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Introdução

Neste presente trabalho de pesquisa, destacaremos algumas matérias relacionados a topografia


Agrícola, que passaremos a descrever: Instrumentos ou Equipamentos e acessórios topográficos e suas
aplicações, Estação total, Teodolito, Elementos geométricos levantados em campo através de
operações com a estação total, Nível, Acessórios complementares utilizados nos levantamentos
topográficos, Erros dos equipamentos, Métodos para realização de um levantamento topográfico, Erro
angular, Processos de medição de distâncias e de cuidados com a terra, e Classificação de medição de
distância e Erros na medição direta e limite de erro.
O objetivo principal

Os principais trabalhos da Topografia são o levantamento topográfico e a locação topográfica. O


levantamento topográfico, de uma forma geral, consiste em recolher todos os dados e características
importantes que há no terreno numa determinada área, para posterior representação fiel através de
desenho em papel ou ambiente gráfico, em escala adequada e com orientação, todos detalhes naturais
e artificiais que foram levantados.

Importância da topografia na agricultura


Em relação à agricultura, a topografia é usada para finalidades diversas. Entre os principais exemplos,
podemos citar:
 Projectos de cultura;
 Drenagem;
 Cadastrar áreas de cultivo;
 Irrigação.
A topografia na agricultura colabora para especificar rios e canais, principalmente para os
perímetros rurais

Instrumentos ou Equipamentos e acessórios topográficos e suas aplicações

INSTRUMENTOS DE TOPOGRAFIA

Instrumentos de topografia se referem aos equipamentos necessários à obtenção de medidas


lineares e angulares num plano horizontal. As medidas lineares de distância podem ser de forma
direta e indireta e as de direção angulares ocorrem tanto na horizontal quanto na vertical. Aqui
conheceremos os principais equipamentos utilizados para medir tais distâncias e direção.

Instrumentos de topografia se referem aos equipamentos necessários à obtenção de medidas lineares e


angulares num plano horizontal. As medidas lineares de distância podem ser de forma direta e indireta
e as de direção angulares ocorrem tanto na horizontal quanto na vertical. Aqui conheceremos os
principais equipamentos utilizados para medir tais distâncias e direção., que necessitam desse tipo de
levantamento, tanto topográfico quanto altimétrico.
Equipamentos para planimetria

 Teodolito
 Teodolito electrónico
 Trena
 Distanciômetro
 Estacao tatal
 GPS

Equipamentos para Altimetria

 Mangueira de água
 Nível topográfico
 Mira / Régua
 Teodolito
 Estacão total
 GPS

Acessórios

 Balizas
 Bastão
 Piquetes
 Marreta
 Facão
 Tintas
 Pregos
 EPI′S

Estação total

Teodolito que faz leituras angulares digitais, distâncias e armazenamento internamente.

O equipamento moderno mais utilizado nos levantamentos planimétricos é a estação total. Ela
também é utilizada na altimetria em nivelamentos trigonométricos, mas é na área de locação,
transporte de coordenadas e levantamentos de áreas patrimoniais que ela mais se destaca.

A estação total usa como acessórios principais o tripé, o prisma, e o bastão para o prisma.
Tripé – serve para estacionar o aparelho

Nível – equipamento instalado entre pontos a nivelar. Usado para a leitura de alturas sobre uma mira
posicionada verticalmente sobre os pontos.

Mira – é uma régua de madeira, alumínio ou PVC, graduada em m, dm, cm e mm; utilizada na
determinação de distâncias horizontais e verticais entre pontos

Para ser operada terá que ser fixada ao tripé aproximadamente na altura do topógrafo, centrada em um
ponto (marco topográfico ou piquete com elementos topográficos conhecidos), nivelada (ela contém
duas bolhas de nível que precisam ser caladas) e, por fim, orientada em algum outro ponto conhecido,
onde será zerada com o auxílio dos retículos da luneta (sistema de mira da estação) apontados para o
bastão com o prisma colocado no outro ponto.

A estação total contém um círculo vertical e um outro horizontal, divididos em graus, minutos e
segundos. Seu sistema de operação é todo automatizado.

Elementos geométricos levantados em campo através de operações com a estação total

a) Ângulos horizontais obtidos através do círculo horizontal, com um giro em torno do seu eixo
vertical.

