Você está na página 1de 15

APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA GESTÃO DA QUALIDADE EM UMA

EMPRESA DO AGRONEGÓCIO NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Laura Michelon Nellessen, Laís Gonçalves Viana, Janaine de Fátima Ribeiro

Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba

Rio Paranaíba, Minas Gerais, Brasil, 38810-000

Resumo

Com o crescimento do capitalismo, houve o aumento do consumo e do número de empresas.


Diante disso, os consumidores começaram a ficar cada vez mais exigentes com relação à
qualidade dos produtos/serviços, forçando tais empresas a uma busca por melhorias nos seus
produtos e processos, visando a satisfação dos mesmos. Nesse contexto, surgiram
metodologias que atualmente são bastante difundidas nas empresas como as ferramentas da
qualidade que são técnicas utilizadas para definir, mensurar, analisar e propor soluções para
problemas que eventualmente apareça e impeçam o bom desempenho dos processos de
trabalho.O objetivo deste estudo é realizar a aplicação das ferramentas da qualidade, sendo o
fluxograma e o Diagrama de Ishikawa, a fim de solucionar um problema de perdas no
processo de corte do alho em uma empresa do setor agrícola situada no Alto do Paranaíba.

Palavras-chave: Alho, Processo, Ferramentas da Qualidade,

1. INTRODUÇÃO
Em relação à produção global de alho, o Brasil ocupa o 16° lugar no ranking como produtor e
o segundo maior importador de acordo com a declaração feita em 2019 pela Faostat (Food
and Agriculture Organization of the United Nations). Em análise da produção do alho,
percebe-se que o cultivo deste alimento requer técnicas para adquirir a qualidade desejada,
nesse sentido, há o cuidado para o plantio, a escolha adequada de cultivares, aquisição e
vernalização, irrigação, ponto de colheita ideal e correto armazenamento (COPATI; DARIVA;
CASTRO FILHO; 2020) . Além dos fatores citados, o corte desta planta é uma etapa que
possui influência no resultado final do produto e consequentemente interfere na determinação
do preço do alho produzido, neste processo, o trabalhador recebe material e instruções para
efetuar essa prática, que obtém como resultado em algumas situações o alho dentro e fora dos
padrões estabelecidos.
Dessa maneira, é fundamental estabelecer práticas e métodos de corte que aspiram a
qualidade do produto pós-colheita e diminuam o prejuízo relacionado à má retirada do pito e
da raiz (LIMA et al, 2019). Nesse sentido, há a necessidade do processo de melhoria contínua
da produção no qual é envolvido a gestão da qualidade e aplicação da ferramentas, bem como
o Diagrama de Ishikawa, que representa as relações existentes entre o efeito indesejável e as
causas desse impasse, sendo imprescindível para a identificação de problemas
(CARPINETTI, 2012); e o fluxograma sendo um gráfico para representar a sequência
operacional do desenvolvimento das atividades, que possui como objetivo a fácil
identificação e compreensão dos processos e a padronização dos mesmos (BASTOS, 2013).
Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar o corte do alho no processo de retirada do
pito e da raiz em uma empresa de agronegócio situada no Alto Paranaíba, utilizando como
recurso as ferramentas da gestão da qualidade: o Diagrama de Ishikawa e o Fluxograma e
propor soluções de melhoria para reduzir os prejuízos relacionados à essa atividade.

2. JUSTIFICATIVA
A classificação de hortaliças significa comparar um determinado produto com um padrão
predeterminado. O julgamento obtido dessa comparação permite classificar o produto em
grupo, classe e tipo, o que permite uma interpretação inequívoca. A utilização de sistemas de
classificação é uma forma eficaz de organizar e desenvolver a comercialização de hortaliças
no Brasil. No entanto, deve-se notar que a classificação de algumas hortaliças precisa ser
atualizada, pois, com o surgimento de novas cultivares, as menções de cor, forma e
principalmente tamanho mudam entre o período de estabelecimento de padrão e a safra atual.
O objetivo da classificação de hortaliças é facilitar e agilizar a comercialização para que o
vendedor e o comprador possam reconhecer a mercadoria sem precisar visualizá-la
diretamente.
Considera-se por alho o bulbo da espécie Allium sativum, L. que se apresenta com as
características da cultivar bem definidas, fisiologicamente desenvolvido, inteiro, sadio e
isento de substâncias nocivas à saúde. O alho será classificado em:
● Grupos: de acordo com a coloração da película do bulbilho, o alho será classificado
em 2 (dois) grupos:
-Branco: quando a coloração for branca.
-Roxo: quando a coloração for roxa.
● Subgrupos: de acordo com o número de bulbilhos por bulbo, o alho será classificado
em 2 (dois) subgrupos:
-Nobre: apresentar de 5 a 20 bulbilhos por bulbo.
-Comum: apresentar mais de 20 bulbilhos por bulbo.Classes: de acordo com o maior
diâmetro transversal do bulbo.
● Classes: de acordo com o maior diâmetro transversal do bulbo, o alho será
enquadrado nas classes constantes na Tabela I..
Tabela I. Classes de alho conforme o maior diâmetro transversal do bulbo, expresso em
milímetros.

