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Petição inicial:

A petição inicial tem de ser instruída, normalmente com documentos, artigo 79º do
CPTA. Os documentos, geralmente se há uma pretensão de um ato administrativo, é o
documento comprovativo da emissão de regulamento ou de ato administrativo ilegal.
Artigo 80º do CPTA – a petição inicial ainda não chegou ao juiz, estando ainda na
apresentação da petição na secretaria do tribunal, portanto esta vai ser recebida e aí é
que se considera que a ação está proposta. A ação não está proposta se a secretaria se
recusar a receber a petição inicial. A secretaria só poderá recusar-se a receber a petição
com o devido fundamento, apenas nas situações de não ter endereço, não estar assinada,
entre outros – artigo 80º/ 1 a). A citação dos demandados é promovida oficiosamente
pela secretaria (artigo 81º CPTA).
Importante!! Artigo 9º e 10º CPTA
Condenação a pratica de ato devido – artigo 9º + 68º do CPTA (depois escolher alíneas
respetivas ao caso concreto).
Caso Prático:
Por despacho do ministro da justiça de 10 de janeiro de 2021, publicado no diário da
republica de 20 de janeiro de 2021 e notificado em 25 de janeiro de 2021, é aplicado a
F, residente em Gondomar e funcionário publico, com local de trabalho no Porto, uma
medida disciplinar de suspensão de funções por 3 meses sem auferir qualquer
vencimento.
Os factos consistem na questão de F ter, em 10 de junho de 2021, pelas 14 horas,
proferido algumas palavras injuriosas para o seu superior hierárquico (G), estando
presentes alguns colegas de serviço. F vem sofrendo de depressão grave e para a mesma
segue prescrição médica que consiste e tomar antidepressivos. Nesse dia, na hora de
almoço, F havia tomado esses respetivos antidepressivos e bebeu álcool seguidamente.
F confessou espontaneamente o sucedido.
F não concorda com a medida disciplinar e pretende defender os seus direitos. Elabore a
respetiva petição inicial colocando-se na posição de F.
Os procedimentos disciplinares tem prazos, e um deles é o facto de o procedimento
disciplinar ter de ser instaurado non prazo de 60 dias apos o conhecimento da infração
pelo superior hierárquico competente.
As injurias ocorreram em 10 de junho, sendo que o processo foi instaurado em 20 de
novembro.
 Legitimidade;
 Competência do tribunal
 O ato é uma medida disciplinar de suspensão.
 Aqui temos um despacho do ministro da justiça.
O que é preciso nesta petição?
1. Endereço
2. Identificações;
3. Ação administrativa de impugnação;
4. Fundamentos objeto da ação e pressupostos;
5. Factos;
6. Direito – vícios: (a) erro sobre os pressupostos de facto; (b) ilegalidade da
sanção disciplinar por violação do principio da proporcionalidade; (c) prescrição
do procedimento disciplinar.