O ângulo horizontal (Hz): é medido entre dois alinhamentos do terreno levando-se em conta apenas
o plano horizontal. Imagine um canto de cerca de uma propriedade, o ângulo formado entre os dois
lances de cercas de direcções diferentes é um exemplo de ângulo horizontal.

b) Ângulos verticais obtidos através do círculo vertical, medido com o giro em torno do eixo
horizontal da estação total.

O círculo vertical da estação geralmente já é zerado no zénite quando o aparelho é nivelado, e para se
obter o ângulo vertical subtrai-se ou soma-se com o ângulo zenital, medido no aparelho.

Ângulo vertical (v): é medido entre a direcção inclinada de um ponto (vértice do ângulo) e um outro
(mais alto ou mais baixo do que o primeiro) em relação à linha do horizonte. Pode ser ascendente (+)
ou descendente (-), conforme se encontre acima (aclive) ou abaixo (declive) da linha do horizonte.

c) Distâncias: com o auxílio do prisma, a estação, através de um raio laser acionado pelo topógrafo, lê
as distâncias horizontal, vertical e inclinada, com precisões milimétricas, o alcance, dependendo do
equipamento, é de mais de dois quilómetros entre o ponto da estação e o ponto onde está o prisma.
• Distância horizontal (DH): é a distância medida entre dois pontos no plano horizontal. O ângulo
formado no vértice A, pelas rectas da distância horizontal e inclinada é o ângulo vertical (V).

Conforme vimos na Aula 1, para calcular a distância horizontal (DH) = (cateto adjacente) a partir do
ângulo vertical (V) = (ângulo â) e da distância inclinada = (hipotenusa), temos:

• Distância vertical ou diferença de nível: é a distância medida entre dois pontos num plano vertical,
que é perpendicular ao plano horizontal.

Para calcular a distância vertical em relação ao ângulo vertical e a distância inclinada, temos:

Para calcular a distância vertical a partir do ângulo vertical e da distância horizontal, temos:

• Distância inclinada: é a distância medida entre dois pontos, seguindo a inclinação da superfície do
terreno.

Para calcular a distância inclinada, temos:

Nível

O nível é o equipamento mais preciso para o levantamento altimétrico. Seus acessórios principais são
o tripé (suporte para o nível), a mira (que é uma régua graduada em metros, decímetros e centímetros,
com os milímetros estimados por aproximação e geralmente tem quatro metros de altura), e uma trena
para medir as distâncias entre os pontos nivelados.

Ao contrário da estação total, o nível só tem um eixo, o vertical, sua luneta é fixa na linha do
horizonte, ou seja, seu ângulo vertical é fixo em 0°, e para operá-lo é necessário que o coloque no
tripé numa altura conveniente, nivele sua única bolha, e a partir daí o topógrafo sairá lendo a mira
primeiramente num ponto de altitude conhecida e depois em outros pontos aos quais se deseja
transportar a altitude.

Acessórios complementares utilizados nos levantamentos topográficos

Agora vamos citar quatro acessórios para levantamentos topográficos. Preste bastante atenção e, se for
o caso, releia atentamente cada uma de suas funcionalidades.

Piquetes São feitos geralmente de madeira, pontiagudos, com uma altura média de 15 cm, são
utilizados cravados no solo para materializar os pontos em campo, geralmente são acompanhados de
um piquete maior chamado de estaca testemunha, que é cravado próximo ao piquete e serve para
facilitar a sua localização no campo.
Balizas São feitas de ferro, pontiagudas, com dois metros de altura e pintadas de vermelho e branco.
São utilizadas como apoio para abertura de picadas alinhadas no mato e também em medidas de
distâncias (com a trena) em linha recta sem o auxílio de outros equipamentos,

Bem como na projecção do piquete na vertical para facilitar a observação feita a partir do
equipamento topográfico, entre outras utilidades.

Trenas Geralmente de 50 ou 20 metros, são utilizadas para medições directas de distância.

Marcos de concreto Na forma de tronco de pirâmide, são usados para marcação de áreas patrimoniais,
como pontos definitivos de coordenadas e altitudes conhecidas, e são protegidos por lei, não podendo
ser tirados do local, principalmente quando colocados por algum órgão federal. Acima de cada marco
vem uma descrição indicando seu registro e o órgão que o implantou.

Erros dos equipamentos

O erro em um trabalho topográfico é algo com o qual se esta sempre lidando, uma vez que por
melhores que sejam os equipamentos, o operador e os ajudantes este sempre existe.

