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FÍSICA
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página II
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Mecânica FRENTE 1
FÍSICA
tivo. O intervalo de tempo gasto na
vagão em relação à estrada.
(2) O movimento de B em relação travessia do rio é calculado como se
ao sistema inercial é chamado de → não existisse correnteza.
Varr = 4,0km/h
movimento de arrastamento.
AB AB
(3) O movimento de A em relação Vrel = –––– ⇒ t = –––––
t Vrel
ao sistema inercial é chamado de (III) Movimento resultante
movimento resultante. garoto em relação à estrada. L
Sendo AB = ––––––, vem:
2. Teorema de Roberval sen
→ L / sen L
Vrel = velocidade relativa t = –––––––––– = ––––––––––––
→ Vrel Vrel . sen
Varr = velocidade de arrastamento
→
VR = velocidade resultante
Se quisermos obter t mínimo,
Vale a relação:
basta tomar sen máximo, isto é,
→ → → sen = 1 e = 90°, ou seja:
VR = Vrel + Varr
→ → →
VR 2 = Vrel 2 + Varr 2
Exemplificando: Para o barco atravessar o rio no
Considere o vagão de um trem → menor tempo possível, sua velo-
V = 5,0km/h
que se move com velocidade cons- R cidade relativa às águas deve
tante de intensidade 4,0km/h em rela- ser perpendicular à correnteza.
ção à estrada. 3. Princípio de Galileu
Um garoto está em cima do teto A presença da correnteza altera
do vagão caminhando com velocidade O intervalo de tempo de du-
apenas o ponto da margem oposta
constante de intensidade 3,0km/h, em ração do movimento relativo não
atingido pelo barco e não interfere no
relação ao vagão, em uma direção per- depende do movimento de arras-
tempo gasto, que é calculado com
pendicular à velocidade do vagão. tamento.
base no movimento relativo.
–1
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1. (UECE-2021-MODELO ENEM) – O combate à Covid-19 na região 2 Uma pessoa se move horizontalmente, em linha reta, com veloci-
Amazônica exige uma logística complexa por parte das autoridades. Muitas dade constante, em relação ao solo terrestre, de módulo VP = 1,8m/s.
pessoas residem em comunidades ribeirinhas, fazendo com que as vacinas Está caindo uma chuva vertical (sem vento) com velocidade constante,
só cheguem a esses locais de barco. Um desses barcos gasta 8,0 horas em relação ao solo terrestre, de módulo VC = 2,4m/s.
para subir e 4,0 horas para descer um mesmo trecho do rio Amazonas. A pessoa está com seu guarda-chuva aberto e para se proteger melhor
Suponha que o barco seja capaz de manter uma velocidade constante, em da chuva o seu eixo deve estar na direção da velocidade da chuva em
módulo, em relação à água. Em virtude de uma falha mecânica, o barco fica relação à pessoa. (ver figura)
à deriva com os motores desligados, descendo novamente todo o trecho
do rio. Dessa forma, o tempo gasto, em horas, para o barco perfazer o
mesmo percurso sob ação exclusiva da correnteza é igual a
a) 10,0h b) 12,0h c) 14,0h
d) 16,0h e) 18,0h
RESOLUÇÃO
1) Δs = V t (MU)
d = (Vb + VC) 4,0 (1) Dados:
θ 30° 37° 45° 53° 60°
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VP 1,8
b) Da figura: sen = –––– = –––– ⇒ sen = 0,60
Vrel 3,0
= 37°
Respostas: a) Vrel = 3,0m/s
b) = 37°
2–
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3. Considere um rio de margens paralelas e correnteza com velo- 4. Um carro descreve uma trajetória retilínea e horizontal em movi-
cidade constante de módulo 3,0m/s em relação às margens. Um barco mento uniforme com velocidade escalar de 72km/h. Uma pedra fica
motorizado tem velocidade constante de módulo 5,0m/s em relação às incrustada no pneu do carro.
águas do rio. Para um referencial fixo no solo terrestre, o módulo V da velocidade de
A largura do rio é de 500m e o barco pretende ir de uma margem para pedra será tal que:
outra. Calcule a) V = 72km/h b) V = 0
a) o tempo mínimo de travessia; c) 0 V 72km/h d) 72km/h V 144km/h
b) o arrastamento do barco rio abaixo na condição do item (a); e) 0 V 144km/h
c) o tempo gasto na travessia para que o barco atravesse o rio perpen-
dicularmente às margens. RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
a) O tempo será mínimo quando a velocidade relativa for
perpendicular às margens.
L
Vrel = ––––––
Tmín
500
5,0 = ––––––
Tmín
Tmín = 100s
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1) A pedra tem um movimento de arrastamento com velocidade
horizontal igual à do carro (V1).
b) BC = Varr . T 2) A pedra tem um movimento, relativo ao carro, circular e
BC = 3,0 . 100 (m) ⇒ BC = 300m uniforme com velocidade de módulo V2.
3) No ponto A, de contato com o chão, a pedra deve ter velocidade
c)
nula, em relação ao solo, para que o pneu não derrape.
Portanto: V2 = V1.