Petição inicial:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto , juízo
administrativo especializado.
Pois trata-se de competência por hierarquia – artigo 44º do ETAF – no caso da
competência territorial, ele é residente em Gondomar e o local de trabalho é no porto,
logo a competência territorial vem do artigo 16º do CPTA, tendo de intentar a ação no
tribunal da sua residência habitual, como reside em Gondomar, vamos ver qual o
tribunal administrativo e fiscal a quem estão atribuídos os litígios de Gondomar (estão
atribuídos ao Porto, conforme o mapa anexo do decreto lei 325/ 2003.
Este é um litigio no decurso de um vinculo de emprego publico, pois F não concorda
com a medida disciplinar, que é um ato administrativo. Residindo em Gondomar, e o
local de trabalho sendo no Porto, há uma coincidência, podendo aplicar-se o artigo 19º/
3 do CPTA.
Quer se aplique o 16º ou o 19º, neste caso vai dar à mesma conclusão, o Tribunal do
Porto.
Quanto ao juízo de competência especializada, aqui será um caso desses? No fundo,
há, conforme a previsão legal, que varia, como a lei 114/ 2019 de 12 de setembro, o juiz
administrativo comum conhece todos os casos em geral que não estejam entregues aos
especializados, e neste caso a ação cabe a um juízo especializado, que é o juiz
administrativo social (artigo 3º da lei – vinculo do trabalho em funções publicas).
Lei 174/ 2019 de 13 de setembro + Lei 121/ 2020 de 22 maio – no Porto, existe um
juízo administrativo social, não havendo em todos os locais. Estes juízos especializados
iniciaram funções em 1 de setembro de 2020, e o caso ocorreu já no ano seguinte,
portanto, aplica-se a nova legislação a este caso (artigo 8º/ 1 da lei).
F tem legitimidade processual, pois este é o funcionário sancionado com a medida
disciplinar e para interpor uma ação tem de ter legitimidade processual com base no
artigo 55º/ 1 a) do CPTA. Assim, F tem de referir o seu nome completo e indicar ainda
o domicilio, e sempre que possível, isto é, quando o mesmo detiver outras
identificações, deve indicar o numero de CC e o numero fiscal, assim como a profissão
e o local de trabalho, sendo a indicação desta informação obrigatória quanto ao autor
(artigo 78º/ 2 b do CPTA).
F em intentar uma ação administrativa de impugnação, do despacho de 20 de janeiro
de 2022, do ministro da justiça, que é junto no final desta petição inicial o respetivo
documento (artigos 37º/ 1 alínea a e 50º/ 1 do CPTA).
F vem intentar uma ação administrativa de impugnação contra o ministério da justiça
que tem o numero de pessoa coletiva X com sede na rua Y (artigo 78º/ 1 b + artigo 10º/
1 e 2) – tratando-se do estado, pode demandar-se o ministério respetivo.
Relativamente ao artigo 78º do CPTA, o que F poderia ainda fazer era se há ou não
contrainteressados.
Indica ainda como contrainteressado G, que foi o dirigente do serviço injuriado em
10 de junho de 2021, com nome completo e residência do mesmo, dirigente do serviço
que foi injuriado por F no próprio dia 10 de junho de 2021 (artigo 78º/ 2 b e o 78º-A).
A ação é interposta contra o ministério da justiça e não contra o estado português,
pois tratando-se do estado, deve-se considerar a entidade demandada o respetivo
ministério que tenha praticado ato ilegal (artigo 10º/ 2 do CPTA).
Nos termos do artigo 37º/ 1 a) do CPTA os fundamentos são: objeto da ação e
pressupostos da ação.
Objeto da ação e pressupostos:
Artigo 3º
Constitui objeto da presente ação o despacho do senhor ministro da justiça, de 20 de
janeiro de 2022, que concorda com o parecer nº 51 (por exemplo) da direção geral da
justiça, que se junta como documento nº1 e que se dá por integralmente reproduzido,
assim como os demais documentos, referidos nesta petição inicial (artigo 91º do CPA).
Artigo 4º
Instrução da petição – artigo 79º do CPTA – a instrução da petição diz respeito aquilo
que é necessário juntar à petição (como os documentos) ou, com base no 79º/ 3 alínea
a), quando seja deduzida proteção impugnatória, ele tem de juntar os documentos que
tiver comprovativos da emissão do ato impugnável.
Artigo 5º
O autor tem legitimidade, já que este despacho é lesivo dos seus direitos e interesses
legalmente protegidos (artigo 55º/ 1 alínea a e artigo 9º do CPTA).
O tribunal é competente por ser o da residência do autor (artigo 16º/1 do CPTA) ou
então por ser o local do seu trabalho (artigo 19º/ 3 do CPTA). Quando se é funcionário
publico, o autor pode optar pelo local de residência ou pelo local de trabalho. POR
EXEMPLO: o autor é residente em Gondomar, mas o local de trabalho é em Aveiro, a
lei dá a opção, ele pode optar pelo tribunal de lugar da prestação de trabalho ou do
domicilio do autor.
Artigo 6º
O autor foi notificado em 25 de janeiro de 2022 do despacho que lhe aplica a medida
disciplinar de 3 meses sem vencimento, pelo que está em tempo, segundo o artigo 58º/ 1
alínea b) do CPTA. Só a partir de 25 de abril de 2022 é que o prazo terminaria, este
seria o ultimo dia para F interpor a ação (artigo 58º/ 2 alínea b).
Factos:
Artigo 7º
Contra o autor, e com a data de 20 de novembro de 2021, foi instaurado um
procedimento disciplinar contra o autor, sendo posteriormente deduzida a respetiva
acusação, de que se junta cópia como documento nº2. Também se junta a a notificação
com a mesma data como documento nº3.
Artigo 6º
O autor apresentou a sua defesa em prazo (10 dias) conforme o documento nº4 que se
junta
Artigo 8º
Em 25 de janeiro de 2022, o autor foi notificado do despacho do ministro da justiça, que
concorda com o relatório do instrutor do processo disciplinar, foram os seguintes os
factos imputados ao autor:
No dia 10 de junho de 2021, F injuriou com palavras improprias o seu superior
hierárquico no local de trabalho.
Artigo 9º
O autor foi diagnosticado a cerca de 3 meses coo sofrendo uma depressão conforme
relatório medico que se junta em anexo como documento nº5.
Artigo 10º
Na sequencia desse disgnóstico, foi receitado um antidepressivo por um medico
competente.
Artigo 11º
Esse antidepressivo foi tomado pelo autor à hora do almoço precisamente no dia 10 de
junho de 2021, juntamente com uma certa dose de álcool tendo sido acompanhado nesse
almoço por dois colegas de serviço.
Artigo 12º
O consumo combinado de alguma dose de álcool com o antidepressivo afetou a
capacidade de decisão e vontade do autor.
Artigo 13º
Atualmente o autor está perfeitamente apto a exercer as funções no serviço, conforme
declaração medica que junta como documento nº6.
Artigo 14º
O autor sempre teve um comportamento exemplar dentro e fora da instituição onde
trabalha.
Artigo 15º
Além do mais, a infração ocorreu em 10 de junho de 2021, sendo imediatamente
conhecida pelo dirigente do serviço nessa mesma data.
Artigo 16º
O processo disciplinar foi instaurado em 30 de setembro de 2021, sendo que o ministro
veio a sancionar já no ano de 2022.

