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Colóquio Internacional

DISTOPIA E CLÍNICA DO SOCIAL

8, 9 e 10 de maio de 2023

Entrada Franca - Direito a certificado para os inscritos previamente 



Auditório do Bloco F – Campus do Gragoatá – Niterói-RJ – Brasil

Inscrições via link do formulário ou através do QR code

https://forms.gle/FHnvc1jX3pSrjxPp9
Argumento

Vivemos um tempo em que é difícil falar. As


ondas de nossa voz podem ser bloqueadas,
canceladas, gravadas, distorcidas e usadas
publicamente contra nós mesmos. Vivemos um
tempo em que é difícil aperceber e ser
reconhecido, embora ver e ser visto tenha se
tornado uma pletora que cega por seu brilho
multicor. A lógica devastadora do mercado alija
a grande maioria da possibilidade de construção
do pensamento crítico. Nesse meio distópico, a
psicanálise fixada enquanto dispositivo de elite
inviabiliza o acesso das minorias à cura e afasta
a práxis psicanalítica da sua vocação subversiva
original. Uma distopia política, sanitária e
tecnológica tornou portanto a vida dos mais
vulneráveis ainda mais inóspita e traumática.
Governos democraticamente eleitos sofrem
ameaças e são derrubados, líderes fascistas se
tornam mitos através de técnicas de
manipulação e persuasão algorítmica em massa,
acoplada à proliferação de um individualismo a própria ação, somados à necropolítica típica
deletério induzido pelas vias do gozo. Políticas dos estados liberais, ao continuado genocídio
neoliberais vêm devastando a natureza, das culturas originárias e ao recrudescimento de
viralizando o capital acumulado de poucos e políticas de cunho fascista ao redor do planeta,
imprimindo um estado de pobreza extrema e, de vimos-nos impelidos a pensar e a agir em prol
forma ainda mais grave, produz-se alto grau de de uma clínica do social. Pessoas, grupos,
alienação em muitos, inclusive psicanalistas, instituições, universidades e sociedades de
intelectuais, professores, pesquisadores e psicanálise se uniram no sentido de ofertar a
estudantes, frequentemente feitos de “idiotas- escuta psicanalítica gratuita (ou por valores
úteis”, na medida em que são cooptados pelo módicos e subsidiados) às populações mais
ímpeto narcísico de fazer e aparecer. Resta violentadas, invisibilizadas e em estado de
saber: fazer o que, para que e para quem? Ao sofrimento radical. Reuniremos nesse colóquio
nos depararmos com a escalada do suicídio internacional, pensadores da psicanálise
entre jovens, com o isolamento disruptivo voltados à escuta de sujeitos e de comunidades
recheado de feminicídios na pandemia, com o em grave vulnerabilidade, reavivando assim o
assassinato das pessoas lgbtqia+, com o espírito de justiça social existente desde os
gaslighting cibernético que impede a primórdios das clínicas públicas de Freud.
clarividência sobre
Programação
8 de maio – segunda-feira – 14h às 18h

14 h - Conferência de Abertura
Isildinha Nogueira – Distopia e psicanálise

15 h - Joel Birman - O inconsciente é a política: as distopias no imaginário no Brasil


Video- debate disparador: <https://youtu.be/lKmcgt8xM9g>
Sophie de Mijolla-Mellor – Distopias ou trabalho de antecipação
Moderação: Iolanda Oliveira e Marília Etienne Arreguy

16 h – O laço psicanalítico em tempos


distópicos 18 h – Ferenczi: pensador político, clínico
do reconhecimento
Laura Chacón Echeverría – EscuchArte:
psicanálise e resgate de vulnerabilidades Jô Gondar – Memória do futuro e traumas
sociais coletivos
Helga Arroyo: Distopia digital e a escuta de Eugênio Canesin Dal Molin – Dispositivo
povos originários do Caribe
 aproximações

