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2.

º Semestre
Ano Lectivo 2013/2014
Especialização em Geociências do Petróleo

Relatório para avaliação Docente:


da componente prática da
disciplina de Prospecção Dr. Luis Manuel Matias
Sísmica.
Elaborado por:
Sofia Brito Clara, nº 32852

Lisboa
24 de Junho de 2014
Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 2
2. Processamento ................................................................................................................... 2
2.1. Consulta de Processamento Prévio e Geometria ......................................................... 2
2.2. Observação dos dados no Seismic Viewer .................................................................. 4
2.3. Aplicação da Divergência Esférica e Kill Traces ........................................................... 5
2.4. Criação de um supergather através do General Trace Sort (FC).................................. 6
2.5. Análise de Velocidades ................................................................................................ 6
Análise de Velocidades através do SV e picking Bull’s eyes (Apêndice) ................................. 7
2.6. Correcção Normal Moveout (NMO) e Stack Preliminar ................................................ 8
2.7. Desconvolução Preditiva e Filtro de Passa Banda ..................................................... 10
2.8. Migração (ficheiro final) .............................................................................................. 12
3. Discussão do Processamento ........................................................................................... 13
4. Sequência de Processamento Integral .............................................................................. 14
5. Linha sísmica multi-canal processada – bloco6................................................................. 15
6. Bibliografia ........................................................................................................................ 15
7. Anexo ................................................................................................................................ 15
8. Apêndice ........................................................................................................................... 16

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1. Introdução
A prospecção sísmica, em particular a de reflexão, para além de todas as suas
aplicabilidades multidisciplinares, desempenha um papel fundamental na indústria petrolífera,
que a utiliza frequentemente como fonte de informação para interpretar, estudar e melhor planear
e definir possíveis prospectos na subsuperfície. Genericamente, sendo um método que permite
obter uma imagem do subsolo, utiliza uma fonte emissora de ondas sísmicas captadas por
receptores geometricamente distribuídos sobre uma superfície, os geofones (em terra) ou
hidrofones (na água). Os dados obtidos por estes, no seu conjunto dão origem a uma linha
sísmica. Uma linha sísmica multi-canal é obtida através do registo, captado em múltiplos canais,
de ondas sísmicas reflectidas, produzidas por uma fonte.
O trabalho realizado teve como intento, processar adequadamente uma pequena linha
sísmica multi-canal, registada no offshore Algarvio, na década de 80, com a finalidade de se
obter uma secção sísmica apropriada à interpretação estratigráfica.
O processamento foi aplicado a um ficheiro (“bloco6”) já com a geometria definida, com
cerca de 60 Mb e extensão spw, através dos programas Flow Chart (FC), Seismic Viewer (SV) e
Vector Calculator (VC), que estão integrados no Seismic Processing Workshop (SPW) da Parallel
Geoscience Corporation.

2. Processamento

2.1. Consulta de Processamento Prévio e Geometria


A geometria do bloco6 foi obtida através das informações nele contidas, que foram
consultadas com recurso ao FC. Consultou-se o histórico anterior de processamento do ficheiro
(figura 1) onde é possível observar que eliminaram dados com erro ou em falta, ordenaram os
traços sísmicos pelo seu número e definiram a geometria do ficheiro (fonte, receptor e referências
do observador). É ainda possível observar que o intervalo entre receptores é de 50 m.

Figura 1: História de processamento anterior do "bloco6.spw".

Obteve-se a informação sobre o número de registo ou número de tiros, traços por registo
ou número de canais e intervalo de amostragem (figura 2) e consequentemente a frequência de
amostragem, listados na página seguinte.
.

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Número de registos: 200
Traços por registo: 47
Intervalo de amostragem: 0,004 s
Frequência de amostragem: 250 kHz/s

Figura 2: Geometria do bloco6 obtida em (A) pelo “Extract Geometry” os espaçamentos entre as fontes e receptores
e o número de canais e em (B), na tabela do próprio bloco6, os “offsets” mín. e máx.

Através dos ficheiros obtidos com o “Extract Geometry” do FC que confirma-se que os
receptores têm um espaçamento de 50 m, verifica-se que o espaçamento entre fontes é de 150
m e há 47 canais. O offset mínimo de 297 m e o máximo de 2597 m foram obtidos pela consulta
da tabela do próprio ficheiro. Os valores encontram-se listados abaixo e a figura 3 refere onde
foram encontrados.
Espaçamento entre tiros 150 m
Espaçamento entre fontes 50 m
N.º de Canais 47
Offset mín. e máx. 297 m e 2597 m

Figura 3: Geometria do bloco6 obtida em (A) pelo “Extract Geometry” os espaçamentos entre as fontes e receptores
e o número de canais; em (B), na tabela do próprio bloco6, os “offsets” mín. e máx.