Direito:
(a) Erros sobre os pressupostos de facto pela não consideração das circunstancias
dirimentes – que diminuem a justificação/ legitimidade da medida disciplinar
Artigo 17º
Considerou o despacho impugnado que não ocorreu qualquer circunstancia dirimente.
Artigo 18º
O despacho impugnado pelo ministro da justiça não valora devidamente o relatório
medico apresentado pelo autor F, pelo que incorre em erro.
Artigo 19º
Deve considerar-se que o autor à data dos factos não tinha capacidade de se
autodeterminar.
Artigo 20º
Tal circunstância afasta qualquer culpa do autor.
Artigo 21º
Assim, o despacho impugnado é anulável.
(b) Da ilegalidade da sanção disciplinar por violar o princípio da proporcionalidade
– artigo 18º/ 2 da CRP
Artigo 22º
O despacho impugnado aplica uma sanção de 3 meses a F, sem vencimento.
Artigo 23º
O autor tem mais de 20 anos de exercício de profissão, sempre com exemplar
comportamento.
Artigo 24º
O autor confessou espontaneamente os factos.
Artigo 25º
A sanção disciplinar de 3 meses sem vencimento não é necessária e adequada e priva F
durante 3 meses de sustentar a família que tem filhos a estudar.
Artigo 26º
A sanção disciplinar aplicável deve ser anulável ou pelo menos substituída por outra de
inferior gratuidade, para haver respeito pelo principio da proporcionalidade.
(c) prescrição
Artigo 27º
O procedimento disciplinar já havia descrito conforme o estatuto disciplinar do emprego
publico pois tendo os factos ocorrido a 10 de janeiro de 2021 e sendo o procedimento
disciplinar instaurado apenas em 20 de novembro de 2021, já se havia esgotado prazo
de 60 dias previsto no artigo respetivo do estatuto.
Pedido:
Artigo 28º
Pelas razões invocadas supra, o despacho do ministro da justiça de 20 de janeiro de
2022 que agora se impugnou deve ser considerado ilegal e anulado (artigo 163º do
CPA), termos em que se requer a anulação do referido despacho com as legais
consequências.

Requer-se a citação da entidade demandada (ministério da justiça) na pessoa do


ministro da justiça, sendo a citação chamada ao processo (artigo 81º do CPTA) para
contestar, querendo, sendo que a contestação (artigo 83º do CPTA), seguindo-se os
demais termos.
Interessado, é o superior hierárquico de F, na pessoa de G (artigo 57º do CPTA).
Valor: o valor deste processo é de, por hipótese, o valor dos 3 meses sem vencimento
(cerca de 5001€) – artigo 6º do ETAF e 31º e 54º do CPTA.
Prova: documental e testemunhal – artigo 78º/ 4 do CPTA.
Junta: documentos anexos (despacho do diário da republica com a medida disciplinar
do ministro, a copia da acusação do processo disciplinar, a notificação que foi feita na
referida data, a defesa que F apresentou no processo disciplinar, o relatório médico a
declaração do medico que garante a aptidão para o exercício de funções, a procuração
forense, o comprovativo do pagamento da taxa de justiça) – artigo 78º/ 2 c e 79º do
CPTA.

