Aula 02 - Conectividade

CCT0325 – Comunicação de Dados
Aula 2: Conectividade em Nível Físico

Comunicação de Dados
Conteúdo desta Aula
1. Camada Física e os meios de transmissão de Dados;
2. Meios físicos de transmissão;
3. Os principais componentes da Comunicação de Dados;
4. Limites e limitações do meio físico;
5. Meios físicos das Redes Locais;
6. Resumo da Camada Física.
AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Objetivos
Ao final desta aula você deverá ser capaz de:
1. Compreender como a camada física interage com os meios de transmissão e assegura

a conectividade entre componentes da rede;
2. Diferenciar os meios físicos de transmissão usados na comunicação de dados;
3. Caracterizar as limitações e melhores indicações de uso para cada tipo de meio físico;
4. Identificar os avanços dos meios físicos e os benefícios na utilização do cabeamento

estruturado.

Camada Física e os Meios de Transmissão de Dados
Camada Física e seus elementos
• Fornece os requisitos para transportar pelo meio físico de rede os bits que formam
o quadro da camada de Enlace de Dados;
• Codifica o quadro em sinais que serão transmitidos no meio físico.
A entrega de quadros pelo meio físico local exige os seguintes

elementos da camada física:
• Meio físico e conectores ligados;

• Representação de bits no meio físico;
• Codificação de dados e informações de controle;
• Circuito transmissor e receptor nos dispositivos de rede.
O objetivo da camada Física é criar o sinal elétrico, óptico ou micro-ondas que

representa os bits em cada quadro.
Processo de Encapsulamento – PDU da Camada Física
Fonte: ( Cisco Systems ,2009)

Operação da Camada Física
• O meio físico transporta sinais, um por vez, para representar os bits que formam o quadro
• Meio de cobre - pulsos elétricos; Fibra – luz; Meio físico – transmissões de rádio.

Padrões da Camada Física
Semelhante às tecnologias associadas a camada de
Enlace de Dados, as Tecnologias da camada Física
são desenvolvidas por organizações como:
• O American National Standards Institute (ANSI)
• A International Telecommunication Union (ITU)
• A international Organization for Standardization
(ISSO) • A Electronics Industry Association (EIA/TIA)
• O Institute of Electrical and Electronics • Autoridades de telecomunicações nacionais, como
Engineers (IEEE) a Federal Communication Commission (FCC) nos EUA.

Os Principais Componentes da Comunicação de Dados
• As tecnologias desenvolvidas por essas organizações incluem quatro áreas dos padrões
da camada Física:
– Propriedades físicas e elétricas do meio físico;

– Propriedades mecânicas (materiais, dimensões, pinouts) dos conectores;
– Representação de bit por sinais (codificação);
– Definição dos sinais de informações de controle.
• Os componentes de hardware (adaptadores de rede (NICs), interfaces e conectores,

materiais e projeto de cabo) estão especificados nos padrões associados à camada Física.

• Componentes físicos
– São os dispositivos de hardware, meio físico e conectores que transmitem e
transportam os sinais para representar os bits.
• Codificação de dados
– Método de converter um fluxo de bits de dados em um código predefinido;
– Os códigos são grupos de bits utilizados para fornecer um padrão previsível e
reconhecível pelo remetente e pelo receptor.
• Sinalização
– Os sinais elétricos, ópticos ou sem fio que representam o "1" e "0" no meio físico;
– Método de representação de bits.


Bits de Sinalização
• Toda a comunicação da rede se transforma em dígitos binários;

• A transmissão do quadro pelo meio físico ocorre como um fluxo de bits enviados um
de cada vez;
• Como cada bit é um sinal, cada sinal colocado no meio tem um tempo para ocupar o
meio físico – tempo de bit;
• Os bits são examinados pelos padrões de bit de início e fim do quadro para
determinar que um quadro completo foi recebido;
• A sincronização garante que os bits serão enviados em tempos específicos durante o
tempo de bit;
• A sincronização é feita utilizando o clock, que é fornecida através de métodos de
sinalização entre dispositivos de TX e RX.

