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Disciplina: Durabilidade do Concreto

Aula: Carbonatação do Concreto

Carbonatação
do Concreto

Prof. Oswaldo Cascudo


Universidade Federal de Goiás
PPG-GECON/UFG

Carbonatação no Concreto
É um fenômeno natural que transforma
constituintes da pasta de cimento
hidratada em carbonatos, decorrente da
existência de gás carbônico na atmosfera
em concentrações que variam de
0,03% a 0,3%.
água
Ca(OH)2 + CO2  CaCO3 + H2O
(Equação principal / simplificada da carbonatação)

Profs. Oswaldo Cascudo/Helena Carasek


PPG-GECON - UFG 1
Disciplina: Durabilidade do Concreto
Aula: Carbonatação do Concreto

A Carbonatação do Ponto de
Vista Químico
1. Carbonatação do Ca(OH)2

 Dissolução do CO2 na solução do poro


CO2 + 2OH- CO32- + H2O CO 2 + H2O ↔ H2CO 3
H2CO 3 + H2O ↔ HCO 3- + H3 O +
 Dissolução do Ca(OH)2 HCO -3 + H2O ↔ CO 23- + H3 O+

Ca(OH)2 Ca2+ + 2OH-

 Formação do carbonato de cálcio


Ca2+ + CO32- CaCO3 (TAYLOR, 1990)

Carbonatação do CH

Camada de CaCO3 sobre Cimento hidratado completamente


o Ca(OH)2 carbonatado

(HÄUBLER et al., 2001)


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PPG-GECON - UFG 2
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A Carbonatação do Ponto de Vista Químico


2. Carbonatação de bases alcalinas (NaOH e KOH)
“Em presença de bases alcalinas (NaOH e KOH), a solubilidade do
Ca(OH)2 é baixa e a sua carbonatação é lenta. No entanto, essas
bases podem se carbonatar.”

 Carbonatação do NaOH e KOH:


H2CO3 + 2KOH K2CO3 + 2H2O
H2CO3 + 2NaOH Na2CO3 + 2H2O

“A carbonatação das bases alcalinas aumenta a solubilidade do


Ca(OH)2, que passa a se carbonatar em maior quantidade.”
 Formação do carbonato de cálcio:
K2CO3 + Ca(OH)2 Ca2CO3 + 2KOH
Na2CO3 + Ca(OH)2 Ca2CO3 + 2NaOH

A Carbonatação do Ponto de Vista Químico

3. Carbonatação de outros compostos da pasta de cimento


hidratada (silicatos e aluminatos)

 Carbonatação do C-S-H:
O silicato de cálcio hidratado (C-S-H) é inicialmente
descalcificado, diminuindo sua relação Ca/Si, e posteriormente é
convertido em sílica gel:

H2CO3 + CaO.SiO2 .nH2O → CaCO3 + SiO2 .nH2 0 + H2O

Carbonato
Ácido carbônico
de cálcio
C-S-H Sílica gel

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PPG-GECON - UFG 3
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Carbonatação do C-S-H

C-S-H proveniente da hidratação do C3S C-S-H carbonatado


(3% CO2 por 28 dias)

(HÄUBLER et al., 2001)


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Carbonatação do C-S-H

calcita

C-S-H carbonatado

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PPG-GECON - UFG 4
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A Carbonatação do Ponto de Vista Químico


3. Carbonatação de outros compostos da pasta de cimento
hidratada (silicatos e aluminatos)
 Carbonatação da etringita e monossulfato:
“A etringita e o monossulfato produzem alumina gel e gesso”

 Carbonatação dos aluminatos hidratados:


“Os aluminatos hidratados C4AHx são convertidos rapidamente em
C4ACHx e posteriormente em alumina gel”

4CaO.Al2O3.13H2O + 4CO2 4CaCO3 + 2Al(OH)3 + 10H2O

Carbonato
de cálcio
Aluminato de cálcio hidratado Alumina gel

Síntese do Mecanismo da
Carbonatação

(THIERY, 2006)

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Carbonatação no Concreto

Efeitos da
carbonatação...

