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Aula 01

Senado Federal (Cargos de Consultor


Legislativo) Processo Legislativo
Constitucional - 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Luiz Claudio Santos, Miguel
Gerônimo Netto

08 de Setembro de 2022

00448220733 - David de Almeida Paes


Luiz Claudio Santos, Miguel Gerônimo Netto
Aula 01

Sumário

Apresentação ................................................................................................................................... 2

Atribuições do Congresso Nacional ................................................................................................ 3

Atribuições da Câmara dos Deputados ........................................................................................... 9

Atribuições do Senado Federal ..................................................................................................... 11

Convocação e Pedido de Informação a Ministros de Estado ........................................................ 18

Dos Deputados e Senadores (Estatuto dos Congressistas)............................................................ 21

Das Imunidades Parlamentares .................................................................................................. 21

1.1 – Imunidades Parlamentares ............................................................................................. 21

1.2 – Prerrogativas Parlamentares ........................................................................................... 29

1.3 – Incompatibilidades ......................................................................................................... 35

1.4 – Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores ................................................................ 36

Da Perda do Mandato e da Renúncia ......................................................................................... 37

2.1 – Perda de Mandato.......................................................................................................... 37

2.2 – Renúncia ao Mandato..................................................................................................... 44

2.3 – Não Perde o Mandato .................................................................................................... 45

2.4 – Da Convocação de Suplente .......................................................................................... 47

2.5 – Das Vagas e Nova Eleição .............................................................................................. 49

Questões Comentadas .................................................................................................................. 51

Das Atribuições do Congresso Nacional, da Câmara e do Senado ........................................... 51

Fundação Getúlio Vargas (FGV) .............................................................................................. 51

Outras Bancas Examinadoras .................................................................................................. 64

Deputados e Senadores (Estatuto dos Congressistas) ............................................................... 69

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Fundação Getúlio Vargas (FGV) .............................................................................................. 69

Outras Bancas Examinadoras .................................................................................................. 83

Lista de Questões .......................................................................................................................... 90

Das Atribuições do Congresso Nacional, da Câmara e do Senado .. Erro! Indicador não definido.

Fundação Getúlio Vargas (FGV) ..................................................... Erro! Indicador não definido.

Das Atribuições do Congresso Nacional, da Câmara e do Senado ........................................... 90

Fundação Getúlio Vargas (FGV) .............................................................................................. 90

Outras Bancas Examinadoras .................................................................................................. 98

Deputados e Senadores (Estatuto dos Congressistas) ............................................................. 101

Fundação Getúlio Vargas (FGV) ............................................................................................ 101

Outras Bancas Examinadoras ................................................................................................ 109

Gabarito ....................................................................................................................................... 113

Resumo Estratégico ..................................................................................................................... 114

Mapas Mentais e Quadros ........................................................................................................... 122

APRESENTAÇÃO
Olá aluno(a), é uma alegria rever você novamente!

Em conformidade como o cronograma do curso, nesta aula 1, você aprenderá com muita
segurança e eficiência sobre as atribuições do Congresso Nacional e de suas Casas, convocação
de Ministro de Estado e pedidos de informações a essa autoridade e, finalmente, Deputados e
Senadores e o denominado Estatuto dos Congressistas.

Vamos em frente, rumo à aprovação?

Luiz Claudio e Miguel Gerônimo

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ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

Ao listar as competências do Congresso Nacional e


de suas Casas, acrescentamos após o número de
cada inciso numeração de 1 a 5 em vermelho para
indicar a ordem de prioridade para aprendizado,
considerando a quantidade de vezes que o conteúdo do dispositivo constou em
prova de concurso, conforme pesquisa em quase mil questões sobre o Poder
Legislativo aplicadas por diferentes bancas no período de 2015 a março de 2022.
Após o conteúdo de cada inciso, incluímos entre parênteses e na cor vermelha, a
quantidade de questões em que o conteúdo foi cobrado.

Legenda:

1 – 14 ou mais questões;

2 – de 9 a 13 questões;

3 – de 5 a 8 questões;

4 – de 3 a 4 questões;

5 – até 2 questões.

As competências do Congresso Nacional estão dispostas nos artigos 48 e 49 da Constituição


Federal:

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,


não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as
matérias de competência da União, especialmente sobre:

I3 - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; (em 5 questões)

II4 - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de


crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; (em 3 questões)

III5 - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; (em nenhuma questão, mas houve 4
questões sobre o assunto com base no art. 61, § 1º, I)

IV4 - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; (em 3


questões)

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V5 - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da


União; (em 2 questões)

VI4 - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou


Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas; (em 3 questões)

VII5 - transferência temporária da sede do Governo Federal; (em 1 questão)

VIII3 - concessão de anistia; (em 8 questões)

IX5 - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria


Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público
do Distrito Federal; (em 1 questão)

X5 - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas,


observado o que estabelece o art. 84, VI, b; (em 1 questão)

XI4 - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; (em 3 questões)

XII5 - telecomunicações e radiodifusão; (em 1 questão)

XIII4 - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas


operações; (em 4 questões)

XIV5 - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. (em
2 questões)

XV5 - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado


o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (em 1 questão)

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

I1 - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que


acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; (em 14 questões)

II4 - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a


permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei
complementar; (em 4 questões)

III3 - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do


País, quando a ausência exceder a quinze dias; (em 7 questões)

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IV1 - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de


sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; (em 14 questões)

V2 - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder


regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; (em 11 questões)

VI3 - mudar temporariamente sua sede; (em 5 questões)

VII5 - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores,


observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (em
1 questão)

VIII5 - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos


Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II,
153, III, e 153, § 2º, I; (em 1 questão)

IX2 - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e


apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; (em 11 questões)

X4 - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do


Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; (em 3 questões)

XI5 - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição


normativa dos outros Poderes; (em 2 questões)

XII2 - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de


rádio e televisão; (em 11 questões)

XIII3 - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; (em 8 questões)

XIV5 - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; (em 2


questões)

XV2 - autorizar referendo e convocar plebiscito; (em 9 questões)

XVI4 - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos


hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; (em 4 questões)

XVII5 - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área


superior a dois mil e quinhentos hectares. (em 1 questão)

XVIII* - decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos


arts. 167- B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (em nenhuma questão.
Inciso acrescentado pela EC 109/2021))

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Existe uma diferença gritante entre as competências do Congresso Nacional para legislar sobre
todas as matérias de competência da União (art. 48) e as atribuições exclusivas do Congresso (art.
49):

 No artigo 48, nós falamos obrigatoriamente em projeto de lei (ordinária ou complementar)


que será enviado ao Presidente da República para sanção ou veto (veremos com mais
detalhes nas aulas de processo legislativo). Então, ao ouvir falar em atribuições do art. 48,
você já pode tirar as seguintes conclusões: a rigor será um projeto de lei que, em regra,
passará por cada Casa (Câmara e Senado) separadamente, pois as matérias orçamentárias
previstas no inciso II desse artigo são apreciadas em sessão conjunta; e, por ser projeto de
lei, será encaminhado ao Presidente da República para sanção ou veto (anote aí, somente
projetos de lei são sancionados ou vetados). Você deve lembrar que, em caráter
excepcional, admite-se a edição de medidas provisórias para algumas hipóteses do artigo
48.
 Ainda no artigo 48, você perceberá que a Constituição trouxe alguns exemplos de
matérias que serão reguladas por lei (ordinária ou complementar). É um rol meramente
exemplificativo. As competências da União (privativas e concorrentes) estão previstas
basicamente nos artigos 22, 24 e 48, mas há outras como as previstas nos arts. 149, 153,
164, 178, 184 e 195. Ou seja, as matérias elencadas no artigo 48 têm relação, em princípio,
com as hipóteses previstas nos artigos 22 e 24 da Constituição Federal. Veja como é
lógico, o Congresso só vai poder legislar (CF, art. 48) sobre as matérias de competências
da União, estando as principais previstas nos arts. 22 e 24 da CF.
 O artigo 49, por sua vez, traz competências exclusivas do Congresso Nacional. Essas
matérias serão reguladas por Decreto Legislativo (e não por lei). Nesse caso, não há que
se falar em sanção ou veto presidencial, ok?

Agora, você poderia falar: professores, é muita coisa para memorizar! Não existem macetes? Sim,
existem, e alguns podem aumentar sua eficiência na resolução de questões na prova!

Sabemos o quão desafiador é memorizar todas as 32 hipóteses elencadas nos artigos 48 e 49 e,


ainda, as competências privativas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Certamente,
por isso, o examinador adora cobrá-las na prova, já que assim ele consegue eliminar muita gente
boa. Então, para otimização da aprendizagem, siga essas recomendações:

1º. Priorize a memorização das atribuições exclusivas do CN. Conforme pesquisa em quase mil
questões sobre o Poder Legislativo aplicadas por diferentes bancas no período de 2015 a
março de 2022, verificamos que para cada três citações de atribuição do art. 49 havia
apenas uma de atribuição do art. 48 (Proporção 3:1), ou seja, as bancas demonstram
preferência em cobrar atribuições exclusivas do CN.

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2º. Por ser novidade acrescentada pela EC nº 109/2021, observe com atenção a competência
exclusiva do Congresso Nacional de decretar o estado de calamidade pública de âmbito
nacional. Curiosamente, o exercício dessa competência exclusiva do CN se realiza a partir
de iniciativa privativa do Presidente da República (CF, art. 167-B).

3º. Memorize primeiramente as atribuições mais cobradas nos últimos concursos realizados
no período 2015 a março de 2022, muitas dessas questões constam na lista de questões
desta aula. Incisos com prioridade 1 para aprendizagem: Art. 49, I e IV. Incisos com
prioridade 2: Art. 49, V, IX, XII e XV. Incisos com prioridade 3: Art. 48, I e VIII; e Art. 49, III,
VI e XIII. Assim, a lista fica reduzida a quase um terço (11 atribuições apenas das 32
existentes), e as que constaram em pelo menos 9 questões (6 atribuições) equivalem a
menos de um quinto da lista completa. Passo seguinte, estude as atribuições de prioridade
4 e, depois, as de prioridade 5.

4º. Avance na memorização dessas listas dos artigos 48 e 49 estudando-as em conjunto com
as competências privativas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Essa técnica
é essencial, pois as bancas costumam misturar atribuições do CN com competências
privativas de suas Casas, em especial as do SF.

5º. Ao estudar essas listas de atribuições do CN, considere, ainda, que as hipóteses do artigo
48 são reguladas por lei, portanto, têm maior abrangência e importância e são bem
parecidas com aquelas competências que encontramos nos artigos 22 e 24 da CF/88
(competências da União). As atribuições do artigo 49 referem-se mais a “autorizar
(autorização)”, “fiscalizar (fiscalização)” e “aprovar (aprovação)”. Estão muito ligadas com
a relação Executivo  Legislativo.

6º. Na hora da prova, você pode usar o seguinte macete:

 Se o início da questão falar em “competência exclusiva do Congresso Nacional” 


artigo 49 (decretos legislativos). Se a questão falar apenas “competência do
Congresso Nacional”  artigo 48 (lei).

Cuidado com o macete de relacionar substantivo ao art.


48 e verbo ao art. 49.

O examinador pode transformar verbo em substantivo


e substantivo em verbo, em vez de simplesmente utilizar a literalidade do texto
contido na Constituição. Exemplos:

1) transformar verbo em substantivo: “escolher dois terços dos membros do


Tribunal de Contas da União” (CF, art. 49, XIII), o examinador pode reescrever essa

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competência por meio da transformação do verbo em substantivo ao dizer: “a


escolha de dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União”;

2) transformar substantivo em verbo: “fixação e modificação do efetivo das Forças


Armadas” (CF, art. 48, III)  “fixar e modificar o efetivo das Forças Armadas”.

A questão a seguir é um exemplo dessa artimanha do examinador

(FGV/Senado/Advogado/2008) Assinale, dentre as matérias abaixo relacionadas, incluídas na


competência legislativa do Congresso Nacional, aquelas em que não se exige a sanção do
Presidente da República.
a) organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União
e dos Territórios
b) tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos
ao patrimônio nacional
c) matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações
d) criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas
e) concessão de anistia
Comentário
Itens “a”, “c”, “d” e “e”. incorretos. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente
da República (CF, art. 48, VIII, IX, X e XIII). Item “b”. correto. Competência exclusiva do Congresso
Nacional (CF, art. 49, I). Gabarito: Letra B.

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ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


O artigo 51 da Constituição Federal traz as competências privativas da Câmara dos Deputados:

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:

I1 - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o


Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; (em 24 questões)

II1 - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não


apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa; (em 19 questões)

III5 - elaborar seu regimento interno; (em 1 questão)

IV5 - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação


ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei
para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias; (em 1 questão)

V3 - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. (em 7

questões)

Como vimos no capítulo anterior, as matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional


(art. 49) não irão à sanção ou veto por serem reguladas por Decreto Legislativo.

Da mesma maneira, em regra, não serão remetidas à sanção ou veto as matérias de competência
privativa da Câmara dos Deputados por serem disciplinadas por Resoluções (e não por leis). Então,
cabe ao presidente da Câmara dos Deputados promulgar essas resoluções.

A única exceção diz respeito à iniciativa de lei para fixação da remuneração referente aos cargos,
empregos e funções de seus serviços (CF, art. 51, IV, in fine). Nesse caso, após a aprovação do
projeto separadamente em cada Casa, a matéria seguirá ao Presidente da República, que poderá
sancionar ou vetar o projeto de lei de iniciativa da Câmara.

Como são poucas as hipóteses, recomendamos que saiba todas na ponta da língua; entretanto,
alguns dispositivos merecem atenção muito especial:

 Art. 51, I. Foi cobrado em 24 questões no período 2015 a março de 2022. Existem 2
detalhes que você tem que levar para a prova:
 O entendimento do STF é que a Câmara tem que autorizar por 2/3 de seus membros a
instauração de processo contra o Presidente e Vice-Presidente da República, exercendo

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um juízo de admissibilidade, de natureza política. Quanto aos Ministros de Estado, a


resposta é: depende. Em regra, não se exige que a Câmara autorize por 2/3 a
instauração de processo contra Ministro de Estado, seja por crime comum ou de
responsabilidade. Entretanto, se o crime cometido tiver conexão com o crime imputado
ao Presidente da República, será necessária a autorização de 2/3 da Câmara dos
Deputados (QCRQO 427/DF, rel. Min. Moreira Alves, 14.03.1990).
 O Presidente e Vice serão julgados: (i) pelo Senado, em caso de crime de
responsabilidade; (ii) pelo STF, em crimes comuns. Em ambos os casos é necessário que
a Câmara autorize a instauração do processo. Agora vem a pergunta: imagine que a
Câmara autorize por 2/3 a instauração do processo, o Senado e o STF são obrigados a
julgá-lo? O STF e a doutrina entendem que o Senado não é obrigado a promover o
julgamento do Presidente ou Vice. Igualmente, em caso de crime comum, o STF também
não é obrigado a julgar o Presidente. Assim como o Senado pode não admitir a denúncia
ou manifestar-se por sua não procedência, nada impede que o STF determine o
arquivamento da denúncia ou queixa-crime, se entender que inexistem elementos
suficientes para instaurar o processo.
 Art. 51, II. Está na prioridade 1, pois foi bastante cobrado no período 2015 a março de
2022 e dispõe sobre a tomada de contas do Presidente da República [...]. Então, você deve
diferenciar essa competência da competência exclusiva do CN de julgar as contas do
Presidente da República (CF, art. 49, IX), que está na prioridade 3. Então, atenção,
compete privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao Congresso
Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior (CF, art. 84. XXIV). Ao Tribunal de Contas da União
compete apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante
parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento
(CF, art. 71, I). Compete exclusivamente ao Congresso Nacional julgar as contas prestadas
pelo Presidente da República (CF, art. 49, IX). Esse julgamento ocorre em caráter definitivo
e sem possibilidade de recurso a qualquer outro órgão. Caso o Presidente não apresente
as contas no prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, a Câmara dos
Deputados deverá proceder à sua tomada para posterior apreciação pelo TCU e
julgamento pelo Congresso Nacional.
 Art. 51, IV. Dispositivo classificado na prioridade 5, ou seja, foi cobrado uma única vez no
período analisado. Recomendamos que você divida-o em 2 partes:

1º. “dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou


extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços”: essas normas de
funcionamento são realizadas também por meio de resoluções, como vimos acima. A

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transformação ou extinção de cargos, empregos e funções não poderá gerar novas


despesas.

2º. “a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros


estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias”: antes da Emenda Constitucional
19/1998, a Câmara poderia fixar a remuneração de seus servidores apenas por uma
Resolução. Atualmente, a Câmara tem apenas a iniciativa privativa para propor um
projeto de lei para fixar a remuneração dos servidores. Então, atenção na hora da
prova, a fixação de remuneração é de iniciativa privativa da Câmara e tem que ser
feita, obrigatoriamente, por lei (e não mais por resolução). Logo, a Câmara apresenta
o projeto de lei, que deverá ser aprovado pelas duas Casas (CD e SF) e sancionado
pelo Presidente da República para ser transformado em lei e, efetivamente, alterar a
remuneração dos servidores da Câmara.

ATRIBUIÇÕES DO SENADO FEDERAL


O artigo 52 da Constituição Federal traz as competências privativas do Senado Federal:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

I1 - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de


responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles; (em 18 questões)

II2 processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do


Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade; (em 9 questões)

III3 - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
(em 7 questões)

a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da


República;

c) Governador de Território;

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d) Presidente e diretores do banco central;

e) Procurador-Geral da República;

f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

IV3 - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a
escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; (em 5 questões)

V2 - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União,


dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; (em 13 questões)

VI5 - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o


montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; (em 2 questões)

VII5 - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo
e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas
autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; (em 2 questões)

VIII4 - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em


operações de crédito externo e interno; (em 4 questões)

IX3 - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (em 5 questões)

X4 - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional


por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; (em 4 questões)

XI3 - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; (em 5 questões)

XII5 - elaborar seu regimento interno; (em 2 questões)

XIII5 - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,


transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a
iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (em nenhuma questão)

XIV3 - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. (em 7
questões)

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XV5 - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em


sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias
da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (em 2 questões)

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente
o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será
proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das
demais sanções judiciais cabíveis. (em 1 questão)

Assim, como na Câmara dos Deputados, as competências privativas do Senado Federal serão
exercidas, em regra, por meio de Resolução, que não será encaminhada à sanção ou veto (art. 52,
caput).

Da mesma forma que ocorreu em relação à Câmara dos Deputados, a Emenda Constitucional
19/1998 modificou a competência do Senado para fixar a remuneração de seus servidores.
Atualmente, o Senado tem apenas a iniciativa privativa para propor projeto de lei para fixar a
remuneração dos servidores (obrigatoriamente por lei e não mais por Resolução). Portanto, a
remuneração dos cargos, empregos e funções dos serviços do Senado somente poderá ser
aumentada se o Senado apresentar o projeto de lei respectivo, ambas as Casas do Congresso
Nacional aprová-lo e, ainda, o Presidente da República sancioná-lo. Nesse caso, haverá uma lei a
ser promulgada e publicada para fixar a remuneração dos servidores do Senado.

Existem dois dispositivos que merecem maior atenção na hora da prova:

 Art. 52, I e II. Esses incisos estão classificados nas prioridades 1 e 2, respectivamente. O
Senado Federal poderá julgar as autoridades elencadas nos incisos I e II do artigo 52 da
CF/88 (função atípica de julgar). Nessa hipótese, denominada de impeachment, o Senado
atuará como tribunal político, sob a Presidência do Presidente do STF (CF, art. 52,
parágrafo único). Lembre que só será necessária a autorização da Câmara para processar
e julgar (nos crimes comum ou de responsabilidade), o Presidente, o Vice-Presidente e, se
o crime for conexo, também os Ministros de Estado. Porém, conforme entendimento
doutrinário e jurisprudencial, a autorização da Câmara não obriga o Senado a julgar a
autoridade. Cabe ao Senado Federal três decisões: 1) decidir, por maioria simples, se
instaurará ou não o processo, 2) decidir, por maioria simples, pela procedência ou não da
acusação, e 3) decidir, por dois terços dos seus membros, pela condenação da autoridade.

As hipóteses do inciso II independem de autorização da Câmara.

Em todos os casos, o Senado poderá condenar o acusado pelo voto de 2/3 dos seus
membros. A renúncia ao cargo, durante a sessão de julgamento, quando já iniciado este,
não paralisa o processo de impeachment (MS 21.689/DF, rel. Min, Carlos Velloso,

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16.12.1993). Além da perda do mandato, há a previsão da pena de inabilitação para se


exercer função pública por 8 anos.

Impeachment de Dilma Rousseff

Em 2016, no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Senado


Federal realizou duas votações separadas: na primeira, o Senado decidiu pela
perda do mandato, e, na segunda, a Casa não alcançou o quórum de 2/3 dos
votos para a aplicação da pena de inelegibilidade por oito anos e, por isso,
houve a manutenção dos direitos políticos. De acordo com a interpretação do
Senado, a aplicação de ambas as penas dependia do voto favorável de 2/3 dos
senadores. Conforme consta da sentença assinada pelo ministro Ricardo
Lewandoski, presidente do STF à época, “em votação subsequente, o Senado
Federal decidiu afastar a pena de inabilitação para o exercício de cargo público,
em virtude de não se haver obtido nesta votação 2/3 dos votos
constitucionalmente previstos, tendo-se verificado 42 votos favoráveis à
aplicação da pena, 36 contrários e três abstenções”.

Essa decisão contrariou o entendimento doutrinário predominante à época de


que as penas de perda do cargo e inabilitação para funções públicas fossem
cumulativas e vinculadas, ou seja, não se poderia aplicar uma pena e deixar de
aplicar a outra.

Apesar desse controverso caso prático, a realização de votações separadas para


a aplicação de cada uma dessas penas não tem sido defendida na doutrina.
Autores como Sylvio Motta (Direito Constitucional, 28ª edição), Welber de
Moura Agra (Curso de Direito Constitucional, 9ª edição), Vicente Paulo e
Marcelo Alexandrino (Direito Constitucional Descomplicado, 21ª edição, 2022)
não comentam essa decisão do Senado Federal e, assim, se limitam a citar ou
parafrasear a previsão contida na Constituição Federal. Em duas obras
consultadas, encontramos comentários sobre essa prática: “A controvérsia sobre
a correção desse expediente ainda está em curso” (Curso de Direito
Constitucional, Gilmar Mendes e Paulo Branco, 15ª edição, 2020, p. 1069).
“Ainda que se admita como correto a autonomia das sanções, o fato de serem
sanções autônomas não nos permite concluir que elas podem ser votadas em
separado tal qual foi realizado na ocasião do último processo de impeachment”

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(Direito Constitucional Brasileiro, Nelson Nery Jr. e Georges Abboud, 2ª edição,


2019, p. 726).

 Art. 52, V. Classificada na prioridade 2: autorizar operações externas de natureza financeira,


de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

Vamos ajudar você a comparar as competências privativas da Câmara e do Senado em que há


semelhança ou relação e identificar as demais, facilitando o processo de compreensão e
memorização dessas competências.

Como você pode perceber, os incisos XII, XIII e XIV do artigo 52 (Senado) são praticamente
idênticos aos incisos III, IV e V do artigo 51 (Câmara). Além disso, há relação entre o disposto nos
incisos I de ambos artigos. Preparamos a seguir esquema comparativo para que fique mais fácil
para você memorizar essas competências, mas saiba que, nas questões de 2015 a março de 2022,
duas dessas competências similares praticamente não receberam atenção das bancas, pois
constaram em pouquíssimas questões, sendo classificadas na prioridade e 5: tanto as da CD (III e
IV) quanto as do SF (XII e XIII). A competência privativa de cada uma das Casas de eleger membros
do Conselho da República foi cobrada em sete questões de prova no citado período.

Quadro 1: Competências Privativas da Câmara e Senado em que há semelhança ou relação

Competências Privativas da Câmara e Senado


em que há semelhança ou relação
CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da
instauração de processo contra o Presidente e o Vice- República nos crimes de responsabilidade, bem como os
Presidente da República e os Ministros de Estado; Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza
conexos com aqueles;
III - elaborar seu regimento interno; XII - elaborar seu regimento interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento,
polícia, criação, transformação ou extinção dos polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei
iniciativa de lei para fixação da respectiva para fixação da respectiva remuneração, observados os
remuneração, observados os parâmetros parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, nos XIV - eleger membros do Conselho da República, nos
termos do art. 89, VII. termos do art. 89, VII.

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Autoridades

No âmbito do Congresso Nacional, apenas o Senado


processa, julga, aprova a escolha (de) ou exonera
autoridades, conforme o caso.

A Câmara apenas autoriza a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-


Presidente da República e, em crimes conexos, os Ministros de Estado.

Você deve lembrar que o Congresso Nacional detém competência exclusiva para
escolher dois terços dos membros do TCU, ok?

Nas questões de 2015 a março de 2022 pesquisadas, as bancas cobraram 85 vezes atribuições do
Senado Federal. Como já falamos para você, as bancas misturam atribuições do Congresso
Nacional com atribuições do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados na mesma questão.
Então, considerando as questões desse período, as recomendações são as seguintes para
otimização da aprendizagem:

1º. Memorize primeiramente a atribuição mais cobrada nos últimos concursos realizados
(2015 a março de 2022): Art. 52, I.

2º. Memorize em seguida as atribuições de prioridade 2: Art. 52, II e V. Depois, as de


prioridade 3: Art. 52, III, IV, IX, XI e XIV.

3º. Por fim, as de prioridades 4 e 5, nessa ordem.

Competências do Senado versus Competências do Congresso

Competências privativas do Senado, palavras-chave que ajudam a identificá-las:


”processar e julgar”, “aprovar a escolha”, exoneração, garantia, “limites + dívida”,
“limites + crédito”, financeira, “avaliar + tributário(a)” e inconstitucional.

Competências exclusivas do Congresso, palavras-chave que ajudam a identificá-


las: Executivo, rádio, televisão, “outros Poderes”, terras.

Atenção: Dispor sobre operações de crédito, dívida pública é competência do


Congresso Nacional, com sanção do Presidente da República (CF, art. 48, I e II)

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(FGV/TCM PA/Auditor/2008) Em matéria de competência constitucional, assinale a alternativa


correta.
a) Cabe ao Congresso Nacional dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.
b) Cabe ao Congresso Nacional processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República
nos crimes de responsabilidade.
c) Compete privativamente à Câmara dos Deputados eleger membros do Conselho da República.
d) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de
Estado.
e) É da competência exclusiva do Congresso Nacional fixar, por proposta do Presidente da
República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
Comentário
Item “a”. incorreto. Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de
contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa (CF, art. 51, II). Compete exclusivamente ao
Congresso Nacional julgar as contas do Presidente da República (CF, art. 49, IX). Item “b”.
incorreto. Compete privativamente ao Senado Federal (CF, art. 52, I). Item “c”. correto. Cabe
esclarecer que eleger membros do Conselho da República consta no rol de competências
privativas tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal, cabendo a cada uma dessas
Casas exercê-la nos termos do art. 89 da CF, ou seja, cada Casa do Congresso Nacional elegerá
dois dos seis cidadãos que comporão o Conselho da República (CF, arts. 51, V; e 52, XIV). Item
“d”. incorreto. É competência privativa da Câmara dos Deputados (CF, art. 52, I). Item “e”.
incorreto. É competência privativa do Senado Federal (CF, art. 52, VI). Gabarito: Letra C.

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CONVOCAÇÃO E PEDIDO DE INFORMAÇÃO A MINISTROS DE


ESTADO
Sobre a convocação de Ministros de Estado e o pedido de informações a essas autoridades, você
deve examinar o previsto na CF, arts. 50 e 58, § 2º, III.

Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas


Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando
crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.

§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara


dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante
entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu
Ministério.

§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão


encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer
das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de
responsabilidade a recusa, ou o não-atendimento, no prazo de trinta dias, bem
como a prestação de informações falsas.

[...]

Art. 58. [...]

[...]

§ 2º Às Comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

[...]

III – convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos


inerentes a suas atribuições;

O artigo 50 da CF/88 traz uma das competências típicas do Poder Legislativo: fiscalizar a
administração pública. Para melhor entendimento desse dispositivo, divida-o em 3 partes:

1º. Convocação de Ministros de Estado ou autoridades subordinadas diretamente à


Presidência da República (CF, art. 50, caput):

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 São legitimados para convocar: (i) Câmara dos Deputados; (ii) Senado Federal; ou (iii)
qualquer de suas Comissões.
 As autoridades, caso sejam convocadas, têm que prestar pessoalmente informações
acerca de assuntos previamente determinados;
 Estará configurado crime de responsabilidade a ausência sem justificativa adequada.
2º. Comparecimento espontâneo de Ministros (CF, art. 50, § 1º):

 Poderão comparecer voluntariamente: (i) à Câmara dos Deputados; (ii) ao Senado Federal;
ou (iii) a qualquer de suas Comissões.
 O comparecimento será por iniciativa do Ministro em entendimento com a Mesa
respectiva (independentemente de convite ou requerimento de convocação).
 O Ministro fará a exposição, apenas, de assuntos de seu Ministério.
3º. Pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou autoridades diretamente
subordinadas à Presidência da República (CF, art. 50, § 2º):

 São legitimadas para enviar pedido escrito de informações: as Mesas (i) da Câmara dos
Deputados; ou (ii) do Senado Federal (não é possível que os congressistas ou as Comissões
façam esse pedido escrito diretamente).
 Estará configurado crime de responsabilidade: (i) a recusa; (ii) o não atendimento em 30
dias; ou (iii) prestar informações falsas.

O art. 58 da CF/88 enfatiza a competência das Comissões do Congresso Nacional para convocar
Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições. Mas,
como visto no art. 50, as Casas do Congresso Nacional e suas Comissões poderão convocar
ministros de Estado e também autoridades diretamente subordinadas à Presidência da República.

Entendimentos do STF sobre o assunto:

1) “1. A Constituição da República, em seu art. 50,


caput e § 2º, prescreve sistemática de controle do
Poder Legislativo sobre o Poder Executivo que, em razão do princípio da simetria,
deve ser observada pelos Estados membros. 2. Por força do art. 22, I da CRFB/88,
a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal se consolidou no sentido de que
o Estado-membro não está autorizado a ampliar o rol de autoridades sujeitas à
fiscalização direta pelo Poder Legislativo e à sanção por crime de
responsabilidade.” Em seu voto, o rel. min. Edson Fachin considerou que “Além
do poder de convocação dos Secretários de Estado, símiles dos Ministros de
Estado, parece-me que a norma deve ser também preservada quanto aos
Procuradores-Gerais de Estado. Como bem apontou em seu parecer a Advocacia-
Geral da União, a Constituição do Estado da Bahia, em seu art. 140, refere-se

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expressamente à Procuradoria-Geral do Estado como órgão [diretamente]


subordinado ao Governador de Estado”. [ADI 6.651, rel. min. Edson Fachin, j. 21-
2-2022, P, DJE de 30-3-2022.]

2) Dispositivo de Constituição Estadual que prevê convocação, pela Assembleia


Legislativa, de Governador do Estado, para prestar pessoalmente informações
sobre assunto determinado, importando crime de responsabilidade a ausência
sem justificação adequada afronta ao princípio da separação e harmonia dos
poderes (ADIn 111-MC, Rel. Min. Carlos Madeira, 1989);

3) É inconstitucional a norma de Constituição do Estado que, como pena cominada,


caracterize como crimes de responsabilidade a ausência injustificada de secretário
de Estado a convocação da assembleia legislativa, bem como o não atendimento,
pelo governador, secretário de Estado ou titular de entidade da administração
pública indireta, a pedido de informações da mesma assembleia. [ADI 3.279, rel.
min. Cezar Peluso, j. 16-11-2011, P, DJE de 15-2-2012.];

4) O poder de fiscalização legislativa da ação administrativa do Poder Executivo é


outorgado aos órgãos coletivos de cada Câmara do Congresso Nacional, no plano
federal, e da Assembleia Legislativa, no dos Estados; nunca aos seus membros
individualmente, salvo, é claro, quando atuem em representação (ou presentação)
de sua Casa ou comissão. [ADI 3.046, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 15-4-2004,
P, DJ de 28-5-2004.] = RMS 28.251 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 18-10-
2011, 2ª T, DJE de 22-11-2011;

(FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo/Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral e


Processo Legislativo/2012) Em relação à separação de poderes na Constituição da República de
1988, analise a afirmativa a seguir:
Qualquer comissão da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderá convocar Ministro de
Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, sob
pena de a ausência, sem justificação adequada, configurar crime de responsabilidade.
Comentário
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar
Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da
República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado,
importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada (CF, art. 50, caput).
Gabarito: Certo.

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DOS DEPUTADOS E SENADORES (ESTATUTO DOS


CONGRESSISTAS)
Neste tópico aprenderemos sobre o “estatuto dos congressistas”, que é o conjunto de
prerrogativas e vedações que a Constituição Federal confere aos Deputados e Senadores no
exercício de suas funções parlamentares.

A doutrina costuma dividir o estudo do estatuto dos congressistas em 3 partes: (i) imunidades
parlamentares; (ii) prerrogativas parlamentares; e (iii) incompatibilidades.

Das Imunidades Parlamentares

As prerrogativas parlamentares não podem ser vistas como um privilégio pessoal, mas sim como
uma garantia da independência do próprio Parlamento e da sua existência. É o instituto que
resguarda os parlamentares da ingerência dos outros Poderes da República e garante que a função
parlamentar seja exercida livremente, com independência.

Por isso, não é permitido que qualquer parlamentar abra mão de quaisquer das prerrogativas e
imunidades, elas são irrenunciáveis! Por isso, o ato que intente esse tipo de renúncia não surtirá
efeito jurídico.

1.1 – Imunidades Parlamentares

Conforme leciona Uadi Lammêgo Bulos em seu Curso de Direito Constitucional (2021, p. 1126),
“As imunidades parlamentares originaram-se na Inglaterra, no século XVII, para permitir aos
políticos discursar sem o arbítrio monárquico.”

Como falamos anteriormente, as imunidades são prerrogativas outorgadas aos membros do


Congresso Nacional pelo constituinte originário, para que eles possam exercer o mandato
parlamentar de maneira independente e com liberdade de manifestação.

As imunidades podem ser divididas em duas espécies diferentes: (a) imunidade material; e (b)
imunidade formal.

a) Imunidade material

A imunidade material (também denominada de imunidade real ou substantiva ou, ainda, de


inviolabilidade material) está prevista no artigo 53, caput, da Constituição Federal:

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CF/88

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por


quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

Dessa forma, o parlamentar é inviolável, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos proferidos em razão das suas funções parlamentares ou delas decorrentes, no
exercício do mandato eletivo. Assim, há doutrinadores que consideram que a Constituição Federal
protege o congressista contra a responsabilização penal, civil, administrativa (disciplinar) e política
por essas manifestações. Lenza (2022, p. 600) comenta tratar-se de “irresponsabilidade geral”.

A imunidade material é permanente e de ordem pública (não pode ser renunciada). É afastado
qualquer tipo de crime contra a honra (como a calúnia, difamação e injúria) e é repelida a
possibilidade de obrigação de reparação de dano civil, inclusive após o fim do mandato. Essa
imunidade descaracteriza o tipo penal e, por isso, o parlamentar não pode ser condenado.

Opiniões, palavras e votos de Deputados e Senadores devem possuir nexo de causalidade com
atividade parlamentar. Veja, o parlamentar estará protegido por imunidade material sempre que
essas manifestações tenham relação com o desempenho do mandato ou sejam proferidas em
decorrência dele, mesmo que esteja fora das dependências do Congresso Nacional. Se as
manifestações forem proferidas no recinto da Casa legislativa, o STF já julgou que há uma
presunção absoluta de que existe uma pertinência com a atividade parlamentar (PET 3.686/DF,
rel. Min. Celso de Mello, 28.08.2006).

Então, não cabe questionar o teor dos pronunciamentos no interior do Congresso Nacional
(presunção absoluta de pertinência); independente do que o parlamentar falar, ele sempre estará
protegido pela imunidade material (inviolabilidade material). Agora, se o pronunciamento do
congressista for realizado fora do ambiente do Congresso Nacional, deverá ser averiguado se há
conexão com o exercício do mandato ou da atividade parlamentar. (Paulo e Alexandrino, Direito
Constitucional Descomplicado, 2022, p. 479; e Paulo Branco, Curso de Direito Constitucional,
2022, p. 1089).

Para que você visualize melhor, apresentaremos exemplo hipotético: o Senador F, que é
radicalmente contra a cota para negros no serviço público, faz um discurso no plenário de cunho
racista e preconceituoso contra o projeto de regula a matéria. Mesmo em casos extremos como
esse, o parlamentar é resguardado penal, civil, disciplinar ou politicamente pelas suas opiniões,
palavras e votos. Por outro lado, caso se dirija a uma criança que, num parque público, tenha
acabado de empurrar sua filha, e diga em desfavor do pequenino palavras que exprimam seu
racismo e preconceito, estará sujeito às sanções decorrentes do crime de racismo, pois, nesse
caso, agiu como cidadão comum, sem qualquer relação com o exercício do mandato parlamentar,
e, portanto, estará sujeito ao direito comum.

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Recentes decisões do STF em desfavor de


parlamentares federais tendo em vista a
intepretação da não incidência da imunidade
parlamentar aos casos:

1) Em 2020, o STF condenou, por crime de difamação, deputado federal que


divulgou em seu perfil em rede social vídeo com conteúdo falso com o
propósito de difamação. Confira trechos do acórdão:

“A veiculação dolosa de vídeo com conteúdo fraudulento, para fins difamatórios,


conferindo ampla divulgação (rede social) a conteúdo sabidamente falso, não
encontra abrigo na nobre garantia constitucional da imunidade parlamentar,
insculpida no artigo 53 da Lei Maior, e que protege a liberdade e independência
dos eleitos para defender suas opiniões mediante suas palavras e votos.” (AP
1.021/DF, rel. Min. Luiz Fux, 19.08.2020).

2) Em 2021, o STF condenou deputado federal em decorrência de o parlamentar,


por meio de vídeo publicado no Youtube, proferir ofensas aos ministros da
Corte e propagar manifestações antidemocráticas. Segundo o STF, “A
Constituição Federal não permite a propagação de ideias contrárias à ordem
constitucional e ao Estado Democrático (CF, art. 5º, XLIV; 34, III e IV), nem
tampouco a realização de manifestações nas redes sociais visando ao
rompimento do Estado de Direito, com a extinção das cláusulas pétreas
constitucionais – Separação dos Poderes (CF, art. 60, § 4º), com a consequente,
instalação do arbítrio.” (Inq 4.781/DF, rel. Min. Alexandre de Moraes,
17.02.2021).
3) A decisão da Segunda Turma do STF, em 03.05.2022, por 3 X 2, de abrir ação
penal contra senador por injúria e difamação em postagens em redes sociais
demonstra que há divergência de entendimento entre os ministros da Corte
quanto ao assunto, pois enquanto o Relator ministro Celso de Mello havia
votado em 2020 pelo arquivamento do processo por considerar que as
manifestações estariam protegidas pela imunidade parlamentar, prevaleceu na
votação o voto-vista do ministro Gilmar Mendes, que entendeu que as críticas
feitas pelo senador são desvinculadas do mandato parlamentar (PETs 8242,
8259, 8262, 8263, 8267 e 8366). Em princípio, a divergência entre os ministros
recai sobre estarem ou não aquelas específicas manifestações do senador em
redes sociais vinculadas ou não ao exercício do mandato. Em outras palavras,
se as manifestações do parlamentar estiverem vinculadas ao mandato, estarão
protegidas pela imunidade material e, por isso, não haverá crime contra a
honra. Por outro lado, se tais manifestações injuriosas não tiverem relação com
o exercício parlamentar, não estarão protegidas pela imunidade e, logo,
estarão sujeitas a serem enquadradas como crime contra a honra.

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Controle Político

Na esfera política, como o parlamentar não poderá ser destituído pelos eleitores ou pelo partido
que o elegeu em decorrência de suas opiniões, palavras e votos, a única alternativa para tentar
minimizar os abusos e excessos é a própria Casa coibi-los com a representação por quebra de
decoro parlamentar e outros instrumentos regimentais. Por exemplo, de acordo com o Código de
Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, são procedimentos incompatíveis com o decoro
parlamentar, puníveis com a perda do mandato: 1) abusar das prerrogativas constitucionais
asseguradas aos membros do Congresso Nacional; 2) a percepção de vantagens indevidas, tais
como doações, ressalvados brindes sem valor econômico; e 3) a prática de irregularidades graves
no desempenho do mandato ou de encargos decorrentes (RISF, art. 32, § 1º; e Resolução nº 20,
de 1993, arts. 5º e 11, II).

Como afirmou o ministro Barroso, “a imunidade


cível e penal do parlamentar federal tem por
objetivo viabilizar o pleno exercício do mandato.
O excesso de linguagem pode configurar, em
tese, quebra de decoro, a ensejar o controle político” (Pet 5.647, j. 22.09.2015, DJE
de 26.11.2015) (apud Lenza, 2019).

Vale registrar que a imunidade material (ou inviolabilidade material) protege apenas aquele que
estiver no exercício do mandado. O titular ou o suplente que não estejam desempenhando as
funções parlamentares (por exemplo, parlamentar licenciado para exercer o cargo de ministro de
Estado ou suplente aguardando ser convocado) não estão protegidos por essas prerrogativas.

Cabe acrescentar, ainda, que a reprodução jornalística integral ou em síntese fiel das opiniões,
palavras e votos proferidos por congressista está também resguardada de responsabilização.

Queremos ainda destacar que a imunidade material não protege o parlamentar de manifestações
político-eleitorais, como, por exemplo, ofensa a adversário político em campanha eleitoral.

Em recente posicionamento (Rcl 25.537 –


26.06.2019), o STF considerou que “as
prerrogativas e imunidades parlamentares não se
estendem aos locais onde os parlamentares
exercem suas atividades nem ao corpo auxiliar”. Dessa forma, “a determinação de
busca e apreensão nas dependências do Senado Federal, desde que não
direcionada a apurar conduta de congressista [...] não se relaciona com as
imunidades parlamentares, sob pena de que tais prerrogativas sejam, ao fim e ao
cabo, estendidas a agentes públicos não detentores de mandato eletivo e que,
bem por isso, não se submetem a esse estatuto jurídico específico”.

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b) Imunidade formal

A imunidade formal (também denominada imunidade processual) está prevista no artigo 53, §§ 2º
a 5º, da Constituição Federal:

CF/88

Art. 53. ..........................................................................................................................

............................................................................................................................. ..........

§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não


poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo
voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após


a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus
membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.

§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo


improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.

§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.

Atenção com esse tema. Pois, desde a famosa ação penal 470 do “mensalão”, vários
parlamentares foram presos nos últimos anos em decorrência de condenação penal transitada em
julgado, e o STF mudou seu entendimento em alguns aspectos. Por conta disso, esse tema está
em evidência e tem grande possibilidade de aparecer no dia da sua prova, ok?

A imunidade formal protege o parlamentar: (i) contra a prisão a partir da diplomação pela Justiça
Eleitoral (antes mesmo de o parlamentar tomar posse); e (ii) abre a possibilidade de a Casa
Legislativa sustar a tramitação da ação penal em curso por crime cometido após a diplomação e
no exercício do mandato e relacionado à atividade parlamentar.

Diploma nada mais é do que um atestado expedido pela


Justiça Eleitoral que garante que aquele candidato foi
eleito regularmente. A partir desse momento, será
assegurada a imunidade formal referente à prisão.

A lógica constitucional é a seguinte, a supremacia do interesse público recomenda que o


parlamentar não seja afastado de sua atividade por uma atividade arbitrária de outro Poder da

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República ou em razão de perseguições políticas. Portanto, a fim de evitar esses desvios, a CF/88
prevê a imunidade formal, que traz dois privilégios processuais claros:

1º. Impossibilidade de ser preso (CF, art. 53, § 2º):

 Desde a expedição do diploma pela justiça eleitoral, em regra, o parlamentar não poderá
sofrer restrição em sua liberdade, sendo incabível inclusive a prisão civil por dívidas
(inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e depositário infiel).
 Entretanto, existem 2 exceções em que o parlamentar poderá ser preso:
i. No caso de prisão em flagrante de crime inafiançável, o parlamentar poderá ser
preso, mas, mesmo nesse caso, a manutenção da prisão dependerá de autorização
da Casa Legislativa. Nessa hipótese, os autos deverão ser remetidos em 24 horas à
Casa respectiva para que, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros e voto
aberto, decida se o parlamentar permanecerá ou não preso (CF, art. 53). Veja que
estamos diante de uma avaliação política sobre a prisão. Essa primeira exceção é a
única prevista na Constituição Federal, então, atenção para questões que cobrem
apenas a literalidade do texto, pois estarão corretas se reproduzirem exatamente o
texto da Constituição Federal em questão cujo comando exija análise com base na
Constituição Federal.

ii. Na hipótese de o parlamentar sofrer condenação criminal transitada em julgado (em


que não há mais possibilidade de recurso). Esse caso será explicado para você com
mais detalhes no tópico sobre perda de mandato (CF, art. 55, VI). O que precisa
saber por enquanto é que o STF entende que o parlamentar poderá ser preso por
condenação criminal transitada em julgado, mesmo que a respectiva Casa não casse
seu mandato. Nesse caso, a prisão não implica a perda automática do mandato
(STF, AP 565 de 2013). Essa foi a experiência da Câmara dos Deputados, em 2013,
com o então Deputado N.D, parlamentar condenado criminalmente que manteve
o mandato após a condenação e prisão, sendo inicialmente apenas afastado por
impossibilidade de comparecer aos trabalhos legislativos por permanecer preso.
Meses após a prisão é que a Câmara, num segundo processo, desta vez com
votação aberta por força da EC nº 76/2013, decidiu pela perda do mandato do
então Deputado. Essa segunda exceção à vedação à prisão de parlamentar decorre
apenas de jurisprudência do STF.

2º. Possibilidade de a Casa legislativa respectiva sustar o andamento da ação penal (CF, art. 53,
§§ 3º a 5º).

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 Em relação à possibilidade de a Casa sustar o andamento da ação penal, a imunidade


formal só alcança os crimes praticados após a diplomação do candidato.
 A denúncia do Ministério Público Federal (se ação pública) ou a queixa-crime (se ação
privada) será oferecida diretamente ao STF, se crime cometido durante o exercício do
mandato e relacionado à atividade parlamentar.
 Quando o STF receber denúncia contra Deputado ou Senador e instaurar o processo
criminal contra o parlamentar (independentemente de haver prévia licença da Casa
respectiva) por crime cometido após a diplomação, dará ciência à Casa Legislativa a que
pertencer o parlamentar.

Antes da Emenda Constitucional nº 35/2001, para que um


processo fosse instaurado contra um parlamentar, era necessária
autorização prévia da respectiva Casa. Como vimos, só existe
agora a possibilidade de a Casa, ulteriormente, sustar a
tramitação da ação penal.

Cuidado! Os examinadores adoram fazer essa confusão com os candidatos.

 Para que seja sustada a ação penal, é necessária a provocação de um partido político com
representação na respectiva Casa. Esse partido terá que fazer um pedido de sustação da
ação penal à Mesa da respectiva Casa (a Mesa não pode fazer nada de ofício. Para atuar,
depende da provocação de partido político). Veja que esse pedido poderá ser feito a
qualquer hora até a decisão final do STF (não há prazo para o pedido de sustação).
 Recebido o pedido de sustação pela Mesa Diretora, a respectiva Casa terá o prazo
improrrogável de 45 dias para apreciar o pedido, pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros em votação aberta.

O prazo de 45 dias é para a Casa apreciar do pedido de sustação,


após o seu recebimento. O partido político tem até a decisão
final do STF para provocar a Mesa com o pedido de sustação.

 Se a Casa decidir pela sustação do andamento da ação, ocorrerá a suspensão da


prescrição, enquanto perdurar o mandato (CF, art. 53, § 5º). Findo o mandato, o prazo
prescricional volta a correr e a ação penal retomará seu curso normal.

Para facilitar, veja o quadro que elaboramos:

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Quadro 2: Imunidade Formal

Imunidade formal: contra a prisão


Crimes cometidos antes da diplomação Aplica-se a imunidade formal
Crimes cometidos após a diplomação Aplica-se a imunidade formal
Imunidade formal: sustação da ação penal
Crimes cometidos antes da diplomação Não há imunidade formal
Crimes cometidos após a diplomação Aplica-se a imunidade formal

Jurisprudência

Medidas cautelares diversas da prisão: O STF, em


11/10/2017, na ADI 5526, decidiu por maioria que:

“o Poder Judiciário dispõe de competência para impor, por autoridade própria,


as medidas cautelares a que se refere o art. 319 do Código de Processo Penal.”

Exemplo: a suspensão do exercício do mandato e, por consequência, da função


de Presidente da Câmara dos Deputados, aplicada em 2016 ao então Deputado
Eduardo Cunha. Objetivo desse tipo de medida: garantir a aplicação da lei penal,
a investigação ou a instrução criminal e evitar a prática de infrações penais;

“se encaminhará à Casa Legislativa a que pertencer o parlamentar, para os fins a


que se refere o art. 53, § 2º, da Constituição, a decisão pela qual se aplique
medida cautelar, sempre que a execução desta impossibilitar, direta ou
indiretamente, o exercício regular de mandato parlamentar”.

Nesse caso, a votação deve ser ostensiva (aberta) e nominal.

Subsistência das imunidades durante o estado de sítio

Por fim, após discorrer sobre as imunidades parlamentares e todas as suas características, trago
para você uma última informação quanto à subsistência das imunidades durante o estado de sítio.
Vou explicar, o artigo 53, § 8º, da CF, que diz:

CF/88

Art. 53.

§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de


sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da

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Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso


Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

O estado de sítio é uma situação excepcionalíssima que poderá ser decretada em caso de, por
exemplo, comoção grave de repercussão nacional ou estado de guerra.

Em regra, as imunidades dos parlamentares serão mantidas durante o tempo que perdurar o
estado de sítio.

Excepcionalmente, elas poderão ser suspensas apenas para os atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional e incompatíveis com a medida. Essa suspensão deve ser aprovada por 2/3 dos
membros da Casa.

Assim, a imunidade dos parlamentares no interior do Congresso Nacional é absoluta e não pode
ser diminuída ou mitigada nem na hipótese de estado de sítio.

Pedido de Suspensão das imunidades durante Estado de


Sítio. Atos:

– Praticados fora do recinto do Congresso;

– Incompatíveis com o Estado de Sítio.

1.2 – Prerrogativas Parlamentares

A Constituição Federal trouxe 3 prerrogativas para resguardar atuação dos parlamentares: (a)
prerrogativa de foro – CF, art. 53, § 1º; (b) sigilo da fonte – CF, art. 53, § 6º; (c) incorporação às
forças armadas – CF, art. 53, § 7º.

CF/88

Art. 53.

§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos


a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.

[...]

§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre


informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem
sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

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§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora


militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa
respectiva.

[...]

Abuso de prerrogativas é incompatível como decoro parlamentar

É incompatível com o decoro parlamentar o abuso das


prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a
percepção de vantagens indevidas, além dos casos definidos no
regimento interno (CF, art. 55, § 1º).

a) Prerrogativa de foro

A prerrogativa de foro em razão da função (também chamada de “prerrogativa especial em razão


da função” ou de “foro privilegiado”) determina que os Deputados e Senadores serão julgados
pelo STF desde a expedição do diploma pela Justiça Eleitoral (CF, art. 53, § 1º). Os Deputados
Estaduais e Distritais serão julgados perante o Tribunal de Justiça respectivo.

Em harmonia com esse entendimento, a CF/88 determina que compete ao STF processar e julgar
os membros do Congresso Nacional nas infrações penais comuns (CF, art. 102, I, “b”).

Inicialmente, falaremos do alcance da prerrogativa de foro.

A prerrogativa de foro é restrita às ações de natureza penal (crimes comuns) e, por isso, não
contempla ações de natureza cível. Em 2018, o STF restringiu o alcance dessa prerrogativa, de
modo que não mais nem todos os crimes comuns de Deputados e Senadores serão julgados
perante o STF, mas apenas aqueles praticados durante o exercício do mandato e relacionados às
funções parlamentares.

Mutação Constitucional do Foro por Prerrogativa de


Função

Jurisprudência do STF na AP 937, relator Min. Roberto


Barroso (Decisão em 03.05.2018)

“(i) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e

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(ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de


intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e
julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a
ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo”.

Pois bem, visto o alcance do foro privilegiado, vamos falar um pouco mais de suas características:

 O termo inicial da prerrogativa de foro de congressistas é a expedição do diploma pela


Justiça Eleitoral.
 A partir desse momento, apenas os crimes comuns cometidos durante o exercício do cargo
e relacionados às funções desempenhadas serão processados e julgados pelo STF.
 Em regra, o termo final para a prerrogativa de foro é o término do mandato (ADI 2.797,
rel. Min. Sepúlveda Pertence, 15.09.2005). Em regra, encerrado o mandato do
congressista, os processos serão remetidos à justiça comum. Da mesma maneira, caso o
ex-parlamentar cometa crime após o encerramento do mandato, não será aplicada a
prerrogativa de função (Súmula 451 do STF).
 Exceção: “Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de
intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar
ações penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo
ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo” (AP 937, em 03/05/2018).
 O parlamentar licenciado para exercer cargo no Executivo não mantém as imunidades, mas
mantém a prerrogativa de foro; além disso, pode ser processado pela Casa respectiva por
quebra de decoro parlamentar.
 Não se aplica a prerrogativa de foro nem as imunidades aos suplentes dos parlamentares
que não estiverem no exercício do mandato. Se os suplentes assumirem a titularidade ou
entrarem em exercício provisório (como, por exemplo, quando assumem o mandato em
razão de licença do titular), serão garantidas a eles as prerrogativas de foro e imunidades,
enquanto permanecerem no exercício do mandato.
 Nos casos em que a competência de julgamento de parlamentar for do STF, o início do
inquérito policial dependerá de autorização do STF.

A jurisprudência do STF sobre o assunto deve ser


considerada sob a nova ótica dessa Corte Suprema sobre
a prerrogativa de foro por função. Então, s.m.j., as
jurisprudências a seguir somente cabem ser aplicadas em
relação aos crimes cometidos por congressistas durante o
exercício do mandato e relacionados às funções parlamentares.

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Os inquéritos policiais contra congressistas devem ser instaurados perante o STF,


que ordenará à polícia judiciária as providências necessárias para obtenção do
conjunto probatório para instruir a ação penal (INQ 1.504/DF, rel. Min. Celso de
Mello, 17.06.1999). A autoridade policial não pode sequer indiciar o suspeito que
seja congressista, tem necessariamente que solicitar autorização prévia do STF
(INQ QO 2.411/MT).

