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TRABALHO DE

GEOGRAFIA
TEMA: JAPÃO –
INTERVENÇÕES
DEMOGRÁFICAS.
Integrantes do grupo: Alisson Honorato, Douglas, Felipe, Kawan
Augusto, Marcelo Ronald, Paulo Sérgio, Rafael.

Professor: Everton Barbosa


1. DADOS GERAIS
O Japão, também conhecido como “Terra do Sol Nascente”
ou Nippon, é um país localizado no continente asiático. Com
aproximadamente 377 000 km² de extensão territorial, o
território japonês é composto por 75% de montanhas, a
maioria de origem vulcânica, e apenas 25% de planícies. Por
isso, a maioria das regiões industriais japonesas encontram-
se, de maneira geral, confinadas em estreitas faixas de terra,
entre as montanhas e o oceano. São pequenas áreas de
planícies, onde a declividade do terreno é pouco acentuada,
permitindo a instalação de grandes indústrias. O país é um
arquipélago de 6 852 ilhas, cujas 4 maiores são Honshu,
Hokkaido, Kyushu e Shikoku, representando juntas 97% de
toda a área terrestre do país. O Japão é o país com a décima
maior população, cerca de 128 milhões de habitantes. A
Região Metropolitana de Tóquio, junto com várias
prefeituras adjacentes, é a maior região metropolitana do
mundo: cerca de 30 milhões de habitantes.

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Mapa do Japão

2. CULTURA JAPONESA
Primordialmente, o Japão sofreu influência direta da China, há
mais de 1500 anos. O Japão, além de outros reinos asiáticos,
eram Estados tributários da China desde tempos antigos.
Contudo, parou de enviar tributos à China em 894 d.C. A partir
daí, a cultura japonesa desenvolveu-se de forma independente
e floresceu numa variedade de campos livremente.

O processo de nacionalização se acelerou nos últimos 250 anos


anteriores em que o Japão ficou isolado do mundo ocidental
até 1868, quando foi assinado o Tratado de Kanagawa.

A cultura popular japonesa tornou-se conhecida a partir dos


mangás e animes. Os mangás surgiram com a união entre a
arte ocidental e as técnicas japonesas de pintura sobre
madeira. Os animes são filmes ou animações influenciados
pelo mangá. Os videogames feitos no Japão são referências
desde os anos 1980.

Entre os exemplos mais conhecidos na cultura japonesa, tem-


se o sushi na culinária, os bonsais como manifestações
culturais, o anime, o tokusatsu (filmes e séries de super-heróis
japoneses), o karate, judo e kendō como artes marciais e os
videogames SEGA, Nintendo e PlayStation.

A culinária japonesa é tratada como arte, seja pela forma de


preparar os alimentos, ou pela apresentação dos pratos.

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Na base da gastronomia está o arroz, alimento consumido
desde o café da manhã ao jantar. Para comerem, utilizam os
chamados hashis e têm como pratos principais as sopas ou
pastas de soja, hortaliças, picles, peixes e carnes. Apesar do
número limitado, a variedade de pratos é grande. De influência
externa, entraram o pão, o fast-food, o hambúrguer, o frango
frito e o curry ao estilo japonês, populares entre os jovens.
Como hábito, antes de cada refeição é costume
dizer itadakimassu, que significa pedir licença para comer e um
agradecimento a quem preparou. Entre os doces destacam-se
os designs, feitos também de arroz e feijão. Os doces típicos
são chamados wa-gashi e os ocidentais yo-gashi. Nos wa-
gashi, é muito comum ver ingredientes como farinha de
arroz, feijão-azuqui e açúcar. A manteiga e o leite são
raramente usados. Já em relação as bebidas japonesas a mais
conhecida internacionalmente é o saquê, feito do arroz, que
tem 17% de teor alcoólico, e o Yakult, leite fermentado, muito
consumido em todo mundo. Em geral, os japoneses bebem chá
verde após as refeições, bebem café preparado ao estilo norte-
americano, e consomem cerveja nacional como a Suntory e
a Sapporo. Recentemente surgiu o shochu , preparado de
álcool e água. No verão, a bebida mais popular é a mugicha,
feita de água fria e cevada. Vinho e uísque são importados.