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Efeitos da Carbonatação
 Efeito físico imediato:
 Aumento de massa

 Sobre a microestrutura (aspectos físicos):


 Redução da porosidade (densificação da pasta)
 Retração (por carbonatação)

 Na solução do poro (aspectos químicos):

 Redução do pH (despassivação da armadura - corrosão)


 Redução da condutividade (aumento da resistividade)

 Para o meio-ambiente:
 Captura o CO2 atmosférico

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PPG-GECON - UFG 6
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Efeitos da Carbonatação

 Efeito físico “automático”:

 Aumento de massa:

 Ca(OH)2 se transforma em CaCO3 35% (DIAS, 2000)

 Pouco impacto na estrutura, já que a carbonatação ocorre


de forma periférica nos elementos estruturais;

 O aumento de massa devido à carbonatação pode ser


atenuado pela perda de água do concreto para o ambiente.

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Efeitos da Carbonatação
Efeito
positivo
 Sobre a microestrutura do concreto:

 Redução da porosidade total e/ou refinamento de


poros: CaCO3 que possui volume maior, cerca de
11% maior que do Ca(OH)2 colmatação dos poros;

1 mol de Ca(OH)2 = 33,2 cm3 1 mol de CaCO3 = 36,9 cm3 ( 11%)

1 mol de C-S-H são = 12 cm3 1 mol de C-S-H carbonatado = 16 cm3 ( 33%)

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PPG-GECON - UFG 7
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Argamassa produzida com: Cim. CEM I Cim. CEM II Cim.CEM III

Argamassa não carbonatada 14,4% 13,9% 12,3%

Argamassa carbonatada 296


12,9% 12,2% 11,3%
dias – ar atmosférico
Argamassa carbonatada 157
dias – ambiente 50% CO2 8,8% 10,8% 8,3%

Redução da
porosidade

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Carbonatação
 Redução da porosidade
Fisicamente
 Refinamento dos poros

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PPG-GECON - UFG 8
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Influência da Carbonatação na
Difusão de Cloretos (Cl-)

Cimento CEM I Cimento CEM II Cimento CEM III

D (10-12 m2/s)
Concreto não 1,5 3,3 0,8
carbonatado

D (10-12 m2/s)
Concreto 0,2 0,5 0,3
carbonatado

(OLLIVIER, 2009)

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Efeitos da Carbonatação

 Sobre a microestrutura do concreto:

 Retração (por carbonatação):


 perda de moléculas de água na reação principal de


carbonatação;

 diminuição de volume na pasta de cimento endurecida


(dissolução do Ca(OH)2 em zonas onde ele está sob
tensão e a precipitação do CaCO3 em espaços não
sujeitos à tensão).
 Se confunde com a retração por secagem e contribui para a
parcela irreversível dessa retração (NEVILLE, 1997);
 Pode contribuir com fissuração generalizada da superfície
exposta do concreto e pode ser significativa em pequenos CPs
(TAYLOR, 1990).

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PPG-GECON - UFG 9
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Aula: Carbonatação do Concreto

Morfologia típica da calcita (CaCO3) vista ao MEV

(CASTRO, 2003)

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Morfologia típica da calcita (CaCO3) vista ao MEV

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PPG-GECON - UFG 10
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Morfologia típica da calcita (CaCO3) vista ao MEV

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Efeitos da Carbonatação

 Em relação ao pH do concreto:
Efeito
 Redução do pH: negativo

pH do concreto: 12,5 a 13,5

pH crítico (despassivação): 11,5 a 11,8

pH de precipitação do CaCO3: 8,3 a 9,0

Principal “efeito colateral” da carbonatação

Importante agente iniciador da corrosão

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PPG-GECON - UFG 11
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Diagrama de Equilíbrio Termodinâmico do Sistema Fe-


H2O a 25oC – Diagrama de Pourbaix

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Efeitos da Carbonatação

 Sobre os parâmetros da solução do poro:

pH

(CASCUDO
et al., 2020)

Condutividade da Solução do Poro Resistividade do Concreto

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PPG-GECON - UFG 12
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Efeitos da Carbonatação

 Sobre os parâmetros da solução do poro:

Íons na Solução do Poro – Força Iônica

(CASCUDO et al., 2020)

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Carbonatação no Concreto

Fatores
intervenientes...

