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Sessão Preparatória – Posse

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SESSÃO PREPARATÓRIA – POSSE

Das Sessões Preparatórias

Essas sessões recebem esse nome, pois preparam a casa para o desenvolvimento de
seus trabalhos. Essa preparação é feita de duas formas: dando posse aos deputados que
foram diplomados, uma vez que, evidentemente, a casa só pode funcionar por meio dos seus
membros; e elegendo e dando posse à mesa diretora, que é o órgão colegiado responsável
por conduzir os negócios legislativos e os serviços administrativos da casa.
A posse dos deputados estaduais, portanto, ocorre no dia 1º de fevereiro, e, após isso, se
instalará a legislatura e a 1ª sessão legislativa ordinária, seguidas da posse da Mesa Diretora
do 1º Biênio – configurando os três eventos do dia 1º de fevereiro do ano seguinte às elei-
ções, independentemente do dia da semana em que essa data caia.

Atos que Antecedem a Posse

Fazendo uma analogia, ao se matricular na faculdade, a instituição pede, dentre outros

documentos, o diploma de conclusão do ensino médio. Da mesma forma, ocorre na posse
dos deputados estaduais, pois, para que eles tomem posse e se invistam no mandato de
deputado estadual, devem apresentar alguns documentos, sendo o principal deles o diploma,
que é um documento expedido pela Justiça Eleitoral que atesta que aquele candidato, caso
ganhe, está apto para assumir o cargo.
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Junto à entrega do diploma, o deputado escolhe seu nome parlamentar e a legenda par-
tidária. Esses procedimentos são expressos no artigo a seguir:

Art. 4º O diploma expedido pela Justiça Eleitoral, juntamente com a comunicação do nome parla-
mentar e da legenda partidária, será entregue à Mesa da Assembleia pelo Deputado ou por inter-
médio de seu partido, até o dia 20 de janeiro do ano de instalação da legislatura.

Sobre o caput, há ainda uma ressalva, pois, com relação aos deputados, a posse é uma
situação personalíssima, sendo assim, não há possibilidade dele tomar posse por procura-
ção, apenas a entrega da documentação que permite essa modalidade. Essa falta de possi-
bilidade de assumir por procuração ocorre para deputados, porque, diferente dos servidores
públicos, por exemplo, seu mandato já começa no ato da posse.
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§2º O nome parlamentar do Deputado, salvo quando essencial à identificação, é composto de dois
elementos: o prenome e um nome, dois nomes ou dois prenomes.

Depois da apresentação da documentação necessária, até o dia 20 de janeiro, para que

se possa tomar posse normalmente, no dia 1º de fevereiro, existem alguns detalhes impor-
tantes sobre a posse e sobre a eleição da mesa. Logo, no 1º ano da legislatura, então, ocorre
a posse dos Deputados Estaduais e eleição e posse da Mesa Diretora do 1º Biênio.
A direção dos trabalhos da posse é dada pelo mais idoso dos deputados estaduais pre-
sentes, que, após declarar a posse aberta, convidará dois outros Deputados para atuarem
como Secretários – como determinado:

Parágrafo único. O Deputado mais idoso exercerá a Presidência até que se eleja a Mesa da As-
sembleia.
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Prestação do Compromisso

Utilizando uma analogia, novamente, imagine uma situação de casamento, em que há

um casal que contrai o matrimônio, com uma solenidade conduzida por um juiz de paz ou por
uma outra autoridade eclesiástica que esteja investida de poderes. Acontece, então, a forma-
lidade de questionar se a pessoa aceita a outra como legítimo esposo ou esposa, ao passo
que há a resposta “sim”, indispensável ao ritual do casamento. Da mesma forma ocorre no
momento da posse dos deputados estaduais: há a necessidade imperiosa da prestação do
compromisso em que cada um dos deputados deve dizer, em voz alta e em público, que se
compromete ao cargo.
A solenidade, então, se dá pela seguinte ordem:
I. o Presidente, de pé, no que será acompanhado pelos presentes, prestará o compro-
misso: “prometo defender e cumprir as Constituições e as leis da República e do Estado, bem
como desempenhar, leal e honradamente, o mandato que me foi confiado pelo povo mineiro”.
II. prestado o compromisso, um dos Secretários fará a chamada dos Deputados, e cada
um, ao ser proferido o seu nome, responderá: “assim o prometo”;
III. o compromissando não poderá, no ato da posse, fazer declaração oral ou escrita, ou
ser representado por procurador.
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Posse Extemporânea

