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Autor:
Luiz Claudio Santos, Miguel
Gerônimo Netto
08 de Setembro de 2022
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 2
Senado Federal (Cargos de Consultor Legislativo) Processo Legislativo Constitucional - 2022 (Pós-Edital)
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Aula 01
Das Atribuições do Congresso Nacional, da Câmara e do Senado .. Erro! Indicador não definido.
APRESENTAÇÃO
Olá aluno(a), é uma alegria rever você novamente!
Em conformidade como o cronograma do curso, nesta aula 1, você aprenderá com muita
segurança e eficiência sobre as atribuições do Congresso Nacional e de suas Casas, convocação
de Ministro de Estado e pedidos de informações a essa autoridade e, finalmente, Deputados e
Senadores e o denominado Estatuto dos Congressistas.
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Legenda:
1 – 14 ou mais questões;
2 – de 9 a 13 questões;
3 – de 5 a 8 questões;
4 – de 3 a 4 questões;
5 – até 2 questões.
III5 - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; (em nenhuma questão, mas houve 4
questões sobre o assunto com base no art. 61, § 1º, I)
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XIV5 - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. (em
2 questões)
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XIII3 - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; (em 8 questões)
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Aula 01
Existe uma diferença gritante entre as competências do Congresso Nacional para legislar sobre
todas as matérias de competência da União (art. 48) e as atribuições exclusivas do Congresso (art.
49):
Agora, você poderia falar: professores, é muita coisa para memorizar! Não existem macetes? Sim,
existem, e alguns podem aumentar sua eficiência na resolução de questões na prova!
1º. Priorize a memorização das atribuições exclusivas do CN. Conforme pesquisa em quase mil
questões sobre o Poder Legislativo aplicadas por diferentes bancas no período de 2015 a
março de 2022, verificamos que para cada três citações de atribuição do art. 49 havia
apenas uma de atribuição do art. 48 (Proporção 3:1), ou seja, as bancas demonstram
preferência em cobrar atribuições exclusivas do CN.
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2º. Por ser novidade acrescentada pela EC nº 109/2021, observe com atenção a competência
exclusiva do Congresso Nacional de decretar o estado de calamidade pública de âmbito
nacional. Curiosamente, o exercício dessa competência exclusiva do CN se realiza a partir
de iniciativa privativa do Presidente da República (CF, art. 167-B).
3º. Memorize primeiramente as atribuições mais cobradas nos últimos concursos realizados
no período 2015 a março de 2022, muitas dessas questões constam na lista de questões
desta aula. Incisos com prioridade 1 para aprendizagem: Art. 49, I e IV. Incisos com
prioridade 2: Art. 49, V, IX, XII e XV. Incisos com prioridade 3: Art. 48, I e VIII; e Art. 49, III,
VI e XIII. Assim, a lista fica reduzida a quase um terço (11 atribuições apenas das 32
existentes), e as que constaram em pelo menos 9 questões (6 atribuições) equivalem a
menos de um quinto da lista completa. Passo seguinte, estude as atribuições de prioridade
4 e, depois, as de prioridade 5.
4º. Avance na memorização dessas listas dos artigos 48 e 49 estudando-as em conjunto com
as competências privativas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Essa técnica
é essencial, pois as bancas costumam misturar atribuições do CN com competências
privativas de suas Casas, em especial as do SF.
5º. Ao estudar essas listas de atribuições do CN, considere, ainda, que as hipóteses do artigo
48 são reguladas por lei, portanto, têm maior abrangência e importância e são bem
parecidas com aquelas competências que encontramos nos artigos 22 e 24 da CF/88
(competências da União). As atribuições do artigo 49 referem-se mais a “autorizar
(autorização)”, “fiscalizar (fiscalização)” e “aprovar (aprovação)”. Estão muito ligadas com
a relação Executivo Legislativo.
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V3 - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. (em 7
questões)
Da mesma maneira, em regra, não serão remetidas à sanção ou veto as matérias de competência
privativa da Câmara dos Deputados por serem disciplinadas por Resoluções (e não por leis). Então,
cabe ao presidente da Câmara dos Deputados promulgar essas resoluções.
A única exceção diz respeito à iniciativa de lei para fixação da remuneração referente aos cargos,
empregos e funções de seus serviços (CF, art. 51, IV, in fine). Nesse caso, após a aprovação do
projeto separadamente em cada Casa, a matéria seguirá ao Presidente da República, que poderá
sancionar ou vetar o projeto de lei de iniciativa da Câmara.
Como são poucas as hipóteses, recomendamos que saiba todas na ponta da língua; entretanto,
alguns dispositivos merecem atenção muito especial:
Art. 51, I. Foi cobrado em 24 questões no período 2015 a março de 2022. Existem 2
detalhes que você tem que levar para a prova:
O entendimento do STF é que a Câmara tem que autorizar por 2/3 de seus membros a
instauração de processo contra o Presidente e Vice-Presidente da República, exercendo
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III3 - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
(em 7 questões)
c) Governador de Território;
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e) Procurador-Geral da República;
IV3 - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a
escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; (em 5 questões)
VII5 - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo
e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas
autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; (em 2 questões)
XI3 - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; (em 5 questões)
XIV3 - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. (em 7
questões)
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Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente
o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será
proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das
demais sanções judiciais cabíveis. (em 1 questão)
Assim, como na Câmara dos Deputados, as competências privativas do Senado Federal serão
exercidas, em regra, por meio de Resolução, que não será encaminhada à sanção ou veto (art. 52,
caput).
Da mesma forma que ocorreu em relação à Câmara dos Deputados, a Emenda Constitucional
19/1998 modificou a competência do Senado para fixar a remuneração de seus servidores.
Atualmente, o Senado tem apenas a iniciativa privativa para propor projeto de lei para fixar a
remuneração dos servidores (obrigatoriamente por lei e não mais por Resolução). Portanto, a
remuneração dos cargos, empregos e funções dos serviços do Senado somente poderá ser
aumentada se o Senado apresentar o projeto de lei respectivo, ambas as Casas do Congresso
Nacional aprová-lo e, ainda, o Presidente da República sancioná-lo. Nesse caso, haverá uma lei a
ser promulgada e publicada para fixar a remuneração dos servidores do Senado.
Art. 52, I e II. Esses incisos estão classificados nas prioridades 1 e 2, respectivamente. O
Senado Federal poderá julgar as autoridades elencadas nos incisos I e II do artigo 52 da
CF/88 (função atípica de julgar). Nessa hipótese, denominada de impeachment, o Senado
atuará como tribunal político, sob a Presidência do Presidente do STF (CF, art. 52,
parágrafo único). Lembre que só será necessária a autorização da Câmara para processar
e julgar (nos crimes comum ou de responsabilidade), o Presidente, o Vice-Presidente e, se
o crime for conexo, também os Ministros de Estado. Porém, conforme entendimento
doutrinário e jurisprudencial, a autorização da Câmara não obriga o Senado a julgar a
autoridade. Cabe ao Senado Federal três decisões: 1) decidir, por maioria simples, se
instaurará ou não o processo, 2) decidir, por maioria simples, pela procedência ou não da
acusação, e 3) decidir, por dois terços dos seus membros, pela condenação da autoridade.
Em todos os casos, o Senado poderá condenar o acusado pelo voto de 2/3 dos seus
membros. A renúncia ao cargo, durante a sessão de julgamento, quando já iniciado este,
não paralisa o processo de impeachment (MS 21.689/DF, rel. Min, Carlos Velloso,
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Como você pode perceber, os incisos XII, XIII e XIV do artigo 52 (Senado) são praticamente
idênticos aos incisos III, IV e V do artigo 51 (Câmara). Além disso, há relação entre o disposto nos
incisos I de ambos artigos. Preparamos a seguir esquema comparativo para que fique mais fácil
para você memorizar essas competências, mas saiba que, nas questões de 2015 a março de 2022,
duas dessas competências similares praticamente não receberam atenção das bancas, pois
constaram em pouquíssimas questões, sendo classificadas na prioridade e 5: tanto as da CD (III e
IV) quanto as do SF (XII e XIII). A competência privativa de cada uma das Casas de eleger membros
do Conselho da República foi cobrada em sete questões de prova no citado período.
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Autoridades
Você deve lembrar que o Congresso Nacional detém competência exclusiva para
escolher dois terços dos membros do TCU, ok?
Nas questões de 2015 a março de 2022 pesquisadas, as bancas cobraram 85 vezes atribuições do
Senado Federal. Como já falamos para você, as bancas misturam atribuições do Congresso
Nacional com atribuições do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados na mesma questão.
Então, considerando as questões desse período, as recomendações são as seguintes para
otimização da aprendizagem:
1º. Memorize primeiramente a atribuição mais cobrada nos últimos concursos realizados
(2015 a março de 2022): Art. 52, I.
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O artigo 50 da CF/88 traz uma das competências típicas do Poder Legislativo: fiscalizar a
administração pública. Para melhor entendimento desse dispositivo, divida-o em 3 partes:
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São legitimados para convocar: (i) Câmara dos Deputados; (ii) Senado Federal; ou (iii)
qualquer de suas Comissões.
As autoridades, caso sejam convocadas, têm que prestar pessoalmente informações
acerca de assuntos previamente determinados;
Estará configurado crime de responsabilidade a ausência sem justificativa adequada.
2º. Comparecimento espontâneo de Ministros (CF, art. 50, § 1º):
Poderão comparecer voluntariamente: (i) à Câmara dos Deputados; (ii) ao Senado Federal;
ou (iii) a qualquer de suas Comissões.
O comparecimento será por iniciativa do Ministro em entendimento com a Mesa
respectiva (independentemente de convite ou requerimento de convocação).
O Ministro fará a exposição, apenas, de assuntos de seu Ministério.
3º. Pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou autoridades diretamente
subordinadas à Presidência da República (CF, art. 50, § 2º):
São legitimadas para enviar pedido escrito de informações: as Mesas (i) da Câmara dos
Deputados; ou (ii) do Senado Federal (não é possível que os congressistas ou as Comissões
façam esse pedido escrito diretamente).
Estará configurado crime de responsabilidade: (i) a recusa; (ii) o não atendimento em 30
dias; ou (iii) prestar informações falsas.
O art. 58 da CF/88 enfatiza a competência das Comissões do Congresso Nacional para convocar
Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições. Mas,
como visto no art. 50, as Casas do Congresso Nacional e suas Comissões poderão convocar
ministros de Estado e também autoridades diretamente subordinadas à Presidência da República.