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PPG-GECON - UFG 13
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Fatores Intervenientes na Carbonatação

 Fatores que afetam a difusividade do CO2 no concreto

(CASCUDO;
CARASEK,
2022)

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Fatores Intervenientes

 Composição do Concreto:
 Relação água/cimento: alteração microestrutural
(principal fator)
 Agregado: porosidade da interface agregado-pasta X
barreira dos grãos
 Ligante: tipo e consumo de cimento
 Adição mineral: tipo e teores de adição mineral

Além de interferir na microestrutura (porosidade,


distribuição do tamanho de poros e interconectividade),
também altera a quantidade de compostos
passíveis de carbonatação e a reserva alcalina

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PPG-GECON - UFG 14
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Fatores Intervenientes na Carbonatação

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Coeficiente de carbonatação
12
Sem cura
10

6
Cura úmida
4

0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
relação água/cimento
(SALTA, 1996)

(GRANDET et al., 1998)

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Fatores Intervenientes

 Cura: condições e tempo de cura


Adição*Relação*Cura; LS Means
Current effect: F(5, 372)=6,0011, p=,00002
Effective hypothesis decomposition
Vertical bars denote 0,95 confidence intervals
16

14

12

10

8
Kc

Cura
-2
Adição: S A V Adição: S A V
C0
M R E M R E Cura
CH
(CASTRO,
Relação: a/ag_0,40 Relação: a/ag_0,55 2002)

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PPG-GECON - UFG 15
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Aula: Carbonatação do Concreto

Fatores Intervenientes - Climáticos

 Umidade Relativa:
 Interefere na umidade interna (de equilíbrio) do concreto
(grau de saturação):
  Umidade  Difusão CO2 (difusão em água 104 menor que ao ar)
 Poros secos  não há dissolução do CO2 na água do poro (não há
carbonatação)
 Concentração do CO2 no ar:
 Atmosferas urbana e urbana-industrial: grau de poluição
ambiental (CAA II e III da ABNT NBR 6118)
 Temperatura:
 Catalisadora de reações químicas: energia de ativação

Obs.: o tempo de exposição é muito importante em todo o processo.

31

 Umidade Relativa: interfere na difusividade do CO2

(CASCUDO, 1997)

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PPG-GECON - UFG 16
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Aula: Carbonatação do Concreto

Atmosferas Urbanas e
Urbanas/Industriais

Fenômeno preponderante:
Carbonatação do Concreto

CONCENTRAÇÃO DE CO2
Concentração de CO2
Tipo de Ambiente
no ar (em volume)

0,03% Ambiente rural

Ambiente de laboratório
0,1%
(não ventilado)

0,3% Ambiente urbano

Ambiente urbano-
1,0%
industrial

(NEVILLE, 2016)

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Frente de Carbonatação CARBONATAÇÃO


COMO AGENTE DA
CO2 CORROSÃO
COBRIMENTO

pH < 9

pH > 12

(CASTRO, 2002)
34

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Carbonatação no Concreto

Técnicas de medida
e avaliação...

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Medida da Carbonatação

 Medição prática da “frente de carbonatação”:


 Aspersão de solução indicadora de pH (uso de indicadores
de pH):
 Fenolftaleína - 8,3 a 10,0
 Timolftaleína - 9,3 a 10,5
 Amarelo de Alizarina - 10,1 a 12,0 Amarelo de
Fenolftaleína Alizarina GG
( 8,3 – 10,0 )
(10,1 – 12,0)

36

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Aula: Carbonatação do Concreto

INDICADORES DE pH – Fórmula Química e Faixa de


“Viragem” do pH

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Correlação de Tempos de Leitura

Amarelo de Alizarina X Fenolftaleína

(CASTRO,
2002)

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Aula: Carbonatação do Concreto

Correlação de Tempos de Leitura

10 minutos X 24 horas

(CASTRO,
2002)

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Técnicas de Análise da Carbonatação

 Base analítica da carbonatação:


 Análise química;

 Termogravimetria e análise térmica diferencial (TG/DTG e

ATD);

 Difração de raios X (DRX);

 Microscopia eletrônica de varredura (MEV);

 Análise petrográfica (petrografia);

 Espectroscopia de infravermelho (EI);

 Outras técnicas.