Na elaboração do presente documento, foram usados meios informáticos (artigo 132º do


CPC e artigo 1º e 24º do CPTA) deixando-se o verso das folhas em branco.
Assinatura eletrónica do advogado com numero da cédula do mesmo: «esta assinatura
eletrónica substitui a assinatura autografada».
Caso Prático de Petição Inicial II:
Supondo que há um colégio particular G (pessoa coletiva privada) sito em Braga, mais
propriamente na freguesia de São Vítor, e a junta de freguesia ocupou parte do terreno
do colégio, necessária as suas atividades, para realizar um parque infantil publico.
Anunciou essa intenção através de cartazes no local, colocados em 10 de março de
2021. Os inícios dos trabalhos para fazer o dito parque infantil foi a 15 de março de
2021.
A junta de freguesia nem comprou essa arte do terreno, nem fez qualquer procedimento
expropriativo do terreno. O colégio também é de interesse publico, embora seja
particular, pois fornece ensino à população, e apercebendo-se desta situação, quer reagir
contra esta ocupação de parte do terreno em 15 de dezembro de 2021.
O colégio diz que foi induzido em erro, porque tinha uma comunicação da junta de
freguesia, por escrito, de que tudo seria resolvido por negociações e com justa
indemnização.

Petição Inicial:

Endereço:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (pois
as ações interpõe-se na primeira instancia, que consta do artigo 44º do ETAF, e é o
Tribunal de Braga uma vez que, com base no artigo 17º do CPTA a cerca da
competência territorial, com o auxilio do mapa anexo, que nos diz que se trata do
Tribunal Administrativo de Circulo Braga que possui a competência, em relação à lei
121/2020, no que refere aos juízos especializados, o competente é o Juízo
Administrativo Comum).
O colégio G, de pessoa coletiva X, com sede na rua Y, representado pelo respetivo
conselho de administração nos termos dos seus estatutos, vem intentar uma ação
administrativa (para falar neste colégio, vamos citar os artigos 9º/ 1 do CPTA e 55º/ 1
alínea a CPTA).
Esta ação administrativa é intentada nos termos do artigo 37º/ 1 alínea i) e h) do CPTA
e diz respeito a uma ação administrativa de condenação. Tudo isto é perfeitamente
possível uma vez que o artigo 4º/ 1 alínea a) do CPTA permite a cumulação de pedidos,
pois aqui neste caso concreto há dois pedidos, um de condenação à abstenção do
comportamento ilegal, e outro de condenação ao restabelecimento da situação anterior,
uma vez que a causa de pedir é a mesma, embora existam dois pedidos de condenação.
O colégio G vem intentar a ação contra a Freguesia de São Vítor, com o número de
pessoa coletiva X, com sede na rua Y, com base no artigo 10º/ 2 do CPTA, ainda nos
termos do artigo 37º/ 1 alíneas h) e i) do CPTA, com os seguintes fundamentos:
Parte I – objeto da ação e pressupostos:
Artigo 1º
(objeto)
Constitui objeto da presente ação um comportamento ilegal da Junta de Freguesia de
São Vítor, que consistiu na ocupação parcial de um terreno pertencente ao autor,
conforme documento nº1 que junta a final.
Artigo 2º
(legitimidade)
O autor tem legitimidade, visto aquele comportamento da unta de Freguesia ser lesivo
dos seus direitos de propriedade (artigo 9º/ 1 e 55º/ 1 alínea a do CPTA).
Artigo 3º
(competência)
O tribunal é competente, com base no artigo 44º do ETAF e o artigo 17º do CPTA. É
ainda competente de acordo com o mapa anexo e a portaria 121/2020, sendo este
pertencente ao Juízo Administrativo Comum.
Artigo 4ª
(tempo)
O autor está em tempo porque apesar de ter conhecimento da situação a partir de 15 de
março de 2021, a sua reação à ilegalidade foi atrasada por um erro baseado em
promessas feitas pela Junta de Freguesia que garantia benefícios ao autor. Esta é uma
ação de condenação, e com base no artigo 41º do CPTA, o seu prazo corresponde a todo
o tempo, pois as ações administrativas, verdadeiramente, não têm prazo, a não ser o da
prescrição, e não estando perante um ato administrativo, exclui-se a aplicação do artigo
58º do CPTA.
Parte II – Dos factos:
Artigo 5º
G é um colégio particular sito na freguesia de São Vítor, em Braga.
Artigo 6º
G exerce atividade na área do ensino desde o ano 2000.
Artigo 7ª
G é um importante estabelecimento de ensino com reputação boa na cidade de Braga.
Artigo 8º
Sendo isto verdade, vê-se na medida em que tem auferido vários subsídios quer do
município, quer da freguesia por motivo de desenvolver a atividade de ensino que é uma
atividade de interesse publico.

