/h 2,0 alt 6,0
Largura da faixa m 2,0 alt 3,8
Tempo de manobra seg 30 alt 10
Comprimento do talhão m 100 alt 300
Distância p/ reabastecimento conv. m 1.000 alt 500
Volume de aplicação L/ha 400 alt 100
Velocidade de deslocamento km/h 5,0 5,0
Capacidade do tanque litros 1.500 alt 2.000
Tempo de reabastecimento convenc. min. 30 alt 20
Horas úteis de trabalho h 6,0 6,0
Jornada de trabalho h 8,0 8,0
Capacidade operacional estimada ha/h 0,40 2,28
Capacidade oper. otimizada ha/h 0,32 2,02
Capac. campo operacional ha/h 0,24 1,52
Capac. campo operacional ha/dia 1,90 12,14
Tabela 6 - Simulação: pulverizador montado com barra - herbicida em café em pequenas áreas.
Valores Valores
Variáveis Unidades
mínimos máximos
Velocidade de pulverização km/h 2,0 alt 4,0
Largura da faixa m 2,0 alt 3,5
Tempo de manobra seg 30 30
Comprimento do talhão m 100 alt 300
Distância p/ reabastecimento conv. m 1.000 1.000
Volume de aplicação L/ha 400 alt 150
Velocidade de deslocamento km/h 5,0 5,0
Capacidade do tanque litros 400 400
Tempo de reabastecimento convenc. min. 30 30
Horas úteis de trabalho h 6,0 6,0
Jornada de trabalho h 8,0 8,0
Capacidade operacional estimada ha/h 0,40 1,40
Capacidade oper. otimizada ha/h 0,26 0,86
Capac. campo operacional ha/h 0,19 0,64
Capac. campo operacional ha/dia 1,56 5,15
Tabela 7 – Simulação: pulverizadores automotrizes com tanque de 2.500 litros e barra de 28 metros.
Valores Valores
Variáveis Unidades
mínimos máximos
Velocidade de pulverização km/h 12,0 alt 25,0
Largura da faixa m 28,0 28,0
Tempo de manobra seg 60 alt 20
Comprimento do talhão m 2.000 alt 3.000
Distância p/ reabastecimento conv. m 1.000 1.000
Volume de aplicação L/ha 150 alt 80
Velocidade de deslocamento km/h 12,0 12,0
Capacidade do tanque litros 2.500 2.500
Tempo de reabastecimento conv. min 30 alt 15
Horas úteis de trabalho h 6,0 6,0
Jornada de trabalho h 8,0 8,0
Capacidade operacional estimada ha/h 33,60 70,00
Capacidade operacional otimizada ha/h 11,40 24,83
Capacidade campo operacional ha/h 8,55 18,62
Capacidade campo operacional ha/dia 68,39 148,96
Tabela 8 - Simulação: turbo pulverizadores pequenos em culturas como café e frutas de caroço ( maçã, ameixa, pêssego,
nectarina e pera), entre outras.
Valores míni- Valores máxi-
Variáveis Unidades
mos mos
Velocidade de pulverização km/h 4,0 alt 6,0
Largura da faixa M 3,8 alt 5,0
Tempo de manobra Seg 30 30
Comprimento do talhão M 100 alt 300
Distância p/ reabastecimento conv. M 1.000 1.000
Volume de aplicação L/ha 1.000 alt 400
Velocidade de deslocamento km/h 5,0 5,0
Capacidade do tanque litros 200 alt 400
Tempo de reabastecimento conv. min 20 20
Horas úteis de trabalho h 6,0 6,0
Jornada de trabalho h 8,0 8,0
Capacidade operacional estimada ha/h 1,52 3,00
Capacidade operacional otimizada ha/h 0,21 0,82
Capacidade campo operacional ha/h 0,16 0,62
Capacidade campo operacional ha/dia 1,28 4,95
Com base nas planilhas de campo abaixo, e de MAPA/Kleffmann Group. Foram desprezados
acordo com parâmetros mínimos de aplicação com os valores de hectares maiores que 1,5 ha/dia/
pulverizador tracionado com turbo, os parâmetros aplicador.
máximos de aplicação, ou seja, largura da faixa de 7 m, É importante salientar a que fórmula não foi
velocidade de pulverização de 6 km/h e tempo para validada no caso das aplicações com pulverizador
reabastecimento de 30 minutos, a capacidade de campo costal manual. Apesar da semelhança quanto às
operacional máxima seria de 12,61 ha/dia/aplicador. variáveis estudadas, nesse caso, existem muitos as-
Os valores para café podem ser extrapolados para pectos de baixo nível de controle, como velocidade
frutas de caroço (maçã, ameixa, pêssego, nectarina, de trabalho e faixa de aplicação entre tantas outras
pera) dentre outras. durante uma jornada de trabalho. Essas variáveis
existem em função de condicionamento pessoal dos
Pulverizador costal manual aplicadores. Para uma informação mais refinada,
seria necessário realizar levantamento de campo,
No Anexo VI, estão contidos os dados brutos com o objetivo de ajustar algumas das variáveis da
da pesquisa conduzida pelo Instituto Biológico/ fórmula.
No Anexo VII, estão contidos os dados brutos No Anexo VIII estão contidos os dados brutos
da pesquisa conduzida pelo Instituto Biológico/ da pesquisa conduzida pelo Instituto Biológico/
MAPA/Kleffmann Group. MAPA/Kleffmann Group.