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A doutrina costuma dividir o estudo do estatuto dos congressistas em 3 partes: (i) imunidades
parlamentares; (ii) prerrogativas parlamentares; e (iii) incompatibilidades.
As prerrogativas parlamentares não podem ser vistas como um privilégio pessoal, mas sim como
uma garantia da independência do próprio Parlamento e da sua existência. É o instituto que
resguarda os parlamentares da ingerência dos outros Poderes da República e garante que a função
parlamentar seja exercida livremente, com independência.
Por isso, não é permitido que qualquer parlamentar abra mão de quaisquer das prerrogativas e
imunidades, elas são irrenunciáveis! Por isso, o ato que intente esse tipo de renúncia não surtirá
efeito jurídico.
Conforme leciona Uadi Lammêgo Bulos em seu Curso de Direito Constitucional (2021, p. 1126),
“As imunidades parlamentares originaram-se na Inglaterra, no século XVII, para permitir aos
políticos discursar sem o arbítrio monárquico.”
As imunidades podem ser divididas em duas espécies diferentes: (a) imunidade material; e (b)
imunidade formal.
a) Imunidade material
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CF/88
Dessa forma, o parlamentar é inviolável, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos proferidos em razão das suas funções parlamentares ou delas decorrentes, no
exercício do mandato eletivo. Assim, há doutrinadores que consideram que a Constituição Federal
protege o congressista contra a responsabilização penal, civil, administrativa (disciplinar) e política
por essas manifestações. Lenza (2022, p. 600) comenta tratar-se de “irresponsabilidade geral”.
A imunidade material é permanente e de ordem pública (não pode ser renunciada). É afastado
qualquer tipo de crime contra a honra (como a calúnia, difamação e injúria) e é repelida a
possibilidade de obrigação de reparação de dano civil, inclusive após o fim do mandato. Essa
imunidade descaracteriza o tipo penal e, por isso, o parlamentar não pode ser condenado.
Opiniões, palavras e votos de Deputados e Senadores devem possuir nexo de causalidade com
atividade parlamentar. Veja, o parlamentar estará protegido por imunidade material sempre que
essas manifestações tenham relação com o desempenho do mandato ou sejam proferidas em
decorrência dele, mesmo que esteja fora das dependências do Congresso Nacional. Se as
manifestações forem proferidas no recinto da Casa legislativa, o STF já julgou que há uma
presunção absoluta de que existe uma pertinência com a atividade parlamentar (PET 3.686/DF,
rel. Min. Celso de Mello, 28.08.2006).
Então, não cabe questionar o teor dos pronunciamentos no interior do Congresso Nacional
(presunção absoluta de pertinência); independente do que o parlamentar falar, ele sempre estará
protegido pela imunidade material (inviolabilidade material). Agora, se o pronunciamento do
congressista for realizado fora do ambiente do Congresso Nacional, deverá ser averiguado se há
conexão com o exercício do mandato ou da atividade parlamentar. (Paulo e Alexandrino, Direito
Constitucional Descomplicado, 2022, p. 479; e Paulo Branco, Curso de Direito Constitucional,
2022, p. 1089).
Para que você visualize melhor, apresentaremos exemplo hipotético: o Senador F, que é
radicalmente contra a cota para negros no serviço público, faz um discurso no plenário de cunho
racista e preconceituoso contra o projeto de regula a matéria. Mesmo em casos extremos como
esse, o parlamentar é resguardado penal, civil, disciplinar ou politicamente pelas suas opiniões,
palavras e votos. Por outro lado, caso se dirija a uma criança que, num parque público, tenha
acabado de empurrar sua filha, e diga em desfavor do pequenino palavras que exprimam seu
racismo e preconceito, estará sujeito às sanções decorrentes do crime de racismo, pois, nesse
caso, agiu como cidadão comum, sem qualquer relação com o exercício do mandato parlamentar,
e, portanto, estará sujeito ao direito comum.
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Controle Político
Na esfera política, como o parlamentar não poderá ser destituído pelos eleitores ou pelo partido
que o elegeu em decorrência de suas opiniões, palavras e votos, a única alternativa para tentar
minimizar os abusos e excessos é a própria Casa coibi-los com a representação por quebra de
decoro parlamentar e outros instrumentos regimentais. Por exemplo, de acordo com o Código de
Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, são procedimentos incompatíveis com o decoro
parlamentar, puníveis com a perda do mandato: 1) abusar das prerrogativas constitucionais
asseguradas aos membros do Congresso Nacional; 2) a percepção de vantagens indevidas, tais
como doações, ressalvados brindes sem valor econômico; e 3) a prática de irregularidades graves
no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes (RISF, art. 32, § 1º; e Resolução nº 20,
de 1993, arts. 5º e 11, II).
Vale registrar que a imunidade material (ou inviolabilidade material) protege apenas aquele que
estiver no exercício do mandado. O titular ou o suplente que não estejam desempenhando as
funções parlamentares (por exemplo, parlamentar licenciado para exercer o cargo de ministro de
Estado ou suplente aguardando ser convocado) não estão protegidos por essas prerrogativas.
Cabe acrescentar, ainda, que a reprodução jornalística integral ou em síntese fiel das opiniões,
palavras e votos proferidos por congressista está também resguardada de responsabilização.
Queremos ainda destacar que a imunidade material não protege o parlamentar de manifestações
político-eleitorais, como, por exemplo, ofensa a adversário político em campanha eleitoral.
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b) Imunidade formal
A imunidade formal (também denominada imunidade processual) está prevista no artigo 53, §§ 2º
a 5º, da Constituição Federal:
CF/88
............................................................................................................................. ..........
Atenção com esse tema. Pois, desde a famosa ação penal 470 do “mensalão”, vários
parlamentares foram presos nos últimos anos em decorrência de condenação penal transitada em
julgado, e o STF mudou seu entendimento em alguns aspectos. Por conta disso, esse tema está
em evidência e tem grande possibilidade de aparecer no dia da sua prova, ok?
A imunidade formal protege o parlamentar: (i) contra a prisão a partir da diplomação pela Justiça
Eleitoral (antes mesmo de o parlamentar tomar posse); e (ii) abre a possibilidade de a Casa
Legislativa sustar a tramitação da ação penal em curso por crime cometido após a diplomação e
no exercício do mandato e relacionado à atividade parlamentar.
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República ou em razão de perseguições políticas. Portanto, a fim de evitar esses desvios, a CF/88
prevê a imunidade formal, que traz dois privilégios processuais claros:
Desde a expedição do diploma pela justiça eleitoral, em regra, o parlamentar não poderá
sofrer restrição em sua liberdade, sendo incabível inclusive a prisão civil por dívidas
(inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e depositário infiel).
Entretanto, existem 2 exceções em que o parlamentar poderá ser preso:
i. No caso de prisão em flagrante de crime inafiançável, o parlamentar poderá ser
preso, mas, mesmo nesse caso, a manutenção da prisão dependerá de autorização
da Casa Legislativa. Nessa hipótese, os autos deverão ser remetidos em 24 horas à
Casa respectiva para que, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros e voto
aberto, decida se o parlamentar permanecerá ou não preso (CF, art. 53). Veja que
estamos diante de uma avaliação política sobre a prisão. Essa primeira exceção é a
única prevista na Constituição Federal, então, atenção para questões que cobrem
apenas a literalidade do texto, pois estarão corretas se reproduzirem exatamente o
texto da Constituição Federal em questão cujo comando exija análise com base na
Constituição Federal.
2º. Possibilidade de a Casa legislativa respectiva sustar o andamento da ação penal (CF, art. 53,
§§ 3º a 5º).
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Para que seja sustada a ação penal, é necessária a provocação de um partido político com
representação na respectiva Casa. Esse partido terá que fazer um pedido de sustação da
ação penal à Mesa da respectiva Casa (a Mesa não pode fazer nada de ofício. Para atuar,
depende da provocação de partido político). Veja que esse pedido poderá ser feito a
qualquer hora até a decisão final do STF (não há prazo para o pedido de sustação).
Recebido o pedido de sustação pela Mesa Diretora, a respectiva Casa terá o prazo
improrrogável de 45 dias para apreciar o pedido, pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros em votação aberta.
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Jurisprudência
Por fim, após discorrer sobre as imunidades parlamentares e todas as suas características, trago
para você uma última informação quanto à subsistência das imunidades durante o estado de sítio.
Vou explicar, o artigo 53, § 8º, da CF, que diz:
CF/88
Art. 53.
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O estado de sítio é uma situação excepcionalíssima que poderá ser decretada em caso de, por
exemplo, comoção grave de repercussão nacional ou estado de guerra.
Em regra, as imunidades dos parlamentares serão mantidas durante o tempo que perdurar o
estado de sítio.
Excepcionalmente, elas poderão ser suspensas apenas para os atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional e incompatíveis com a medida. Essa suspensão deve ser aprovada por 2/3 dos
membros da Casa.
Assim, a imunidade dos parlamentares no interior do Congresso Nacional é absoluta e não pode
ser diminuída ou mitigada nem na hipótese de estado de sítio.
A Constituição Federal trouxe 3 prerrogativas para resguardar atuação dos parlamentares: (a)
prerrogativa de foro – CF, art. 53, § 1º; (b) sigilo da fonte – CF, art. 53, § 6º; (c) incorporação às
forças armadas – CF, art. 53, § 7º.
CF/88
Art. 53.
[...]
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[...]
a) Prerrogativa de foro
Em harmonia com esse entendimento, a CF/88 determina que compete ao STF processar e julgar
os membros do Congresso Nacional nas infrações penais comuns (CF, art. 102, I, “b”).
A prerrogativa de foro é restrita às ações de natureza penal (crimes comuns) e, por isso, não
contempla ações de natureza cível. Em 2018, o STF restringiu o alcance dessa prerrogativa, de
modo que não mais nem todos os crimes comuns de Deputados e Senadores serão julgados
perante o STF, mas apenas aqueles praticados durante o exercício do mandato e relacionados às
funções parlamentares.
“(i) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e
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Pois bem, visto o alcance do foro privilegiado, vamos falar um pouco mais de suas características:
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(FGV – Juiz Estadual – TJ PR/2021) Francisco, que tomou posse como Deputado Federal, a fim de
exercer livremente o seu mandato como representante do povo, consultou advogado para se
informar das prerrogativas e imunidades às quais faria jus, em razão do exercício do cargo para o
qual foi eleito.
