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Levantamento Geológico Em Pormenor Da

Ponta Do Sal – Praia S.Pedro Do Estoril


Índice
Introdução:...................................................................................................................................4
Metodologia .................................................................................................................................4
Enquadramento Geográfico: ........................................................................................................6
Enquadramento Geológico: .........................................................................................................7
Enquadramento Geomorfológico:................................................................................................8
Tectónica: .....................................................................................................................................9
Descrição das unidades cartografadas: ......................................................................................10
Parâmetros das descontinuidades: ............................................................................................14
Introdução
O presente trabalho é elaborado e apresentado no âmbito do curso prático da disciplina
de Cartografia Aplicada, do 4º ano da Licenciatura em Geologia Aplicada e do Ambiente da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Este relatório, é, portanto, a síntese do primeiro trabalho prático desta disciplina tendo
como principais objectivos a cartografia geológica e geotécnica de uma pequena região litoral,
situada na Ponta do Sal, em S. Pedro do Estoril.

Metodologia

Para o estudo realizado, foi efectuado trabalho de campo tendo em conta os seguintes
objectivos:

1. Log pormenorizado das camadas aflorantes na zona – onde foram indicadas as


espessuras, descrição litológica e resistência mecânica dos materiais, sendo este
último aspecto determinado a partir dos ensaios com o martelo de Schmidt e uso da
tabela de determinação expedita da resistência sugerida pela BSI;

2. Mapa do levantamento de pormenor na escala 1:2000, efectuado sobre a base


topográfica fornecida, com indicação de separação de camadas de composição
diferente, filões, falhas (com indicações precisas sobre a sua movimentação) e a
orientação das camadas;

3. Alçado das fachadas da arriba viradas a Leste e a SW, sem sobre-elevação, com
marcação de camadas ou conjuntos de camadas importantes para o problema da
estabilidade da escarpa, falhas, filões, fracturas principais e identificação de blocos
instáveis;

4. Corte geológico da área de estudo, ilustrativo da estrutura e organização espacial das


camadas;

5. Levantamento de descontinuidades em pelo menos dois perfis, aproximadamente


ortogonais entre si e com um mínimo de 20 metros cada. Tratamento da informação
incluindo projecção estereográfica para separação de famílias e definição da
orientação média e dispersão direccional, análise de espaçamento e determinação da
classe modal de espaçamento;

6. Localização em planta e nos alçados, e caracterização dos fenómenos de


instabilidade observados nas arribas.

Foi utilizado o seguinte equipamento, para a realização do trabalho de campo:


• Livro de campo
• Bússola de Geólogo
• Martelo
• Lupa
• Canivete
• Frasco (conta-gotas) com HCl (diluído a 10%)
• Fita Métrica (20m)
• Metro articulado
• Maquina Fotográfica Digital
• Martelo de Schmidt
Enquadramento Geográfico:
A área onde foi realizado este estudo situa-se na faixa costeira na zona de S. Pedro do
Estoril, mais propriamente na Ponta do Sal, localizada em frente à Avenida Marginal, sendo
possível identificar a região na carta geológica 34-C dos Serviços Geológicos de Portugal, na
escala 1:50000. As coordenadas exactas do local foram retiradas da Carta Militar de Portugal,
folha 430 na escala 1:25000.Com as seguintes coordenadas UTM: MC 677 830
As Coordenadas obtidas recorrendo ao Google Earth para a ponta do Sal foram:
38º41’ 34,38’’N e 9º22’ 19,63’’ W.
O ponto de referencia possui uma elevação de aproximadamente 1,5 m.

Figura 1: Localização geográfica da área em estudo


Enquadramento Geológico:
Na área em estudo está representado uma série sedimentar em monoclinal,
essencialmente constituída por calcários e margas, datadas do Albiano-Cenomaniano inferior e
médio (C2AC). A esta série é normalmente atribuída a designação de Calcários e Margas do
“Belasiano”.

Figura 2:Zona em estudo adaptada da Folha 34-C Da Carta geológica de Portugal á escala 1: 50 000

-Aluviões

-Calcários de Entrecampos” (“Banco Real”)

-“Complexo vulvânico de Lisboa”, com intercalações vulcano-


sedimentares Rochas piroclásticas (*)

-Calcarios e Margas (“Belesiano”)

-Arenitos e Argila (“Grés Superiores”9)

-Riolito (filão/Chaminé)

-Basalto, dolerito, Chaminé basáltica (*)

-Traquibasalto, lamprófiro, Filão camada (*)