Fonte: LUENGO, R. D. F. A. et al. Classificação de hortaliças. Embrapa


Hortaliças-Documentos (INFOTECA-E), 1999

● Tipos: qualquer que seja o grupo, subgrupo e a classe a que pertença, o alho será
classificado em 3 (três) tipos: EXTRA, ESPECIAL e COMERCIAL, de acordo com
os percentuais de defeitos gerais e/ou graves estabelecidos na Tabela II.
Tabela II - Limites Máximos em Percentuais de Tolerâncias de Defeitos por Tipo
Fonte: LUENGO, R. D. F. A. et al. Classificação de hortaliças. Embrapa
Hortaliças-Documentos (INFOTECA-E), 1999

Na empresa em estudo foi identificado perdas no processo de corte do alho, onde os bulbos
de alta classificação estavam chegando ao almoxarifado com defeitos advindos do mal corte,
os quais tinham uma alta qualidade em relação ao tamanho, formato e quantidade de
bulbilhos, perderam tais atributos e foram direcionados para a classe temperinho que são
comercializados por um valor muito inferior. Tal fato vem gerando perdas financeiras
significativas para a empresa, dessa forma, o presente trabalho tem como fim utilizar
ferramentas da qualidade, pelas quais será possível identificar a origem deste problema e
intervir por meio de soluções inovadoras e mensuráveis.

Figura 1. Defeitos no alho no processo de corte

Fonte: Autores
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. A Produção de alho no Brasil
Apesar de ser cultivado em diversas regiões, os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais,
Santa Catarina, Goiás e Bahia concentram cerca de 90% da produção brasileira (Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA). De acordo com o IBGE, na safra de
2011, apenas em Minas Gerais, a safra rendeu cerca de 18,2 mil toneladas do produto,
classificando o estado como o terceiro maior produtor de alho do Brasil. Dos cinco maiores
municípios produtores de alho, quatro encontram-se na região do Alto Paranaíba, sendo eles,
em ordem decrescente: Rio Paranaíba (5,25 mil toneladas colhidas por mês), Campos Altos
(4,05 mil), Santa Juliana (2,6 mil) e São Gotardo (1,5 mil).
Assim, percebe-se que, apesar de não ser o principal insumo cultivado no estado, possui uma
grande relevância, principalmente na região do Alto Paranaíba, que corresponde a 75% da
colheita desta safra e onde concentra-se o estudo de caso sobre a fazenda de alho estudada
(IBGE).

3.2. Gestão da Qualidade


A qualidade é “adequação e conformidade dos requisitos que a própria norma e os clientes
estabelecem” (International Organization for Standardization), ou seja um produto ou serviço
com qualidade é aquele que atende às suas especificações, para a produção de alho não é
diferente. É de extrema importância que o alho atinja um certo padrão de qualidade para que
possa ser comercializado a preço de mercado (STEIN,2021).
Com o aumento da competitividade, faz-se necessário que a empresa reinvente para que não
seja ultrapassada por competidores ou deixe de agradar os clientes que se tornam cada vez
mais exigentes. Para isso, tem-se a gestão da qualidade que, composta por duas abordagens,
busca satisfazer as necessidades das partes interessadas, além de reduzir desperdícios e
otimizar processos (BENTO, LUCENA,p.3,4). A primeira abordagem é o conjunto de
técnicas, metodologias e estratégias que, a partir do devido planejamento, consigam garantir
que os produtos e/ou serviços estejam de acordo com o planejado na etapa de elaboração. O
segundo está relacionado com uma rotina,além de um processo bem planejado e alinhado é
necessário que seja instaurada uma cultura de melhoria contínua, ou seja, é importante que,
constantemente, os processos sejam reavaliados e reelaborados para que o mesmo esteja em
constante aperfeiçoamento, com resultados satisfatórios (Institute of Management
Foundation,2021).
3.3. Ferramentas da Qualidade
Para facilitar a instauração e uma boa execução da gestão da qualidade, há uma grande
amplitude de ferramentas de qualidade, ferramentas essa que facilitam a identificação de
problemas nos processos, suas principais causas, assim como as falhas mais críticas, além de
auxiliarem na elaboração do mapeamento e padronização de processos, de maneira geral
auxiliam a empresa no melhor gerenciamento de recursos e dos processos (IDEIA
Consultoria e Treinamentos,2017).