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O grau de cobertura (GC) (eq.1) corresponde a metade da razão entre os espaçamento
entre receptores (R) e fontes (S), a multiplicar pelo número de canais (n) e para esta linha, é
pequeno uma vez que tem um valor de cerca de 7,8 m.
1 R
GC= × ×n
2 S
Equação 1: Grau de Cobertura

2.2. Observação dos dados no Seismic Viewer


No SV, foi visualizado o aspecto da aquisição e verificou-se que as ondas directas não
chegam a interferir com a linha do fundo do mar afectando a zona de interesse (figura 4)

Figura 4: Aspecto do bloco6 antes do processamento. As ondas directas não interferem com o registo principal.

Através da exportação para excel da tabela de dados do bloco6, procuraram-se registos


em que tivessem ocorrido problemas idenficando-se a ausência de traços a partir do canal 33
até ao 47 para a localização da fonte 1364 (figura 5) e observou-se no SV o seu aspecto. (figura
6)

Figura 5: Ausência de traços a partir do canal 32 para a "Source Location 1364".

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Figura 6: Comparação entre a presença de traços em todos os canais (47) na “Source Location (TX Loc)” 1257 e a
ausência de traços a partir do canal 32 para a "Source Location 1364".

2.3. Aplicação da Divergência Esférica e Kill Traces


A correcção da divergência esférica é importante para dados adquiridos em mar, uma vez
que aumenta ou amplia a amplitude do sinal à medida que o tempo aumenta e assim, vai
compensar a tendência decrescente das amplitudes à medida que as frentes de onda se afastam
da fonte. Esta correcção deve ser aplicada aos dados antes de qualquer processamento.
Apesar de, pela observação dos dados, se saber que se realizou previamente uma
eliminação dos mais comprometedores, por precaução, e após descoberta da inexistência de
alguns traços na localização da fonte 1364, procedeu-se à tentativa de os eliminar recorrendo
para isso ao Kill Traces do FC (figura 7). Apesar disso, verificou-se no SV que visualmente
encontrávamos o mesmo que o demonstrado na figura acima, e dessa forma compreendeu-se
que esses traços haviam sido eliminados no pré-processamento do bloco6. Uma vez que se
realizou este passo e não se verificou qualquer alteração, continuar o processamento usando o
ficheiro resultante deste procedimento ou o ficheiro inicial torna-se irrelevante.

Figura 7: Aplicação do “Kill Traces” no FC para a “Source Location” 1364 a começar no canal 33 e a terminar no 47.

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2.4. Criação de um supergather através do General Trace Sort (FC)
Sabendo que o registo de aquisição é de pequena cobertura deve-se realizar um
supergather isto é, definir uma busca pelos traços da envolvência para melhorar o sinal. Através
do Arranjo por Traços (General Trace Sort), sabendo que há vários traços, e a cada um uma
localização atribuída, é permitido compilar numa única localização um conjunto de traços sendo
para isso, necessário especificar quando traços vão ser compilados (o bin size) e que quantos é
que se vão ignorar até se realizar uma nova compilação (bin increment).
Para se proceder a uma análise de velocidades é necessário ordenar os dados por CMP,
utilizando esta ferramenta, no FC foi criado um CMP super gather (figura 8) utilizando como
parâmetros os sugeridos pelo Lab Manual:
“Sort Key” CMP
“Bin size” 3
“Bin interval” 10

Figura 8: Criação de um arranjo por CMPs ("supergather") através do "General Trace Sort" do FC.

2.5. Análise de Velocidades

Para se proceder à correcção normal moveout (NMO) é necessário realizar a análise de


velocidades. A análise de velocidades tem como objectivo, conseguir a velocidade RMS para
cada reflector o que dá origem à função velocidade de stack. Uma das formas de se obter essa
função é fazer com que os nossos dados passem através de várias trajectórias hiperbólicas com
diferentes pares de T0 e VNMO sendo o T0 o tempo duplo no zero offset e o VNMO a velocidade
para a correcção NMO.
Um mapa de semelhanças é criado para verificar o ajustamento correcto das hipérboles
às reflexões. Se o valor de semelhança for alto então adequea-se bem e há uma boa
continuidade. Nestes mapas é realizado o “picking” dos “bull’s eyes” que dão origem à função
velocidade de stack.
No spw é possível obter Mapas de Semelhança ou através do FC ou do SV.