(FGV – Juiz Estadual – TJ PR/2021) Francisco, que tomou posse como Deputado Federal, a fim de
exercer livremente o seu mandato como representante do povo, consultou advogado para se
informar das prerrogativas e imunidades às quais faria jus, em razão do exercício do cargo para o
qual foi eleito.
Sobre o tema, é correto afirmar que a prerrogativa de foro de Francisco se limita aos crimes
cometidos no exercício do cargo e em razão dele, e a jurisdição do Supremo Tribunal Federal se
perpetua caso tenha havido o encerramento da instrução processual antes da extinção do
mandato;
Comentários:
A afirmativa está em conformidade com a jurisprudência do STF firmada na AP 937, relator Min.
Roberto Barroso (Decisão em 03.05.2018), segundo a qual “(i) O foro por prerrogativa de função
aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções
desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de
intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o
cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo”. Gabarito: Certo.

DESMEMBRAMENTO DO PROCESSO

Agora, surge a seguinte dúvida: se um cidadão comum praticar um crime em coautoria com um
parlamentar, quem será competente para o julgamento?

O STF considera que a regra é o desmembramento do processo, para que apenas permaneçam
sob condição de julgamento perante o STF as autoridades com prerrogativa de foro. Assim,
passou a ser excepcional a manutenção de foro perante o STF de pessoas sem tal prerrogativa.

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"Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e


do devido processo legal a atração por continência ou
conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa
de função de um dos denunciados" (Súmula 704 do
Supremo Tribunal Federal). A decisão pela manutenção
da unidade de processo e de julgamento perante o Supremo Tribunal Federal ou
pelo desmembramento da ação penal está sujeita a questões de conveniência e
oportunidade, como permite o art. 80 do Código de Processo Penal. [Inq 3.412
ED, rel. min. Rosa Weber, 1ªT, j. 11-9-2014, DJE 196 de 8-10-2014.]

Todavia, sendo aprovada a sustação da ação penal pela Casa a que pertencer o parlamentar, o
processo deverá ser separado com vistas a que o réu não parlamentar seja julgado pela justiça
comum. Nesse caso, o desmembramento será motivado pela diferença do regime de prescrição,
uma vez que estará suspenso o prazo prescricional apenas em relação ao parlamentar (cf. STF, Inq.
1.107/MA, Rel. Min. Octavio Galotti).

Desmembramento: É a regra aplicável aos casos em geral. É sempre aplicável quando houver
sustação da ação penal.

Não desmembramento: Exceção, a juízo do STF por questões de conveniência e oportunidade.

b) Sigilo da fonte

A Constituição Federal estabelece no artigo 53, § 6º, que os Deputados e Senadores não são
obrigados a testemunhar sobre informações que receberam ou foram prestadas em razão do
exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

Trata-se de faculdade do parlamentar, ele tem a opção de não testemunhar, se quiser, sobre
informações relativas ao exercício do mandato.

Por óbvio, quando congressista for convocado para testemunhar sobre fatos que não tenham
relação com a atividade parlamentar, ele não terá a prerrogativa de sigilo da fonte, ok?

Muito bem, por fim, vamos deixar clara a diferença entre ser convocado como testemunha e como
acusado:

 Quando o parlamentar for convocado para testemunhar sobre fatos relativos à atividade
parlamentar, poderá utilizar de sua prerrogativa de sigilo da fonte.

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 Entretanto, se o congressista for convocado para prestar depoimento como indiciado ou


acusado, não poderá utilizar da prerrogativa de sigilo da fonte. Poderá até utilizar o direito
constitucional de permanecer em silêncio, mas não o do sigilo da fonte, entendeu? (STF,
INQ 2.839/SP, rel. Min. Celso de Mello, 05.10.2009).

Em questão de 2018, a FCC (e não a FGV) considerou que a


prerrogativa de sigilo da fonte é também conhecida como
imunidade probatória.

Sigilo da fonte versus imunidade probatória

Segundo a doutrina majoritária, o conteúdo


do art. 53, § 6º, da CF integra o chamado
“Estatuto dos Congressistas”, que
compreende a imunidade material (inviolabilidade material), a imunidade formal
(processual: prisão e processo ou, prisional e processual), as prerrogativas e os
impedimentos. Se considerarmos diferentes autores, verificaremos que cada um
escolhe a expressão de sua preferência para se referir à prerrogativa prevista no
citado dispositivo, senão vejamos: José Afonso da Silva (Curso de Direito
Constitucional Positivo) utiliza a expressão “Limitação ao dever de testemunhar”;
Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado) menciona “sigilo da fonte”;
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (Direito Constitucional Descomplicado) se
referem a ela como “Desobrigação de testemunhar”; Uadi Lammêgo Bulos (Curso
de Direito Constitucional) cunhou a expressão “Isenção do dever de
testemunhar”; Alexandre de Moraes (Direito Constitucional), ao discorrer sobre o
assunto, o faz sob a denominação “Parlamentar e obrigação de testemunhar”. Nas
edições dessas obras que consultamos, não encontramos qualquer referência ao
disposto no art. 53, § 6º, da CF, como “imunidade probatória”.

c) Incorporação às forças armadas

A Constituição Federal prevê que a incorporação às forças armadas de deputados ou senadores,


mesmo que militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da respectiva
Casa Legislativa (CF, art. 53, § 7º).

É uma prerrogativa dos congressistas que se configura como uma exceção, já que a prestação de
serviço militar é uma obrigação imposta a todos pelo artigo 143 da CF/88. No caso de
parlamentar, só será incorporado às forças armadas com licença prévia da Casa, mesmo que o
parlamentar seja militar da reserva.

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Chegamos ao fim das prerrogativas parlamentares. O que você achou? São muitas as decisões do
STF que influem na interpretação das prerrogativas constitucionais. Por isso, mantenha atenção,
pois as bancas examinadoras gostam de colocar julgados na prova para selecionar apenas os
melhores candidatos! Você está em ótima preparação apenas com o estudo deste material.

1.3 – Incompatibilidades

O artigo 54 da Constituição Federal traz espécies de incompatibilidades e impedimentos para os


Deputados e Senadores. As medidas ali previstas objetivam preservar a moralidade administrativa
e afastar conflitos de interesse. Isso propicia a Deputados e Senadores condições de atuarem com
independência e impessoalidade no desempenho de sua função parlamentar com vistas ao
interesse público: o bem comum.

CF/88

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,


empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de
serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que


sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor


decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer
função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades


referidas no inciso I, "a";

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere
o inciso I, "a";

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Na prova, as bancas basicamente cobram a literalidade deste artigo. Recomendamos que você
memorize, na medida do possível, todas essas informações. Fizemos mapa mental com os
principais detalhes para facilitar a visualização e a memorização da matéria:

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Mapa Mental 1: Incompatibilidades

1.4 – Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores

Quanto aos deputados estaduais e distritais, aplicam-se todas as regras estudadas nesta aula sobre
imunidades material e formal, prerrogativa de foro, sigilo da fonte, incorporação às forças armadas
e incompatibilidades, por determinação do artigo 27 da CF/88.

Jurisprudência

O Supremo Tribunal Federal (STF), em 8/5/2019,


no julgamento das ADIs 5.823, 5.824 e 5.825, por
6x5 votos, seguiu o entendimento do Relator da ADI 5823, ministro Marco Aurélio,
de que “as regras da Constituição Federal relativas à imunidade dos deputados
federais são aplicáveis aos deputados estaduais”.

Os vereadores, por sua vez, só possuem a imunidade material, sendo invioláveis por suas palavras,
opiniões e votos no exercício do mandato e na circunscrição do município (CF, art. 29, VIII). Preste
atenção que a imunidade material do vereador só é válida para a circunscrição do município, ficando
suas manifestações expedidas fora do território municipal respectivo sujeitas à incriminação, ainda
que diretamente relacionadas ao exercício do mandato.

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Da Perda do Mandato e da Renúncia

2.1 – Perda de Mandato

O artigo 55 da Constituição Federal dispõe sobre os casos de perda de mandato de Deputado e


Senador. Então, apresentaremos o citado artigo e, em seguida, as explicações devidas.

CF/88

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior


[incompatibilidades];

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta
autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no


regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do
Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara
dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso
Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da
Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros,
ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla
defesa.

§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à


perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as
deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.

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Nos casos dos incisos I, II e VI do art. 55 Constituição Federal, que são hipóteses de cassação do
mandato, haverá um juízo político da Casa a que pertencer o parlamentar e, portanto, a perda do
mandato não será automática (você aprenderá sobre a divergência de interpretação no STF logo
adiante). Para que o parlamentar perca o mandato, primeiramente deverá haver a provocação pela
Mesa ou por partido político com representação no Congresso Nacional. Iniciado o processo que
vise à perda do mandato, o parlamentar desfavorecido poderá exercer o direito à ampla defesa.
Após o prazo para defesa, o Plenário da Casa legislativa respectiva decidirá o assunto, por maioria
absoluta e voto aberto (ostensivo), garantida a ampla defesa. Então para que haja a perda do
mandato, tem que ocorrer: (i) a provocação; (ii) ampla defesa; (iii) votação por maioria absoluta e
voto aberto. Neste caso, estamos diante de uma decisão política, um juízo de conveniência da
Casa e não da aplicação da norma jurídica. É um procedimento político de natureza constitutiva.

A redação do § 2º do art. 55 da CF/88 foi modificada pela


Emenda Constitucional 76, de 21 de novembro de 2013.
Anteriormente, a deliberação sobre a perda de mandato
parlamentar era realizada em escrutínio secreto. Agora, com o
novo texto constitucional trazido pela EC nº 76/2013, no âmbito
das Casas do Congresso Nacional, as deliberações sobre perda
de mandato serão realizadas com voto aberto.

Condenação criminal por sentença transitada em julgado

Você percebeu que, nas hipóteses de cassação na Constituição Federal, a perda do mandato não
será automática? Pois é, esse o entendimento que recomendamos para fins de prova objetiva em
concurso. Porém, há divergência entre as 1ª e 2ª Turmas do STF e na doutrina sobre haver ou não
exceção que provoca a perda automática do mandato nesse caso.

Em decisão da 1ª Turma do STF em 2017, baseada na tese defendida pelo ministro Luís Roberto
Barroso, surgiu o entendimento de que a perda do mandato no caso de sentença criminal
transitada em julgado, em regra, não é automática, mas será automática na seguinte hipótese:

Perda do mandato parlamentar: É da


competência das Casas Legislativas decidir
sobre a perda do mandato do Congressista
condenado criminalmente (artigo 55, VI e § 2º,
da CF). Regra excepcionada – adoção, no ponto, da tese proposta pelo eminente
revisor, Ministro Luís Roberto Barroso -, quando a condenação impõe o
cumprimento de pena em regime fechado, e não viável o trabalho externo diante
da impossibilidade de cumprimento da fração mínima de 1/6 da pena para a
obtenção do benefício durante o mandato e antes de consumada a ausência do
Congressista a 1/3 das sessões ordinárias da Casa Legislativa da qual faça parte.
Hipótese de perda automática do mandato, cumprindo à Mesa da Câmara dos

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Deputados declará-la, em conformidade com o artigo 55, III, § 3º, da CF.


Precedente: MC no MS 32.326/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, 02.9.2013. (AP
694/MT, rel. min. Rosa Weber, 02.05.2017)

Porém, a 2ª Turma do STF decidiu em 2018 que a perda do mandato de parlamentar condenado
em sentença judicial transitada em julgado deveria ser decidida pela Casa respectiva, conforme
consta literalmente no texto da Constituição Federal (AP 996, rel. min. Edson Fachin, 29.05.2018).

Do Mensalão para cá, o STF mudou algumas


vezes seu entendimento sobre a perda do
mandato em razão de sentença judicial
transitada em julgado e o assunto ainda não
está pacificado na jurisprudência, havendo
conflito de interpretações em decisões das 1ª e 2ª Turmas do STF.

Na doutrina, verificamos que o entendimento da 1ª Turma do STF é registrado


pelos autores Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, 36ª ed., 2020, p. 510),
Dirley da Cunha Júnior (Curso de Direito Constitucional, 14ª ed., 2020) e Vicente
Paulo e Marcelo Alexandrino (Direito Constitucional Esquematizado, 21ª ed, 2022,
p. 498), os quais silenciam quanto à decisão da 2ª Turma. Nas obras “Curso de
Direito Constitucional” de Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco
(15ª ed., 2020) e “Curso de Direito Constitucional” de Uadi Lammêgo Bulos (14ª
ed., 2021) não encontramos nenhum registro quanto às decisões das 1ª e 2ª
Turmas do STF sobre o assunto. Logo, esses autores seguem a literalidade do
texto da Constituição Federal quanto ao assunto.

Para fins de prova de concurso, a tendência é que as bancas evitem cobrar questão
que enseje polêmica em razão das divergências jurisprudenciais e doutrinárias
sobre o assunto. Provavelmente por haver essas divergências, nos últimos anos as
bancas evitaram cobrar questões sobre a perda de mandato em razão de sentença
judicial transitada em julgado (se encontrar alguma, por favor, nos encaminhem no
fórum). Ao analisar quase mil questões de prova sobre o Poder Legislativo no
período 2015 a março de 2022, encontramos apenas uma questão que cobrou
conhecimentos especificamente sobre a perda de mandato em caso de sentença
judicial transitada em julgado. A questão foi cobrada pela banca Cebraspe e o seu
gabarito é, no mínimo, questionável, como explicaremos na resolução da questão
a seguir.

(CEBRASPE/Del Pol - PJC MT/2017) De acordo com o entendimento dos tribunais


superiores, a condenação criminal de um parlamentar federal em sua sentença
transitada em julgado resultará na

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a) perda de seus direitos políticos, cabendo à casa legislativa a decisão acerca da


manutenção de seu mandato legislativo.

b) suspensão de seus direitos políticos, mas a perda de seu mandato legislativo


dependerá de decisão da Câmara dos Deputados.

c) suspensão de seus direitos políticos, com a consequente perda automática de


seu mandato.

d) cassação de seus direitos políticos, o que levará também à perda automática


de seu mandato legislativo.

e) perda de seus direitos políticos, o que acarretará a perda automática de seu


mandato legislativo.

Comentários:

Primeiramente, gostaríamos de esclarecer que o edital do concurso data de


17/03/2017 e a prova em que constou essa questão foi aplicada em 8/10/2017, ou
seja, cinco meses após a decisão da 1ª Turma do STF na AP 694/MT. Após esses
esclarecimentos, vamos aos comentários quanto ao conteúdo da questão e
respectivo gabarito oficial. Conforme leciona Uadi Lammêgo Bulos, condenação
criminal transitada em julgado é hipótese de suspensão dos direitos políticos
(Curso de Direito Constitucional, 2021, p. 919). Logo, as únicas alternativas de
resposta possíveis seriam os itens “b” e “c”. A banca considerou correta a
afirmativa contida no item “b” e, por consequência, considerou incorreta a
afirmativa “com a consequente perda automática de seu mandato” contida no
item “c”. Porém, cabe esclarecer que não resta dúvida de que a solução contida
na afirmativa do item “b”, em hipótese alguma, seria aplicável caso o “parlamentar
federal” mencionado no enunciado da questão fosse um senador da República.
Logo, por esse motivo, a banca examinadora cometeu grave equívoco ao assinalar
o item “b” como resposta da questão. Desconhecemos se não houve recurso ou
se a banca simplesmente não deferiu eventual recurso apresentado sobre a citada
questão. Pelo exposto, não recomendamos a utilização dessa questão como
exemplo de entendimento do Cebraspe sobre o assunto. Gabarito: Letra B

Detalharemos um pouco mais a situação do inciso II: “quebra de decoro parlamentar”? O § 1º do


artigo 55 da CF/88 prevê que se incluem como práticas incompatíveis com o decoro parlamentar
o abuso de suas prerrogativas ou o recebimento de vantagens indevidas. Perceba que esse é um
rol meramente exemplificativo. A Constituição reconhece que o Regimento Interno de cada Casa
poderá prever mais hipóteses que configurem quebra de decoro.

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De acordo com o STF as Casas legislativas podem instaurar processo por quebra de decoro por
atos praticados na legislatura anterior, mas somente de quem já era detentor de mandato. Cumpre
ressaltar que o entendimento jurisprudencial do STF, permite considerar atos praticados na
legislatura anterior, mas não antes do exercício do mandato parlamentar.

Princípio da Unidade de Legislatura e Falta de


Decoro Parlamentar

“possibilidade jurídico-constitucional de
qualquer das Casas do Congresso Nacional adotar medidas destinadas a reprimir,
com a cassação do mandato de seus próprios membros, fatos atentatórios à
dignidade do ofício legislativo e lesivos ao decoro parlamentar, mesmo que
ocorridos no curso de anterior legislatura, desde que, já então, o infrator
ostentasse a condição de membro do Parlamento.” (MS 24.458, Relator Min. Celso
de Mello)

Segundo a jurisprudência do STF, no caso de parlamentar que esteja exercendo o primeiro


mandato na Casa legislativa, os atos por ele praticados antes do exercício do mandato não
poderão ser considerados para fins de quebra de decoro. Assim, ainda que haja defensores da
tese de perda de mandato por quebra de decoro parlamentar por atos praticados antes do
exercício do mandato, não há amparo para tal afirmativa no texto da CF nem ainda na
jurisprudência do STF.

Outro aspecto importante a considerar é se os princípios éticos e regras básicas de decoro


parlamentar se aplicam aos titulares do mandato que se encontrem licenciados do exercício para o
exercício de cargos no Executivo previstos no art. 56 da CF. Entende o STF que sim.

Congressista licenciado e Decoro Parlamentar

O membro do Congresso Nacional que se


licencia do mandato para investir-se no cargo de
ministro de Estado não perde os laços que o unem, organicamente, ao Parlamento
(CF, art. 56, I). (...) ainda que licenciado, cumpre-lhe guardar estrita observância às
vedações e incompatibilidades inerentes ao estatuto constitucional do
congressista, assim como às exigências ético-jurídicas que a Constituição (CF, art.
55, § 1º) e os regimentos internos das Casas Legislativas estabelecem como
elementos caracterizadores do decoro parlamentar.

[MS 25.579 MC, rel. p/ o ac. min. Joaquim Barbosa, j. 19-10-2005, P, DJ de 24-8-
2007.]

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Nos casos previstos nos incisos III, IV e V do art. 55 da Constituição Federal, hipóteses de extinção
do mandato, a declaração da perda do mandado será realizada pela Mesa da Casa respectiva, de
ofício ou por provocação de qualquer de seus membros, ou de partido representado no Congresso
Nacional, assegurada a ampla defesa. Aqui, não há espaço para um juízo político de conveniência.
Se comprovados os fatos, a perda do mandato será automática, cabendo à Mesa da Casa
respectiva simplesmente deverá declarar a perda do mandato. É um provimento político de
natureza declaratória.

Preparamos excelente quadro esquematizado para resumir essas informações sob a ótica da
Constituição Federal para você. Bom proveito!

Quadro 3: Perda de Mandato na ótica federal

Perda de Mandato
Decisão do Plenário Decisão da Mesa
I - que infringir qualquer das proibições III - que deixar de comparecer, em cada
estabelecidas no artigo anterior sessão legislativa, à terça parte das sessões
[incompatibilidades]; ordinárias, salvo licença ou missão
autorizada pela Casa respectiva;

II - cujo procedimento for declarado IV - que perder ou tiver suspensos os


incompatível com o decoro parlamentar; direitos políticos;

VI - que sofrer condenação criminal em V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos


sentença transitada em julgado. casos previstos na constituição Federal;

Decidida pela Câmara ou Senado por Declarada pela Mesa da Casa respectiva:
maioria absoluta em votação ostensiva  de ofício; ou
(aberta):  mediante provocação de:
 mediante provocação de(a): qualquer de seus membros; ou
 Mesa respectiva; ou partido político representado no
 partido político representado no Congresso Nacional;
Congresso Nacional;  assegurada ampla defesa.
 assegurada ampla defesa.

 Juízo político  Não há margem para juízo de


conveniência;
 A perda não é automática:
 Provocação;  A Mesa é obrigada a declarar a perda do
mandato;
 Ampla defesa;
 Decisão.  Se comprovada qualquer das
ocorrências dos incisos III a V.

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Perda de mandato por infidelidade partidária

Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se


desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de
anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada,
em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário
ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão (CF, art. 17, § 6º. Parágrafo
acrescido pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021).

A Lei nº 9.096/95 (com redação dada pela Lei nº 13.165/2015), impõe a perda do mandato ao
detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.

Apesar de a lei afirmar “detentor de mandato eletivo”, já havia o entendimento de que essa regra
de perda de mandato por infidelidade partidária se aplicava apenas àqueles mandatários eleitos
pelo sistema proporcional (Deputados federais, estaduais, distritais e vereadores). Logo, estavam
livres dessa regra, os detentores de mandato eleitos pelo princípio majoritário (Senadores,
Presidente da República, Governadores, Prefeitos e respectivos Vices). A jurisprudência do STF
(ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27.05.2015) já reconhecia esse entendimento, o qual se
transformou em mandamento constitucional com o acréscimo do § 6º ao art. 17 da Constituição
Federal pela EC nº 111/2021.

Exceções à regra de perda de mandato por desfiliação partidária:

1) EC nº 91/2016 – mudança de legenda partidária na “janela constitucional”, que facultou a


mudança de partido no período de 19/2 a 19/3 de 2016;

2) EC nº 97/2017 – mudança de legenda caso o partido não preencha os requisitos do art. 17, § 3º
da CF;

CF

Art. 17. [...]

[...]

§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao


rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou

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II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo


menos um terço das unidades da Federação.

[...]

§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste


artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a
outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins
de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo
de rádio e de televisão.

3) Lei nº 9.096/95 – três hipóteses:

Veja a transcrição do art. 22-A dessa lei e observe, ainda, as três exceções à essa regra:

Lei nº 9.096/95

Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem
justa causa, do partido pelo qual foi eleito.

Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente


as seguintes hipóteses:

I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;

II - grave discriminação política pessoal; e

III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede
o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou
proporcional, ao término do mandato vigente.

2.2 – Renúncia ao Mandato

Renúncia durante processo que vise a perda do mandato

O § 4º do artigo 55 da CF/88 diz que a renúncia do parlamentar sujeito a processo que vise ou
possa levar à perda do mandato terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais previstas nos
§§ 2º e 3º do citado artigo, que especificam os casos em que a perda do mandato será declarada
pelo Plenário e pela Mesa, respectivamente.

Funciona assim, se o parlamentar renunciar ao mandato antes de ser instaurado o processo de


perda do mandato, essa renúncia será plenamente válida!

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Agora, se o parlamentar renunciar após iniciado o processo de perda do mandato, esse pedido
de renúncia será suspenso. Poderão ocorrer duas hipóteses:

1º. A Casa, analisando o processo, decide declarar a perda do mandato do parlamentar.


Nessa hipótese, uma vez que o congressista já perdeu o mandato, o pedido de renúncia
ficará sem objeto e não terá qualquer efeito jurídico.

2º. A Casa, analisando o processo, decide manter o mandato do parlamentar. Nesse caso, a
declaração de renúncia produzirá seus efeitos e o parlamentar deixará de ter o direito de
permanecer no exercício do mandato não pela declaração de perda decorrente das
hipóteses previstas no art. 55, mas sim pela sua renúncia.

Mas você pode perguntar: qual o motivo do parlamentar renunciar então, já que de qualquer
maneira ele ficará sem o mandato? A resposta é simples. Se o parlamentar for cassado, em
decorrência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da CF, ele fica inelegível por 8 anos contados
a partir do fim da legislatura para a qual foi eleito (Lei Complementar nº 64/1990). Se o
congressista renunciar, ele poderá se eleger novamente nas próximas eleições. Então, o pedido
de renúncia é tático para a vida política do parlamentar que pode ser cassado. Além disso, é
melhor para a Casa legislativa que o parlamentar renuncie do que seus membros terem de cortar
na própria carne ao declararem a perda de mandato de um dos seus pares.

2.3 – Não Perde o Mandato

A Constituição Federal contém hipóteses em que o parlamentar não perde seu mandato (CF, art.
56).

CF/88

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário


de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de
missão diplomática temporária;

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções


previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.

§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la


se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

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§ 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela


remuneração do mandato.

Vimos no artigo 54 da CF/88 que os parlamentares não poderão ocupar cargo, função ou emprego
nas entidades da administração direta ou indireta ou nas concessionárias de serviço público. Caso
não observem essa proibição, poderão perder o mandato (CF, art. 55, I).

Entretanto, a própria CF/88 traz exceções a essa regra: ela permite que os parlamentares se
afastem do exercício do mandato e ocupem os cargos de (1) Ministro de Estado; (2) Governador
de Território; (3) Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital;
ou (4) chefe de missão diplomática temporária. Na hipótese de investidura em um desses cargos,
o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.

Caso o parlamentar opte por pedir licença e


ocupar um desses cargos, serão suspensas suas
imunidades parlamentares (STF. INQ 104/RS e HC
78.093/AM, rel. Min. Octavio Gallotti, 11.12.98).
Entretanto, não serão suspensas suas prerrogativas, deveres e obrigações (MS
25.579-MC, rel. Min. Joaquim Barbosa, em 19.10.2005).

As bancas adoram cobrar essas hipóteses em provas. Fique atento e memorize esses 4 casos
especiais, ok? Mais uma vez, colocaremos a matéria em formato de mapa mental para dar uma
ajudinha para sua memória:

Mapa Mental 2: Não Perde o Mandato

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Além da hipótese de investidura em cargos no Executivo, a Constituição Federal prevê hipóteses


de licença parlamentar (CF, arts. 53, § 7º; e 56, I e II), conforme demonstrado no quadro a seguir.

Quadro 4: Licenças de Deputado e Senador previstas na Constituição

Tipo Duração Observações

Por motivo de sem limite Licença para tratamento de saúde;


doença fixado Haverá convocação de Suplente se exceder 120 dias.

Tratar de Até 120 Pode exceder 120 dias se o período incluir duas
dias por sessões legislativas. Haverá convocação de Suplente
interesse sessão se exceder 120 dias.
particular legislativa

A incorporação às Forças Armadas, de Deputados e


Incorporação às sem limite Senadores, embora militares e ainda que em tempo
Forças Armadas fixado de guerra, dependerá de licença prévia da Casa
respectiva (CF, art. 53, § 7º).

2.4 – Da Convocação de Suplente

Quanto à convocação de suplente de Deputado Federal ou Senador, nos termos do § 1º do artigo


56 da CF/88 e as normas regimentais das Casas do Congresso Nacional, podemos esquematizar
da seguinte maneira:

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Quadro 5: Convocação de Suplente no âmbito federal

Convocação de suplente
Em caso de vaga
Convoca-se suplente
imediatamente
(falecimento, renúncia e perda do mandato)
Em caso de investidura nos cargos
Convoca-se suplente
imediatamente
previstos no inciso I do art. 56 da CF
Licença por motivo de saúde
Convoca-se suplente
imediatamente
por mais de 120 dias
Licença por interesse particular
Convoca-se suplente
imediatamente
(por mais de 120 dias)
Licença por motivo de saúde
Não é convocado suplente
por até 120 dias
Licença por interesse particular
Não é convocado suplente
(por até 120 dias)

A licença para tratamento de saúde somente implicará a


convocação de suplente se o prazo original for superior a 120
dias. O Regimento Interno da Câmara dos Deputados veda a
soma de períodos para esse efeito (RICD, art. 241, III). Por sua
vez, o RISF não apresenta semelhante restrição.