Sobre o tema, é correto afirmar que a prerrogativa de foro de Francisco se limita aos crimes
cometidos no exercício do cargo e em razão dele, e a jurisdição do Supremo Tribunal Federal se
perpetua caso tenha havido o encerramento da instrução processual antes da extinção do
mandato;
Comentários:
A afirmativa está em conformidade com a jurisprudência do STF firmada na AP 937, relator Min.
Roberto Barroso (Decisão em 03.05.2018), segundo a qual “(i) O foro por prerrogativa de função
aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções
desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de
intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o
cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo”. Gabarito: Certo.
DESMEMBRAMENTO DO PROCESSO
Agora, surge a seguinte dúvida: se um cidadão comum praticar um crime em coautoria com um
parlamentar, quem será competente para o julgamento?
O STF considera que a regra é o desmembramento do processo, para que apenas permaneçam
sob condição de julgamento perante o STF as autoridades com prerrogativa de foro. Assim,
passou a ser excepcional a manutenção de foro perante o STF de pessoas sem tal prerrogativa.
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Todavia, sendo aprovada a sustação da ação penal pela Casa a que pertencer o parlamentar, o
processo deverá ser separado com vistas a que o réu não parlamentar seja julgado pela justiça
comum. Nesse caso, o desmembramento será motivado pela diferença do regime de prescrição,
uma vez que estará suspenso o prazo prescricional apenas em relação ao parlamentar (cf. STF, Inq.
1.107/MA, Rel. Min. Octavio Galotti).
Desmembramento: É a regra aplicável aos casos em geral. É sempre aplicável quando houver
sustação da ação penal.
b) Sigilo da fonte
A Constituição Federal estabelece no artigo 53, § 6º, que os Deputados e Senadores não são
obrigados a testemunhar sobre informações que receberam ou foram prestadas em razão do
exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
Trata-se de faculdade do parlamentar, ele tem a opção de não testemunhar, se quiser, sobre
informações relativas ao exercício do mandato.
Por óbvio, quando congressista for convocado para testemunhar sobre fatos que não tenham
relação com a atividade parlamentar, ele não terá a prerrogativa de sigilo da fonte, ok?
Muito bem, por fim, vamos deixar clara a diferença entre ser convocado como testemunha e como
acusado:
Quando o parlamentar for convocado para testemunhar sobre fatos relativos à atividade
parlamentar, poderá utilizar de sua prerrogativa de sigilo da fonte.
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É uma prerrogativa dos congressistas que se configura como uma exceção, já que a prestação de
serviço militar é uma obrigação imposta a todos pelo artigo 143 da CF/88. No caso de
parlamentar, só será incorporado às forças armadas com licença prévia da Casa, mesmo que o
parlamentar seja militar da reserva.
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Chegamos ao fim das prerrogativas parlamentares. O que você achou? São muitas as decisões do
STF que influem na interpretação das prerrogativas constitucionais. Por isso, mantenha atenção,
pois as bancas examinadoras gostam de colocar julgados na prova para selecionar apenas os
melhores candidatos! Você está em ótima preparação apenas com o estudo deste material.
1.3 – Incompatibilidades
CF/88
II - desde a posse:
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere
o inciso I, "a";
Na prova, as bancas basicamente cobram a literalidade deste artigo. Recomendamos que você
memorize, na medida do possível, todas essas informações. Fizemos mapa mental com os
principais detalhes para facilitar a visualização e a memorização da matéria:
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Quanto aos deputados estaduais e distritais, aplicam-se todas as regras estudadas nesta aula sobre
imunidades material e formal, prerrogativa de foro, sigilo da fonte, incorporação às forças armadas
e incompatibilidades, por determinação do artigo 27 da CF/88.
Jurisprudência
Os vereadores, por sua vez, só possuem a imunidade material, sendo invioláveis por suas palavras,
opiniões e votos no exercício do mandato e na circunscrição do município (CF, art. 29, VIII). Preste
atenção que a imunidade material do vereador só é válida para a circunscrição do município, ficando
suas manifestações expedidas fora do território municipal respectivo sujeitas à incriminação, ainda
que diretamente relacionadas ao exercício do mandato.
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CF/88
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta
autorizada;
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara
dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso
Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da
Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros,
ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla
defesa.
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Nos casos dos incisos I, II e VI do art. 55 Constituição Federal, que são hipóteses de cassação do
mandato, haverá um juízo político da Casa a que pertencer o parlamentar e, portanto, a perda do
mandato não será automática (você aprenderá sobre a divergência de interpretação no STF logo
adiante). Para que o parlamentar perca o mandato, primeiramente deverá haver a provocação pela
Mesa ou por partido político com representação no Congresso Nacional. Iniciado o processo que
vise à perda do mandato, o parlamentar desfavorecido poderá exercer o direito à ampla defesa.
Após o prazo para defesa, o Plenário da Casa legislativa respectiva decidirá o assunto, por maioria
absoluta e voto aberto (ostensivo), garantida a ampla defesa. Então para que haja a perda do
mandato, tem que ocorrer: (i) a provocação; (ii) ampla defesa; (iii) votação por maioria absoluta e
voto aberto. Neste caso, estamos diante de uma decisão política, um juízo de conveniência da
Casa e não da aplicação da norma jurídica. É um procedimento político de natureza constitutiva.
Você percebeu que, nas hipóteses de cassação na Constituição Federal, a perda do mandato não
será automática? Pois é, esse o entendimento que recomendamos para fins de prova objetiva em
concurso. Porém, há divergência entre as 1ª e 2ª Turmas do STF e na doutrina sobre haver ou não
exceção que provoca a perda automática do mandato nesse caso.
Em decisão da 1ª Turma do STF em 2017, baseada na tese defendida pelo ministro Luís Roberto
Barroso, surgiu o entendimento de que a perda do mandato no caso de sentença criminal
transitada em julgado, em regra, não é automática, mas será automática na seguinte hipótese:
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Porém, a 2ª Turma do STF decidiu em 2018 que a perda do mandato de parlamentar condenado
em sentença judicial transitada em julgado deveria ser decidida pela Casa respectiva, conforme
consta literalmente no texto da Constituição Federal (AP 996, rel. min. Edson Fachin, 29.05.2018).
Para fins de prova de concurso, a tendência é que as bancas evitem cobrar questão
que enseje polêmica em razão das divergências jurisprudenciais e doutrinárias
sobre o assunto. Provavelmente por haver essas divergências, nos últimos anos as
bancas evitaram cobrar questões sobre a perda de mandato em razão de sentença
judicial transitada em julgado (se encontrar alguma, por favor, nos encaminhem no
fórum). Ao analisar quase mil questões de prova sobre o Poder Legislativo no
período 2015 a março de 2022, encontramos apenas uma questão que cobrou
conhecimentos especificamente sobre a perda de mandato em caso de sentença
judicial transitada em julgado. A questão foi cobrada pela banca Cebraspe e o seu
gabarito é, no mínimo, questionável, como explicaremos na resolução da questão
a seguir.
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Comentários:
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De acordo com o STF as Casas legislativas podem instaurar processo por quebra de decoro por
atos praticados na legislatura anterior, mas somente de quem já era detentor de mandato. Cumpre
ressaltar que o entendimento jurisprudencial do STF, permite considerar atos praticados na
legislatura anterior, mas não antes do exercício do mandato parlamentar.
“possibilidade jurídico-constitucional de
qualquer das Casas do Congresso Nacional adotar medidas destinadas a reprimir,
com a cassação do mandato de seus próprios membros, fatos atentatórios à
dignidade do ofício legislativo e lesivos ao decoro parlamentar, mesmo que
ocorridos no curso de anterior legislatura, desde que, já então, o infrator
ostentasse a condição de membro do Parlamento.” (MS 24.458, Relator Min. Celso
de Mello)
[MS 25.579 MC, rel. p/ o ac. min. Joaquim Barbosa, j. 19-10-2005, P, DJ de 24-8-
2007.]
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Nos casos previstos nos incisos III, IV e V do art. 55 da Constituição Federal, hipóteses de extinção
do mandato, a declaração da perda do mandado será realizada pela Mesa da Casa respectiva, de
ofício ou por provocação de qualquer de seus membros, ou de partido representado no Congresso
Nacional, assegurada a ampla defesa. Aqui, não há espaço para um juízo político de conveniência.
Se comprovados os fatos, a perda do mandato será automática, cabendo à Mesa da Casa
respectiva simplesmente deverá declarar a perda do mandato. É um provimento político de
natureza declaratória.
Preparamos excelente quadro esquematizado para resumir essas informações sob a ótica da
Constituição Federal para você. Bom proveito!
Perda de Mandato
Decisão do Plenário Decisão da Mesa
I - que infringir qualquer das proibições III - que deixar de comparecer, em cada
estabelecidas no artigo anterior sessão legislativa, à terça parte das sessões
[incompatibilidades]; ordinárias, salvo licença ou missão
autorizada pela Casa respectiva;
Decidida pela Câmara ou Senado por Declarada pela Mesa da Casa respectiva:
maioria absoluta em votação ostensiva de ofício; ou
(aberta): mediante provocação de:
mediante provocação de(a): qualquer de seus membros; ou
Mesa respectiva; ou partido político representado no
partido político representado no Congresso Nacional;
Congresso Nacional; assegurada ampla defesa.
assegurada ampla defesa.
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A Lei nº 9.096/95 (com redação dada pela Lei nº 13.165/2015), impõe a perda do mandato ao
detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
Apesar de a lei afirmar “detentor de mandato eletivo”, já havia o entendimento de que essa regra
de perda de mandato por infidelidade partidária se aplicava apenas àqueles mandatários eleitos
pelo sistema proporcional (Deputados federais, estaduais, distritais e vereadores). Logo, estavam
livres dessa regra, os detentores de mandato eleitos pelo princípio majoritário (Senadores,
Presidente da República, Governadores, Prefeitos e respectivos Vices). A jurisprudência do STF
(ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27.05.2015) já reconhecia esse entendimento, o qual se
transformou em mandamento constitucional com o acréscimo do § 6º ao art. 17 da Constituição
Federal pela EC nº 111/2021.
2) EC nº 97/2017 – mudança de legenda caso o partido não preencha os requisitos do art. 17, § 3º
da CF;
CF
[...]
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
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[...]
Veja a transcrição do art. 22-A dessa lei e observe, ainda, as três exceções à essa regra:
Lei nº 9.096/95
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem
justa causa, do partido pelo qual foi eleito.
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede
o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou
proporcional, ao término do mandato vigente.
