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Manual de silvicultura
1 - Cultivo e manejo de florestas plantadas
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Epagri Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensáo Rural de Santa Catarina S.A. SANTACATARINA
ISSN 1414-5219
BOLETIM DIDÁTICO Nº 61
Manual de silvicultura
1 - Cultivo e manejo de florestas plantadas
E
~ p
=
ag 1ri
EMPRESA DE PESQUISA AGROPECU RIA E
EXTENSAO RURAL DE SANTA CATAR A S.A.
FLORIANÓPOLIS
2006
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensáo Rural de Santa Catarina S.A. - Epagri
Rodovia Admar Gonzaga, 1.347, ltacorubi, Caixa Postal 502
88034-901 Florianópolis, se, Brasil
Fone: (48) 3239-5500, fax: (48) 3239-5597
Internet: www.epagri.rct-sc.br
E-mail: epagri@epagri.rct-sc.br
Referencia bibliográfica
o
SUMÁRIO
Pág.
1 lntroducao . . . . . 5
5 Preparo da área . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.1 Limpeza do tal hao............................................................................................... 16
5.2 Combate preventivo formiga a 16
5.3 Preparo e uso de porta-iscas . . . . . . 18
5.4 Manuseio das iscas . . . . . .. 20
8 Manejo de desramas . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
9 Manejo de desbastes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
9.1 Crescimento da floresta . . . . . . . . . . . . . . . 39
9.2 Estaqnacáo do crescimento em espessura...................... 40
9.3 Desbaste 41
9.3.1 Deterrninacáo da Taxa de Crescimento em Espessura - TCE . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
9.3.2 Época dos desbastes . . . . . . . . . . . . . . . 43
9.3.3 Quantidade de árvores a retirar........................................................................ 43
9.3.4 Deterrninacao do padráo de marcacao para desbaste 45
9.3.5 Métodos de desbaste....................................................................................... 45
9.3.6 Técnica de desbaste por "agrupamento" 45
9.3.7 Manejo do eucalipto para usos múltiplos 47
11 Literatura consultada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Manual de silvicultura
1 - Cultivo e manejo de florestas plantadas
1 lntroducáo
1
Eng. agr., M.Sc., Epagri/Estac;ao Experimental de ltajaí, C.P. 277, 88301-970 ltajaí, se, fone: (47) 3341-5244, fax:
(47)
3341-5255, e-mail: mramos@epagri.rct-
sc.br.
2
Eng. agr., M.Sc., Epagri/Estac;ao Experimental de ltajaí, e-mail: serpa@epagri.rct-
sc.br.
3
Eng. agr., M.Sc., Epagri/Estac;ao Experimental de Lages, C.P. 181, 88502-970 Lages, se, fone: (49) 3224-4400,
e•
mail: cbsantos@epagri.rct-
sc.br.
4
Eng. agr., M.Sc., Epagri/Sede, C.P. 502, 88034-901 Florianópolis, se, fone: (48) 3239-5589, fax: (48) 3239-
5597,
e-mail: jfarias@epagri.rct-
sc.br.
5
2 Etapas de implantacáo e manejo de florestas plantadas
Planejamento
Definicáo de espécies
Preparo da área
Plantio
Protecáo
Desramas
Desbastes
6
3 Planejamento florestal da propriedade
A floresta é a atividade mais adequada para proteger o solo e a água nas áreas
impróprias para as culturas anuais.
A floresta comercial corretamente manejada constitui fonte de renda para o agricultor
e cria empregos no meio rural, sem agredir o meio ambiente.
Topos de morros, canhadas, matas ciliares (cursos de água, lagoas e nascentes) e as
áreas muito inclinadas (mais de 45% de declividade) deverao permanecer com veqetacao
nativa de preservacao permanente.
Além das áreas de preservacao permanente, segundo as leis vigentes, cada
propriedade deve reservar parte da sua área com floresta nativa (reserva legal). Esta floresta
pode ser explorada sob a forma de manejo sustentado, mediante projeto aprovado pelos
órqáos ambientais.
Sedeó
óó
Para aproveitar bem as áreas que nao sao próprias para lavouras e pastagens,
é necessário fazer um projeto da propriedade definindo com antecedencia:
- onde plantar;
- o que plantar.
Qual o objetivo da floresta: producao de lenha? madeira rolica? toras?
