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Unidade 5 - Comissões....................................................................................57
Este primeiro módulo tem por objetivo oferecer os elementos introdutórios ao curso.
Veremos aqui os principais conceitos e etapas que compõem o processo legislativo,
bem como informações sobre posse e eleição da Mesa, fases das sessões e tudo o que
se refere a votação.
Na eleição de 2002, com posse em fevereiro de 2003, a renovação foi de 2/3, com 54
senadores eleitos.
Na eleição de 2006, com posse em fevereiro de 2007, a renovação foi de 1/3, com 27
senadores eleitos.
Na eleição de 2010, com posse em fevereiro de 2011, a renovação foi de 2/3, com 54
novos senadores eleitos.
Para refletir: Falando em tempo, que tal um tempinho para refletir? Um terço, dois
terços: por que a renovação do Senado não acontece de uma só vez?
Quadro-resumo
Para refletir: Então, se uma legislatura é um período de quatro anos, podemos, com
certeza, dizer que cada legislatura tem quatro sessões legislativas ordinárias, mas
nunca podemos afirmar quantas sessões legislativas extraordinárias haverá numa
legislatura. Certo? É isso mesmo.
A partir da Emenda Constitucional (EC) nº 50, de 2006, para que o Congresso Nacional
seja convocado em caso de vigência de interesse público relevante, por iniciativa tanto
do Presidente da República como dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal, é necessário que haja aprovação da maioria absoluta de cada
uma das Casas do Congresso Nacional (artigo 57, § 6º, II).
Unidade 2 - Sessão Plenária
Sessão plenária é cada unidade de trabalho, a cada dia. Às vezes, no mesmo dia,
podemos ter mais de uma sessão do Senado. Ou, então, uma sessão plenária do
Senado e outra, conjunta do Congresso Nacional. Então, sessão plenária é cada
unidade de trabalho.
3. especiais
Em uma sessão legislativa, seja ordinária (um ano de trabalhos), seja extraordinária,
podem acontecer várias sessões plenárias deliberativas (ordinárias ou extraordinárias),
não deliberativas e especiais. Podem acontecer também sessões conjuntas do
Congresso.
Para refletir: Qual é a diferença entre sessão legislativa ordinária e sessão deliberativa
ordinária?
Resumo
1. Sessão Legislativa
b) Não deliberativa
c) Especial
3. Sessão Plenária do Congresso Nacional
a) Conjunta
Para tratar de interesse particular, o titular só pode tirar licença por mais de 120 dias,
desde que não seja na mesma sessão legislativa.
O suplente também assume nos casos de vaga por falecimento, renúncia ou perda de
mandato do titular. Ou, ainda, nos casos de afastamento do titular para ocupar cargo
de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do DF, de
Território, de Prefeitura de Capital ou, então, de Chefe de Missão Diplomática
Temporária.
Nos casos de vaga ou de afastamento para assumir esses outros cargos, o suplente
tem o prazo de 60 dias para assumir o exercício do mandato, prazo esse que poderá
ser prorrogado por motivo justificado, a requerimento dele próprio, por mais 30 dias.
Se dentro desse prazo o suplente não tomar posse nem requerer sua prorrogação,
também é considerado que tenha renunciado ao mandato e se convocará o segundo
suplente, que, em qualquer hipótese, terá 30 dias para prestar o compromisso.
Por renúncia;
Deve renunciar a um dos cargos o Senador que for eleito para mais de um cargo ou
mandato público eletivo, conforme preceitua a Constituição. Ele vai ter que renunciar a
um deles. Exemplo: é frequente a eleição de Senadores para Governos estaduais. Para
ser empossado Governador, o Senador deverá renunciar a seu mandato no Senado
Federal.
Observações importantes:
1. Desde a diplomação:
2. Desde a posse:
a primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos novos Senadores;
Para a apuração dos votos, o Presidente fará a separação das cédulas referentes ao
mesmo cargo, lendo-as em seguida, uma a uma, e passando-as ao Segundo-
Secretário, que anotará o resultado.
O painel eletrônico de votação no plenário, por preservar o sigilo da eleição, vem sendo
utilizado nos casos em que haja candidato único disputando a vaga.
A eleição é para a Mesa. É ela que dirige os trabalhos do Senado por dois anos. A
Comissão Diretora é composta pelos mesmos Membros da Mesa. Ela dirige as
atividades administrativas da Casa.
Quadro-Resumo
2. Não deliberativas;
3. Especiais.
No Congresso:
1. Conjuntas;
Não deliberativa
Especial
Conjunta
Período do Expediente;
Ordem do Dia; e
Para refletir: Quanto às sessões especiais, podem ser divididas? A resposta é não, elas
destinam-se apenas à homenagem estabelecida.
Período do Expediente
Ordem do Dia
Período do Expediente;
Ordem do Dia; e
Agora você irá compreender melhor o que acontece em cada uma das FASES DAS
SESSÕES.
PERÍODO DO EXPEDIENTE
Nas sessões deliberativas ordinárias, esse período dura 120 minutos, contados a
partir do real início da sessão. É destinado à leitura do expediente pelo Primeiro-
Secretário, na íntegra ou em resumo, e aos oradores inscritos, que têm até 10 minutos
para fazer seu pronunciamento, sendo permitidos apartes.
O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma única vez, para
que o orador conclua seu pronunciamento, caso não tenha esgotado o tempo de que
disponha, após o que a Ordem do Dia terá início impreterivelmente. Caso haja matéria
a ser deliberada que esteja tramitando no rito de urgência urgentíssima (artigo 336, I -
Regimento Interno do Senado Federal), não serão permitidos oradores no Período do
Expediente. Esse tempo também pode ser destinado a homenagens.
Nas sessões deliberativas extraordinárias, esse período dura 30 minutos, e só
haverá oradores caso não haja número para as deliberações da Ordem do Dia. No
Congresso, o Expediente dura trinta minutos e é destinado à leitura do expediente
pelo Primeiro-Secretário e aos oradores inscritos, que poderão usar da palavra pelo
prazo máximo de cinco minutos.
No Senado
matérias da pauta anterior que não foram deliberadas sobre outras dos grupos a
que pertencem.
Apesar de o Regimento dispor sobre a sequência das matérias, essa ordem pode ser
alterada por requerimento assinado por qualquer Senador, solicitando inversão da
pauta, apresentado e votado antes de se iniciar a Ordem do Dia. Depois desta iniciada,
a sequência ainda pode ser alterada por requerimento de preferência de um item sobre
outro, assinado por qualquer Senador e aprovado pelo Plenário.
São lidos no Período do Expediente e votados após a Ordem do Dia da mesma sessão:
Os requerimentos de urgência, nos termos do artigo 336, II;
No Congresso
Tanto no Senado quanto nas sessões conjuntas, estando uma matéria em fase de
votação e não havendo quórum para as deliberações, passar-se-á à matéria que
estiver em discussão. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta de
quórum, a Presidência pode suspender a sessão por prazo não superior a 30 minutos
(no Congresso) ou a uma hora (no Senado) ou conceder a palavra a algum
parlamentar. Sobrevindo número para as deliberações, voltar-se-á às matérias,
interrompendo-se o orador que se encontra na tribuna.
Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será
destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e, havendo tempo,
pelos oradores inscritos, que no Senado, neste momento, dispõem de até vinte
minutos para seu pronunciamento.
Algumas votações são realizadas nesta fase da sessão no Senado. Alguns exemplos:
Uma sessão só não se realiza, no Senado, por falta de quórum, por deliberação do
Plenário, quando seu período de duração coincidir, mesmo que parcialmente, com o de
sessão conjunta do Congresso, ou por motivo de força maior, assim definido pela
Presidência da Casa.
No Congresso, ela não se realiza por falta de quórum ou por cancelamento por parte da
Presidência do Senado.
O Senado, nos sessenta dias que antecedem as eleições gerais, funciona de acordo
com o Regimento Comum, ou seja, suas sessões se realizam por convocação, como as
conjuntas do Congresso. Nesses dias, também o Período do Expediente ou a Ordem do
Dia podem ser dispensados, desde que ouvidas as lideranças.
Para refletir: Se a maior parte das sessões é pública, quer dizer que podemos divulgá-
las? Resposta: A divulgação das sessões por reportagem fotográfica no recinto, por
irradiação sonora ou por filmagem e transmissão em televisão, dependem de
autorização do Presidente do Senado.
Das sessões será elaborada ata circunstanciada, que constará do Diário do Senado
Federal, tanto durante as sessões legislativas ordinárias como nas extraordinárias. Nos
períodos de recesso, haverá publicação sempre que houver matéria que assim
justifique.
acordos de paz;
declaração de guerra;
Antes de a sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de debate e
votação, por maioria simples, se deseja que seja divulgado o nome do requerente e o
assunto tratado.
Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será objeto de
debates em sessão pública.
As atas das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário, assinadas pelo
Presidente e pelos Primeiro e Segundo-Secretários, colocadas em sobrecarta
(envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes de a sessão voltar a ser
pública, a ata é votada com qualquer número.
Nas votações simbólicas, se algum Senador não concordar ou se tiver dúvida a respeito
do resultado, pode pedir, com o apoiamento de outros três Senadores, verificação da
votação. E a votação, que havia sido feita simbolicamente, passa agora a ser realizada
pelo painel eletrônico, nominalmente, para justamente verificar se o resultado
anteriormente anunciado corresponde à realidade.
Uma outra forma de uma matéria que deveria ser votada simbolicamente ser votada
nominalmente é através de requerimento pedindo sua votação nominal. Este deve ser
apresentado e votado antes de se passar à votação da matéria em si. Se aprovado, ela
não será submetida à votação simbólica, mas será realizada diretamente por processo
nominal.
Assim, os processos simbólico e nominal (no painel ou por chamada) de votação são
utilizados para votações ostensivas, ou seja, para as votações públicas.
Já nas votações secretas só se pode utilizar o sistema nominal, quer no painel, quer
por esferas, ou em cédulas, nas eleições. A diferença é que, nas votações públicas,
aparecem, no painel eletrônico, o nome do votante, seu voto e o resultado total da
votação. Nas votações secretas, aparecem tão somente o nome do votante e o
resultado total. Não aparece a qualidade do voto.
A norma geral é que as sessões sejam públicas e as votações também. Mas numa
sessão pública pode haver votação pública ou votação secreta. E numa sessão secreta
pode haver votação secreta ou votação ostensiva (pública). Depende da matéria que
está sendo deliberada.
Resumindo:
As sessões:
a. São públicas, como regra, podendo também ser secretas, se assim deliberar o
Plenário (mediante proposta da Presidência ou de líder, prefixando-lhe a data).
. acordos de paz;
. declaração de guerra;
I. Ostensivas (públicas)
a. Simbólica
b. Nominal
II. Secretas
a. Eletrônica
Referência: Regimento Interno do Senado Federal - artigos 182 a 186; 190 a 198; 201
a 208; 289 a 298; 383 a 385.
QUORUM DE VOTAÇÃO
Veremos aqui, segundo a Constituição, que as deliberações de cada uma das Casas do
Congresso e de suas comissões são tomadas por maioria de votos, presente a maioria
absoluta dos membros, salvo se dispuser em contrário. E o Regimento do Senado ou o
Regimento Comum também especificam:
Veto presidencial (em sessão conjunta do para ser rejeitado (41 no Senado;
Congresso) exige maioria absoluta de votos 257 na Câmara dos Deputados)
"'não" em cada uma das Casas para ser
derrubado, ou seja, para ser rejeitado
Referências:
a. Constituição Federal - artigos 47, 51, 52, 2º e 4º; 53, §§ 7º e 8º; 55, § 2º e 3º;
60, § 2º; 61; 66, § 4º; 67; 69; 77; 101;103-B; 128, § 1º, 2º e 4º;130-A; 136,
§ 4º; 137; 155, § 2º, IV e V, "a" e "b"; 167, III; 223.
b. Regimento Interno do Senado Federal - artigos 212; 243; 288; 393; 394.