O § 4º do artigo 55 da CF/88 diz que a renúncia do parlamentar sujeito a processo que vise ou
possa levar à perda do mandato terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais previstas nos
§§ 2º e 3º do citado artigo, que especificam os casos em que a perda do mandato será declarada
pelo Plenário e pela Mesa, respectivamente.
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Agora, se o parlamentar renunciar após iniciado o processo de perda do mandato, esse pedido
de renúncia será suspenso. Poderão ocorrer duas hipóteses:
2º. A Casa, analisando o processo, decide manter o mandato do parlamentar. Nesse caso, a
declaração de renúncia produzirá seus efeitos e o parlamentar deixará de ter o direito de
permanecer no exercício do mandato não pela declaração de perda decorrente das
hipóteses previstas no art. 55, mas sim pela sua renúncia.
Mas você pode perguntar: qual o motivo do parlamentar renunciar então, já que de qualquer
maneira ele ficará sem o mandato? A resposta é simples. Se o parlamentar for cassado, em
decorrência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da CF, ele fica inelegível por 8 anos contados
a partir do fim da legislatura para a qual foi eleito (Lei Complementar nº 64/1990). Se o
congressista renunciar, ele poderá se eleger novamente nas próximas eleições. Então, o pedido
de renúncia é tático para a vida política do parlamentar que pode ser cassado. Além disso, é
melhor para a Casa legislativa que o parlamentar renuncie do que seus membros terem de cortar
na própria carne ao declararem a perda de mandato de um dos seus pares.
A Constituição Federal contém hipóteses em que o parlamentar não perde seu mandato (CF, art.
56).
CF/88
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.
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Vimos no artigo 54 da CF/88 que os parlamentares não poderão ocupar cargo, função ou emprego
nas entidades da administração direta ou indireta ou nas concessionárias de serviço público. Caso
não observem essa proibição, poderão perder o mandato (CF, art. 55, I).
Entretanto, a própria CF/88 traz exceções a essa regra: ela permite que os parlamentares se
afastem do exercício do mandato e ocupem os cargos de (1) Ministro de Estado; (2) Governador
de Território; (3) Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital;
ou (4) chefe de missão diplomática temporária. Na hipótese de investidura em um desses cargos,
o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.
As bancas adoram cobrar essas hipóteses em provas. Fique atento e memorize esses 4 casos
especiais, ok? Mais uma vez, colocaremos a matéria em formato de mapa mental para dar uma
ajudinha para sua memória:
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Tratar de Até 120 Pode exceder 120 dias se o período incluir duas
dias por sessões legislativas. Haverá convocação de Suplente
interesse sessão se exceder 120 dias.
particular legislativa
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Convocação de suplente
Em caso de vaga
Convoca-se suplente
imediatamente
(falecimento, renúncia e perda do mandato)
Em caso de investidura nos cargos
Convoca-se suplente
imediatamente
previstos no inciso I do art. 56 da CF
Licença por motivo de saúde
Convoca-se suplente
imediatamente
por mais de 120 dias
Licença por interesse particular
Convoca-se suplente
imediatamente
(por mais de 120 dias)
Licença por motivo de saúde
Não é convocado suplente
por até 120 dias
Licença por interesse particular
Não é convocado suplente
(por até 120 dias)
A licença para tratar de interesse particular pode ser concedida por, no máximo,
120 dias, por sessão legislativa nos termos da CF/88. O RICD não concede LTS ou
LIT durante os períodos de recesso constitucional, salvo nos casos de prorrogação
da sessão legislativa ordinária ou de convocação extraordinária e, além disso,
dispõe que será suspensa a contagem do prazo da licença que se haja iniciado
anteriormente ao encerramento de cada semiperíodo (período legislativo) da
respectiva sessão legislativa, exceto no caso de LTS quando tenha havido assunção
de Suplente (RICD, art. 235, §§ 2º e 3º). O RISF não contém disposições
semelhantes e, por isso, há casos de LIT superiores a 120 dias, pois parte do
período ocorre numa sessão legislativa, parte no recesso e uma terceira parte em
outra sessão legislativa.
Então, esse tipo de licença permitirá a convocação de suplente caso a licença seja
por prazo superior a 120.
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Além disso, o Senado admite somar período de licença por motivo de doença com
período de licença para tratar de interesse particular. Por exemplo, 15 dias de LTS
+ 120 de LIT = licença superior a 120 dias e, por conseguinte, convocação de
suplente.
De acordo com a Constituição Federal, em seu art. 56, § 2º, ocorrendo vaga e não havendo mais
suplentes, teremos 2 hipóteses:
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b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, apenas.
e) II e III, apenas.
Comentários:
Item I, correto. Não perderá o mandato o Deputado o Senador investido no cargo de
Secretário de Prefeitura de capital (CF, art. 56, I). Item II, incorreto. Perderá o mandato, pois,
no caso de Secretário de Prefeitura, apenas o de capital garante a manutenção do mandato
(CF, art. 56, I). Item III, correto. O falecimento ocorreu no primeiro mês da segunda metade
do mandato do Senador (mandato de oito anos), ou seja, o Senador faleceu quando faltavam
mais de 15 meses para o término do mandato (CF, art. 56, § 2º). Gabarito: Letra C.
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caput, e 58, § 2º, III). Uma vez que a afirmativa do item “b” menciona “convocar titulares de órgãos
subordinados ao Presidente da República”, cabe esclarecer que as Casas do Congresso Nacional
e suas comissões não podem convocar titulares de quaisquer órgãos subordinados ao Presidente
da República, mas tão somente titulares de órgãos diretamente subordinados ao Chefe do Poder
Executivo federal. Gabarito: Letra B.
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c) dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
d) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral
da República antes do término de seu mandato.
e) eleger membros do Conselho da República.
Comentário
Itens “a”, “c”, “d” e “e”. contém assuntos incluídos na competência privativa da Câmara dos
Deputados (CF, art. 51, I, II, IV e V). Item “d”. contém competência privativa do Senado Federal
(CF, art. 52, XI). Cabe esclarecer que os assuntos incluídos nos itens “c” e “d” constam tanto na
competência privativa da Câmara dos Deputados quanto nas do Senado Federal (CF, arts. 51, IV
e V; e 52, XIII e XIV). Gabarito: Letra D.
13. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2012) O Poder Legislativo, além de sua função precípua, que
é a elaboração de normas, possui outras, de igual relevância. Entre essas funções ou atribuições,
é correto afirmar ser da competência do Senado
a) autorizar a instauração de processo contra o Presidente da República.
b) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União.
c) autorizar o Presidente da República a se ausentar do País, quando essa ausência exceder quinze
dias.
d) fixar os subsídios do Presidente da República e do Vice-Presidente da República.
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, ou dos
limites da delegação.
Comentário
Item “a”. incorreto. Compete privativamente à Câmara dos Deputados (CF, art. 51, I). Item “b”.
correto. Compete privativamente ao Senado Federal dispor sobre limites globais e condições para
as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal (CF,
art. 52, VII). Item “c”. incorreto. É da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar o
Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder
a quinze dias; (CF, art. 49, III). Item “d”. incorreto. É da competência exclusiva do Congresso
Nacional fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de
Estado (CF, art. 49, VIII). Item “e”. incorreto. É da competência exclusiva do Congresso Nacional
(CF, art. 49, V). Gabarito: Letra B.
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a) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites da delegação legislativa.
b) iniciar a deliberação de projeto de leis ordinárias que disponham sobre os limites globais para
o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) suspender a intervenção federal.
d) avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e
seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do
Distrito Federal e dos Municípios.
e) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra os Ministros de
Estado.
Comentário
Item “a”. incorreto. É da competência exclusiva do Congresso Nacional (CF, art. 49, V). Item “b”.
incorreto. Compete privativamente ao Senado Federal fixar, por proposta do Presidente da
República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios (CF, art. 52, VI). Em regra, o Senado exerce suas competências
privativas por meio de resolução, salvo a iniciativa de lei para a fixação da remuneração de cargos,
empregos ou funções de seus serviços (CF, art. 52, XIII). Item “c”. incorreto. Compete
exclusivamente ao Congresso Nacional aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas (CF, art. 49, IV). Item “d”.
correto. (CF, art. 52, XV). Item “e”. incorreto. É competência privativa da Câmara dos Deputados
autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; (CF, art. 52, I). Gabarito: Letra D.
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Item “I”. incorreto. Discordamos do gabarito da FGV que assinalou esse item como correto, pois
compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente
da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles (CF, art. 52, I). Logo, não compete ao Senado Federal processar e julgar Ministro de
Estado em crime conexo a crime de responsabilidade cometido por outras autoridades que não
sejam o presidente e o vice-presidente da República. Item “II”. correto. Compete privativamente
ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 52, X). Item “III”. correto. Compete
privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em
sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente (CF, art. 52,
IV). Gabarito: Letra B. Gabarito da FGV: Letra C.
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ao patrimônio nacional (CF, art. 49, I). Portanto, tratados e acordos internacionais que não
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional não necessitam de
aprovação do Congresso Nacional. Item “b”. incorreto. Compete exclusivamente ao Congresso
Nacional autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando
a ausência exceder a quinze dias (CF, art. 49, III). Item “c”. incorreto. Compete privativamente ao
Presidente da República decretar o estado de defesa e o estado de sítio (CF, art. 84, IX). É da
competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas (CF, art. 49, IV). Item “d”.
correto. É competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (CF, art.
49, V). Gabarito: Letra D.
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Comentário
Item “a”. incorreto. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo
sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. O Senado Federal
compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
majoritário (CF, arts. 45, caput; e 46, caput). Item “b”. correto. É da competência exclusiva do
Congresso Nacional - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e
apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo (CF, art. 49, IX). Item “c”. incorreto.
Compete exclusivamente ao Congresso Nacional autorizar o Presidente da República a declarar
guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou
nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar (CF, art.
49, II). Item “d”. incorreto. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada
Casa e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de
seus membros (CF, art. 47). Item “e”. incorreto. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do
presidente da República, dispor sobre a fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal. Por sua vez, é competência exclusiva do Congresso Nacional fixar idêntico subsídio para
os Deputados Federais e os Senadores e, ainda, fixar os subsídios do Presidente e do Vice-
Presidente da República e dos Ministros de Estado (CF, arts. 48, XV; e 49, VII e VIII). Gabarito:
Letra B.