4) No ponto C, a velocidade da pedra, relativa ao solo, será dada
por:
VC = V2 + V1 = 2V1
5) A velocidade da pedra, relativa ao solo, terá módulo V tal que:
VA V VC
0 V 144km/h
VR = 4,0m/s
2) AB = VR . Δt
500 = 4,0 . Δt
Δt = 125s
Respostas: a) 100s
b) 300m
c) 125s
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RESOLUÇÃO:
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4–
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MÓDULO 12 Balística
2
Lançamento de Projéteis 0 = V0y + 2(– g)Hmáx
2
2gHmáx = V0y
Um objeto é lançado obliquamen-
te com ângulo de tiro e velocidade 2
→ V0y V02 (sen )2
de lançamento V0 em uma região on- Hmáx = –––– = ––––––––––––
de o campo de gravidade é uniforme 2g 2g
→
(g = constante) e o efeito do ar é con-
siderado desprezível. 5. Cálculo do Alcance Horizontal
Sendo Vx = V0 cos e
b) Componente vertical:
V0y = V0 sen 2V0 sen
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t = ts + tq = 2ts = –––
–––––––,
– obtemos:
g
1. Movimentos Componentes 3. Cálculo do Tempo de Subida
2 V0 . sen
D = V0 cos . ––––––––––––
O movimento do projétil se faz Analisando-se apenas o movimen- g
com trajetória parabólica e não é uni- to vertical (MUV), temos:
formemente variado (aceleração esca- V02
Vy = V0y + y . t D = –––– . 2 sen cos
lar variável). g
Para facilidade de estudo, este
Quando o corpo atinge o ponto
movimento é decomposto em dois Porém:
mais alto:
movimentos parciais:
2 sen cos = sen 2
Vy = 0 e t = ts. Portanto
V02
Movimento horizontal D = –––– sen 2
Na direção horizontal, não há ace- 0 = V0y – gts g
leração e, portanto, o movimento hori-
zontal é do tipo uniforme, isto é, a 6. Propriedades Notáveis
V0y V0 sen
velocidade horizontal é constante. ts = –––– = ––––––––––
g g a) No ponto mais alto da trajetória
parabólica, a velocidade tem direção
Movimento vertical
horizontal (V = Vx = V0 cos) e a acele-
Na direção vertical, a aceleração 4. Cálculo da Altura Máxima → →
escalar é constante ( = –g) e o mo- ração é igual à da gravidade ( a = g ).
vimento é do tipo uniformemente Analisando-se novamente o movi- b) Para = 45° o alcance horizon-
variado. mento vertical (MUV), temos: tal é máximo.
V 20
2. Componentes da Velocidade
→
Inicial V0
2 2
V y = V0y + 2 y sy
Dmáx = –––– , pois sen 2 = 1
g
Quando o corpo atinge o ponto c) Para ângulos de tiro comple-
→
A velocidade de lançamento V0 mais alto: mentares (por exemplo 1 = 30° e
pode ser decomposta em duas parce- 2 = 60°), os alcances horizontais são
las: Vy = 0 e sy = Hmáx. Portanto: iguais.
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x g x 2
Hmáx V02
y = (V0 sen ) –––––
–––– – –– –––––
–––––
– –––––––– = –––– = constante
V0cos 2 V0 cos (sen ) 2 2g
Lançamentos notáveis.
Suponha que, no seu saque mais rápido, León atingiu a bola a 3,2m de
altura do solo, quando ela estava parada no ponto mais alto da sua
trajetória. Considerando-se que, imediatamente após o impacto com a
mão de León, a velocidade inicial da bola tenha sido horizontal, que a
aceleração da gravidade no local tenha módulo igual a 10m/s2, e
desprezando-se a resistência do ar, o alcance da bola de foi de:
a) 28m. b) 30m. c) 32m. d) 34m. e) 36m.
1) Cálculo de tempo de queda:
y
sy = V0y t + ––– t2
2
3,2 = 0 + 5,0T2 ⇒ T2 = 0,64 (SI)
T = 0,80 s
6–
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D = 30m 10 10 100
1,0 = 0,60 V0 . ––– – ––– . ––––
V0 2 V02
Resposta: B
1000 1000 500
1,0 = 6,0 – ––––– ⇒ –––––
2
= 5,0 ⇒ ––––
2
= 5,0
2V02 2V0 V0
2
V0 = 100 (SI)
V0 = 10,0m/s
Resposta: E
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2. (ESCOLA NAVAL-2021-MODELO ENEM) – Considere um projétil
arremessado de uma posição a 1,0m de altura do solo, com um ângulo
de 37° em relação à horizontal. Existe um alvo a 8,0m de distância, na
horizontal, da posição de lançamento do projétil, e a 2,0m de altura do
solo. Calcule o módulo da velocidade inicial do projétil para que ele
acerte o alvo e assinale a opção correta.
a) 2,0m/s b) 4,0m/s c) 6,0m/s
d) 8,0m/s e) 10,0m/s
RESOLUÇÃO:
1) Componentes de V0:
2) Na direção horizontal:
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d) 70m/s e) 80m/s
RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
→
1) Componentes de V0: 1) Na direção y:
2 2
2 (m/s) = 10 2 m/s
V0x = V0y = V0 cos 45° = 20 . ––– Vy = V0y + 2γy Δsy
2 2 2
0 = V0y + 2 (–10) . 80 ⇒ V0y = 1 600 (SI)
Δs (60 – 40) m 20 m 10 m
Vm = ––– = –––––––– –– = –––– –– = ––– ––
Δt 22 s 22 s 2 s
4) Cálculo de V0:
102 (m/s) ⇒
Vm = ––––– Vm = 52 m/s 7,0m/s
2
Resposta: C
2 2 2
V0 = V0x + V0y
2
V0 = (30)2 + (4,0)2 (SI)
V0 = 50m/s
Resposta: C
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FÍSICA
a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5.