A natureza do problema pode ter três origens principais, o equipamento, o erro humano e o natural.

Erro do equipamento: ocorre por imperfeições do equipamento, falta de aferição ou simplesmente


pelo erro intrínseco e limitações que as tecnologias oferecem;

Erro humano: dentre todos é o pior e se dá por desleixo ou incapacidade, está relacionado a leituras
erradas, aparelho fora de nível, batidas nos instrumentos, dentre outros semelhantes.

Erro natural: gerados por factores atmosféricos como vento, chuva, temperatura, variações de
pressão, são erros que raramente se consegue evitar.

Assim dentre esses os erros, o de equipamento e o natural, são aqueles em que se consegue
administrar medidas para a diminuição dos mesmos. Já o erro humano é inadmissível, pois é
praticamente impossível o rastreio do mesmo e também sua correcção.

Dessa forma, é normal quando vai se realizar um serviço de topografia alguns passos principais que
precisam ser seguidos, sendo eles:

(1º) Tomar conhecimento da área de trabalho/estudo;

(2°) Qual o tipo de serviço que deve ser executado;

(3°) Utilizar uma caderneta de campo para eventuais anotações ou descrições que precisem ser feitas;
(4°) Adquirir informações com o proprietário ou moradores do local (se possível);

(5°) Quais equipamentos são necessários para o desenvolvimento do trabalho;

(6°) Executar o levantamento com excelência, visando atingir a descrição mais próxima do real que
seja possível;

(7°) Realizar o trabalho visando à optimização o tempo despendido para a execução do mesmo;

(8°) Utilizar o software adequado para o tratamento dos dados em escritório;

(9°) Apresentar o trabalho da melhor forma possível e de fácil compreensão.

Métodos para realização de um levantamento topográfico

A realização de levantamentos topográficos e aquisição de dados desenvolvida se dão basicamente


por três determinados métodos, sendo eles, por irradiação, por intersecção e por caminhamento.

Levantamento por Irradiação: é utilizado em situações em que não há grande diferença de nível na
área de interesse. Ainda deve se ter um ponto, dentro ou fora da área demarcada, onde seja possível
visualizar todos os pontos a serem levantados, ou seja, aqueles que definem a área ou terreno.

Levantamento por Intersecção: utilizado quando em situações com terreno muito acidentado.
Consiste no fato de que é preciso ter dois pontos de onde se realiza o levantamento, primeiramente
formando uma base entre eles e medindo-se a distância e depois disto são tomadas as leituras de
ângulos e distâncias que forem necessárias para a execução do trabalho.

Levantamento por Caminhamento: utilizado em situações em que a área é extensa e/ou bastante
acidentada, necessita de maior empenho e dedicação para sua execução, porém traz resultados mais
confiáveis e garantidos.

O levantamento por caminhamento pode ser desenvolvido através da utilização de poligonais, e estas
podem ser:

Aberta: o ponto inicial (PI) não coincide com o ponto final (PF);

Fechada: o ponto inicial (PI) e o ponto final (PF) são coincidentes, ou seja, PI=PF;

Apoiada: quando se tem conhecimento das coordenadas dos pontos inicial e final, podendo a mesma
ser aberta ou fechada. Ainda podemos descrever uma poligonal Semi-apoiada, ou seja, se tem
conhecimento apenas do ponto inicial, esta só pode ser aberta;

Livre: aquela em que não se conhece sequer os pontos inicial ou final, pode ser aberta ou fechada;
Múltipla ou Mista: possui parte fechada e parte aberta, podendo ser apoiada ou livre.

Erro angular

O erro é inerente a qualquer medição. Para um levantamento planimétrico por caminhamento


podemos controlar (calcular, corrigir ou descartar) o erro angular, conhecendo-se a forma geométrica
da poligonal e as regras para somas de ângulos.

Pode-se determinar o erro angular cometido nas operações de campo, feito o fechamento da poligonal
básica.

