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Mesopotâmia

Arte Mesopotâmica

- Mesopotâmia (atual Iraque)


(Do grego MESOS = meio, entre, e POTAMOS = rio)

- Localização Oriente Médio

- Contexto Histórico

 Revolução Neolítica Concentração de Poder

Primeiros Estados
 Revolução Agrícola Jericó
 Grandes Impérios Agrários Crescente Fértil
(Mesopotâmia / Egito)

Novo Estilo de Vida:

 Progressiva Concentração de poder

 Primeiros Impérios Teocráticos

 Primeira Epopéia da História Gilgamesh

 Primeiras experiências imperialistas / expansionistas

 Uso do aparelho militar

 Organização da Força de trabalho

 Arte Instrumento de Consolidação do Estado Teocrático

 Arte de propaganda Política / Ufanista

- Limites

Norte Hatti (Hititas)


Anatólia / Turquia / Armênia

Sul Golfo
Pérsico

Oeste Desertos Síria


Arábia

Leste Média
Pérsia Irã (atual)
Elam
Território Naturalmente Aberto

Invasões

- Geografia / Ambientação

 Sul Suméria (Delta dos Rios)


Sumérios (Sumerianos)
Cidades: Ur, Eridu, Larsa, Lagash, Uruc (Warka)...

 Centro Sul (Caldéia) Babilônia (Rio Eufrates)


Babilônicos (Amoritas)
Cidades: Babilônia, Nipur, Sipar, Acad (Agade)...

 Norte Assíria (Rio Tigre)


Assírios
Cidades: Nínive, Nimrud. Korsabad, Assur...

 Clima árido / solo inclemente

 Rios Cheias imprevisíveis


Inundações constantes

Conquista do território

Necessidade de vencer a natureza hostil

- O homem / a cultura

 A heterogeneidade étnica

 Sumérios ((origem: Norte da Pérsia?)


No sul da Mesopotâmia cerca de 5000 a. C
 Acadianos
 Gutis
 Amoritas (Babilônicos)
 Hititas (Heteus)
 Cassitas
 Assírios

Complexidade Cultural:

Base Suméria + Acréscimos / Contribuições

Continuidade / Legitimação

Adquirir direito através da tradição suméria


História sucessão de conquistas e invasões

 5000 a 4000 a.C Assentamento sumério (sul)


 3000 a 2470 a. C Desenvolvimento da civilização suméria
3.200 a. C Escrita Cuneiforme
 2470 a 2280 a. C Império Acadiano
 2334 a. C Unificação Sargão I
Assimilação da cultura sumeriana
 2280 a 2150 a.C Invasão dos Gutis
Manutenção da cultura
 2150 a 1890 a. C Período Neo-Sumeriano
Nova Hegemonia da Suméria,
 1890 a 1100 a.C 1º Império Babilônico
Babilônia sede do novo império
Reinado de Hamurabi (1º Código de leis)
Invasões de Hititas e Cassitas
 1100 a 612 a.C Império Assírio
Militarismo e conquistas:
Sargão II e Assurbanipal
 612 a 539 a.C Novo Império Babilônico
Nabucodonosor Babilônia
“Rainha da Ásia”
Grande desenvolvimento
Sucessores de Nabucodonosor: lutas internas
(enfraquecimento)
Conquistas de Ciro, rei dos persas

Mesopotâmia / Historiografia / Arqueologia


 Primeiras referências A Bíblia
Domínio persa
 Declínio Greco-Macedônico
Conquista Árabe Séc. VIII

 Os “Tells”
 As pesquisas científicas: desenvolvimento da Arqueologia nos ´seculos XIX e XX:
 1843 – Korsabad e Nínive Paul Èmile Botta
 1846-47 – Nínive e Assur Austin Henri Layard
 1847-48 – Ur (sepulturas / Zigurate) Leonard Wooley
 1933 – Mari (Síria) André Parrot

Recursos Econômicos

 Ausência: madeira, metais e pedra (inexistente no sul )

Água
Principais Lodo Fertilização
Riquezas Argila (Sul)
Pedra (norte)

Produtos de mais longo


Argila Alcance para a cultura
Mesopotâmica
Fertilização do solo
Rios Comunicação
Acesso às fontes de matéria-prima

Enchentes não sistemáticas

Obras de irrigação
(drenagens de pântanos / diques / canais)

