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Luís Vaz de Camões

Biografia

Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta e soldado português, considerado o maior escritor do
período do Classicismo. Filho de Simão Vaz e Ana de Sá, Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa por
volta de 1524. Provavelmente teve uma boa e sólida educação, na qual aprendeu sobre história,
línguas e literatura. É apontado como um dos maiores representantes da literatura mundial. Autor
do poema épico “Os Lusíadas”, revelou grande sensibilidade para escrever sobre os dramas
humanos, sejam amorosos ou existenciais. Pouco se sabe sua vida, portanto, o local e os anos de
nascimento e morte ainda são incertos.

Estudos indicam que ele era indisciplinado e que supostamente teria ido à Coimbra para estudar.
No entanto, não há registos de que ele tenha sido aluno da Universidade.

Ainda jovem, interessou-se pela literatura iniciando sua carreira literária como um poeta lírico na
corte de Dom João III. Muitos historiadores dizem que nesse período Camões teve uma vida muito
boêmia. Na altura, também passou por uma desilusão amorosa, momento em que decidiu tornar-
se um soldado.

Assim, ingressou no Exército da Coroa Portuguesa em 1547 e, no mesmo ano, embarcou como
soldado para a África. Foi ali que Camões perdeu o olho direito.

Em 1552, ele volta a Lisboa e continua com sua vida boêmia e de promiscuidade. No ano seguinte,
embarca para as Índias, onde participa de várias expedições militares.

Estudos apontam que ele foi preso tanto em Portugal, quando no Oriente. Foi durante uma de suas
prisões que ele escreveu sua obra mais conhecida: Os Lusíadas.

Quando retornou a Portugal, resolveu publicar sua obra. No momento, recebeu uma pequena
quantia em dinheiro do Rei Dom Sebastião. Muitas vezes incompreendido pela sociedade, Camões
se queixou pelo pouco reconhecimento que teve em vida. Foi somente após sua morte que sua
obra passou a ser foco das atenções.

Hoje, ele é considerado um dos maiores escritores de língua portuguesa e ainda, um dos maiores
representantes da literatura mundial. Seu nome é conhecido em todo o mundo e é usado em
diversas praças, avenidas, ruas e instituições.
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Luís Vaz de Camões

Características e obras de Camões

Camões escreveu poesias, epopeias e obras de dramaturgia. Foi assim que tornou-se um poeta
múltiplo, sofisticado e ao mesmo tempo, popular.
Decerto que ele possuía grande habilidade poética, na qual soube explorar com muita criatividade
as mais diferentes formas de composição.
Foi um dos maiores poetas do Renascimento, mas às vezes se inspirou em canções ou trovas
populares escrevendo poesias que lembram várias canções medievais.
Seus versos revelam que estudou os clássicos da Antiguidade e os humanistas italianos.
Suas obras de maior destaque são:

El-Rei Seleuco (1545), peça de teatro;


Filodemo (1556), comédia de moralidade;
Os Lusíadas (1572), grande poema épico;
Anfitriões (1587), comédia escrita em forma de auto;
Rimas (1595), coletânea de sua obra lírica;

Os Lusíadas: a grande obra de Luís de Camões


A poesia épica “Os Lusíadas”, publicada em 1572, celebra os feitos marítimos e guerreiros de
Portugal. Destacam-se as conquistas ultramarinas, as viagens por mares desconhecidos, a
descoberta de novas terras, o encontro com povos e costumes diferentes.
Tomando como assunto central a viagem de Vasco da Gama às Índias, Camões fez do navegador
uma espécie de símbolo da coletividade lusitana. Ele exaltou a glória das novas conquistas e as
proezas dos navegadores portugueses.
Isso permitiu comparar os feitos dos portugueses com as façanhas dos lendários heróis dos
poemas de Homero (Odisseia e Ilíada) e de Virgílio (Eneida).
Camões usou os modelos clássicos para cantar os acontecimentos do seu tempo, que ao contrário
dos antigos, eram reais e não fictícios. Camões faz algumas entidades mitológicas participarem da
ação.
Assim, coube a Vênus o papel de protetora dos portugueses. Ela os defende do deus Baco que
quer destruir a frota de Vasco da Gama.
No final do poema, os navegantes são levados à ilha dos Amores, onde são recompensados de
seus esforços por sedutoras ninfas.

Curiosidade
Camões sofreu um naufrágio na costa do Vietnã e diz a lenda que ele nadou salvando o manuscrito
de Os Lusíadas na mão.
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Poesias de Camões

A maior parte da poesia lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas (estrofes com
versos de cinco ou sete sílabas), tal como o soneto mais conhecido de amor: "Amor é fogo que
arde sem se ver!

Amor é fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor


Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

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