-Filão alterado ou inexistente


-Zona em estudo
Figura 3: Legenda da Carta Geologica de Portugal à escala 1:50 000
Segundo a notícia explicativa da folha 34-C - Cascais da carta geológica de Portugal à
escala 1/50 000, esta série de calcários e margas pode ser dividida entre o Albiano médio a
superior e o Cenomaniano inferior a médio. A parte correspondente ao Albiano médio a superior,
também designada por Formação de Galé (Rey, 1992 in Ramalho, Rey, Zbyszewski, et al, 2001)
é constituída por dois membros: o Membro de Água Doce e o Membro da Ponta da Galé. Desta
sequência, apenas o Membro de Água Doce é que está representado na zona em estudo.
O Membro de Água Doce é constituído de um modo geral por:

• Calcários margosos, onde o conteúdo em margas pode variarem significativamente,


sendo frequentemente micríticos e microsparíticos. Podem apresentar várias tonalidades, desde
branco, a cinzento, amarelado, entre outras. O conteúdo fossilífero é variado em número e
tipologia, podendo encontrar-se mais frequentemente ostreídeos e pectinídeos (bivalves),
orbitolinas (foraminiferos), nerineas e turritelas (gastrópodes), entre outros;

• Margas de várias tonalidades (verde, cinzento escuro, amarelo, entre outras) onde o
conteúdo fossilífero varia consideravelmente de camada para camada. De um modo geral
encontram-se ostreídeos, miliolídeos, lamelibranqueos e vestígios de bioturbação;

• Argilas verdes e violáceas, com pouca expressão vertical e lateralmente e sem


conteúdo fossilífero visível;

• Grés calcários de várias tonalidades (ocre, castanho, amarelo), geralmente micríticos e


microsparíticos e com um conteúdo fossilífero variado: ostreídeos, miliolídeos e orbitolinas.
O Membro da Ponta da Galé é constituído essencialmente por calcários margosos
(micríticos, microsparíticos e Espariticos) geralmente cinzentos ou amarelos e margas amarelas.
O conteúdo fossilífero é constituído por ostreídeos, orbitolinas, nerineas e turritelas, miliolídeos,
textularideos, entre outros.
O Cenomaniano inferior a médio é constituído essencialmente por calcários argilosos
(na sua maioria) e argilo-dolomíticos, com cores que variam entre o amarelo, castanho e
cinzento; margas amarelas ou acastanhadas e argilas com muitas tonalidades (verde, castanho,
amarelo, ocre, entre outras). O conteúdo fossilífero é muito significativo e variado: ostracodos,
orbitolinas, fragmentos de moluscos, miliolídeos, gastrópodes, lamelibrânqueos, entre outros.

Enquadramento Geomorfológico:
Do ponto de vista morfológico, a Ponta do Sal enquadra-se numa zona onde podemos considera
que existem três unidades principais: a Serra de Sintra, a área que se situa a Sul e Sudoeste da
referida Serra (onde está inserida a Ponta do Sal) e a área que se situa a este do meridiano de
Carcavelos (Jesus, 1995).
O elemento geomorfológico com mais importância na área é a Serra de Sintra, que se
encontra associada ao Maciço Eruptivo de Sintra.
Maciço este que é constituída na sua generalidade por granitos, dioritos, sienitos e
gabros. Esta Serra tem uma forma alongada segundo a direcção E-W, apresentando uma
altitude máxima de 528 metros e uma rede de drenagem bastante densa, encaixada e com um
padrão do tipo dendrítico (Jesus, 1995).
A Sul da Serra de Sintra, nos terrenos de idade Jurássica e Cretácica inferior, a erosão
modelou vales bastantes encaixados, colinas de topo arredondado assim como algumas
costeiras.
Os calcários que formam as costeiras estão dispostos em monoclinal, a inclinar para Sul e junto
ao litoral, entre a Ponta Alta (a norte do Cabo Raso) e Cascais, existem numerosas arribas com
perfil praticamente vertical. No topo das arribas verifica-se a existência de antigas praias, onde
por vezes se observam vestígios de depósitos de praia, cuja altitude é variável (chegando a
atingir 30 a 60 metros de altitude). Estas últimas correspondem a uma estreita plataforma que se
estende do Forte do Guincho até ao Cabo Raso; entre Cascais, S. Pedro do Estoril e S Julião da
Barra, entre outros (Ramalho et al., 1981 in Jesus, 1995).
A Este do meridiano de Carcavelos encontra-se outra unidade geomorfológica, devido
essencialmente às formações que afloram (Cretácico Superior e o Complexo Vulcânico de
Lisboa). Na área onde afloram os calcários do Cenomaniano superior (zona de Carenque)
verifica-se a existência de pequenas costeiras, no contacto destes calcários com os do
Cenomaniano inferior a médio e de vales que apresentam vertentes suaves que passam a ser
sub-verticais quando a erosão fluvial ou torrencial atingiu os calcários subjacentes (Jesus, 1995).
A zona em estudo pode ser considerada como um pequeno cabo a poente da praia de
S. Pedro, cujo topo, a cerca de 15 metros de altura, forma um planalto aproximadamente
triangular com cerca de 30000 m2.
Caracteriza-se por apresentar arribas predominantemente verticais, a arriba voltada a E
é normalmente erodida pelo mar em épocas de preia-mar e de temporal, o que origina um recuo
paralelamente a si própria, através da queda de blocos e por erosão da base da arriba.
A arriba voltada a SW possui um troço que não está a ser erodido pelo mar, e outro
troço que está a ser permanentemente erodido pelo mar, recuando paralelamente a si própria.
Uma vez que este é um litoral de arriba, as praias existentes na zona são de pequena extensão,
caracterizando-se de uma forma geral por praias encaixadas.

