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Minhas Questoes
Minhas Questoes
2) O que entende por relação jurídica administrativa como limite da jurisdição dos
tribunais administrativos? Cap. III n.1 (2) Que matérias se excluem deste
âmbito substancial que é a relação jurídica administrativa. – Cap. III n.1 (2)
Resposta: Art 1 e 4 do ETAF.
A relação jurídica administrativa para efeitos de delimitação do âmbito material
da jurisdição administrativa deve abranger a generalidade das relações
jurídicas externas ou intersubjetivas de carácter administrativo, seja as que se
estabeleçam entre os particulares e os entes administrativos, seja as que
ocorrem entre sujeitos administrativos.
Podemos ter também no sentido subjetivo em termos de incluir qualquer
relação jurídica em que intervenha administração designadamente uma pessoa
coletiva pública, e em sentido objetivo as relações jurídicas em que
intervenham entre os públicos desde que estejam reguladas pelo direito
administrativo e por isso neste sentido a razão de ser jurisdição administrativa
seria por contraposição com a jurisdição dita comum a existência de um
estatuto especial do sujeito Público que é a presença de elementos de
autoridade administrativa.
A relação jurídica administrativa deve ser resolvida expressamente pelo
legislador, no entanto na falta desta clarificação seria mais prudente partir do
conceito constitucional de relação jurídica administrativa no sentido estrito
tradicional de relação jurídica de direito administrativo, com exclusão das
relações de direito privado em que intervém a administração.
Então a determinação do domínio material de justiça administrativa continua a
passar pela distinção material e entre o direito Público e O Direito Privado este
rege as relações dos interesses entre as pessoas. O Direito Público fala das
normas do Estado com a sociedade, além de estabelecer leis para as atividades
estatais.
A aplicação de um critério material de delimitação pressupõe a existência de
um regime de administração executiva em que se define um domínio de
atividade, a função administrativa, e nesse contexto num conjunto de relações
onde a administração é tipicamente composta de poder de autoridade para
cumprimento das suas principais tarefas de realização do interesse Público é
por isso que há um sistema de regras e de princípios diferentes das normas de
direito privado que forma uma ordem jurídica administrativa e é isso que
justifica a existência de uma ordem judicial diferente da ordem dos tribunais
judiciais.
Quanto às matérias que se excluem deste âmbito substancial que é a relação
jurídica administrativa temos as questões administrativas de direito privado ou
seja as correntes da atividade de direito privado da administração quer seja a
capacidade privada quer atividade funcionalmente administrativa quando se
desenvolvam através de instrumentos jurídicos privatísticos que é o exemplo
de da gestão privada de estabelecimentos púbicos ou subvenções, ainda que
toda a atividade adm esteja sujeita aos aos princípios jurídicos fundamentais do
direito administrativo. O direito administrativo aparece frequentemente
associada à utilização de entidades e de meios direito privado pela
administração o que na prática é uma aplicação direito Público em conjunto
com direito privado, de modo a que se considera incluído na justiça
administrativa o conhecimento certos aspetos de direito Público de uma
atuação administrativa desenvolvida ao abrigo do direito privado como
acontece no contencioso relativo à formulação de contratos privados
celebrados pela administração e este siga um procedimento pré-contratual de
direito Público no entanto a legítima atração para tribunais administrativos de
resolução global de litígios, alargada aos aspetos do direito privado, seja para
prevenir dúvidas seja para evitar a duplicidade de processos,
independentemente da manutenção de uma diferença de regimes jurídicos
aplicáveis. Por isso no ETAF deixou De excluir expressamente a jurisdição
administrativa “ as questões direito privado ainda qualquer das partes seja
uma pessoa de direito Público”, mas apesar de conter uma cláusula de
definição positiva do âmbito da justiça administrativa, também não optou por
incluir estas questões logo estão excluídas por natureza.
Ainda na delimitação da fronteira da jurisdição administrativa em matéria de
direito privado é as questões emergentes da atuação jurídica privada
autorizada ou licenciada pela administração. Podem existir questões ilicitude
atuação privada licenciado em aspetos que não decorrem necessariamente da
decisão administrativa, caso em que a competência pertencerá a jurisdição
comum quando se tratar de questões de direito privado.
També fica de fora do domínio da justiça administrativa as questões relativas à
validade de atos praticados no exercício de outras funções estaduais
estranhos à função administrativa.
Outro limite está associado ao primeiro, mas com alcance mais amplo, decorre da
autocontentação de um juiz administrativo pronto a reserva de discricionariedade dá-
me a extração no quadro da separação de poderes.
Aqui também temos a atribuição legal do poder discricionário que impede que o
tribunal vá mais além na condenação da administração ao cumprimento estrito das
imposições normativas decorrentes da lei ou dos princípios jurídicos na situação
concreta, isto é, possa Tomar decisões para além das vinculações jurídicas que tornam
devida a atuação administrativa.
8) Distinga ação popular local de ação popular social. Cap. VII (2.4)
Resposta: As ações populares temos de ter atenção á lei da ação popular, aqui
estão as hipóteses previstas e as suas adaptações necessárias e também regras
particulares relativas aos regimes próprios de cada um dos meios processuais.
A titularidade dos direitos de participação procedimental e do direito à ação
popular estão consagrados no artigo 2 desta lei.