RESOLUÇÃO:
1) Componentes da velocidade inicial
V0x = V0 cos
V0y = V0 sen
V0 sen
TS = –––––––––
g
2V0 sen
T = ––––––––––
g
4) Cálculo do alcance D
sx = V0x T
2 V0 sen
D = V0 cos . ––––––––––
g
V02
D = –––– sen 2
g
V02
D = Dmáx = ––– ⇔ sen 2 = 1
g
2 = 90°
= 45°
Resposta: D
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1. Objeto da Dinâmica Se for suprimida a força que atua A inércia pode-se manifestar de
em um corpo, instantaneamente duas formas: a inércia de repouso e
Dinâmica é a parte da Mecânica cessa sua aceleração, isto é, não exis- a inércia de movimento.
que procura estabelecer as leis que te “inércia” de aceleração. Se um corpo estiver em repouso,
explicam os movimentos, possibilitan- livre da ação de forças, ele tende a se
do determinar o tipo de movimento de 4. Equilíbrio de uma Partícula manter em repouso: é a inércia de re-
um corpo a partir de uma certa situa- pouso.
ção inicial. Nosso estudo de dinâmica vai-se É por inércia de repouso que um
As leis da dinâmica foram formu- restringir a forças aplicadas a partícu- passageiro desprevenido é projetado
ladas por Galileu e Newton. las (pontos materiais), isto é, corpos para trás em um ônibus que, partindo
de tamanho desprezível em compara- do repouso, arranca abruptamente.
2. Grandezas Fundamentais ção com as distâncias envolvidas. Se um corpo estiver em movi-
Dizemos que uma partícula está mento, livre da ação de forças, ele ten-
Na cinemática, as grandezas em equilíbrio quando estiver livre da de a continuar com velocidade
fundamentais para a descrição dos ação de forças. constante (MRU); é a inércia de
movimentos eram apenas o com- movimento.
primento (L) e o tempo (T), e as A expressão livre da ação de for- É por inércia de movimento que
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grandezas derivadas, utilizadas em ças admite duas situações: um motorista é projetado para frente
seu estudo, foram a velocidade e a (1) nenhuma força atua sobre a quando freia o carro, ensejando o uso
aceleração. partícula, o que é apenas uma do cinto de segurança para evitar sua
Na dinâmica, as grandezas fun- suposição teórica, irrealizável colisão com o vidro dianteiro.
damentais para a explicação dos na prática;
movimentos são o comprimento (L), (2) as forças atuantes se neutrali- Para vencer a inércia, o corpo
a massa (M) e o tempo (T). zam, de modo que sua so- deve receber a ação de uma força.
As grandezas derivadas principais ma vetorial (força resultante) é
Sintetizando:
utilizadas, além da velocidade e da nula.
aceleração, são força, trabalho, po- A ausência de força resultante im-
tência, energia, impulso e quantidade plica a ausência de aceleração e de- Por inércia, um corpo tende a
de movimento. termina, para a partícula, uma manter a velocidade que possui,
velocidade vetorial constante, com e para alterar esta velocidade, é
3. Conceito Dinâmico de Força duas possibilidades: repouso ou mo- preciso a intervenção de uma
vimento retilíneo e uniforme. força.
Força é o agente físico responsá-
vel pela aceleração dos corpos. Equilíbrio da partícula
Isso significa que força é algo que O conceito de inércia foi estabele-
→ → → → cido por Galileu, porém, com uma in-
produz variação de velocidade de F =0 ⇔ a = 0
um corpo. correção: Galileu, influenciado por
→ Aristóteles, acreditava que, na ausên-
V = constante
Qualquer alteração na velocidade cia de forças, um corpo poderia reali-
→ →
de um corpo, seja em intensidade, V = 0 : partícula em repouso zar movimento circular e uniforme, por
seja em orientação (direção e sentido), inércia.
→ →
implica uma aceleração e, portanto, a V 0 : partícula em MRU O erro de Galileu foi corrigido por
presença de uma força que vai pro- Newton em sua obra máxima, Os
duzir esta aceleração. Princípios Matemáticos da Filosofia
Força e aceleração constituem um 5. Conceito de Inércia Natural, publicada em 1687 e que con-
dos mais importantes pares causa- tinha suas três leis de movimento.
efeito da Física. A inércia é uma propriedade ca- As três leis de movimento de
racterística da matéria, que consiste Newton procuram estabelecer o
Força ⎯⎯→ Aceleração na tendência do corpo em manter comportamento de um corpo em três
(causa) produz (efeito) sua velocidade vetorial. situações distintas:
10 –
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1.a lei: comportamento do corpo uma força externa que vai mudar sua
quando estiver livre da ação de forças; velocidade.