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Mapa de Semenhaças no FC através do “Velocity Semblance”
Para se construir um mapa de semelhanças através do FC é necessário usar a função
Velocity Semblance, esta, vai atribuir ao ficheiro de entrada (supergather por CMPs) um
determinado número de parâmetros que são especificados pelo utilizador. Para o bloco6 foram
utilizados os parâmetros sugeridos no Lab Manual com exepção da velocidade de começo que
definimos como 1500 tendo em conta a velocidade de propagação do som na água e o
“semblance length” em que se usou o valor definido por omissão. (figura 9)
Na construção dos mapas de semelhança os valores devem ser criteriosamente
escolhidos de forma a que melhor se ajustem aos dados que estamos a processar e tendo em
conta a finalidade dos mesmos.

Output

Figura 9: Mapa de semelhança criado no FC, e parâmetros inseridos. Visualização do “output” no SV.

Análise de Velocidades através do SV e picking Bull’s eyes (Apêndice)


Um mapa de semelhanças, construído no SV, é mais interativo é permite ir tendo uma
imagem visual ao longo do tempo e desta forma forma ajustar os parâmetros de modo mais
facilitado. Em apêndice encontram-se todos os passos realizados nesta fase de processamento
que culmina na criação do ficheiro de velocidades.
Em síntese, com o objectivo de realizar uma análise de velocidades abriram-se duas
janelas de visualização distintas utilizando o ficheiro supergather criado anteriormente. A primeira
no seismic display e a segunda no grid display. É no grid display, que se adapta o ficheiro para
ser aberto para a análise de velocidades (velocity semblance) e é nas opções do separador grid
que se ajustam os parâmetros (tal como no FC) e se cria um ficheiro onde são registadas as
velocidades que são picadas (nos bull’s eyes). Inicialmente foram usados os mesmos parâmetros
do Velocity Semblance do FC, no entanto para melhorar a acuidade visual estes foram alterados
antes de se proceder às picagens de “bull’s eyes” tendo em conta a crescente velocidade com o
tempo (figura 10). O ficheiro resultante foi verificado no FC e eliminaram-se essencialmente os
valores inferiores a 1500 m/s.

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Figura 10: Parâmetros utilizados na análise de velocidades, à esquerda e picagem de bull’s eyes à direita.

2.6. Correcção Normal Moveout (NMO) e Stack Preliminar


A correcção NMO é aplicada aos dados ordenados por CMP, antes de ser fazer o stack.
Para esta correcção é necessário utilizar o ficheiro de velocidades criado para esse efeito,
anteriormente. É ainda necessário definir parâmetros, os utilizados foram os sugeridos no Lab
Manual, utilizando-se o método quadrático de interpolação, a exepção foi a velocidade de
correcção que se alterou para 1500 m/s. O objectivo final é a horizontalização das reflexões.
(figuras 11 e 12).

Figura 11: No FC, ordenação do ficheiro inicial por CMPs e aplicação da correcção NMO através do ficheiro criado
através da análise de velocidades, à direita os parâmetros definidos na correcção.

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Figura 12: Efeito de horizontalização das reflexões, observado no SV, resultante da aplicação da correcção NMO.

O ficheiro output resultante da correcção NMO serviu como input para a criação do
ficheiro de stack preliminar (figura 13). A principal função do stack é aumentar o sinal e diminuir
o ruido ou interferência, é realizado assumindo uma realidade geológica horizontal, assim vai-se
obter uma secção que pode ser interpretada como gerada por uma fonte receptor coincidentes
no mesmo ponto.

Figura 13: À esquerda a criação do stack preliminar através do ficheiro corrigido anteriormente. À direita a imagem
do stack preliminar observada no SV.

