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ESCRITÓRIO

DE ESTRUTURAS
NO EBERICK

ENG. PEDRO SANT’ANNA


(22) 9 9898 6094

ESCRITÓRIO DE ESTRUTURAS NO EBERICK


https://www.acad.eng.br/cursos/escritorio-de-estruturas-no-eberick/
ANCORAGEM DOS PILARES NAS VIGAS DE TRANSIÇÃO

Nesse projeto eu adotei as vigas e lajes com 30Mpa, mas os pilares eu


mantive com 25Mpa.
O comprimento de ancoragem da barra de 16mm do pilar dentro da viga
de transição de 30Mpa vai ser de 34fi = 54cm. A altura disponível pra ancorar é
de 57cm (altura da viga - cobrimento). Ou seja, a altura disponível é suficiente.
Por que então o programa tá dizendo que não? (Aviso 13).
O Eberick verifica o comprimento de ancoragem necessário para o
arranque do pilar pegando o fck do próprio pilar... Ele tá fazendo o cálculo com
fck25.
Ou seja, nesse caso, foi um alarme falso.
Qual o PERIGO?
Se você tivesse um pilar de 30Mpa nascendo em uma viga de 25Mpa, o
Eberick iria calcular um comprimento de ancoragem menor (usando fck30) do
que o real (usando fck25).
Daí ele poderia dizer que certa viga consegue ancorar a armadura do pilar
de transição quando talvez ela não possa.
VERIFICAÇÃO IMPORTANTE EM VIGAS DE TRANSIÇÃO

Repare nessa viga de 14cm. O negativo foi detalhado com barras de


12.5mm (2 por camada). Tem um pilar nascendo nela com barras de 16mm. Me
responda, qual é o espaço que sobra entre as barras de 12.5 do negativo para
alojar o arranque do pilar?
14(largura da viga) - 2x3(cobrimento) - 2x0,8 (bitola do estribo) - 2x1,25
(bitola da armadura) = 3,9cm.
Nesse espaço teria que caber duas barras de 16mm. Para isso basta um
espaço de 3,2cm.
Mas veja que restariam 0,7cm entre as barras do pilar, o que não é
suficiente para passar o concreto.
A rigor, uma regrinha boa seria só fazer vigas de transição com 14cm de
largura se a bitola da armadura da viga e do pilar forem de 10mm. (Supondo
cobrimento de 3cm e estribo com bitola de 5mm).
Assim nós teríamos ao menos 3cm entre as barras.
Em último caso poderia forçar bitola de 12.5mm.
Mas o ideal já seria partir para uma viga mais larga como 19cm.
O ERRO MAIS COMUM EM FORMAS DE ESCADAS
Na planta de formas colocamos as medidas "vistas de cima", mas as
formas são montadas na face inferior. Isso gera uma dificuldade para o
carpinteiro ao fazer a montagem das formas na ligação dos lances aos
patamares, seja de escadas ou rampas.

No corte da escada nós vemos que a cota por cima era 1,30 - exatamente
igual está na planta de forma. Mas a cota correta para o carpinteiro usar seria de
97,8cm (que eu tive que acrescentar manualmente porque não vem
automaticamente no programa).

É importante incluir essa cota no corte da escada para facilitar a vida do


carpinteiro ao invés de deixá-lo se virar pra descobrir essa medida, ou,
eventualmente, fazer errado.
FLECHA APÓS A ALVENARIA
Na verificação da flecha após a alvenaria, o Eberick pega a flecha máxima
na laje e compara com os valores limites. O mais adequado seria pegar a flecha
na projeção das paredes.
Veja como na imagem abaixo a flecha máxima da ocorreu no meio do vão.

Mas a alvenaria dessa laje está no canto, próximo aos pilares, numa
região com bem menos deslocamentos. O correto nesse caso é avaliar os
deslocamentos na grelha na região imediatamente abaixo das paredes e fazer
uma conferência manual.
ESFORÇOS FANTASMAS EM ESCADAS
Na visualização e momentos negativos de dimensionamento, para o lance
superior, o maior momento negativo na ligação com o patamar foi de 3,08KN.m.