2.a lei: comportamento do corpo (3) Uma nave a jato interage com
ao receber a ação de uma força; os jatos expulsos e recebe dos jatos
3.a lei: comportamento do corpo uma força externa que vai mudar sua 2.a Lei de Newton
ao interagir com outros corpos. velocidade.
A 1.a Lei de Newton nega a possibi- “A força aplicada a um corpo e a
a.
6. 1 Lei de Newton lidade de existência de um super-ho- aceleração por ela produzida são
mem que possa voar sem receber a proporcionais.”
A 1.a Lei de Newton, também ação de uma força externa, graças → →
F = ma
chamada de princípio da inércia, apenas a uma grande energia interna.
estabelece que
“uma partícula, livre da ação de 7. Sistema de Referência Inercial O coeficiente de proporcionalida-
forças, ou permanece em repouso de (m) é uma constante característica
(inércia de repouso), ou permanece A 1.a Lei de Newton não é válida do corpo, que mede a sua inércia e é
em movimento retilíneo e uniforme para qualquer sistema de referência. chamado de massa inercial (ou sim-
(inércia de movimento).” Um sistema de referência, em re- plesmente massa) do corpo.
lação ao qual é válida a 1.a Lei de Portanto, a massa é uma pro-
Newton, é chamado de referencial priedade do corpo que traduz a res-
1.a Lei de Newton
inercial. posta desse corpo ao ser solicitado
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→ →
F = 0 Repouso ou MRU Para movimentos na superfície ter- por uma força.
restre, de duração bem menor que 24h,
Isso significa que o repouso e o
os efeitos de rotação da Terra se tor-
MRU são estados de equilíbrio, man-
nam irrelevantes, e, com boa aproxima-
tidos por inércia, isto é, sem a
ção, podemos assumir um referencial
intervenção de forças.
fixo na superfície terrestre (referencial
A 1.a Lei de Newton derrubou o
de laboratório) como inercial.
pensamento de Aristóteles, que afir-
Nos estudos de Astronomia, um
mava: “tanto para colocar um corpo
referencial ligado às “estrelas fixas”
em movimento como para mantê-lo
é tomado como referencial inercial.
em movimento é preciso a ação de
Cumpre destacar que um referen-
uma força”. Aristóteles errou porque
cial que esteja em movimento
só admitiu a inércia de repouso, ne-
retilíneo e uniforme, em relação a
gando a inércia de movimento, afir- tg mede a massa
outro referencial inercial, também
mando que um corpo livre de forças
será inercial. →
só pode estar em repouso.
Assim, assumindo como inercial Variando-se a intensidade de F ,
O princípio da inércia pode ter ou-
um referencial ligado à superfície ter- para um mesmo corpo, a intensidade
tra formulação equivalente: →
restre, também será inercial um refe- de a varia proporcionalmente, confor-
rencial que se desloque com velocida- me traduz o gráfico F = f(a) anterior.
“Nenhum corpo pode, sozinho,
de constante (MRU) em relação à su- A declividade da reta F = f(a) (tg)
alterar sua velocidade.”
perfície terrestre. mede a massa do corpo.
Isso significa que, para mudar sua 8. 2.a Lei de Newton Nota → →
velocidade, um corpo precisa interagir →
Quando várias forças ( F1, F2, ...,
→
com o resto do Universo, de modo a Decorre da 1.a Lei de Newton que Fn ) atuarem no corpo, F representará
receber uma força externa capaz de qualquer alteração na velocidade de a força resultante, isto é,
vencer a sua inércia. um corpo implica a existência de ace- → → → →
leração e a presença de uma força F = F1 + F2 + ... + Fn
Exemplificando:
(1) Uma pessoa, para andar, in- responsável por esta aceleração.
terage com o chão e recebe, por meio A 2.a Lei de Newton, também cha- 9. Unidades
do atrito, uma força externa que vai mada de princípio fundamental da
mudar sua velocidade. dinâmica (PFD), estabelece uma rela- No Sistema Internacional de Uni-
(2) Um avião a hélice (ou um pás- ção entre a força aplicada a um corpo dades (SIU), temos:
→ →
saro) interage com o ar e recebe dele (F ) e a aceleração por ele adquirida ( a ).
– 11
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Unidade de aceleração: m/s2 menores do que este valor. manutenção de sua órbita. As forças
Unidade de massa: kg gravitacionais que o Sol e a Lua exer-
(2) Força eletromagnética: in- cem sobre os oceanos são respon-
Unidade de força: newton (N)
clui as forças elétricas e as forças mag- sáveis pelas marés.
m néticas. Esta força existe entre A força gravitacional, embora seja
1N = kg . ––––
s2 partículas eletrizadas e pode ser atrativa a mais fraca das interações fundamen-
ou repulsiva. Ela explica a ligação entre tais, é a mais importante na Astrono-
os elétrons e os núcleos atômicos e mia, para explicar a formação de
10. Dimensões também a união entre os átomos para estrelas, galáxias e planetas, pelas se-
formarem as moléculas. Além disso, é guintes razões:
Em relação às grandezas funda- responsável pela emissão de radiação
mentais massa (M), comprimento (L) eletromagnética, quando os átomos (1)continua atuando em corpos
e tempo (T), temos passam de um estado excitado para o eletricamente neutros;
seu estado fundamental.