Tectónica:
De acordo com a notícia explicativa da folha 34-C - Cascais da Carta Geológica
de Portugal à escala 1/50 000, a área abrangida por esta folha incorpora 2 grandes unidades
estruturais: o Complexo anelar subvulcânico de Sintra e a região tabular de Lisboa. Todo este
conjunto está recortado por um sistema de falhas e filões que estão geneticamente associados.
A região tabular de Lisboa, onde se insere a Ponta do Sal, encontra-se a S e SE do
Maciço de Sintra e corresponde a um monoclinal com inclinações muito suaves para SE. Esta
estrutura é perturbada por ondulações de segunda ordem que deram origem ao anticlinal de
Cascais-Bicesse e sinclinal de Areias-Caparide, encontrando-se afectada por numerosas falhas
cujas direcções principais são NW-SE (predominante) e NE-SW. Verifica-se igualmente a
existência de um cortejo filoneano, sendo este mais desenvolvido na região oeste.
Na Ponta do Sal em São Pedro do Estoril regista-se uma série de desligamentos direitos
orientados N30°W, subverticais. Associados a estes desligamentos abrem-se outros
desligamentos do tipo Riedel com o movimento direito N15°W
Descrição das unidades cartografadas:

Camadas:

Camada 1 – Marga cinzenta. Espessura superior a 16 cm.


Camada 2 – Calcário compacto cinzento, com fracturas de baixa abertura com duas
direcções uma sub-paralela e outra sub-perpendicular à linha de costa, preenchidas por
calcite alterada que confere um tom amarelado. Apresenta alguns fósseis de bivalves.
Espessura de 60 cm.

Camada 3 – Calcário Margoso, cinzento com nódulos de calcário. Espessura de 88 cm.


Camada 4 – Calcário Margoso amarelado, com fósseis de bivalves, alterado. Espessura
de 45 cm.
Camada 5 – Marga com bandados de diferente composição, carbonatada (bandado
amarelo) e argilosa com grande componente orgânica (castanho escuro).Espessura de 15
cm.
Camada 6 – Calcario Margoso amarelado. Espessura de 18 cm.
Camada 7 – Calcario Margoso acinzentado, com conteúdo fossilífero de reduzidas
dimensões (valvas de bivalves fracturadas). Spessura de 36 cm.
Camada 8 – Calcário Margoso muito alterado, cor amarela, sem conteúdo fossilífero
visível. Espessura de 1,60 m.
Camada 9 - Calcário Margoso muito alterado, cor cinzenta, sem conteúdo fossilífero
visível. Espessura de 1,54 m.
Camada 10 – Calcário compacto de cor cinzenta. Apresenta alteração por erosão
atmosférica (presença de veios de calcite a preencher fracturas). Fósseis de bivalves
(ostreídeos) e um nível com orbitulinas abundantes. Espessura de 5,10m.
Camada 11 – Marga amarela-clara, com fósseis de ostreídios e orbitulinas. Espessura
1,5m
Camada 12 – Marga amarela apresenta icnofósseis (galerias). Espessura de 1,35m.
Camada 13 - Calcários compacto cor cinzenta com nerineias. Espessura 85cm.
Camada 14 – Calcário margoso com figuras de dissolução química (boxwork).
Espessura de 80 cm.
Camada 15 – Calcário margoso, compacto com estratificação. Espessura de 1,15m,
Falhas:
Filões:
Parâmetros das descontinuidades:

Define-se descontinuidades como uma qualquer rotura no maciço rochoso e na qual não se
consegue verificar um deslocamento significativo de um bordo em relação ao outro (Adaptado de
Rocha, 1981). Os Maciços rochosos apresentam normalmente famílias de descontinuidades que
são conjuntos de descontinuidades que tem aproximadamente a mesma direcção.
Habitualmente um maciço rochoso encontra-se fracturado por diversas famílias de
descontinuidades. (Adaptado de Rocha, 1981).
As descontinuidades nas rochas surgem associadas a anisotropia da rocha, então as
descontinuidades surgem nas zonas de menor resistência, que são frequentemente as
superfícies as superfícies de separação entre as camadas.
A dimensão da abertura e o preenchimento das descontinuidades influencia a deformabilidade e
a resistência ao corte dos maciços rochosos assim como a circulação de água nos mesmos. As
descontinuidades provocam um enfraquecimento no maciço e o preenchimento vai possuir
propriedades mecânicas inferiores a da rocha sã.