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2.7. Desconvolução Preditiva e Filtro de Passa Banda
O processamento seguinte passa pela aplicação da desconvolução preditiva ao ficheiro
de stack criado. A desconvolução que tem como principal objectivo a eliminação dos múltiplos
que são preditivos. Os parâmetros utlizados na desconvolução devem ser testados até que
encontrar os que melhor se ajustam. Para o bloco6 utilizou-se um comprimento de predição de
1 ms, uma vez que, quanto menor for o comprimento de predição mais comprimida fica a wavelet
e os múltiplos são eliminados com maior eficácia, o pre-whitening comprime a frequência e alarga
os espectro. Inicialmente foram testados outros parâmetros como os ilustrados pela figura 14,
mas após vários testes, (alterar os parâmetros no FC e observar os resultados no SV), foi
decidido manter os acima mencionados e considerar que a janela se deveria iniciar aos 1800 ms
e prolongar até aos 2700 ms por ser onde as reflexões mais visíveis se concentram (figura 15).

Figura 14: Parâmetros inicialmente testados na desconvolução preditiva.

Figura 15: Parâmetros aplicados na desconvolução.

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A desconvolução gera ruído de alta frequência que vai ser eliminado pela utilização de
um filtro de passa banda. Para definir a banda do filtro é ulitilizado o vector calculator (VC) que
cooperativamente com o SV vão permitir obter o espectro de frequências pela Transformada de
Fourier (figura 16). Neste passo ocorreram bastantes dificuldades, especialmente na escolha dos
valores a atribuir ao filtro de passa banda.

Figura 16: Aspecto geral do espectro de frequências obtido através do VC para 6 traços.

Considerou-se como frequência dominante 13 Hz e foram testados os parâmetros do filtro


de passa banda: 4 – 7 – 40 – 50; 4 – 7 – 43– 50 e 4 – 7 – 45 – 50. Concluiu-se que o do meio
é o que melhor se ajustava (figura 17)

Figura 17: Determinação da frequência dominante e escolha dos parâmetros a utilizar no filtro de passa banda.

Foi ainda calculada a autocorrelação (figura 18), tendo-se obtido um período entre 0,05 s
e 0,1 s encontrando-se assim a maior amplitude situada entre os 10 a 20 Hz sendo o seu pico
aos 0,075 s, 13Hz (frequência dominante).

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Figura 18: Cálculo da autocorrelação no VC visualização da máxima amplitude entre os 0,05 s e 0,1 s.

Por fim, comparam-se nos mesmos locais os processamentos de stack, desconvolução


e filtragem. (figura 19)

Stack Desconvolução Filtro Passa Banda

Stack

Figura 19: Comparação entre os efeitos do stack, desconvolução e filtro passa banda na linha sísmica observados
no SV.

2.8. Migração (ficheiro final)


Por fim, procedeu-se à migração através da Phase Shift Migration do FC. Esta, faz com
que se obtenha um traço sísmico que é a soma de todas as energias reflectidas perpendiculares
ao plano de fase e é bastante sensível ao modelo de velocidades. A Phase Shift Migration
aplicada no FC vai implementar uma velocidade constante definida nos parâmetros como 1500
m/s (velocidade do som na água) ao domínio da frequência assumindo que o input é a velocidade
de stack obtida após realização de nova análise de velocidades (que deveria ocorrer após a uma
correção da estática residual). No entanto por se pensar não haver necessidade de proceder à
correcção estática aplicou-se erroneamente o Phase Shift Migration ao ficheiro de filtro passa
banda. (figura 20).

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Figura 20: Aplicação da “Phase Shift Migration” no FC.

3. Discussão do Processamento

A consulta de processamento prévio e geometria terá sido realizada de forma adequada