Artigo 9º
Considera G que sempre houve um clima de colaboração entre o colégio e a Junta de
Freguesia e Município de Braga.
Artigo 10º
A partir de 10 de março de 2021, a situação alterou-se.
Artigo 11º

Artigo 12º
Os trabalhos iniciaram-se de facto em 15 de março de 2021.
Artigo 13º
O colégio, de imediato, expos a situação à junta de freguesia e município de Braga,
afirmando que o terreno era particular.
Artigo 14º
O terreno fazia falta às atividades do colégio, que são de interesse publico.
Artigo 15º
O município respondeu por oficio com a data de junho de 2021 no sentido de que o
colégio não se devia preocupar na medida em que toda a situação iria ser resolvida
através de negociações (ver documento nº2, junto a final).
Artigo 16º
Atualmente, o parque infantil está quase concluído, mas ainda não foi aberto às
crianças.
Artigo 17º
G, após aquela ocupação, não tem conseguido usufruir desse terreno para as suas
atividades de ensino e desportivas.
Artigo 18º
G sofreu prejuízos não inferiores a 20 mil € pois teve de fazer obras que compensassem
a perda do espaço do respetivo terreno.
Parte III – O direito
a) Erro sobre os pressupostos de facto;
Artigo 19º
Certamente que a Junta de Freguesia de São Vítor pensou erroneamente que o terreno
em litigio seria publico.

Artigo 20º
Conforme a certidão do registo predial, claramente, sem margem para duvidas, que o
dito terreno sempre foi e é da propriedade do colégio G
b) Violação do Direto Fundamental de propriedade;
Artigo 21º
Não tendo sido o terreno em litigio alguma vez vendido ou prometido vender à junta de
freguesia, as obras e a ocupação ocorridas a partir de 15 de março de 2021
consubstanciam a violação de um direito fundamental da propriedade de G, sendo
totalmente ilegais por motivo daquela parte do terreno particular pertencente a G.
c) Violação de lei por falta de procedimento expropriativo (artigo 1º da lei 168/
99);
Artigo 22º
A ocupação daquela parcela de terreno pertencente inevitavelmente a G, sem este
alguma vez a ter vendido à Junta de Freguesia, e sem ter havido um procedimento legal
de expropriação por utilidade publica (artigo 1º da lei 168/99), é um ato sem base legal
e totalmente nulo (artigo 161º/ 2 alínea d do CPA).
d) Falta de interesse publico na expropriação.
Artigo 23º
A situação do caso demonstra uma falta de interesse publico relevante que pudesse
eventualmente justificar a expropriação futura desta parte do terreno. De facto, existindo
na freguesia de São Vítor já dois parques infantis para crianças, é mais do que evidente
a falta de interesse publico na construção de mais um parque infantil.
Artigo 24º
Assim, nenhum procedimento expropriativo alguma vez seria justificado e legal por
falta de interesse público relevante.
Artigo 25º
Por outro lado, com estas praticas de ocupação de terreno ocorridas a partir de 15 de
março de 2021, prejudicou-se bastante a atividade de ensino e desportiva por parte do
colégio G, que teve nesse sentido de fazer obras num montante de 20 mil € ara
compensar a dita falta que o terreno efetivamente fazia ao colégio.
Parte IV – O pedido
Pelas razões expostas, o comportamento indiciado pela junta de freguesia em 15 de
março de 2021, deve ser considerado um comportamento totalmente ilegal. A freguesia
deve assim ser condenada nos termos do artigo 37º/ 1 h) e i) a restabelecer a situação
anterior, cessar o comportamento ilegal e a indemnizar G no quantitativo de 20 mil €,
que representa os prejuízos por motivo de se ter adaptado as instalações à situação
provocada pela carência do terreno.