Objetivos:
PROJETO DE LEI
Vamos começar pelas matérias que tramitam em Casas separadas. Nosso primeiro
assunto são os projetos de lei. (As medidas provisórias serão objeto da UNIDADE 6)
Os projetos de lei que têm origem no Senado - os Projetos de Lei do Senado (PLS) - e
os projetos de lei que se originam na Câmara e vêm à revisão do Senado - os Projetos
de Lei da Câmara (PLC) - podem ser de lei ordinária ou de lei complementar. A
Constituição Federal explicita que dispositivos precisam ser complementados por um
tipo ou outro de lei. Na forma, sua maior diferença é o quórum de aprovação:
Uma vez emitido o parecer da Comissão, o projeto é enviado à Mesa para leitura no
Período do Expediente, quando é numerado e tem início o prazo de cinco dias úteis
para recebimento de emendas. Caso não existam emendas, o projeto está pronto para
ser incluído na Ordem do Dia, a fim de ser discutido e votado em turno único. Se
receber emenda, o projeto volta à Comissão ou às Comissões pelo prazo de quinze dias
úteis (se houver mais de uma Comissão a se manifestar, o prazo corre em conjunto)
para receber parecer sobre essas emendas. Dado o parecer, a matéria volta à Mesa
para leitura e pode, a partir daí ser incluída na Ordem do Dia. Se o projeto for
aprovado sem alteração ou com alteração somente de redação, ele vai à sanção do
Presidente da República. Caso sofra alteração de mérito, essa alteração volta à Câmara
para análise.
Esgotado o prazo de quarenta e cinco dias sem que haja deliberação sobre o projeto,
quer numa Casa, quer noutra, a proposição é incluída na Ordem do Dia, sobrestando-
se a deliberação quanto aos demais assuntos (exceção feita às medidas provisórias,
que têm precedência) até que se ultime sua votação, que se dará por maioria simples,
se for projeto de lei ordinária, ou por maioria absoluta, se for de lei complementar.
Se não receber emendas, ou após a leitura do parecer sobre as que tiver recebido, a
matéria encontra-se pronta para ser agendada na Ordem do Dia.
A Comissão, nesse caso em que tem poder terminativo, vota não o parecer, mas o
próprio projeto. Ela decide sobre a matéria e comunica o fato ao Presidente da Casa,
que dará ciência ao Plenário. Terá início, então, o prazo de cinco dias úteis para que
1/10 dos Senadores (nove) possa apresentar recurso, no sentido de que a matéria
venha a ser apreciada pelo Plenário, acabando, desta forma, com o poder terminativo
da Comissão. Se não receber recurso, a matéria vai diretamente à Câmara, para que
aquela Casa faça revisão. Se receber recurso, tem início o prazo de cinco dias úteis
para encaminhamento de emendas à Mesa. Sem emendas, a matéria está pronta para
a Ordem do Dia. Com emendas, volta para a Comissão, para parecer sobre elas, como
em todos os outros casos que já estudamos. Dado o parecer pela Comissão, lido e
numerado em plenário, o projeto está pronto para a Ordem do Dia, quando é discutido
e votado em turno único, necessitando apenas de quórum de maioria simples para sua
aprovação. Aprovado, vai à Câmara dos Deputados para revisão.
PROJETO DE CÓDIGO
Os códigos são leis ordinárias e, como tais, são tratados por meio de projetos de lei
que, uma vez aprovados em ambas as Casas, são enviados à sanção do Presidente da
República. O projeto é lido no Período do Expediente de uma sessão, oportunidade em
que o Presidente designará uma comissão temporária composta de onze membros para
seu estudo e fixará o calendário de sua tramitação.
Essa comissão temporária se reúne primeiramente para eleger seu Presidente e Vice-
Presidente, sendo, em seguida, designado um relator-geral e tantos relatores parciais
quantos necessários. Ao projeto principal são anexados os outros que se encontrem em
tramitação e que envolvam a mesma matéria. As emendas são apresentadas perante a
comissão, que deve emitir parecer sobre todos os projetos e emendas.
O interstício é contado por sessões ordinárias ou por dias úteis, conforme determinam
os regimentos internos de cada Casa (exemplo: é de três dias úteis, no Senado, e de
duas sessões, na Câmara, o interstício entre a distribuição de avulsos dos pareceres
das comissões e o início da discussão ou votação correspondente).
Referências:
Constituição Federal - artigos 48; 58, § 2º, I; 59; 61; 65 a 67; 69.
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 90; 91; 92; 97 a 104; 118 a 122; 126;
127; 129 a 133; 136;137; 211; 213; 236 a 240; 243 a 246; 249; 250; 280; 328 a
331; 374.
Regimento Comum do Congresso Nacional – artigos 134; 136 a 140; 142; 143.
Tanto o projeto que tem início no Senado quanto o que vem da Câmara é lido no
Período do Expediente da sessão e despachado a uma ou mais Comissões. Com
exceção do PDS sobre radiodifusão, em regime de urgência constitucional, os demais
PDS têm tramitação normal, a menos que recebam urgência através de requerimento,
como ademais pode acontecer com outras matérias.
Uma outra matéria que tramita na forma de PDS diz respeito ao artigo 49, XV:
autorizar referendo e convocar plebiscito. A Lei nº 9.709, de 18.11.98, dispõe que para
dar início a esse projeto é necessário que 1/3 dos Senadores o assinem. Quanto às
demais etapas de tramitação, equivale a um outro PDS em rito normal, com aprovação
por maioria simples.
Há outros casos de PDS, como, por exemplo, o destinado a sustar atos do Poder
Executivo (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, artigo 49, V). Depois de submetido à Comissão
competente que emitirá parecer sobre a matéria, esse parecer será lido em Plenário,
numerado e publicado no DSF e em avulsos. A seguir, tem início o prazo de cinco dias
úteis para que a Mesa receba emendas. Se não houver emendas, o projeto está pronto
para agendamento na Ordem do Dia. Caso sejam apresentadas emendas, as
Comissões deverão apresentar parecer. Depois que o parecer tenha sido emitido, lido,
numerado e publicado, observado o interstício regimental de três dias úteis entre sua
publicação e o início da discussão da matéria, o projeto pode ser incluído na Ordem do
Dia.
Referências:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 211; 213; 280; 281; 288, IV; 294;
375; 376.
Como toda matéria que tramita em rito terminativo, uma vez aprovada pela
Comissão, seu Presidente comunica o fato, através de ofício, ao Presidente da
Casa, que dá ciência ao Plenário, no Período do Expediente. Inicia-se o prazo de
cinco dias úteis para interposição de recurso por 1/10 de Senadores. Se não
houver recurso, como a matéria é de competência privativa do Senado, o
Presidente da Casa promulga a resolução. Se houver recurso, a matéria ainda
deve ser apreciada pelo Plenário do Senado. Antes de ir a plenário, abre-se
prazo de cinco dias úteis para encaminhamento de emendas à Mesa. Sem
emendas, passado o interstício regimental, o projeto pode ir para a Ordem do
Dia. Com emendas, volta à CCJ para, só depois do parecer emitido, lido,
numerado e publicado, ser incluído na Ordem do Dia.
Em todos esses casos, o procedimento é o mesmo que para outro projeto de resolução
advindo de conclusão de parecer. Lido no Período do Expediente, é numerado e
publicado, ficando sobre a Mesa para recebimento de emendas durante cinco dias
úteis. Com emendas, o projeto volta à CAE para parecer antes de ser agendado. Sem
emendas, já estará pronto para o agendamento.
Ainda sobre matéria financeira, a CAE apresenta PRS dispondo sobre limites globais e
condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, DF e
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público
federal; ou dispondo sobre limites e condições para a concessão de garantia da União
em operações de crédito externo e interno; ou estabelecendo limites globais e
condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, DF e Municípios; ou,
ainda, fixando alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação
de quaisquer bens ou direitos.
Uma vez lido o projeto no Período do Expediente da Sessão, e tendo em vista já ser ele
da Comissão, inicia-se o prazo para encaminhamento de emendas à Mesa. O projeto
somente voltará à CAE, se receber emendas. Caso contrário, já está pronto para a
Ordem do Dia, respeitado o interstício regimental.
No Senado, vinte e sete Senadores, no mínimo, são autores de uma PEC. Se algum
Senador apuser sua assinatura e especificar que é para apoiamento, essa assinatura
não é computada como de autor. Significa que o Senador apoia a iniciativa de se
apresentar uma proposta para debater determinado assunto, mas que não quer ser
autor.
A PEC - quer de origem de Senador quer da Câmara dos Deputados - é lida no Período
do Expediente e despachada, individualmente, à Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania, que tem até trinta dias úteis para emitir seu parecer. Lá, seus membros
podem apresentar emendas. Caso a Comissão conclua seu parecer aprovando alguma
emenda, esta deverá conter também vinte e sete assinaturas.
Se houver redação final (em caso de ter tido alteração), a CCJ apresenta a redação
final no prazo de três dias, a qual será votada com qualquer número,
independentemente de sua publicação.
Se a PEC for de origem do Senado, vai à Câmara para revisão. Se for de origem da
Câmara e tiver sofrido alteração, volta àquela Casa. Se não tiver sofrido alteração no
Senado, o Presidente do Senado convoca sessão solene do Congresso Nacional, para
que as Mesas das duas Casas promulguem a emenda constitucional.
A matéria constante de PEC rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa. Uma outra limitação constitucional a
respeito deste assunto é a proibição de que seja apresentada PEC tendente a abolir a
forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação
dos Poderes e os direitos e garantias individuais, que constituem as cláusulas pétreas,
ou seja, aquelas que não podem ser modificadas por meio das formas secundárias de
alteração constitucional (emenda ou revisão). Apenas o poder constituinte originário
(uma nova Assembleia Constituinte) teria competência para tanto.
Referências:
adiamento da discussão;
adiamento da votação;
dispensa de discussão;
dispensa de interstício e prévia distribuição de avulsos para inclusão;
encerramento da discussão;
extinção de urgência;
homenagem de pesar;
preferências diversas;
reconstituição de proposição;
retificação de ata;
urgências;
verificação de votação;
votação nominal;
Referências:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 14, X, b; 75; 202, II; 214; 216; 218;
220; 221; 222; 235; 242; 279; 315; 336; 339 a 343; 397, I.
Regimento Comum do Congresso Nacional - artigos 23; 29; 39 a 42; 50.
G) INDICAÇÃO
Corresponde a uma sugestão de Senador ou Comissão para que o assunto nela
focalizado seja objeto de providência ou de estudo pelo órgão competente da Casa,
com a finalidade de seu esclarecimento ou de uma formulação de proposição
legislativa. Por exemplo: as alas do Senado receberam nome de Nilo Coelho, Alexandre
Costa, Teotônio Vilela, Rui Carneiro, Filinto Müller; o Pavilhão do Serviço Médico
recebeu o nome de Lourival Baptista. Foram feitas tais homenagens através de
indicações.
H) PARECER
Os pareceres que vimos até agora são instrumento de instrução de outra matéria, não
têm vida própria. Os pareceres que constituem proposição legislativa devem ser
discutidos e votados.
I) EMENDA
São proposições secundárias que não têm vida própria, pois estão vinculadas a uma
proposição principal. Por isso, seguem o rito, o quórum e o tipo de votação dessa
proposição principal.
nas Comissões;
perante a Mesa;
no Plenário.
A PEC recebe emendas na CCJ, por seus membros, e, no Plenário, por 1/3 dos
Senadores.
Referências:
A) VETO PRESIDENCIAL
Todos os projetos de lei, inclusive o de conversão de uma medida provisória, uma vez
aprovados pelo Poder Legislativo, são encaminhados ao Presidente da República para
sua manifestação. Este tem um prazo de até quinze dias úteis para manifestar-se, no
sentido do acordo (sanção) ou do desacordo (veto), que pode ser, neste último caso,
total ou parcial. Após o prazo mencionado, se o Presidente não se pronunciar, o projeto
de lei é considerado como tendo sido tacitamente sancionado (sanção tácita).
Entretanto, o veto deverá ser aposto em texto integral de artigo ou de parágrafo ou
item, e nunca sobre expressão.
A Constituição prevê prazo de trinta dias para que o Congresso decida sobre o veto,
que só pode ser rejeitado pela maioria absoluta de cada uma das Casas, em votação
aberta. Nesse caso, o Presidente do Senado comunicará o resultado da votação ao
Presidente da República, encaminhando-lhe o projeto para promulgação e publicação.