A licença para tratar de interesse particular pode ser concedida por, no máximo,
120 dias, por sessão legislativa nos termos da CF/88. O RICD não concede LTS ou
LIT durante os períodos de recesso constitucional, salvo nos casos de prorrogação
da sessão legislativa ordinária ou de convocação extraordinária e, além disso,
dispõe que será suspensa a contagem do prazo da licença que se haja iniciado
anteriormente ao encerramento de cada semiperíodo (período legislativo) da
respectiva sessão legislativa, exceto no caso de LTS quando tenha havido assunção
de Suplente (RICD, art. 235, §§ 2º e 3º). O RISF não contém disposições
semelhantes e, por isso, há casos de LIT superiores a 120 dias, pois parte do
período ocorre numa sessão legislativa, parte no recesso e uma terceira parte em
outra sessão legislativa.

Então, esse tipo de licença permitirá a convocação de suplente caso a licença seja
por prazo superior a 120.

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Além disso, o Senado admite somar período de licença por motivo de doença com
período de licença para tratar de interesse particular. Por exemplo, 15 dias de LTS
+ 120 de LIT = licença superior a 120 dias e, por conseguinte, convocação de
suplente.

Quanto à posse de Suplente, considere as informações apresentadas no tópico específico sobre


posse nesta aula.

2.5 – Das Vagas e Nova Eleição

De acordo com a Constituição Federal, em seu art. 56, § 2º, ocorrendo vaga e não havendo mais
suplentes, teremos 2 hipóteses:

 Faltam mais de 15 meses para o término do mandato  nova eleição.


 Faltam 15 meses ou menos para o término do mandato  não é feita nova eleição. O
cargo ficará vago pelo restante da respectiva legislatura.

FCC – Analista Judiciário (TRE SP)/Judiciária/2017


Com o desfecho das eleições municipais e a posse dos novos Prefeitos, dois parlamentares
do Estado “X” assumiram cargos junto a Poderes Executivos locais, após o que suas funções
legislativas passaram a ser exercidas por seus respectivos suplentes. Um deles era Deputado
Federal, que assumiu o cargo de Secretário de Prefeitura da capital de seu Estado. O outro
era Senador, que foi nomeado Secretário de Prefeitura de outro município do mesmo Estado
“X”. Paralelamente, um outro Senador representante do mesmo Estado “X” veio a falecer,
não havendo, todavia, suplente para que sua vaga fosse preenchida.
Considerando que esses fatos ocorreram no primeiro mês da segunda metade do mandato
de cada um dos parlamentares e levando-se em conta o texto da Constituição Federal,
considere:
I. o Deputado Federal não perderá o mandato ao assumir o cargo de Secretário.
II. o Senador não perderá o mandato ao assumir o cargo de Secretário.
III. a vaga do Senador falecido deve ser preenchida mediante nova eleição.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.

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b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, apenas.
e) II e III, apenas.
Comentários:
Item I, correto. Não perderá o mandato o Deputado o Senador investido no cargo de
Secretário de Prefeitura de capital (CF, art. 56, I). Item II, incorreto. Perderá o mandato, pois,
no caso de Secretário de Prefeitura, apenas o de capital garante a manutenção do mandato
(CF, art. 56, I). Item III, correto. O falecimento ocorreu no primeiro mês da segunda metade
do mandato do Senador (mandato de oito anos), ou seja, o Senador faleceu quando faltavam
mais de 15 meses para o término do mandato (CF, art. 56, § 2º). Gabarito: Letra C.

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QUESTÕES COMENTADAS

Das Atribuições do Congresso Nacional, da Câmara e do Senado

Fundação Getúlio Vargas (FGV)

1. (FGV/PM CE/Soldado/2021) Pedro, estudante de direito, questionou seu professor de direito


constitucional a respeito de diversos aspectos relacionados ao órgão competente para processar
e julgar o Presidente da República, caso ele seja acusado da prática de crime de
responsabilidade.
O professor respondeu corretamente que esse órgão é o(a)
a) Senado Federal.
b) Congresso Nacional.
c) Câmara dos Deputados.
d) Supremo Tribunal Federal.
e) Conselho Nacional de Justiça.
Comentários:
Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente
da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles (CF, art. 52, I). Gabarito: Letra A.

2. (FGV/TJ-AL/Técnico Judiciário/Judiciária/2018) Ao final do exercício financeiro, o Governador


do Estado Alfa elaborou a sua prestação de contas e solicitou à sua assessoria jurídica que
informasse qual seria o órgão responsável por julgá-las, aprovando-as ou rejeitando-as.
a) o Tribunal de Justiça do Estado Alfa;
b) a Assembleia Legislativa do Estado Alfa;
c) o Congresso Nacional;
d) o Superior Tribunal de Justiça;
e) o Tribunal de Contas do Estado Alfa.
Comentário

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No âmbito federal, compete exclusivamente ao Congresso Nacional julgar as contas do Presidente


da República (CF, art. 49, IX). Pelo princípio da simetria, na esfera estadual, compete
exclusivamente à Assembleia Legislativa julgar as contas do Governador do respectivo estado.
Gabarito: Letra B.

3. (FGV/MPE-AL/Técnico do Ministério Público/Geral/2018) O Governador de determinado Estado


solicitou informações à sua assessoria a respeito do órgão competente para julgar suas contas
de governo anuais.
Considerando a sistemática estabelecida na Constituição da República, a assessoria respondeu
corretamente que esse órgão é o
a) Tribunal de Contas, com recurso para a Assembleia Legislativa.
b) Assembleia Legislativa, com recurso para o Tribunal de Justiça.
c) Tribunal de Contas, com recurso para o Tribunal de Justiça.
d) Assembleia Legislativa, que julga em caráter definitivo.
e) Tribunal de Contas, que julga em caráter definitivo.
Comentário
No âmbito federal, compete exclusivamente ao Congresso Nacional julgar as contas do Presidente
da República (CF, art. 49, IX). Pelo princípio da simetria, na esfera estadual, compete
exclusivamente à Assembleia Legislativa julgar as contas do Governador do respectivo estado.
Esse julgamento ocorre em caráter definitivo, não cabendo recurso. Gabarito: Letra D.

4. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/Administrativa/Analista Administração/2015) O Congresso


Nacional, por imperativo constitucional, deve realizar a fiscalização dos atos praticados pelo
Poder Executivo. A respeito da convocação de autoridades para prestar esclarecimentos, é
correto afirmar que:
a) qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal pode convocar Ministro de
Estado;
b) só a Casa Legislativa ou uma comissão pode convocar titulares de órgãos subordinados ao
Presidente da República;
c) somente o Congresso Nacional, não suas Casas de maneira isolada, pode convocar o Presidente
da República;
d) somente a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal pode convocar Ministro de Estado;
e) somente o Senado Federal, por deliberação plenária, pode convocar os Ministros de Estado.
Comentário
Inexiste previsão na Constituição Federal para convocação do presidente da República pelo Poder
Legislativo. As Casas do Congresso Nacional e suas Comissões poderão convocar ministros de
Estado e também autoridades diretamente subordinadas à Presidência da República (CF, art. 50,

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caput, e 58, § 2º, III). Uma vez que a afirmativa do item “b” menciona “convocar titulares de órgãos
subordinados ao Presidente da República”, cabe esclarecer que as Casas do Congresso Nacional
e suas comissões não podem convocar titulares de quaisquer órgãos subordinados ao Presidente
da República, mas tão somente titulares de órgãos diretamente subordinados ao Chefe do Poder
Executivo federal. Gabarito: Letra B.

5. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/Administrativa/Analista Judicial/2015) Foi promulgada uma lei


que exigia o exercício, pelo Chefe do Poder Executivo, do seu poder regulamentar. O
regulamento foi editado e um grupo de cinco Deputados Federais e de cinco Senadores de
oposição entendeu que ele exorbitou, em muito, a seara reservada ao regulamento, tendo
chegado ao extremo de contrariar a própria lei. À luz da sistemática constitucional, a providência
a ser adotada pelos parlamentares é:
a) ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal;
b) representar ao Tribunal de Contas para que promova uma tomada de contas;
c) requerer ao Senado Federal que instaure um processo por crime de responsabilidade;
d) requerer à Câmara dos Deputados que suspenda os efeitos do regulamento;
e) requerer, ao Congresso Nacional, a sustação do ato regulamentar.
Comentário
Compete exclusivamente ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo
que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (CF, art. 49, V).
Gabarito: Letra E.

6. (FGV/SEAP MA/Agente Penitenciário/2013) As alternativas a seguir apresentam atribuições do


Congresso Nacional, à exceção de uma. Assinale‐a:
a) Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República.
b) Decretar o estado de sítio.
c) Convocar plebiscito.
d) Resolver definitivamente sobre tratados internacionais que acarretem encargos ao patrimônio
nacional.
e) Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
Comentário
A afirmativas dos itens “a”, “c”, “d” e “e” contêm atribuições exclusivas do Congresso Nacional
(CF, art. 49, I, IX, XIII, XV). Compete privativamente ao Presidente da República decretar o estado
de sítio (CF, art. 84, IX), cabendo exclusivamente ao do Congresso Nacional autorizá-lo ou
suspendê-lo (CF, art. 49, IV). Gabarito: Letra B.

7. (FGV/TJ-AM/Analista Judiciário/Oficial de Justiça Avaliador/2013) Assinale a alternativa que


contenha uma competência exclusiva do Congresso Nacional.

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a) Convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa nacional.


b) Manter relações com Estados Estrangeiros.
c) Promulgar as leis federais.
d) Resolver definitivamente sobre tratados internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
e) Declarar guerra, após solicitação do Presidente da República.
Comentário
A afirmativas dos itens “a”, “b”, “c” e “e” estão relacionadas a competências privativas do
Presidente da República (CF, art. 84, IV, VII, XVIII e XIX). No item “d” apenas consta competência
exclusiva do Congresso Nacional (CF, art. 49, I). Gabarito: Letra D.

8. (FGV/MPE MS/Analista/Administração/2013) De acordo com a Constituição Federal, é


competência exclusiva do Congresso Nacional, autorizar o Presidente e o Vice Presidente da
República a se ausentarem do país, quando a ausência exceder o período de
a) dez dias.
b) quinze dias.
c) vinte dias.
d) vinte e cinco dias.
e) trinta dias.
Comentário
É da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da
República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias (CF, art. 49, III).
Gabarito: Letra B.

9. (FGV/ALEMA/Consultor Legislativo/2013) A História do Brasil possui vários exemplos em que


civis e militares uniram‐se para praticar golpes de Estado. A própria Proclamação da República
ocorreu por meio de um movimento que uniu o Marechal Deodoro da Fonseca e intelectuais
civis. No sistema constitucional brasileiro, em se caracterizando a existência de crime de
responsabilidade praticado pelo Comandante da Marinha em conexão com crime de idêntica
natureza perpetrado pelo Presidente da República, o julgamento de ambos ocorrerá perante o
a) Supremo Tribunal Federal.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Senado Federal.
d) Câmara dos Deputados.
e) Tribunal de Contas da União.
Comentário

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Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente


da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles (CF, art. 52, I). Gabarito: Letra C.

10. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo/Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral e


Processo Legislativo/2012) Em relação à separação de poderes na Constituição da República de
1988, analise as afirmativas a seguir:
I. A divisão do poder é elemento do Estado de Direito, assim concebido para que o exercício dele
não seja arbitrário. Portanto, é necessário que as competências do Executivo, Legislativo e
Judiciário estejam estritamente definidas, alheias a mecanismos recíprocos de controle, para que
a atuação dos seus agentes não extrapole os limites previstos constitucionalmente.
II. A sanção do Presidente da República é exigida na promulgação de leis ordinárias,
complementares, autorização de referendos e convocação de plebiscitos.
III. Qualquer comissão da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderá convocar Ministro
de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, sob
pena de a ausência, sem justificação adequada, configurar crime de responsabilidade.
IV. As mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos
escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer dos titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República. A inércia do requerido no prazo de trinta dias, a recusa
ao pedido ou a prestação de informações falsas caracterizarão crime de responsabilidade.
Assinale:
a) se as afirmativas I e IV forem corretas.
b) se as afirmativas II e III forem corretas.
c) se as afirmativas II e IV forem corretas.
d) se as afirmativas I e II forem corretas.
e) se as afirmativas III e IV forem corretas.
Comentário
Item “I”. incorreto. As competências dos Poderes estatais são sujeitas (e não alheias) a mecanismos
recíprocos de controle, para que a atuação dos seus agentes não extrapole os limites previstos
constitucionalmente. Item “II”. incorreto. Compete privativamente ao Presidente da República
sancionar, promulgar e fazer publicar as leis. O projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional
é encaminhado ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. A sanção recai sobre
o projeto de lei, enquanto que a promulgação incide sobre a lei (CF, arts. 66, caput; e 84, IV). Em
relação a autorização de referendos e convocação de plebiscitos, esses atos são de competência
exclusiva do Congresso Nacional (CF, art. 49, XV). Item “III”. correto. A Câmara dos Deputados e
o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para

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prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando


crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada (CF, art. 50, caput). Item “IV”.
correto. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos
escritos de informação a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste
artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento, no prazo de
trinta dias, bem como a prestação de informações falsas (CF, art. 50, § 2º). Gabarito: Letra E.

11. (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/Apoio Técnico ao Processo Legislativo/Processo


Legislativo/2012) A Constituição estabelece as competências do Congresso Nacional. Entre elas,
inclui-se
a) aprovar, por maioria de 2/3 seus membros e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.
b) declarar a guerra.
c) sustar a execução de contratos quando verificada ilegalidade.
d) fixar os subsídios do Presidente, do Vice-Presidente, dos Governadores e Vice-Governadores.
e) declarar, por meio de lei ordinária, a nulidade de leis inconstitucionais ainda não apreciadas
pelo Supremo Tribunal Federal.
Comentário
Item “a”. incorreto. Compete privativamente ao Senado Federal aprovar, por maioria absoluta e
por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de
seu mandato (CF, art. 52, XI). Item “b”. incorreto. Compete privativamente ao Presidente da
República declarar guerra e exclusivamente ao Congresso Nacional autorizá-lo (CF, arts. 49, II; e
84, XIX). Item “c”. correto. Compete ao Tribunal de Contas da União representar ao Poder
competente sobre irregularidades ou abusos apurados. No caso de contrato, o ato de sustação
será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder
Executivo as medidas cabíveis (CF, art. 71, XI). Não se preocupe se não acertou esse item, pois
seu conteúdo somente será estudado na Aula 04 deste curso. Item “d”. incorreto. É competência
exclusiva do Congresso Nacional fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da
República e dos Ministros de Estado (CF, art. 49, VIII). Subsídios de Governador e Vice-Governador
é de competência estadual. Item “e”. incorreto. É competência privativa do Senado Federal
suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão
definitiva do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 52, X). Gabarito: Letra C.

12. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2012) NÃO compete privativamente à Câmara dos Deputados


a) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente
e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.
b) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.

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c) dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
d) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral
da República antes do término de seu mandato.
e) eleger membros do Conselho da República.
Comentário
Itens “a”, “c”, “d” e “e”. contém assuntos incluídos na competência privativa da Câmara dos
Deputados (CF, art. 51, I, II, IV e V). Item “d”. contém competência privativa do Senado Federal
(CF, art. 52, XI). Cabe esclarecer que os assuntos incluídos nos itens “c” e “d” constam tanto na
competência privativa da Câmara dos Deputados quanto nas do Senado Federal (CF, arts. 51, IV
e V; e 52, XIII e XIV). Gabarito: Letra D.

13. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2012) O Poder Legislativo, além de sua função precípua, que
é a elaboração de normas, possui outras, de igual relevância. Entre essas funções ou atribuições,
é correto afirmar ser da competência do Senado
a) autorizar a instauração de processo contra o Presidente da República.
b) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União.
c) autorizar o Presidente da República a se ausentar do País, quando essa ausência exceder quinze
dias.
d) fixar os subsídios do Presidente da República e do Vice-Presidente da República.
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, ou dos
limites da delegação.
Comentário
Item “a”. incorreto. Compete privativamente à Câmara dos Deputados (CF, art. 51, I). Item “b”.
correto. Compete privativamente ao Senado Federal dispor sobre limites globais e condições para
as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal (CF,
art. 52, VII). Item “c”. incorreto. É da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar o
Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder
a quinze dias; (CF, art. 49, III). Item “d”. incorreto. É da competência exclusiva do Congresso
Nacional fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de
Estado (CF, art. 49, VIII). Item “e”. incorreto. É da competência exclusiva do Congresso Nacional
(CF, art. 49, V). Gabarito: Letra B.

14. (FGV/Senado/Analista Legislativo/2012) O Senado Federal compõe-se dos representantes dos


Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Compete privativamente
ao Senado

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a) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites da delegação legislativa.
b) iniciar a deliberação de projeto de leis ordinárias que disponham sobre os limites globais para
o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) suspender a intervenção federal.
d) avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e
seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do
Distrito Federal e dos Municípios.
e) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra os Ministros de
Estado.
Comentário
Item “a”. incorreto. É da competência exclusiva do Congresso Nacional (CF, art. 49, V). Item “b”.
incorreto. Compete privativamente ao Senado Federal fixar, por proposta do Presidente da
República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios (CF, art. 52, VI). Em regra, o Senado exerce suas competências
privativas por meio de resolução, salvo a iniciativa de lei para a fixação da remuneração de cargos,
empregos ou funções de seus serviços (CF, art. 52, XIII). Item “c”. incorreto. Compete
exclusivamente ao Congresso Nacional aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas (CF, art. 49, IV). Item “d”.
correto. (CF, art. 52, XV). Item “e”. incorreto. É competência privativa da Câmara dos Deputados
autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; (CF, art. 52, I). Gabarito: Letra D.

15. (FGV/Senado/Analista Legislativo/2012) Em relação à competência privativa do Senado Federal,


analise os itens a seguir:
I. processar e julgar Ministro de Estado em crime conexo a crime de responsabilidade;
II. suspender a execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF;
III. aprovar a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
Comentário

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Item “I”. incorreto. Discordamos do gabarito da FGV que assinalou esse item como correto, pois
compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente
da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles (CF, art. 52, I). Logo, não compete ao Senado Federal processar e julgar Ministro de
Estado em crime conexo a crime de responsabilidade cometido por outras autoridades que não
sejam o presidente e o vice-presidente da República. Item “II”. correto. Compete privativamente
ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (CF, art. 52, X). Item “III”. correto. Compete
privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em
sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente (CF, art. 52,
IV). Gabarito: Letra B. Gabarito da FGV: Letra C.

16. (FGV/CGE RJ/Auditor do Estado/2012) No chamado crime de responsabilidade ou crime político


praticado por aquele que ocupa a Vice-Presidência da República, surge um órgão com
competência constitucionalmente estabelecida. Esse órgão é o(a)
a) Supremo Tribunal Federal.
b) Senado Federal.
c) Câmara dos Deputados.
d) Câmara Distrital.
e) Senado Estadual.
Comentário
Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente
da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles (CF, art. 52, I). Gabarito: Letra B.

17. (FGV/OAB Unificado – Nacional/IX Exame/2012) O Congresso Nacional aprova tratados


internacionais por meio de:
a) Decreto.
b) Resolução.
c) Decreto-Lei.
d) Decreto Legislativo.
Comentário
É da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados,
acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio
nacional (CF, art. 49, I). O Congresso Nacional exerce suas competências exclusivas por meio de
decreto legislativo. Gabarito: Letra D.

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18. (FGV/TRE PA/Técnico Judiciário/Administrativa/Segurança Judiciária/2011) Assinale a


alternativa que apresente competência exclusiva do Congresso Nacional.
a) Autorizar o Presidente da República e cônjuge a se ausentarem do País.
b) Autorizar o estado de sítio ou suspendê-lo.
c) Aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes à matriz energética do país.
d) Aprovar tratados e acordos internacionais na área da educação.
e) Julgar mensalmente as contas apresentadas pelo Presidente da República.
Comentário
Item “a”. incorreto. Compete exclusivamente ao Congresso Nacional autorizar o Presidente e o
Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias
(CF, art. 49, III). Item “b”. correto. Compete privativamente ao Presidente da República decretar
o estado de sítio (CF, art. 84, IX), cabendo exclusivamente ao Congresso Nacional autorizá-lo ou
suspendê-lo (CF, art. 49, IV). Item “c”. incorreto. Compete ao Tribunal de Contas da União
representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. No caso de contrato,
o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato,
ao Poder Executivo as medidas cabíveis (CF, art. 71, XI) Não se preocupe se não acertou esse item,
pois seu conteúdo somente será estudado na Aula 04 deste curso. Item “d”. incorreto. É
competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos
ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional
(CF, art. 49, I). Portanto, tratados e acordos internacionais que não acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional não necessitam de aprovação do Congresso
Nacional. Item “e”. incorreto. É competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente
as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos de governo. Gabarito: Letra B.

19. (FGV/OAB UNIFICADO – NACIONAL/2011) Os órgãos legislativos possuem competências


definidas no texto constitucional. Sobre o tema, à luz das normas constitucionais, é correto
afirmar que
a) é competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados de
qualquer natureza.
b) o Presidente da República pode ausentar-se do país por período indefinido sem autorização
do Congresso.
c) cabe ao Presidente do Senado aprovar o estado de defesa e o estado de sítio.
d) cabe ao Congresso exclusivamente sustar os atos normativos do Executivo que exorbitem de
delegação legislativa.
Comentário
Item “a”. incorreto. É competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente
sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos

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ao patrimônio nacional (CF, art. 49, I). Portanto, tratados e acordos internacionais que não
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional não necessitam de
aprovação do Congresso Nacional. Item “b”. incorreto. Compete exclusivamente ao Congresso
Nacional autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando
a ausência exceder a quinze dias (CF, art. 49, III). Item “c”. incorreto. Compete privativamente ao
Presidente da República decretar o estado de defesa e o estado de sítio (CF, art. 84, IX). É da
competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas (CF, art. 49, IV). Item “d”.
correto. É competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (CF, art.
49, V). Gabarito: Letra D.

20. (FGV/MEC/Atividades Técnicas de Complexidade Gerencial/2009) É competência privativa do


Senado Federal aprovar, previamente, por voto secreto, após arguição pública a escolha:
a) de Ministro de Estado.
b) do Presidente do Banco Central.
c) do Advogado-Geral da União.
d) de Presidente do Tribunal Regional Federal.
e) do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.
Comentário
Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após arguição
pública, a escolha de: a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; b) Ministros do
Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; c) Governador de Território;
d) presidente e diretores do Banco Central; e) Procurador-Geral da República; f) titulares de outros
cargos que a lei determinar; (CF, art. 52, III). Gabarito: Letra B.

21. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) A respeito da estrutura e atribuições do Poder


Legislativo, assinale a alternativa correta.
a) Os Senadores são eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no
Distrito Federal.
b) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.
c) Compete exclusivamente ao Senado Federal autorizar o Presidente da República a declarar a
guerra e a celebrar a paz.
d) Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações no Senado Federal serão tomadas
pelo voto de dois terços de seus membros.
e) Compete exclusivamente à Câmara dos Deputados fixar os subsídios dos membros das casas
legislativas, do Presidente e do Vice-Presidente da República, e dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal.

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Comentário
Item “a”. incorreto. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo
sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. O Senado Federal
compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio
majoritário (CF, arts. 45, caput; e 46, caput). Item “b”. correto. É da competência exclusiva do
Congresso Nacional - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e
apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo (CF, art. 49, IX). Item “c”. incorreto.
Compete exclusivamente ao Congresso Nacional autorizar o Presidente da República a declarar
guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou
nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar (CF, art.
49, II). Item “d”. incorreto. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada
Casa e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de
seus membros (CF, art. 47). Item “e”. incorreto. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do
presidente da República, dispor sobre a fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal. Por sua vez, é competência exclusiva do Congresso Nacional fixar idêntico subsídio para
os Deputados Federais e os Senadores e, ainda, fixar os subsídios do Presidente e do Vice-
Presidente da República e dos Ministros de Estado (CF, arts. 48, XV; e 49, VII e VIII). Gabarito:
Letra B.

22. (FGV/TCM PA/Auditor/2008) Em matéria de competência constitucional, assinale a alternativa


correta.
a) Cabe ao Congresso Nacional dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.
b) Cabe ao Congresso Nacional processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República
nos crimes de responsabilidade.
c) Compete privativamente à Câmara dos Deputados eleger membros do Conselho da República.
d) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de
Estado.
e) É da competência exclusiva do Congresso Nacional fixar, por proposta do Presidente da
República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
Comentário
Item “a”. incorreto. Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de
contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa (CF, art. 51, II). Compete exclusivamente ao
Congresso Nacional julgar as contas do Presidente da República (CF, art. 49, IX). Item “b”.
incorreto. Compete privativamente ao Senado Federal (CF, art. 52, I). Item “c”. correto. Cabe
esclarecer que eleger membros do Conselho da República consta no rol de competências

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privativas tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal, cabendo a cada uma dessas
Casas exercê-la nos termos do art. 89 da CF, ou seja, cada Casa do Congresso Nacional elegerá
dois dos seis cidadãos que comporão o Conselho da República (CF, arts. 51, V; e 52, XIV). Item
“d”. incorreto. É competência privativa da Câmara dos Deputados (CF, art. 52, I). Item “e”.
incorreto. É competência privativa do Senado Federal (CF, art. 52, VI). Gabarito: Letra C.

23. (FGV/Senado/Advogado/2008) A respeito da composição e competência legislativa do Senado


Federal, analise as afirmativas a seguir:
I. Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente
da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles. Presidirá a sessão de julgamento o Presidente do Supremo Tribunal Federal e a
condenação à perda do cargo com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública,
somente será proferida por dois terços dos votos dessa casa legislativa.
II. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário. Cada Estado e Distrito Federal elegerão três Senadores, com
mandato de oito anos. A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de
quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
III. Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após
arguição pública, a escolha de Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição, Ministros do
Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República, Governador de Território,
Presidente e diretores do Banco Central, Procurador Geral da República e titulares de outros
cargos que a lei determinar.
IV. Compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações externas de natureza
financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário
Item “I”. correto. (CF, art. 52, I e parágrafo único). Item “II”. correto. (CF, art. 46). Item “III”. correto.
(CF, art. 52, III). Item “IV”. correto. (CF, art. 52, V). Gabarito: Letra E.

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24. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) O Presidente e o Vice-Presidente da República, nos


crimes de responsabilidade, serão julgados:
a) pelo Senado Federal.
b) pela Câmara dos Deputados.
c) pelo Congresso Nacional.
d) pelo Supremo Tribunal Federal.
e) pelo Conselho da República.
Comentário
Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente
da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles (CF, art. 52, I). Gabarito: Letra A.

Outras Bancas Examinadoras

25. (CEBRASPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo/2022) A respeito da organização dos


Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, conforme a Constituição Federal de 1988 e a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, julgue o item a seguir.
Compete ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, dispor
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Comentários:
Compete exclusivamente ao Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos
ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Por isso, o exercício dessa competência independe de sanção presidencial (CF, art. 49, I). Gabarito:
Errado.

26. (CEBRASPE/MPE TO/Promotor de Justiça/2022) Acerca das atribuições do Poder Legislativo,


assinale a opção correta.
a) Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após
arguição pública, a escolha de presidente e diretores do Banco Central do Brasil.
b) É da competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar, por maioria absoluta e por voto
secreto, a exoneração, de ofício, do procurador-geral da República antes do término de seu
mandato.

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c) Compete privativamente ao Senado Federal proceder à tomada de contas do presidente da


República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa.
d) Compete privativamente à Câmara dos Deputados julgar anualmente as contas prestadas pelo
presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.
e) É da competência exclusiva do Congresso Nacional dispor sobre limites globais e condições
para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal.
Comentários:
Item “a”, correto. (CF, art. 52, III, “d”). Item “b”, incorreto. Compete privativamente ao Senado
Federal (CF, art. 52, XI). Item “c”, incorreto. Compete privativamente à Câmara dos Deputados
(CF, art. 51, II). Item “d”, incorreto. Compete exclusivamente ao Congresso Nacional (CF, art. 49,
IX). Item “e”, incorreto. Compete privativamente ao Senado Federal (CF, art. 52, VII). Gabarito:
Letra A.