Requer-se a situação da identidade demandada na pessoa do senhor presidente da junta


de freguesia, para contestar, querendo, seguindo-se os demais termos processuais (artigo
81º e 83º do CPTA). A citação é feita no prazo de 30 dias, e este é um ato que se destina
à entidade demandada poder contestar.
Não se conhecem, neste caso, contrainteressados, conformes ao artigo 57º do CPTA.
O valor da ação serão os 20 mil €, o que é importante para efeitos de alçada, conforme o
artigo 6º do ETAF, e os artigos 31º e seguintes do CPTA.
PROVA: junta os referidos documentos, respetivos aos estatutos da sociedade do
colégio e o registo predial que prova que a propriedade é do colégio, juntando ainda o
documento da comunicação com a camara municipal (artigo 78º/ 4 do CPTA). Juntar
ainda procuração forense que indique o domicilio profissional do mandatário (artigo
78º/ 1 alínea c e artigo 11º do CPTA), e ainda o pagamento da taxa de justiça (artigo
79º/ 1 do CPTA).
TESTEMUNHAS: testemunha 1 e 2, com os respetivos nome, profissão e residência
(artigo 78º/ 4 do CPTA).
Na elaboração do presente documento foram usados meios informativos – artigo 132º
do CPC e artigo 1º do CPA, juntamente com o artigo 24º do CPTA, deixando-se o verso
das folhas em branco.
Assinatura do advogado – número de cédula – documento assinado eletronicamente.
Requerimento:
O conselho distrital do Porto da ordem dos advogados recursou um pedido de inscrição
no estagio da ordem dos advogados que tem sede em lisboa, por despacho de 20 de
fevereiro de 2022. F, licenciado em direito, residente em Aveiro, quer em 10 de maio de
2022 defender os seus direitos. O fundamento do conselho distrital do Porto é que F não
comprovou à aprovação numa UC da licenciatura mas, sem justificar se a UC era
obrigatória ou opcional e quantas unidades de credito tinha. Não houve audiência previa
de F.
Este é um caso de recusa de pedido, e há um deferimento expresso pelo conselho
distrital do Porto a que foi notificado.
(endereço) Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz
(Competência Territorial) Área da sede do impugnado – Tribunal administrativo de
circulo de Aveiro (art. 16º/ 1; 44º, Portaria 121º).
(Fundamento) o objeto da ação e os pressupostos. O objeto é um indeferimento por
parte da AO que recusou um estagio.
O autor está em tempo (58º/ 1 b)
Audiência previa obrigatória
Requerimento Cautelar (114º CPTA)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz, do Tribunal de circulo de Aveiro, do Juízo
Administrativo Comum.
F vem requerer a suspensão da eficácia do despacho do conselho distrital do Porto da
OÃ, de 20/02/22 já notificado, de que se junta copia no final e vem requerer a
providencia cautelar antecipatória de admissão provisoria em estágio na OA, que se
inicia na data de, nos termos do artigo 112º/ 2 do CPTA, contra a OA nº de pessoa
coletiva X com sede Y, o que como preliminar da ação administrativa de condenação à
pratica de ato devido, que irá intentar nos termos do artigo 66º/ 1 e 2 e 67º/ 1 b) do
CPTA.
I – Dos Factos
II – Dos pressupostos da Providencia Cautelar (128º CPTA)
a) Erro sobre os pressupostos de facto;
b) Falta de fundamentação;
c) Falta de audiência previa.
Fummus boni iuris – o mais provável é ter a razão do juiz
2. O perigo da demora – Periculum in mora (120º/ 1 CPTA)
3. Da ponderação dos interesses dos interesses em presença – o decretamento da
providencia cautelar não causa prejuízo algum ao interesse publico (120º/ 1 CPTA).
Verificam-se assim todos os requisitos pelo artigo 120º do CPTA. Mais se requer o
decretamento provisório da providencia cautelar (artigo 131º do CPTA).
Nestes termos, deve o presente requerimento ser considerado provado e procedente e,
em consequência, ser decretado a suspensão da eficácia do despacho de 20/02/22 do
conselho distrital da ordem, ser F admitido a estagio que se iniciará a 1 mês, dada a
manifesta urgência que a providencia cautelar seja decretada provisoriamente nos
termos do artigo 131º do CPTA.
Não se conhecem contra interessados (57º e 78º - A CPTA)
Valor: artigo 34º/ 1 CPTA e 6º do ETAF– indeterminado, que permite sempre recurso
para a 2ª instancia.
Prova: Doc. 1 (despacho); Testemunhas (artigo 78º/ 4 CPTA) com nome, profissão e
residência.
Junta: Documentos 1, 2, 3 (…); Procuração Forense (78º/ 2 c e 11º/ 1 CPTA);
Pagamento da taxa de justiça.
O advogado (junto com domicilio, cédula e assinatura eletrónica).

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