No caso de producao de madeira, quais as espécies mais adequadas ao local
e economicamente importantes?
- Quanto plantar por ano?
0 o0 o0 o 0 0 0 o 0 00 °00
00 ° 0 0 o 00 0
0o0
o ºººººº- ººoººº o
ºººoºooºº 0 ºº
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o O Oº o o Area de preservacao o O O 0
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ººººººo
Divisa de
propriedad e
~
o
Divisa de
propriedade
~
✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ¡
✓ ¡ ✓ ✓
✓ ✓ ✓ Pastagem ✓ ✓
✓ ✓ ✓ ✓ ✓
o ✓ ¡ ✓ ✓ ✓
A largura das estradas deverá ser adequada ao transito de trator e outros veículos.
3.4 Aceiros
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-
_, ✓ ✓ ✓ ✓
✓ ✓ ✓ ✓ ✓
9
Na divisa com as propriedades vizinhas é aconselhável um espaco adequado, que
pode ser utilizado como estrada ou aceiro. Para os aceiros internos, recomenda-se largura
de aproximadamente 5m.
3.5 Talhóes
Para os médios e grandes plantios, recomenda-se dividir a área em talhoes de 5 a
10ha.
No plano dos talhóes, aproveitam-se as estradas e outros acidentes como cursos de
água, linhas divisórias, etc.
Cada talháo deve ser homogéneo quanto ao solo e, principalmente, quanto espécie a
a
floresta! e idade.
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Talháo 3
Talháo 4
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1 Pastagem ¡ ✓
o ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
Em Santa Catarina, a altitude das reqióes varia do nível do mar até 1.800m, o que
influencia as temperaturas de inverno e define a existencia das quatro reqioes bioclimáticas
para plantios florestais.
10
Fonte: Embrapa-CNFP 1988.
4.2.1 Vespa-da-madeira
12
4.2.2 Agrossilvicultura como cultivo de pínus
( 1
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1)
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13
Tabela 2. Recomendecéo de espécies de eucalipto segundo as regioes
Regiao bioclimática
Espécie
Planalto Alto Vale Litoral Vale do Cor!1J Usos!2J
(Nome científico)
do ltajaí Uruguai
1 7
2 9
1
! lCor-base: a= vermelho
b = rosa
e= amarelo
d = cinza-esverdeado
2
! lLJsos: a = móveis, decoracáo
b = construcao civil
e = madeira rolica
d = energia
e= extracao de óleos essenciais
Nota: A= plantio comercial; B = plantio de cornprovacao.
a
• Nas reqíoes sujeitas ocorréncia de geadas severas:
- Entre o inicio de setembro e meados de dezembro - plantadas nesta época,
as mudas crescem mais rápido, estando certamente mais desenvolvidas no inverno
seguinte, o que pode contribuir para o escape aos danos das prováveis geadas.
14
4.4 Outras espécies exóticas
Todas estas espécies produzem madeiras para fins nobres na construcao civil
(estruturas e decoracao) e na fabricacáo de móveis e utensílios.
15
5 Preparo da área
A veqetacao herbácea e arbustiva mais alta que 50cm deve ser eliminada através de
rogadas, feitas com antecedencia para evitar as queimadas desnecessárias.
Plantas arbóreas devem ser eliminadas de acordo com a leqislacao ambiental vigente.
• Primeira etapa
16
Nos formigueiros de "saúva",
colocar isca ao lado do carreiro ou ao
lado do olho do sauveiro encontrado.
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Elimina,;ao de formigueiro de
"seúve"
• Segunda etapa
Após a limpeza da área e pelo menos 20 dias antes do plantio, distribuir os porta-is•
cas no espacarnento de 20 x 25m (cerca de 20 porta-iscas/ha).
X
X
X
X
X
X X
X X
X X X
X X
Loraldo5
porta-isca
X
a
Se houver capoeira próximo área a ser reflorestada, é necessário controlar as
formigas na capoeira em urna faixa de pelo menos 30m de largura.
17
5.3 Preparo e uso de porta-iscas
Porta-iscas sao recipientes nos quais as iscas sao depositadas para serem
percebidas e carregadas pelas formigas. Podem ser preparados com material facilmente
disponível:
-Bambu.
- Garrafa plástica lisa.