José Darío Córdova: Memórias e reparação Daniel Kupermann – Por que Ferenczi?
do trauma de guerra em São Salvador Congresso Internacional 2024
Rosa Imelda Spinosa: Psicanálise na Moderação: Fernanda Ferreira Montes
pandemia
Moderação: Paulo Vidal
9 de maio – terça-feira – 9h às 13 h

9h – Violência psicopolítica: Dispositivos


Antirracistas e Antifascistas

Rita Almeida – Distopia em redes fascistas



Lucio Massafferri – A produção de distopia
via guerra híbrida

Mariana Mollica – Psicanálise e Portal
Favelas no combate à necropolítica

Renata Costa-Moura – Diáspora distópica:
dispositivo clínico-político com refugiados
Moderação: Alexandre Vasilenskas Gil

11 h – Clínica do social enquanto ética do


psicanalista

Carla Penna – A matriz do sonhar social:


democracia e partilha.

Eduardo da Silva – Dispositivo de
atendimento comunitário virtual

Luciano Elia – De corpo e alma: escuta
presencial na favela

Tales Ab’Saber – Escuta psicanalítica na
Casa do Povo: utopia de portas abertas
Moderação: Ana Cristina Figueiredo

10 de maio – quarta-feira –16h às 22h

16 h – Dispositivos de emergência na Sandra Cabral Baron – Desconstruindo a


interface de psicanálise e educação violência via educação e saúde coletiva
Moderação: Francisco Ramos Faria
Cristina Ortega Martínez – Transcender o 18 h – Por uma psicanálise política e pela
paradigma do ensino na (pós-)pandemia: cura coletiva
afetividade freiriana entre professores Carlos Umaña – Nostalgia, luto e porvir: da
mexicanos utopia revolucionária à revolução clínica
Marcelo Báfica Coelho – O professor que Leila Ripoll – Coletivo Psicanalistas
escuta para além das tecnologias Unidos pela Democracia

Marília Arreguy – O pulo do gato no a François Morel – Expulsão e criação de
posteriori das clínicas públicas de Freud uma instituição psicanalítica inclusiva –
AIPC

19:30: Conferência de encerramento


Branquitude e violência: do trauma transgeracional à reparação coletiva- Benilton Bezerra
Moderação: Sandra Teixeira e Sara Wagner York
Comitê Científico

Andréa Guerra; Dagmar Mello e Silva; Fabio


Bispo; Fernanda Montes; Iolanda Oliveira;
Leonardo Maia; Marcelo Coelho; Maria Izabel
Spacenkopf; Marília Arreguy; Millagros Jaime;
Paulo Vidal; Rafael Viegas; Renata Codeço;
Richard Fonseca, Rosane Marendino; Sandra
Cabral Baron; Sandra Teixeira; Sara Wagner
York; Sandra Brignol; Cristina Rauter.

Comitê de Organização

Adriana Silva; Alessandra Lopes; Bruno Chads;


Danielle Bastos; Luciana Santos; Marcelle Silva;
Telma Antunes, Vitória Soares; Viviane Petrucio;
Luiza Leite; Amanda Chiquini; Diogo Pataro;
Cleide Severo; Clara Lobo.

Créditos das imagens


<https://www.google.com.br/amp/s/veja.abril.com.br/
politica/comitiva-de-lula-ve-negligencia-de-bolsonaro-
com-yanomamis/amp/>
<https://3.bp.blogspot.com/-e5IPj4V-Wjs/T9raYCavM6I/
AAAAAAAAAFQ/Ckb-uTxI-Ro/s1600/mc3a3e-negra-
chorando.png>
<https://vermelho.org.br/2022/05/26/morto-em-camara-de-
gas-genivaldo-e-vitima-da-banalizacao-da-violencia/>
<https://nilljunior.com.br/o-descaso-para-com-o-povo-
yanomami-e-crime-e-genocidio-diz-nota-do-padres-da-
caminhada/>

Arte
Telma Antunes
Apoio


Círculo
Psicanalítico do
Rio de Janeiro -
CPRJ


Realização

Contato
Site
<subjetividadefeuff@gmail.com>
<http://gape.uff.br/>

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