27. (CEBRASPE/DPE RO/Analista da Defensoria Pública/2022) Com relação aos atos normativos
adotados no ordenamento jurídico brasileiro, julgue os itens subsequentes.
I. A suspensão, pelo Senado Federal, da execução de lei declarada inconstitucional pelo STF, no
controle concreto difuso, se dá por meio de resolução.
II. O Congresso Nacional suspende, por meio de decreto legislativo, os atos normativos do
presidente da República que exorbitem do poder regulamentar.
III. O Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, pode criar um tipo penal por
meio de lei complementar.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Comentários:
Item “I”. Certo. (CF, art. 52, X). Item “II”. Certo. Apesar de o dispositivo da Constituição Federal
utilizar o verbo “sustar” (CF, art. 49, V), o examinador valeu-se de sinonímia e utilizou o termo
“suspende” com o significado de “susta”. Item “III”. Certo. Há três dispositivos da Constituição
Federal que devem ser considerados sobre o assunto: 1) “não há crime sem lei anterior que o
defina, nem pena sem prévia cominação legal (CF, art. 5º, XXXIX); 2) Compete privativamente à
União legislar sobre direito penal (CF, art. 22, I); e 3) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção
do Presidente da República, dispor sobre todas as matérias de competência da União (CF, art. 48,

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caput). Em regra, a tipificação de crime ocorre por meio de lei ordinária, mas, excepcionalmente,
a tipificação de crime pode ser estabelecida por meio de lei complementar, cujo procedimento
para sua elaboração exige quórum qualificado. Exemplo: A Lei Complementar nº 64, de 1990, em
seu art. 25, dispõe que “Constitui crime eleitoral a arguição de inelegibilidade, ou a impugnação
de registro de candidato feito por interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder
de autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé”. Gabarito: Letra E.

28. (VUNESP/TJ SP/Notário e Registrado/2022) Considerando-se que o Poder Legislativo é exercido


pelo Congresso Nacional, o qual é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, pode-
se afirmar que é da competência exclusiva do Congresso Nacional
a) autorizar a ausência do Presidente e do Vice-Presidente da República nos casos em que essa
ausência excede a quinze dias.
b) aprovar a escolha de Ministros do Supremo Tribunal Federal.
c) autorizar a instauração de processo contra o Presidente da República.
d) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Comentários:
Item “a”, correta. (CF, art. 49, III). Item “b”, incorreta. Compete privativamente ao Senado Federal
aprovar a escolha de ministros do Supremo Tribunal Federal (CF, arts. 52, III, “a”; 84, XIV; e 101,
parágrafo único). Item “c”, incorreta. Essa competência é privativa da Câmara dos Deputados (CF,
art. 51, I). Item “d”, incorreta. Essa competência é privativa do Senado Federal (CF, art. 52, II).
Gabarito: Letra A.

29. (CEBRASPE/SERIS AL/Agente Penitenciário/2021) Acerca das atribuições do Poder Executivo e


do Poder Legislativo, julgue o item a seguir.
Cabe ao Congresso Nacional conceder anistia, indulto e comutar penas.
Comentários:
Compete à União conceder anistia (CF, art. 21, XVII). Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção
do Presidente da República, dispor sobre a concessão de anistia (CF, art. 48, VIII). Compete
privativamente ao Presidente da República conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei (CF, art. 84, XII). Gabarito: Errado.

30. (CEBRASPE/TJ RJ/Técnico de Atividade Judiciária/2021) Compete exclusivamente ao Congresso


Nacional
a) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de procurador-geral
da República.
b) conceder anistia.
c) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de
crédito externo e interno.
d) eleger membros do Conselho da República.

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e) mudar temporariamente sua sede.


Comentários:
Item “a”, incorreto. Compete privativamente ao Senado Federal (CF, art. 52, III, “e”). Item “b”,
incorreto. Compete à União (CF, art. 21, XVII). Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do
Presidente da República, dispor sobre a concessão de anistia (CF, art. 48, VIII). Item “c”, incorreto.
Compete privativamente ao Senado Federal (CF, art. 52, VIII). Item “d”, Competência privativa da
CD e do SF eleger dois cidadãos cada dentre os seis que comporão o Conselho da República. O
Presidente da República escolhe os outros dois (CF, arts. 51, V; e 52, XIV; e 89, VII). Item “e”,
correto. Compete exclusivamente ao Congresso Nacional (CF, art. 49, VI). Gabarito: Letra E.

31. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista do Controle Externo/2021) Julgue o item a seguir, de acordo com
o disposto na Constituição Federal de 1988 e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do presidente
da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa.
Comentários:
(CF, art. 51, II). Gabarito: Certo.

32. (CEBRASPE/TJ RJ/Analista Judiciário/2021) Assinale a opção que representa atribuição do


Congresso Nacional para a qual não é exigida sanção do presidente da República.
a) organização administrativa e judiciária do Ministério Público e da Defensoria Pública da União.
b) concessão de anistia.
c) criação e extinção de órgãos da administração pública.
d) desmembramento de áreas de territórios federais ou estados.
e) sustação de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.
Comentários:
Item “a”, incorreto. Organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria
Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito
Federal (CF, art. 48, IX). Item “b”, incorreto. (CF, art. 48, VIII). Item “c”, incorreto. (CF, art. 48, XI).
Item “d”, incorreto. (CF, art. 48, VI). Item “e”, correto. (CF, art. 49, V). Gabarito: Letra E.

33. (CEBRASPE/ALECE/Técnico Legislativo/2021) Com base na CF, julgue os itens a seguir.


I Ao ser instaurado um processo por crime de responsabilidade do presidente da República, este
terá um rito bifásico, no qual a Câmara dos Deputados realiza o juízo de admissibilidade, com
aprovação de abertura de processo por dois terços de seus membros.
II Autorizada a abertura do processo por crime de responsabilidade do presidente da República
pela Câmara dos Deputados, de modo imediato, ocorrerá o afastamento do referido presidente
pelo prazo de 180 dias.

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III Compete privativamente ao Senado Federal em sessões presididas pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal processar e julgar o presidente da República.
Assinale a opção correta.
a) Somente os itens I e II estão certos.
b) Somente os itens I e III estão certos.
c) Somente os itens II e III estão certos.
d) Somente o item I está certo.
e) Todos os itens estão certos.
Comentários:
Primeiramente cabe esclarecer que discordamos do gabarito oficial definitivo apresentado pelo
Cebraspe, tendo em vista os comentários que apresentaremos a seguir. Item “a”. Errado. A
Câmara dos Deputados tem competência para autorizar a instauração do processo. Logo, o juízo
de admissibilidade emitido pela Câmara dos Deputados antecede à instauração do processo.
Conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial, a autorização da Câmara não obriga o
Senado a julgar a autoridade. Cabe ao Senado Federal três decisões: 1) decidir, por maioria
simples, se instaurará ou não o processo, 2) decidir, por maioria simples, pela procedência ou não
da acusação, e 3) decidir, por dois terços dos seus membros, pela condenação do presidente da
República (CF, art. 51, I; e 52, I). Item “b”. Errado. O afastamento ocorre após a instauração do
processo pelo Senado Federal (CF, art. 86, § 1º, II). Item “c”. Certo (CF, art. 52, parágrafo único).
Gabarito: Letra B.

34. (FCC/MANAUSPREV/Técnico Previdenciário/2021) O artigo 49 da Constituição Federal define


as hipóteses de competência exclusiva do Congresso Nacional, para a qual não é exigida a
sanção presidencial. É hipótese de competência exclusiva do Congresso Nacional:
a) Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
b) Legislar sobre limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da
União.
c) Estabelecer as regras para telecomunicações e radiodifusão.
d) Dispor sobre a transferência temporária da sede do Governo Federal.
e) Alterar as regras para incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios
ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.
Comentários:
Item “a”, correto. (CF, art. 49, XIII). Item “b”, incorreto. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção
do Presidente da República (CF, art. 48, V). Item “c”, incorreto. Cabe ao Congresso Nacional, com
a sanção do Presidente da República (CF, art. 48, XII). Item “d”, Cabe ao Congresso Nacional, com
a sanção do Presidente da República (CF, art. 48, VII). Item “e”, incorreto. Cabe ao Congresso
Nacional, com a sanção do Presidente da República (CF, art. 48, VI). Gabarito: Letra A.

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Deputados e Senadores (Estatuto dos Congressistas)

Fundação Getúlio Vargas (FGV)

35. (FGV/PC RJ/Inspetor de Polícia/2022) João, deputado federal, foi denunciado pelo Procurador-
Geral da República, perante o Supremo Tribunal Federal, pela prática de crime contra a
Administração Pública.
Nesse caso, a denúncia:
a) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização da Câmara dos Deputados, o que
não afetará o exercício do mandato;
b) pode ser livremente apreciada, independentemente de autorização da Câmara dos
Deputados, mas esta Casa pode sustar o seu andamento;
c) uma vez recebida, acarretará o afastamento automático de João, salvo decisão em contrário
da Câmara dos Deputados, tomada por maioria absoluta de votos;
d) pressupõe o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, o qual, em sendo positivo,
permitirá o início do processo criminal em desfavor de João;
e) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização do Congresso Nacional, que
também pode sustar o seu andamento no momento que lhe pareça adequado.
Comentários:
Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação (CF, art. 53, § 3º). A apreciação da denúncia independe de autorização da
Casa a que pertencer o parlamentar e, em regra, o andamento da ação penal não afeta o exercício
do mandato. Gabarito: Letra B.

36. (FGV/PC AM/Delegado de Polícia/2022) A Polícia Civil do Estado Alfa, em uma operação de
rotina, constatou que o Deputado Federal João estava em situação de flagrância na prática de
determinada infração penal.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que João
a) não pode ser preso, salvo com autorização prévia da respectiva Casa Legislativa, mas o
processo penal não carece de autorização para ser iniciado.
b) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos à
Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de eventual
processo penal.

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c) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de
eventual processo penal.
d) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, mas o processo penal não carece de
autorização para ser iniciado.
e) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos
ao Supremo Tribunal Federal, que resolverá sobre a prisão, sendo que o início do processo penal
depende de autorização da Casa Legislativa.
Comentários:
Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão. Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a
diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de
partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão
final, sustar o andamento da ação (CF, art. 53, §§ 2º e 3º). Gabarito: Letra D.

37. (FGV/TJ PR/Juiz Estadual/2021) Francisco, que tomou posse como Deputado Federal, a fim de
exercer livremente o seu mandato como representante do povo, consultou advogado para se
informar das prerrogativas e imunidades às quais faria jus, em razão do exercício do cargo para
o qual foi eleito.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) a manifestação oral imune à censura penal e cível deve ter sido praticada pelo congressista,
ainda que alheia ao exercício do seu mandato e fora do parlamento e, por essa razão, a imunidade
parlamentar não se estende ao suplente de Francisco;
b) as imunidades formais garantem a Francisco não ser preso, salvo a prisão civil ou a prisão em
flagrante por crime inafiançável, desde que haja anuência da Câmara dos Deputados, por voto da
maioria dos seus integrantes, também não sendo autorizada a prisão decorrente de sentença
judicial transitada em julgado;
c) a prerrogativa de foro de Francisco se limita aos crimes cometidos no exercício do cargo e em
razão dele, e a jurisdição do Supremo Tribunal Federal se perpetua caso tenha havido o
encerramento da instrução processual antes da extinção do mandato;
d) o Supremo Tribunal Federal é o Tribunal competente para processar e julgar Francisco e a
competência abrange todas as modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos
eleitorais. Entretanto, o foro por prerrogativa de função de Francisco não prevalece sobre a
competência do júri;

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e) as imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas


mediante o voto de dois quintos dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados
dentro do recinto do Congresso Nacional que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Comentários:
Item “a”, incorreto. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos (CF, art. 53, caput). De acordo entendimento firmado pelo STF,
a imunidade material se aplica às opiniões, palavras e votos sempre que essas manifestações
tenham relação com o desempenho do mandato ou sejam proferidas em decorrência dele. Item
“b”, incorreto. Há apenas duas hipóteses para prisão de deputado ou senador: 1) a prisão em
flagrante por crime inafiançável (CF, art. 53, § 2º); e 2) a prisão decorrente de sentença judicial
transitada em julgado (Jurisprudência do STF). Em ambos os casos, a prisão independe de
autorização da Casa a que pertencer o parlamentar. Item “c”, correto. O item “c” contém
afirmativa em conformidade com a jurisprudência do STF firmada na AP 937, relator Min. Roberto
Barroso (Decisão em 03.05.2018), segundo a qual “(i) O foro por prerrogativa de função aplica-se
apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções
desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de
intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o
cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo”. Item “d”, incorreto. O foro por prerrogativa de
função de Deputados e Senadores é o STF (CF, art. 53, § 1º) e se aplica às ações de natureza penal
(crimes comuns). Conforme ensina Uadi Lammêgo Bulos (Curso de Direito Constitucional, 2021,
p. 1140), “as infrações penais comuns abragem, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, todas as modalidades de cometimentos ilícitos (RTJ, 33:590). Estendem-se, também, aos
delitos eleitorais, alcançando até os crimes contra a vida e as próprias contravenções penais (STF,
RTJ, 63:1, 91:423)”. Segundo a jurisprudência do STF, o foro por prerrogativa de função aplica-se
apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções
desempenhadas. Em relação à competência, o STF entende que “a norma contida no art. 5º,
XXXVIII, da Constituição da República, que garante a instituição do júri, cede diante do disposto
no art. 102, I, b, da Lei Maior, definidor da competência do Supremo Tribunal Federal, dada a
especialidade deste último. Os crimes dolosos contra a vida estão abarcados pelo conceito de
crimes comuns” (RE 939071 SP, Rel. min. Dias Toffoli, DJe-061 03/04/2018 e AP 333/PB, rel. min.
Joaquim Barbosa, Pleno, julgamento em 5.12.2007). Item “e”, incorreto. As imunidades de
Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida (CF,
art. 53, § 8º). Gabarito: Letra C.

38. (FGV/FunSaúde CE/Advogado/2021) Antônio, deputado estadual, foi denunciado perante o


Tribunal de Justiça do respectivo Estado, conforme regra de competência estabelecida pela
Constituição Estadual. Foi-lhe imputada a prática de crime estritamente relacionado ao exercício
do mandato eletivo. Ao ser cientificada do recebimento da denúncia, a Assembleia Legislativa,

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provocada pelo partido político do referido Deputado, decidiu sustar a tramitação da ação
penal.
Considerando a sistemática constitucional afeta à matéria, assinale a afirmativa correta.
a) A ação penal em face de Antônio não poderia ter sua tramitação sustada, garantia aplicável
exclusivamente a deputados federais e senadores.
b) A Assembleia Legislativa agiu no limite de sua competência ao sustar a tramitação da ação
penal, decisão que suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
c) Antônio não poderia ser processado perante o Tribunal de Justiça, já que o foro por
prerrogativa de função somente pode ser instituído pela Constituição da República.
d) O partido político de Antônio, por ser suspeito, não poderia apresentar o requerimento de
sustação da ação penal, o que deveria ter sido deliberado por Comissão Especial.
e) A denúncia em face de Antônio não poderia ter sido recebida sem autorização da Assembleia
Legislativa, que não pode, em momento posterior, sustar a tramitação da ação penal.
Comentários:
Item “a”, incorreto. Aos deputados estaduais aplicam-se as regras da Constituição Federal
referente às imunidades de Deputados e Senadores (CF, art. 27, § 1º c/c art. 53, § 3º). Item “b”,
correto. Em conformidade com o disposto nos arts. 27, § 1º, e 53, §§ 3º e 5º). Item “c”, incorreto.
Em conformidade com a doutrina e jurisprudência do STF, o Tribunal de Justiça do Estado é o
foro por prerrogativa de função de deputados estaduais. Item “d”, incorreto. Qualquer partido
político representado na Casa legislativa a que pertencer o parlamentar denunciado tem
competência para propor a sustação do andamento da ação penal (CF, art. 27, § 1º c/c art. 53, §
3º). Item “e”, incorreto. O recebimento da denúncia contra parlamentar independe de autorização
da Casa respectiva, a qual poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação penal (CF, art.
27, § 1º c/c art. 53, § 3º). Gabarito: Letra B.

39. (FGV/ALERJ/Esp Leg NS/2017) Edílio, dias após ser empossado como Deputado Estadual, foi
informado de que possuía um tipo de imunidade material no exercício da função, o que impedia
que certos atos por ele praticados ensejassem as mesmas consequências que ensejariam para
uma pessoa comum.
Considerando o sistema jurídico-constitucional brasileiro, é correto afirmar que configura
imunidade dessa natureza a impossibilidade de o referido parlamentar ser:
a) responsabilizado, durante o mandato, por qualquer ato estranho à função;
b) processado, durante ou após o término do mandato, sem prévia autorização da Assembleia
Legislativa;
c) processado, durante o mandato, sem prévia autorização da Assembleia Legislativa;
d) responsabilizado pelas opiniões, palavras e votos vinculados ao exercício do mandato;
e) preso, em qualquer hipótese, após a expedição do respectivo diploma.

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Comentário
Em decorrência da imunidade material, Deputados e Senadores são invioláveis por suas opiniões,
palavras e votos (CF, art. 53, caput). De acordo com a jurisprudência do STF, a imunidade material
se aplica às opiniões, palavras e votos proferidas no exercício do mandato e relacionadas à função
parlamentar. Entende, ainda, o STF que as imunidades e prerrogativas de Deputados federais são
aplicáveis aos Deputados estaduais. Gabarito: Letra D.

40. (FGV/OAB Unificado – Nacional/2014) O senador “X” ausentou-se das atividades do Senado
Federal para tratar de assunto de interesse particular por cento e cinquenta dias ininterruptos e,
diante desse fato, enfrenta representação para a perda do seu mandato, por não ter
comparecido à terça parte das sessões ordinárias da Casa, que foram realizadas no período em
que esteve ausente. Nessa hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) A perda do mandato do referido senador será decidida pelo Senado Federal, por maioria
absoluta, mediante provocação da respectiva mesa ou de partido político representado no
Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
b) Não poderá o referido parlamentar perder o mandato, já que o afastamento não ultrapassou
cento e oitenta dias dentro da mesma sessão legislativa.
c) A perda do mandato do referido senador poderá ser declarada pela Mesa da Casa Legislativa
de ofício ou mediante provocação de qualquer dos seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
d) Caso o referido senador venha a renunciar após submetido ao processo que vise ou possa
levar à perda do seu mandato, haverá o arquivamento do processo pela perda do seu objeto.
Comentário
Primeiramente, cabe registrar que a questão encontra-se mal formulada, pois seu enunciado não
informa: a) se o Senado Federal havia concedido ao senador “X” licença para tratar de interesse
particular, a qual pode ser concedida por até cento e vinte dias por sessão legislativa; b) se os
cento e cinquenta dias ininterruptos ocorreram na mesma sessão legislativa ou no mesmo ano; e
c) se a ausência a um terço das sessões ordinárias ocorreram dentro da mesma sessão legislativa
ou se foi apenas um terço das sessões ordinárias ocorridas no período em que o senador “X”
esteve ausente. Após esses esclarecimentos, comentaremos cada alternativa a seguir. Item “a”.
incorreto. O único aparente motivo no enunciado da questão que justificaria a perda do mandato
seria a ausência à terça parte das sessões ordinárias da Casa, caso se considerasse que essas
sessões ocorreram na mesma sessão legislativa. Sendo esse o motivo da perda do mandato,
caberia à Mesa do Senado Federal (e ao Senado Federal, por maioria absoluta) declarar a perda
do mandato (CF, art. 55, III e §3º). Item “b”. incorreto. Não há previsão de afastamento de senador
por cento e oitenta dias por sessão legislativa para tratar de assunto de interesse particular. Não
perderá o mandato o deputado ou senador licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença
(sem prazo máximo estabelecido), ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde
que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. Somente
caberia a perda do mandato se o senador “X”, durante o período em que não estivesse licenciado,

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suas ausências implicassem na ausência a um terço das sessões ordinárias da sessão legislativa,
pois para fins de perda de mandato não são computadas as ausências às sessões que decorram
de licença ou missão autorizada (CF, arts. 55, III; e 56, II). Item “c”. correto. Conforme comentário
ao item “a” (CF, art. 55, III e § 3º). Item “d”. incorreto. De acordo com o enunciado da questão, o
senador “X” “enfrenta representação para a perda do seu mandato”, dessa forma, cabe
considerar que a renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda
do mandato, nos termos do art. 55 da CF, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais
da Casa ou da Mesa respectiva, conforme o caso (CF, art. 55, § 4º). Dessa forma, a renúncia ao
mandato do senador “X” não resultaria no arquivamento do processo pela perda do seu objeto.
Gabarito: Letra C.

41. (FGV/ALEMA/Consultor Legislativo/2013) O Deputado Federal M é surpreendido cometendo


crime inafiançável e, por força disso, preso pelo Delegado do município de A. Nesse caso,
segundo as regras previstas na Constituição Federal,
a) o parlamentar permanecerá preso até a audiência com o Juiz que instruirá o processo, que
deverá ocorrer em, no máximo, cinco dias.
b) os autos que corporificaram a prisão deverão ser remetidos à Câmara Federal, em vinte e
quatro horas, que decidirá sobre a prisão.
c) o processo, até que haja pronunciamento do Supremo Tribunal Federal e da Câmara dos
Deputados sobre a prisão, deverá ser suspenso.
d) a prisão do parlamentar será considerada ilegal por ofender as garantias de imunidade
previstas na Constituição.
e) o Delegado deverá determinar a liberdade do parlamentar por ter prerrogativa de foro no
Supremo Tribunal Federal.
Comentário
Hipótese de imunidade formal prisional. Desde a expedição do diploma, os membros do
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso,
os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto
da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (CF, art. 53, § 2º). Gabarito: Letra B.

42. (FGV/OAB Unificado – Nacional/2013) O Deputado Federal “Y” foi objeto de extensa
investigação, e diversas reportagens jornalísticas indicaram sua participação em fraudes contra
a previdência social. Além disso, inquéritos da polícia chegaram a fortes indícios de diversas
práticas criminosas por uma quadrilha por ele liderada. O Ministério Público ofereceu denúncia
contra sete acusados, incluindo o parlamentar. Com relação ao caso apresentado, assinale a
afirmativa correta.
a) Os deputados federais não podem ser presos em hipótese alguma, pois são invioláveis, na
forma prevista na Constituição da República.

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b) O processo criminal contra o deputado federal deverá tramitar perante o Superior Tribunal de
Justiça e tem procedimento especial previsto em lei.
c) O tribunal competente, recebida denúncia contra o deputado federal por crime ocorrido após
a diplomação, dará ciência à Câmara dos Deputados, que poderá sustar o andamento da ação por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, até a
decisão final.
d) Os membros do Congresso Nacional, desde a expedição do diploma, não poderão ser
processados criminalmente sem prévia licença de sua Casa; não sendo concedida a licença, ficará
suspensa a prescrição, até o fim do mandato.
Comentário
Item “a”. incorreto. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos
dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros,
resolva sobre a prisão (CF, art. 53, § 2º). Item “b”. incorreto. Os Deputados e Senadores, desde a
expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (CF,
art. 53, § 1º). Conforme jurisprudência do STF, esse foro por prerrogativa de função parlamentar
se aplica a crimes cometidos durante o exercício do mandato e relacionados com a função
parlamentar. Item “c”. correto. Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá,
até a decisão final, sustar o andamento da ação (CF, art. 53, § 3º). Item “d”. incorreto. Não há mais
necessidade de licença prévia da Casa respectiva para processar deputado ou senador, conforme
comentário ao item “c” (CF, art. 53, § 3º). Gabarito: Letra C.

43. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2012) Com relação à inviolabilidade garantida aos Senadores


(art. 53 da Constituição Federal), assinale a afirmativa correta.
a) O Senador não pode ser obrigado a testemunhar sobre informações recebidas em razão do
exercício de seu mandato.
b) Desde a sua posse, somente o Senador poderá ser submetido a julgamento perante o STF.
c) Em caso de prisão em flagrante de Senador por crime inafiançável, os autos serão remetidos
ao Congresso Nacional para que, pelo voto da maioria de seus membros, decida sobre a prisão.
d) A imunidade do Senador subsistirá incondicionalmente mesmo durante o estado de sítio.
e) Os Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer opiniões, atos, votos e palavras.
Comentário
Item “a”. correto. Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas
que lhes confiaram ou deles receberam informações (CF, art. 53, § 6º). Item “b”. incorreto. Os
Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante
o Supremo Tribunal Federal (CF, art. 53, § 1º). Item “c”. incorreto. Desde a expedição do diploma,

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os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime
inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (CF, art. 53, §
2º). Item “d”. incorreto. As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado
de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam
incompatíveis com a execução da medida (CF, art. 53, § 8º). Item “e”. incorreto. A imunidade
material não inclui atos, mas apenas opiniões, palavras e votos (CF, art. 53, caput). Gabarito: Letra
A.

44. (FGV/Senado/Consultor Legislativo/2012) Por tradição, os textos constitucionais conferem


imunidade aos parlamentares, observando a importância desta prerrogativa como forma de
garantir a estes maior independência em suas atuações. Assim, quanto à Constituição de 1988,
NÃO É CORRETO afirmar que
a) a imunidade material somente protege o parlamentar, fora do recinto de sua Casa Legislativa,
se as manifestações consideradas ofensivas tiverem conexão com o desempenho da função
legislativa ou forem proferidas em razão desta.
b) a diplomação de Senador da República ou Deputado Federal, no curso de processo criminal,
no qual já tenha sido proferida sentença condenatória por juiz de primeiro grau pendente de
apelação, acarreta a imediata cessação da competência da Justiça local e o seu deslocamento para
o Supremo Tribunal Federal.
c) o Supremo Tribunal Federal não tem competência para processar e julgar ação popular
ajuizada em face de Senador da República ou Deputado Federal por ato praticado antes de sua
diplomação.
d) o Supremo Tribunal Federal, ao receber denúncia contra Senador da República ou Deputado
Federal, por crime ocorrido após a diplomação, dará ciência à Casa respectiva que, por iniciativa
de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá sustar o
andamento da ação até a decisão final.
e) o Deputado Federal ou Senador da República que sofrer condenação criminal em sentença
transitada em julgado, terá a perda de seu mandato declarada pela Mesa da Casa respectiva, de
ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado
no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
Comentário
Item “a”. correto afirmar. De acordo com jurisprudência do STF, é necessário haver nexo de
causalidade da manifestação de deputados e senadores com o exercício do mandato (CF, art. 53,
caput). Item “b”. NÃO É CORRETO afirmar. De acordo com a atual jurisprudência do STF, o foro
por prerrogativa de função de deputados e senadores se aplica no caso de crimes praticados
durante o exercício do mandato e relacionados com a função parlamentar (CF, art. 53, § 1º). Item
“c”. correto afirmar. Conforme comentário ao item “b”. Item “d”. correto afirmar. (CF, art. 53, §
3º). Item “e”. NÃO É CORRETO afirmar. Nos casos de parlamentar que sofrer condenação criminal

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em sentença transitada em julgado, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos
Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva
Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa (CF,
art. 55, VI e § 2º). Questão desatualizada com jurisprudência do STF e, por isso, há duas alternativas
cujas afirmativas NÃO SÃO CORRETAS afirmar. Gabarito: Letras B e E. Gabarito oficial: Letra E.