[a ] = LT –2 = MoLT –2 (2)é sempre atrativa e torna-se
(3)Força nuclear fraca: ocorre muito intensa porque, em escala
[m] = M = MLoTo
entre elétrons e prótons e entre elé- astronômica, as massas dos corpos
[F ] = MLT – 2 trons e nêutrons; atua em escala nu- tornam-se extremamente grandes.
clear, com alcance ainda menor que o Todas as demais forças que apa-
11. Reconhecimento das da força nuclear forte; é responsável recem na Física podem ser reduzidas
FÍSICA
Interações Fundamentais da pelo processo de emissão de elétrons a essas quatro interações fundamen-
Natureza, Âmbitos de Atração pelos núcleos de certas substâncias tais.
e Intensidades Relativas radioativas, denominado desintegra- As interações nuclear forte e nu-
ção beta. clear fraca, devido a seu alcance extre-
As diferentes forças que apare- A intensidade da força nuclear fra- mamente curto, da ordem das
cem na Natureza podem ser explica- ca é muito menor que a da força dimensões do núcleo dos átomos, só
das em termos de quatro interações eletromagnética, situando-se num têm relevância para explicar fenô-
fundamentais que apresentamos a patamar intermediário entre as forças menos em escala nuclear.
seguir, em ordem decrescente de eletromagnéticas e gravitacionais. Do ponto de vista macroscópico,
suas intensidades. Hoje em dia, a teoria que pretende só têm importância as interações ele-
unificar as interações fundamentais já tromagnética e gravitacional.
(1)Força nuclear forte (também admite que a força nuclear fraca e a A estrutura dos átomos e as
chamada de força hadrônica): so- força eletromagnética representam forças interatômicas estão ligadas à
mente ocorre entre as partículas ele- aspectos diferentes de uma mesma interação eletromagnética.
mentares chamadas hádrons, que interação fundamental (força Einstein passou grande parte de
incluem, entre outras, os prótons e eletrofraca). sua vida tentando interpretar essas
nêutrons, constituintes do núcleo atô- quatro forças como aspectos distintos
mico. (4)Força gravitacional: é a força de uma única superforça. A unificação
A força nuclear forte atua em esca- atrativa que existe entre partículas das forças eletromagnética e nuclear
la nuclear, tendo, portanto, um alcance dotadas de massa. É a mais fraca de fraca já é aceita e está-se tentando,
extremamente curto, da ordem de todas as interações fundamentais. Por atualmente, também a inclusão da
10–15m. Ela é responsável pela manu- exemplo, a força de repulsão força nuclear forte nessa unificação.
tenção ou coesão do núcleo atômico, eletrostática entre dois prótons é Ainda se pretende, como queria
mantendo os quarks unidos para forma- cerca de 1036 vezes maior do que a Einstein, a unificação de todas as in-
rem os prótons e nêutrons e mantendo respectiva força gravitacional entre terações, porém isso, por enquanto, é
estes últimos unidos no núcleo do eles. mera especulação.
átomo, apesar da força de repulsão A força gravitacional entre a Terra
eletrostática entre os prótons. As forças e um corpo em suas proximidades é o
nucleares fortes diminuem rapidamente peso do corpo. A força gravitacional
com a separação das partículas e são que o Sol aplica sobre um planeta é
desprezíveis à distância de alguns responsável pelo seu movimento orbi-
diâmetros nucleares. Estas forças são tal. A força gravitacional que a Terra
atrativas para distâncias maiores do que exerce na Lua ou em qualquer outro
0,4 . 10–15m e repulsivas para distâncias satélite artificial é responsável pela
12 –
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1. (INEP-2019-MODELO ENEM) – Durante um jogo de futebol uma 2. (FATEC) – Nas figuras abaixo, estão representadas, através de
bola é chutada e viaja em direção ao gol como mostra a imagem. vetores, todas as forças que agem sobre uma partícula; as forças são
Despreze o efeito do ar. constantes e têm a mesma intensidade.
FÍSICA
RESOLUÇÃO:
a) Para a partícula ter velocidade vetorial constante, a resultante
Ferreira, A. Bicicleta de Pelé. Maracanã, Rio de Janeiro, 1965.
das forças deve ser nula, o que ocorre nos esquemas I, III e V
(ausência de forças).
(Disponível em: https://imagesvisions.blogspot.com. b) No esquema V, a partícula está livre de forças e, portanto, ou
Acesso em: 19. mar. 2019) está em repouso ou está em MRU.