Mas mudando o visualizador para o de "esforços elásticos" percebe-se


que há um momento negativo bem maior (-6,38KN.m/m) na barra do contorno
da escada, o qual não era visível no visualizador com os esforços finais de
dimensionamento.
No dimensionamento o momento que foi utilizado foi o de 3,08KN.m/m. O
outro de 6,38KN.m/m não apareceu no cálculo, mas deveria ter aparecido.

Curiosamente o cortante máximo da escada apareceu na barra do


contorno e este foi utilizado na verificação do relatório. Só a flexão que parece
estar sumindo.

Essa barra do contorno da escada é simulada com uma rigidez bem baixa.
Na maioria delas o esforço realmente vai ser zero. Mas há situações, como em
escadas formando quinas, em que há tendência de surgir pico de esforço na
região de mudança de direção. Nesses casos é importante abrir o visualizador
de esforços elásticos para ver se o programa não está ignorando algum esforço
importante.
MOSTRAR DUAS ARQUITETURAS AO MESMO TEMPO NO
EBERICK
Dentro do Eberick é possível visualizar a arquitetura de dois os mais níveis
simultaneamente. Isso ajuda a localizar os pontos onde é possível encaixar os
pilares sem transição entre os pavimentos.
Para isso:
1) Marque a opção personalizado.
2) Clique no botão de "pavimentos personalizados.
3) Selecione os pavimentos a serem visualizados.
SIMULAR AÇÃO DO EMPUXO NA ESTRUTURA
A forma convencional de *substituir a ação do empuxo por sua resultante*
fornece bons resultados para elementos em balanço. As reações de apoio e os
esforços máximos para dimensionamento ficam exatamente iguais.

No entanto, quando se trata de arrimo solidário à estrutura, esse


procedimento começa a apresentar um pouco de dispersão nos resultados, mas
a favor da segurança.
Uma forma de melhorar a simulação da transferência do empuxo para a
estrutura é discretizar o empuxo através de duas resultantes, uma referente ao
empuxo da metade de cima do pilar e outra referente ao empuxo da metade
debaixo.
ESCORAMENTO DE VIGAS APOIADAS POR TIRANTES

No exemplo da imagem, a V210 é apoiada pelo tirante P10.


Se as escoras de V210 forem retiradas antes da execução de V310, não
haverá nada segurando o tirante P10 e V210 vai se comportar como um balanço
enorme (!) com esforços para os quais ela não foi calculada para resistir.
O correto é só tirar as escoras de V210 depois que V310 tenha atingido
sua resistência de projeto.
Quais escoras tirar primeiro, as da V210 ou da V310?
A minha ideia é tirar as escoras da viga debaixo primeiro. Daí ela vai
solicitar P10 e este vai solicitar a viga inclinada. Por isso que é importante que
estes elementos já tenham atingido sua resistência de projeto.
A medida que for tirando as escoras de V210 e esta for deformando as
escoras da viga inclinada que se apoiam na própria V210 vão começar a "folgar".
Se tirar as escoras de cima primeiro, P10 vai ficar comprimido. Quando
as escoras debaixo forem retiradas, o esforço em P10 vai inverter para tração.
VIGA OBLÍQUA A PILAR
Para ligações oblíquas entre viga e pilar precisamos verificar
manualmente qual é o comprimento de ancoragem disponível dentro do apoio
na direção da armadura.

A linha azul representa o eixo da armadura.


A linha em amarelo representa um offset de 3cm em relação à face do
pilar e representa o cobrimento. A barra da nossa armadura não pode ultrapassar
esse limite.
O comprimento reto disponível para ancoragem foi de 15,6cm.
O programa havia considerado que o comprimento disponível para
ancoragem é de 37cm.

Como foi o detalhamento automático.


Após a correção foi necessário colocar um gancho na ponta da barra e
acrescentar um grampo.
ÁREA DE FORMA EM VIGAS BALDRAME
Nas vigas baldrame não se usa forma no fundo, mas o Eberick considera
essa parcela no cálculo da área de forma como se fosse uma viga "aérea"
normal.
E a diferença é considerável! Em um baldrame de 14x30 cerca de 20% é
área de fundo.
É importante fazer esse desconto na área das formas, especialmente em
obras públicas ou para construtoras maiores onde os quantitativos são utilizados
para contratação dos serviços.
O empreiteiro vai dar o preço dele por m² em cima da área de forma em
projeto. Quando o cliente notar que pagou mais m² do que foram executados ele
vai ficar na bronca com você.

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