Na zona em estudo identificamos duas famílias de descontinuidades, uma com direcção (familia
1, P1 ), e outra com uma direcção Familia 2(P2)

Figura 3:Local onde foram realizados os Perfis 1 e 2 para o estudo das descontinuidades

Foram tomadas duas direcções perpendiculares entre si e com o comprimento de cerca de 20m,
e foram anotadas todas as descontinuidades que ocorriam perpendicularmente a cada direcção.
Figura 4: Rosa Vectorial das descontinuidades Figura 5: Rosa Vectorial das descontinuidades

perpendiculares ao Perfil 1 perpendiculares ao Perfil 2

Foram também feitas projecções estereográficas das descontinuidades

Número de Famílias de descontinuidades:


Normalmente os maciços de rochas sedimentares são afectados por três fámilias de
descontinuidades uma que normalmente coincide com as superfícies de estratificação ou seja é
limitada pelas camadas e neste caso não foi tida em conta na área estudada.
As outras famílias apresentam-se habitualmente com orientações perpendiculares a
estratificação, e cujo ângulo entre as famílias se encontra geralmente entre 60° a 90° (Adaptado
de Rocha, 1981)
Os maciços rochosos podem classificar-se de acordo com o número de famílias de
descontinuidades, variando de maciço são, sem descontinuidades, a maciço completamente
alterado e com comportamento de solo (quadro 1).
Compartimentação do maciço rochoso (Nº de famílias de
Tipo
descontinuidades)

Maciço, descontinuidades ocasionais com


I 0+
orientação aleatória

II 1 Uma família de descontinuidades

Uma família de descontinuidades e outras


III 1+
descontinuidades aleatórias

IV 2 Duas famílias de descontinuidades

Duas famílias de descontinuidades e outras


V 2+
descontinuidades aleatórias

VI 3 Três famílias de descontinuidades

Três famílias de descontinuidades e outras


VII 3+
descontinuidades aleatórias

VIII ≥4 Quatro ou mais famílias de descontinuidades

IX ind. Rocha esmagada, com comportamento de solo

Quadro 1:Classificação dos maciços rochosos quanto ao número de famílias de descontinuidades

Quanto ao número e orientação das famílias de descontinuidades concluímos que o maciço


rochoso pertence ao tipo V, apresentando duas famílias de descontinuidades e outras
descontinuidades aleatórias.

Rugosidade das descontinuidades


A superfície ondulada e irregular que esta presente nas descontinuidades atribui-se o nome de
rugosidade, estas pode ser definidas como de 1ª ou 2ª ordem. A descrição da rugosidade implica
duas escalas de observação: a escala decimétrica a métrica para a ondulação das superfícies:
superfícies planas, onduladas ou escalonadas ou escala milimétrica a centimétrica para a
rugosidade ou irregularidade: superfícies polidas, lisas ou rugosas.
.

Figura 6: Perfis-tipo para a descrição da


rugosidade das descontinuidades.

Os Resultados obtidos no campo foram representados num histograma

Classe % 70

I 34,29 60 I

II 59,62 II
50
III
III 0
40 IV
IV 0
V
30
V 6,09 VI
VI 0 20
VII
VII 0 10 VIII

VIII 0 0
IX

IX 0 Classe

Figura7:Representação grafica da rugosidade das descontinuidasdes perpendiculares ao Perfil 1


Perfil 2 60

Classe % I
50
I 43,2 II
II 56,8 40 III
III 0 IV
30
IV 0 V
VI
V 0 20
VII
VI 0
10 VIII
VII 0
IX
VIII 0 0
Classe
IX 0

Figura 8:Representação grafica da rugosidade das descontinuidasdes perpendiculares ao Perfil 2

Espaçamento das descontinuidades:


O espaçamento é a distância entre dois planos de descontinuidade da mesma família, medida
perpendicularmente aos mesmos.

De acordo com Rocha (1981) ” Nos Calcários e nos Arenitos o espaçamento entre
descontinuidades de cada família é em geral da ordem das dezenas de centímetros (…)”.

Em geral o espaçamento entre descontinuidades aumenta com a profundidade, na figura 9 esta


representada a classificação do espaçamento das descontinuidades (ISRM, 1978)
Descrição do espaçamento Espaçamento

Extremamente próximo <20 mm

Muito próximo 20-60 mm

Próximo 60-200 mm

Moderado 200-600 mm

Afastado 600-2000 mm

Muito afastado 2000-6000 mm

Extremamente afastado >6000 mm

Os dados que foram recolhidos no campo relativamente ao espaçamento foram tratados de


modo estatístico e são apresentados na forma de um histograma tendo em conta a classificação
ISRM(1978).