• Porta-iscas de bambu
Material: vara de bambu completamente seca e sem rachaduras, com diámetro de 3 a
5cm.
Preparo: cortar a vara para que cada goma se torne um porta-isca, tendo numa
extremidade o nó e na outra o corte em bisel.
Porta-iscas de bambu
18
• Porta-isca de garrafa plástica
Carregamento das
mudas
Usar somente água limpa para irrigacao das mudas. Nao utilizar
água de acudes, tanques de peixes ou similares.
21
6.3 Deflnicáo da densidade de plantio e espacamento
Es paca mento
Número de plantas por hectare
(m)
Es paca mento
Finalidade Nú mero de planta s por hectare
(m)
- Maior producáo
Vantagens de lenha e escoras.
de espacarnentos menores:
- Menor necessidade de capinas e rogadas devido ao fechamento mais rápido da
área.
- Maior disponibilidade de plantas para selecao nos desbastes.
22
• Espac;amento para outras espécies
• Preparo do material
- Marcar em urna corda com cerca de 30m de comprimento (utilizando barbante,
fitilho ou nó) a distancia desejada entre as plantas na linha de plantio.
Mercecéo da corda
23
• Dernarcacáo dos locais de plantio
Corda marcada~
g,~- Marcas de s,
enxadao
Vara para/
distancia entre linhas
/ Posicáo horizontal
~~--~---~--~-~
A sulcagem das linhas de plantio é feita com equipamento especial que sulca e nivela
a linha em urna só operacao, Pode ser feita com subsolador comum de um dente e urna
gradagem para nivelar ou assentar os torrees levantados na linha de sulcagem.
24
Sulcamento da linha de plantío
Quando a área nao tiver sido sulcada, o local das cavas, já demarcado, deve
ser capinado, mecánica ou quimicamente, em coroa de 60 a 80cm de diámetro.
l fT"!;
1 ~
• Coroamento
mecánico: utiliza-se
capina com enxada.
Procurar de•
volver o material .;.(
capinado para a 'L •
j.it
área coroada.
~ ~n
• 1 ½
Coroamento químico
Aduba,;ao de base
26
• Quantidade de adubo
A aplicacao do adubo deve ser feita no fundo ou ao lado da cava de plantio, evitando•
se o cantata direto do produto químico como torrao da muda.
Se far no fundo da cava de plantio (A), a adubacáo poderá ser realizada antes da
operacao de plantio ou durante a mesma. Se a adubacáo far em cava lateral, poderá ser
feita antes do plantio, durante ou após. Neste caso, é recomendável dividir a dose e aplicar
em duas covetas ao lado da muda (B), com maior profundidade possível.
Adubo
Formas de aplica9ao do adubo: (A) no fundo da cova ou (B) aos lados da cova
27
A aplicacao do adubo poderá ser feita com adubadeira manual, especialmente quando
o plantio far feito com chuco.
28
- Utilizar bandejas ou caixas e evitar o transporte a granel.
-Acomodar adequadamente no veículo, evitando danos tanto a parte aérea quanto
ao torrao.
Transporte de mudas
A B
Formas de preparo de cava para mudas em tubete: (A) coveta aberta com
enxeoéo; (B) coveta aberta com chufo
29
• Extrair a muda do tubete.
Cuidados:
- O torrao deve estar úmido; regar se for necessário.
- Pressionar levemente o tubete para soltar o torrao.
- Extrair suavemente o torrao puxando a muda.
Extra9ao da
muda
A B
Plantío: (A) cova aberta com enxedéo; (B) coveta aberta com chuco
30
Preparo do plantador (chuco) para mudas em tubetes:
- (A) madeira: vara com 3 a 4cm de diámetro e 1,2 a 1,5m de comprimento.
- (B) madeira de ponta metálica: a parte cónica da ponta deve ser alguns milímetros
maior que o tubete, mas com forma igual. A peca transversal serve como lirnitador de
profundidade e apoio ao pé para cravar no solo abrindo a coveta.
(8)
ia,
--8.1.', ..
31
6.6.2 Plantio com mudas de raiz nua
Espécies:
Pínus e cipreste-portuqués sao espécies que podem ser plantadas com mudas de
raíz nua.
Vantagens do plantío
com mudas de raíz nua:
- Menor custo das
mudas: as mudas sao
extraídas diretamente dos
canteiros, dispensando a
repicagem e embalagem.
