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 Soneto de Fidelidade (1946), de Vinicius de Moraes


Um dos mais famosos poema de amor da literatura brasileira é o queridinho de
muitos apaixonados ao longo de gerações. Escrito pelo poetinha Vinicius de Moraes,
ao contrário do habitual na lírica amorosa, aqui o eu-lírico não promete amor eterno
nem garante que permanecerá apaixonado até o fim dos seus dias.

Antes, o sujeito poético promete amar em absoluto, na sua plenitude e com todas as


suas forças enquanto o afeto durar. Ao longo dos versos ele garante a entrega (mas
não necessariamente a longevidade da relação). Ao comparar o seu amor ao fogo, o
eu-lírico reconhece que o sentimento é perecível e que, assim como a chama, se
apagará com o tempo.

Mas o fato de ser uma ligação provisória não retira a beleza do sentimento, antes pelo
contrário: por ser efêmero é que o sujeito poético proclama a necessidade de ser
intenso e aproveitar cada momento.

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