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3. ECONOMIA
Levando-se em conta seu produto interno bruto (PIB) nominal
de 5,8 trilhões * de dólares, em 2008 o Japão era a terceira
economia mundial e a quarta em relação à paridade do poder de
compra, estando em 4,39 trilhões de dólares, o que ocorre
basicamente em decorrência da cooperação entre o governo e a
indústria, de uma profunda ética do trabalho, investimentos
em alta tecnologia, redução de desperdício e reciclagem de
materiais e de um orçamento relativamente baixo para a
defesa. Dentre as principais atividades industriais estão
a engenharia automóvel, a eletrônica, a informática, a siderurgia,
a metalurgia, a construção naval, a biologia e a química, com
destaque para as indústrias com tecnologia de ponta nestes
setores. Contudo, o Japão possui reduzidos recursos naturais para
sustentar o crescimento econômico e por isso depende de outros
países em relação a matérias-primas. Os países que mais vendem
para o Japão são a China, os Estados Unidos, o Brasil, a Arábia
Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Austrália, a Coreia do Sul e
a Indonésia. As principais importações do país são máquinas e
equipamentos, combustíveis fósseis, produtos alimentícios (carne
em particular), químicos, têxteis e matéria-prima para suas
indústrias. O principal parceiro comercial do Japão é a China.

A conquista dessa prosperidade econômica e social se deve aos


recursos financeiros concedidos pelos EUA, na década de 1950,
como forma de recompensar o governo japonês pelos danos
causados durante a Segunda Guerra, além de, claro, impedir a
expansão do socialismo soviético no Extremo Oriente.

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Existem alguns fatores que provocaram um crescimento
econômico no Japão, tal que nas décadas de 1950 e 1960 atingiu
um crescimento econômico de 10,5% ao ano, o dobro da taxa das
outras nações desenvolvidas. Vejamos alguns deles:

 Mão de obra barata e abundante para as indústrias: ao


final da Segunda Guerra, houve no Japão um intenso êxodo
rural.
A maior parte do contingente de trabalhadores migrantes
foi absorvida pelas indústrias que surgiam, sobretudo nos
grandes centros urbanos.
 Longas jornadas de trabalho: os japoneses trabalham, em
média 43 horas/semana.
 Fidelidade dos trabalhadores à empresa: os trabalhadores
japoneses são altamente subordinados à hierarquia, às
regras, e à rotina de trabalho das empresas. Muitas vezes, as
veem como extensão de sua casa.
 Aplicação maciça de verbas na área educacional: a partir
do pós-guerra, parcelas significativas das verbas públicas
foram destinadas à educação, principalmente ao ensino
técnico voltado para a qualificação de mão de obra. Tais
investimentos são visíveis na atualidade: 98% dos estudantes
cursam o 2° grau e 51% destes seguem para o nível superior.
 Criação e aprimoramento de novas tecnologias: governo
e empresas realizaram grandes investimentos em pesquisas
científicas, fazendo o país se destacar nos setores de
tecnologia de ponta. A partir da década de 1970, o Japão
tornou-se o maior fabricante e exportador mundial de
microchips, de robôs de última geração e também de
supercomputadores.

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4. DEMOGRAFIA
A população no Japão é estimada em 127,4 milhões de
pessoas. Em geral, ela é bastante homogênea, sendo
quase toda composta por japoneses, as minorias são os
ainus, um povo indígena nativo do país, e os estrangeiros
que vão ao país por turismo ou em busca de emprego.

A expectativa média de vida no país é uma das mais


elevadas do mundo, 81,25 anos, mas essa população está
rapidamente envelhecendo como resultado do grande
número de nascimentos posterior à Segunda Guerra
Mundial seguido por uma queda na taxa de natalidade no
final do século XX. Assim, em 2004, cerca de 19,5% da
população tinha mais de 65 anos.

As mudanças na demografia trouxeram uma série de


questões sociais, em particular um provável declínio
da força de trabalho e o aumento dos custos com
a seguridade social. Nota-se também que uma parcela
dos jovens prefere não formar famílias quando
adultos. Prevê-se um declínio da população japonesa para
100 milhões até 2050 e 64 milhões em 2100. Demógrafos
e planejadores governamentais, no momento, debatem
como lidar com este problema. A imigração e o incentivo
à natalidade são por vezes sugeridos como uma solução

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para proporcionar trabalhadores jovens que possam
sustentar o envelhecimento da população.