Meios Físicos de Transmissão
Símbolos que representam os tipos de Meios Físicos
Círculo
Dois círculos concêntricos
Linha Reta
Raio
Camada 1 (Física) – Modelo OSI

Limites e Limitações do meio físico
O que encontramos no dia a dia
 Cabos separados para cada sistema de comunicação – Cabeamento Dedicado, ex: cabo de
telefonia e outros de dados;
 Diversidade de Meios Físicos Instalados: UTP, STP, Coaxial e Fibra Óptica;
 Redes sob o controle de diferentes divisões da empresa, ex: Telefonia (resp.
administrativo), Dados (resp. Adm. de rede);
 Informações sobre a Rede Física em uma grande diversidade de fontes (desenhos
arquitetônicos, diagramas de fiação etc.);
 Dificuldade na evolução e extensão das redes;
 Pouca ou nenhuma segurança.

Evolução da Velocidade das Redes
1991
TSB-36 1994
Cat 3 TSB-40A 1999
Cat 5 TSB-95 2002 2006
Cat 5e
10 568-B.2-1 568-B.2-10
Gbps Cat 6 Cat 6
1990
Ethernet®
10BASE-T 2002 2006
1994
Fast Ethernet 1999 10 Gigabit 10 Gigabit
100BASE-T 1 Gigabit Ethernet Ethernet
Ethernet Over fiber Over UTP
1000BASE-T 10GBASE-SR 10GBASE-T

Incremento de performance a cada 4 – 6 anos
Tecnologia adotada por Velocidade Padrão Tecnologia desenvolvida /

período utilizada
1992-1996 10Mbps IEEE 802.3 (1985) Categoria 3/5
(10BASE-T)
1996-2002 100Mbps IEEE 802.3u Categoria 5/5e
(100BASE-Tx)
2002-2006 1,000Mbps IEEE 802.3ab Categoria 5e/6
(1000BASE-T)
2006-2010 10,000Mbps IEEE 802.3an Categoria
(10GBASE-T) 6(FTP)/6a/7

Cabeamento Estruturado
É a disposição organizada e padronizada de conectores e meios de transmissão para redes de

dados e voz (telefonia), de modo a tornar a infraestrutura de cabos independente do tipo de
aplicação e do layout.
Infraestrutura de cabeamento independente do fabricante (sistema aberto) que permite a

transmissão de qualquer serviço de comunicação através de um único sistema de
cabeamento universal.

Por que investir no cabeamento estruturado?
Falhas nas redes

70% Cabeamento
30% Outros
Fonte: (LAN Technology,2009)

Essas redes sem normas de instalação traz

sérios fatores de risco, pois, torna-se quase
impossível localizar:
• Um cabo com defeito;
• Um conector com mal contato;
• Um problema físico na rede.

Estrutura de Cabeamento sem ferir as normas.

Rack com Patch Panel com conexão Cruzada para organização da rede cabeada.

Conexão estruturada através de guia de cabo lateral do rack para o switch.

Interconexão no Patch Panel por um guia e cabo frontal.

Conexão atrás do Patch Panel. Cabos organizados com lacre, hoje já se usa velcro para melhor normatização.

Os benefícios
 Suporte a Diversos Padrões de Comunicação através de Meio Físico Padronizado;
 Permitir Flexibilidade na Mudança de Layout através de Interface de Conexão Padronizada;
 Possuir Arquitetura Aberta possibilitando a conectividade entre Produtos de Diversos Fabricantes;
 Aderência aos Padrões Internacionais.

Permitir flexibilidade na mudança de Layout:


Meios de Transmissão
 Para haver comunicação de dados é necessário

que exista um meio de transmissão.
• Wired – com fio

– Metálicos
– Ópticos
• Wireless – sem fio

– Infravermelho, micro-ondas, radiodifusão.

Meios Físicos das Redes Locais
– Cabo Coaxial
• fio de cobre
• já é considerado obsoleto.
– Cabo de Par Trançado

• fio de cobre
• é a solução mais atual.
– Fibra Ótica
• fibra de vidro ou acrílico
• usada atualmente para backbone (Coluna Vertebral).