80
Perfil 1 70
% de Espaçamentos

Espaçamento 60
(mm) % 50
40
<20 0
30
20-60 0 20
60-200 0 10
200-600 12 0
600-2000 73 Espaçamento

2000-6000 15 20-60 60-200 200-600

>6000 0 600-2000 2000-6000 >6000

Figura 10:Representação grafica do espaçamento das descontinuidasdes perpendiculares ao Perfil 1

Perfil 2

Espaçamento
(mm) %
<20 0
20-60 0
60-200 0
200-600 0
600-2000 50

2000-6000 50
>6000 0

Figura 11:Representação grafica do espaçamento das descontinuidasdes perpendiculares ao Perfil 1


Continuidade de descontinuidades

A continuidade consiste no desenvolvimento que a descontinuidade apresenta ao longo


e para o interior do maciço. A classificação da continuidade das descontinuidades (ISRM, 1978)
é realizada de acordo com o quadro 4:

Descrição da
Continuidade
continuidade

Muito baixa <1m

Baixa 1-3 m

Média 3-10 m

Elevada 10-20 m

Muito elevada > 20 m

Quadro 4:Classificação da continuidade das descontinuidades (ISRM, 1978)

Após o estudo estatístico da continuidade das descontinuidades fez-se a sua


representação gráfica tendo sempre em conta a classificação ISRM (1978).

Perfil 1 35
30
% de descontinuidades

Continuidade % 25
<1m 11,56 20
1-3 m 17,85
15
3-10 m 22,53
10
10-20 m 30,51
5
> 20 m 17,55
0
Continuidade
<1m 1-3 m 3-10 m 10-20 m > 20 m

Figura 12:Representação grafica da continuidade das descontinuidasdes perpendiculares ao Perfil 1


Perfil 2 60

50
Continuidade %

% de descontinuidades
<1m 0 40 <1m
1-3 m 45,45 1-3 m
30
3-10 m 54,55 3-10 m
10-20 m 0 20 10-20 m
> 20 m 0 > 20 m
10

0
Continuidade

Figura 13:Representação grafica da continuidade das descontinuidasdes perpendiculares ao Perfil 2

Abertura de descontinuidades
As descontinuidades podem ocorrer perfeitamente fechadas, sendo por vezes difícil a
sua identificação macroscópica, ou abertas, com o aumento da profundidade existe um
decréscimo grau de meteorização e existe um do incremento do estado de compressão, a
abertura das descontinuidades diminui geralmente com a profundidade. A classificação da
abertura das descontinuidades (ISRM, 1978) pode ser feita do seguinte modo:
Classificação da abertura das descontinuidades (ISRM, 1978)

Abertura Descrições

< 0,1 mm Muito fechada

0,1- 0,25 mm Fechada Descontinuidades “fechadas”

0,25 - 0,5 mm Parcialmente aberta

0,50 - 2,5 mm Aberta


Descontinuidades com contacto
2,50 - 10 mm Moderadamente elevada
parcial (com canais)
> 10 mm Elevada

10 - 100 mm Muito elevada

100 - 1000 mm Extremamente elevada Descontinuidades abertas

> 1000 mm Cavernosa

Quadro 5:Classificação da Abertura das descontinuidades (ISRM, 1978

Foi realizada a colheita dos dados no campo relativamente as aberturas das descontinuidades,
dados esses que foram tratados estatisticamente de acordo com a classificação ISRM(1978)
Perfil1 70
Abertura 60

% Descontinuidades
(mm) % 50
< 0,1 0 40
0,1- 0,25 0 30
0,25 - 20
0,5 0 10
0,50 - 0
2,5 0 Abertura (mm)
2,50 - 10 0 < 0,1 0,1- 0,25 0,25 - 0,5
> 10 0 0,50 - 2,5 2,50 - 10 > 10
10 - 100 40,14 10 - 100 100 - 1000 > 1000
100 -
1000 59,86
> 1000 0

Figura 14:Representação grafica da abertura das descontinuidasdes perpendiculares ao Perfil 1

Perfil 2
80
Abertura
% Descontinuidades

(mm) % 60
< 0,1 0
40
0,1- 0,25 0
0,25 - 20
0,5 0
0,50 - 0
2,5 0 Abertura(mm)
2,50 - 10 0
< 0,1 0,1- 0,25 0,25 - 0,5
> 10 0
0,50 - 2,5 2,50 - 10 > 10
10 - 100 72,73
10 - 100 100 - 1000 > 1000
100 -
1000 27,27
> 1000 0
Figura 14:Representação grafica da abertura das descontinuidasdes perpendiculares ao Perfil 2.
Preenchimento das descontinuidades

As descontinuidades quando abertas são normalmente preenchidas por ar, água, assim como
minerais diversos como quartzo, calcite e dolomite, ou materiais granulares, mais ou menos
argilosos, este preenchimento resulta ou da alteração da própria ou então resulta do transporte
de matéria da superfície do terreno assim como do maciço sobrejacente.(Adaptado de Rocha,
1981).As características principais do preenchimento que devem ser descritas são: natureza do
material, espessura, resistência ao corte e permeabilidade.