Solo produtivo

O comércio Vocação natural

Localização estratégica
+ Impulso ao comércio
Limitação de matéria -prima

 Principal rota:

Mari Porta para a Síria

Ebla
Oriente Médio
Ugarit Polo de ligação Mediterrâneo
(Porto) Egito

Mesopotâmia 1º Grande Empório Comercial

Agricultura: trigo, cevada, árvores frutíferas

Inovação - Tributos
Guerras Espoliação
Terrível - Escravidão

Estado / sistema de governo

Modelo Estado
“Cidade Estado” Deus
Sumério Teocrático

Governo:
 Sumo Sacerdote (En) Legítimos
 Govenador (Ensi / Patesi) Representantes dos
 Rei (Lugal) Deuses

Estado – - Templos para os Deuses


Hidráulico - Obras de engenharia para o povo
(controlar abastecimento de água)
Unificação: Sargão I (2470 a.C)

Sharruken = “rei legítimo das quatros regiões do mundo”


(primeiro imperador da História)

Centralização do poder Chefe militar, administrador, juiz e sacerdote supremo


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- Religião

 Sumérios:

 Marduk – Criador dos homens e do mundo


 Anu – Deus do sol / Fundador da dinastia divina
 Enki – Senhor da Terra

 Babilônicos

 Marduk – Criador
 Anu – Deus do céu
 Enlil – Ar
 Ea – Águas
 Shamash – Sol / Justiça
 Sin – Lua
 Istar – Amor / Guerra
 Enlil – Deus de Ur
 Nanna – Deus da Lua
 Inana – Deusa do Amor e da Guerra
 Nabu – Deus da Sabedoria
 Adad – Deus das Tempestades

 Assírios Assur identificado a Marduk

- Manifestação Movimentos
dos astros Astrologia
dos Deuses (Eclipses)

- Gênios / Demônios

- Característica principal Desprezo pela Vida Além – Túmulo

- Classe Sacerdotal
 - Produção Artística
- Urbanismo / Arquitetura

Pontes
Muralhas
Avenidas
Palácios
As cidades Templos
Pátios
Quartéis
Silos
Residências...

- Material mais importante:


Adobe (do árabe: at-dob)

Formato: plano – convexo

Paralelepípedo, Oblongo, Ligeiramente Convexo, com cerca de 40 cm de comprimento.

Técnica:

 Terra de aluvião (depósitos de argila e areia) + palha


 Formas de madeira
 Secagem Sol
Fornos especiais

Início: por volta de 4000 a.C. (Sumérios)

- Outros Materiais

 Tijolos esmaltados / vitrificados Mais resistência


para exteriores

Babilônicos / Cassitas Oleiros de Susa (Elam – Pérsia)

Técnica:

 Relevo da argila úmida


 Corte dos blocos (tijolos)
 Primeira cozedura (forno)
 Aplicação de esmalte vidrado
 Colorido óxidos metálicos Cobalto Azul
Cobre Verde
 Segunda cozedura (vitrificação)

Temas: leões / touros / sirrush (corpo de leão, cabeça de serpente garras traseiras de
águia)

Período Neo-Babilônico Aprimoramento


Ex: Babilônia Porta de Isthar, Avenida Processional...
Ladrilhos
Assimilação Persas Árabes
Azulejos
Cassitas
- Pedra Hititas
Assírios

 Recapitulação
Tijolos Cimentados
 Sumérios de barro Cruz com barro ou
(adobe) Cozidos Betume

 Babilônicos - Tijolos de Barro (cruz / cozidos)


- Tijolos Esmaltados Cimentados
- Pedras (abóbadas) com betume

- Tijolos - Miolos de paredes


- Abóbadas
 Assírios
- Pedra - Revestimentos
- Ângulos
- Contrafortes

 Sistema Construtivo: Abobodado

Abóboda Arco Sumérios (3.00 a. C.)


de berço

Tijolos em forma de cunha


- Características:
 Predomínio de recintos compridos
 Paredes maciças Portas arcos
Janelas inexistentes
 Fundações Plataformas elevadas (maciças)
 Paredes em talude alternadas com contrafortes

 Os Contrafortes

Origem Reforçar e sustentar estruturas de


madeiras e massas de tijolos

1º Solidez / estabilidade
Manutenção 2º Intenção decorativa: quebrar monotonia e conferir ritmo
E escultórico às paredes efeitos de claro-escuro