Foram desprezados os valores de hectares iguais Nesse cenário específico a fórmula não pode ser
ou maiores que 1,5 ha/dia/aplicador. aplicada adequadamente, pois existem operações
As mesmas considerações em relação à simula- muito distintas ocorrendo, de acordo com esse tipo
ção com pulverizador costal manual aplicam-se ao de equipamento. Por exemplo:
cenário de aplicação com pulverizador costal moto- - Não existe velocidade de deslocamento determi-
rizado. Além disso, o ganho de redução de esforço nada para reabastecimento. O tanque está parado
(não acionamento de alavanca) é neutralizado pelo e pode ter uma pessoa específica para preparo da
peso maior do equipamento motorizado, ruído e calda;
trepidação, o que obriga a maior tempo de descanso - Alguns equipamentos podem ter dois tanques,
entre uma carga e outra. reduzindo o tempo de troca de tanque;
- Há situações em que as carretas se deslocam ao CENTENO, A.J. Manual de procedimentos para a avaliação
lado da cultura e apenas as mangueiras são usadas de risco ambiental de agrotóxicos. Brasília: IBAMA, 2002.
para aplicação dentro da linha de plantio;
Dessa forma, considera-se importante utilizar ao DALDIN, C.A.M. Santiago T. Equipamentos de proteção
individual na segurança do trabalhador rural. 2.ed. Viçosa:
máximo as informações da pesquisa, como base para
UFV, 2003.
garantia da CCO para esse tipo de equipamento.
KOTAKA, E.T.; ZAMBRONE, F.A.D. Contribuições para
a construção de diretrizes de avaliação do risco toxicológico de
CONCLUSÕES agrotóxicos. Campinas: ILSI Brasil, 2001.
Com base na análise feita, os valores das Capaci- MATUO, T. Técnicas de aplicação de defensivos agrícolas.
dades de Campo Operacionais (ha/dia/aplicador) Jaboticabal: FUNEP, 1990. 139p.
sugeridas para os diferentes equipamentos (Tabela
13). RAMOS, H.H.; YANAI, K.; LIMA, M.A.; AGUIAR, V.C.
Evolução dos Equipamentos de Proteção Individual,
EPIs, no Brasil. Defesa Vegetal, p.66-71, 2010.
ANEXO I
- Em 1993, W.F. de Almeida publicou no International Life Science Institute – ILSI-BR, artigo sobre avaliação
do risco no uso de substâncias químicas;
- Em 1995, (11-13/9/1995) foi realizado em São Paulo o Curso/Workshop: Progressos na Toxicologia Pros-
pectiva para Avaliação de Risco de Produtos Químicos, pelo Dr. Gaston Vettorazzi (Organização Mundial
da Saúde - OMS);
- Em 1999 (22/6/1999) foi realizado em Campinas/SP, no Instituto Agronômico de Campinas – IAC, o
Workshop: Avaliação de Risco de Agrotóxicos e editado, no mesmo ano, pelo International Life Science
Institute – ILSI-BR a monografia: Avaliação de Risco de Agrotóxicos: Diretrizes e Conceitos Básicos;
- Em 2001, é editada a dissertação de tese de mestrado de Elia Tie Kotaka sobre contribuições para a construção
de diretrizes de avaliação do risco toxicológico de agrotóxicos no International Life Science Institute – ILSI-BR;
- Em 2002, (4/1/2002) é editado o Decreto Nº 4.074, que no seu Artigo 95 – Inciso III, determinava que a
Avaliação do Risco deveria ser incorporada aos procedimentos de registro até 31 de Dezembro daquele ano;
- Em 2002, é editada a dissertação de tese de mestrado de Rosa Maria de Sá Trevisan, sobre regulamentação
do registro de agrotóxicos: abordagem da avaliação da exposição e do risco toxicológico ocupacional no
International Life Science Institute – ILSI-BR;
- Em 2002, (11/12/2002) O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA realizou reunião formal, em sua sede em Brasília, apresentando o Manual de Procedimentos para
Avaliação de Risco Ambiental de Agrotóxicos. Este Manual, todavia, não chegou a ser incorporado à regu-
lamentação vigente.
- Em 2010, (17/3/2010), em reunião realizada no Instituto Biológico no Estado de São Paulo, foi estabeleci-
da uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Instituto Biológico, para
geração de dados sobre aplicação de produtos fitossanitários na agricultura brasileira.
- Em dezembro de 2010, foi editado o volume 72, Suplemento 2, da Revista “O Biológico”, com dados re-
ferentes aos cenários de aplicação de agrotóxicos na agricultura brasileira com equipamentos tracionados.
- Em 2011, (25/1/2011) foi editada a Consulta Pública nº 02 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA, incluindo a Avaliação de Risco e a aplicação do banco de dados conhecido como PHED – Pesticide
Handler Exposure Database. No Art. 80, estabelecia áreas tratadas por dia.
- Em dezembro de 2012, foi editado o volume 74, Suplemento, da Revista “O Biológico”, com dados referentes
aos cenários da tecnologia de aplicação de agrotóxicos com equipamentos manuais.
ANEXO II
ANEXO III
ANEXO IV
ANEXO V
ANEXO VI
ANEXO VII
ANEXO VIII