RESOLUÇÃO:
Resposta: D
– 13
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 14
3. Um bloco está em repouso sobre um plano inclinado com atrito. O 4. (FUVEST-TRANSFERÊNCIA-2022-MODELO ENEM) – A lagosta
bloco pesa 10N. boxeadora (Odontodactylus scyllarus), um crustáceo de cerca de 10cm
de comprimento, é considerado um dos animais mais fortes do mundo,
sendo capaz de dar um golpe muito forte e muito rápido em suas
presas. Esse golpe é capaz de quebrar o vidro de um aquário,
dificultando sua criação em cativeiro. A figura mostra dados de um
experimento que mediu a intensidade da força desse golpe em função
do tempo:
a) Represente, na figura:
→
1) o peso P do bloco.
→
2) a força F que o plano inclinado exerce no bloco.
→
b) Caracterize a força F em módulo, direção e sentido.
→ →
c) Relacione a força F com suas componentes normal (FN) e de atrito
→
(Fat)
RESOLUÇÃO:
a)
FÍSICA
→ → →
c) F = Fat + FN
F2 = F2at + F2N
14 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 15
RESOLUÇÃO:
De acordo com a 2.a lei de Newton:
F=ma
480 m
amáx = –––– ––– = 4800 m/s2
0,10 s2
Resposta: A
5. (VUNESP-ANHEMBI-MORUMBI-2022-MODELO ENEM) – O
ponto de freada mais crítico entre todas as pistas do calendário de
corridas da categoria Stock Car é no fim da reta dos boxes do autódromo
FÍSICA
de Interlagos, em São Paulo, quando os carros diminuem de 234km/h
para 72km/h, antes de contornarem a curva do “S do Senna”. É uma
diminuição de 162km/h em apenas 5,0 segundos.
(https://mobilidade.estadao.com.br. Adaptado.)
RESOLUÇÃO:
km 234 m
1) V0 = 234 ––– = –––– –– = 65,0m/s
h 3,6 s
72 m
Vf = 72km/h = ––– –– = 20,0m/s
3,6 s
| ΔV | = 45,0m/s
| ΔV |
2) (PFD): FM = m am = m . ––––
Δt
45,0
FM = 1,4 . 103 . –––– (N)
5,0
FM = 12,6 . 103N
FM = 1,26 . 104N
Resposta: A
– 15
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 16
A aceleração de queda livre, que é a mesma para todos Por definição, kgf é o peso de um corpo de massa
os corpos, foi denominada aceleração da gravidade (g) e, 1kg em um local onde g = 9,8m/s2.
nas proximidades da Terra, tem intensidade constante
g = 9,8m/s 2. Segue-se da definição:
Na realidade, o valor de g varia com a altitude e a lati-
tude do lugar. 1kgf = 1kg . 9,8m/s2
FÍSICA
(I) Massa é uma propriedade associada ao corpo que 4. 3.a Lei de Newton
mede sua inércia; é grandeza escalar; é medida em kg e
não depende do local. A 3.a Lei de Newton, também chamada princípio da
(II) Peso é o resultado da atração gravitacional da Terra; ação e reação, estabelece como se desenvolvem as in-
é grandeza vetorial; é medido em newtons (peso é uma terações (troca de forças) entre dois corpos:
força); não é propriedade característica do corpo, pois
→
depende do local. A toda força de ação ( F) corresponde uma força
→
Quando um astronauta vai da Terra para a Lua, sua de reação ( – F) com a mesma intensidade, mesma
massa não se altera, porém o seu peso fica, aproxima- direção e sentido oposto.
damente, dividido por seis, pois a gravidade lunar é, aproxi- Assim, em uma interação entre um corpo A e um
madamente, um sexto da gravidade terrestre. corpo B, temos
16 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 17
→ →
→ → As forças F e – F constituem um outro par ação-
FBA FAB reação entre o livro e a mesa e não se equilibram, pois
A B
estão aplicadas a corpos distintos.
→ →
FBA = – FAB
Exemplo
Considere um livro sobre uma mesa na superfície
terrestre.
O planeta Terra aplica no centro de gravidade do livro
→
uma força P ; o livro reage e aplica no centro da Terra uma
→
força – P .
FÍSICA
→ →
As forças P e – P constituem um par ação-reação
entre o planeta Terra e o livro e não se equilibram, pois
estão aplicadas a corpos distintos.
→
A mesa aplica ao livro uma força F; o livro reage e
→
aplica à mesa uma força – F.
1. 2021 – No seu estudo sobre a queda dos corpos, No experimento do segundo aluno a mesma folha cai em tempos
Aristóteles afirmava que se abandonarmos corpos diferentes, pois, ao amassá-la, o colega B altera a área de contato
leves e pesados de uma mesma altura, o mais entre o papel e o ar. Assim, altera a força de resistência do ar sobre
pesado chegaria mais rápido ao solo. Essa ideia está apoiada em algo a folha de papel.
Resposta: B
que é difícil de refutar, a observação direta da realidade baseada no
senso comum.
Após uma aula de física, dois colegas estavam discutindo sobre a queda
dos corpos, e um tentava convencer o outro de que tinha razão:
Colega A: “O corpo mais pesado cai mais rápido que um menos pesado,
quando largado de uma mesma altura. Eu provo, largando uma pedra e
uma rolha. A pedra chega antes. Pronto! Tá provado!”.