45. (FGV/PC MA/Escrivão de Polícia/2012) Conforme dispõe a Constituição da República, é correto


afirmar que
a) os senadores, desde a expedição do diploma, não poderão ser presos, salvo nos casos de
crimes inafiançáveis e em razão dos crimes afiançáveis praticados contra a administração pública.
b) os deputados somente podem ser presos após autorização da maioria dos membros que
compõe a câmara dos deputados.
c) os deputados, senadores e vereadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a
julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
d) deputados e senadores, desde a expedição do diploma, não poderão ser presos, salvo em
flagrante delito de crime inafiançável.
e) o vereador não pode ser preso, conforme previsão expressa na Constituição Federal, salvo em
flagrante delito por crime afiançável, praticado em qualquer local.
Comentário
Item “a”. incorreto. Nos termos da CF, desde a expedição do diploma, os membros do Congresso
Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos
serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria
de seus membros, resolva sobre a prisão. (CF, art. 53, § 2º). Item “b”. incorreto. Conforme
comentário ao item “a” (CF, art. 53, § 2º). Item “c”. incorreto. Os Deputados e Senadores, desde
a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal (CF,
art. 53, § 1º). Item “d”. correto. Conforme comentário ao item “a” (CF, art. 53, § 2º). Item “e”.
incorreto. Vereadores não possuem imunidade formal (CF, art. 29, VIII e IX). Gabarito: Letra D.

46. (FGV/Senado/Analista Legislativo/2012) Em relação aos Deputados e Senadores, analise as


afirmativas a seguir:
I. Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, firmar ou manter contrato
com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas
uniformes.
II. Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser proprietários,
controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
III. Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento
perante o Supremo Tribunal Federal.

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Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
Comentário
Item “a”. correto. (CF, art. 54, I, a). Item “II”. incorreto. Desde a posse (CF, art. 54, II, a). Item “c”.
correto. (CF, art. 53, § 1º). Gabarito: Letra E.

47. (FGV/CGE RJ/Auditor do Estado/2012) Um determinado deputado federal foi flagrado


cometendo delito considerado inafiançável, sendo preso pelos agentes policiais estatais.
Consoante as normas constitucionais, os autos da prisão devem ser remetidos para exame do
ato
a) ao Senado da República.
b) ao Governador.
c) ao Presidente da República.
d) ao Congresso Nacional.
e) à Câmara Federal.
Comentário
Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e
quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão (CF, art. 53, § 2º). Apesar de o nome Câmara Federal não ser constitucionalmente previsto
nem tecnicamente utilizado na doutrina majoritária, o examinador considerou essa alternativa
correta, uma vez que os autos deverão ser remetidos à Câmara dos Deputados, que é órgão
federal. Gabarito: Letra E.

48. (FGV/OAB UNIFICADO – NACIONAL/2011) Considere a hipótese de Deputado Federal que


cometeu crime (comum) após a diplomação. Nesse caso, é correto afirmar que
a) a Câmara dos Deputados pode sustar o andamento da ação penal.
b) o STF só pode receber a denúncia após a licença da Câmara dos Deputados.
c) o STF só pode receber a denúncia após a licença do Congresso Nacional.
d) o Congresso Nacional pode sustar o andamento da ação penal.
Comentário

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Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação (CF, art. 53, § 3º). Gabarito: Letra A.

49. (FGV/Senado/Advogado/2008) A imunidade parlamentar material prevista no art. 53, caput, da


Constituição Federal assegura:
a) que os Deputados e Senadores não sejam processados civil e criminalmente por opiniões,
palavras e votos proferidos exclusivamente dentro do parlamento, desde que haja conexão entre
a ofensa irrogada e o exercício do mandato.
b) que os Deputados e Senadores não sejam processados civil e criminalmente por opiniões,
palavras e votos proferidos dentro ou fora do parlamento, desde que haja conexão entre a ofensa
irrogada e o exercício do mandato.
c) que os Deputados e Senadores não sejam processados criminalmente por opiniões, palavras e
votos proferidos dentro ou fora do parlamento, desde que haja conexão entre a ofensa irrogada
e o exercício do mandato. A prerrogativa não impede que os parlamentares sejam civilmente
processados pela vítima da ofensa.
d) que os Deputados e Senadores sejam processados criminalmente apenas pelos crimes de
injúria e difamação. A prerrogativa não impede processo criminal por calúnia, mesmo que a ofensa
tenha sido irrogada dentro do parlamento e esteja relacionada com o exercício do mandato.
e) que processos cíveis e criminais decorrentes de opiniões, palavras e votos proferidos pelos
Deputados e Senadores dentro do parlamento fiquem automaticamente suspensos enquanto
durar o mandato legislativo, ficando também suspenso o curso do prazo prescricional.
Comentário
Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos. De acordo com a jurisprudência do STF, é necessário que haja nexo de
causalidade estre a manifestação parlamentar e o exercício do mandato. Gabarito: Letra B.

50. (FGV/Senado/Analista Legislativo/2008) A Constituição Federal impõe, em caso de infringência


do decoro parlamentar, que seja aberto processo para perda de mandato. Nesse caso, com base
em disposição constitucional e regimental, analise as afirmativas a seguir:
I. A sessão será secreta, bem como o voto do parlamentar, sendo o quorum para a sanção
consistente em maioria absoluta.
II. Ocorrerá sessão aberta, salvo determinação do Presidente da Casa parlamentar, o voto será
aberto e o quorum para a cassação, maioria simples.
III. O quorum para a cassação do mandato será de um terço dos presentes, a votação será secreta
e a sessão aberta ao público.
IV. A sessão será aberta ao público, o voto do parlamentar será secreto e o quorum para cassação
será de maioria absoluta.

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V. O voto será secreto ou aberto dependendo de prévia votação do plenário da Casa Legislativa,
com quorum de maioria absoluta, em sessão aberta ao público.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I for verdadeira.
b) se nenhuma afirmativa for verdadeira.
c) se apenas as afirmativas I e V forem verdadeiras.
d) se apenas as afirmativas III, IV e V forem verdadeiras.
e) se apenas a afirmativa III for verdadeira.
Comentário
Além de esta questão ter sido anulada pela banca examinadora, houve alteração na Constituição
Federal em 2013 que suprimiu a exigência de voto secreto para deliberação de perda de mandato
de deputado ou senador. Então, comentaremos o assunto em três partes: tipo de sessão, tipo de
voto, quórum para decisão. 1) Tipo de sessão: em regra, as sessões do Senado Federal são
públicas, conforme dispõe o Capítulo II do Título VII do seu Regimento Interno (RISF, arts. 155 a
189). De acordo com o Regimento Interno do Senado, é possível transformar em secreta a sessão
por deliberação do Plenário, mediante proposta da Presidência ou a requerimento de qualquer
Senador (RISF, art. 197, II). Não há previsão de transformar em secreta sessão por decisão do
presidente da Casa. 2) Tipo de voto: De acordo com a doutrina e a jurisprudência do STF, o voto
será aberto (ostensivo ou público). Até 2013, a CF previa votação secreta para declaração de perda
de mandato nos termos do seu art. 55, § 2º. Curiosamente, o Regimento Interno do Senado
Federal ainda prevê que a perda de mandato por decisão do plenário ocorre por votação secreta
(RISF, art. 291, I, “b”), apesar de, na prática, prevalecer no Senado o entendimento de que essa
decisão se realiza por votação aberta, em decorrência da mudança do texto constitucional que
suprimiu a exigência de votação secreta para deliberação sobre perda de mandato parlamentar.
O voto será também nominal, pois exige quórum especial de votação (RISF, art. 294, caput). O
Regimento Interno do Senado estabelece que, em regra, será ostensiva a votação das proposições
em geral (RISF, art. 290), mas prevê a possibilidade de a votação ser secreta por deliberação do
Plenário (RISF, art. 291, III); e 3) Quórum para decisão: o quórum para declarar a perda do mandato
será por voto favorável da maioria absoluta do Senado (CF, art. 55, § 2º; e RISF, art. 288, III, “c”).
Gabarito: Anulada.

51. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) A respeito das normas constitucionais que estatuem o


regime jurídico dos membros do Congresso Nacional, analise as afirmativas a seguir:
I. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de quarenta
e oito horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão.
II. A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares, dependerá de
prévia licença da Casa respectiva, salvo em tempo de guerra.

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III. As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo


ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos
praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da
medida.
Assinale:
a) se apenas a assertiva I estiver correta.
b) se apenas a assertiva II estiver correta.
c) se apenas a assertiva III estiver correta.
d) se apenas as assertivas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as assertivas I e III estiverem corretas.
Comentário
Item “I”. incorreto. Dentro de prazo de 24 horas (CF, art. 53, § 2º). Item II”. incorreto. Ainda que
em tempo de guerra (CF, art. 53, § 7º). Item “III”. correto. (CF, art. 53, § 8º). A questão foi anulada
simplesmente pelo fato de o assunto cobrado não constar do conteúdo programático para o cargo
no edital do concurso. Gabarito: Letra C. Gabarito oficial: Anulada.

52. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) Não perde o mandato o Senador:


a) que, após a expedição do diploma, aceitar emprego remunerado em sociedade de economia
mista.
b) que perder os seus direitos políticos.
c) que permanecer em licença por período superior a 6 (seis) meses.
d) que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível.
e) quando o decretar a Justiça Eleitoral.
Comentário
Item “a”. incorreto. Os Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma,
aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis
ad nutum, com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviço público (CF, art. 54, I, “a” e “b”). Item “b”.
incorreto. Perderá o mandato o Deputado ou Senador que perder ou tiver suspensos os direitos
políticos (CF, art. 55, IV). Item “c”. correto. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador
licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legislativa (CF, art. 56, II). Item “d”. incorreto. Perderá o mandato o Deputado ou Senador
que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, que é sentença definitiva e
irrecorrível (CF, art. 55, VI). Item “e”. incorreto. Perderá o mandato o Deputado ou Senador
quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição (CF, art. 55, V). Gabarito:
Letra C.

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53. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) O deputado e o senador perderão seus mandatos nas


hipóteses a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.
a) não comparecimento, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da casa
a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada
b) adoção de conduta incompatível com o decoro parlamentar
c) perda ou suspensão de seus direitos políticos
d) ter contra si oferecida denúncia criminal, perante o Supremo Tribunal Federal, por crime
inafiançável
e) tornar-se proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público
Comentário
Item “a”. Perderá o mandato. (CF, art. 55, III). Item “b”. Perderá o mandato. (CF, art. 55, II). Item
“c”. Perderá o mandato. (CF, art. 55, IV). Item “d”. NÃO Perderá o mandato. (CF, art. 53, § 3º).
Item “e”. Perderá o mandato. (CF, art. 54, II, “a”; e 55, I). Gabarito: Letra D.

54. (FGV/TJ PA/JUIZ ESTADUAL/2008) Com base na Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 e suas atualizações, assinale a alternativa correta.
a) Conforme mandamento constitucional, os vereadores se beneficiam de todas as imunidades
formais.
b) Conforme a Constituição Federal, aos deputados estaduais se estende a imunidade material.
Esta expressa a inviolabilidade civil e penal dos deputados por suas opiniões, palavras e votos,
neutralizando a responsabilidade do parlamentar nessas esferas.
c) O suplente de deputado estadual possui as garantias constitucionais de imunidade
parlamentar, bem como a ele se estende a prerrogativa de foro, pois ostenta a posição de
substituto eventual do titular do mandato.
d) Conforme a Constituição Federal, aos deputados estaduais se estende a imunidade formal.
Esta expressa a inviolabilidade civil e penal dos deputados por suas opiniões, palavras e votos,
neutralizando a responsabilidade do parlamentar nessas esferas.
e) A Constituição Federal prevê imunidades materiais e formais aos deputados estaduais e aos
vereadores. No que tange a estes, no entanto, a imunidade material é limitada territorialmente à
circunscrição do Município.
Comentário
Item “a”. incorreto. Vereadores não possuem imunidade formal (CF, art. 29, VIII e IX). Item “b”.
correto. Será de quatro anos o mandato dos deputados estaduais, aplicando-se-lhes as regras
desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas (CF, arts. 27, § 1º; e 53, caput).
Item “c”. incorreto. O suplente enquanto encontrar-se fora do exercício do mandato parlamentar

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não se beneficia das imunidades, pois essas são para garantir a liberdade e independência no
exercício da função parlamentar. Caso o suplente assuma o mandato em caráter temporário ou
definitivo, passará a ter direito à imunidade enquanto permanecer no exercício do mandato. Item
“d”. incorreto. Conforme comentário ao item “b”, aplica-se aos deputados estaduais as
imunidades parlamentares. Porém, a afirmativa deste item apresenta a definição de imunidade
material para definir a imunidade formal. Item “e”. incorreto. Deputados estaduais possuem
imunidade material e formal em todo o território nacional (CF, arts. 27, § 1º; e 53, caput). Por sua
vez, vereadores possuem imunidade material, limitada à circunscrição do município respectivo,
porém, não possuem imunidade formal (CF, art. 29, VIII e IX). Gabarito: Letra B.

Outras Bancas Examinadoras

55. (CEBRASPE/DPE-RS/Defensor Público/2022) Antônio foi eleito Senador da República para


exercer o mandato durante o período de 2019 a 2026. Partindo dessa premissa, julgue o item
que se segue.
Caso Antônio assuma o cargo de Secretário de Saúde do município de Chuí – RS, pode vir a perder
o mandato, uma vez que não existe permissão constitucional para compatibilizar tais atividades.
Comentários:
A capital do Rio Grande do Sul é a cidade Porto Alegre e não o município de Chuí. No âmbito
municipal, apenas o cargo de Secretário de prefeitura de capital não enseja a perda do mandato
de deputado ou senador. Conforme previsto na Constituição Federal, não perderá o mandato o
deputado ou senador investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território,
Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão
diplomática temporária; (CF, art. 56, I). Gabarito: Certo.

56. (CEBRASPE/DPE-RS/Defensor Público/2022) Antônio foi eleito Senador da República para


exercer o mandato durante o período de 2019 a 2026. Partindo dessa premissa, julgue o item
que se segue.
Antônio é civil e penalmente inviolável por suas opiniões, palavras e votos, respondendo por
eventuais crimes praticados durante o mandato perante o Supremo Tribunal Federal. Na hipótese
de vir a ser apresentada denúncia em seu desfavor, o Senado pode deliberar pela sustação do
processo criminal desde que ainda não recebida a denúncia.
Comentários:
Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação (CF, art. 53, § 3º). Gabarito: Errado.

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57. (CEBRASPE/ALECE/Analista Legislativo/2021) Assinale a opção que representa parlamentar cuja


inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos proferidos no exercício do mandato possua
abrangência restrita a seu respectivo município.
a) deputado estadual
b) deputado distrital
c) senador
d) vereador
e) deputado federal
Comentários:
Inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na
circunscrição do Município (CF, art. 29, VIII). Gabarito: Letra D.

58. (FCC/DPE-GO/Defensor Público/2021) A respeito do Estatuto dos Congressistas, a imunidade


ou inviolabilidade parlamentar é instituto importante para o exercício das funções parlamentares,
constituindo um direito instrumental de garantia à liberdade de opinião. Tal instituto, nesta
configuração, remonta historicamente ao sistema constitucional
a) americano.
b) alemão.
c) inglês.
d) francês.
e) português.
Comentários:
Conforme leciona Uadi Lammêgo Bulos em seu Curso de Direito Constitucional (2021, p. 1126),
“As imunidades parlamentares originaram-se na Inglaterra, no século XVII, para permitir aos
políticos discursar sem o arbítrio monárquico.” Gabarito: Letra C.

59. (VUNESP/CM Potim/ Diretor Geral/2021) O Deputado Federal X, durante um discurso no


Plenário da Câmara dos Deputados, disse que um dos seus pares, o Deputado Y era um
“bandido e ladrão”, pois, supostamente, teria desviado verbas de emendas parlamentares para
fins particulares. Após esse discurso, na rua, o Deputado Y, mediante ameaça, levou o Deputado
X para sua casa e o torturou por mais de uma semana. Após denúncia, a Polícia prendeu o
Deputado Y em flagrante, por crime de tortura, inafiançável. Também foi aberto um inquérito
policial para apurar os fatos. Acerca do caso narrado, considerando apenas as normas expressas
constantes da Constituição Federal, assinale a alternativa correta:
a) O Deputado Y não poderia ter sido preso sem prévia autorização da Câmara dos Deputados,
tendo em vista a imunidade formal conferida pela Constituição Federal.

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b) O Deputado Y será julgado perante o Superior Tribunal de Justiça.


c) A Câmara dos Deputados, pelo voto da maioria de seus membros, poderá decidir por soltar o
Deputado Y ou por mantê-lo preso.
d) Após o recebimento da denúncia contra o Deputado Y, o Supremo Tribunal Federal dará
ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da
maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação, sem suspensão
da prescrição.
e) O Deputado X poderá ser processado por crime de calúnia, tendo em vista que a imunidade
parlamentar não é uma salvaguarda para o cometimento de crimes contra a honra alheia por
parlamentares.
Comentários:
Item “a”, incorreto. De acordo com a Constituição Federal, flagrante de crime inafiançável é
hipótese de prisão de deputado ou senador (CF, art. 53, § 2º). Item “b”, incorreto. O foro por
prerrogativa de função de Deputados e Senadores é o Supremo Tribunal Federal (CF, art. 53, §
1º). Item “c”, correto. (CF, art. 53, § 3º). Item “d”, incorreto. Está correta a parte da afirmativa que
se refere à possibilidade de suspenção da ação. Porém, a sustação do processo suspende a
prescrição, enquanto durar o mandato (CF, art. 53, §§ 3º e 5º). Item “e”, incorreto. Nos termos
expressos na Constituição Federal, os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente,
por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (CF, art. 53, caput). A questão é de 2021 e
considerou o entendimento dominante à época de, havendo imunidade, não há crime contra a
honra. A decisão da Segunda Turma do STF, em 03.05.2022, por 3 X 2, de abrir ação penal contra
senador por injúria e difamação em postagens em redes sociais demonstra que há divergência de
entendimento entre os ministros da Corte quanto ao assunto. Por isso, precisaremos avaliar qual
tese prevalecerá no Pleno do STF. Gabarito: Letra C.

60. (VUNESP/CM Potim/Procurador Jurídico/2021) Sobre os Deputados e Senadores, assinale a


alternativa que está de acordo com a Constituição Federal.
a) Perderá o mandato o Deputado ou Senador que deixar de comparecer, em cada sessão
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão
por esta autorizada.
b) A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, militares e em tempo de
guerra, independerá de prévia licença da Casa respectiva.
c) Perderá o mandato o Deputado investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de
Território ou Secretário de Estado.
d) As imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de um terço dos membros da Casa, nos casos de atos praticados fora do recinto
do Congresso Nacional.
Comentários:

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Item “a”, correto. (CF, art. 55, III). Item “b”, incorreto. A incorporação às Forças Armadas de
Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia
licença da Casa respectiva (CF, art. 53, § 7º). Item “c”, incorreto. Não perderá o mandato o
Deputado ou Senador investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território,
Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão
diplomática temporária (CF, art. 56, I). Item “d”, incorreto. As imunidades de Deputados ou
Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de
dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida (CF, art. 53, § 8º).
Gabarito: Letra A.

61. (IADES/Proc. – ALEGO/2019) No que se refere à imunidade parlamentar, considerando-se o


previsto na Constituição Federal de 1988 e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF),
assinale a alternativa correta.
a) Para que haja imunidade material aos deputados estaduais, é necessário que as respectivas
opiniões, as palavras e os votos tenham relação com o exercício do mandato e que tenham sido
proferidas dentro dos limites territoriais do respectivo Estado.
b) Em relação à imunidade material, vigora o princípio da disponibilidade, permitindo-se ao
parlamentar, livremente, renunciar a certas garantias conferidas constitucionalmente.
c) A garantia constitucional da imunidade parlamentar em sentido material se estende ao
congressista, quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem a ofender,
moralmente, a honra de terceira pessoa, em pronunciamento motivado por finalidade
exclusivamente eleitoral, que não tem relação com o exercício das funções congressuais.
d) A ofensa irrogada em plenário, independente de conexão com o mandato, elide a
responsabilidade civil por dano moral.
e) Segundo a jurisprudência do STF, a Constituição da República atribui ao suplente de deputado
federal ou de senador a prerrogativa de foro perante essa Corte.
Comentário
Item “a”, incorreta. O Supremo Tribunal Federal (STF), em 8/5/2019, no julgamento das ADIs
5.823, 5.824 e 5.825, por 6x5 votos, seguiu o entendimento do Relator da ADI 5823, ministro
Marco Aurélio, de que “as regras da Constituição Federal relativas à imunidade dos deputados
federais são aplicáveis aos deputados estaduais”, sendo as regras aplicadas em todo território
nacional. Item “b”, incorreta. Não é permitido que qualquer parlamentar abra mão de quaisquer
das prerrogativas e imunidades, elas são irrenunciáveis. O ato que diminua qualquer de suas
prerrogativas não surtirá efeito no ordenamento jurídico. Item “c”, incorreta. A imunidade material
não protege o parlamentar de manifestações político-eleitorais, como, por exemplo, ofensa a
adversário político em campanha eleitoral. Item “d”, correta. Primeiramente, precisamos entender
o significado de dois vocábulos constantes da afirmativa: “irrogada” significa imputada ou
atribuída; “elide” significa exclui, elimina, retira. Opiniões, palavras e votos de Deputados e
Senadores devem possuir nexo de causalidade com atividade parlamentar. O parlamentar está

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protegido por imunidade material sempre que essas manifestações tenham relação com o
desempenho do mandato ou sejam proferidas em decorrência dele, mesmo que esteja fora das
dependências do Congresso Nacional. Se as manifestações forem proferidas no recinto da Casa
legislativa, o STF já julgou que há uma presunção absoluta de que existe uma pertinência com a
atividade parlamentar (PET 3.686/DF, rel. Min. Celso de Mello, 28.08.2006). Não cabe questionar
o teor dos pronunciamentos no interior do Congresso Nacional (presunção absoluta de
pertinência); independentemente do que o parlamentar falar, ele sempre estará protegido pela
imunidade material (inviolabilidade material). Caso o pronunciamento do congressista seja
realizado fora do ambiente do Congresso Nacional, deve ser averiguado se há conexão com o
exercício do mandato ou da atividade parlamentar. Item “e”, incorreta. O suplente que não esteja
desempenhando as funções parlamentares não possui imunidades nem prerrogativas
parlamentares. Gabarito: Letra D

62. (FCC/ALESE/Analista Legislativo/Apoio Técnico ao Processo Legislativo/Processo


Legislativo/2018) Em discurso realizado no plenário da Assembleia Legislativa de determinado
Estado, João, deputado estadual, acusa Secretário de Estado do cometimento de ato de
improbidade, defendendo a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para apuração dos
atos cometidos pelo referido Secretário. Caso se entenda que a conduta praticada mostra-se
capaz de, em tese, configurar crime contra a honra, João
a) responderá penalmente por seu discurso, porém apenas após o término do seu mandato,
quando se extingue a imunidade material.
b) não responderá penalmente por seu discurso, uma vez que goza de imunidade material, sendo
inviolável por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
c) não responderá penalmente por seu discurso, já que goza de imunidade formal, contudo poderá
ser acionado na esfera civil, sendo condenado a indenizar o Secretário de Estado mencionado.
d) responderá penalmente por seu discurso, contanto que a Assembleia Legislativa, pelo voto da
maioria de seus membros, autorize o andamento da ação.
e) não responderá penalmente por seu discurso, uma vez que o Plenário da Assembleia Legislativa
é um espaço democrático, de maneira que todos os cidadãos que nele discursam não respondem
por quaisquer opiniões que venham a proferir.

Comentários:

Típico caso de imunidade material, em que o parlamentar é inviolável por suas opiniões, palavras
e votos proferidos em razão do exercício do mandato. (CF, art. 53, caput, c/c art. 27, § 1º).
Gabarito: Letra B.

63. (FCC/CLDF/Técnico Legislativo/Fotógrafo/2018) A respeito das normas constitucionais que


regem a atividade dos Deputados Federais e Senadores,

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a) esses parlamentares, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o


Superior Tribunal de Justiça.
b) recebida a denúncia contra algum desses parlamentares, por crime ocorrido após a diplomação,
será dada ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e
pelo voto de dois terços de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da
ação.
c) esses parlamentares não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações, salvo em caso de investigação realizada por comissão parlamentar de
inquérito.
d) a incorporação às Forças Armadas de algum desses parlamentares, embora militares e ainda
que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
e) as imunidades desses parlamentares serão suspensas durante o estado de sítio.

Comentários:

Item “a”, incorreto. Prerrogativa de fórum perante o STF (CF, art. 53, § 3º). Item “b”, incorreto.
Voto da maioria de seus membros (CF, art. 53, § 3º). Item “c”, incorreto. Não há exceção (CF, art.
53, § 6º). Item “d”, correto (CF, art. 53, § 7º). Item “e”, incorreto. Em regra, as imunidades
subsistem durante o estado de sítio (CF, art. 53, § 8º). Gabarito: Letra D.

64. (FCC/CLDF/Consultor Técnico Legislativo/Analista de Sistemas/Área 1/2018) Os Deputados e


Senadores
a) não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de um cargo ou mandato
público eletivo.
b) serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato.
c) perderão o mandato ainda quando licenciados pela respectiva Casa para tratar, sem
remuneração, de interesse particular, se o afastamento ultrapassar noventa dias por sessão
legislativa.
d) poderão optar pela remuneração do mandato quando investidos no cargo de Secretário do
Distrito Federal.
e) que abusarem das prerrogativas constitucionais a eles asseguradas não poderão perder o
mandato em razão de tal hipótese não estar prevista como incompatível com o decoro
parlamentar.

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Item “a”, incorreto. Desde a posse (CF, art. 54, II, “c”). Item “b”, incorreto. Não são obrigados a
testemunhar sobre tais informações (CF, art. 53, § 6º). Item “c”, incorreto. Não perderão o
mandato se esse tipo de afastamento não ultrapassar 120 dias (CF, art. 56, II). Item “d”, correto
(CF, art. 56, I e § 3º). Item “e”, incorreto. Abuso das prerrogativas constitucionais é hipótese de
perda de mandato (CF, art. 56, II e § 1º). Gabarito: Letra D.

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LISTA DE QUESTÕES

Das Atribuições do Congresso Nacional, da Câmara e do Senado

Fundação Getúlio Vargas (FGV)

1. (FGV/PM CE/Soldado/2021) Pedro, estudante de direito, questionou seu professor de direito


constitucional a respeito de diversos aspectos relacionados ao órgão competente para processar
e julgar o Presidente da República, caso ele seja acusado da prática de crime de
responsabilidade.
O professor respondeu corretamente que esse órgão é o(a)
a) Senado Federal.
b) Congresso Nacional.
c) Câmara dos Deputados.
d) Supremo Tribunal Federal.
e) Conselho Nacional de Justiça.

2. (FGV/TJ-AL/Técnico Judiciário/Judiciária/2018) Ao final do exercício financeiro, o Governador


do Estado Alfa elaborou a sua prestação de contas e solicitou à sua assessoria jurídica que
informasse qual seria o órgão responsável por julgá-las, aprovando-as ou rejeitando-as.
a) o Tribunal de Justiça do Estado Alfa;
b) a Assembleia Legislativa do Estado Alfa;
c) o Congresso Nacional;
d) o Superior Tribunal de Justiça;
e) o Tribunal de Contas do Estado Alfa.

3. (FGV/MPE-AL/Técnico do Ministério Público/Geral/2018) O Governador de determinado Estado


solicitou informações à sua assessoria a respeito do órgão competente para julgar suas contas
de governo anuais.