1. Por diferença entre os azimutes


Tomar por base o azimute magnético inicial (de saída) MP-1
(Az. lido)
Confrontar com o Azimute magnético final (de chegada) MP-1.
(Az. Calculado)
E=Az.mag.inicial (MP-1-lido) – Az.mag.calculado (MP-1-calculado)

2. Caminhamento usando o processo das deflexões


Visar duplamente o 1° alinhamento
A diferença entre a soma das deflexões aa direita e das deflexões aa esquerda deve ser igual
aa 360°
O que ultrapassar ou faltar será o erro angular de fechamento
ΣDD = 458°27′00″; ΣDE=98°24′00″
e.a.f.c. = 458°27′00″ - 98°24′00″ = 360°03′00″
e.a.f.c. 360°03′00″ - 360° = 0°03′00″
3. caminhamento usando ângulos externos e internos
Somatório dos ângulos internos (ΣAᵢ)
ΣAᵢ = 180° × (n -2)
Somatório dos ângulos externos (ΣAₑ)
ΣAₑ = 180° × (n + 2); n = número de vértices do polígono
Ângulos á direita: ângulos externos do polígono, quando o levantamento é feito no sentido
horário e ângulos internos do polígono, quando o levantamento é feito no sentido anti-horário.
Visar duplamente o 1.° alinhamento, ângulos externos do polígono, quando o levantamento é
feito no sentido horário:
ΣAᴅ = 180° × (n + 2)
ΣAᴅ = 180° × (11 + 2)
2340°00′26″ = 2340°00΄00″
e.a.f.c. = 2340°00΄26″ - 2340°00΄00″ = (+) 0°00΄26″ por excesso
Limite de tolerância
Erro permissível
O erro angular de fechamento cometido (e.a.f.c.) é confrontado com o erro angular de
fechamento máximo permissível (e.a.f.p.)

Processos de medição de distâncias e de cuidados com a terra

Processos diretos
Medição direta
As distâncias são medidas aplicando no terreno uma unidade rectilínea tomada para termo de
comparação. Determina-se o número de vezes que a unidade rectilínea está contida no
alinhamento. Multiplica-se este valor (em metros) da unidade obtém-se a distância.
Essa unidade é denominada de diastimetro: todo e qualquer instrumento destinado a medição
direta de distâncias.

Classificação

 Medição de baixa precisão


 Medição de média precisão
 Medição de alta precisão
 Diastimetros para medição de baixa precisão
 Passo do homem
 Odómetro
 Velocímetro dos veículos
 Som
 Relógio
Diastimetros para medição de média precisão
 Cadeia do agrimensor
 Fita de aço
 Trena de aço
 Trena de pano ou de lona
Diastimetros para medição de alta precisão
 Fio de Invar
Erros na medição direta e limite de erro
Fontes de erros
 Comprimento incorrecto do diastimetro
 Erro de dilatação
 Correcção da catenária
 Correcção da tensão
 Desvio vertical da baliza
 Desvio vertical
 Desvio lateral
Outros: engano com respeito ao ponto zero do diastimetro
 Omissão de trenadas
 Erros de leitura
 Anotações erradas
Processos Indiretos
Medição indirecta
As distâncias são medidas com o auxílio de aparelhos apropriados.
Aparelhos: fornecem dados que tenham com a distancia horizontal procurada, (relações
matemáticas conhecidas e, por meio de calculo, obtém-se a distância sem que seja necessário
percorrer o alinhamento com superposição de unidades conhecidas).
Conclusão

Durante a pesquisa do trabalho concluímos que, o estudo de topografia Agrícola tem um


papel muito importante na planificação e organização de áreas de cultivos na demarcação,
divisão e medição.
A aplicação de topografia não só é usada na agricultura mas também é aplicada em outras
áreas para a realização de projectos. Este processo em estudo nos ajuda a realizar trabalhos
em ambientes ou zonas elevadas e baixas da superfície da terra. Esse estudo de topografia nos
ajuda contra os acidentes ambientais, isto é, no desnivelamento da terra, no nivelamento, na
produção de campos agrícolas, construção de drenagens, combates contra a erosão.
Bibliografia

BENATTO, L. et al. Estimativa de perda de solo através da equação universal de perdas de


solo considerando diferentes cenários de manejo do solo. In: ENES, 7. Sedimentos: o desafio
da multidisciplinaridade. Porto Alegre: ABRH, 2006. p.358-366.
COMASTRI, J. A. & GRIPP JR. J. Topografia aplicada: Medição, divisão e demarcação.
Viçosa: UFV, 1998.
GARCIA, G. J. & PIEDADE, G. R. Topografia aplicada às ciências agrárias. 5. ed. São
Paulo, Nobel, 1989. 256 p.
MCCORMAC, J. Topografia. 5 ed. Rio de Janeiro, Editora LTC, 2007.

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