Colega B: Eu não acho! Peguei uma folha de papel esticado e deixei
cair. Quando amassei, ela caiu mais rápido. Como isso é possível? Se era
a mesma folha de papel, deveria cair do mesmo jeito. Tem que ter outra
explicação!”.
HÜLSENDEGER, M, Uma análise das concepções dos alunos sobre a
queda dos corpos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, n. 3. dez.
2004 (adaptado).
RESOLUÇÃO:
No movimento de queda, é sabido que a aceleração da gravidade
é a mesma para todos os corpos.
– 17
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 18
2. (UFVJM-2022-MODELO ENEM) – Normalmente, quando anda- 3. (UFRN-MODELO ENEM) – Durante a realização de uma partida
mos sob a chuva, as gotas que caem não nos machucam. Isso ocorre de futebol, um jogador cabeceia a bola que vinha ao seu encontro
porque as gotas d’água não estão em queda livre, mas sujeitas a um conforme representado na figura abaixo. Durante o curto intervalo de
movimento no qual a resistência do ar não pode ser desconsiderada. tempo do contato entre a bola e a cabeça do jogador, forças foram
Tal resistência é produzida pela força de arrasto cuja intensidade é dada exercidas de modo a produzir mudanças no vetor velocidade da bola,
por: F = K C v2, onde K é uma constante que representa o efeito da tanto em módulo como em direção.
densidade do ar e da área da seção transversal da gota de chuva sobre
o módulo da força de arrasto, C e v são o coeficiente de arrasto e o
módulo da velocidade da gota de chuva em relação ao ar, respectiva-
mente.
Fonte: Adaptado de https://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/2001-
correcao-puc-fisica.pdf
Considere K = 8,0 . 10–4 kg/m e g = 10m/s2
RESOLUÇÃO:
A cabeça age na bola e a bola reage na cabeça com forças de
mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos e formam
um par ação-reação.
A opção B está errada por que as forças de ação e reação não são
iguais e sim opostas ou simétricas.
Resposta: E
18 –
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4. (SEDUC-AM-MODELO ENEM) – Um exemplo prático do Princípio 5. Um elevador está subindo verticalmente com movimento retar-
da Ação e Reação, a Terceira Lei de Newton, é o recuo de armas de dado e no piso do elevador está um livro de massa m = 1,0 kg. A acele-
fogo quando o projétil sai do seu cano. ração do elevador tem módulo a = 2,0 m/s2 e a aceleração da gravidade
“Quando se dispara o rifle, ocorre uma interação entre este e a bala. tem módulo g = 10,0 m/s2
Um par de forças atua tanto sobre o rifle como sobre a bala. A força
exercida sobre a bala é tão grande quanto a força de reação exercida
sobre o rifle; logo, o rifle dá um tranco no atirador.”
(HEWITT, P. G. Física Conceitual. Editora Bookman, 2002, p. 88).
RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
→
FÍSICA
F12 = F21 a) 1) P: força de natureza gravitacional
que o planeta Terra exerce no
m2 a2 = m1 a1
livro: é vertical, para baixo e com
(V2 – 0) (V1 – 0) intensidade P = mg = 10,0N
m2 . ––––––– = m1 . –––––––
Δt Δt
m2 V2 = m1 V1
3600 →
V1 = 3600 km/h = ––––– m/s 2) FN: força normal que o piso do elevador exerce no livro:
3,6
é vertical, para cima e com intensidade FN calculada pela
V1 = 1,0 . 103m/s 2.a lei de Newton
Resposta: D →
c) A reação ao peso P é a força que o livro aplica no centro da
Terra: é vertical, para cima e com intensidade 10,0N.
– 19
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1. No esquema da figura, despreze os atritos e o efeito do ar. 2. No esquema da figura desprezamos todos os atritos e o efeito do
ar e adotamos g = 10,0m/s2.
a = 2,0 m/s2
b) T = mA a
T = 8,0 . 2,0 (N)
T = 16,0N
Respostas: a) a = 2,0m/s2
b) T = 16,0N
20 –
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3. (MODELO ENEM) – Na figura, representamos um veículo que se 4. (MACK-SP-MODELO ENEM) – O esquema representa um eleva-
movimenta em uma estrada reta e horizontal com aceleração constante dor que se movimenta verticalmente. Preso a seu teto, encontra-se um
de módulo a. dinamômetro que sustenta em seu extremo inferior um bloco de ferro.
Um fio de massa desprezível, preso ao teto do veículo, sustenta uma O bloco pesa 20N, mas o dinamômetro marca 25N.
esferinha de massa m e fica inclinado de um ângulo constante.
Sendo g = 10m/s2 e tg = 0,40, concluímos que o valor de a é: Considerando-se g = 10m/s2, podemos afirmar que o elevador pode
a) zero b) 2,0m/s2 c) 4,0m/s2 estar
d) 6,0m/s 2 e) 8,0m/s 2 a) em repouso.
b) descendo com velocidade constante.
RESOLUÇÃO: c) descendo em queda livre.
FÍSICA
d) descendo em movimento retardado com aceleração de módulo igual
a 2,5m/s2.
e) subindo em movimento retardado com aceleração de módulo igual
a 2,5m/s2.