Cabo Coaxial
– Surgiu com as TVs a cabo;

– Largura de banda;
– 10 Mbps a 100 Mbps
– Cabos Thinnet (fino) e Thicknet (grosso);
– RG-58 Impedância 50 Ώ
– RG-59 ou RG- 6 Impedância 75 Ώ
– Conectores BNC (dados) e Tipo F (imagens-TV) • Velocidade e throughput: 10 a 100 Mbps
• Custo: barato
• Meios físicos e tamanho do conector: Médio
• Comprimento máximo do cabo: 500m

Meios Físicos das Redes Locais – Cabo Coaxial
THINNET, 10BASE2, THICKNET, 10BASE5,

CARACTERÍSTICA CHEAPERNET, FINO YELLOW CABLE, GROSSO
IMUNIDADE À (BOA) (ÓTIMA)

INTERFERÊNCIA 1 MALHA 5 MALHAS
ALCANCE 185 M 500 M
CONEXÃO CONECTORES BNC,F PRESAS VAMPIRO
PRINCIPAIS CUSTO, MANUSEIO ALCANCE E IMUNIDADE

VANTAGENS E CONECTORIZAÇÃO À INTERFERÊNCIAS

Cabo de Par Trançado
– Surgiu com as linhas telefônicas (é mais antigo que o coaxial);

– Espiral (trançado do cabo)  imunidade;
– Conector RJ – 45 (Macho e Fêmea);
– Taxas de até 10000 Mbps;
– Cabos para projetos Giga.

Cabo de Par Trançado
– UTP (Unshielded Twisted Pair) – Sem Blindagem
• pares de fios trançados + material isolante.
– STP (Shielded Twisted Pair) – Com Blindagem
• pares de fios trançados + material isolante;

• malha externa metálica;
• necessidade de aterramento.

Meios Físicos das Redes Locais – Cabo de Par trançado não blindado

Tipos de Blindagem
– Por malha metálica – ScTP (Screened Twisted Pair)

• Apresenta melhor imunidade
– Por fita metálica – FPT (Foil Twisted Pair)
 OBS1: Em ambos os cabos blindados existe um condutor de aterramento, também

chamado de fio de drenagem, ligado a blindagem.
 OBS2: Ao usar cabos blindados é importante usar conectores que também possuam
blindagem.

Meios Físicos das Redes Locais – ScTP (Par Trançado Isolado)

Meios Físicos das Redes Locais – Cabo de Par Trançado
Principais características do cabeamento em par metálico segundo as normas ISO e EIA/TIA:
ISO EIA/TIA Utilização

Cat 1 Serviços telefônicos e dados de baixa velocidade
Cat 2 RDSI* e circuitos T1/E1 - 1,536 Mbps/2,048 Mbps
Classe C Cat 3 Dados até 16 MHz, incluindo 10Base-T e 100Base-T
Classe B Cat 4 Dados até 20 MHz, incluindo Token-Ring e 100B-T (extinto)
Classe D Cat 5 Dados até 100 MHz, incluindo 100Base-T4 e 100Base-TX (extinto)
Cat 5e Dados até 100 MHz, incluindo 1000Base-T e 1000Base-TX
Classe E Cat 6 Dados até 200/250 MHz, incluindo 1000Base-T e 1000Base-TX
Classe F Cat 7 Dados até 500/600 MHz
Categoria 7 (CAT7): foi criado para permitir a criação de rede 10 gigabit Ethernet de 100m usando fio de cobre
(apesar de atualmente esse tipo de rede esteja sendo usado pela rede CAT6).

CABEAMENTO CATEGORIA 7
O conector foi padronizado pela Comissão Eletrotécnica Internacional – IEC, uma

interface do tipo não RJ designada por IEC 61076-3-104.
Conector IEC 61076-3-104 – Fonte: Siemon Company

CABEAMENTO CATEGORIA 7
1. A infraestrutura para atender a Categoria

7 utiliza cabeamento S/FTP (Screened Foil
Twisted Pair);
2. São cabos com dupla blindagem, onde

cada par individual recebe uma
blindagem do tipo "folha metálica" (foirl)
e todos recebem uma blindagem geral
tipo malha de blindagem (screened);
Cabo S/FTP – Fonte: Siemon Company
3. Os sistemas dessa Categoria somente
podem ser implementados utilizando os
cabos S/FTP.