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Considerando a sistemática estabelecida na Constituição da República, a assessoria respondeu


corretamente que esse órgão é o
a) Tribunal de Contas, com recurso para a Assembleia Legislativa.
b) Assembleia Legislativa, com recurso para o Tribunal de Justiça.
c) Tribunal de Contas, com recurso para o Tribunal de Justiça.
d) Assembleia Legislativa, que julga em caráter definitivo.
e) Tribunal de Contas, que julga em caráter definitivo.

4. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/Administrativa/Analista Administração/2015) O Congresso


Nacional, por imperativo constitucional, deve realizar a fiscalização dos atos praticados pelo
Poder Executivo. A respeito da convocação de autoridades para prestar esclarecimentos, é
correto afirmar que:
a) qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal pode convocar Ministro de
Estado;
b) só a Casa Legislativa ou uma comissão pode convocar titulares de órgãos subordinados ao
Presidente da República;
c) somente o Congresso Nacional, não suas Casas de maneira isolada, pode convocar o Presidente
da República;
d) somente a Câmara dos Deputados ou o Senado Federal pode convocar Ministro de Estado;
e) somente o Senado Federal, por deliberação plenária, pode convocar os Ministros de Estado.

5. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/Administrativa/Analista Judicial/2015) Foi promulgada uma lei


que exigia o exercício, pelo Chefe do Poder Executivo, do seu poder regulamentar. O
regulamento foi editado e um grupo de cinco Deputados Federais e de cinco Senadores de
oposição entendeu que ele exorbitou, em muito, a seara reservada ao regulamento, tendo
chegado ao extremo de contrariar a própria lei. À luz da sistemática constitucional, a providência
a ser adotada pelos parlamentares é:
a) ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal;
b) representar ao Tribunal de Contas para que promova uma tomada de contas;
c) requerer ao Senado Federal que instaure um processo por crime de responsabilidade;
d) requerer à Câmara dos Deputados que suspenda os efeitos do regulamento;
e) requerer, ao Congresso Nacional, a sustação do ato regulamentar.

6. (FGV/SEAP MA/Agente Penitenciário/2013) As alternativas a seguir apresentam atribuições do


Congresso Nacional, à exceção de uma. Assinale‐a:
a) Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República.
b) Decretar o estado de sítio.

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c) Convocar plebiscito.
d) Resolver definitivamente sobre tratados internacionais que acarretem encargos ao patrimônio
nacional.
e) Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.

7. (FGV/TJ-AM/Analista Judiciário/Oficial de Justiça Avaliador/2013) Assinale a alternativa que


contenha uma competência exclusiva do Congresso Nacional.
a) Convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa nacional.
b) Manter relações com Estados Estrangeiros.
c) Promulgar as leis federais.
d) Resolver definitivamente sobre tratados internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
e) Declarar guerra, após solicitação do Presidente da República.

8. (FGV/MPE MS/Analista/Administração/2013) De acordo com a Constituição Federal, é


competência exclusiva do Congresso Nacional, autorizar o Presidente e o Vice Presidente da
República a se ausentarem do país, quando a ausência exceder o período de
a) dez dias.
b) quinze dias.
c) vinte dias.
d) vinte e cinco dias.
e) trinta dias.

9. (FGV/ALEMA/Consultor Legislativo/2013) A História do Brasil possui vários exemplos em que


civis e militares uniram‐se para praticar golpes de Estado. A própria Proclamação da República
ocorreu por meio de um movimento que uniu o Marechal Deodoro da Fonseca e intelectuais
civis. No sistema constitucional brasileiro, em se caracterizando a existência de crime de
responsabilidade praticado pelo Comandante da Marinha em conexão com crime de idêntica
natureza perpetrado pelo Presidente da República, o julgamento de ambos ocorrerá perante o
a) Supremo Tribunal Federal.
b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Senado Federal.
d) Câmara dos Deputados.
e) Tribunal de Contas da União.

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10. (FGV/Senado Federal/Consultor Legislativo/Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral e


Processo Legislativo/2012) Em relação à separação de poderes na Constituição da República de
1988, analise as afirmativas a seguir:
I. A divisão do poder é elemento do Estado de Direito, assim concebido para que o exercício dele
não seja arbitrário. Portanto, é necessário que as competências do Executivo, Legislativo e
Judiciário estejam estritamente definidas, alheias a mecanismos recíprocos de controle, para que
a atuação dos seus agentes não extrapole os limites previstos constitucionalmente.
II. A sanção do Presidente da República é exigida na promulgação de leis ordinárias,
complementares, autorização de referendos e convocação de plebiscitos.
III. Qualquer comissão da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderá convocar Ministro
de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, sob
pena de a ausência, sem justificação adequada, configurar crime de responsabilidade.
IV. As mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos
escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer dos titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República. A inércia do requerido no prazo de trinta dias, a recusa
ao pedido ou a prestação de informações falsas caracterizarão crime de responsabilidade.
Assinale:
a) se as afirmativas I e IV forem corretas.
b) se as afirmativas II e III forem corretas.
c) se as afirmativas II e IV forem corretas.
d) se as afirmativas I e II forem corretas.
e) se as afirmativas III e IV forem corretas.

11. (FGV/Senado Federal/Analista Legislativo/Apoio Técnico ao Processo Legislativo/Processo


Legislativo/2012) A Constituição estabelece as competências do Congresso Nacional. Entre elas,
inclui-se
a) aprovar, por maioria de 2/3 seus membros e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato.
b) declarar a guerra.
c) sustar a execução de contratos quando verificada ilegalidade.
d) fixar os subsídios do Presidente, do Vice-Presidente, dos Governadores e Vice-Governadores.
e) declarar, por meio de lei ordinária, a nulidade de leis inconstitucionais ainda não apreciadas
pelo Supremo Tribunal Federal.

12. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2012) NÃO compete privativamente à Câmara dos Deputados


a) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente
e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.

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b) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao


Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.
c) dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
d) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral
da República antes do término de seu mandato.
e) eleger membros do Conselho da República.

13. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2012) O Poder Legislativo, além de sua função precípua, que
é a elaboração de normas, possui outras, de igual relevância. Entre essas funções ou atribuições,
é correto afirmar ser da competência do Senado
a) autorizar a instauração de processo contra o Presidente da República.
b) dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União.
c) autorizar o Presidente da República a se ausentar do País, quando essa ausência exceder quinze
dias.
d) fixar os subsídios do Presidente da República e do Vice-Presidente da República.
e) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, ou dos
limites da delegação.

14. (FGV/Senado/Analista Legislativo/2012) O Senado Federal compõe-se dos representantes dos


Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. Compete privativamente
ao Senado
a) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites da delegação legislativa.
b) iniciar a deliberação de projeto de leis ordinárias que disponham sobre os limites globais para
o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) suspender a intervenção federal.
d) avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e
seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do
Distrito Federal e dos Municípios.
e) autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra os Ministros de
Estado.

15. (FGV/Senado/Analista Legislativo/2012) Em relação à competência privativa do Senado Federal,


analise os itens a seguir:
I. processar e julgar Ministro de Estado em crime conexo a crime de responsabilidade;

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II. suspender a execução de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF;
III. aprovar a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

16. (FGV/CGE RJ/Auditor do Estado/2012) No chamado crime de responsabilidade ou crime político


praticado por aquele que ocupa a Vice-Presidência da República, surge um órgão com
competência constitucionalmente estabelecida. Esse órgão é o(a)
a) Supremo Tribunal Federal.
b) Senado Federal.
c) Câmara dos Deputados.
d) Câmara Distrital.
e) Senado Estadual.

17. (FGV/OAB Unificado – Nacional/IX Exame/2012) O Congresso Nacional aprova tratados


internacionais por meio de:
a) Decreto.
b) Resolução.
c) Decreto-Lei.
d) Decreto Legislativo.

18. (FGV/TRE PA/Técnico Judiciário/Administrativa/Segurança Judiciária/2011) Assinale a


alternativa que apresente competência exclusiva do Congresso Nacional.
a) Autorizar o Presidente da República e cônjuge a se ausentarem do País.
b) Autorizar o estado de sítio ou suspendê-lo.
c) Aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes à matriz energética do país.
d) Aprovar tratados e acordos internacionais na área da educação.
e) Julgar mensalmente as contas apresentadas pelo Presidente da República.

19. (FGV/OAB UNIFICADO – NACIONAL/2011) Os órgãos legislativos possuem competências


definidas no texto constitucional. Sobre o tema, à luz das normas constitucionais, é correto
afirmar que

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a) é competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados de


qualquer natureza.
b) o Presidente da República pode ausentar-se do país por período indefinido sem autorização
do Congresso.
c) cabe ao Presidente do Senado aprovar o estado de defesa e o estado de sítio.
d) cabe ao Congresso exclusivamente sustar os atos normativos do Executivo que exorbitem de
delegação legislativa.

20. (FGV/MEC/Atividades Técnicas de Complexidade Gerencial/2009) É competência privativa do


Senado Federal aprovar, previamente, por voto secreto, após arguição pública a escolha:
a) de Ministro de Estado.
b) do Presidente do Banco Central.
c) do Advogado-Geral da União.
d) de Presidente do Tribunal Regional Federal.
e) do Procurador-Geral da Fazenda Nacional.

21. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) A respeito da estrutura e atribuições do Poder


Legislativo, assinale a alternativa correta.
a) Os Senadores são eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no
Distrito Federal.
b) Compete exclusivamente ao Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.
c) Compete exclusivamente ao Senado Federal autorizar o Presidente da República a declarar a
guerra e a celebrar a paz.
d) Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações no Senado Federal serão tomadas
pelo voto de dois terços de seus membros.
e) Compete exclusivamente à Câmara dos Deputados fixar os subsídios dos membros das casas
legislativas, do Presidente e do Vice-Presidente da República, e dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal.

22. (FGV/TCM PA/Auditor/2008) Em matéria de competência constitucional, assinale a alternativa


correta.
a) Cabe ao Congresso Nacional dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.
b) Cabe ao Congresso Nacional processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República
nos crimes de responsabilidade.
c) Compete privativamente à Câmara dos Deputados eleger membros do Conselho da República.

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d) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de
Estado.
e) É da competência exclusiva do Congresso Nacional fixar, por proposta do Presidente da
República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.

23. (FGV/Senado/Advogado/2008) A respeito da composição e competência legislativa do Senado


Federal, analise as afirmativas a seguir:
I. Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente
da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles. Presidirá a sessão de julgamento o Presidente do Supremo Tribunal Federal e a
condenação à perda do cargo com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública,
somente será proferida por dois terços dos votos dessa casa legislativa.
II. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário. Cada Estado e Distrito Federal elegerão três Senadores, com
mandato de oito anos. A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de
quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
III. Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após
arguição pública, a escolha de Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição, Ministros do
Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República, Governador de Território,
Presidente e diretores do Banco Central, Procurador Geral da República e titulares de outros
cargos que a lei determinar.
IV. Compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações externas de natureza
financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

24. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) O Presidente e o Vice-Presidente da República, nos


crimes de responsabilidade, serão julgados:
a) pelo Senado Federal.

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b) pela Câmara dos Deputados.


c) pelo Congresso Nacional.
d) pelo Supremo Tribunal Federal.
e) pelo Conselho da República.

Outras Bancas Examinadoras

25. (CEBRASPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo/2022) A respeito da organização dos


Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, conforme a Constituição Federal de 1988 e a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, julgue o item a seguir.
Compete ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, dispor
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

26. (CEBRASPE/MPE TO/Promotor de Justiça/2022) Acerca das atribuições do Poder Legislativo,


assinale a opção correta.
a) Compete privativamente ao Senado Federal aprovar previamente, por voto secreto, após
arguição pública, a escolha de presidente e diretores do Banco Central do Brasil.
b) É da competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar, por maioria absoluta e por voto
secreto, a exoneração, de ofício, do procurador-geral da República antes do término de seu
mandato.
c) Compete privativamente ao Senado Federal proceder à tomada de contas do presidente da
República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa.
d) Compete privativamente à Câmara dos Deputados julgar anualmente as contas prestadas pelo
presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.
e) É da competência exclusiva do Congresso Nacional dispor sobre limites globais e condições
para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal.

27. (CEBRASPE/DPE RO/Analista da Defensoria Pública/2022) Com relação aos atos normativos
adotados no ordenamento jurídico brasileiro, julgue os itens subsequentes.
I. A suspensão, pelo Senado Federal, da execução de lei declarada inconstitucional pelo STF, no
controle concreto difuso, se dá por meio de resolução.
II. O Congresso Nacional suspende, por meio de decreto legislativo, os atos normativos do
presidente da República que exorbitem do poder regulamentar.

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III. O Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, pode criar um tipo penal por
meio de lei complementar.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

28. (VUNESP/TJ SP/Notário e Registrado/2022) Considerando-se que o Poder Legislativo é exercido


pelo Congresso Nacional, o qual é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, pode-
se afirmar que é da competência exclusiva do Congresso Nacional
a) autorizar a ausência do Presidente e do Vice-Presidente da República nos casos em que essa
ausência excede a quinze dias.
b) aprovar a escolha de Ministros do Supremo Tribunal Federal.
c) autorizar a instauração de processo contra o Presidente da República.
d) processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal.

29. (CEBRASPE/SERIS AL/Agente Penitenciário/2021) Acerca das atribuições do Poder Executivo e


do Poder Legislativo, julgue o item a seguir.
Cabe ao Congresso Nacional conceder anistia, indulto e comutar penas.

30. (CEBRASPE/TJ RJ/Técnico de Atividade Judiciária/2021) Compete exclusivamente ao Congresso


Nacional
a) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de procurador-geral
da República.
b) conceder anistia.
c) dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de
crédito externo e interno.
d) eleger membros do Conselho da República.
e) mudar temporariamente sua sede.

31. (CEBRASPE/TCE RJ/Analista do Controle Externo/2021) Julgue o item a seguir, de acordo com
o disposto na Constituição Federal de 1988 e na Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do presidente
da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa.

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32. (CEBRASPE/TJ RJ/Analista Judiciário/2021) Assinale a opção que representa atribuição do


Congresso Nacional para a qual não é exigida sanção do presidente da República.
a) organização administrativa e judiciária do Ministério Público e da Defensoria Pública da União.
b) concessão de anistia.
c) criação e extinção de órgãos da administração pública.
d) desmembramento de áreas de territórios federais ou estados.
e) sustação de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar.

33. (CEBRASPE/ALECE/Técnico Legislativo/2021) Com base na CF, julgue os itens a seguir.


I Ao ser instaurado um processo por crime de responsabilidade do presidente da República, este
terá um rito bifásico, no qual a Câmara dos Deputados realiza o juízo de admissibilidade, com
aprovação de abertura de processo por dois terços de seus membros.
II Autorizada a abertura do processo por crime de responsabilidade do presidente da República
pela Câmara dos Deputados, de modo imediato, ocorrerá o afastamento do referido presidente
pelo prazo de 180 dias.
III Compete privativamente ao Senado Federal em sessões presididas pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal processar e julgar o presidente da República.
Assinale a opção correta.
a) Somente os itens I e II estão certos.
b) Somente os itens I e III estão certos.
c) Somente os itens II e III estão certos.
d) Somente o item I está certo.
e) Todos os itens estão certos.

34. (FCC/MANAUSPREV/Técnico Previdenciário/2021) O artigo 49 da Constituição Federal define


as hipóteses de competência exclusiva do Congresso Nacional, para a qual não é exigida a
sanção presidencial. É hipótese de competência exclusiva do Congresso Nacional:
a) Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.
b) Legislar sobre limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da
União.
c) Estabelecer as regras para telecomunicações e radiodifusão.
d) Dispor sobre a transferência temporária da sede do Governo Federal.
e) Alterar as regras para incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios
ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.

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Deputados e Senadores (Estatuto dos Congressistas)

Fundação Getúlio Vargas (FGV)

35. (FGV/PC RJ/Inspetor de Polícia/2022) João, deputado federal, foi denunciado pelo Procurador-
Geral da República, perante o Supremo Tribunal Federal, pela prática de crime contra a
Administração Pública.
Nesse caso, a denúncia:
a) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização da Câmara dos Deputados, o que
não afetará o exercício do mandato;
b) pode ser livremente apreciada, independentemente de autorização da Câmara dos
Deputados, mas esta Casa pode sustar o seu andamento;
c) uma vez recebida, acarretará o afastamento automático de João, salvo decisão em contrário
da Câmara dos Deputados, tomada por maioria absoluta de votos;
d) pressupõe o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, o qual, em sendo positivo,
permitirá o início do processo criminal em desfavor de João;
e) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização do Congresso Nacional, que
também pode sustar o seu andamento no momento que lhe pareça adequado.

36. (FGV/PC AM/Delegado de Polícia/2022) A Polícia Civil do Estado Alfa, em uma operação de
rotina, constatou que o Deputado Federal João estava em situação de flagrância na prática de
determinada infração penal.
À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que João
a) não pode ser preso, salvo com autorização prévia da respectiva Casa Legislativa, mas o
processo penal não carece de autorização para ser iniciado.
b) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos à
Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de eventual
processo penal.
c) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de
eventual processo penal.
d) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão
remetidos à Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, mas o processo penal não carece de
autorização para ser iniciado.
e) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos
ao Supremo Tribunal Federal, que resolverá sobre a prisão, sendo que o início do processo penal
depende de autorização da Casa Legislativa.

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37. (FGV/TJ PR/Juiz Estadual/2021) Francisco, que tomou posse como Deputado Federal, a fim de
exercer livremente o seu mandato como representante do povo, consultou advogado para se
informar das prerrogativas e imunidades às quais faria jus, em razão do exercício do cargo para
o qual foi eleito.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) a manifestação oral imune à censura penal e cível deve ter sido praticada pelo congressista,
ainda que alheia ao exercício do seu mandato e fora do parlamento e, por essa razão, a imunidade
parlamentar não se estende ao suplente de Francisco;
b) as imunidades formais garantem a Francisco não ser preso, salvo a prisão civil ou a prisão em
flagrante por crime inafiançável, desde que haja anuência da Câmara dos Deputados, por voto da
maioria dos seus integrantes, também não sendo autorizada a prisão decorrente de sentença
judicial transitada em julgado;
c) a prerrogativa de foro de Francisco se limita aos crimes cometidos no exercício do cargo e em
razão dele, e a jurisdição do Supremo Tribunal Federal se perpetua caso tenha havido o
encerramento da instrução processual antes da extinção do mandato;
d) o Supremo Tribunal Federal é o Tribunal competente para processar e julgar Francisco e a
competência abrange todas as modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos
eleitorais. Entretanto, o foro por prerrogativa de função de Francisco não prevalece sobre a
competência do júri;
e) as imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de dois quintos dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados
dentro do recinto do Congresso Nacional que sejam incompatíveis com a execução da medida.

38. (FGV/FunSaúde CE/Advogado/2021) Antônio, deputado estadual, foi denunciado perante o


Tribunal de Justiça do respectivo Estado, conforme regra de competência estabelecida pela
Constituição Estadual. Foi-lhe imputada a prática de crime estritamente relacionado ao exercício
do mandato eletivo. Ao ser cientificada do recebimento da denúncia, a Assembleia Legislativa,
provocada pelo partido político do referido Deputado, decidiu sustar a tramitação da ação
penal.
Considerando a sistemática constitucional afeta à matéria, assinale a afirmativa correta.
a) A ação penal em face de Antônio não poderia ter sua tramitação sustada, garantia aplicável
exclusivamente a deputados federais e senadores.
b) A Assembleia Legislativa agiu no limite de sua competência ao sustar a tramitação da ação
penal, decisão que suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
c) Antônio não poderia ser processado perante o Tribunal de Justiça, já que o foro por
prerrogativa de função somente pode ser instituído pela Constituição da República.
d) O partido político de Antônio, por ser suspeito, não poderia apresentar o requerimento de
sustação da ação penal, o que deveria ter sido deliberado por Comissão Especial.

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e) A denúncia em face de Antônio não poderia ter sido recebida sem autorização da Assembleia
Legislativa, que não pode, em momento posterior, sustar a tramitação da ação penal.

39. (FGV/ALERJ/Esp Leg NS/2017) Edílio, dias após ser empossado como Deputado Estadual, foi
informado de que possuía um tipo de imunidade material no exercício da função, o que impedia
que certos atos por ele praticados ensejassem as mesmas consequências que ensejariam para
uma pessoa comum.
Considerando o sistema jurídico-constitucional brasileiro, é correto afirmar que configura
imunidade dessa natureza a impossibilidade de o referido parlamentar ser:
a) responsabilizado, durante o mandato, por qualquer ato estranho à função;
b) processado, durante ou após o término do mandato, sem prévia autorização da Assembleia
Legislativa;
c) processado, durante o mandato, sem prévia autorização da Assembleia Legislativa;
d) responsabilizado pelas opiniões, palavras e votos vinculados ao exercício do mandato;
e) preso, em qualquer hipótese, após a expedição do respectivo diploma.

40. (FGV/OAB Unificado – Nacional/2014) O senador “X” ausentou-se das atividades do Senado
Federal para tratar de assunto de interesse particular por cento e cinquenta dias ininterruptos e,
diante desse fato, enfrenta representação para a perda do seu mandato, por não ter
comparecido à terça parte das sessões ordinárias da Casa, que foram realizadas no período em
que esteve ausente. Nessa hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) A perda do mandato do referido senador será decidida pelo Senado Federal, por maioria
absoluta, mediante provocação da respectiva mesa ou de partido político representado no
Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
b) Não poderá o referido parlamentar perder o mandato, já que o afastamento não ultrapassou
cento e oitenta dias dentro da mesma sessão legislativa.
c) A perda do mandato do referido senador poderá ser declarada pela Mesa da Casa Legislativa
de ofício ou mediante provocação de qualquer dos seus membros, ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada a ampla defesa.
d) Caso o referido senador venha a renunciar após submetido ao processo que vise ou possa
levar à perda do seu mandato, haverá o arquivamento do processo pela perda do seu objeto.

41. (FGV/ALEMA/Consultor Legislativo/2013) O Deputado Federal M é surpreendido cometendo


crime inafiançável e, por força disso, preso pelo Delegado do município de A. Nesse caso,
segundo as regras previstas na Constituição Federal,
a) o parlamentar permanecerá preso até a audiência com o Juiz que instruirá o processo, que
deverá ocorrer em, no máximo, cinco dias.
b) os autos que corporificaram a prisão deverão ser remetidos à Câmara Federal, em vinte e
quatro horas, que decidirá sobre a prisão.

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c) o processo, até que haja pronunciamento do Supremo Tribunal Federal e da Câmara dos
Deputados sobre a prisão, deverá ser suspenso.
d) a prisão do parlamentar será considerada ilegal por ofender as garantias de imunidade
previstas na Constituição.
e) o Delegado deverá determinar a liberdade do parlamentar por ter prerrogativa de foro no
Supremo Tribunal Federal.

42. (FGV/OAB Unificado – Nacional/2013) O Deputado Federal “Y” foi objeto de extensa
investigação, e diversas reportagens jornalísticas indicaram sua participação em fraudes contra
a previdência social. Além disso, inquéritos da polícia chegaram a fortes indícios de diversas
práticas criminosas por uma quadrilha por ele liderada. O Ministério Público ofereceu denúncia
contra sete acusados, incluindo o parlamentar. Com relação ao caso apresentado, assinale a
afirmativa correta.
a) Os deputados federais não podem ser presos em hipótese alguma, pois são invioláveis, na
forma prevista na Constituição da República.
b) O processo criminal contra o deputado federal deverá tramitar perante o Superior Tribunal de
Justiça e tem procedimento especial previsto em lei.
c) O tribunal competente, recebida denúncia contra o deputado federal por crime ocorrido após
a diplomação, dará ciência à Câmara dos Deputados, que poderá sustar o andamento da ação por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, até a
decisão final.
d) Os membros do Congresso Nacional, desde a expedição do diploma, não poderão ser
processados criminalmente sem prévia licença de sua Casa; não sendo concedida a licença, ficará
suspensa a prescrição, até o fim do mandato.

43. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2012) Com relação à inviolabilidade garantida aos Senadores


(art. 53 da Constituição Federal), assinale a afirmativa correta.
a) O Senador não pode ser obrigado a testemunhar sobre informações recebidas em razão do
exercício de seu mandato.
b) Desde a sua posse, somente o Senador poderá ser submetido a julgamento perante o STF.
c) Em caso de prisão em flagrante de Senador por crime inafiançável, os autos serão remetidos
ao Congresso Nacional para que, pelo voto da maioria de seus membros, decida sobre a prisão.
d) A imunidade do Senador subsistirá incondicionalmente mesmo durante o estado de sítio.
e) Os Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer opiniões, atos, votos e palavras.

44. (FGV/Senado/Consultor Legislativo/2012) Por tradição, os textos constitucionais conferem


imunidade aos parlamentares, observando a importância desta prerrogativa como forma de
garantir a estes maior independência em suas atuações. Assim, quanto à Constituição de 1988,
NÃO É CORRETO afirmar que

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a) a imunidade material somente protege o parlamentar, fora do recinto de sua Casa Legislativa,
se as manifestações consideradas ofensivas tiverem conexão com o desempenho da função
legislativa ou forem proferidas em razão desta.
b) a diplomação de Senador da República ou Deputado Federal, no curso de processo criminal,
no qual já tenha sido proferida sentença condenatória por juiz de primeiro grau pendente de
apelação, acarreta a imediata cessação da competência da Justiça local e o seu deslocamento para
o Supremo Tribunal Federal.
c) o Supremo Tribunal Federal não tem competência para processar e julgar ação popular
ajuizada em face de Senador da República ou Deputado Federal por ato praticado antes de sua
diplomação.
d) o Supremo Tribunal Federal, ao receber denúncia contra Senador da República ou Deputado
Federal, por crime ocorrido após a diplomação, dará ciência à Casa respectiva que, por iniciativa
de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá sustar o
andamento da ação até a decisão final.
e) o Deputado Federal ou Senador da República que sofrer condenação criminal em sentença
transitada em julgado, terá a perda de seu mandato declarada pela Mesa da Casa respectiva, de
ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado
no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

45. (FGV/PC MA/Escrivão de Polícia/2012) Conforme dispõe a Constituição da República, é correto


afirmar que
a) os senadores, desde a expedição do diploma, não poderão ser presos, salvo nos casos de
crimes inafiançáveis e em razão dos crimes afiançáveis praticados contra a administração pública.
b) os deputados somente podem ser presos após autorização da maioria dos membros que
compõe a câmara dos deputados.
c) os deputados, senadores e vereadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a
julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
d) deputados e senadores, desde a expedição do diploma, não poderão ser presos, salvo em
flagrante delito de crime inafiançável.
e) o vereador não pode ser preso, conforme previsão expressa na Constituição Federal, salvo em
flagrante delito por crime afiançável, praticado em qualquer local.

46. (FGV/Senado/Analista Legislativo/2012) Em relação aos Deputados e Senadores, analise as


afirmativas a seguir:
I. Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, firmar ou manter contrato
com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas
uniformes.

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II. Deputados e Senadores não poderão, desde a expedição do diploma, ser proprietários,
controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
III. Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento
perante o Supremo Tribunal Federal.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

47. (FGV/CGE RJ/Auditor do Estado/2012) Um determinado deputado federal foi flagrado


cometendo delito considerado inafiançável, sendo preso pelos agentes policiais estatais.
Consoante as normas constitucionais, os autos da prisão devem ser remetidos para exame do
ato
a) ao Senado da República.
b) ao Governador.
c) ao Presidente da República.
d) ao Congresso Nacional.
e) à Câmara Federal.