3.3.1. Fluxograma
Uma ferramenta muito utilizada na gestão da qualidade é o fluxograma, que é utilizado com o
intuito de descrever um processo de maneira mais simplificada, através de símbolos e
palavras-chave, assim, ao final de sua elaboração, em poucos segundos é possível
compreender um processo com dezenas de etapas. Ele é muito aplicado quando deseja-se
mapear, padronizar ou aplicar melhorias aos processos, devido a sua construção simplificada
que permite um rápido, mas abrangente entendimento. Ele se dá por uma espécie de diagrama
que desenha o início do processo e liga cada uma das atividades até chegar ao produto final,
identificando tempos de execução, fila, os recursos necessários e outras informações de
acordo com as necessidades da empresa (COUTINHO,2020). Outra vantagem da utilização
dessa ferramenta é sua grande flexibilidade, pode ser representado de diversas maneiras com
diferentes objetivos, um dos tipos mais comuns de fluxograma é o fluxograma de processos
simples que conta com uma sequência de blocos que representam as atividades, além de
pontos de decisão, que são blocos condicionais, ou seja, a rota vai ramificar de acordo com as
condições do processo (GEREMIAS,2013).

3.3.2. Diagrama de Ishikawa


Outra ferramenta é o Diagrama de Ishikawa ou Diagrama de Causa e Efeito, essa ferramenta
tem por finalidade mapear possíveis causas para um determinado efeito através dos chamados
6M, que são 6 grupos que abrangem a maior parte das possíveis causas de defeitos em
processos, eles são: Meio Ambiente, Método, Medida, Máquina, Mão-de-Obra e Material.
Ele pode ser utilizado quando a empresa possui algum efeito indesejado, mas não sabe como
solucioná-lo. Para isso, a primeira etapa para a sua resolução é saber os motivos para que esse
efeito ocorra, provavelmente há pelo menos um dos 6M influenciando na ocorrência desse
erro (MARQUES,p.5). Essa ferramenta força a empresa a refletir sobre as condições para que
o processo ocorra, o que resulta em diversos pontos de melhoria que poderiam ficar
camuflados sem a devida investigação (SOARES,2022).

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho constitui-se em um estudo de caso que teve como objetivo a


implementação de duas ferramentas da qualidade em uma empresa do setor agrícola situada
no Alto do Paranaíba, mais especificamente no processo de corte do alho, onde são retirados
o caule e a raiz da planta; essa etapa conta com a participação de 42 funcionários
terceirizados , os quais possuem uma jornada de trabalho de 8 horas diárias, começando suas
atividades às 6 horas e finalizando às 15 horas, com 1hora de almoço.

Em relação aos procedimentos, a pesquisa pode ser classificada como um estudo de campo,
que segundo Gil (2008), refere-se à investigação de uma realidade específica, por meio da
observação direta do objeto de estudo, da coleta de dados, análise e interpretação dos
resultados. Com base nos objetivos, a pesquisa se caracteriza como descritiva, que de acordo
com Triviños (1987) pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade sem
interferência do pesquisador. Dessa forma, a observação foi efetuada através de uma visita in
loco feita em outubro de 2022, em uma das plantações de alho da organização. A coleta de
informações foi realizada através de registros fotográficos no posto de trabalho e a aplicação
de uma entrevista de modo a identificar os fatores negativos que interferem no desempenho
da atividade .

A metodologia usada para este estudo foi qualitativa, no qual foi baseada de acordo com os
princípios levantados por Creswell (2014): focado na perspectiva dos participantes, em que
foi utilizado entrevistas para o entendimento do trabalho; foi apurada no pesquisador como
instrumento-chave de coleta e envolveu um raciocínio complexo que relaciona o intuitivo
com o dedutivo. Além disso, a fonte dos dados qualitativos foi através de entrevistas,
observações não-participantes e dados audiovisuais.