Conexões – Cabo de Par Trançado
– Cabo Direto (default)

• Switch (comutador) ao roteador
• Switch para PC ou servidor
• PC ou Servidor para Hub
• Hub para Hub (cascateamento)
– Cabo crossover
• Comutador para comutador
• Comutador para hub
• Hub para hub (empilhamento)
• Roteador para roteador
• PC para PC
• Roteador para PC

Resumo sobre a Camada Física
 Uma rede de computador pode ser montada utilizando vários tipos de meios físicos.
 A Função dos meios é transportar um fluxo de informações através de uma rede local.
 As redes locais sem fio usam a atmosfera, ou o espaço, como meio.
 Todos os meios têm vantagens e desvantagens. Algumas comparações entre vantagens

e desvantagens estão relacionadas a:
Comprimento do cabo
Custo
Facilidade de instalação
Suscetibilidade à interferência

VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
1. Diferenciar a representação de dados analógica e

digital;
2. Compreender a representação de sinais

analógicos e digitais;
3. Caracterizar sinais analógicos;
4. Caracterizar sinais digitais;
5. Analisar os limites teóricos para a taxa de

transmissão de dados;
6. Associar os efeitos de um meio de transmissão

imperfeito à ocorrência de atenuação,
distorção e/ou ruídos.

Aula 02 - Conectividade

Enviado por

Dados do documento

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Aula 02 - Conectividade

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

CCT0325 – Comunicação de Dados

Aula 2: Conectividade em Nível Físico

1. Camada Física e os meios de transmissão de Dados;

2. Meios físicos de transmissão;

3. Os principais componentes da Comunicação de Dados;

4. Limites e limitações do meio físico;

5. Meios físicos das Redes Locais;

6. Resumo da Camada Física.

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Ao final desta aula você deverá ser capaz de:

1. Compreender como a camada física interage com os meios de transmissão e assegura

2. Diferenciar os meios físicos de transmissão usados na comunicação de dados;

4. Identificar os avanços dos meios físicos e os benefícios na utilização do cabeamento

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

A entrega de quadros pelo meio físico local exige os seguintes

• Meio físico e conectores ligados;

O objetivo da camada Física é criar o sinal elétrico, óptico ou micro-ondas que

Fonte: ( Cisco Systems ,2009)

Fonte: ( Cisco Systems ,2009)

Fonte: ( Cisco Systems ,2009)

– Propriedades físicas e elétricas do meio físico;

• Os componentes de hardware (adaptadores de rede (NICs), interfaces e conectores,

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Fonte: ( Cisco Systems ,2009)

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

• Toda a comunicação da rede se transforma em dígitos binários;

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Símbolos que representam os tipos de Meios Físicos

Dois círculos concêntricos

Camada 1 (Física) – Modelo OSI

O que encontramos no dia a dia

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Evolução da Velocidade das Redes

Fonte: ( Cisco Systems ,2009)

Incremento de performance a cada 4 – 6 anos

Tecnologia adotada por Velocidade Padrão Tecnologia desenvolvida /

Fonte: ( Cisco Systems ,2009)

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

É a disposição organizada e padronizada de conectores e meios de transmissão para redes de

Infraestrutura de cabeamento independente do fabricante (sistema aberto) que permite a

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Por que investir no cabeamento estruturado?

Falhas nas redes

Fonte: (LAN Technology,2009)

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Essas redes sem normas de instalação traz

• Um cabo com defeito;

• Um conector com mal contato;

• Um problema físico na rede.

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Estrutura de Cabeamento sem ferir as normas.

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Conexão estruturada através de guia de cabo lateral do rack para o switch.

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Interconexão no Patch Panel por um guia e cabo frontal.

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

 Suporte a Diversos Padrões de Comunicação através de Meio Físico Padronizado;

 Permitir Flexibilidade na Mudança de Layout através de Interface de Conexão Padronizada;

 Possuir Arquitetura Aberta possibilitando a conectividade entre Produtos de Diversos Fabricantes;

 Aderência aos Padrões Internacionais.

AULA 2: Conectividade em Nivel Físico e os meios de transmissão

Permitir flexibilidade na mudança de Layout: