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EMPREENDIMENTOS
GASTRONÔMICOS
Introdução
A diversidade relacionada ao tipo de comida e ao serviço prestado tem
feito com que novos empreendimentos surjam. Como consequência, a
competitividade no setor de alimentos e bebidas tem aumentado e, por
essa razão, os proprietários desses comércios têm buscado se adaptar e
tornar seus negócios mais funcionais. Para isso, é necessário entender a
estrutura e os processos do empreendimento. Conhecer a estrutura do
seu empreendimento e os processos envolvidos é essencial para que
seja possível planejar e organizar a empresa. Além disso, a estrutura tem
grande importância na determinação das operações e na contratação
da equipe adequada para realizá-las.
Neste capítulo, você vai conhecer os conceitos relacionados à ope-
racionalização de um empreendimento, identificar a equipe necessária
para o seu funcionamento e compreender o planejamento desse tipo
de empreendimento.
2 Infraestrutura e operações de empreendimentos de alimentos e bebidas
1 Operacionalização de um empreendimento
gastronômico
Os empreendimentos são organizados de forma sistemática, isto é, eles
funcionam por intermédio de processos e conhecê-los auxilia no plane-
jamento das atividades que serão executadas. Para conhecer e planejar
tais atividades, utiliza-se uma gestão de processos, pois assim é possível
visualizá-los de maneira ampla e integrada. Podemos defi nir processos,
segundo Azevedo (2016), como o que acontece entre uma entrada (input)
e uma saída (output), ou seja, trata-se de uma transformação. A entrada
é abastecida de recursos e a saída é o produto em si, seja tangível ou não,
mas com objetivos bem estabelecidos. Não existe produto sem processo.
Gerir os processos de forma organizada permite que o empreendimento
funcione de forma mais fluida e eficaz, de modo que os colaboradores
entendam todo o processo e o seu papel na organização, e não somente
aquilo que realizam.
No caso de empreendimentos gastronômicos, podemos citar o procedi-
mento operacional padrão (POP), um documento que contém o procedimento
que dever ser seguido para realizar uma atividade. De acordo com as RDCs
nº. 216, de 15 de setembro de 2004 (ANVISA, 2004), e nº. 275, de 1º de agosto
de 2002 (ANVISA, 2002), ambas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), é obrigatório que o manual POP esteja presente nas empresas em
que se trabalhe com alimentos para consumo humanos.
Para descrever os processos, podemos utilizar o fluxograma, conhe-
cido como uma técnica que descreve, por meio de símbolos específicos,
cada etapa do processo. A utilização de fluxograma deve ser feita para
visualizar, de maneira ampla, o fluxo do processo. Para isso, utilizam-se
símbolos para definir cada etapa. Ribeiro, Fernandes e Almeida (2010)
explicam que os símbolos utilizados em um fluxograma foram propostos
pelo casal Gilbret, o qual, em 1921, propôs a utilização de 40 símbolos.
Em 1947, porém, a American Society of Mechanical Engineers definiu
cinco símbolos. Com o tempo, foram incluídos novos símbolos, conforme
pode ser visto na Figura 1.
Infraestrutura e operações de empreendimentos de alimentos e bebidas 3
compreender o processo;
expor as etapas utilizadas para o funcionamento da atividade;
criar padrão nos processos;
encontrar erros ou problemas no processo;
demonstrar a sequência das ações a serem realizadas.
compra da matéria-prima;
recebimento e armazenamento;
4 Infraestrutura e operações de empreendimentos de alimentos e bebidas
Acessando o site Venda otimizada e buscando pelo artigo “Como fazer menus diários
para um restaurante” (c2019), você encontrará informações sobre a montagem do
menu, levando em consideração os tipos de serviço e alimentos.
Estar atento à legislação é outro ponto que deve ser levado em consideração,
pois um funcionário que tem os seus direitos garantidos trabalha motivado.
Além disso, também são evitados problemas relacionados ao controle de tra-
balho, uma vez que os direitos e deveres dos colaboradores e da empresa são
definidos. Ressalta-se também a importância de conhecer o funcionamento
do restaurante, os tipos de serviço e as especificidades para dimensionar a
sua mão de obra. Com o layout em mãos com os horários das jornadas de
trabalho, faz se a distribuição dos funcionários nas funções necessárias ao
desenvolvimento das atividades de um restaurante.
Leituras recomendadas
AGUIAR, O. B.; KRAEMER, F. B.; MENEZES, M. F. G. Gestão de pessoas em unidades de
alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Rubio, 2013.
CAMPOS, S. P. O.; GONÇALVES, A. M. M.; BRANDÃO, C. O. A importância de utilizar
a análise de custo como ferramenta de gestão. Revista Faipe, v. 9, n. 1, p. 12–17, jan./
jun. 2019. Disponível em: http://www.revistafaipe.com.br/index.php/RFAIPE/article/
view/127/103. Acesso em: 12 ago. 2020.
VALE, M. Como capacitar manipuladores de alimentos com resultados e mudanças de
hábitos, 2018. Disponível em: https://consultoradealimentos.com.br/consultoria/como-
-capacitar-manipuladores-de-alimentos/. Acesso em: 12 ago. 2020.
VENDA OTIMIZADA. Como fazer menus diários para um restaurante, c2019. Disponível em:
https://www.vendaotimizada.com/como-fazer-menus-diarios-para-um-restaurante/.
Acesso em: 12 ago. 2020.
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