Para levantar pontos de discussões sobre o problema em análise, foi usado como base artigos
com conteúdo correlacionados e pesquisas feitas na internet. Com embasamento deste
conhecimento, foram efetuadas duas entrevistas individuais, a primeira feita pela responsável
pelo grupo de funcionários e a segunda pela fiscal de tarefas, dessa forma, foram feitas
perguntas embasadas no fluxograma abaixo, com o objetivo de compreender o
funcionamento geral da empresa e o trabalho dos funcionários.

Figura 2: Conteúdo abordado nas entrevistas. Fonte: Autores.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1. Descrição das atividades
A empresa de agronegócio estudada realiza de forma sazonal a semeação e a colheita do alho,
dessa forma, ela faz contratações periódicas para atividades que contemplem o plantio, a cata
do mato, o corte do pito e a separação do camaleão, neste caso, são escalados para esse
serviço pessoas com ou sem experiência, sendo feito uma explicação rápida para os inábeis
de forma a entender o funcionamento das tarefas e uma supervisão durante o processo. No
presente estudo, será analisada a interferência do corte na qualidade do alho, no qual começa
com a utilização da tesoura e a aplicação de movimentos repetitivos, sendo preciso fazer as
seguintes modalidades: o posicionamento do alho e da tesoura na mão, pressionar com uma
mão os cabos da tesoura para fazer o corte da raiz, girar o alho com a outra mão para que o
pito fique posicionado na tesoura e fazer novamente o movimento o corte.

5.2. Proposta de aplicação do duas ferramentas na empresa de agronegócio


Com o intuito de entender os processos agrícolas, foi elaborado um fluxograma das
atividades principais da plantação de alho. Após essa análise, foi possível identificar que as
tarefas são periódicas e possuem uma demanda de esforço físico, o que corrobora para a
rotatividade da empresa. Os funcionários tendem a ficar de quatro a seis meses devido a
vários fatores, bem como: a pressão psicológica que acontece no trabalho e altas exigências
de produtividade, ambiente exposto às variações climáticas, dores no corpo e/ou acidentes e
baixa remuneração.
O trabalhador realiza suas atividades no campo, local que sofre por intemperança climática,
além disso, não há materiais ou infraestruturas adequadas e como forma de adaptação, o
funcionário utiliza de caixotes para fazer o apoio de uma mesa ou de uma cadeira. Em relação
às tarefas, elas acontecem de maneira monótona e repetitiva, o que causa dores e lesões no
corpo, prejudicando a saúde do trabalhador em questão. No dia a dia os contratados fazem
suas tarefas por meio de supervisão. Nessa situação, os fiscais são responsáveis por fazer a
conferência dos alhos que estão fora do padrão, e assim, definem por meio dessa análise o
valor que valerá cada caixa para o operário. Devido a essa condição, é gerado estresse aos
funcionários por causa da necessidade de garantir uma alta produção de corte dentro do que
foi estabelecido por meio de instrumentos inadequados, pouco treinamento e falta de
infraestrutura.
Devido à alta rotatividade e a contratação de funcionários sem experiência, vê se necessário a
padronização das atividades feitas no campo, por isso, foi elaborado um fluxograma focado
na atividade do corte do alho, como exposto na figura 3. Essa ferramenta em conjunto com
treinamentos visa a sistematização do que deve ser feito ao longo do processo. Além disso,
como observado, a desistência de pessoas nesse trabalho é relacionado à algumas razões, por
isso, foi feito uma análise das causas que levam a essa problemática, neste caso, foi
organizado o Diagrama de Ishikawa que estuda seis fatores: método, máquina, meio
ambiente, materiais, mão de obra e medida, como mostrado na figura 4.
Figura 3: Fluxograma do processo de produção do alho e das atividades dos
trabalhadores
Fonte: Autores (2022)

Figura 4: Diagrama de Ishikawa para identificar as causas da rotatividade


Fonte: Autores (2022)

Tendo em vista que a atividade do corte de alho impacta diretamente no lucro e na qualidade,
foram desdobradas as causas identificadas no Diagrama de Ishikawa, com o intuito de trazer
ações e melhorar o funcionamento das práticas, para isso, foi elaborado a Tabela III:

Tabela III: Desdobramentos das causas do Diagrama de Ishikawa

Fatores Causa Efeito da Causa Ação corretiva da


causa

Meio Ambiente Iluminação A intemperança do Fazer o trabalho


clima vem através em balcões ou
do efeito do sol colocar lonas
Ambiente Aberto (iluminação e plásticas para
temperatura), da proteger o
chuva e dos ventos. trabalhador das
ações climáticas

Mão de Obra Falta de As duas causas são Fazer uma AET


experiência dos relacionáveis com a (Análise
funcionários alta rotatividade, Ergonômica do
quando o trabalho Trabalho) para
oferece baixas rever as condições
Alta Carga Horária condições ao da carga horária e
operário, tende a propor melhores
ter mais treinamentos.
desistências e por
isso há uma
frequente demanda
de contratações
Material Preparação da Esses fatores Ter profissionais
terra podem influenciar experientes para
no tamanho e fazer a preparação
Modo de plantio da formato do alho, da terra, o modo de
semente deixando-os plantio e irrigação
irregulares da terra.
Irrigação do alho

Medida Falta de precisão A tesoura não é Ter uma tesoura


no corte do caule e ergonômica e não ergonômica com
da raiz possui um aferidor aferidor.
do tamanho que se
deve cortar o caule
e a raiz

Método Postura do Pela falta de Fazer uma AET


trabalhador infraestrutura do (Análise
campo, o Ergonômica do
trabalhador precisa Trabalho)
se adaptar com
caixotes, o que
torna a sua postura
mais curva.

Movimentos As atividades são


repetitivos metódicas e
simples,
necessitando de
muitas repetições

Máquina Problema de A falta de Ter equipamentos


adaptação com o adaptação e de mais ergonômicos
equipamento padronização são
consequências de
Falta de máquinas não
equipamento de ergonômicas
apoio

Falta de
padronização dos
equipamentos
Fonte: Autores (2022)

Em análise da tabela III, observa-se que dentro dos seis tópicos: método, máquina, meio
ambiente, materiais, mão de obra e medida, há uma predominância no efeito da causa ser
relacionado com as máquinas que não são ergonômicas e para a ação corretiva da causa vê se
a necessidade de aplicar a AET (Análise Ergonômica do Trabalho).
5.CONCLUSÃO
Dessa forma, para empresa estudada e para fazendas de alho no geral, é primordial que os
alhos sejam cortados com um certo padrão para que ele não desvalorize ou seja totalmente
perdido, entretanto isso nem sempre acontece, por isso-faz de extrema importância a
aplicação de ferramentas da qualidade, que nos ajudam a identificar problemas e variações no
processo.
Para esse estudo, foi utilizado um fluxograma para detalhar e padronizar o processo, com o
intuito de instruir os novos cortadores de alho, já o diagrama de Ishikawa foi muito útil para a
identificação de diversas causas que afetam a qualidade e corte do alho.
Assim, conseguiu-se elaborar sugestões de melhorias com base no que foi identificado,
percebe-se que muitas sugestões estão relacionadas com melhorias ergonômicas, devido ao
tipo de trabalho realizado, que possui material grande e pesado e também sem muita
padronização e infraestrutura. Além disso, seria interessante trazer aspectos mais técnicos
para esse trabalho, uma vez que, apesar de ser movimentos simples e repetitivos, se mal
executado pode prejudicar o alho, dessa maneira, sugere-se também a aplicação de
treinamento para corte e orientação de um profissional no momento de plantação das
sementes.

6. REFERÊNCIAS
BASTOS, Bruna; GIACOMINI, Bruno Avelar. Gestão de qualidade. Pontifícia Universidade Católica de Goiás,
2013.

BLOGDAQUALIDADE. Ferramentas da Qualidade: Fluxograma - Aplicação que gera ganhos. Disponível em:
https://blogdaqualidade.com.br/ferramentas-da-qualidade-fluxograma-aplicacao-que-gera-ganhos/. Acesso em:
2 dez. 2022.

BRASIL, Hortifruti. HORTIFRUTI/CEPEA: Mapa da produção de alho no Brasil: quase 90% das propriedades
são familiares. Quase 90% das propriedades são familiares. 2021. Disponível em:
https://www.hfbrasil.org.br/br/hortifruti-cepea-mapa-da-producao-de-alho-no-brasil.aspx. Acesso em: 27 nov.
2022.

CARPINETTI, Luiz Cesar Ribeiro et al. Gestão da qualidade. EDa Atlas SA, 2012.