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PPG-GECON - UFG 20
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Técnicas para Avaliação da Carbonatação

Termogravimetria – TG e DTG

Difração de raios X

(HOPPE FILHO, 2008)

41

Técnicas para Avaliação da Carbonatação

Difração de raios X

 Decréscimo (até mesmo desaparecimento) dos picos de portlandita (2,63 Å ;


4,90 Å ; 1,93 Å)
 Aumento significativo nos picos de calcita (3,04 Å ; 2,29 Å ; 1,91 Å ; 1,93 Å)

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PPG-GECON - UFG 21
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Técnicas para Avaliação da Carbonatação


análise petrográfica

espectroscopia de infravermelho

(OLIVEIRA apud
CASCUDO; CARASEK, 2011)
(YLMÉN; JÄGLID, 2013)

43

Frente de Carbonatação

(GONÇALVES; SALTA, 1996)

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PPG-GECON - UFG 22
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Carbonatação no Concreto

Modelos
preditivos...
Modelo Empírico-Determinístico de
Cascudo, Carasek e Castro (2012)

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Predição da Carbonatação Natural


 Modelo de Ying-Yu e Qui-Dong;
 Modelo de Papadakis, Vayena e Fardis;
 Modelo de Al-Akchar, Baroguel-Bouny e Raharinaivo;
 Modelo de Bakker;
 Modelo de Saetta, Schrefler e Vitaliani;
 Modelo Oxand;
 Modelo Miragliotta;
 Modelo do Task Group 5.0 do CEB; Modelo de Cascudo,
 Modelo Duracrete; Carasek e Castro (2012)
 Modelo de Bary e Sellier;
 Modelo de Thiéry;
 Modelos de Helene, Possan, etc.

 Modelos Empíricos: xc  At B
 Modelos Analíticos: xc  A( HR, T , Rc, [CO2 ]...) t
 Modelos Numéricos: resolução das equações de conservação

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PPG-GECON - UFG 23
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Aula: Carbonatação do Concreto

Pesquisa Experimental - Carbonatação Natural Após


20 anos
 Amplo espectro de resistências e de relação a/ag: fcj = 18 MPa a 55 MPa;

 5 diferentes tipos de adições minerais (+ Ref.) e 2 situações extremas de cura;

 36 situações individuais de análise: 108 protótipos de viga de 20 cm x 20 cm x 50 cm;

 Condições de armazenamento: externo abrigado (clima do Centro-Oeste Brasileiro);

 Avaliação da carbonatação natural a longo prazo: previsão = 25 anos;

 Equipe: O. Cascudo (UFG), H. Carasek (UFG), A. Castro (Furnas), M. Batista, P. Pires,


S. K. de Melo e J. P. Ollivier (INSA/Toulouse).

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Pesquisa Experimental - Carbonatação Natural Após


20 anos

VARIÁVEIS

Adições minerais
- Sílica ativa (10%)
Cura - Cinza de casca de
arroz (10%) Relação a/ag
- Cura úmida
(UR=90%) - Metacaulim (10%) - 0,40
- Cura em local - Cinza volante (25%) - 0,55
seco e protegido - 0,70
- Escória de alto-forno
de intempéries
(65%)
- Sem adição
(Referência)

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PPG-GECON - UFG 24
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Aula: Carbonatação do Concreto

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ADIÇÕES MINERAIS UTILIZADAS

Exigência Exigência
Escória Cinza de
Método de Cinza Metacau- segundo a segundo a
Característica ou Propriedade Determinada de Alto- Casca de Sílica Ativa
Ensaio Volante linita NBR 13956 NBR 12653
forno Arroz (4) (5)

Massa específica (kg/dm³) NBR NM 23:1998 2,9 2,33 2,2 2,54 2,2 N.E. N.E.

 15 000 e
Área específica BET (m²/kg) - 900 1500 19 690 21 250 15 990  30 000 N.E.

Perda ao fogo NBR 5743:1989 0,31 1,23 9,75 4,29 4,12  6,0  6,0 (6)

Dióxido de silício (SiO2) 35,04 61,99 82,78 46,7 91,05  85,0 N.E.

Óxido de alumínio
12,43 23,3 0,53 41,41 0,17 N.E. N.E.
(Al2O3)

Óxido de ferro (Fe2O3) Procedimento 0,16 5,4 1,99 3,49 0,30 N.E. N.E.
Óxido de cálcio total FURNAS
(CaO) n. 1.02.135 (1) 41,58 2,03 1,05 0,53 0,77 N.E. N.E.
Componentes Químicos
(%) Óxido de magnésio
(MgO)
8,68 1,91 1,26 0,53 0,75 N.E. N.E.

Anidrido sulfúrico (SO3) 0,12 - 0,05 0,61 0,52 N.E.  5,0 (7)

Óxido de sódio (Na2O) 0,31 0,43 0,17 0,00 0,21 N.E. N.E.
Procedimento
Óxido de potássio (K2O) 0,55 3,01 0,63 0,25 0,27 N.E. N.E.
FURNAS
n. 1.02.31 (2)
Equivalente alcalino
0,67 2,41 0,58 0,16 0,39  1,5 N.E.
(Na2O)

SiO2 +Al2O3 + Fe2O3 (%) - 47,63 90,69 85,3 91,6 91,52 N.E.  70,0 (8)
Índice de Atividade Pozolânica (3)
NBR 5752:1992 96,3 123,3 121,9 118,2 109,8 N.E. N.E.
com o cimento (%)

49

DADOS
CLIMÁTICOS DO
AMBIENTE DE
ARMAZENAMENTO
DOS PROTÓTIPOS
DE VIGA

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PPG-GECON - UFG 25
Disciplina: Durabilidade do Concreto
Aula: Carbonatação do Concreto

Pesquisa Experimental - Carbonatação Natural Após


20 anos

Medidas de profundidade
de carbonatação natural

2002/ 2011 /
2003 2005 2009 2022
2012

BANCO DE
DADOS

51

ec x tempo
Resultados de 10 anos
Concretos:
Concreto a/ag = 0,40 - Cura Úmida
relação a/ag = 0,40
25 Cobrimento
Profundidade (mm)

20
Referência
15 Escória
10 Metacaulim
Sílica Ativa
5
Cinza Volante
0 C. Casca de Arroz
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Idade (anos)

Concreto a/ag = 0,40 - Cura Seca


25 Cobrimento
Profundidade (mm)

20
Referência
15 Metacaulim
10 Sílica Ativa
Cinza Volante
5
C. Casca de Arroz
0 Escória
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Idade (anos)

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PPG-GECON - UFG 26
Disciplina: Durabilidade do Concreto
Aula: Carbonatação do Concreto

ec x tempo
Resultados de 10 anos
Concretos:
Concreto a/ag = 0,55 - Cura Úmida
relação a/ag = 0,55
30
25 Cobrimento

Profundidade (mm)
20 Referência
Escória
15
Metacaulim
10 Sílica Ativa
5 Cinza Volante
0 C. Casca de Arroz
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Idade (anos)

Concreto a/ag = 0,55 - Cura Seca


30
25 Cobrimento
Profundidade (mm)

20 Referência
Escória
15
Metecaulim
10 Sílica Ativa
5 Cinza Volante
0 C. Casca de Arroz
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Idade (anos)

53

ec x tempo
Resultados de 10 anos
Concretos:
Concreto a/ag = 0,70 - Cura Úmida
relação a/ag = 0,70
35
30
Profundidade (mm)

Cobrimento
25 Referência
20 Escória
15 Metacaulim
10 Sílica Ativa
5 Cinza Volante
0 C. Casca de Arroz
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Idade (anos)

Concreto a/ag = 0,70 - Cura Seca


40
35
Profundidade (mm)

30 Referência
Cobrimento
25
Escória
20
Metacaulim
15
10 Sílica Ativa
5 C. Casca de Arroz
0 Cinza Volante
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Idade (anos)

54

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PPG-GECON - UFG 27
Disciplina: Durabilidade do Concreto
Aula: Carbonatação do Concreto

Coeficientes a/ag = 0,40 - cura úmida Coeficientes a/ag = 0,40 - cura seca
40 40
35 35

Profundidade (mm)