Se o veto, entretanto, não for apreciado pelo Congresso, em sessão conjunta, no prazo
de trinta dias, o § 6º do artigo 66 da Constituição determina que as demais matérias
sejam sobrestadas, tais como os projetos de lei sobre temas orçamentários (LDO, LOA,
PPA e créditos).
Se for de iniciativa das Mesas, o Presidente do Senado convoca sessão conjunta para
iniciar sua discussão e votação em turno único, podendo qualquer parlamentar
apresentar emendas em plenário, até o encerramento da discussão. Se tiver emendas,
o projeto volta às Mesas para parecer sobre elas. Havendo concordância das Mesas, o
parecer pode ser único, com relator único. Uma vez emitido parecer, a matéria estará
pronta para a Ordem do Dia, em fase de votação.
Se for de iniciativa de parlamentares, o projeto vai às Mesas para parecer, que poderá
ser único. Após publicação, o projeto pode entrar na Ordem do Dia, recebendo
emendas também durante a discussão. Se tiver emendas, volta às Mesas para parecer,
após o que retorna ao plenário em fase de votação.
Depois de aprovado o projeto, o Presidente do Senado (nesse caso, Presidente da Mesa
do Congresso Nacional) promulga a resolução decorrente.
Referências:
C) MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA
Ainda são tratados em sessão conjunta do Congresso Nacional os projetos de lei
referentes à matéria orçamentária:
Assim, o projeto de PPA tem que estar no Congresso até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato do Presidente da República
(31 de agosto) e deve ser devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa ordinária (22 de dezembro) correspondente. O PPA tem vigência de quatro
anos. No primeiro ano de mandato, o Presidente da República trabalha com o Plano
Plurianual do Presidente anterior e encaminha ao Congresso o seu próprio plano, que
vigorará durante os restantes três anos de seu mandato e durante o primeiro ano do
mandato do Presidente subsequente.
A LDO é uma lei que vigora durante um ano. O projeto deve ser encaminhado ao
Congresso até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de
abril), e o Congresso o devolve para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa ordinária (17 de julho). Se o Congresso não deliberar sobre a
matéria até essa data, a sessão legislativa não é interrompida, ou seja, não há recesso
parlamentar até que se ultime a deliberação.
A LOA também é uma lei de vigência anual. O projeto correspondente deve ser
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de
agosto) e devolvido à sanção até o encerramento da sessão legislativa ordinária (22 de
dezembro).
Quanto aos créditos adicionais, o prazo-limite para que o Poder Executivo os envie ao
Congresso é estipulado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A votação do projeto de lei é feita nos termos do parecer que vier da CMO, sendo ele
conclusivo e final com respeito às emendas, salvo requerimento para que elas sejam
submetidas ao Plenário do Congresso, devendo tal requerimento ser assinado por no
mínimo 1/10 de congressistas (60 assinaturas) e apresentado à Mesa do Congresso até
o dia anterior ao estabelecido para a discussão da matéria em plenário.
A CMO ainda examina as contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, que inclui,
além das suas, as dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do
Poder Judiciário (STF, STJ, Tribunais Regionais Federais, Tribunais do Trabalho,
Tribunais Eleitorais, Tribunais Militares e as contas do Chefe do Ministério Público).
Uma vez editada pelo Presidente da República e publicada no Diário Oficial da União, a
Presidência da Mesa do Congresso Nacional dispõe de 48 horas para publicar e
distribuir os avulsos da proposição e para designar a Comissão Mista que irá emitir
parecer sobre ela.
Caso a Comissão não emita seu parecer até o 14º dia, o processo será mesmo assim
encaminhado à Câmara. Nesse caso, o parecer será oferecido em Plenário, pelo relator
ou pelo relator-revisor.
A medida provisória tem vigência de 60 dias, sendo prorrogado esse prazo, pelo
Presidente da Mesa do Congresso Nacional, por igual período, caso não tenha sido
apreciada. Esses prazos não são contados durante o recesso parlamentar.
Caso o prazo de vigência, inclusive com a prorrogação, tenha se esgotado sem que
tenha havido apreciação, a Medida Provisória perde a eficácia, devendo o Presidente da
Mesa do Congresso comunicar o fato ao Presidente da República. Nessa situação, no
caso de ela ter sido rejeitada ou ainda no caso de se aprovar um projeto de lei de
conversão, a Comissão Mista deve elaborar um projeto de decreto legislativo regulando
as relações jurídicas decorrentes no período de sua vigência. Se o decreto legislativo
não for editado em até 60 dias após a rejeição ou a perda da eficácia da MP, essas
relações jurídicas continuarão sendo reguladas pela Medida Provisória, mesmo que ela
não esteja mais em vigor.
A Medida Provisória pode ser aprovada nos mesmos termos em que foi editada pelo
Presidente da República. Nesse caso, o Presidente da Mesa do Congresso a promulga, e
o texto é enviado para publicação como lei.
adicionais e suplementares;
Além disso, é vedada também a edição de MP referente a matéria que deva ser objeto
de lei complementar e de matéria que já tenha sido disciplinada em projeto de lei
aprovado pelo Congresso, que esteja pendente de sanção ou veto.
Referência:
Pode ser:
à sanção;
à promulgação;
ao Senado Federal;
ao arquivo.
Toda vez que o Congresso Nacional aprova um projeto de lei, ele deve ser
encaminhado ao Presidente da República, nos termos do caput do artigo 66 da
Constituição, para sua manifestação. Se estiver de acordo, o Presidente a sancionará;
se não, no todo ou em parte, o vetará total ou parcialmente. Para essa manifestação, o
Presidente dispõe de quinze dias úteis, a partir do recebimento da matéria no Palácio
do Planalto.
O veto, entretanto, só poderá ser formal. Não existe veto tácito. E o Presidente tem,
por força da Constituição, que apresentar as razões pelas quais veta o projeto, que só
podem ser de duas ordens:
No caso de sanção tácita, o Presidente ainda dispõe de quarenta e oito horas para
promulgar a lei.
Curiosidade: A promulgação sempre ressalta que a lei é eficaz e produzirá seus efeitos.
Se Sua Excelência não promulgar, enviará a lei ao Presidente do Senado, que dispõe
de outras quarenta e oito horas para promulgá-la; e, se este também não o fizer, o
Vice-Presidente do Senado o fará.
Existem outros casos de promulgação. Todas as matérias referentes aos artigos 49, 51,
52, 60, 62, 66 e 223 da Constituição são levadas à promulgação (sem serem
submetidas à sanção do Presidente da República):
E matérias de origem da Câmara que vêm ao Senado para revisão e aqui sofrem
alteração de mérito, voltam à Câmara para análise dessas alterações.
E as que têm origem no Senado que foram para a Câmara e lá sofreram alteração de
mérito, voltam ao Senado para análise dessas alterações.
Referências:
Constituição Federal - artigos 49; 51; 52; 60; 65; 66; 67; 223.
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 246; 254; 256; 264; 332; 334.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do
mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota
final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo.
Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata das suas
respostas!
Objetivos:
A) INICIATIVA
O processo legislativo é resultado de atos concatenados e consecutivos. O primeiro
deles, aquele que deflagra o processo de elaboração de norma jurídica, é a iniciativa.
O que é a “Iniciativa”?
É o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. A iniciativa pode ser:
2. Para o Supremo Tribunal Federal (artigos 93, 96, II, e 99, I - CONSTITUIÇÃO
FEDERAL);
O direito de Iniciativa:
Referências:
Constituição Federal- artigos 22; 24; 25; 29; 30; 32; 48; 49; 51; 52; 61; 84; 93; 127;
128; 165.
Regimento Interno do Senado Federal- artigos 247; 248; 243; 244; 245; 401.
B) EMENDAMENTO
Esta é a segunda etapa do processo legislativo.
supressiva;
substitutiva;
modificativa; e
aditiva.
Acompanhe o quadro:
A Câmara dos Deputados ainda dispõe de emenda aglutinativa, que pode ser
apresentada em plenário, para apreciação em turno único, quando da votação da parte
da proposição ou do dispositivo a que ela se refira. É apresentada pelos autores das
emendas objeto de fusão, por um décimo dos membros da Câmara ou por líderes que
representem este número. Nas sessões conjuntas do Congresso Nacional, esse
instrumento propositivo pode ser utilizado tendo em vista ser o Regimento da Câmara
dos Deputados o segundo subsidiário do Regimento Comum do Congresso Nacional,
em casos de omissão deste, e o Regimento Interno do Senado Federal, o primeiro
subsidiário.
Sim, como vimos no quadro anterior, tal emenda recebe o nome de substitutivo.
Caso este seja oferecido por Comissão como conclusão de seu parecer, o substitutivo
terá preferência sobre o texto do projeto original no momento da votação.
Toda emenda - e o mesmo vale para a subemenda - deve conter justificativa (artigo
233-Regimento Interno do Senado Federal), assim como toda proposição legislativa. A
exceção diz respeito aos requerimentos, que, por sua vez, também possuem sua
exceção, ou seja, o requerimento de adiamento da discussão ou da votação para
reexame da Comissão precisa de justificativa.
Referência:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 101, § 2º; 118, § 1º; 122 a 125; 133;
230 a 232; 234; 235; 238; 246; 250; 272; 277; 285 a 287; 300, III, IV, V, VI, VII,
VIII, IX, X, XVI e XVIII; 312, II; 313; 354; 358; 374 a 376.
C) INSTRUÇÃO
A terceira etapa do processo legislativo é a instrução, ou seja, o recebimento de
parecer.
O que é um parecer?
O Presidente de Comissão designa relator para emitir parecer sobre uma matéria que a
ela tenha sido despachada pelo Presidente da Casa. O relator tem a metade do prazo
de que dispõe a comissão para preparar e apresentar seu relatório, que é discutido e
votado (ressalvados os casos de matéria com caráter terminativo na comissão, quando
é a própria matéria que é votada). Para parecer sobre as emendas, a comissão dispõe
de 15 dias úteis, como regra geral, exceção feita à proposta de emenda à Constituição,
quando a comissão dispõe de até trinta dias úteis. Os projetos de lei de código têm
tramitação especial, como já estudamos.
Voto vencido em separado: texto do relator original da matéria, o qual não foi
acatado pela comissão.
Uma vez lido o relatório, antes de sua votação, qualquer senador membro da comissão
pode pedir vista do processo. O Presidente a concederá pelo prazo máximo de cinco
dias. Caso haja mais de um pedido de vista, o prazo corre concomitantemente,
devendo o Secretário da comissão preparar tantas autuações do processo quantas
necessárias. Se a matéria estiver em regime de urgência, a vista somente poderá ser
concedida por meia hora, no caso do artigo 336, I, e por vinte e quatro horas, nos
casos do artigo 336, II e III. Quando a proposição tiver prazo determinado, a vista,
desde que não ultrapasse os últimos dez dias, pode ser concedida pelo prazo máximo
de vinte e quatro horas.
Sim, ele pode deixar de se pronunciar. Entretanto, poderá optar por apresentar
manifestação escrita sobre a matéria. A essa manifestação dá-se o nome de voto em
separado. Essa manifestação pode estar de acordo com o relator ou não, o que pode
resultar em proposta alternativa e/ou emendas. No momento da votação, o texto do
relator tem preferência. Caso seja rejeitado, passa-se à votação dos votos em
separado, se houver. Pode haver preferência para votação de um voto em separado
sobre outro, ou mesmo sobre o relatório do relator.
pela rejeição;
1. para as matérias orçamentárias, a CMO emite seus pareceres, que devem ser
publicados no Diário do Congresso Nacional ou nos Diários do Senado e da
Câmara separadamente;
Referências:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 14, X, b; 24, I e II; 32, §§ 4º e 5º; 33;
48, XXII; 96 § 2º; 101, § 1º; 118 a 120; 126; 141; 150; 172; 222; 223; 227 a 229;
246; 250; 254; 261; 268; 280; 281; 283; 314, VIII; 323; 334; 346; 350; 351; 356 a
361; 374, IV, VI e XIII; 375, III, IV, V; 376, III, IV, V; 383, V e VII; 408.