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privativas tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal, cabendo a cada uma dessas
Casas exercê-la nos termos do art. 89 da CF, ou seja, cada Casa do Congresso Nacional elegerá
dois dos seis cidadãos que comporão o Conselho da República (CF, arts. 51, V; e 52, XIV). Item
“d”. incorreto. É competência privativa da Câmara dos Deputados (CF, art. 52, I). Item “e”.
incorreto. É competência privativa do Senado Federal (CF, art. 52, VI). Gabarito: Letra C.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário
Item “I”. correto. (CF, art. 52, I e parágrafo único). Item “II”. correto. (CF, art. 46). Item “III”. correto.
(CF, art. 52, III). Item “IV”. correto. (CF, art. 52, V). Gabarito: Letra E.
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27. (CEBRASPE/DPE RO/Analista da Defensoria Pública/2022) Com relação aos atos normativos
adotados no ordenamento jurídico brasileiro, julgue os itens subsequentes.
I. A suspensão, pelo Senado Federal, da execução de lei declarada inconstitucional pelo STF, no
controle concreto difuso, se dá por meio de resolução.
II. O Congresso Nacional suspende, por meio de decreto legislativo, os atos normativos do
presidente da República que exorbitem do poder regulamentar.
III. O Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, pode criar um tipo penal por
meio de lei complementar.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Comentários:
Item “I”. Certo. (CF, art. 52, X). Item “II”. Certo. Apesar de o dispositivo da Constituição Federal
utilizar o verbo “sustar” (CF, art. 49, V), o examinador valeu-se de sinonímia e utilizou o termo
“suspende” com o significado de “susta”. Item “III”. Certo. Há três dispositivos da Constituição
Federal que devem ser considerados sobre o assunto: 1) “não há crime sem lei anterior que o
defina, nem pena sem prévia cominação legal (CF, art. 5º, XXXIX); 2) Compete privativamente à
União legislar sobre direito penal (CF, art. 22, I); e 3) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção
do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de competência da União (CF, art. 48,
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caput). Em regra, a tipificação de crime ocorre por meio de lei ordinária, mas, excepcionalmente,
a tipificação de crime pode ser estabelecida por meio de lei complementar, cujo procedimento
para sua elaboração exige quórum qualificado. Exemplo: A Lei Complementar nº 64, de 1990, em
seu art. 25, dispõe que “Constitui crime eleitoral a arguição de inelegibilidade, ou a impugnação
de registro de candidato feito por interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder
de autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé”. Gabarito: Letra E.
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31. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista do Controle Externo/2021) Julgue o item a seguir, de acordo com
o disposto na Constituição Federal de 1988 e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do presidente
da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa.
Comentários:
(CF, art. 51, II). Gabarito: Certo.
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III Compete privativamente ao Senado Federal em sessões presididas pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal processar e julgar o presidente da República.
Assinale a opção correta.
a) Somente os itens I e II estão certos.
b) Somente os itens I e III estão certos.
c) Somente os itens II e III estão certos.
d) Somente o item I está certo.
e) Todos os itens estão certos.
Comentários:
Primeiramente cabe esclarecer que discordamos do gabarito oficial definitivo apresentado pelo
Cebraspe, tendo em vista os comentários que apresentaremos a seguir. Item “a”. Errado. A
Câmara dos Deputados tem competência para autorizar a instauração do processo. Logo, o juízo
de admissibilidade emitido pela Câmara dos Deputados antecede à instauração do processo.
Conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial, a autorização da Câmara não obriga o
Senado a julgar a autoridade. Cabe ao Senado Federal três decisões: 1) decidir, por maioria
simples, se instaurará ou não o processo, 2) decidir, por maioria simples, pela procedência ou não
da acusação, e 3) decidir, por dois terços dos seus membros, pela condenação do presidente da
República (CF, art. 51, I; e 52, I). Item “b”. Errado. O afastamento ocorre após a instauração do
processo pelo Senado Federal (CF, art. 86, § 1º, II). Item “c”. Certo (CF, art. 52, parágrafo único).
Gabarito: Letra B.
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35. (FGV/PC RJ/Inspetor de Polícia/2022) João, deputado federal, foi denunciado pelo Procurador-
Geral da República, perante o Supremo Tribunal Federal, pela prática de crime contra a
Administração Pública.
Nesse caso, a denúncia:
a) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização da Câmara dos Deputados, o que
não afetará o exercício do mandato;
b) pode ser livremente apreciada, independentemente de autorização da Câmara dos
Deputados, mas esta Casa pode sustar o seu andamento;
c) uma vez recebida, acarretará o afastamento automático de João, salvo decisão em contrário
da Câmara dos Deputados, tomada por maioria absoluta de votos;
d) pressupõe o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, o qual, em sendo positivo,
permitirá o início do processo criminal em desfavor de João;
e) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização do Congresso Nacional, que
também pode sustar o seu andamento no momento que lhe pareça adequado.
Comentários:
Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação (CF, art. 53, § 3º). A apreciação da denúncia independe de autorização da
Casa a que pertencer o parlamentar e, em regra, o andamento da ação penal não afeta o exercício
do mandato. Gabarito: Letra B.
36. (FGV/PC AM/Delegado de Polícia/2022) A Polícia Civil do Estado Alfa, em uma operação de
rotina, constatou que o Deputado Federal João estava em situação de flagrância na prática de
determinada infração penal.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que João
a) não pode ser preso, salvo com autorização prévia da respectiva Casa Legislativa, mas o
processo penal não carece de autorização para ser iniciado.
b) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos à
Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de eventual
processo penal.
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c) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de
eventual processo penal.
d) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, mas o processo penal não carece de
autorização para ser iniciado.
e) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos
ao Supremo Tribunal Federal, que resolverá sobre a prisão, sendo que o início do processo penal
depende de autorização da Casa Legislativa.
Comentários:
Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão. Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a
diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de
partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão
final, sustar o andamento da ação (CF, art. 53, §§ 2º e 3º). Gabarito: Letra D.
37. (FGV/TJ PR/Juiz Estadual/2021) Francisco, que tomou posse como Deputado Federal, a fim de
exercer livremente o seu mandato como representante do povo, consultou advogado para se
informar das prerrogativas e imunidades às quais faria jus, em razão do exercício do cargo para
o qual foi eleito.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) a manifestação oral imune à censura penal e cível deve ter sido praticada pelo congressista,
ainda que alheia ao exercício do seu mandato e fora do parlamento e, por essa razão, a imunidade
parlamentar não se estende ao suplente de Francisco;
b) as imunidades formais garantem a Francisco não ser preso, salvo a prisão civil ou a prisão em
flagrante por crime inafiançável, desde que haja anuência da Câmara dos Deputados, por voto da
maioria dos seus integrantes, também não sendo autorizada a prisão decorrente de sentença
judicial transitada em julgado;
c) a prerrogativa de foro de Francisco se limita aos crimes cometidos no exercício do cargo e em
razão dele, e a jurisdição do Supremo Tribunal Federal se perpetua caso tenha havido o
encerramento da instrução processual antes da extinção do mandato;
d) o Supremo Tribunal Federal é o Tribunal competente para processar e julgar Francisco e a
competência abrange todas as modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos
eleitorais. Entretanto, o foro por prerrogativa de função de Francisco não prevalece sobre a
competência do júri;
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provocada pelo partido político do referido Deputado, decidiu sustar a tramitação da ação
penal.
Considerando a sistemática constitucional afeta à matéria, assinale a afirmativa correta.
a) A ação penal em face de Antônio não poderia ter sua tramitação sustada, garantia aplicável
exclusivamente a deputados federais e senadores.
b) A Assembleia Legislativa agiu no limite de sua competência ao sustar a tramitação da ação
penal, decisão que suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
c) Antônio não poderia ser processado perante o Tribunal de Justiça, já que o foro por
prerrogativa de função somente pode ser instituído pela Constituição da República.
d) O partido político de Antônio, por ser suspeito, não poderia apresentar o requerimento de
sustação da ação penal, o que deveria ter sido deliberado por Comissão Especial.
e) A denúncia em face de Antônio não poderia ter sido recebida sem autorização da Assembleia
Legislativa, que não pode, em momento posterior, sustar a tramitação da ação penal.
Comentários:
Item “a”, incorreto. Aos deputados estaduais aplicam-se as regras da Constituição Federal
referente às imunidades de Deputados e Senadores (CF, art. 27, § 1º c/c art. 53, § 3º). Item “b”,
correto. Em conformidade com o disposto nos arts. 27, § 1º, e 53, §§ 3º e 5º). Item “c”, incorreto.
Em conformidade com a doutrina e jurisprudência do STF, o Tribunal de Justiça do Estado é o
foro por prerrogativa de função de deputados estaduais. Item “d”, incorreto. Qualquer partido
político representado na Casa legislativa a que pertencer o parlamentar denunciado tem
competência para propor a sustação do andamento da ação penal (CF, art. 27, § 1º c/c art. 53, §
3º). Item “e”, incorreto. O recebimento da denúncia contra parlamentar independe de autorização
da Casa respectiva, a qual poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação penal (CF, art.
27, § 1º c/c art. 53, § 3º). Gabarito: Letra B.
39. (FGV/ALERJ/Esp Leg NS/2017) Edílio, dias após ser empossado como Deputado Estadual, foi
informado de que possuía um tipo de imunidade material no exercício da função, o que impedia
que certos atos por ele praticados ensejassem as mesmas consequências que ensejariam para
uma pessoa comum.
Considerando o sistema jurídico-constitucional brasileiro, é correto afirmar que configura
imunidade dessa natureza a impossibilidade de o referido parlamentar ser:
a) responsabilizado, durante o mandato, por qualquer ato estranho à função;
b) processado, durante ou após o término do mandato, sem prévia autorização da Assembleia
Legislativa;
c) processado, durante o mandato, sem prévia autorização da Assembleia Legislativa;
d) responsabilizado pelas opiniões, palavras e votos vinculados ao exercício do mandato;
e) preso, em qualquer hipótese, após a expedição do respectivo diploma.
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Comentário
Em decorrência da imunidade material, Deputados e Senadores são invioláveis por suas opiniões,
palavras e votos (CF, art. 53, caput). De acordo com a jurisprudência do STF, a imunidade material
se aplica às opiniões, palavras e votos proferidas no exercício do mandato e relacionadas à função
parlamentar. Entende, ainda, o STF que as imunidades e prerrogativas de Deputados federais são
aplicáveis aos Deputados estaduais. Gabarito: Letra D.