A ação popular local é uma espécie qualificada de impugnações de atos
administrativos admissível apenas relativamente a este pedido. Corresponde a
um simples alargamento da legitimidade impugnatória visto que a dimensão
comunitária típica da ação popular não se manifesta necessariamente dos
valores ou interesses definidos bastando-se com o vínculo de pretensa a
autarquia local.
A ação popular social a lei designa por ação popular administrativa já pode,
esta já pode tomar qualquer das formas integrar qualquer dos pedidos
principais previstos no CPTA, como resulta do artigo 12 lei da ação popular. Por
isso pode-se propor ações administrativas populares, exemplo das
impugnações de atos ou documentos pré contratuais e intimações para a
prestação de informações ou até mesmo passagem de certidão. A ação popular
social pode ser proposta por qualquer cidadão como por associações ou
fundações defensoras de interesses pelas autarquias locais ou pelo MP. No
entanto, ação popular social tanto pode servir para defender interesses difusos
propriamente ditos como interesses comunitários como defender interesses
coletivos e também interesses individuais homogéneos. Por isso a
admissibilidade da ação Não depende apenas da legitimidade, mas também do
interesse de agir próprio de cada figura. Se os cidadãos podem defender
qualquer interesse ou associações e fundações só podem defender interesses
coletivos ou difusos incluídos no respetivo fim, as autarquias locais apenas
podem defender interesses coletivos ou comunitários no âmbito da sua
atribuição relativa ao território aqui está presente o princípio da competência,
e o MP apenas pode defender os valores comunitários enquanto interesses
públicos relevantes ou direitos fundamentais.
16. Acha que a culpa do lesado tem influência no direito à indemnização? Porquê?
(5.1.4) VIII
Sim artigo 38 número 1 do CPTA. No caso de se tratar de responsabilidade por danos
resultantes de atos administrativos ilegais o direito à indemnização não depende da
tempestiva impugnação administrativa mas a autonomia da ação da responsabilidade
não obsta aquilo particular possa ver diminuída ou eliminada a indemnização a que
teria direito, por concorrência da culpa, na medida em que a produção ou o
agravamento dos danos seja imputável a negligência processual do particular, por não
ter usado a via processual adequada a eliminação do ato jurídico lesivo. É um regime
que resulta do artigo 4 da responsabilidade civil extracontratual do Estado que
incumbe o tribunal ponderar no caso concreto a gravidade das culpas vi ambas as
partes e as respetivas consequências.
18. Acha que um vizinho pode interpor uma ação contra um particular, proprietário
de uma construção nova, que não cumpre regras legais sobre o ambiente? (6) – VIII
Resposta: Estamos perante um caso da ação contra particulares e a lei refere do
artigo37n3 do CPTA, a possibilidade da utilização da ação administrativa por qualquer
pessoa ou entidade diretamente lesada nos seus direitos e interesses legalmente
protegidos, para poder condenação à adoção ou abstenção de comportamentos dos
particulares e aqui estão incluídos os concessionários, com fundamento na violação ou
fundado receio de violação de vínculos jurídicos administrativos desde que a
administração solicitada a fazê-lo não tenha tomado as medidas adequadas.
Este pedido de imposição ou de inibição de comportamentos tem sentido enquanto
casos especial de processo administrativo principal entre meros particulares, o qual, na
medida em que está envolvida uma relação jurídico- administrativa, pressupõe do
requerimento prévio dirigido à administração normalmente o decurso de um prazo
razoável ou prova clara de omissão administrativa.
Os vínculos jurídico-administrativos violados constituem deveres jurídicos que ligam o
particular à ministração e derivam de normas de atos administrativos ou de contratos
como é um exemplo matéria sobre ambiente, ordenamento do território, urbanismo,
entre outros onde o comprimento pode ter efeitos negativos para terceiros vê-la no
quadro de relações jurídicas Poligonais.
O pedido poderia ser também especialmente importante para efetivação de deveres
de solidariedade social, mas, tendo em conta o requisito da ofensa direita de direitos
ou interesses legalmente protegidos pode duvidar-se que se tenha pretendido
abranger aqui a ação popular.
Temos ainda de ter em conta que a forma da ação administrativa pode ser utilizada
pelas próprias entidades publicas, quando peçam ao tribunal providencias contra
particulares. No entanto não se deve esquecer que a administração não tem interesse
em agir para a propositura da ação por não haver necessidade de tutela judicial
quando tenha competência para obter o efeito jurídico pretendido através da prática
de um ato administrativo.
19. Acha que podem existir ações administrativas entre órgãos da mesma pessoa
coletiva pública? (7) VIII
A existência de ações administrativas no âmbito das relações jurídicas entre
entidades administrativas, ou seja, entre pessoas publicas, este esta consagrado no
art37 alínea n). Esta possibilidade equivale a necessidades em face da pulverização
organizacional da administração publica. As ações são então definidas em função das
partes e podem reportar-se a quaisquer dos pedidos referidos, de reconhecimento, de
intimação ou até mesmo inibição, de condenação ou prestação. Considerando o
caracter excecional das relações jurídicas intra-pessoais, a propósito da delimitação do
conceito substancial, da relação jurídica administrativa e face ao princípio consagrado
no art9n1 CPTA possam existir órgãos da mesma pessoa coletiva e têm atribuições
comuns, ações administrativas e também os casos em que a lei confere aos órgãos
administrativos legitimidade pra apresentar pedidos de impugnação ou condenação
relativos a normas ou atos administrativos.
Despois desta exposição de factos retiramos que a resposta a esta questão é sim,
podem existir ações administrativas entre órgãos da mesma pessoa coletiva.