Profundidade (mm)
30 30
E = 4,57 E = 5,98
25 25
CV = 3,13 CV = 4,97
20 20
M = 2,39 M = 3,82
15 15
SA = 2,38 CA = 3,56
10 10
R = 1,89 R = 3,19
5 5
CA = 1,80 SA = 3,08
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
√ano √ano
Coeficientes a/ag = 0,55 - cura úmida Coeficientes a/ag = 0,55 - cura seca
40 40
35 Expressivo 35
E = 9,98

Profundidade (mm)
Profundidade (mm)

caráter 25
30 30
E = 7,39 CV = 8,44
25
CV = 6,55 SA = 6,77

preditivo de
20 20
SA = 5,64 R = 5,52
15 15
CA = 4,72 M = 5,26

vida útil 5
10 10
R = 4,46 CA = 5,15
5
M = 3,42
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
√ano √ano
Coeficientes a/ag = 0,70 - cura úmida Coeficientes a/ag = 0,70 - cura seca
40 40
CV = 12,02
35 35
CV = 8,59 E = 11,05

Profundidade (mm)
Profundidade (mm)

30 30
E = 8,19 SA = 9,45
25 25
CA = 7,20 CA = 9,23
20 20
SA = 7,08 M = 8,47
15 15
M = 7,06 R = 6,66
10 10
R = 5,69
5 5
0 0
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
√ano √ano

55

Análise Estatística

Análise de Variâncias (ANOVA): 3 fatores exercem influência significativa


nos valores de Kcarb - Forte influência da cura e da rel. a/ag

Comparação Múltipla de Médias – Método de Duncan


Coeficientes a/ag = 0,40 - cura úmida Coeficientes a/ag = 0,40 - cura seca
_______ _______ ____ ___ ___ __ ________ ____ __
CA R M SA CV E SA R CA M CV E
1,61 1,66 1,88 1,93 2,78 4,35 3,05 3,42 3,71 3,94 4,86 6,15
Coeficientes a/ag = 0,55 - cura úmida Coeficientes a/ag = 0,55 - cura seca
___ _______ ___ ____ __ ____________ ___ ____ __
M R CA SA CV E CA R M SA CV E
3,25 4,21 4,46 5,38 6,30 7,34 5,39 5,64 5,72 6,93 8,67 10,82
Coeficientes a/ag = 0,70 - cura úmida Coeficientes a/ag = 0,70 - cura seca
__ _______ ___ ____ __ ___ __ ________ ________
R SA M CA CV E R M CA SA CV E
5,18 6,46 6,53 6,93 8,09 8,55 6,70 9,20 9,65 9,75 12,24 12,38

___ ____ _____ ____ ______ ___


Resultado
Global
R M CA SA CV E
4,5 5,1 5,3 5,6 7,0 8,1

56

Profs. Oswaldo Cascudo/Helena Carasek


PPG-GECON - UFG 28
Disciplina: Durabilidade do Concreto
Aula: Carbonatação do Concreto

Resultado Prático

Correlação – coeficientes de carbonatação (Ka)


acelerado e natural (Kn)

Coeficientes de carbonatação
140

120 Kc = 7,3836 Kn
r² = 0,7
100
Kc (mm/√ano)

80

60

40

20

0
0 2 4 6 8 10 12 14
Kn (mm/√ano)

57

Considerações Finais

Modelo de Carbonatação – Previsão de Vida Útil

kC = 1,8 a 12,0 mm/ano


eC  kC t (BATISTA; CASCUDO; CARASEK, 2013)

Considerando: ec = 25 mm:
Grandes
variações t  125 anos ou 3 anos

 eC = profundidade da camada carbonatada (mm);


 kC = coeficiente de carbonatação natural - constante que depende
das condições de exposição e das características do concreto, e
representa a velocidade de carbonatação (mm/ano);
 t = tempo efetivo de exposição ao CO2 (anos).

58

Profs. Oswaldo Cascudo/Helena Carasek


PPG-GECON - UFG 29
Disciplina: Durabilidade do Concreto
Aula: Carbonatação do Concreto

Obrigado pela
Atenção !!!

Prof. Oswaldo Cascudo


Universidade Federal de Goiás

59

Profs. Oswaldo Cascudo/Helena Carasek


PPG-GECON - UFG 30

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