- Transportam-se
facilmente grandes quanti•
dades de mudas.
Cuidados no plantío:
- Realizar o plantío durante o inverno (repouso vegetativo da planta).
- Plantar em días de chuva ou em solos bem úmidos.
-As mudas devem ser transportadas com raízes imersas em materiais que conservam
alta umidade.
- Na extracao ou antes do plantío, podar cerca de um terco da raíz principal.
1
'..1
33
6.6.3 Replantio
Estoque de mudas
Estaca
V ,:¡/ V V V ~
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V
V
V V V V
V
Vistoria do plantío
O coroamento das
mudas deve ser mantido até
que as próprias plantas
controlem os incos por
sombreamento. Este período
será menor para espécies
com crescimento mais
rápido, como os eucaliptos.
A veqetacao entre as
plantas do cultivo deve ser
controlada por rocadas,
mantendo sua altura sempre
inferior a altura das plantas
cultivadas.
Coroamento com
capina mecénice
35
7.2 Controle de formigas
- Vistoriar a área
plantada inicialmente a
cada dois ou tres dias e
sempre após cada chuva.
- As vistorias
podem ser mais
espacadas a
medida que as formigas
vao sendo eliminadas.
- Completar ou
trocar as iscas umedecidas
nos porta-iscas a cada
vistoria
efetuada.
7 .3 Adubacáo de cobertura
4 Altura = 3 a 4m
Desrama ou eliminacáo de
I 3
ramos é urna operacao floresta!
~
~
2
-f- obrigatória quando o objetivo é a
1,0a 1,5m producáo de madeira limpa (sem nós).
Primeira desrama (30%)
8
Altura = 6 a 7m
6
O nó é o resto do ramo que
.s permaneceu no tronco .
.a
r o
4
--r---
<
2
2,5 a 3,0m
Altura= 8 a 10m
8
A melhor época para fazer a
desrama é o inverno.
-l--
6
I
~
.a 4
<
4.0 a 5,0m
l
2
I 6
~
. O corte deverá ser efetuado bem
a 6,0 a 7,0m
rente ao tronco, sem deixar partes do
< 4
ramo.
2
Quarta desrama
(60%)
37
Na primeira desrama, com os ramos até 2m de altura, utilizar serrote com cabo
estendido curto (80 a 120cm), recomendado especialmente para locais com possível
ocorréncía de cobras.
No caso de eucalipto, utilizar lamina de corte do tipo "dente de tubaráo". A lamina de
corte de "dentes travados" pode lascar a reqiáo do corte.
Nas desramas seguintes, dos ramos localizados acima de 2m, poderá ser utilizado o
serrote com cabo estendido de 2 a 3m ou cabo curto com auxílio de escada.
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.. -
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#
-
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'
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Desramas acima de 2m
Para as desramas mais altas pode-se utilizar escada. Neste caso o operador deve
estar seguro ao tronco da árvore por cinto de sequranca.
38
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Ferramentas para desrama: (A) serrote com lamina de "dentes travados", indicado
para pínus; deve estar bem travado e afiado; (B) serrote com lamina de "dentes de
tuberéo" indicado para eucalipto; (C) tesoura, indicada para eucalipto nas duas
primeiras desramas; (D) foice de desrama, indicada para corte dos ramos finos em
eucalipto
9 Manejo de desbastes
fil 1 t 1-~~
A
Crescimento da floresta:
(A) crescimento livre; (B) início da cornpetícao por espaco;
(C) reducao ou paralizacáo do crescimento em espessura
Etapas do crescimento da floresta plantada
] EtapaC
40
9.3 Desbaste
Crescimento diametral
médio = 1,8cm/ano
Medir;ao da circunferencia
42
• No ano seguinte, na mesma época (inverno), nas mesmas árvores, repetir as
rnedicoes e calcular a média por grupo e depois por talháo.
senda:
C = circunferencia média do tal hao no ano atual.
c = circunferencia média do talháo no ano anterior.
Tempo provável:
• eucalipto - entre o quarto e o sexto ano;
• pínus- entre o sexto e o oitavo ano.
A época dos desbastes seguintes varia coma espécie e como espacarnento utilizado.