COPATI, Mariane Gonçalves Ferreira; DARIVA, Françoise Dalprá; CASTRO FILHO, Manoel Nelson de.
Produção de alho: O que você ainda não sabe. 2020. Disponível em:
https://revistacampoenegocios.com.br/producao-de-alho-o-que-voce-ainda-nao-sabe/#:~:text=Quanto%20%C3
%A0%20produ%C3%A7%C3%A3o%20do%20alho,plantas%20e%20uniformidade%20da%20lavoura. Acesso
em: 27 nov. 2022.

CRESWELL, J. W. (2014). Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens.
Porto Alegre, RS: Penso.
EMBRAPA. A cultura do alho. Diponível em:
https://www.embrapa.br/documents/1355126/9124396/Sistema+de+Produ%C3%A7%C3%A3o+de+Alho/6425
8d94-6bb8-4826-a0e9-ece47aa434ff. Acesso em: 27 nov. 2022.

EMBRAPA. Colheita, cura, armazenamento e classificação. Disponivel em:


https://www.embrapa.br/hortalicas/alho/colheita#:~: texto%20alho%20 deve%20ser%20 colhido,dos%20
mesmos%20 ap%C3%B3s%20a%20 colheita. Acesso em: 27 nov. 2022.

EMBRAPA. Como plantar alho. Disponível em:


https://www.embrapa.br/hortalicas/alho/como-plantar#:~:text=Os%20Estados%20do%20Rio%20Grande,alho%
20na%20regi%C3%A3o%20do%20Cerrado. Acesso em: 27 nov. 2022.

FIA.Gestão da qualidade: entenda o conceito, os pilares e as vantagens. Disponível


em:https://fia.com.br/blog/gestao-da-qualidade/. Acesso em: 30 nov. 2022.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

IBGE. Produção de alho no brasil. Disponível em:


https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/alho/br. Acesso em: 27 nov. 2022.

IDEIA CONSULTORIA. Ferramentas da qualidade: o que são e a importância de usá-las. Disponível em:
https://ideiaconsultoria.com.br/ferramentas-da-qualidade-o-que-sao-e-a-importancia-de-usa-las/. Acesso em: 30
nov. 2022.

IESP. A importância da gestão da qualidade com a implementação da iso 9001 para o desenvolvimento e
melhoria da empresa softcom tecnologia. Disponível em:
https://www.iesp.edu.br/sistema/uploads/arquivos/publicacoes/a-importancia-da-gestao-da-qualidade-com-a-imp
lementacao-da-iso-9001-para-o-desenvolvimento-e-melhoria-da-empresa-softcom-tecnologia-giuly-maria-de-li
ma-bento.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022.

LIMA, MAYKY FRANCLEY PEREIRA DE et al. Qualidade de alho em função da sanidade, tamanho do
bulbilho e espaçamento entre plantas. Revista Caatinga, v. 32, n. 4, p. 966-975, 2019.

LUENGO, R. D. F. A. et al. Classificação de hortaliças. Embrapa Hortaliças-Documentos (INFOTECA-E),


1999.

MCCPCONSULTORIA. Ferramentas da qualidade. Disponível em:


http://www.mccpconsultoria.com.br/wp-content/uploads/arquivos/downloads/11-Ferramentas_da_Qualidade.pdf
. Acesso em: 30 nov. 2022.

NAPRATICA. Diagrama de ishikawa: o que é, para que serve e como usar. Disponível em:
https://www.napratica.org.br/diagrama-de-ishikawa/#:~:text=O%20Diagrama%20de%20Ishikawa%2C%20tamb
%C3%A9m,potenciais%20para%20um%20determinado%20cen%C3%A1rio. Acesso em: 1 dez. 2022.

PARIPASSU. Conceitos da qualidade: tudo o que você precisa saber. Disponível em:
https://www.paripassu.com.br/blog/conceitos-da-qualidade#:~:text=Qualidade%2C%20 segundo%20a%20
ISO%20(In,product%20 entregue%20para%20 sua%20empresa. Acesso em: 30 nov. 2022.
RURALCENTRO. Rural centro responde: produção de alho em minas gerais. Disponível em:
https://ruralcentro.com.br/noticias/rural-centro-responde-producao-de-alho-em-minas-gerais-43098?event=relac
ionados. Acesso em: 29 nov. 2022.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo:
Atlas, 1987.

VOITTO. Fluxograma: entenda o que é e veja 4 dicas de como fazer um. Disponível em:
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/fluxograma. Acesso em: 2 dez. 2022.

Você também pode gostar