Parâmetro Descrição

Descrição mineralógica e tamanho do grão; se resultante


Natureza
da decomposição da rocha, indicar grau de alteração

Espessura Medição directa

Resistência ao corte Martelo de Schmidt

Grau de humidade; apenas descrição qualitativa da


Permeabilidade
permeabilidade

Quadro 5:Prenchimento das descontinuidades

Relativamente ao preenchimento, deve ser também observado o fluxo que circula


através das descontinuidades.

Classe Descontinuidades sem preenchimento Descontinuidades com preenchimento

Preenchimento muito consolidado e seco.


Fenda muito plana e fechada. Está seca e
I Não é possível ocorrência de fluxo de
não parece possível que circule água.
água

Fenda seca, sem evidência de fluxo de


II Preenchimento húmido mas sem água
água

Fenda seca mas com evidência de ter Preenchimento molhado, com gotejo
III
circulado água ocasional

Preenchimento que mostra sinais de


IV Fenda húmida mas sem água lavagem com fluxo de água contínuo
(estimar caudal em L/min e pressão)
Preenchimento localmente lavado, fluxo
Fenda muito húmida, ocasionalmente com
V considerável ao longo de canais
gotejo, mas sem fluxo contínuo
preferenciais (estimar caudal e pressão)

Fenda com fluxo contínuo de água Preenchimento completamente lavado,


VI
(estimar o caudal em L/min e pressão) pressões de água elevadas

Quadro 6:Fluxo de água nas descontinuidades (ISRM, 1978

As duas famílias de descontinuidades possuem circulação de fluidos, fluidos esses (Água do


Mar, maioritariamente) que estão sujeitos a acção da maré, alterando a classe de fluxo nas
descontinuidades, as descontinuidades então variam da classe II aquando a maré se encontra
baixa até à classe VI quanto a maré se encontra cheia.

Perfil 1
Aberturas (mm) Azimute (º) Preenchimento

40 157 Calhaus e areia

80 158 Calhaus e seixo miúdo

460 161 Calhaus

100 162 Calhaus pequenos

380 159 Calhaus e seixos

250 156 Calhaus e seixos

150 158 Calhaus e areia

310 155 Calhaus e seixos

40 134 Vazio

20 150 Vazio

250 154 Calhaus, seixos e areia

90 161 Vazio

280 161 Calhaus

50 159 Seixos e areia

320 160 Calhaus, seixos e areia


170 156 Areia

370 157 Areia e seixos

Quadro 7:Prenchimento das descontinuidades perpendiculares ao Perfil 1

Perfil 2 –
Aberturas (mm) Azimute (º) Preenchimento

90 57 Calhaus e areia

50 32 Calhaus e areia

80 56 Calhaus e areia fina

60 66 Calhaus, seixos e areia

120 53 Seixos, areia e argila

50 63 Calhau, seixos e areia

250 55 Calhaus e areia

170 66 Seixo e areia

70 81 Seixo e areia

40 84 Calhaus e areia

90 61 Calhaus e areia

Quadro 8:Prenchimento das descontinuidades perpendiculares ao perfil 2

Tamanho dos blocos

O comportamento do maciço rochoso vai ser condicionado pela dimensão dos blocos que o
constituem. O tamanho dos blocos esta condicionado pelo numero de famílias de
descontinuidades existentes no maciço, a sua orientação, espaçamento e continuidade. Tendo
isto em mente podemos classificar o maciço rochoso tendo em conta o tamanho dos blocos,sua
forma, orientação , espaçamento e sua continuidade.

O tamanho dos blocos pode ser avaliado utilizando a função da média dos espaçamentos
médios das duas famílias de descontinuidades a partir do parâmetro Ib- Índice de tamanho dos
blocos:
Índice de tamanho dos blocos

S1 + S 2
Ib =
2

Em que S1, S2 e são os espaçamentos médios de cada uma das famílias. Os valores obtidos
para o cálculo do parâmetro Ib foram os seguintes:

S1 1,25

S2 2,039

Ib 1,11

Em função do número total de descontinuidades que interceptam uma unidade de


volume do maciço rochoso. Neste estudo, o maciço rochoso apresenta duas famílias de
descontinuidades, tendo-se por isso:

 nº   nº 
Jv =   + 
 m  Fam.1  m  Fam.2

Em que (nº/m), número de fracturas por metro, é o inverso do espaçamento modal de cada
família de descontinuidades, e Jv é o parâmetro que representa o número total de
descontinuidades que interceptam uma unidade de volume do maciço rochoso.

A partir dos valores obtidos para o parâmetro Jv é possível a descrição do tamanho dos blocos
em função do número de descontinuidades.