Embora o mais adequado seja basear-se em rnedicoes e cálculos, é possível seguir
indicacoes de tabelas ou técnicas específicas como se descreve nos itens 9.3.6 e 9.3.7.
43
Tabela 5. Desbaste em eucalipto
Número de árvores
ldade
Desbaste
(ano)
Existentes Extraídas
Remanescentes
Tabela 6. Desbaste em
pínus
Número de árvores
ldade
Desbaste (ano)
Existentes Extraídas
Remanescentes
Este método é adequado para pequenos macices e quando os talhoes sao bem
planejados, com carreadores e estradas para facilitar a extracao das árvores eliminadas.
Pode apresentar os melhores resultados, devendo-se, para tanto, cuidar para nao formar
clareiras e favorecer sempre as melhores árvores (grupo das dominantes).
Os desbastes seguintes sao feitos por cálculo segundo o crescimento das árvores ou
por tabelas (Tabelas 5 e 6).
Este método é indicado para grupos, onde sao selecionadas e marcadas as melhores
árvores e, gradualmente, retiradas por desbaste as árvores concorrentes diretas e as árvores
de menor qualidade.
45
Exemplo de utilizacáo da técnica:
Agrupamento = 8 árvores
Fases:
A- Tempo: eucalipto e;: 4 a 6 anos; pínus e;: 6 a 8 anos (ou indicacáo pela TCE).
Em cada grupo de oito árvores selecionar as duas árvores melhores e marcá-las com
fitilho plástico. Marcar para desbaste duas árvores concorrentes diretas das duas melhores
selecionadas e a piar entre as restantes. Falhas ou locais vazios devem ser considerados
como desbaste.
Árvores a retirar em cada grupo: 3 (37,5% ).
46
9.3.7 Manejo do eucalipto para usos múltiplos
Por exemplo:
Primeiro desbaste: escoras e lenha.
Segundo desbaste: lenha, madeira rolica fina e mouroes.
Terceiro desbaste: madeira rolica grossa, postes, mouroes e lenha.
Quarto desbaste: toras para serraría, madeira rolica e lenha.
Esta forma de manejo remunera muito mais que o sistema de plantío para fins
energéticos (lenha).
Como exemplo, mostra-se a seguir a paisagem das fases (desbastes) em um plantío
inicial de 2,5 x 2,5m, com 1.600 plantas/ha.
j
j j j
j j
j j j
Pcputecéo remanescente: 350 árvoreslha
48
Corte raso
Novo plantío
O corte deve
ser feito em forma de
bisel, a 10cm do solo.
Para a lubrlflcacáo
da corrente da
motosserra, deve ser
utilizado óleo vegetal.
49
• Operacóes de pós-colheita:
- Retirar gal hadas e cascas ao redor da cepa, evitando o abafamento das brotacoes.
- Nunca usar fago para limpeza da área.
-Aplicar 100 a 150g de adubo da fórmula 05-20-1 O (ou similar) por cepa, incorporan-
do-o ao solo, na limpeza (coroamento) da cepa.
• Raleio da brotacáo
4 . )
Número
. .
Espessura da cepa
de brotos · , e, ,
De 8 a 10cm
Maior de 10cm
2a3
4a6 ibil
u ~,,,,,.
Número
Espessura da cepa
de brotos
De 8 a 10cm 1
Maior de 10cm 2a3
Segundo raleio da
brotecéo
O método de manejo com remanescentes é urna forma que combina a producao para
fins energéticos ou madeira rolica por talhadia e producáo de madeira para serraria. Este
manejo remunera mais que o plantio para fins energéticos (lenha).
A seqüencia de operacoes deste método de manejo é descrita a seguir:
50
• Primeiro corte (madeira rolica, lenha)
15
15
20
- E
20
- E
20
20
20
- E
o o A A ll A ll ll
Novo plantio.
54
1O Literatura consultada
1. BRASIL. Servico Nacional de Formacáo Profissional Rural. Silvicultor. Brasilia: 1979. 1v.
(Senar, Colecáo Básica Rural, 13).
2. CHRISTMANN, A.; RAMOS, M.G.; CORDINI, S.; FARIAS, J.A.C.; FOSSATI, L.C. Módulo
I: Plantío e manejo de florestas plantadas. Florianópolis: Epagri, 1997. 77p. (Epagri.
Boletim Didático, 17).
55
1 1 11
9771414 521245