Embora haja tanta prosperidade, o Japão enfrenta


problemas financeiros, como vem ocorrendo em muitos
países desenvolvidos, grandes desafios econômicos e
sociais colocam-se à frente da nação japonesa no início
do século XXI. O maior desses desafios é a crise
econômica que o país atravessa, relacionada a estagnação
do ritmo de crescimento econômico.

Essa desaceleração da economia tem gerado a falência de


empresas e o aumento do desemprego no país. O
acelerado crescimento da população idosa tem
contribuído para a estagnação do consumo.
Diferentemente de outros países desenvolvidos, onde os
idosos consomem cada vez mais, no Japão existe uma
tradição de poupar o máximo possível para garantir
proventos para o futuro. Esse fato tem se acentuado nos
últimos anos em razão da crise econômica que atinge o
país.

5. POLÍTICA NO JAPÃO
O Japão é uma monarquia constitucional onde o poder
do imperador é muito limitado. A Constituiçã o o define
como "símbolo do Estado e da unidade do povo" e ele

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não possui poderes relacionados ao governo. O poder,
concedido por soberania popular está concentrado
principalmente na figura do primeiro-ministro do Japã o e
de outros membros eleitos da Dieta. O imperador age
como chefe de Estado em ocasiões diplomáticas,
sendo Naruhito o presente imperador do Japão. O
primeiro-ministro do Japão é o chefe de governo. O
candidato é escolhido pela Dieta de entre um de seus
membros e endossado pelo imperador. O primeiro-
ministro é o chefe do Gabinete, órgão executivo que
nomeia e demite ministros de Estado do qual a
maioria deve ser membro da Dieta. O primeiro-
ministro do Japão é, no momento, Yoshihide Suga.

Naruhito, o Imperador do Japão

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Yoshihide Suga

6. SISTEMA JUDICIAL
JAPONÊS
O sistema de justiça do Japão é altamente inquisitório. As
taxas de condenação no país são de 99%. Com números
tão elevados, o sistemas judiciais japoneses estão entre os
mais severos do mundo. A maioria dos países
democráticos possuem um sistema judicial chamado
contraditório. Isto é, um tribunal onde o papel do juiz é
ponderar as evidências e argumentos da defesa e da
promotoria de forma isenta. Além disso, o sistema judicial
contraditório parte do pressuposto da inocência até que
se prove o contrário. Por isso, é papel do promotor
público comprovar a culpabilidade do julgado.

Há também alguns países que aceitam o sistema de


barganha. Esse modelo de lei permite um acordo privado
entre a defesa e a promotoria.

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No sistema de barganha, o acusado declara sua culpa em
troca de uma pena mais branda e outros benefícios. Esses
acordos também reduzem os custos processuais.

Porém, o Japão possui um sistema diferenciado


conhecido como Pseudo-Adversário, ou então Pseudo-
Contraditório. Alguns especialistas o chamam de sistema
judicial verdadeiro. Além disso, no Japão o réu é
considerado culpado até que se prove o contrário. Por
isso há taxa de condenação praticamente absoluta, mas
não é apenas o modelo que contribui, existem outros
fatores. Se uma pessoa é acusada de algum crime no
Japão e é levada em custódia pela polícia, o acusado não
tem direito a um advogado durante o interrogatório.

A medida polêmica é permitida pelo sistema judicial


japonês e tem como objetivo obter a confissão do
acusado.

Além disso, os promotores estão sempre em busca de


casos onde a condenação é mais provável, uma prática
muito comum em vários países do mundo.

Porém, no Japão há uma grande expectativa da


credibilidade de um promotor. Por isso perder um caso
não é uma opção.

Há também uma forte cobrança do governo e da


sociedade no bom desempenho do sistema judicial do
país, o que contribui com as altas taxas de condenação.

O Japão e os EUA são os únicos países desenvolvidos que


aplicam a pena de morte legalmente. A pena de morte no
Japão é geralmente reservada para casos de assassinatos
múltiplos, embora alguns assassinos isolados tenham sido

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executados em casos extraordinários, como tortura ou
sequestro por resgate.

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