e a observação prévia dos dados no SV permitiu verificar que a onda directa não interferia com
a zona principal do levantamento sísmico tendo-se excluido a necessidade de realizar uma
correcção estática inicial (mute). Verificou-se havia um local sem informação de traços entre os
canais 33 e 47 e realizou-se um Kill traces que mais tarde se verificou desnecessario uma vez
que estes já estávam eliminados através do processamento anterior ao qual o bloco6 foi sujeito,
como se observou inicialmente durante a consulta do mesmo.
Segue-se a correcção de amplitudes através da divergência esférica para compensar a
tendência decrescente das amplitudes ao longo do tempo. Foi realizado um supergather para
realização da análise de velocidades no entanto com algumas interrogações nos parâmetros a
introduzir tendo-se optado por seguir os sugeridos pelo Lab Manual. A análise de velocidades foi
realizada com sucesso, no entanto mais uma vez com reservas a alguns dos parâmetros
utilizados sendo importante saber a geologia para realizar a análise de velocidades. Seguiu-se a
correcção NMO, com a aplicação de stretch mute para impedir um pouco a deformação causada
pelo efeito de stretching, que infelizmente não surtiu o efeito que seria necessário, a geração de
ruído de alta frequência não foi visível o que poderá advir de uma incorrecta realização da análise
de velocidades pois ela é determinante para esta correcção sendo bem observado na figura 19
as diferenças entre o stack, NMO e filtro passa banda. Ainda nesta figura, parece que a aplicação
do filtro de passa banda não terá sido adequada pois aumentou o ruído, mesmo tendo em
consideração que as bandas eram demasiado estreitas e tendo afastando o mais possível as
duas frequências limites no meio, não parece ter resultado adequadamente.
Após aplicação do filtro passa-banda não se procedeu à correcção da estática residual,
e consequentemente não se realizou nova análise de velocidades uma vez que não se havia
considerado necessário para o processamento. No entanto, verificou-se que é um passo
essencial, e devido à falta deste, não foi criada uma correcção secção final até porque, o Phase
Shift Migration parte do principio que o ficheiro de entrada é um ficheiro stack já com a segunda
análise de velocidades, daí que a imagem final obtida, não está na realidade bem processada.
Em suma, ocorreram bastantes erros de processamento no entanto é de frisar o
conhecimento e a aprendizagem que daí adveio, e apesar do processamento aplicado não ter
sido o mais adequado deu para compreender parte das grandes dificuldades deparadas durante
o processamento de dados sísmicos de reflexão multi-canal, descobrir como resolver algumas
delas e denotar a grande importância de um bom processamento para uma posterior
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interpretação geológica dos dados obtidos. É crucial cada fase do processamento estar
correctamente realizada, pois há uma constante interligação entre as fases anteriores de
processamento e as posteriores, bastando um pequeno erro para haver um efeito de avalanche
caso este não seja descoberto e corrigido atempadamente.

4. Sequência de Processamento Integral

Extracção da
Geometria

Correcção da
Divergência Esférica

Supergather (General
Trace Sort)

Análise de Velocidades
(Construção de Mapas
de Semelhança)

Correcção NMO

Stack

Desconvolução

Filtro de Passa-banda

Migração
(Secção Final)

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5. Linha sísmica multi-canal processada – bloco6

6. Bibliografia
Parallel Geoscience Corporation. 2000. Seismic Processing Workshop Flow Chart v 2.1.18
Executor v 2.1.18. s.l. : Parallel Geoscience Corporation, 2000. p. 611.
Sheriff , R. e Geldart , L. 1995. Exploration Seismology. 2nd Edition. USA : Cambridge University
Press, 1995. p. 592.
Young, R. 2004. A Lab Manual of Seismic Reflection Processing. Netherlands : EAGE
Publications, 2004. p. 96.
Consulta das aulas em pdf disponibilizadas pelo professor e dos apontamentos das aulas
teóricas e práticas.

7. Anexo

Na pasta de ficheiros entregue encontra-se a linha sísmica final obtida, em alta resolução
(120 Mb).

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8. Apêndice

Picagem de “Bull’s eyes” no Seismic Viewer

1) Abrir o ficheiro no Seismic Display:

2) Ao lado, abrir no Grid Display o mesmo ficheiro, tendo em atenção que o display type é o
Velocity Sembance (para análise de velocidades) e o file format o SPW Seismic:

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2.1) Alterou-se o file format abaixo do botão “Picks” para Velocity Semblance e criou-se um
ficheiro de picking, isto é, um ficheiro onde serão registadas as velocidades picadas nos
“bull’s eyes”. São essas velocidades picadas que mais tarde vão ser utilizadas na
análise de velocidades:

2.2) Inicialmente foram usados os mesmos parâmetros do Velocity Semblance do FC:

2.3) Ajustou-se o Horizontal size e o Vertical size da Grid para ficarem iguais aos do Seismic:

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3) Os dois displays foram sincronizados através da layer table:

4) Alteraram-se os parâmetros do Velocity Semblance:

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5) Ligou-se o ficheiro de picking ao Seismic Display, deste modo fica sincronizado com do Grid:

6) Realizaram-se as picagens de “bull’s eyes” tendo em conta a crescente velocidade com o


tempo:

7) O ficheiro de análise de velocidades foi editado no FC, para confirmar a coerência das
velocidades registadas. Apagaram-se algumas velocidades iniciais com valores inferiores a
1500 m/s (velocidade de propagação na água):

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