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REGIMENTO INTERNO

Mesa Diretora Eleição


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MESA DIRETORA ELEIÇÃO

Mesa Diretora

A mesa diretora é um órgão diretor colegiado que possui a importante missão de condu-
zir os trabalhos legislativos, bem como dirigir os serviços administrativos da Câmara. Esse
órgão é chamado de colegiado, porque é constituído por uma pluralidade de membros, sendo
divididos em duas esferas:

• Presidência
– Presidente;
– 1º Vice-presidente;
– 2º Vice-presidente;
– 3º Vice-presidente.

• Secretaria
– 1º Secretário;
– 2º Secretário;
– 3º Secretário.

Composição da Mesa e “PPP”

Aqui, tem-se um dos princípios norteadores de qualquer casa legislativa – Câmara dos
Deputados, Senado Federal, Assembleias Legislativas, Câmara Municipal de Vereadores etc
– e, em sala de aula, pode ser chamado de PPP: princípio da proporcionalidade partidária.
Em outras palavras, quanto maior o número de deputados que o partido possuir, ou bloco
parlamentar, maior a ocupação dos espaços por esse partido ou bloco parlamentar na casa,
em especial os espaços na mesa diretora e nas eleições. Esse princípio é exposto no pará-
grafo abaixo:

§ 1º A composição da Mesa da Assembleia atenderá, tanto quanto possível, à representação pro-


porcional dos partidos com assento na Assembleia Legislativa.
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A expressão “tanto quanto possível”, utilizada acima, foi determinada pelo Supremo e
significa tanto quanto possível dentro da aritmética, porque no momento em que se faz a
distribuição das vagas, observando a proporcionalidade, pode-se obter números fracionários.

Eleições da Mesa do 1º e 2º Biênio

É sabido que a legislatura tem uma duração de 4 anos e que, em cada uma delas, haverá
duas mesas diretoras. Logo, cada mesa diretora permanecerá por um período de 2 anos, o
chamado biênio. Assim, existe eleição para mesa diretora do primeiro biênio antes da pri-
meira sessão legislativa ordinária e para a mesa diretora do segundo biênio antes da terceira
sessão legislativa ordinária, como exposto a seguir:

§ 2º A eleição da Mesa da Assembleia para o 2º biênio dar-se-á em reunião especial, na primeira


quinzena do mês de dezembro da 2ª sessão legislativa ordinária. Posse: no início da 3ª sessão
legislativa ordinária.

Com relação à mesa diretora do primeiro biênio, no dia 1º de fevereiro ocorre a sessão
preparatória para a posse dos deputados estaduais, a instalação da legislatura e da primeira
sessão legislativa e, logo após, a eleição da mesa diretora para o primeiro biênio.
Em sequência, após a permanência de dois anos da primeira mesa diretora, a segunda
mesa diretora toma posse no início da terceira sessão legislativa ordinária. Mas a eleição
para a mesa do segundo biênio é feita, em dezembro, na segunda sessão legislativa ordiná-
ria, de modo que ambas as mesas tenham uma permanência exatamente igual, de dois anos.
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Necessidade de Mesa Empossada para Deliberação

A mesa diretora, como dito inicialmente, é o órgão que vai dirigir os trabalhos legisla-
tivos da casa e as deliberações que, por sua vez, são procedimentos da atividade legisla-
tiva. Desse modo, só poderá haver deliberação se houver uma mesa diretora devidamente
empossada, como explicitado no artigo do regimento interno:

§ 4º A Assembleia Legislativa não deliberará sobre qualquer assunto no início da 1ª e da 3ª ses-


sões legislativas ordinárias, enquanto não empossados os membros da Mesa da Assembleia elei-
tos para o respectivo biênio.
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DETALHES DA ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA

Um tema muito interessante e discutido é a possibilidade de um membro da mesa ser


reeleito no biênio subsequente. Nesse sentido, de acordo com o regimento interno, o man-
dato da mesa diretora é de 2 anos e há a vedação de reeleição, logo, um mesmo membro
não pode permanecer por dois biênios em sequência. A recondução só é possível, portanto,
se ocorrer de uma legislatura para outra – embora não conste no RI/ALMG, sendo uma
Norma de Reprodução Obrigatória e Jurisprudência do STF.
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Isso acontece, porque cada estado da federação possui sua Constituição, logo, o Poder
Constituinte originário elaborou e promulgou a Constituição Federal. Assim, emanam dois
poderes constituintes: o poder constituinte derivado reformador e o poder constituinte deri-
vado decorrente. O primeiro é aquele que pode alterar a Constituição Federal por meio das
emendas, enquanto o segundo propricia que os estados tenham sua própria Constituição.
As Constituições Estaduais, então, têm algumas normas que são da Constituição Fede-
ral. Sendo assim, há algumas normas que são de reprodução obrigatória nas Constituições
Estaduais de acordo com a observância do princípio da simetria: se está na CF, obrigatoria-
mente se reproduz na Constituição do estado.
Uma dessas normas, que se reproduzem em ambas as Constituições, é a que trata do
mandato da mesa diretora da Assembleia Legislativa. A CF dispõe que as mesas diretoras
das casas legislativas terão mandato de 2 anos com reeleição vedada para o período ime-
diatamente subsequente. Sendo assim, ainda que isso não esteja expresso no regimento
interno da ALMG, essa regra deve ser considerada.
Uma outra dúvida possível é: em se tratando de legislaturas diferentes, o presidente atual
da assembleia, que finaliza a legislatura em questão, se for eleito, pode conduzir a legislatura
subsequente? Uma vez que se trata de um período cronologicamente imediato, a resposta é
positiva, observando-se um princípio chamado de “unidade de legislatura”, a partir do julga-
mento da ADI 6524 de 2020.
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Da Eleição da Mesa Diretora

VOTAÇÃO NOMINAL

O processo de votação nominal, durante a eleição da mesa diretora, deve contar com:
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I. registro, individual ou por chapa, até duas horas antes da reunião destinada à eleição
dos candidatos indicados pelas bancadas ou por blocos parlamentares aos cargos que lhes
tenham sido atribuídos, de acordo com o princípio da representação proporcional, ou de can-
didatos avulsos;
II. presença da maioria absoluta (calculada sobre o total de membros da casa. Sendo
assim, metade de 77 parlamentares, totalizando 39 obrigatórios) dos membros da Assem-
bleia Legislativa;
IV. realização da eleição para cada cargo;
O quórum exigido na eleição para presidente da mesa é:

• 1º Turno: maioria absoluta;


• 2º Turno: maioria simples.

O primeiro a ser eleito, então, é o presidente. O regimento estabelece que será eleito
o candidato que tiver a maioria absoluta de votos, ou seja, que tiver 39 ou mais votos. Se
nenhum dos candidatos obteve essa maioria absoluta, realiza-se um segundo turno com os
dois mais votados e, nesse caso, o mais votado é eleito.
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Já o quórum exigido para a eleição dos demais membros da mesa diretora é de, somente,
maioria simples, logo, não há necessidade de fazer dois turnos, o mais votado está automa-
ticamente eleito. Em caso de empate, o candidato mais idoso é considerado o eleito.

VACÂNCIA NA MESA

Eleição em 10 dias

Caso, ainda, houver vacância na mesa, a regra pede uma nova eleição, porém, pode ser
que não seja necessário, como discorrido no artigo 11:

Art. 11. Ocorrendo vaga na Mesa, seu preenchimento far-se-á por eleição, dentro de dez dias,
como primeiro ato da Ordem do Dia, exceto para o cargo de Presidente, quando a vaga ocorrer
após 30 de novembro do segundo ano do mandato da Mesa, caso em que esta será ocupada pelo
sucessor regimental.
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A regra, portanto, é simples: se houver vacância na mesa, convoca-se uma nova eleição,
com a exceção de que, se a vacância ocorrer no cargo de presidente e, ainda, ocorrer após
30 de novembro do segundo ano, ou seja, próximo da finalização do mandato, é o primeiro
vice-presidente quem assume o cargo.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Mário Elesbão.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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