Regimento Comum do Congresso Nacional - artigos 13 a 18; 90; 104 a 106; 119 a
121; 128 a 130; 132;143; Resolução nº 1/02-Congresso Nacional; Resolução nº 1/96-
Congresso Nacional (artigo 2º); Resolução nº 1/2000-Congresso Nacional; Resolução
nº 1/06-Congresso Nacional.
D) APRECIAÇÃO OU DELIBERAÇÃO
A quarta etapa do processo legislativo é a apreciação, que é composta de dois
momentos: discussão e votação.
Muito dessa etapa do processo já foi estudado e ainda veremos mais adiante, na
Unidade 6, quando tratarmos dos procedimentos gerais de votação.
Referências:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 14, IV, e X, b; 35; 61; 88; 178; 179;
201; 202; 248; 272 a 279; 282 a 324; 343 a 354; 358, § 2º; 363 a 366; 374, X a XII;
Regimento Comum do Congresso Nacional - artigos 32 a 52; 106; 120 a 128; 142;
143. Resolução nº 1/00-Congresso Nacional.
Se a norma não contiver a data de sua entrada em vigor, segundo a Lei de Introdução
ao Código Civil, terá vigência 45 dias depois de sua publicação. A mesma Lei de
Introdução ao Código Civil dispõe que a norma passará a vigorar para os brasileiros
residentes no exterior após noventa dias de sua publicação oficial.
Em resumo:
Ato essencial ao nascimento da lei. A sanção pode ser formal, que se exprime por ato
escrito, ou tácita, pelo silêncio que se origina pelo decurso do prazo
constitucionalmente definido de quinze dias úteis, sem veto.
O veto pode ser total ou parcial, sendo que, neste último caso, só poderá abranger
texto integral de artigo, parágrafo, inciso, alínea ou item, e deverá ser apreciado pelo
Congresso, que poderá superá-lo por maioria absoluta de votos de ambas as Casas,
em escrutínio secreto, em sessão conjunta. O veto parcial também pode ser rejeitado
parcialmente. O veto total é, no fundo, um conjunto de vetos parciais, nada impedindo,
portanto, que o Congresso reexamine cada parte dele, ratificando uns itens e
rejeitando outros (STF, Representação nº 1385. Relator: Ministro Moreira Alves).
No caso de rejeição de veto, compete ao Presidente da República e, se este não o fizer,
ao Presidente ou ao Vice-Presidente do Senado, a promulgação da lei. Exemplo de
promulgação pelo Presidente do Senado de parte de lei vetada: Lei nº 7.712, de 22 de
dezembro de 1988.
Promulgação - ato de natureza legislativa (há quem o defina como ato de natureza
executiva), de caráter obrigatório, que se situa entre a sanção e a publicação da lei,
necessário e indispensável para torná-la executória. Atesta, assim, sua existência e
executoriedade. Desta forma, promulga-se a lei e não o projeto.
Dessa forma, a publicação é simples operação material, mas que produz efeitos
jurídicos, pois a norma só obriga depois de publicada.
Para saber mais, leia o texto de Fernando B. Meneguin, Doutor em Economia, Mestre
em Economia do Setor Público e Consultor Legislativo do Senado, sobre avaliação de
impacto legislativo no processo de elaboração das leis.
ordinários ou normais;
abreviados;
sumários;
sumaríssimos;
especiais;
concentrados.
Havendo recurso para que o projeto venha a ser apreciado pelo Plenário, acaba o
caráter terminativo das comissões para esse projeto, que passará a tramitar, a partir
de então, em rito normal.
O procedimento sumário deve ser assinado por dois terços da composição do Senado
ou por líderes que representem esse número (54 Senadores). O requerimento é lido no
Período do Expediente da sessão e votado após a Ordem do Dia da mesma sessão. Se
aprovado o requerimento, a matéria a que se refere entrará na Ordem do Dia da
segunda sessão deliberativa ordinária subsequente à de sua aprovação para discussão
e votação. Se a matéria ainda não tiver sido instruída pelas comissões, o parecer será
proferido oralmente em plenário por relator designado pelo Presidente da Casa. Nesse
caso, o prazo de emendamento é até o encerramento da discussão, e o parecer deverá
também ser proferido em plenário, podendo o relator solicitar prazo de vinte e quatro
horas para tanto. No procedimento de votação, o Presidente poderá, se achar
necessário, adiar por vinte e quatro horas, para seu preparo.
O procedimento sumário, nos termos do artigo 336, III, é destinado a matérias que
não tenham parecer. Deve ser assinado por um quarto da composição do Senado (21
Senadores), ou líderes que representem esse número. É lido no Período do Expediente
da sessão e incluído na Ordem do Dia da sessão seguinte. Uma vez aprovado, a
matéria será incluída na Ordem do Dia da quarta sessão deliberativa ordinária
subsequente à da aprovação do requerimento, devendo o parecer ser proferido até a
véspera. As emendas são apresentadas em plenário até o encerramento da discussão,
e, neste caso, a matéria sai da pauta daquela sessão para a ela retornar na quarta
sessão deliberativa ordinária subsequente, já em fase de votação, devendo o parecer
ser apresentado até a véspera da quarta sessão.
A matéria em regime de urgência só sai da Ordem do Dia caso venha a ser extinta essa
urgência, por meio de um requerimento nesse sentido aprovado pelo Plenário.
Referências:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 91; 92; 336 a 376; 386 a 388.
Unidade 5 - Comissões
COMISSÕES
O que são as Comissões?
Historicamente têm origem na Inglaterra, por volta de 1340. Hoje em dia, têm-se
desenvolvido na grande maioria dos parlamentos.
De inquérito.
Nos cinco dias úteis que se seguirem à designação das comissões, elas se reunirão
para instalar seus trabalhos e elegerem Presidente e Vice-Presidente, que exercerão
essas funções por dois anos (no caso das comissões permanentes), assim como os
membros da Mesa.
Realizar diligências.
Referências:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 22 a 25; 36; 37; 46 a 144; 245; 409 a
411.
As comissões internas são criadas também por requerimento, para estudo de alguma
matéria, assim como as externas, que podem ser criadas por proposta do Presidente
ou a requerimento de comissão ou de qualquer Senador, devendo o requerimento ser
aprovado pelo Plenário. Devem constar do requerimento o objetivo da comissão e o
número dos respectivos membros.
O Poder Legislativo, além de suas funções legislativa e fiscalizadora, ainda está dotado
de uma função inquisitiva, exercida, esta última, por intermédio de comissão
parlamentar de inquérito, tanto em cada Casa separadamente, como no Congresso
Nacional em conjunto.
As CPMI são requeridas por um terço dos membros da Casa respectiva ou de cada uma
das Casas, para apurar fato determinado, e funcionam por prazo certo. Têm poderes
de investigação próprios de autoridades judiciais. Para tanto, as CPMI podem convocar
pessoas a prestarem depoimentos, determinar diligências, inquirir testemunhas,
requisitar documentos. Suas conclusões, se for o caso, são encaminhadas ao Ministério
Público, para que promova a responsabilidade civil ou penal dos infratores.
A Lei nº 1.579, de 1952, dispõe sobre as CPIs e remete também ao Código de Processo
Penal. A Lei nº 10.001, de 2000, "dispõe sobre a prioridade nos procedimentos a
serem adotados pelo Ministério Público e por outros órgãos a respeito das conclusões
das comissões parlamentares de inquérito".
As comissões destinadas a emitir relatório sobre veto presidencial são designadas pelo
Presidente da Mesa do Congresso e compostas por três Senadores e três Deputados,
devendo delas fazer parte, de preferência, os relatores da matéria em cada Casa. As
indicações dessas comissões não são feitas pelas lideranças partidárias, mas pelo
Presidente do Senado e da Câmara.
deliberar sobre projeto de lei que tenha por fim prorrogar prazo de lei,
se o término de sua vigência ocorrer durante o período de recesso ou nos dez
dias úteis subsequentes ao seu término.
Esta comissão não é paritária. É composta por sete Senadores, igual número de
Suplentes, e por dezesseis Deputados e igual número de Suplentes.
Referência:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 22 a 25; 36; 37; 71 a 76; 145 a 153;
374; 377 a 382; 401; Resolução nº 17, de 1993; Resolução nº 20, de 1993; Resolução
nº 40, de 1995; Parecer nº 131, de 1996; Lei nº 1.079, de 1950; Lei nº 1.579, de
1952.
Regimento Comum do Congresso Nacional - artigos 9º a 21; 104 a 106; 116 a 127;
144; 150; Resolução nº 3, de 1989-Congresso Nacional; Resolução nº 3, de 1990-
Congresso Nacional; Resolução nº 2/00-Congresso Nacional; Resolução nº 1, de 2006-
Congresso Nacional.
Esses requerimentos são lidos e votados quando da apreciação do texto principal, que,
nesse caso, é o texto do substitutivo.
1) instrução da matéria;
2) publicidade da matéria;
Referências:
Regimento Interno do Senado Federal - artigos 279; 285 a 287; 293; 202; 293; 299 a
316; 328; 345 a 351; 374; 375; 384; 385.
No Senado, temos:
3) Corregedoria Parlamentar
Em 17 de março de 1993, além da Resolução nº 20 (que instituiu o Código de Ética e
Decoro Parlamentar), também foi publicada a Resolução nº 17, que criou a
Corregedoria Parlamentar. Constituída por um Corregedor e três Corregedores
Substitutos, todos os quatro eleitos pelo Plenário, a Corregedoria tem por atribuições
manter o decoro, a ordem e a disciplina no Senado e dar cumprimento às
determinações da Mesa sobre segurança interna e externa da Casa.
4) Procuradoria Parlamentar
Criada por meio da Resolução nº 40, de 23 de agosto de 1995, a Procuradoria
Parlamentar é um órgão de apoio à Mesa do Senado. A Procuradoria é constituída por
cinco Senadores, designados pelo Presidente do Senado, e com mandato de dois anos.
Conclusão
Chegamos ao fim deste nosso estudo, mas nem de longe chegamos ao fim do estudo
sobre processo legislativo. Ele é dinâmico, buscando sempre adaptar-se às
necessidades atuais do Parlamento, que refletem as necessidades da sociedade
brasileira.
Fica aqui nosso convite a todos aqueles que se interessam por esta matéria a contínuas
releituras dos Regimentos, com vistas a um entendimento cada vez mais
aprofundado e ao alcance da excelência na atividade profissional.
Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do
mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota
final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo.
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respostas!
Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontra-se no Módulo
de Conclusão. Lembramos que é por meio dela que você pode receber a sua
certificação de conclusão do curso.
Objetivos:
7. Como a Comissão não é composta por todos os Senadores, como o projeto pode
não vir a ser apreciado por todos os Senadores no Plenário, e como não se pode
restringir o direito dos Senadores de apresentarem emendas a um projeto, neste
caso, abre-se o prazo de 5 dias úteis, na primeira ou na única comissão a que o
projeto foi distribuído, para que qualquer Senador que queira, membro ou não da
comissão, possa apresentar emendas.
8. Quando o Relator for preparar seu relatório, deve mencionar também essas
emendas, informando se as acata ou não.
13. A opinião do Relator tem grande peso na decisão. Tanto é verdade que, muitas
vezes, ao votarem, os Senadores dizem: “voto com o relator”. Ou, então: “voto
contra o relator”. Se o relatório for aprovado pelos membros da Comissão, este
passa a ser o parecer da Comissão.
14. O projeto recebe parecer de cada uma das comissões a que o projeto foi
despachado inicialmente pelo Presidente do Senado, mas é a decisão da última
que prevalecerá, ou seja, ela falará terminativamente a respeito do projeto. E é
decisão mesmo. Ela vota o projeto e não apenas o parecer sobre o projeto.
17. Se o projeto não receber recurso e tiver sido aprovado pela Comissão, ele vai
direto para a Câmara dos Deputados, que, neste caso, é a Casa Revisora. Se tiver
sido rejeitado na Comissão, vai direto para o Arquivo.
18. Mas se o projeto tiver recebido recurso, então ele ainda passa por uma fase de
emendamento, também de 5 dias úteis, desta vez perante a Mesa. O projeto fica
na Secretaria-Geral da Mesa, aguardando.