Descrição Jv (desc./m3)

Blocos muito grandes < 1,0

Blocos grandes 1–3

Blocos de dimensão média 3 – 10

Blocos pequenos 10 – 30
Blocos muito pequenos > 30

Quadro 9:Tamanho dos Blocos em função do numero das descontinuidades

Os valores obtidos para o cálculo do parâmetro Jv foram os seguintes:


Família 1 0,813

Família 2 0,489

Jv (desc./m3) 3,632

Comparando o valor obtido para o parâmetro Jv com o quadro 11 conclui-se que o maciço
rochoso está compartimentado em blocos de dimensão média.

Intensidade de fracturação

A intensidade da fracturação pode ser calculada utilizando o índice índice RQD (Rock
Quality Designation). A maneira que utilizamos no trabalho foi estimar o índice Jv através de uma
correlação simples.

RQD = 115 – 3,3 Jv para Jv > 4,5

RQD = 100 para Jv ≤ 4,5

A classificação da qualidade do maciço rochoso segundo o índice RQD é feita do


seguinte modo:

Quadro 12

Classificação da qualidade do maciço rochoso segundo o índice RQD

RQD (%) Qualidade

< 25 Muito má
25 – 50 Má

50 – 75 Média

75 – 90 Boa

90 – 100 Muito boa

Quadro 10:Qualidade do maciço rochoso tendo em conta o índice RQD.

Através da correlação empírica referida anteriormente verifica-se que, para o valor do


parâmetro Jv obtido (3,632 desc./m3) o valor do índice RQD é 100%. Através do quadro 10
conclui-se que o maciço rochoso apresenta uma qualidade muito boa.

I. Grau de alteração

A avaliação do grau de alteração do maciço faz-se por observação directa do


afloramento (sendo por vezes necessário quebrar uma amostra de rocha para observar a
alteração da matriz) e comparação com os índices do seguinte quadro:

Quadro 13

Avaliação do grau de alteração do maciço rochoso

Classe Tipo Descrição

I Fresco Não se observam sinais de alteração.

Ligeiramente Descoloração indicando alteração da matriz rochosa e das superfícies de


II
alterado descontinuidade.

Moderadamente Menos de metade do maciço rochoso está decomposto e/ou transformado


III
alterado em solo.

Mais de metade do maciço rochoso está decomposto e/ou transformado em


IV Bastante alterado
solo.

Completamente Todo o maciço rochoso está decomposto e/ou transformado em solo.


V
alterado Conserva-se a estrutura original do maciço rochoso.
Todo o maciço rochoso se transformou em solo. Desapareceu a estrutura
VI Solo residual
original do maciço e o fabric do material.

Quadro 11:Avaliação do grau de alteração do maciço rochoso.

Relativamente ao grau de alteração do maciço rochoso em estudo conclui-se que este pertence
à classe III, pois encontra-se moderadamente alterado, isto é, menos de metade do maciço
rochoso está decomposto e/ou transformado em solo.

Determinação da resistência à compressão uniaxial

No local em estudo foram realizados uma série de ensaio com o martelo de Schmidt
aplicamos a metodologia que esta descrita no livro “Ingenieriá Geológica de Luis I González de
Vallejo, Editado por Pearson Educación,Madrid, 2002).

Valores do martelo de Schmidt


Realizaram-se 10 ensaios com o martelo de Schmidt nas camadas 2 e 10. Tendo-se obtido os
seguintes valores de ressalto:
Camada 2 Camada 10
Ressalto Ressalto
35 27
34 26
25 29
24 26
26 32
32 38
20 35
39 34
30 29
26 24

Obteve-se como média dos 5 valores mais altos 34 e 33,6 para as camadas 2 e 10
respectivamente. Para a camada 2 o martelo foi orientado na vertical de cima para baixo
enquanto que na camada 10 foi aplicado na horizontal.

Converteram-se os valores de ressalto através do Ábaco para estimar a resistência à


compressão uniaxial e determinar o parâmetro JCS (Joint Compressive Strength) de acordo com
o Modelo de Barton et all. Para tal teve-se em conta o peso volúmico do material ensaiado e a
orientação do martelo.
Como ambas as rochas ensaiadas eram calcários compactos e pouco alterados de
acordo com valores tabelados considerou-se uma densidade de 2,7 g/cm3 ou seja 26,5 kN/m3.¨

A B

Resistência à compressão uniaxial da camada 2 (A) e 10 (B).

Obteve-se um valor de resistência à compressão uniaxial muito semelhante em ambas as camadas cerca
de 60 ± 30 MPa .

Os valores lidos no martelo podem ser convertidos em estimativas de resistência à compressão uniaxial
através da expressão: log10(𝜎𝜎𝑐𝑐 ) = 0,00088𝛾𝛾𝛾𝛾 + 1,01

Sendo σc a resistência à compressão uniaxial, γ o peso volúmico da rocha e R o valor de ressalto do


martelo de Schmidt.