40. (FGV/OAB Unificado – Nacional/2014) O senador “X” ausentou-se das atividades do Senado
Federal para tratar de assunto de interesse particular por cento e cinquenta dias ininterruptos e,
diante desse fato, enfrenta representação para a perda do seu mandato, por não ter
comparecido à terça parte das sessões ordinárias da Casa, que foram realizadas no período em
que esteve ausente. Nessa hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) A perda do mandato do referido senador será decidida pelo Senado Federal, por maioria
absoluta, mediante provocação da respectiva mesa ou de partido político representado no
Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
b) Não poderá o referido parlamentar perder o mandato, já que o afastamento não ultrapassou
cento e oitenta dias dentro da mesma sessão legislativa.
c) A perda do mandato do referido senador poderá ser declarada pela Mesa da Casa Legislativa
de ofício ou mediante provocação de qualquer dos seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
d) Caso o referido senador venha a renunciar após submetido ao processo que vise ou possa
levar à perda do seu mandato, haverá o arquivamento do processo pela perda do seu objeto.
Comentário
Primeiramente, cabe registrar que a questão encontra-se mal formulada, pois seu enunciado não
informa: a) se o Senado Federal havia concedido ao senador “X” licença para tratar de interesse
particular, a qual pode ser concedida por até cento e vinte dias por sessão legislativa; b) se os
cento e cinquenta dias ininterruptos ocorreram na mesma sessão legislativa ou no mesmo ano; e
c) se a ausência a um terço das sessões ordinárias ocorreram dentro da mesma sessão legislativa
ou se foi apenas um terço das sessões ordinárias ocorridas no período em que o senador “X”
esteve ausente. Após esses esclarecimentos, comentaremos cada alternativa a seguir. Item “a”.
incorreto. O único aparente motivo no enunciado da questão que justificaria a perda do mandato
seria a ausência à terça parte das sessões ordinárias da Casa, caso se considerasse que essas
sessões ocorreram na mesma sessão legislativa. Sendo esse o motivo da perda do mandato,
caberia à Mesa do Senado Federal (e ao Senado Federal, por maioria absoluta) declarar a perda
do mandato (CF, art. 55, III e §3º). Item “b”. incorreto. Não há previsão de afastamento de senador
por cento e oitenta dias por sessão legislativa para tratar de assunto de interesse particular. Não
perderá o mandato o deputado ou senador licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença
(sem prazo máximo estabelecido), ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde
que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. Somente
caberia a perda do mandato se o senador “X”, durante o período em que não estivesse licenciado,
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suas ausências implicassem na ausência a um terço das sessões ordinárias da sessão legislativa,
pois para fins de perda de mandato não são computadas as ausências às sessões que decorram
de licença ou missão autorizada (CF, arts. 55, III; e 56, II). Item “c”. correto. Conforme comentário
ao item “a” (CF, art. 55, III e § 3º). Item “d”. incorreto. De acordo com o enunciado da questão, o
senador “X” “enfrenta representação para a perda do seu mandato”, dessa forma, cabe
considerar que a renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda
do mandato, nos termos do art. 55 da CF, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais
da Casa ou da Mesa respectiva, conforme o caso (CF, art. 55, § 4º). Dessa forma, a renúncia ao
mandato do senador “X” não resultaria no arquivamento do processo pela perda do seu objeto.
Gabarito: Letra C.
42. (FGV/OAB Unificado – Nacional/2013) O Deputado Federal “Y” foi objeto de extensa
investigação, e diversas reportagens jornalísticas indicaram sua participação em fraudes contra
a previdência social. Além disso, inquéritos da polícia chegaram a fortes indícios de diversas
práticas criminosas por uma quadrilha por ele liderada. O Ministério Público ofereceu denúncia
contra sete acusados, incluindo o parlamentar. Com relação ao caso apresentado, assinale a
afirmativa correta.
a) Os deputados federais não podem ser presos em hipótese alguma, pois são invioláveis, na
forma prevista na Constituição da República.
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b) O processo criminal contra o deputado federal deverá tramitar perante o Superior Tribunal de
Justiça e tem procedimento especial previsto em lei.
c) O tribunal competente, recebida denúncia contra o deputado federal por crime ocorrido após
a diplomação, dará ciência à Câmara dos Deputados, que poderá sustar o andamento da ação por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, até a
decisão final.
d) Os membros do Congresso Nacional, desde a expedição do diploma, não poderão ser
processados criminalmente sem prévia licença de sua Casa; não sendo concedida a licença, ficará
suspensa a prescrição, até o fim do mandato.
Comentário
Item “a”. incorreto. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos
dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros,
resolva sobre a prisão (CF, art. 53, § 2º). Item “b”. incorreto. Os Deputados e Senadores, desde a
expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (CF,
art. 53, § 1º). Conforme jurisprudência do STF, esse foro por prerrogativa de função parlamentar
se aplica a crimes cometidos durante o exercício do mandato e relacionados com a função
parlamentar. Item “c”. correto. Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá,
até a decisão final, sustar o andamento da ação (CF, art. 53, § 3º). Item “d”. incorreto. Não há mais
necessidade de licença prévia da Casa respectiva para processar deputado ou senador, conforme
comentário ao item “c” (CF, art. 53, § 3º). Gabarito: Letra C.
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os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime
inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (CF, art. 53, §
2º). Item “d”. incorreto. As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado
de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam
incompatíveis com a execução da medida (CF, art. 53, § 8º). Item “e”. incorreto. A imunidade
material não inclui atos, mas apenas opiniões, palavras e votos (CF, art. 53, caput). Gabarito: Letra
A.
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em sentença transitada em julgado, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos
Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva
Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa (CF,
art. 55, VI e § 2º). Questão desatualizada com jurisprudência do STF e, por isso, há duas alternativas
cujas afirmativas NÃO SÃO CORRETAS afirmar. Gabarito: Letras B e E. Gabarito oficial: Letra E.
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Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
Comentário
Item “a”. correto. (CF, art. 54, I, a). Item “II”. incorreto. Desde a posse (CF, art. 54, II, a). Item “c”.
correto. (CF, art. 53, § 1º). Gabarito: Letra E.
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Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação (CF, art. 53, § 3º). Gabarito: Letra A.
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V. O voto será secreto ou aberto dependendo de prévia votação do plenário da Casa Legislativa,
com quorum de maioria absoluta, em sessão aberta ao público.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I for verdadeira.
b) se nenhuma afirmativa for verdadeira.
c) se apenas as afirmativas I e V forem verdadeiras.
d) se apenas as afirmativas III, IV e V forem verdadeiras.
e) se apenas a afirmativa III for verdadeira.
Comentário
Além de esta questão ter sido anulada pela banca examinadora, houve alteração na Constituição
Federal em 2013 que suprimiu a exigência de voto secreto para deliberação de perda de mandato
de deputado ou senador. Então, comentaremos o assunto em três partes: tipo de sessão, tipo de
voto, quórum para decisão. 1) Tipo de sessão: em regra, as sessões do Senado Federal são
públicas, conforme dispõe o Capítulo II do Título VII do seu Regimento Interno (RISF, arts. 155 a
189). De acordo com o Regimento Interno do Senado, é possível transformar em secreta a sessão
por deliberação do Plenário, mediante proposta da Presidência ou a requerimento de qualquer
Senador (RISF, art. 197, II). Não há previsão de transformar em secreta sessão por decisão do
presidente da Casa. 2) Tipo de voto: De acordo com a doutrina e a jurisprudência do STF, o voto
será aberto (ostensivo ou público). Até 2013, a CF previa votação secreta para declaração de perda
de mandato nos termos do seu art. 55, § 2º. Curiosamente, o Regimento Interno do Senado
Federal ainda prevê que a perda de mandato por decisão do plenário ocorre por votação secreta
(RISF, art. 291, I, “b”), apesar de, na prática, prevalecer no Senado o entendimento de que essa
decisão se realiza por votação aberta, em decorrência da mudança do texto constitucional que
suprimiu a exigência de votação secreta para deliberação sobre perda de mandato parlamentar.
O voto será também nominal, pois exige quórum especial de votação (RISF, art. 294, caput). O
Regimento Interno do Senado estabelece que, em regra, será ostensiva a votação das proposições
em geral (RISF, art. 290), mas prevê a possibilidade de a votação ser secreta por deliberação do
Plenário (RISF, art. 291, III); e 3) Quórum para decisão: o quórum para declarar a perda do mandato
será por voto favorável da maioria absoluta do Senado (CF, art. 55, § 2º; e RISF, art. 288, III, “c”).
Gabarito: Anulada.
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54. (FGV/TJ PA/JUIZ ESTADUAL/2008) Com base na Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 e suas atualizações, assinale a alternativa correta.
a) Conforme mandamento constitucional, os vereadores se beneficiam de todas as imunidades
formais.
b) Conforme a Constituição Federal, aos deputados estaduais se estende a imunidade material.
Esta expressa a inviolabilidade civil e penal dos deputados por suas opiniões, palavras e votos,
neutralizando a responsabilidade do parlamentar nessas esferas.
c) O suplente de deputado estadual possui as garantias constitucionais de imunidade
parlamentar, bem como a ele se estende a prerrogativa de foro, pois ostenta a posição de
substituto eventual do titular do mandato.
d) Conforme a Constituição Federal, aos deputados estaduais se estende a imunidade formal.
Esta expressa a inviolabilidade civil e penal dos deputados por suas opiniões, palavras e votos,
neutralizando a responsabilidade do parlamentar nessas esferas.
e) A Constituição Federal prevê imunidades materiais e formais aos deputados estaduais e aos
vereadores. No que tange a estes, no entanto, a imunidade material é limitada territorialmente à
circunscrição do Município.
Comentário
Item “a”. incorreto. Vereadores não possuem imunidade formal (CF, art. 29, VIII e IX). Item “b”.
correto. Será de quatro anos o mandato dos deputados estaduais, aplicando-se-lhes as regras
desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas (CF, arts. 27, § 1º; e 53, caput).
Item “c”. incorreto. O suplente enquanto encontrar-se fora do exercício do mandato parlamentar
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não se beneficia das imunidades, pois essas são para garantir a liberdade e independência no
exercício da função parlamentar. Caso o suplente assuma o mandato em caráter temporário ou
definitivo, passará a ter direito à imunidade enquanto permanecer no exercício do mandato. Item
“d”. incorreto. Conforme comentário ao item “b”, aplica-se aos deputados estaduais as
imunidades parlamentares. Porém, a afirmativa deste item apresenta a definição de imunidade
material para definir a imunidade formal. Item “e”. incorreto. Deputados estaduais possuem
imunidade material e formal em todo o território nacional (CF, arts. 27, § 1º; e 53, caput). Por sua
vez, vereadores possuem imunidade material, limitada à circunscrição do município respectivo,
porém, não possuem imunidade formal (CF, art. 29, VIII e IX). Gabarito: Letra B.