19. Se não receber emenda, pode ser agendado para constar da Ordem do Dia de
uma sessão do Senado. Se tiver recebido alguma emenda, vai para a ou as
comissões que tiverem analisado o projeto. Desta vez, para emitirem parecer
sobre a ou as emendas.
21. Uma vez dado o parecer pela ou pelas comissões – e agora não se fala mais em
tramitação do projeto com caráter terminativo nas comissões, porque ele já
recebeu recurso -, esse parecer é enviado à Secretaria-Geral da Mesa para leitura
em plenário.
22. Uma vez lido o parecer, ele é publicado e a matéria está pronta para ser incluída
em Ordem do Dia. Repare que muitas vezes vamos falar em publicação das
matérias, dos pareceres, das emendas, tanto em avulsos como no Diário do
Senado Federal ou do Congresso Nacional, se se tratar de matéria que tramita em
sessão conjunta. Porque a publicidade é um dos requisitos essenciais do processo
legislativo.
23. Quando constar da Ordem do Dia, o projeto e as emendas vão ser discutidos e
votados em turno único. Se os Senadores preferirem aprovar, em turno único, um
texto substitutivo, então, submete-se este último ainda a turno suplementar.
26. A história desse tipo de projeto começa longe do Congresso Nacional. Um grupo
de pessoas deseja a concessão de um canal de rádio ou tv. Organizam- se em
empresa, montam uma programação, equipam-se com o instrumental necessário
ao funcionamento, seguindo as normas do Ministério das Comunicações. Com
toda essa documentação, dão entrada do processo no Ministério – podendo,
inclusive, já começar a funcionar provisoriamente. Essa documentação, junto com
uma Exposição de Motivos do Ministro, vai ao Presidente da República, que baixa
um decreto concedendo autorização de funcionamento.
29. Quando a Câmara envia essa documentação, ela está toda solta. E não só neste
caso, como em qualquer outra proposição. Então, antes de ler no Plenário, o
Protocolo Legislativo – PLEG, como chamamos – prepara o processado, numera as
folhas, coloca as folhas para o registro das ações legislativas – BAL, e tudo o mais
necessário para a existência física do processo.
31. Como é terminativo, fica aberto o prazo de 5 dias úteis para que todos os
Senadores, membros ou não da comissão, apresentem suas emendas.
32. De posse do processo todo, o Relator prepara seu relatório até o 25º dia, contado
do recebimento do projeto pelo Senado;
33. Esse relatório, uma vez apresentado perante a Comissão, é discutido e votado.
Isso, se nenhum dos senadores do Colegiado pedir vista do processo. Se pedirem,
o secretário da Comissão prepara tantas cópias quantos forem os senadores que
pediram vista. O prazo máximo é de 5 dias úteis, correndo simultaneamente para
todos. (Ver o item 10 da Unidade 1)
35. Mas, se não houver vista, o relatório pode ser votado no mesmo dia em que for
apresentado, depois da discussão.
36. As votações das proposições que têm caráter terminativo são sempre feitas pelo
processo nominal. Isso quer dizer que o Presidente da Comissão chama cada
membro titular e, na ausência de algum deles, vai chamando os suplentes
necessários, marcando a qualidade do voto: “sim”, “não” ou “abstenção”. Estando
presente a maioria absoluta da comissão, está aprovado o relatório se obtiver a
maioria dos votos. A CCT, por exemplo, tem 17 membros. A maioria absoluta é 9.
Então, estando presentes 9 senadores, serão necessários 5 votos “sim”. Se
estiverem presentes 11 membros, serão necessários 6 votos “sim”. É o que se
chama de maioria simples, ou relativa (em relação ao número de presentes).
37. Esse é o quórum regra geral para aprovação das proposições. A Constituição
(artigo47) é quem determina. Quando ela “quer” qualificar um outro quórum para
aprovação, está escrito.
38. Vamos aproveitar este momento e estudar como se calcula a maioria simples.
Lembrando que serve para toda vez que se falar neste quórum. A definição é: a
maioria de votos, presente a maioria absoluta da composição do colegiado
(comissão, plenário). Primeiro, então, temos que calcular a maioria absoluta. O
Supremo Tribunal Federal já definiu o que é maioria absoluta: o número inteiro
imediatamente superior à metade ou à metade fracionada. Tomando como
exemplo a CCT: 17 membros. A metade = 8,5. O número inteiro imediatamente
superior é 9. Então, a maioria absoluta da CCT é 9.
Por isso é que se chama de maioria relativa. É relativa ao número dos presentes e
não ao número total da composição do colegiado.
Lembrem-se de que isso vale para todos os casos em que se falar de maioria
simples ou relativa.
39. Depois desse hiato, voltemos para o nosso projeto de decreto legislativo.
40. Aprovado o relatório na CCT, como em todos os casos de matéria que tramita em
caráter terminativo nas comissões, o seu Presidente envia um ofício ao Presidente
da Casa comunicando o que foi feito e encaminha o parecer. Relembrando:
quando o relatório é aprovado, se transforma em parecer da comissão.
42. O que vem agora? O prazo de 5 dias úteis para que 1/10 dos Senadores, se
quiserem, apresentem recurso para que o projeto venha a ser apreciado também
pelo Plenário e não somente pela comissão.
43. Se, passado esse prazo, não tiver recebido recurso, vai ser promulgado o Decreto
Legislativo correspondente. Esse decreto é publicado no Diário Oficial da União e
no Diário do Senado Federal.
44. Mas, se tiver recurso, ele vai ser discutido e votado no Plenário também.
45. Antes, porém, abre-se o prazo de 5 dias úteis, perante a Mesa, para
emendamento. Sem emendas, a matéria está pronta para ser agendada para a
Ordem do Dia, para discussão e votação. Se tiver recebido emenda, vai
novamente para a CCT, para que se emita o parecer sobre ela.
46. Lá, o relator é, de preferência, o mesmo que já tinha feito o relatório sobre o
projeto. Ele prepara, agora, relatório sobre a emenda. Já falamos sobre isso no
item 19 da Unidade 1. É uma regra do Regimento.
49. Aprovado, o decreto legislativo oriundo desse projeto vai ser promulgado e
publicado do Diário Oficial da União e no Diário do Senado. Aprovado o decreto
legislativo e a emenda, esta será ainda submetida à apreciação da Câmara dos
Deputados.
50. Reparem que é o decreto legislativo que vai ser promulgado e não o projeto de
decreto legislativo. É isso mesmo. Vamos estudar, neste momento, os
instrumentos de sanção/veto, promulgação e publicação.
52. A promulgação não acontece sobre um projeto; ela é sempre sobre uma norma
posta, ou seja, uma lei, um decreto legislativo, uma resolução. A sua função é
“dizer” da existência e da validade daquela norma, ou seja, é uma certidão de
existência e validade. A lei é válida e vai produzir seus efeitos, após ser publicada.
4. Após esse primeiro trabalho administrativo, o projeto está pronto para leitura no
Plenário do Senado e o Presidente da Casa o despacha à ou às comissões.
5. Como regra geral, no Senado, os projetos de lei da Câmara não são apreciados
terminativamente pelas comissões. Devem ser discutidos e votados pelo Plenário,
depois dos pareceres. Entretanto, o Presidente do Senado, ouvidas as lideranças
partidárias, poderá conferir este caráter terminativo aos projetos de lei ordinária
da Câmara, de autoria de deputado, que tiverem sido apreciados, naquela Casa,
terminativamente pelas comissões. Neste caso, terão a tramitação igual à dos
projetos de lei ordinária do Senado de autoria de Senador, que estudamos na
Unidade 1.
7. Uma vez na comissão, seu Presidente designa um relator dentre seus membros,
que terá a metade do tempo da comissão para emitir seu relatório. Isso é válido
para todas as proposições. Assim, se a Comissão tem 20 dias úteis, o Relator tem
10 dias úteis.
13. Neste último caso, o Presidente da Comissão designa um senador, dentre aqueles
que votaram aprovando o voto em separado, para preparar o relatório do
vencido, ou seja, o texto aprovado pela comissão. Ele será o Relator do vencido.
Vencido, aqui, significa vencedor (é o relatório do que foi deliberado).
14. O relatório do relator inicialmente designado e que foi derrotado não pode sumir
do processo. Mesmo porque só existe um relatório do vencido porque houve um
relatório inicial que não foi acatado pela comissão. Este relatório inicial passa,
então, a denominar-se voto vencido em separado.
16. O projeto de lei da Câmara, após ter passado pelas comissões do despacho, vai
para a Secretaria-Geral da Mesa para preparar a leitura dos pareceres em
plenário.
17. Lidos, numerados, publicados em avulsos e no DSF, fica aberto o prazo de 5 dias
úteis para apresentação de emendas por todos os Senadores, perante a Mesa.
Este é um procedimento que vai aparecer em quase todas as tramitações: depois
da leitura do parecer sobre o projeto em plenário, abre-se o prazo de emendas
perante a Mesa. É uma regra geral importante. Mas verifiquem as exceções
durante a leitura das outras tramitações.
18. Se não receber emendas, o projeto está pronto para ser agendado para constar
da Ordem do Dia de uma sessão deliberativa plenária. Se receber emendas,
retorna às comissões anteriormente definidas, desta vez para receber parecer
sobre as emendas apresentadas. Em cada comissão o relator é o mesmo que já
trabalhou para preparar o relatório do texto principal do projeto. Se tiver havido
um relator do vencido, será este o designado para proferir parecer sobre as
emendas.
19. O prazo para cada comissão, agora, é de 15 dias úteis e corre concomitante. O
Relator, como já sabemos, tem metade desse prazo para apresentar seu relatório.
22. Neste momento, está o projeto pronto para ser agendado para a Ordem do Dia,
para discussão e votação em turno único.
25. Repare que a última Casa a deliberar sobre o projeto é que o enviará à sanção ou
ao arquivo. Isso acontece para todas os projetos de lei, sejam de origem da
Câmara ou do Senado.
5. Atenção porque não é o caso deste projeto que estamos estudando nesta
Unidade. Nosso caso, agora, é de projeto de lei complementar. Então,
rememorando, o quórum para sua aprovação é de maioria absoluta, 41 votos
“sim”. Se ele obtiver 40 votos “sim” e apenas 2 votos “não”, está rejeitado,
porque precisa de 41 votos “sim”.
6. Por isso, quando se tem um projeto desse tipo na Ordem do Dia, é preciso que
estejam presentes no plenário bem mais do que os 41 senadores necessários,
para que o projeto tenha chance de uma votação justa.
8. Já que estamos falando sobre votação, vamos aprender mais um pouco sobre
este assunto. A votação pode ser ostensiva (aberta, pública) ou secreta. A
ostensiva pode ocorrer, então, pelo processo simbólico (“As Senhoras Senadoras
e os Senhores Senadores que aprovam o projeto permaneçam sentados”) ou pelo
processo nominal, que acontece no painel ou por chamada, caso seja pedida
votação nominal através daquele requerimento próprio ou por pedido de
verificação de votação. Mas a votação secreta só pode acontecer pelo processo
nominal. A diferença entre o processo nominal na votação ostensiva e na votação
secreta é que, na primeira, aparecem os nomes dos votantes, a qualidade do voto
e o resultado; na secreta, só aparecem os nomes dos votantes e o resultado, sem
aparecer qual voto o senador escolheu.
9. E ainda precisamos falar das eleições como, por exemplo, para preencher os
cargos da Mesa do Senado, que são: Presidente, 2 Vice-Presidentes, 4 Secretários
e 4 Suplentes de Secretário. Nesse caso, o Regimento manda utilizar o sistema de
cédulas. Atualmente, como temos o painel, se for candidato único utilizamos esse
sistema, porque é muito mais rápido. As eleições são secretas. Como nas eleições
em que votamos para Presidente da República e outros cargos.
12. Como vai ser votado? Já aprendemos que será por votação ostensiva nominal, e
precisa de 41 votos “sim”, no mínimo, para ser aprovado o PLC - Complementar.
13. Se tiver sido aprovado sem emendas ou com emendas de redação, o Presidente
assina os autógrafos preparados pela Secretaria de Expediente, órgão que
pertence à estrutura da Secretaria-Geral da Mesa, que vão à sanção do Presidente
da República.