A posse, como já dito, ocorre no dia 1º de fevereiro do ano seguinte às eleições, sendo
esse o evento que coloca os diplomados no exercício do mandato. Mas, se por algum motivo,
o candidato diplomado não puder tomar posse naquele dia, a regra regimental é de que, pri-
meiramente, isso só pode ocorrer por motivos de força maior ou por enfermidade compro-
vada, com prazo de 30 dias, prorrogável por mais 30 dias. Esses dias são contadoss a partir:
I. da primeira sessão preparatória para Deputado Eleito na Data Regular;
Sobre esse primeiro prazo, é interessante ressaltar que existe, sim, a possibilidade de
um deputado ser eleito fora da data regular. O regimento determina que, se houver vaga e
não houver suplente, o que é muito improvável, essa situação pode acontecer, ainda com a
condição de que faltem mais de 15 meses para o término do mandato, realizando uma elei-
ção extemporânea.
II. da diplomação, se o Deputado houver sido eleito durante a legislatura – ou seja, fora
da data regular;
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III. da declaração de vaga, observado o disposto no parágrafo único do art. 50.
A posse fora de época ocorre, portanto, no plenário ou na presidência, nos recessos.

POSSE DO SUPLENTE

É importante, ainda, ter em mente que há a possibilidade de convocação do suplente, em

situação de vacância e em algumas situações de licença. Então, um exemplo bem comum
é o caso em que o deputado estadual é convidado para exercer o cargo de secretário de
estado. Nesse caso, ele se licencia da assembleia e o suplente é convocado.
O regimento estabelece que, se o suplente for convocado mais de uma vez, só vai prestar
o compromisso, um ato formal indispensável para a posse, na primeira delas – reforçando o
fato de que, caso não preste compromisso, o deputado não está em exercício, como deter-
minado pelo regimento:

V – não se investirá no mandato o Deputado que deixar de prestar o compromisso regimental;

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RENÚNCIA TÁCITA

Se o parlamentar não tomar posse no prazo regimental, considera-se renúncia tácita, que
é uma situação altamente improvável, que, possivelmente, nunca ocorreu, porém há previ-
são regimental.

§ 2º Considerar-se-á renúncia tácita o não comparecimento ou a falta de manifestação do Depu-

tado, decorrido o prazo estabelecido no caput deste artigo ou, em caso de prorrogação do prazo,
após o término desta.

Apresentação da Declaração de Bens na Posse e no Término do Mandato

Dentre os documentos que o deputado deve apresentar para posse está a declaração
de bens. Ela é solicitada, pois é necessário que se justifique uma eventual alta evolução
patrimonial – é evidente que não há proibição em ganhar dinheiro, mas o parlamentar deve
demonstrar que sua evolução patrimonial é compatível com o dinheiro recebido ao longo do
mandato, ou seja, sua licitude. Essa é uma norma regimental:
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VIII – o Deputado apresentará à Mesa da Assembleia, para efeito de posse e no término do

mandato, declaração de bens, observado o disposto no parágrafo único do art. 258 da Constitui-
ção do Estado

Da Declaração de Instalação da Legislatura

Depois da posse, há uma pequena formalidade chamada de “instalação da legislatura”,

que ocorre da seguinte maneira:

Art. 8º Em seguida à posse dos Deputados, o Presidente, de forma solene e de pé, no que será
acompanhado pelos presentes, declarará instaladas a legislatura e a 1ª sessão legislativa ordinária
e dará início aos trabalhos de eleição da Mesa da Assembleia para o 1º biênio.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Mário Elesbão.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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