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Item “a”, correto. (CF, art. 55, III). Item “b”, incorreto. A incorporação às Forças Armadas de
Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia
licença da Casa respectiva (CF, art. 53, § 7º). Item “c”, incorreto. Não perderá o mandato o
Deputado ou Senador investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território,
Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão
diplomática temporária (CF, art. 56, I). Item “d”, incorreto. As imunidades de Deputados ou
Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de
dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida (CF, art. 53, § 8º).
Gabarito: Letra A.
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protegido por imunidade material sempre que essas manifestações tenham relação com o
desempenho do mandato ou sejam proferidas em decorrência dele, mesmo que esteja fora das
dependências do Congresso Nacional. Se as manifestações forem proferidas no recinto da Casa
legislativa, o STF já julgou que há uma presunção absoluta de que existe uma pertinência com a
atividade parlamentar (PET 3.686/DF, rel. Min. Celso de Mello, 28.08.2006). Não cabe questionar
o teor dos pronunciamentos no interior do Congresso Nacional (presunção absoluta de
pertinência); independentemente do que o parlamentar falar, ele sempre estará protegido pela
imunidade material (inviolabilidade material). Caso o pronunciamento do congressista seja
realizado fora do ambiente do Congresso Nacional, deve ser averiguado se há conexão com o
exercício do mandato ou da atividade parlamentar. Item “e”, incorreta. O suplente que não esteja
desempenhando as funções parlamentares não possui imunidades nem prerrogativas
parlamentares. Gabarito: Letra D
Comentários:
Típico caso de imunidade material, em que o parlamentar é inviolável por suas opiniões, palavras
e votos proferidos em razão do exercício do mandato. (CF, art. 53, caput, c/c art. 27, § 1º).
Gabarito: Letra B.
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Comentários:
Item “a”, incorreto. Prerrogativa de fórum perante o STF (CF, art. 53, § 3º). Item “b”, incorreto.
Voto da maioria de seus membros (CF, art. 53, § 3º). Item “c”, incorreto. Não há exceção (CF, art.
53, § 6º). Item “d”, correto (CF, art. 53, § 7º). Item “e”, incorreto. Em regra, as imunidades
subsistem durante o estado de sítio (CF, art. 53, § 8º). Gabarito: Letra D.
Comentários:
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Item “a”, incorreto. Desde a posse (CF, art. 54, II, “c”). Item “b”, incorreto. Não são obrigados a
testemunhar sobre tais informações (CF, art. 53, § 6º). Item “c”, incorreto. Não perderão o
mandato se esse tipo de afastamento não ultrapassar 120 dias (CF, art. 56, II). Item “d”, correto
(CF, art. 56, I e § 3º). Item “e”, incorreto. Abuso das prerrogativas constitucionais é hipótese de
perda de mandato (CF, art. 56, II e § 1º). Gabarito: Letra D.
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c) Convocar plebiscito.
d) Resolver definitivamente sobre tratados internacionais que acarretem encargos ao patrimônio
nacional.
e) Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
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13. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2012) O Poder Legislativo, além de sua função precípua, que
é a elaboração de normas, possui outras, de igual relevância. Entre essas funções ou atribuições,
é correto afirmar ser da competência do Senado
a) autorizar a instauração de processo contra o Presidente da República.
b) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União.
c) autorizar o Presidente da República a se ausentar do País, quando essa ausência exceder quinze
dias.
d) fixar os subsídios do Presidente da República e do Vice-Presidente da República.
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, ou dos
limites da delegação.
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II. suspender a execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF;
III. aprovar a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
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d) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de
Estado.
e) É da competência exclusiva do Congresso Nacional fixar, por proposta do Presidente da
República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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27. (CEBRASPE/DPE RO/Analista da Defensoria Pública/2022) Com relação aos atos normativos
adotados no ordenamento jurídico brasileiro, julgue os itens subsequentes.
I. A suspensão, pelo Senado Federal, da execução de lei declarada inconstitucional pelo STF, no
controle concreto difuso, se dá por meio de resolução.
II. O Congresso Nacional suspende, por meio de decreto legislativo, os atos normativos do
presidente da República que exorbitem do poder regulamentar.
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III. O Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, pode criar um tipo penal por
meio de lei complementar.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
31. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista do Controle Externo/2021) Julgue o item a seguir, de acordo com
o disposto na Constituição Federal de 1988 e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do presidente
da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa.
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35. (FGV/PC RJ/Inspetor de Polícia/2022) João, deputado federal, foi denunciado pelo Procurador-
Geral da República, perante o Supremo Tribunal Federal, pela prática de crime contra a
Administração Pública.
Nesse caso, a denúncia:
a) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização da Câmara dos Deputados, o que
não afetará o exercício do mandato;
b) pode ser livremente apreciada, independentemente de autorização da Câmara dos
Deputados, mas esta Casa pode sustar o seu andamento;
c) uma vez recebida, acarretará o afastamento automático de João, salvo decisão em contrário
da Câmara dos Deputados, tomada por maioria absoluta de votos;
d) pressupõe o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, o qual, em sendo positivo,
permitirá o início do processo criminal em desfavor de João;
e) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização do Congresso Nacional, que
também pode sustar o seu andamento no momento que lhe pareça adequado.
36. (FGV/PC AM/Delegado de Polícia/2022) A Polícia Civil do Estado Alfa, em uma operação de
rotina, constatou que o Deputado Federal João estava em situação de flagrância na prática de
determinada infração penal.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que João
a) não pode ser preso, salvo com autorização prévia da respectiva Casa Legislativa, mas o
processo penal não carece de autorização para ser iniciado.
b) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos à
Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de eventual
processo penal.
c) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de
eventual processo penal.
d) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, mas o processo penal não carece de
autorização para ser iniciado.
e) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos
ao Supremo Tribunal Federal, que resolverá sobre a prisão, sendo que o início do processo penal
depende de autorização da Casa Legislativa.
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37. (FGV/TJ PR/Juiz Estadual/2021) Francisco, que tomou posse como Deputado Federal, a fim de
exercer livremente o seu mandato como representante do povo, consultou advogado para se
informar das prerrogativas e imunidades às quais faria jus, em razão do exercício do cargo para
o qual foi eleito.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) a manifestação oral imune à censura penal e cível deve ter sido praticada pelo congressista,
ainda que alheia ao exercício do seu mandato e fora do parlamento e, por essa razão, a imunidade
parlamentar não se estende ao suplente de Francisco;
b) as imunidades formais garantem a Francisco não ser preso, salvo a prisão civil ou a prisão em
flagrante por crime inafiançável, desde que haja anuência da Câmara dos Deputados, por voto da
maioria dos seus integrantes, também não sendo autorizada a prisão decorrente de sentença
judicial transitada em julgado;
c) a prerrogativa de foro de Francisco se limita aos crimes cometidos no exercício do cargo e em
razão dele, e a jurisdição do Supremo Tribunal Federal se perpetua caso tenha havido o
encerramento da instrução processual antes da extinção do mandato;
d) o Supremo Tribunal Federal é o Tribunal competente para processar e julgar Francisco e a
competência abrange todas as modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos
eleitorais. Entretanto, o foro por prerrogativa de função de Francisco não prevalece sobre a
competência do júri;
e) as imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de dois quintos dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados
dentro do recinto do Congresso Nacional que sejam incompatíveis com a execução da medida.
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e) A denúncia em face de Antônio não poderia ter sido recebida sem autorização da Assembleia
Legislativa, que não pode, em momento posterior, sustar a tramitação da ação penal.
39. (FGV/ALERJ/Esp Leg NS/2017) Edílio, dias após ser empossado como Deputado Estadual, foi
informado de que possuía um tipo de imunidade material no exercício da função, o que impedia
que certos atos por ele praticados ensejassem as mesmas consequências que ensejariam para
uma pessoa comum.
Considerando o sistema jurídico-constitucional brasileiro, é correto afirmar que configura
imunidade dessa natureza a impossibilidade de o referido parlamentar ser:
a) responsabilizado, durante o mandato, por qualquer ato estranho à função;
b) processado, durante ou após o término do mandato, sem prévia autorização da Assembleia
Legislativa;
c) processado, durante o mandato, sem prévia autorização da Assembleia Legislativa;
d) responsabilizado pelas opiniões, palavras e votos vinculados ao exercício do mandato;
e) preso, em qualquer hipótese, após a expedição do respectivo diploma.
40. (FGV/OAB Unificado – Nacional/2014) O senador “X” ausentou-se das atividades do Senado
Federal para tratar de assunto de interesse particular por cento e cinquenta dias ininterruptos e,
diante desse fato, enfrenta representação para a perda do seu mandato, por não ter
comparecido à terça parte das sessões ordinárias da Casa, que foram realizadas no período em
que esteve ausente. Nessa hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) A perda do mandato do referido senador será decidida pelo Senado Federal, por maioria
absoluta, mediante provocação da respectiva mesa ou de partido político representado no
Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
b) Não poderá o referido parlamentar perder o mandato, já que o afastamento não ultrapassou
cento e oitenta dias dentro da mesma sessão legislativa.
c) A perda do mandato do referido senador poderá ser declarada pela Mesa da Casa Legislativa
de ofício ou mediante provocação de qualquer dos seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
d) Caso o referido senador venha a renunciar após submetido ao processo que vise ou possa
levar à perda do seu mandato, haverá o arquivamento do processo pela perda do seu objeto.
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c) o processo, até que haja pronunciamento do Supremo Tribunal Federal e da Câmara dos
Deputados sobre a prisão, deverá ser suspenso.
d) a prisão do parlamentar será considerada ilegal por ofender as garantias de imunidade
previstas na Constituição.
e) o Delegado deverá determinar a liberdade do parlamentar por ter prerrogativa de foro no
Supremo Tribunal Federal.