14. Se tiver recebido emendas de mérito volta para a Câmara dos Deputados para
que os deputados analisem essas alterações propostas pelo Senado. São
preparados autógrafos das emendas do Senado e remetidos à Câmara, depois de
assinados pelo Presidente do Senado. E de lá sai para o Palácio do Planalto,
através de autógrafos também, desta vez preparados pelos servidores da Câmara
e assinados pelo Presidente daquela Casa.
1. O que quer dizer este título todo? Que se trata de um projeto de lei cuja iniciativa
é do Presidente da República, para o qual ele solicitou o rito de urgência definido
no § 1° do artigo 64 da Constituição:
“Artigo 64............................................................................................
§ 2º. Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se
manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e
cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva
Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se
ultime a votação.
...”
(Fim da transcrição)
3. Após a aprovação do projeto na Câmara, ele vai ao Senado para revisão. Mas se
tiver sido rejeitado naquela Casa, vai ao arquivo sem o exame do Senado.
4. Caso a Câmara não delibere sobre o projeto, aprovando ou rejeitando, no prazo
de 45 dias, ele passa a sobrestar toda a pauta daquela Casa, ou seja, só se
delibera outra matéria legislativa após a deliberação final daquele projeto. É este
o significado da expressão “a pauta fica sobrestada”. A exceção é para as medidas
provisórias, que entram na pauta em primeiríssimo lugar.
Por exemplo: O Projeto de Lei da Câmara n° 23, de 2003, que autoriza a União a
conceder indenização a José Pereira Ferreira”, tramitou na Câmara sob a
denominação de PL nº 331, de 2003. O projeto é o mesmo.
7. Se ele for para mais de uma comissão, a Secretaria-Geral da Mesa prepara tantas
autuações (cópias) do projeto quantas forem as comissões de despacho, porque o
prazo para dar parecer corre concomitante. Para os outros projetos, que tramitam
em rito normal, o prazo da segunda comissão só começa a contar a partir do real
recebimento do projeto naquele Órgão.
8. As comissões têm 25 dias para emitir seus pareceres. O relator tem a metade
deste prazo para apresentar seu relatório.
11. Se a ou as comissões não emitirem o parecer neste prazo, até o 25º dia, o projeto
é devolvido para a Secretaria-Geral, sem parecer. A partir do 35º dia ele vai
constar da Ordem do Dia, e recebe parecer em plenário, por relator designado
pelo Presidente da Casa. Este relator pode pedir prazo de 24 horas para emitir
seu parecer.
12. Se o Senado não apreciar o projeto até o 45º dia, no 46º ele começa a sobrestar
a pauta de votações. Isso quer dizer que não se delibera mais nada enquanto ele
não for votado. Sobrestar ou trancar a pauta é o mesmo.
13. Como é um projeto de lei da Câmara, a regra é a mesma que para os outros
PLCs. Se o Senado aprovar sem emendas ou somente com emendas de redação,
vai à sanção do Presidente da República. Se tiver emenda de mérito, aquela que
modifica o sentido do projeto, então volta para a Câmara. E o procedimento é o
mesmo.
14. Vejam que o processo legislativo tem uma lógica que se repete, com algumas
variações dependendo da necessidade da matéria. Aos poucos, vamos vendo
outras tramitações e introduzindo outros conceitos de processo.
15. Importantíssimo neste tipo de projeto é o prazo de emendas único, logo no início
da tramitação dele, nas comissões. Este projeto não recebe emendas nem
perante a Mesa nem em Plenário.
16. Outra informação-chave: as emendas não são nem discutidas nem votadas em
Plenário. O que as comissões decidirem sobre elas está decidido. Se algum
Senador quiser trazer algumas delas para o Plenário, é preciso fazer um recurso.
2. Como todas as matérias, o projeto tem início com sua leitura, em plenário, no
Período do Expediente de uma sessão. Numerado, publicado, organizado o
processado físico, é despachado pelo Presidente da Casa a uma ou a mais de uma
comissão.
6. Se a Comissão não puder emitir seu parecer dentro do prazo do Regimento, seu
Presidente encaminha um ofício ao Presidente da Casa comunicando que o prazo
será prorrogado por igual período. Este ofício é lido no Período do Expediente e
vai à publicação. A prorrogação é automática. Se a comissão precisar de mais
tempo, a ou as prorrogações não serão mais automáticas. A comissão precisa
apresentar requerimento solicitando prazo, que virá dito nesse documento, que
precisa ser aprovado pelo Plenário.
7. Ainda sobre prazo da comissão, o Regimento Interno prevê que ficará suspenso
pelo encerramento da sessão legislativa, continuando a correr na sessão
legislativa imediata.
11. Mais uma vez a aplicação da lógica do processo legislativo. Depois da leitura do
parecer, abre-se prazo de 5 dias úteis para apresentação de emendas perante a
Mesa. Sem emendas, o projeto está pronto para ser agendado para constar da
Ordem do Dia. Quem define a pauta da Ordem do Dia é o Presidente do Senado.
12. Se tiver emenda, volta para a ou as comissões, para parecer sobre elas. Lá na
comissão, o procedimento é o mesmo: o relator, que preferencialmente é o
mesmo que já deu parecer sobre o projeto, vai falar sobre a oportunidade – ou
não – de se acatar as emendas.
15. Só depois dessa análise, que não é feita por uma pessoa apenas, mas é um
trabalho de várias pessoas, é que o parecer vai ser lido em plenário.
16. Essa expressão “vai ser lido” não significa que ele será lido na íntegra. Há o
anúncio de sua publicação. Quem estiver interessado poderá lê-lo no Diário do
Senado ou em avulso.
17. Como regra geral, depois da publicação do parecer o Presidente do Senado abre o
prazo de 5 dias úteis para apresentação de emendas perante a Mesa. Todos os
Senadores que o desejarem poderão apresentar emendas ao projeto. Essas
emendas podem alterar o mérito ou apenas a redação.
18. Se não houver emenda, o projeto está pronto para ser agendado para a pauta da
Ordem do Dia de uma sessão. Ele vai seguir um cronograma de agendamento.
Lembramos que é da competência do Presidente do Senado determinar as
matérias que devem constar da pauta.
20. O procedimento não é ir para uma comissão e depois para a outra, mas o prazo,
que é de 15 dias úteis, é contado simultaneamente, ou seja, é prazo único para
todas as comissões.
22. Uma vez aprovado o parecer na comissão, o processo volta à Mesa para que seja
feita sua leitura, em plenário. E o procedimento é o mesmo: numerar, publicar.
23. Agora, o projeto está pronto para ser agendado para inclusão na pauta da Ordem
do Dia.
24. Uma vez na Ordem do Dia, o projeto vai ser discutido e votado em turno único.
Mas pode haver alguns procedimentos que alterem esse rito. E vamos aproveitar
essas matérias para estudar um pouco sobre esses procedimentos.
c) ou, ainda, para que uma comissão que não tenha examinado o projeto, e que
tenha dentro de suas competências oferecer parecer sobre o assunto que está
sendo tratado no projeto, possa vir a dar seu parecer;
26. No primeiro caso, o prazo da outra sessão não pode ser superior a 30 dias úteis,
bem como só podem ser apresentados até dois requerimentos nesse mesmo
sentido. Isso é para evitar que haja uma protelação na apreciação do projeto. O
segundo requerimento não pode pedir o adiamento por prazo superior ao do
primeiro requerimento.
27. Mas o Regimento Interno do Senado não impede que haja, por exemplo, dois
requerimentos de adiamento da discussão para ser feita em outra sessão e,
depois, um outro requerimento pedindo a audiência de outra comissão, e mesmo
o reexame da comissão.
28. Como podemos deduzir, são procedimentos que podem tanto levar a um amplo
estudo da matéria como também podem ser usados para atrasar sua apreciação.
Ou, também, ter tempo para possíveis negociações e acordos úteis à boa
aplicação posterior da norma jurídica que daí surgir. E ainda tantas outras
motivações.
30. Quando o projeto vai novamente para o âmbito das comissões, ele pode voltar
para o plenário com a ratificação do parecer anterior ou com um novo parecer. E
todas as regras que vimos até agora para o oferecimento de parecer quando a
matéria vai às comissões pela primeira vez vale também para este momento.
32. Se o adiamento tiver sido da discussão, o projeto volta na fase de discussão. Mas
se a discussão já tiver sido concluída, o projeto volta em fase de votação.
33. Como vimos, quando há algum requerimento desse tipo, o processo legislativo se
alonga.
34. Se o projeto for rejeitado, vai ao Arquivo. Se aprovado, vai à Câmara dos
Deputados para revisão.
35. Se aquela Casa aprovar o projeto de lei do jeito que o Senado aprovou, envia-o à
sanção do Presidente da República; se for projeto de decreto legislativo,
encaminha ao Presidente do Senado para sua promulgação.
37. Se a Câmara aprovar emendas de mérito, devolve o projeto ao Senado, para que
este analise essas alterações propostas. Se o Senado aprovar as alterações da
Câmara, envia o projeto de lei à sanção com a redação incorporando essas
alterações; se for o projeto de decreto legislativo, o Presidente do Senado
promulga o decreto legislativo com a redação incorporando também as alterações
aprovadas. Mas se o Senado rejeitar as alterações da Câmara, de toda forma o
projeto de lei vai à sanção e o projeto de decreto legislativo, à promulgação,
somente com o texto do Senado.
38. Mas se a Câmara rejeitar algum dos projetos do Senado, este vai ao Arquivo.
7. Uma vez apresentado o projeto, como acontece com todas as proposições, é lido
no Período do Expediente da sessão do Senado. A diferença é que as outras
matérias são despachadas às comissões para, depois que emitirem seus
pareceres, abrir-se o prazo de 5 dias úteis para apresentação de emendas perante
a Mesa. Mas estes projetos, como já são de comissão, não precisam voltar para
lá. Assim, o Presidente da Casa abre diretamente o prazo de emendas perante a
Mesa.
9. Então, o projeto é lido e fica aberto o prazo de 5 dias úteis para apresentação de
emendas perante a Mesa. Se não houver emenda, o projeto já está pronto para
ser agendado na Ordem do Dia, para ser discutido e votado em turno único, como
é a regra geral de apreciação das matérias.
10. Se tiver emendas, então o projeto volta à comissão-autora, para dar parecer
sobre elas. E pode, como para as demais matérias, se assim quiser, fazer um
texto único, incorporando o texto principal com o das emendas que receberem
parecer favorável, fazendo inclusive ajustes no texto. Se não, pode apenas emitir
seu parecer sobre as emendas.
12. A inclusão de qualquer proposição, em rito normal, na Ordem do Dia, não é feita
automaticamente. É preciso que ela cumpra um interstício que está previsto no
Regimento Interno do Senado. Como regra geral, esse tempo é de 3 dias úteis.
13. E o que é interstício? Neste caso, é o tempo entre a distribuição de avulsos dos
pareceres das comissões e o início da discussão ou votação correspondente, em
plenário. Esse tempo serve para que os senadores e todos os que se interessam
pela matéria possam dela tomar conhecimento e se preparar para o debate.
15. Bem, se o projeto – qualquer um deles que estamos estudando nesta Unidade –
for rejeitado, vai ao Arquivo. Aprovado, vai à Câmara para revisão. Se aquela
Casa aprovar o projeto do jeito que o Senado aprovou ou com emendas que
somente alterem a redação, então a própria Câmara, através de seu Presidente,
encaminha o texto à sanção, se for projeto de lei, ordinária ou complementar, e
ao Presidente do Senado, se for projeto de decreto legislativo.
16. Se a Câmara aprovar o texto com emendas que alterem o mérito do projeto,
então envia essas emendas à consideração do Senado. Nesses casos, é ele quem
fala por último. O que ele fizer está feito. Se aprovar as alterações da Câmara, faz
sua incorporação no texto e envia à sanção ou faz a promulgação, conforme o tipo
de projeto.
6. Vamos aproveitar este tema para fazer um hiato e estudar sobre emendamento
de forma genérica.