Sabendo que o peso volúmico do calcário é 26, 5 kN/m3 obtiveram-se os seguintes valores para um γ de
26,5:

R= 27,4 e σc= 44,56 MPa

Deste modo podemos observar que o valor obtido para a resistência à compressão uniaxial através da
expressão analítica é semelhante ao valor obtido através do ábaco.
De modo a saber qual a resistência à compressão uniaxial de uma rocha aflorante, sem recorrer ao uso
do martelo de Schmidt, podemos usar uma avaliação qualitativa do terreno de acordo com a
classificação sugerida pela BSI (Bieniawski Strength Index):

Resistência à compressão
Designação (BSI) Avaliação no terreno
uniaxial (Mpa)

Extremamente resistente > 200 Rocha muito resistente – mais de


um golpe de martelo necessário
Muito resistente 100 - 200 para partir amostra

Amostra pode ser partida com um


Resistente 50 - 100
golpe forte de martelo

Indentação com cerca de 5mm com


Moderadamente resistente 12,5 - 50
golpe forte da ponta de martelo

Demasiado resistente para talhar à


Moderada a baixa resistência 5,0 - 12,5
mão; fácil de partir com o martelo

Rochas desagregam-se com os


Baixa resistência 1,25 - 5,0
golpes do martelo

Pode ser partida com dificuldade


Muito baixa resistência 0,60 - 1,25
com as mãos

Concluiu-se no campo que as amostras das camadas 2 e 10 podiam ser partidas com um forte golpe do
martelo de geólogo. O que pela tabela corresponde a 50-100 MPa de resistência à compressão unixial
(valor próximo aos anteriores).

Podemos concluir que as camadas 2 e 10 são resistentes.

Instabilidade de Vertentes
De modo a se evitarem acidentes deve ser feita uma análise da instabilidade de
vertentes através do cálculo do seu factor de segurança e da definição das medidas de
estabilização a aplicar em caso de possíveis roturas.

Existem variados tipos de movimentos de vertente encontrando-se estes na tabela


XXX.

Tipos de movimentos de vertentes

Queda de blocos
Desmoronamentos
Desprendimentos
Abatimentos

Rotacionais

Escorregamentos Planares

Mistos

Fluência Creep

Identificação das zonas de Instabilidade:

As plantas promovem o desmoronamento de blocos rochosos no entanto sustentam os solos


prevenindo assim fenómenos de deslizamento. A zona em estudo apresenta-se com vegetação
abundante nas arribas preferencialmente nas camadas com maior alteração.

Foram identificados os seguintes tipos de movimento:

Conclusão

Foram identificadas duas famílias de descontinuidades, apresentando estas aberturas elevadas


a extremamente elevadas. São maioritariamente escalonadas lisas e escalonadas rugosas, têm
continuidade média a elevada e apresentam espaçamento médio entre 60 a 200 cm. O material
de preenchimento tem má calibragem (apresenta grande variação de granulométrica) varia
desde calhaus a fragmentos de rocha e calcite e é permeável. No geral o maciço rochoso é
moderadamente alterado apresentando duas famílias principais de descontinuidades ortogonais
entre si e outras aleatórias. Esta disposição origina blocos de grandes dimensões.

Tendo em conta os tipos de movimento de vertente a área em estudo é caracterizada pela


ocorrência de queda de blocos, despreendimentos, escorregamentos planares e possíveis
abatimentos.

Este tipo de fenómenos é condicionado por elementos característicos da erosão litoral tais como
a circulação de água entre as fracturas, as termoclastia, erosão meteorológica geral e fixação da
vegetação assim como de actividade antropogénica (construção de infrastruturas).

Como medidas de minimização é possível estabelecer um perímetro de segurança em torno das


áreas com maior perigosidade, utilizando para isso sinais que alertem para o perigo de
instabilidade do local e reter os maciço rochoso com o auxilio de redes metálicas, barreiras de
retenção ou outras infrastruturas que previnam a ocorrência de movimentos típicos da
instabilidade de vertentes.

Bibliografia

Ingenieriá Geológica de Luis I González de Vallejo, Editado por Pearson Educación,Madrid,


2002
INSTITUTO CARTOGRÁFICO DO EXÉRCITO – Carta Militar de Portugal à escala 1/2000, Folha
430-05 – Cascais.

JESUS, M. R. C. (1995) – Contaminação em aquíferos carbonatados na região de Lisboa-Sintra-


Cascais. Dissertação apresentada à Universidade de Lisboa para obtenção do grau de
Mestre em Geologia Económica e Aplicada, Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa, 137pp.

RAMALHO, M. M., REY, J., ZBYSZEWSKI, G. et al (2001) – Carta Geológica de Portugal na escala
1:50000. Folha 34-C – Cascais. Notícia Explicativa. Serviços Geológicos de Portugal.

ROCHA, M. (1981) – Mecânica das Rochas. Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Lisboa.

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