42. (FGV/OAB Unificado – Nacional/2013) O Deputado Federal “Y” foi objeto de extensa
investigação, e diversas reportagens jornalísticas indicaram sua participação em fraudes contra
a previdência social. Além disso, inquéritos da polícia chegaram a fortes indícios de diversas
práticas criminosas por uma quadrilha por ele liderada. O Ministério Público ofereceu denúncia
contra sete acusados, incluindo o parlamentar. Com relação ao caso apresentado, assinale a
afirmativa correta.
a) Os deputados federais não podem ser presos em hipótese alguma, pois são invioláveis, na
forma prevista na Constituição da República.
b) O processo criminal contra o deputado federal deverá tramitar perante o Superior Tribunal de
Justiça e tem procedimento especial previsto em lei.
c) O tribunal competente, recebida denúncia contra o deputado federal por crime ocorrido após
a diplomação, dará ciência à Câmara dos Deputados, que poderá sustar o andamento da ação por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, até a
decisão final.
d) Os membros do Congresso Nacional, desde a expedição do diploma, não poderão ser
processados criminalmente sem prévia licença de sua Casa; não sendo concedida a licença, ficará
suspensa a prescrição, até o fim do mandato.
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a) a imunidade material somente protege o parlamentar, fora do recinto de sua Casa Legislativa,
se as manifestações consideradas ofensivas tiverem conexão com o desempenho da função
legislativa ou forem proferidas em razão desta.
b) a diplomação de Senador da República ou Deputado Federal, no curso de processo criminal,
no qual já tenha sido proferida sentença condenatória por juiz de primeiro grau pendente de
apelação, acarreta a imediata cessação da competência da Justiça local e o seu deslocamento para
o Supremo Tribunal Federal.
c) o Supremo Tribunal Federal não tem competência para processar e julgar ação popular
ajuizada em face de Senador da República ou Deputado Federal por ato praticado antes de sua
diplomação.
d) o Supremo Tribunal Federal, ao receber denúncia contra Senador da República ou Deputado
Federal, por crime ocorrido após a diplomação, dará ciência à Casa respectiva que, por iniciativa
de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá sustar o
andamento da ação até a decisão final.
e) o Deputado Federal ou Senador da República que sofrer condenação criminal em sentença
transitada em julgado, terá a perda de seu mandato declarada pela Mesa da Casa respectiva, de
ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado
no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
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II. Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser proprietários,
controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
III. Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento
perante o Supremo Tribunal Federal.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
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c) que os Deputados e Senadores não sejam processados criminalmente por opiniões, palavras e
votos proferidos dentro ou fora do parlamento, desde que haja conexão entre a ofensa irrogada
e o exercício do mandato. A prerrogativa não impede que os parlamentares sejam civilmente
processados pela vítima da ofensa.
d) que os Deputados e Senadores sejam processados criminalmente apenas pelos crimes de
injúria e difamação. A prerrogativa não impede processo criminal por calúnia, mesmo que a ofensa
tenha sido irrogada dentro do parlamento e esteja relacionada com o exercício do mandato.
e) que processos cíveis e criminais decorrentes de opiniões, palavras e votos proferidos pelos
Deputados e Senadores dentro do parlamento fiquem automaticamente suspensos enquanto
durar o mandato legislativo, ficando também suspenso o curso do prazo prescricional.
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54. (FGV/TJ PA/JUIZ ESTADUAL/2008) Com base na Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 e suas atualizações, assinale a alternativa correta.
a) Conforme mandamento constitucional, os vereadores se beneficiam de todas as imunidades
formais.
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e) não responderá penalmente por seu discurso, uma vez que o Plenário da Assembleia Legislativa
é um espaço democrático, de maneira que todos os cidadãos que nele discursam não respondem
por quaisquer opiniões que venham a proferir.
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GABARITO
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RESUMO ESTRATÉGICO
Vamos começar com a revisão? Para aumentar ainda mais a assimilação da matéria nosso resumo
estratégico será feito em tópicos, apenas com palavras-chave, parecido com a técnica de
“fichamento”, método comprovadamente eficaz na memorização e organização mental da matéria.
Assim, você poderá fazer uma revisão semanal até o dia da prova.
Art. 49: competências exclusivas do Congresso Nacional reguladas por Decreto Legislativo, que
não é encaminhado à sanção ou veto. As mais cobradas na ordem de prioridade:
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A remuneração referente aos cargos, empregos e funções será regulada por lei, que necessita de
aprovação nas duas Casas e, após, seguirá à sanção ou veto.
3. ATRIBUIÇÕES DO SENADO FEDERAL
Em regra, as matérias do artigo 52 serão reguladas por Resolução que não é encaminhada à sanção
ou veto. As mais cobradas na ordem de prioridade:
III1 - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
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c) Governador de Território;
e) Procurador-Geral da República;
IV3 - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a
escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
XI3 - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;
Processar e julgar (impeachment) autoridades elencadas nos incisos I e II do artigo 52. O Senado
atuará como tribunal político, sob a presidência do STF. O Senado poderá condenar o acusado
por voto de 2/3 dos seus membros, ficando o condenado inabilitado de exercer a função pública
por 8 anos. A renúncia após iniciada a sessão de julgamento, não paralisa o processo de
impeachment.
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A remuneração referente aos cargos, empregos e funções será regulada por lei, que necessita de
aprovação nas duas Casas e, após, seguirá à sanção ou veto.
Dicas para memorizar:
Senado processa, julga aprova a escolha ou exonera autoridades. A Câmara apenas autoriza a
instauração do processo contra o Presidente e Vice e os Ministros de Estado em crimes conexos.
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(i) contra a prisão a partir da diplomação: só pode ser preso em flagrante de crime
inafiançável (CF/88) ou decisão judicial transitada em julgado (jurisprudência);
(ii) possibilidade de sustação do processo penal pela Casa legislativa por crime cometido
após a diplomação. O STF dará ciência à Casa legislativa. Pedido de sustação por partido
político com representação na Casa respectiva e decisão do Plenário da Casa em até 45 dias
do pedido. Aprovação por maioria absoluta e votação aberta. A sustação do andamento do
processo suspende o prazo de prescrição enquanto durar o mandato.
Imunidade formal: contra a prisão
Crimes cometidos antes da diplomação Aplica-se a imunidade formal
Crimes cometidos após a diplomação Aplica-se a imunidade formal
Imunidade formal: sustação da ação penal
Crimes cometidos antes da diplomação Não há imunidade formal
Crimes cometidos após a diplomação Aplica-se a imunidade formal
Suspensão das imunidades durante estado de Sítio: voto de 2/3 dos membros e para atos
praticados fora do Congresso Nacional e incompatíveis com a medida;
Prerrogativas Parlamentares.
Prerrogativa de foro: julgados penalmente desde a expedição do diploma perante o STF.
Jurisprudência: por crimes cometidos durante o exercício do mandato e, após o final da
instrução penal a competência para processar e julgar não será mais afetada. Termo inicial:
expedição do diploma; Termo final: término do mandato. Parlamentar licenciado mantém a
prerrogativa de foro. Suplentes: prerrogativas e imunidades apenas quando no exercício do
mandato. Crime cometido por parlamentar e não parlamentar: a regra é o desmembramento
do processo. Excepcionalmente, mantém-se o foro perante o STF de pessoas sem tal
prerrogativa, mas se aprovada a sustação da ação penal para parlamentar, o processo será
separado.
Sigilo da fonte: os parlamentares não serão obrigados a testemunhar sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações. São obrigados a testemunhar sobre fatos que não
tenham relação como o mandato. Se indiciados ou acusados, terão direito ao silêncio para não
se autoincriminar.
Incorporação às forças armadas: licença prévia da Casa respectiva, ainda que militares e em
tempo de guerra.
Incompatibilidades
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Perda de Mandato
Decisão do Plenário Decisão da Mesa
I - que infringir qualquer das proibições III - que deixar de comparecer, em cada sessão
estabelecidas no artigo anterior legislativa, à terça parte das sessões ordinárias,
[incompatibilidades]; salvo licença ou missão autorizada pela Casa
respectiva;
Decidida pela Câmara ou Senado por maioria Declarada pela Mesa da Casa respectiva:
absoluta em votação ostensiva (aberta):
de ofício; ou
mediante provocação de(a): mediante provocação de:
Mesa respectiva; ou qualquer de seus membros; ou
partido político representado no partido político representado no
Congresso Nacional; Congresso Nacional;
assegurada ampla defesa. assegurada ampla defesa.
Decoro Parlamentar.
Jurisprudência STF: 1) incluem atos praticados na legislatura anterior, mas não atos praticados
antes do exercício do mandato; 2) aplicam-se aos parlamentares licenciados para exercício de
cargo no Executivo às vedações, incompatibilidades e regras de decoro parlamentar.
Incompatível com o Decoro Parlamentar:
o abuso das prerrogativas asseguradas aos Deputados;
a percepção de vantagens indevidas;
casos definidos no regimento da Casa respectiva.
Renúncia ao Mandato:
Independe de aprovação;
Efeitos suspensos: se parlamentar submetido a processo disciplinar que vise a perda do
mandato;
Não perde o Mandato:
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Perda de Mandato
Decisão do Plenário Decisão da Mesa
I - que infringir qualquer das proibições III - que deixar de comparecer, em cada
estabelecidas no artigo anterior sessão legislativa, à terça parte das sessões
[incompatibilidades]; ordinárias, salvo licença ou missão
autorizada pela Assembleia;
II - cujo procedimento for declarado IV - que perder ou tiver suspensos os
incompatível com o decoro parlamentar; direitos políticos;
VI - que sofrer condenação criminal em V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos
sentença transitada em julgado. casos previstos na constituição Federal;
Decidida pela Câmara ou Senado por Declarada pela Mesa da Casa respectiva:
maioria absoluta em votação ostensiva de ofício; ou
(aberta): mediante provocação de:
mediante provocação de(a): qualquer de seus membros; ou
Mesa respectiva; ou partido político representado no
partido político representado no Congresso Nacional;
Congresso Nacional; assegurada ampla defesa.
assegurada ampla defesa.
Juízo político Não há margem para juízo de
A perda não é automática: conveniência;
Provocação; A Mesa é obrigada a declarar a perda do
Ampla defesa; mandato;
Decisão. Se comprovada qualquer das
ocorrências dos incisos III a V.
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Tratar de Até 120 Pode exceder 120 dias se o período incluir duas
dias por sessões legislativas. Nesse caso, haverá convocação
interesse sessão de Suplente.
particular legislativa
Convocação de suplente
Em caso de vaga
Convoca-se suplente
imediatamente
(falecimento, renúncia e perda do mandato)
Em caso de investidura nos cargos
Convoca-se suplente
imediatamente
previstos no inciso I
Licença por motivo de saúde
Convoca-se suplente
imediatamente
por mais de 120 dias
Licença por interesse particular
Convoca-se suplente
imediatamente
(por mais de 120 dias)
Licença por motivo de saúde
Não é convocado suplente
por até 120 dias
Licença por interesse particular
Não é convocado suplente
(por até 120 dias)
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