48. (FGV/OAB UNIFICADO – NACIONAL/2011) Considere a hipótese de Deputado Federal que


cometeu crime (comum) após a diplomação. Nesse caso, é correto afirmar que
a) a Câmara dos Deputados pode sustar o andamento da ação penal.
b) o STF só pode receber a denúncia após a licença da Câmara dos Deputados.
c) o STF só pode receber a denúncia após a licença do Congresso Nacional.
d) o Congresso Nacional pode sustar o andamento da ação penal.

49. (FGV/Senado/Advogado/2008) A imunidade parlamentar material prevista no art. 53, caput, da


Constituição Federal assegura:
a) que os Deputados e Senadores não sejam processados civil e criminalmente por opiniões,
palavras e votos proferidos exclusivamente dentro do parlamento, desde que haja conexão entre
a ofensa irrogada e o exercício do mandato.
b) que os Deputados e Senadores não sejam processados civil e criminalmente por opiniões,
palavras e votos proferidos dentro ou fora do parlamento, desde que haja conexão entre a ofensa
irrogada e o exercício do mandato.

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c) que os Deputados e Senadores não sejam processados criminalmente por opiniões, palavras e
votos proferidos dentro ou fora do parlamento, desde que haja conexão entre a ofensa irrogada
e o exercício do mandato. A prerrogativa não impede que os parlamentares sejam civilmente
processados pela vítima da ofensa.
d) que os Deputados e Senadores sejam processados criminalmente apenas pelos crimes de
injúria e difamação. A prerrogativa não impede processo criminal por calúnia, mesmo que a ofensa
tenha sido irrogada dentro do parlamento e esteja relacionada com o exercício do mandato.
e) que processos cíveis e criminais decorrentes de opiniões, palavras e votos proferidos pelos
Deputados e Senadores dentro do parlamento fiquem automaticamente suspensos enquanto
durar o mandato legislativo, ficando também suspenso o curso do prazo prescricional.

50. (FGV/Senado/Analista Legislativo/2008) A Constituição Federal impõe, em caso de infringência


do decoro parlamentar, que seja aberto processo para perda de mandato. Nesse caso, com base
em disposição constitucional e regimental, analise as afirmativas a seguir:
I. A sessão será secreta, bem como o voto do parlamentar, sendo o quorum para a sanção
consistente em maioria absoluta.
II. Ocorrerá sessão aberta, salvo determinação do Presidente da Casa parlamentar, o voto será
aberto e o quorum para a cassação, maioria simples.
III. O quorum para a cassação do mandato será de um terço dos presentes, a votação será secreta
e a sessão aberta ao público.
IV. A sessão será aberta ao público, o voto do parlamentar será secreto e o quorum para cassação
será de maioria absoluta.
V. O voto será secreto ou aberto dependendo de prévia votação do plenário da Casa Legislativa,
com quorum de maioria absoluta, em sessão aberta ao público.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I for verdadeira.
b) se nenhuma afirmativa for verdadeira.
c) se apenas as afirmativas I e V forem verdadeiras.
d) se apenas as afirmativas III, IV e V forem verdadeiras.
e) se apenas a afirmativa III for verdadeira.

51. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) A respeito das normas constitucionais que estatuem o


regime jurídico dos membros do Congresso Nacional, analise as afirmativas a seguir:
I. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de quarenta
e oito horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão.

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II. A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares, dependerá de


prévia licença da Casa respectiva, salvo em tempo de guerra.
III. As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo
ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos
praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da
medida.
Assinale:
a) se apenas a assertiva I estiver correta.
b) se apenas a assertiva II estiver correta.
c) se apenas a assertiva III estiver correta.
d) se apenas as assertivas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as assertivas I e III estiverem corretas.

52. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) Não perde o mandato o Senador:


a) que, após a expedição do diploma, aceitar emprego remunerado em sociedade de economia
mista.
b) que perder os seus direitos políticos.
c) que permanecer em licença por período superior a 6 (seis) meses.
d) que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível.
e) quando o decretar a Justiça Eleitoral.

53. (FGV/Senado/Técnico Legislativo/2008) O deputado e o senador perderão seus mandatos nas


hipóteses a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.
a) não comparecimento, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da casa
a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada
b) adoção de conduta incompatível com o decoro parlamentar
c) perda ou suspensão de seus direitos políticos
d) ter contra si oferecida denúncia criminal, perante o Supremo Tribunal Federal, por crime
inafiançável
e) tornar-se proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público

54. (FGV/TJ PA/JUIZ ESTADUAL/2008) Com base na Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 e suas atualizações, assinale a alternativa correta.
a) Conforme mandamento constitucional, os vereadores se beneficiam de todas as imunidades
formais.

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b) Conforme a Constituição Federal, aos deputados estaduais se estende a imunidade material.


Esta expressa a inviolabilidade civil e penal dos deputados por suas opiniões, palavras e votos,
neutralizando a responsabilidade do parlamentar nessas esferas.
c) O suplente de deputado estadual possui as garantias constitucionais de imunidade
parlamentar, bem como a ele se estende a prerrogativa de foro, pois ostenta a posição de
substituto eventual do titular do mandato.
d) Conforme a Constituição Federal, aos deputados estaduais se estende a imunidade formal.
Esta expressa a inviolabilidade civil e penal dos deputados por suas opiniões, palavras e votos,
neutralizando a responsabilidade do parlamentar nessas esferas.
e) A Constituição Federal prevê imunidades materiais e formais aos deputados estaduais e aos
vereadores. No que tange a estes, no entanto, a imunidade material é limitada territorialmente à
circunscrição do Município.

Outras Bancas Examinadoras

55. (CEBRASPE/DPE-RS/Defensor Público/2022) Antônio foi eleito Senador da República para


exercer o mandato durante o período de 2019 a 2026. Partindo dessa premissa, julgue o item
que se segue.
Caso Antônio assuma o cargo de Secretário de Saúde do município de Chuí – RS, pode vir a perder
o mandato, uma vez que não existe permissão constitucional para compatibilizar tais atividades.

56. (CEBRASPE/DPE-RS/Defensor Público/2022) Antônio foi eleito Senador da República para


exercer o mandato durante o período de 2019 a 2026. Partindo dessa premissa, julgue o item
que se segue.
Antônio é civil e penalmente inviolável por suas opiniões, palavras e votos, respondendo por
eventuais crimes praticados durante o mandato perante o Supremo Tribunal Federal. Na hipótese
de vir a ser apresentada denúncia em seu desfavor, o Senado pode deliberar pela sustação do
processo criminal desde que ainda não recebida a denúncia.

57. (CEBRASPE/ALECE/Analista Legislativo/2021) Assinale a opção que representa parlamentar cuja


inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos proferidos no exercício do mandato possua
abrangência restrita a seu respectivo município.
a) deputado estadual
b) deputado distrital
c) senador
d) vereador
e) deputado federal

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58. (FCC/DPE-GO/Defensor Público/2021) A respeito do Estatuto dos Congressistas, a imunidade


ou inviolabilidade parlamentar é instituto importante para o exercício das funções parlamentares,
constituindo um direito instrumental de garantia à liberdade de opinião. Tal instituto, nesta
configuração, remonta historicamente ao sistema constitucional
a) americano.
b) alemão.
c) inglês.
d) francês.
e) português.

59. (VUNESP/CM Potim/ Diretor Geral/2021) O Deputado Federal X, durante um discurso no


Plenário da Câmara dos Deputados, disse que um dos seus pares, o Deputado Y era um
“bandido e ladrão”, pois, supostamente, teria desviado verbas de emendas parlamentares para
fins particulares. Após esse discurso, na rua, o Deputado Y, mediante ameaça, levou o Deputado
X para sua casa e o torturou por mais de uma semana. Após denúncia, a Polícia prendeu o
Deputado Y em flagrante, por crime de tortura, inafiançável. Também foi aberto um inquérito
policial para apurar os fatos. Acerca do caso narrado, considerando apenas as normas expressas
constantes da Constituição Federal, assinale a alternativa correta:
a) O Deputado Y não poderia ter sido preso sem prévia autorização da Câmara dos Deputados,
tendo em vista a imunidade formal conferida pela Constituição Federal.
b) O Deputado Y será julgado perante o Superior Tribunal de Justiça.
c) A Câmara dos Deputados, pelo voto da maioria de seus membros, poderá decidir por soltar o
Deputado Y ou por mantê-lo preso.
d) Após o recebimento da denúncia contra o Deputado Y, o Supremo Tribunal Federal dará
ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da
maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação, sem suspensão
da prescrição.
e) O Deputado X poderá ser processado por crime de calúnia, tendo em vista que a imunidade
parlamentar não é uma salvaguarda para o cometimento de crimes contra a honra alheia por
parlamentares.

60. (VUNESP/CM Potim/Procurador Jurídico/2021) Sobre os Deputados e Senadores, assinale a


alternativa que está de acordo com a Constituição Federal.
a) Perderá o mandato o Deputado ou Senador que deixar de comparecer, em cada sessão
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão
por esta autorizada.
b) A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, militares e em tempo de
guerra, independerá de prévia licença da Casa respectiva.

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c) Perderá o mandato o Deputado investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de


Território ou Secretário de Estado.
d) As imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas
mediante o voto de um terço dos membros da Casa, nos casos de atos praticados fora do recinto
do Congresso Nacional.

61. (IADES/Proc. – ALEGO/2019) No que se refere à imunidade parlamentar, considerando-se o


previsto na Constituição Federal de 1988 e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF),
assinale a alternativa correta.
a) Para que haja imunidade material aos deputados estaduais, é necessário que as respectivas
opiniões, as palavras e os votos tenham relação com o exercício do mandato e que tenham sido
proferidas dentro dos limites territoriais do respectivo Estado.
b) Em relação à imunidade material, vigora o princípio da disponibilidade, permitindo-se ao
parlamentar, livremente, renunciar a certas garantias conferidas constitucionalmente.
c) A garantia constitucional da imunidade parlamentar em sentido material se estende ao
congressista, quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem a ofender,
moralmente, a honra de terceira pessoa, em pronunciamento motivado por finalidade
exclusivamente eleitoral, que não tem relação com o exercício das funções congressuais.
d) A ofensa irrogada em plenário, independente de conexão com o mandato, elide a
responsabilidade civil por dano moral.
e) Segundo a jurisprudência do STF, a Constituição da República atribui ao suplente de deputado
federal ou de senador a prerrogativa de foro perante essa Corte.

62. (FCC/ALESE/Analista Legislativo/Apoio Técnico ao Processo Legislativo/Processo


Legislativo/2018) Em discurso realizado no plenário da Assembleia Legislativa de determinado
Estado, João, deputado estadual, acusa Secretário de Estado do cometimento de ato de
improbidade, defendendo a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para apuração dos
atos cometidos pelo referido Secretário. Caso se entenda que a conduta praticada mostra-se
capaz de, em tese, configurar crime contra a honra, João
a) responderá penalmente por seu discurso, porém apenas após o término do seu mandato,
quando se extingue a imunidade material.
b) não responderá penalmente por seu discurso, uma vez que goza de imunidade material, sendo
inviolável por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
c) não responderá penalmente por seu discurso, já que goza de imunidade formal, contudo poderá
ser acionado na esfera civil, sendo condenado a indenizar o Secretário de Estado mencionado.
d) responderá penalmente por seu discurso, contanto que a Assembleia Legislativa, pelo voto da
maioria de seus membros, autorize o andamento da ação.

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e) não responderá penalmente por seu discurso, uma vez que o Plenário da Assembleia Legislativa
é um espaço democrático, de maneira que todos os cidadãos que nele discursam não respondem
por quaisquer opiniões que venham a proferir.

63. (FCC/CLDF/Técnico Legislativo/Fotógrafo/2018) A respeito das normas constitucionais que


regem a atividade dos Deputados Federais e Senadores,
a) esses parlamentares, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o
Superior Tribunal de Justiça.
b) recebida a denúncia contra algum desses parlamentares, por crime ocorrido após a diplomação,
será dada ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e
pelo voto de dois terços de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da
ação.
c) esses parlamentares não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações, salvo em caso de investigação realizada por comissão parlamentar de
inquérito.
d) a incorporação às Forças Armadas de algum desses parlamentares, embora militares e ainda
que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
e) as imunidades desses parlamentares serão suspensas durante o estado de sítio.

64. (FCC/CLDF/Consultor Técnico Legislativo/Analista de Sistemas/Área 1/2018) Os Deputados e


Senadores
a) não poderão, desde a expedição do diploma, ser titulares de mais de um cargo ou mandato
público eletivo.
b) serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato.
c) perderão o mandato ainda quando licenciados pela respectiva Casa para tratar, sem
remuneração, de interesse particular, se o afastamento ultrapassar noventa dias por sessão
legislativa.
d) poderão optar pela remuneração do mandato quando investidos no cargo de Secretário do
Distrito Federal.
e) que abusarem das prerrogativas constitucionais a eles asseguradas não poderão perder o
mandato em razão de tal hipótese não estar prevista como incompatível com o decoro
parlamentar.

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GABARITO

1. LETRA A 23. LETRA E 45. LETRA D


2. LETRA B 24. LETRA A 46. LETRA E
3. LETRA D 25. ERRADO 47. LETRA E
4. LETRA B 26. LETRA A 48. LETRA A
5. LETRA E 27. LETRA E 49. LETRA B
6. LETRA B 28. LETRA A 50. ANULADA
7. LETRA D 29. ERRADO 51. ANULADA
8. LETRA B 30. LETRA E 52. LETRA C
9. LETRA C 31. CERTO 53. LETRA D
10. LETRA E 32. LETRA E 54. LETRA B
11. LETRA C 33. LETRA B 55. CERTO
12. LETRA D 34. LETRA A 56. ERRADO
13. LETRA B 35. LETRA B 57. LETRA D
14. LETRA D 36. LETRA D 58. LETRA C
15. LETRA C 37. LETRA C 59. LETRA C
16. LETRA B 38. LETRA B 60. LETRA A
17. LETRA D 39. LETRA D 61. LETRA D
18. LETRA B 40. LETRA C 62. LETRA B
19. LETRA D 41. LETRA B 63. LETRA D
20. LETRA B 42. LETRA C 64. LETRA D
21. LETRA B 43. LETRA A
22. LETRA C 44. LETRA E

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RESUMO ESTRATÉGICO
Vamos começar com a revisão? Para aumentar ainda mais a assimilação da matéria nosso resumo
estratégico será feito em tópicos, apenas com palavras-chave, parecido com a técnica de
“fichamento”, método comprovadamente eficaz na memorização e organização mental da matéria.
Assim, você poderá fazer uma revisão semanal até o dia da prova.

1. ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL


 Art. 48: matérias reguladas por projeto de lei que será encaminhado ao Presidente da República
para sanção ou veto. Rol meramente exemplificativo. As mais cobradas:

II3 - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de


crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;

VIII3 - concessão de anistia;

 Art. 49: competências exclusivas do Congresso Nacional reguladas por Decreto Legislativo, que
não é encaminhado à sanção ou veto. As mais cobradas na ordem de prioridade:

I1 - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que


acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

IV1 - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de


sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

V1 - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder


regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

XII1 - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de


rádio e televisão;

XIII2 - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;

XV2 - autorizar referendo e convocar plebiscito;

II3 - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a


permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei
complementar;

III3 - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do


País, quando a ausência exceder a quinze dias;

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VIII3 - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos


Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II,
153, III, e 153, § 2º, I;

IX3 - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e


apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

X3 - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do


Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;

XVI3 - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos


hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;

2. ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


 Em regra, as matérias do artigo 51 serão reguladas por Resolução que não é encaminhada à sanção
ou veto. As mais cobradas:

I1 - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o


Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II1 - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não


apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa;

 A remuneração referente aos cargos, empregos e funções será regulada por lei, que necessita de
aprovação nas duas Casas e, após, seguirá à sanção ou veto.
3. ATRIBUIÇÕES DO SENADO FEDERAL
 Em regra, as matérias do artigo 52 serão reguladas por Resolução que não é encaminhada à sanção
ou veto. As mais cobradas na ordem de prioridade:

I1 - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de


responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles;

II1 processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do


Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade;

III1 - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:

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a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da


República;

c) Governador de Território;

d) Presidente e diretores do banco central;

e) Procurador-Geral da República;

f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

V1 - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União,


dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

VIII2 - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em


operações de crédito externo e interno;

X2 - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional


por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

IV3 - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a
escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;

VI3 - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o


montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;

IX3 - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

XI3 - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;

XV3 - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em


sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias
da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.

 Processar e julgar (impeachment) autoridades elencadas nos incisos I e II do artigo 52. O Senado
atuará como tribunal político, sob a presidência do STF. O Senado poderá condenar o acusado
por voto de 2/3 dos seus membros, ficando o condenado inabilitado de exercer a função pública
por 8 anos. A renúncia após iniciada a sessão de julgamento, não paralisa o processo de
impeachment.

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 A remuneração referente aos cargos, empregos e funções será regulada por lei, que necessita de
aprovação nas duas Casas e, após, seguirá à sanção ou veto.
 Dicas para memorizar:
 Senado processa, julga aprova a escolha ou exonera autoridades. A Câmara apenas autoriza a
instauração do processo contra o Presidente e Vice e os Ministros de Estado em crimes conexos.

Competências do Senado versus Competências do Congresso

Senado, palavras-chave: julgar, “aprovar a escolha”, exoneração, garantia, “limites


+ dívida”, “limites + crédito”, financeira e “avaliar + tributário(a)”.

Congresso, palavras-chave: Executivo, rádio, televisão, “outros Poderes”, terras.

4. CONVOCAÇÃO E PEDIDO DE INFORMAÇÃO A MINISTROS DE ESTADO


 Convocação de ministro ou autoridades subordinadas à Presidência:
 São legitimados para convocar: (i) Câmara dos Deputados; (ii) Senado Federal; ou (iii) qualquer
de suas Comissões.
 A autoridade convocada tem que prestar pessoalmente informações acerca de assuntos
previamente determinados.
 Crime de responsabilidade a ausência sem justificativa.
 Comparecimento espontâneo de ministro:
 Poderão comparecer espontaneamente à(a): (i) Câmara dos Deputados; (ii) Senado Federal; ou
(iii) qualquer de suas Comissões.
 O Ministro fará, apenas, a exposição de assuntos de seu Ministério.
 Pedidos escritos de informação a ministro ou autoridades subordinadas à Presidência da República:
 São legitimadas para enviar pedido escrito as Mesas: (i) da Câmara dos Deputados; e (ii) do
Senado Federal (não é possível que as Comissões façam esse pedido escrito diretamente).
 Estará configurado crime de responsabilidade: (i) a recusa; (ii) o não atendimento em 30 dias;
ou (iii) prestar informações falsas.
5. IMUNIDADES PARLAMENTARES
 Prerrogativas e imunidades: garantia da independência do próprio Parlamento e da sua existência.
Por isso, são irrenunciáveis.
 Imunidades:
 Imunidade Material: real, substantiva ou, ainda, inviolabilidade. O parlamentar é inviolável, civil
e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato. No
recinto do Congresso Nacional é absoluta. Fora, deve-se comprovar nexo de causalidade com
a atividade parlamentar. Controle político para minimizar abusos e excessos  incompatível
com o decoro parlamentar. Protege quem estiver no exercício do mandato: titular ou suplente.
 Imunidade formal:

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 (i) contra a prisão a partir da diplomação: só pode ser preso em flagrante de crime
inafiançável (CF/88) ou decisão judicial transitada em julgado (jurisprudência);
 (ii) possibilidade de sustação do processo penal pela Casa legislativa por crime cometido
após a diplomação. O STF dará ciência à Casa legislativa. Pedido de sustação por partido
político com representação na Casa respectiva e decisão do Plenário da Casa em até 45 dias
do pedido. Aprovação por maioria absoluta e votação aberta. A sustação do andamento do
processo suspende o prazo de prescrição enquanto durar o mandato.
Imunidade formal: contra a prisão
Crimes cometidos antes da diplomação Aplica-se a imunidade formal
Crimes cometidos após a diplomação Aplica-se a imunidade formal
Imunidade formal: sustação da ação penal
Crimes cometidos antes da diplomação Não há imunidade formal
Crimes cometidos após a diplomação Aplica-se a imunidade formal

 Suspensão das imunidades durante estado de Sítio: voto de 2/3 dos membros e para atos
praticados fora do Congresso Nacional e incompatíveis com a medida;
 Prerrogativas Parlamentares.
 Prerrogativa de foro: julgados penalmente desde a expedição do diploma perante o STF.
Jurisprudência: por crimes cometidos durante o exercício do mandato e, após o final da
instrução penal a competência para processar e julgar não será mais afetada. Termo inicial:
expedição do diploma; Termo final: término do mandato. Parlamentar licenciado mantém a
prerrogativa de foro. Suplentes: prerrogativas e imunidades apenas quando no exercício do
mandato. Crime cometido por parlamentar e não parlamentar: a regra é o desmembramento
do processo. Excepcionalmente, mantém-se o foro perante o STF de pessoas sem tal
prerrogativa, mas se aprovada a sustação da ação penal para parlamentar, o processo será
separado.
 Sigilo da fonte: os parlamentares não serão obrigados a testemunhar sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações. São obrigados a testemunhar sobre fatos que não
tenham relação como o mandato. Se indiciados ou acusados, terão direito ao silêncio para não
se autoincriminar.
 Incorporação às forças armadas: licença prévia da Casa respectiva, ainda que militares e em
tempo de guerra.
 Incompatibilidades

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 Deputados Estaduais, Distritais e Vereadores.


 Deputados Estaduais e Distritais: imunidades e prerrogativas aplicáveis aos Deputados e
Senadores.
 Vereadores: só possuem imunidade material e na circunscrição do município.

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6. PERDA DO MANDATO E RENÚNCIA

Perda de Mandato
Decisão do Plenário Decisão da Mesa
I - que infringir qualquer das proibições III - que deixar de comparecer, em cada sessão
estabelecidas no artigo anterior legislativa, à terça parte das sessões ordinárias,
[incompatibilidades]; salvo licença ou missão autorizada pela Casa
respectiva;

II - cujo procedimento for declarado IV - que perder ou tiver suspensos os direitos


incompatível com o decoro parlamentar; políticos;

VI - que sofrer condenação criminal em V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos


sentença transitada em julgado. ==521dd==
casos previstos na constituição Federal;

Decidida pela Câmara ou Senado por maioria Declarada pela Mesa da Casa respectiva:
absoluta em votação ostensiva (aberta):
 de ofício; ou
 mediante provocação de(a):  mediante provocação de:
 Mesa respectiva; ou  qualquer de seus membros; ou
 partido político representado no  partido político representado no
Congresso Nacional; Congresso Nacional;
assegurada ampla defesa.  assegurada ampla defesa.

 Juízo político  Não há margem para juízo de conveniência;


 A perda não é automática:  A Mesa é obrigada a declarar a perda do
mandato;
 Provocação;
 Ampla defesa;  Se comprovada qualquer das
 Decisão. ocorrências dos incisos III a V.

 Decoro Parlamentar.
 Jurisprudência STF: 1) incluem atos praticados na legislatura anterior, mas não atos praticados
antes do exercício do mandato; 2) aplicam-se aos parlamentares licenciados para exercício de
cargo no Executivo às vedações, incompatibilidades e regras de decoro parlamentar.
 Incompatível com o Decoro Parlamentar:
 o abuso das prerrogativas asseguradas aos Deputados;
 a percepção de vantagens indevidas;
 casos definidos no regimento da Casa respectiva.

 Renúncia ao Mandato:
 Independe de aprovação;
 Efeitos suspensos: se parlamentar submetido a processo disciplinar que vise a perda do
mandato;
 Não perde o Mandato:

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 O parlamento investido em cargo pode optar pela remuneração do mandato.


 Convocação de Suplente:
 Em caso de vaga, investidura em cargo ou licença superior a 120 dias.
 Vagas e Nova Eleição:
 Ocorrendo vaga e não havendo suplentes:
 Mais de 15 meses para o término do mandato  nova eleição;
 15 meses ou menos  não é feita nova eleição. Cargo fica vago.

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MAPAS MENTAIS E QUADROS


Mapa Mental 1: : Incompatibilidades

Mapa Mental 2: Não Perde o Mandato

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Quadro 1: Competências Privativas da Câmara e Senado em que há semelhança ou relação

Competências Privativas da Câmara e Senado


em que há semelhança ou relação
CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da
instauração de processo contra o Presidente e o Vice- República nos crimes de responsabilidade, bem como os
Presidente da República e os Ministros de Estado; Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza
conexos com aqueles;
III - elaborar seu regimento interno; XII - elaborar seu regimento interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento,
polícia, criação, transformação ou extinção dos polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei
iniciativa de lei para fixação da respectiva para fixação da respectiva remuneração, observados os
remuneração, observados os parâmetros parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, nos XIV - eleger membros do Conselho da República, nos
termos do art. 89, VII. termos do art. 89, VII.

Quadro 2: Imunidade Formal

Imunidade formal: contra a prisão


Crimes cometidos antes da diplomação Aplica-se a imunidade formal
Crimes cometidos após a diplomação Aplica-se a imunidade formal
Imunidade formal: sustação da ação penal
Crimes cometidos antes da diplomação Não há imunidade formal
Crimes cometidos após a diplomação Aplica-se a imunidade formal

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Quadro 3: Perda do Mandato

Perda de Mandato
Decisão do Plenário Decisão da Mesa
I - que infringir qualquer das proibições III - que deixar de comparecer, em cada
estabelecidas no artigo anterior sessão legislativa, à terça parte das sessões
[incompatibilidades]; ordinárias, salvo licença ou missão
autorizada pela Assembleia;
II - cujo procedimento for declarado IV - que perder ou tiver suspensos os
incompatível com o decoro parlamentar; direitos políticos;
VI - que sofrer condenação criminal em V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos
sentença transitada em julgado. casos previstos na constituição Federal;
Decidida pela Câmara ou Senado por Declarada pela Mesa da Casa respectiva:
maioria absoluta em votação ostensiva  de ofício; ou
(aberta):  mediante provocação de:
 mediante provocação de(a):  qualquer de seus membros; ou
 Mesa respectiva; ou  partido político representado no
 partido político representado no Congresso Nacional;
Congresso Nacional;  assegurada ampla defesa.
assegurada ampla defesa.
 Juízo político  Não há margem para juízo de
 A perda não é automática: conveniência;
 Provocação;  A Mesa é obrigada a declarar a perda do
 Ampla defesa; mandato;
 Decisão.  Se comprovada qualquer das
ocorrências dos incisos III a V.

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Quadro 4: Licenças de Deputado e Senador previstas na Constituição

Tipo Duração Observações

Por motivo de sem limite Licença para tratamento de saúde;


doença fixado Haverá convocação de Suplente se exceder 120 dias.

Tratar de Até 120 Pode exceder 120 dias se o período incluir duas
dias por sessões legislativas. Nesse caso, haverá convocação
interesse sessão de Suplente.
particular legislativa

A incorporação às Forças Armadas, de Deputados e


Incorporação às sem limite Senadores, embora militares e ainda que em tempo
Forças Armadas fixado de guerra, dependerá de licença prévia da Casa
respectiva (CF, art. 53, § 7º).

Quadro 5: : Convocação de Suplente no âmbito federal

Convocação de suplente
Em caso de vaga
Convoca-se suplente
imediatamente
(falecimento, renúncia e perda do mandato)
Em caso de investidura nos cargos
Convoca-se suplente
imediatamente
previstos no inciso I
Licença por motivo de saúde
Convoca-se suplente
imediatamente
por mais de 120 dias
Licença por interesse particular
Convoca-se suplente
imediatamente
(por mais de 120 dias)
Licença por motivo de saúde
Não é convocado suplente
por até 120 dias
Licença por interesse particular
Não é convocado suplente
(por até 120 dias)

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