- Contribuição Hitita Primeiras Cúpulas


 Muralhas
- Eficiente sistema de defesa e proteção:
 Muralhas externas / internas

 +/- 6 metros de espessura
 Torres
 Ameias
Gilgamesh
 Muralhas de Ur
Ur-Nammu

 25 metros de espessura
 9 km de perímetro

 Muralhas da Babilônia

 Segundo Heródoto: “eram tão largas que havia espaço para locomoção de um
carro com quatro cavalos”.
 Duplas / Paralelas (cada uma com 7 cm de espessura)
 150 torres (a cada 50 metros)
 100 portas de bronze (Heródoto)

 Muralha Ocidental conter enchentes do Eufrates

 As Portas Monumentais

 Pórtico arco abobadado flanqueado por torres maciças


 Babilônia Porta de Istar (cerca de 580 a.C)
 Korsabad 7 portas monumentais

Animais
 Decoração Escultórica
Fantásticos

 Função Guardiões Gênios Benéficos para


das portas impedir a entrada de
forças do mal

 Relevos: leões, touros, Sirrush...


 Esfinges
 Esculturas de grande porte Lamasu Leões
Touros
 Hititas Aspecto monumental
 Assírios Touro Androcéfalo alado
 Cinco de frente: 2 imóveis
 Patas de lado: 3 movimento

 Avenida Processional

 Principal artéria da cidade ligava o pórtico às principais construções: o Palácio


e o Templo
 Funções:
Religiosa Procissões

Política - Desfiles militares


- Cortejos reais

Defesa Corredor sem saída onde as tropas inimigas podia ser


encurraladas e atacadas por saraivadas de flechas

Tijolos Esmaltados
Decoração Relevos (pedra)
Esculturas
Pinturas

 Avenida Processional de Babilônia


 300 metros (Comp.), 26 metros (Larg.) e 12 metros (Alt.)
 Pavimentação: pedra calcária / mármore rosa
120 leões (2 metros)
 Decoração
Relevo / Tijolos Esmaltados

 A importância do Pátio Interno

 Funções:
 Iluminação
 Ventilação
 Isolante Térmico
 Sistema Disjuntivo:
 O espaço central do pátio decorre da distribuição periférica dos
recintos fechados
- Korsabad 31 pátios

 Os terraços
Jardins suspensos
(Plataformas escalonadas) Babilônia – Nabucodonosor

 O Palácio
 Demonstração maior da onipotência do Rei
 Uma das modalidades do imperialismo

Intensa atividade construtora Cidades


Palácios
Sala do trono
Sala de recepções
Banheiras
Salas de banho Água quente
Imensos complexos Gineceu
Arquitetônicos Biblioteca / arquivo
Escola de Escribas
Setores Administrativos
Armazéns / Cozinhas
Oficinas
Alojamentos /Quartéis...

 Palácio de Sargão II Korsabad


 209 salas Povos
 Construção 6 anos Escravizados

 Construções Religiosas

 Sumérios
 Ideia de que o homem tem o dever de construir um local para cultuar seu Deus
 Criação de uma organização política e religiosa cujo epicentro era o templo
 A construção de templos era prerrogativa do rei mais do que da comunidade: o
Rei dava as ordens e os sacerdotes traçavam os planos
 Todas as atividades do homem deveriam ser reguladas no lar da divindade que
regia tudo
Religiosa Expressão do
- Funções Política sentimento
Econômica Teocrático do Estado

- Templo Instrumento de poder

Babilônia de Nabucodonosor

53 Templos

 Primitivos Templos:

 Térreos
 Paredes Maciças
 Pátio interno Altar
 Santuário
 Câmara para os sacerdotes
 Localização incrustados na massa urbana

Ex: Templo de Minni-Zara, em Mari


Cerca de 3.000 a.C.
Templo de Shusin, em Eshnuna (Tell Asmar)
Cerca de 2.000 a.C.
 Ampliação deste modelo primitivo
- Funções adicionais:

 Câmaras
 Gabinetes
 Depósitos
 Capelas
 Celeiros
 Dependências para Sacerdotes / Serviçais

Ex: Templo de Marduk, em Babilônia


Cerca de 3.000 / 2.000 a.C
Templo de Istar-Kititum, em Ischali
Cerca de 2.000 a.C.

 Processo de autodefesa e distanciamento do templo

Primeiro passo
para afastar
Templos Fortificados Muralhas a comunidade do
contato direto
com os Deuses
 Hipóteses prováveis:
 Progressivo distanciamento entre homens e reis
 Maior controle da intermediação divina pelos sacerdotes e reis
 Centralização mais efetiva das funções administrativas
 Maior controle dos recursos econômicos
 Proteção das riquezas

Ex: Templo de Sin, em Jafache (Khafajah)


Cerca de 2700 a.C.

 Inovações

 Única entrada
 Santuário na parte posterior
 Dupla Muralha Ovalada

 A verticalização

- O Protótipo Templo Branco de Uruc (3.500 a 3000 a.C), dedicado a anu, deus do céu
- Primeiro exemplo intencional de plataforma artificial elevada (12 metros de altura)
Primeira construção vertical numa altura superior ao das casas.
 Sobreposição de plataformas por reconstruções:
 Templo de Eridu, dedicado a Enki, senhor da terra

 Construção original: entre 5000 e 4000 a.C (considerando o santuário mais


antigo da Suméria)
 Reconstruído várias vezes (17 níveis)

 Hipóteses:
 Efeito cumulativo de sucessivas reconstruções elevação gradual
 Necessidade de proteção contra inundações

 Dissociação definitiva

 O Zigurate Torres
(Principal contribuição Piramidais
do período Escalonadas
Neo-Sumeriano)

 Descrição / Planta
 Torres de 3 a 7 andares
 Planta normalmente quadrada ou retangular (raramente circular ou oval)

 Uso / Abrangência Por mais de 3000 anos na Mesopotâmia e na Pérsia

 Semelhanças / divergências com outras construções piramidais


 O Primeiro

 Zigurate do Rei Urnamu, de Ur, dedicado a Nanna, deus sumério da lua

3.000 a.C
- Construção
2100 a.C (reconstrução)

- Descrição
 Três plataformas maciças interligadas por escadarias
 Primeira plataforma 65 x 43 m
 22 metros de altura
 Pórtico na intercessão das escadarias do térreo (cerca de 100
degraus)
 Santuário e observatório astronômico no cume, sobre a terceira
plataforma
 Sistema de esgotamento de água
 Correções óticas: principais linhas arquitetônicas ligeiramente
curvas (prospecções de Leonardo Woolley – 1924-34)

Tijolos crus massas internas


Técnica Tijolos cozidos revestimentos
exteriores
Cimento: betume Asfalto natural
 Hipóteses

- Natural

 De ordem prática Reconstruções


Sobreposições

- Intencionais
Criar superestrutura
 De Ordem Política ideológica para manipular
favores divinos

1ª) construir uma escadaria


ligando a terra ao céu para aproximar-se
 De ordem Religiosa dos deuses (versão bíblica)
2ª edificar moradas para os deuses
(na concepção sumeriana os deuses habitavam
as montanhas)

 De natureza Construir montanhas quiméricas


psicológica para suprir a ausência delas no sul
e simbólica da Mesopotâmia (nostalgia pelas origens
nas montanhas do norte da Pérsia)

Construir torres que favorecessem


 De origem o estudo dos astros
Funcional observatórios astronômicos
(Deodoro da Sicília – séc. I a.C)

 O mais famoso Zigurate

 Zigurate de Babilônia, dedicado a Marduk “Etemenanki = casa da


aliança do céu e da Terra”
 Zigurate de Babel (Gênesis) para “chegar a Deus”

No centro do pátio
- Localização gigantesco complexo
arquitetônico fortificado

- Técnica Adobe (85 milhões de tijolos)


Tijolos Esmaltados

- Descrição

 Sete plataformas Altura Total


+
Santuário Aprox. 100 metros

 Escadaria central Até 2ª plataforma


monumental

 Escadas secundárias 1ª e 2ª plataformas simétricas


 5 plataformas espiraladas com rampas dando acesso ao cume
(santuário)

 Santuário no interior mesa e leito de ouro para Marduk

- Zigurates Assírios

Os deuses não eram mais a única força a reger a vida (Imperialismo /


Militarismo)
O templo como centro administrativo começa a ser suplantado pelo palácio
O complexo arquitetônico religioso perde importância Templo e
Zigurate tornam-se anexos do palácio

 Três plataformas
 Cores diferentes
 Escadarias menos destacadas
 Revestimentos de tijolos esmaltados
 Colorido vivo:
- Zigurates Zigurante de Korsabad (717 – 707 a. C)
Faixas sucessivas:
Preto
Branco
Púrpura
Azul
Vermelho
Prata
Ouro

 Construções Funerárias

Hipogeus:

 Câmaras subterrâneas
 Uma para o corpo
 Outra para as oferendas
 Abóbadas
 Acesso Rampas (aterrada)

Enxoval funerário tesouros

Soldados
Séquito Fúnebre Serviçais
Músicos

Ex: Túmulo da Rainha Shubad, esposa de Abargi, rei de Ur (cerca de 2.600 a.C)
 Escultura

5000 – 4000 a.C

Divindades Femininas

Formas Corpo de mulher


Híbridas cabeça de ave ou serpente

Manifestações Material Terracota


Mais Antigas - Corpo esguio
- Pernas juntas
Estilização - Mãos na cintura
- Área pubiana:
Triângulo com incisões

4000 – 3000 a.C.


Ídolos Assexuados

Demônios Corpo Humano


Cabeça de Leoa
Material Pedra

- Tendências Temática religiosa, político-apologética e retratos


Principais Ausência de escultura monumental

- Representações mais comuns

Orantes / Homem / Mulher / Casal em atitude de prece e adoração


Adorantes perante Deus

Crença Suméria: Os homens


- Base deveriam fazer preces constantes
Religiosa aos deuses para alcançar
prosperidade e vida longa

- Finalidades / Funções:

 Substituir o devoto no templo


 Tornar-se um intermediário permanente perante a divindade
 Perpetuar a presença do fiel
 Dotar o templo de uma “população” perene de notáveis da cidade: Reis,
Sacerdotes, Governadores...
-Descrição / Características Formais:

 Postura contrita Respeitosa /Altiva


De pé (mais frequentemente)
 Posições Sentado (menos comum)
Ajoelhado (raro)

 Rosto - Realismo
- Expressividade

 Corpo - Geometrizado
- Estatismo / Rigidez

 Traje - Kaunaques Saiotes de lã de carneiro


- Túnica Ombro direito livre (neo-sumeriano)

- Olhar fixo - Temor


 Olhos - Hipnótico - Respeito
- Arregalado - Obediência

 Sobranchelhas - Fortemente marcadas

- Devoção
 Boca - Lábios cerrados - Adoração
- Sorriso Esboçado - Beatitude

- Convicção
 Mãos entrelaçadas - Fé
- Humildade
- Súplica

- Técnicas / Materiais

 Pedra Macias Calcário, Alabastro


Duras Diorito, Esteatite, Dolerito

 Bronze Revestido em folhas de ouro

Betume Sobrancelhas
Pupilas

 Incrustrações Lápis-Lazuli Pupilas


Nácar Esclerótica
(Madrepérola)

Adorantes de Guedéia – Patesi


- Período Neo-Sumeriano de Lagash
(cerca de 2150 a.C)
Rosto mais realista (Acabamento melhor)

 Olhar menos fixo


 Mais humanizado
 Mais profano

 Cabeças grandes / desproporcionais

Dois
Sentados Trapézios
 Corpo mais compacto Rebatidos
Fechado / Geometrizado De pé Forma
Cilíndrica
 Com inscrição ou Anepígrafas

- Outras representações escultóricas

 Deuses / Deusas

 Portadores Vasos Libações
de oferendas Carneiros Sacrifícios

 Relevos

Religiosa
 Funções Política
Funerária

Argila Terracota
 Materiais Tijolos esmaltados
Pedra
Bronze / ouro

 Tipos / Suportes:

 Tabuletas

 Placas quadrangulares, em argila com orifício central


 Função ritual
 Cenas: Reis /Sacerdotes Libações / Sacrifícios (às vezes cm inscrições
cuneiformes)
Ex: Tabuleta do Rei Ur-Nina, Lagash – 2875 a.C.
 Assunto: construção do templo e banquete comemorativo
 Ex: Tabuleta Suméria, Lagash – cerca de 2500 a.C
 Assunto: oferenda / libação a uma divindade

 Aspectos Plásticos
 Divisão em faixas horizontais
 Lei da frontalidade
 Perspectiva hierárquica
 Estelas

 Lápides compridas, em pedra (Basalto, Arenito, Grés...)


 Inscrições cuneiformes
 Função comemorativa e funerária
 Cenas: grandes feitos do rei (sobretudo bélicos)
Ex: Estela dos Abutres (fragmento), vitória do rei de Lagash sobre a cidade de uma –
cerca de 2500 a.C.

Registros horizontais
Perspectiva hierárquica
Lei da frontalidade
Temática militar e bélica: tendência marcante da escultura mesopotâmica
Ex: Estela de Naramsin, rei da Acádia (2250 a.C)

Originalidade na distribuição do espaço: abandono dos registros horizontais e


distribuição das figuras em movimento ascendente, espiralado.
Ex: Estela de Hamurabi (código de Hamurabi) – 1750 a.C.

Anatomia mais elaborada

 Kudurros
 Contribuição dos cassitas
 Blocos retangulares, em pedra, com figura, símbolos e inscrições
 Função: marcos simbólicos guardados nos templos, espécies de contratos registrando
doações de terras feitas pelos reis a sacerdotes, templos ou particulares
 Longas inscrições:
 Cláusulas da concessão
 Localização e limites
 Invocação de deuses como testemunhas
 Maldições e esconjuros aos que não respeitassem
 Sentido misterioso / indecifrável
 Criptogramas: imagens do rei, dos deuses, animais fantásticos, simbologia astral
(círculos, estrelas, crescentes, sóis)
Ex: Kudurru de Melishuhu
1200 a.C.

- Os baixo-relevos parietais
- Grande Manifestação Escultórica da Arte Mesopotâmica
Assíria

Apogeu com os Assírios Montanhas

Pedra

- Suportes

Paredes

 Pórticos Locais muito visíveis


 Avenida processional Grande circulação de
 Palácios pessoas

- Temática: violenta / bélica / agressiva

 Guerras batalhas, desfiles militares, execuções, matanças, torturas, suplícios,


trabalhos forçados, esquartejamentos, atos de submissão, prisioneiros (verdadeiro
noticiário de um correspondente de guerra)
 Caçadas (cenas cinegéticas) o rei ou o príncipe caçando, animais feridos,
arqueiros...
 Rituais Ritos Propiciatórios: fecundação da terra, boas colheitas, chuvas em tempo
de seca, fecundação do pólen das palmeiras...
 Cenas Áulicas Festins, banquetes, o rei e a família...
A mulher raramente era retratada. As representações femininas restrigem-se às
divindades.

- Funções / Finalidades
 Assírios criação do mais grandioso aparelho militar até então
conhecido
 Nova modalidade de imperialismo:
 Expansionismo militar
 Conquista e incorporação de territórios
 Controle das rotas de comércio
 Acesso às matérias-primas
 Obtenção de mãos-de-obra: escravização de povos vencidos
 Espoliações e cobranças de tributos e impostos
Poderio militar
 Eficiência desta máquina +
Política de terror

 Arte

 Instrumento visual de exaltação do Rei-Conquistador


 Propaganda imperial: versão oficial das façanhas reais
 Ideologia terrorista para provocar submissão passiva por parte dos
Estados vencidos
 Impressionar e intimidar com o poderio, a truculência e a glória do
rei.
- Aspectos Plásticos / Formais

 Persistência dos registros horizontais, da lei da frontalidade e da perspectiva


hierárquica
 Hierarquização de todos os elementos: assuntos, figuras...
 Registros horizontais sobrepostos para sugerir profundidade
 Recurso principal: sucessão de figuras alinhadas num mesmo plano filas
 Outra solução: o rei no centro dividindo o registro em dois
 Noção mais elaborada de profundidade através do poder de síntese: redução de
personagens / sobreposição de figuras /elementos em série
 Inscrições cuneiformes elucidativas
 Estereotipação não há individualização de fisionomias. Todos têm o mesmo rosto.
A distinção é feita através de atributos e inscrições.
 O rei é sempre maior, mais forte e majestoso que os demais. Atributos principal: Mitra
truncada
 Realismo tudo muito real e convincente
 Fidelidade anatômica: preocupação com detalhes de músculos, tendões, veias...
Representação correta das falanges dos dedos (pés e mãos)
 Preocupação também com as minúcias de trajes, armas, jóias, cabelos, barbas, patas e
crinas de animais, carros de combate.
 Formalismo excessivo sobretudo em relação ao rei: impor respeito e distanciamento.
Figuras hirtas / rígidas / formais / solenes.
 Menos rigidez que relevos egípcios Movimento / ação
 Realismo dramático Expressividade e vigor. As figuras parecem saltar do plano
 Animais representados com mais liberdade.

- Exemplos de baixos-relevos parietais

 Assurnazirpal e Gênio Palácio de Kalakl


Alado Assurnazirpal
 Cenas de guerra e de caça Séc. IX a.C

 Sargão II Palácio de Korsabad


 Príncipe caçando Sargão II
 Cenas de submissão Século VIII a.C.

 Cenas de guerra Palácio de Nínive


 Prisioneiros Senaqueribe
 Trabalhos forçados Séc. VIII a.C

 Leoa ferida
 Cenas de caça Palácio de Nínive
 Assurbanipal em seu carro Assurbanipal
 Descanso sob parreira Séc. VII a.C

- Exemplo de Relevo em Bronze:


 Portas da Cidade de Balawat – Assíria, séc. IX a.C
(Reinado de Shalmaneser, 858 a 824 a.C)
 Incavo
- Selos cilíndricos / cilindros-selos

 Descrição: BASTÃO DE PEDRA (calcário, alabastro, estcatita, ardósia), CILÍNDRICO,


MEDINDO4 a 5 cm, COM GRAVURAS E INSCRIÇÕES INCAVAS (feitas em negativo).
AO SEREM DESLIZADOS, COM PRESSÃO, SOBRE A ARGILA FRESCA, DEIXAVAM UM
“RASTRO” EM RELEVO (positivo).
 Os primeiros eram planos ou ligeiramente convexos
 Uma volta imagem completa
 Voltas contínuas repetição infinita

- Surgimento / uso

 Os mais antigos datam de 4000 a.C.


 Uso contínuo por mais de 3000 anos, até domínio persa, não só por reis e
sacerdotes, mas também por pessoas comuns: agricultores, padeiros, cervejeiros,
tecelões...

- Funções / Finalidades

No início eram usados como


1º) Amuleto amuleto e as marcas deixadas
tinham o mesmo poder que a matriz

Como símbolos protetores


2º) Amuleto / Sinete das posses e como marcas
individuais e propriedade

Com o deselvolvimento da escrita


3º) Assinatura passam a substituir assinaturas em leis,
Inventários, correspondências, textos literários...

- Temas

 Significado hermético / misterioso


 Nos mais antigos: cenas míticas, reia, serpentes...
 Em geral o proprietário do selo é apresentado por seu deus protetor a outra divindade
 Figuras humanas, masculinas ou femininas, usando atributos heráldicos e religiosos:
cetros, mitras, chifres...
 Animais: serpentes, touros, cabras, onagros (burros selvagens)
 Simbolismo astral: estrelas, crescentes...

- Recursos plásticos / tratamento formal

 Mesmos recursos plásticos e gráficos dos baixos-relevos parietais:


 Lei da Frontalidade (pode aparecer figuras de frente)
 Às vezes disposição em registros horizontais e inscrições cuneiformes
 Tratamento miniaturizado
 Figuras relativamente detalhadas se for considerado o espaço reduzido

Ex: Sinete da Tentação


(Suméria – cerca de 3000 a.C.)
 Pintura

 Técnica / materiais Pintura mural (têmpera /argila)


 Temas Bélicos / Religiosos / Mitológicos
 Recursos plásticos / Formais
 Registros horizontais
 Lei da frontalidade
 Perspectiva Hierárquica
- Exemplos raríssimos:

 Pinturas do Palácio de Mari – Síria


Cerca de 4000 a.C.

 Pintura do Palácio de Til – Baraip – Síria


Séc. VIII a.C.
Bibliografia: Arte Mesopotâmica

BAUMGART, F. antigo Oriente. In: Breve História da Arte. São Paulo: Martins Fontes.
1999. p. 25-34.

EZQUERRA, Jaime Alvar. A arte mesopotâmica e persa. Coleção Saber Ver. São Paulo:
Martins Fontes, 1991.

EYDOUX, Henri-Paul. Os Homens que Construíram a Torre de Babel. In: Os últimos


mistérios do mundo. Lisboa: Seleções do Reader’s Digest. 1979. p. 168-178

GARBINI, Giovanni. Mundo Antigo. In: O mundo da arte. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Expressão e Cultura. 1979.

GOMBRICH, E.H. Arte para a eternidade: Egito, Mesopotâmia e Creta. In: A História da
Arte. 16ª ed. Rio de Janeiro: LTC. 1999. p. 55-73.

HAUSER,A. A Mesopotâmia. In: História Social da Literatura e da Arte. São Paulo:


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