No caso da letra “a”, será final o pronunciamento da comissão. O projeto vai ser
votado no Plenário, mas não as emendas. Ao votarem o texto do projeto, os
senadores estarão votando automaticamente o que a comissão decidiu a respeito
das emendas. Se quiserem fazer diferente, precisam apresentar recurso assinado
por no mínimo 1/10 de senadores (9), para que uma ou mais emendas venham a
ser apreciadas no plenário.
d) a projeto, em turno único, que tiver tido parecer favorável das comissões. Aqui
estão englobadas muitas proposições. Todas devem ser apreciadas pelo
Plenário. Não estamos falando das que tramitam em caráter terminativo nas
comissões;
11. E, agora, os casos de emendas que podem ser apresentadas em Plenário. Durante
o Período do Expediente, emendas a matéria que deva ser votada nessa fase da
sessão. E durante a Ordem do Dia, a PEC e a projeto em turno suplementar, até o
encerramento da sua discussão, nos dois casos. Ou, então, projetos em regime de
urgência por requerimento, se o prazo de emendamento ainda não tiver esgotado.
12. Bem, fechemos nosso hiato sobre emendamento, que vale para todas as
matérias. Esse hiato começou no nº 6. Releiam do nº 1 até o nº 5 para
retomarmos o caminho da tramitação da PEC. Ok?
13. Então, na CCJ, o Relator, em uma reunião, apresentará seu relatório, que será
debatido e, se aprovado, se transformará no parecer da Comissão, como de resto
para as outras proposições.
15. Se a CCJ tiver aprovado o relatório com parecer favorável ao texto da PEC, sem
qualquer proposta de alteração, esse procedimento de coleta de assinaturas fora
da comissão não é necessário. O Secretário da Comissão colhe as assinaturas
somente dos membros da Comissão.
16. Como para todas as demais proposições legislativas, o parecer é lido no Período
do Expediente, recebe seu número e é publicado em avulsos e no DSF. Depois do
interstício de 5 dias, ela pode ser agendada para constar da Ordem do Dia.
Reparem que o interstício para as outras proposições é de 3 dias úteis. Aqui, de 5
dias.
17. Incluída na Ordem do Dia, a PEC vai ser discutida, em primeiro turno, durante 5
sessões deliberativas ordinárias consecutivas. Nessas sessões, podem ser
apresentadas emendas, que devem ser assinadas, cada uma, por 1/3 dos
senadores.
18. Se ao final da discussão não tiver sido apresentada nenhuma emenda, a PEC pode
ser votada em primeiro turno. A votação é pública, nominal, somente podendo ser
realizada por meio do painel eletrônico, porque é necessário o quórum de 3/5 dos
senadores (49) para que ela seja aprovada. Se o painel não estiver funcionando,
faz-se a votação por meio da chamada nominal.
19. Se houver emendas, que neste momento podem alterar o mérito e também a
redação, a PEC volta à CCJ para receber parecer sobre elas. O parecer, é claro, é
lido no Período do Expediente da sessão, numerado, publicado no DSF e em
avulsos. Aí, então, está pronta para ser incluída em Ordem do Dia.
20. Não podemos esquecer que, agora, ela entra na pauta já em fase de votação em
primeiro turno, porque a discussão já se encerrou (vejam o nº 18).
21. Se aprovada, sem alteração, vai ser incluída novamente na Ordem do Dia, para o
segundo turno de discussão e votação. Antes, é preciso que ela cumpra o
interstício de, no mínimo, 5 dias úteis. Quer dizer que entre a votação em
primeiro turno e a entrada dela na pauta para o segundo turno, tem que
transcorrer um prazo de 5 dias úteis, no mínimo. Não quer dizer que no 6º dia ela
tenha que ser pautada obrigatoriamente. Esse tempo é para que todos possam
tomar conhecimento do texto.
22. Se, entretanto, ela tiver sido aprovada em primeiro turno com alterações, nesse
caso o processo volta à CCJ, para que a Comissão apresente a redação para o
segundo turno, consolidando as alterações.
23. Durante a discussão em segundo turno, podem ser oferecidas emendas que
devem ser assinadas, cada uma, por no mínimo 1/3 dos Senadores. Nesta etapa,
só pode ser alterada a redação; não mais o mérito.
25. Encerrada a discussão em emendas, vota-se a PEC. Aprovada, ela vai à Câmara
dos Deputados. Se tiver emenda, a PEC volta à CCJ, para que ela dê seu parecer.
Agora, o prazo é de 5 dias improrrogáveis. Não podemos nos esquecer que essas
emendas são de redação.
28. Muito importante saber é que, para a PEC, não se fala em Casa Revisora, como
acontece nas outras matérias legislativas. Isso porque o texto que sair aprovado
para ser incorporado na nossa Constituição Federal deve ter sido aprovado
igualmente nas duas Casas. Então, pode acontecer um pingue-pongue, ou seja,
se a Câmara altera a nossa PEC, ela volta e se dá o tratamento de PEC nova. Se o
Senado altera o texto que veio da Câmara, a PEC volta para lá e tem tratamento
de PEC nova. E assim por diante. Isso não acontece com outras matérias; só para
a PEC. Pudera, é alteração da nossa Carta Magna!
5. Uma vez composta a comissão, ela se reúne até o dia útil seguinte para eleger
seu Presidente e Vice-Presidente. O Presidente, em seguida, designa um relator-
geral e tantos relatores parciais quantos necessários. E é bem necessário mesmo,
porque o assunto é extenso.
9. A comissão tem 5 dias úteis para concluir seu estudo e encaminhar à Mesa o
parecer final sobre o projeto e as emendas.
10. Esses prazos podem ser aumentados até o quádruplo, por deliberação do Plenário,
a requerimento da própria comissão.
12. Mas, igual a todo parecer, este também deve ser lido no Período do Expediente da
sessão, numerado e publicado.
13. Como esse projeto já teve sua fase de emendamento perante a comissão, agora
ele está pronto para ser incluído em Ordem do Dia, depois de obedecer ao
interstício regimental, que é de 3 dias úteis. E é incluído em uma Ordem do Dia
exclusiva para ele. Então, a pauta tem item único.
17. Aprovado com ou sem emendas, o projeto volta à comissão para que seja
elaborada a redação final, no prazo de 5 dias úteis. Ela será publicada e
distribuída em avulsos e, depois, incluída em Ordem do Dia para ser discutida e
votada, depois de cumprir o interstício regimental.
18. Uma outra informação bastante importante é que só pode tramitar um projeto de
código por vez.
19. Se o projeto tiver vindo da Câmara dos Deputados e tiver sito aprovado no
Senado com alterações, volta para lá, para revisão das emendas do Senado.
Depois, aquela Casa manda à sanção do Presidente da República, como todo
projeto de lei.
Então, DESTAQUE PARA VOTAÇÃO EM SEPARADO diz respeito a alguma coisa que
se destaca, que se ressalva, e que deve ser votada separadamente do todo.
22. Quando uma proposição legislativa está para ser votada, pode acontecer que
algum Senador queira votar separadamente uma parte dela. Assim, ele pode
querer votar um artigo, um parágrafo, um inciso, uma alínea, um item, uma letra,
inteiramente do projeto. Ou pode querer votar separadamente uma expressão do
texto do projeto. Ou mesmo uma emenda. Nesse caso, ele apresenta, até antes
de iniciar a votação, um requerimento de destaque para votação em separado
daquela parte. Esse requerimento deve ser lido e votado antes de iniciar a
votação em que consta a matéria que ele quer separar.
b) votar o projeto, ressalvado o artigo 2º, que terá sua votação feita depois;
c) votar o artigo 2º, que foi destacado. Se aprovar o artigo 2º, ele é reintegrado
no texto do projeto; se for rejeitado, ele sai. Quando se for elaborar a redação
final do texto, será feita a renumeração dos artigos.
27. Existe ainda no Regimento Interno do Senado destaque para que parte do projeto
ou que emendas constitua projeto autônomo, ou seja, saia do projeto original e se
torne um novo projeto, com novo número, inclusive.
Este requerimento tem que ser lido e votado como preliminar, antes de começar a
votação do projeto. Se aprovado o requerimento, seu autor tem 2 dias úteis para
apresentar o novo projeto. E, aí, começa-se a votar o projeto que está na Ordem do
Dia, agora sem a parte que foi destacada.
Observação: este requerimento só não pode ser utilizado quando se tratar de projeto
originário da Câmara.
3. Nesse prazo, se não tiver recebido emendas, o projeto vai para a Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania, para receber parecer. Se tiver recebido
emendas, vai para a CCJ para dar parecer sobre o projeto e as emendas e
também para a Comissão Diretora, para dar parecer sobre as emendas.
10. A apresentação dessas redações finais são em forma de parecer, que é lido no
Período do Expediente da sessão, numerado e publicado como para qualquer
outra proposição. A redação final é discutida e votada. Só não precisa de quórum
especial para aprovar.
11. É com base na redação final que a Secretaria de Expediente, uma unidade da
Secretaria-Geral da Mesa, prepara os autógrafos. Relembrando: autógrafo é o
texto oficial daquilo que foi aprovado pela Casa Legislativa.
a) redação para o segundo turno, quando no primeiro turno for aprovada alguma
alteração, na PEC.
14. Esta é uma proposição privativa do Senado. Não vai à Câmara. Os projetos de
resolução da Câmara também não vêm ao Senado.
g) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas (artigo 155, § 2º, V, “a”
– CONSTITUIÇÃO FEDERAL);
3. Em cada um dos casos, a Constituição determina quem pode ter iniciativa e qual o
quórum de aprovação.
4. Assim é que para a letra a, a proposta tem que partir do Presidente da República,
que encaminha uma mensagem ao Senado. Ela é lida no Período do Expediente
da sessão, toma o nome de Ofício “S” (“S” de Senado) e vai para a Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE), que, como conclusão de seu parecer, oferece um
projeto de resolução (PRS). Como todo parecer, este também é lido no Período do
Expediente, é numerado – o PRS também recebe um número – e publicado. O
Presidente da Casa abre o prazo de 5 dias úteis para apresentação de emendas.
Se tiver emendas, volta à CAE para receber parecer sobre elas, antes de ser
incluído em Ordem do Dia. Se não tiver nenhuma emenda, é incluído em Ordem
do Dia. O que se vota, no Plenário, é o Projeto de Resolução.
12. Sem emendas, o PRS pode ir à Ordem do Dia. Com emendas, antes de ir à Ordem
do Dia, vai à CAE para parecer sobre elas.
MEDIDAS PROVISÓRIAS
(PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO)
3. A medida provisória tem vigência durante 60 dias, podendo ser prorrogada, por
ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional, uma única vez, por mais 60
dias.
6. A comissão tem o prazo de 14 dias para dar seu parecer, que deverá analisar a
constitucionalidade da medida, ou seja, se ela é relevante e urgente, se ela está
financeiramente adequada, e também quanto ao seu mérito.
7. No 15º dia, com ou sem parecer, a medida vai para a Câmara dos Deputados. Se
não tiver recebido parecer na comissão mista, o que tem quase sempre
acontecido, este vai ser oferecido no Plenário daquela Casa. A Câmara tem até o
28º dia para apreciar a medida.
9. Antes de apreciar o mérito, a Câmara deve votar a medida quanto aos aspectos
da constitucionalidade de relevância e urgência e adequação financeira. Se
aprovados tais pressupostos, então, entra-se na apreciação do mérito.
10. Se a medida for rejeitada na Câmara nem vem ao Senado. Se aprovada, ela ou
um projeto de lei de conversão, aí, sim, vem ser apreciada pelo Senado.
11. O Senado tem 14 dias para apreciar a matéria. Se os Senadores fizerem alguma
alteração de mérito, então volta para a Câmara, que tem 3 dias para analisar
essas alterações.
12. Todas essas contas de prazo perfazem um total de 45 dias. Está previsto assim
porque no 46º dia a MP sobrestará a pauta da Casa onde ela estiver.
13. Mas não é o que tem acontecido até agora. O parecer tem sido oferecido no
Plenário tanto da Câmara como do Senado, e a grande maioria delas acaba por
trancar a pauta, porque ultrapassa o 46º dia.
16. Se se esgotar o prazo da comissão sem que tenha sido oferecido o parecer, o
secretário devolve o processado à Secretaria-Geral da Mesa (SGM), para que seja
preparado um ofício do Presidente do Senado ao Presidente da Câmara,
encaminhando o processo à apreciação daquela Casa. Quem prepara o ofício para
o Presidente assinar é a Secretaria de Expediente, que faz parte da SGM.
17. Se a Câmara rejeitar a medida, seu Presidente comunica ao Senado esse fato, e
a matéria toda vai para o Arquivo. Se a Câmara aprovar, quer a medida quer
um projeto de lei de conversão, ela manda o processo todo, inclusive com a
matéria rejeitada, porque o Senado vai analisar tudo.
18. No Senado, o Presidente da Casa designa um relator revisor (se não tiver sido
designado ninguém na comissão mista), que dará parecer em Plenário, sobre tudo
o que estiver dentro do processado. Parecer sobre os pressupostos de relevância,
urgência e adequação financeira, e também sobre o mérito.
19. O Senado pode aprovar, inclusive, matéria que tiver sido rejeitada pela Câmara.
Só que qualquer alteração feita no Senado – a não ser as de redação – volta para
aquela Casa.
20. Se o resultado final for a aprovação da medida provisória, nos termos em que
veio do Poder Executivo, ela será promulgada como lei, entrando definitivamente
no ordenamento jurídico brasileiro. Se o resultado for a aprovação de um PLV, vai
à sanção do Presidente da República como qualquer projeto de lei, podendo ele
sancionar ou apor algum veto.
Destaque para constituir projeto autônomo - Esse requerimento não pode ser
aplicado em projeto de lei oriundo da Câmara dos Deputados. É apresentado
como preliminar da votação do resto da matéria. Se aprovado, o Senador autor
do requerimento tem 48 horas para apresentar o novo projeto. É que, ao aprovar
esse tipo de requerimento, os Senadores estão autorizando a que parte do
projeto, por exemplo, não mais conste daquele que está sendo votado e passe a
ser outro, que vai começar a tramitar como projeto novo.
Ainda sobre esse tema: o Senador, sempre que se ausentar do Brasil, deve
comunicar à Casa, mesmo que seja durante o recesso parlamentar.
Sessão especial – O Senado pode realizar uma sessão especial para homenagens.
É uma sessão inteira. Mas, em vez de ser uma sessão inteira, pode-se optar por
fazer somente o Período do Expediente de homenagem. O procedimento para
obter essa homenagem é o mesmo: através de um requerimento assinado por no
mínimo 6 Senadores, lido no Período do Expediente de uma sessão e votado após
a Ordem do Dia dessa mesma sessão.
Esse requerimento pode ser assinado pela Mesa, pela maioria dos membros do Senado
(41), ou por líderes que representem esse número.
2. artigo 336, II – esse requerimento pode ser assinado por Comissão, por 54
Senadores ou por líderes que representem esse número. O requerimento é lido no
Período do Expediente de uma sessão e votado após a Ordem do Dia. Se
aprovado, a matéria a que se refere constará da Ordem do Dia da segunda sessão
deliberativa ordinária subsequente.
Se a matéria não tiver ainda recebido parecer, ele é oferecido no plenário, por relator
designado pelo Presidente do Senado. As emendas são apresentadas até o
encerramento da discussão. Se tiver havido emendas, o relator oferece parecer sobre
elas durante a mesma sessão. Ele pode solicitar prazo de 24 horas para dar esse
parecer. E a matéria é discutida e votada.
3. artigo 336, III – é uma urgência mais lenta. O requerimento é lido no Período do
Expediente de uma sessão, é incluído na Ordem do Dia da sessão deliberativa
seguinte. Se aprovado, a matéria a que se refere o requerimento entra na Ordem
do Dia da 4ª sessão deliberativa ordinária subsequente.
Um detalhe: esse tipo de requerimento só pode ser apresentado para matérias que não
tenham recebido parecer.
Nesse caso, o parecer tem que ser oferecido até a véspera da matéria entrar na Ordem
do Dia. E as emendas são apresentadas até o encerramento da discussão. Se não tiver
tido nenhuma, passa-se à votação. Mas se tiver recebido alguma emenda, a matéria
sai da Ordem do Dia para voltar na 4ª sessão deliberativa ordinária subsequente,
devendo o parecer sobre elas ser oferecido até a véspera.
Como podemos reparar, é uma urgência mais lenta que as outras. Mas a maior
garantia é que a matéria não volta para o âmbito das comissões, mesmo tendo
recebido emendas.
Esse rito de urgência pode ser assinado por Comissão, por ¼ da composição do Senado
(21), ou líderes que representem esse número. E pode ser extinto mediante
requerimento de extinção de urgência assinado por 1/4 da composição do Senado
(21), por líderes que representem esse número ou pela comissão requerente.
Existem alguns assuntos que tramitam em regime de urgência, mas não precisam de
requerimento para isso. Alguns exemplos: autorização para o Presidente da República
declarar guerra, celebrar paz.
Voto de aplauso, censura, etc.- É o que o próprio nome diz. O requerimento, antes de
ser votado no Plenário, é enviado à CCJ ou à CRE (Comissão de Relações Exteriores e
Defesa Nacional), para receber parecer.
6. Nas comissões, como para qualquer outra matéria, o seu Presidente designa um
relator, que apresentará relatório, após a sabatina do candidato pelos membros
da comissão. Ou seja, o candidato é convocado para a comissão, onde é
questionado sobre sua qualificação para o cargo. O relator, então, apresenta seu
relatório que, se aprovado, se transforma no parecer da comissão, como em
qualquer outro caso. É esse parecer que é incluído em Ordem do Dia, no Plenário,
para votação.
7. A sessão é pública, mas a votação é secreta. Isso quer dizer que, no painel
eletrônico, aparece quem votou e o resultado, mas não aparece o voto de cada
senador.
2. E como isso é feito? O artigo 84, XXIV, da Constituição Federal, determina que o
Presidente da República deve “prestar, anualmente, ao Congresso Nacional,
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior.”
3. Se ele não o fizer, a Câmara dos Deputados procede à tomada de contas. Nunca
vi isso acontecer, porque o prazo de 60 dias é sempre cumprido. Mas se não for,
está previsto o remédio para que a Constituição seja cumprida.
8. Esse projeto vai começar sua tramitação ora pela Câmara dos Deputados, ora
pelo Senado, porque os projetos oriundos da comissão mista têm o início de sua
tramitação alternadamente por uma ou outra Casa.
10. Pode ser que vocês estejam se perguntando: ”Ora, são as contas do Presidente da
República. Como se pode apresentar emenda a elas?” As emendas não são
apresentadas às contas, mas ao projeto de decreto legislativo, que as aprova.
11. Na CMO, o procedimento é igual. O relator da matéria principal será o mesmo das
emendas. Ele apresenta seu relatório que, se aprovado, se transforma no parecer.
12. Uma vez aprovado o parecer, ele é numerado e publicado como outro parecer
qualquer e terá que cumprir aquele interstício regimental de que já falamos várias
vezes, para poder ser agendado para a Ordem do Dia.
13. O projeto é discutido e votado em turno único, por maioria simples de votos.
Aprovado, vai à promulgação.
3. Nos dois casos, o projeto será discutido e votado no plenário de uma sessão
conjunta. As emendas podem ser apresentadas por qualquer congressista (isso
quer dizer que qualquer senador ou deputado pode apresentar emenda) até o
encerramento da discussão, em plenário.
8. Nas sessões conjuntas do Congresso Nacional, devemos sempre nos lembrar que
a sessão é conjunta, a discussão das matérias é conjunta, ou seja, deputados e
senadores usam da palavra naturalmente. Mas as votações são bicamerais, ou
seja, primeiro chamam-se os deputados a votar e, depois, os senadores. É
sempre assim. Só há uma exceção. Nos vetos apostos a projetos de lei do
Senado. Isso vamos ver um pouco mais adiante, na unidade de vetos.
VETOS PRESIDENCIAIS
3. O veto só pode ser aposto por duas razões: uma, política – o projeto ser
considerado contrário ao interesse nacional – e, outra, jurídica – o projeto ser
considerado inconstitucional.
8. A Constituição Federal dispõe que o Congresso Nacional tem 30 dias para apreciar
o veto. Entretanto, sabemos que esse dispositivo não vem sendo regularmente
cumprido.
11. Algumas vezes há vários vetos em um só projeto. Cada um deles deve ser votado
separadamente. Assim, seriam muitas e muitas votações nominais no painel. É
um processo bastante demorado. Para agilizar e preservar o caráter secreto da
votação, desde 1992 o Congresso Nacional está utilizando cédula de votação. Os
parlamentares marcam seu voto e depositam a cédula em uma urna, assinando a
lista de presença na votação. Quem faz a apuração desses votos é o Prodasen,
acompanhado de uma comissão de parlamentares indicados pelos líderes
partidários e designados pelo Presidente do Congresso.
14. E como fica a vigência dessa matéria? Ela fazia parte de uma lei que já foi
publicada e já começou a produzir seus efeitos, com exceção do dispositivo
vetado. Vamos tomar como exemplo hipotético o artigo 2º da lei.
15. Esse artigo 2º, que havia sido vetado, cujo veto foi rejeitado pelo Congresso, fazia
parte de uma lei que, também hipoteticamente, tinha como cláusula de vigência
“esta lei entra em vigor na data de sua publicação”. Então, esse artigo 2º só entra
em vigor da data da sua própria publicação. Seus efeitos não retroagem à data da
publicação da lei em que ele está inserido.
16. Outro exemplo: se este artigo 2º estiver inserido em uma lei que tem como
cláusula de vigência “esta lei entra em vigor 90 dias após a publicação”, o artigo
2º, quando for publicado, só entrará em vigor 90 dias após a sua publicação do
DOU.
17. Dos itens 14 e 15 acima, compreende-se que o artigo 2º cumpre o que a cláusula
de vigência da lei dispõe. Mas a partir da sua própria publicação no DOU e não a
partir da publicação da lei.
MATÉRIAS ORÇAMENTÁRIAS
1. Por matérias orçamentárias devemos entender:
(Autoria: CCJ)
1. Agora, vamos estudar sobre este tipo de proposição. Ele vem como Unidade 2
logo depois dos projetos de lei do Senado, de autoria de Senador, que gerarão
leis ordinárias, porque têm o mesmo rito de tramitação, ou seja, têm caráter
terminativo nas comissões.
4. Lido no Período do Expediente da sessão, o Ofício, que toma o nome de Ofício “S”
(“S” de Senado), é numerado e vai ao exame da CCJ, que tem o prazo de 20
dias úteis para dar seu parecer.
6. Uma vez aprovado o projeto pela CCJ, seu Presidente encaminha ofício ao
Presidente do Senado comunicando o que a Comissão decidiu.
7. Em qualquer caso – com ou sem projeto de resolução – uma vez lido no Período
do Expediente o ofício do Presidente da CCJ, fica aberto o prazo de 5 dias úteis
para apresentação de recurso, no sentido de que a matéria venha a ser apreciada
também pelos Senadores em Plenário. Repare que é o mesmo procedimento
utilizado para os projetos de lei do Senado, constante da Unidade 1, que também
tramitam com caráter terminativo nas comissões.
8. Se não tiver recebido recurso, a matéria ou vai para o Arquivo, no caso de a CCJ
ter decidido pela não suspensão, ou vai ser promulgada Resolução do Senado,
fruto do projeto de resolução da CCJ.
10. Se o Senado suspender a execução da lei, essa decisão passa a ter efeito erga
omnes, ou seja, para toda a sociedade brasileira. Caso contrário, vale apenas
para aquele caso concreto examinado pelo Supremo no Recurso Extraordinário ou
em outra decisão incidental.
11. As matérias que estudamos nas Unidade 1 e 2 são as duas que, regimentalmente,
têm tramitação terminativa no âmbito das comissões. Outras matérias podem
receber este caráter terminativo, a juízo do Presidente do Senado, após ter ouvido
as lideranças partidárias. São elas:
Aqui você terá a oportunidade de conhecer o significado das siglas usadas para nomear
as diversas proposições.
Objetivos:
MSG Mensagem
OF Ofício SF (Interno)
RELAT Relatório
REN Renúncia
REP Representação
RQS Requerimento
SUG Sugestão
VET Veto
Realização:
Senado Federal