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DISCURSO
Introdução
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou
pronto! Digam ao povo que fico.”
“Eu tenho um sonho.”
“Saio da vida para entrar na história.”
Você deve ter reconhecido esses enunciados e talvez até saiba os
nomes daqueles que os enunciaram. Será que eles teriam o mesmo
sentido se fossem enunciados por você, agora, numa sala de aula ou
numa reunião familiar? Ou eles só fariam sentido se remetidos aos
sujeitos que os enunciaram inicialmente? Neste texto, você vai apren-
der como, do ponto de vista da Análise do Discurso, sujeito, língua e
discurso se relacionam.
Sujeito e Discurso
O papel do sujeito, na Análise do Discurso, é bastante diferente do que na
Enunciação. Você já viu que a Análise do Discurso é uma disciplina hetero-
gênea. Assim, diferentes autores trabalharão com diferentes noções de sujeito
e de discurso. O que você pode identificar de semelhança entre eles, desde já,
é que o sujeito é mais uma noção que repercute no sentido dos enunciados e
dos discursos – o que é característico da Análise do Discurso como um todo e
dialoga com a remissão dos enunciados às suas condições de produção.
Você vai conhecer aqui essas noções do modo como foram articuladas por
Foucault e por Pêcheux.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. 4.ed. Tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 1995.
Leitura recomendada
INDURSKY, F. Remontando de Pêcheux a Foucault: uma leitura em contraponto. Dispo-
nível em: http://www.analisedodiscurso.ufrgs.br/anaisdosead/1SEAD/Paineis/FredaIn-
dursky.pdf