RESOLUÇÃO:
1) Como Fdin > P, o elevador tem aceleração
dirigida para cima.
Aplicando-se a 2.a Lei de Newton, vem
Fdin – m g = m a
Fdin = m (g + a)
gaparente
1) Como a esferinha não tem aceleração vertical, temos:
25 = 2,0 (10 + a)
Ty = P = mg
a = 2,5m/s2
3) Na figura:
Tx
tg = ––––
Ty
ma
= –––– ⇒
mg
a = g tg
→
2) ↑ a
{ →
1) ↑ V elevador subindo com movimento acelerado.
→
2) ↓ V elevador descendo com movimento retardado.
Resposta: C
– 21
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RESOLUÇÃO:
g (mB – mA)
a = ––––––––––––
mA + mB
10 (22 – 18)
a = –––––––––––– m/s2
40
a = 1,0m/s2
Resposta: A
22 –
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MÓDULO 16 Atrito
1. Conceito de Atrito • Não havendo deslizamento, a força de atrito
estática tem intensidade igual à da força que solicitou o
Atrito é um estado de aspereza ou rugosidade entre sistema a se mover, chamada força motriz.
dois sólidos em contato, que permite a troca de forças
em uma direção tangencial à região de contato entre os Fat = Fmotriz
estática
sólidos.
FÍSICA
deslizamento ou à tendência de deslizamento entre sóli-
dos em contato.
→
• As forças de atrito trocadas en tre A e B ( Fat e • A força de atrito de destaque (Fat ) tem inten-
→ D
AB sidade proporcional à intensidade da força normal de con-
Fat ) nunca se equilibram, porque estão aplicadas em
BA tato entre os sólidos (FN), isto é, a força que tende a
corpos distintos.
apertar um sólido contra o outro.
2. Atrito Estático
• A constante de proporcionalidade entre a força de
atrito de destaque (Fat ) e a força normal (FN) só depende
• Quando entre dois sólidos A e B existe atrito e, D
dos sólidos em contato (material dos corpos, polimento,
embora não haja movimento relativo entre eles, há uma
lubrificação) e é denominada coeficiente de atrito
tendência de deslizamento, isto é, há uma solicitação
estático (E).
ao movimento, surge uma força de atrito no sentido de
evitar o deslizamento relativo, denominada força de Fat = E FN
D
atrito estática.
– 23
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 24
3. Atrito Dinâmico
Exemplo (1)
• Durante o deslizamento entre os sólidos, supondo-
se que as suas superfícies de contato sejam homogêneas
FÍSICA
Durante o movimento:
Fat = d FN = constante
din
Exemplo (2)
4. Coeficiente de Atrito
E = d ⇒ Fat = Fat
D din
24 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 25
Exemplo (4)
FÍSICA
1. Um bloco de massa m = 2,0kg está em repouso sobre um plano 2. (VUNESP-SANTA CASA-2022) – Um caminhão percorria uma
horizontal. estrada retilínea, plana e horizontal com velocidade escalar constante
Os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre o bloco e o plano de 20 m/s. Em dado instante, o motorista acionou os freios, imprimindo
valem, respectivamente, μE = 0,60 e μd = 0,50. ao caminhão uma aceleração constante de módulo 2,0 m/s2 e com sen-
A aceleração da gravidade tem módulo g = 10,0m/s2 e despreza-se o tido contrário ao da velocidade.
efeito do ar. a) Calcule o intervalo de tempo, em segundos, e a distância percorrida
por esse caminhão, em metros, entre o instante em que o motorista
acionou os freios e o instante em que o caminhão parou.
b) Esse caminhão transportava um bloco de massa 500 kg, que estava
apenas apoiado em sua carroceria. Sabendo-se que o bloco não
→ deslizou pela carroceria do caminhão durante a frenagem e consi-
Uma força horizontal constante F é aplicada ao bloco. derando-se a aceleração gravitacional com módulo igual a 10 m/s2,
Calcule a intensidade da força de atrito que o plano exerce no bloco e o calcule, em newtons, a intensidade da força de atrito que atuou
módulo da aceleração adquirida pelo bloco nos seguintes casos:
→ sobre o bloco durante a frenagem e o valor mínimo do coeficiente de
a) |F | = 10,0N atrito estático entre as superfícies do bloco e da carroceria do
→
b) |F | = 16,0N caminhão.
RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
a) 1) Fat = E FN = 0,60 . 20,0N = 12,0N a) 1) Cálculo do intervalo de tempo:
destaque
2) Fat = d FN = 0,50 . 20,0N = 10,0N V = V0 + t
dinâmico
– 25
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 26
1) PFD: Fat = m . a
µE ≥ 0,20
Sabendo-se que o coeficiente de atrito dinâmico entre as superfícies da
µE(min) = 0,20 parede e do quadro vale 0,30 e que a aceleração gravitacional tem
módulo igual a 10,0m/s2, a aceleração vertical do quadro enquanto ele
Resposta: a) tf = 10s e d = 100 m desliza pela parede tem módulo igual a:
FÍSICA
RESOLUÇÃO
2) Fat = μC FN = μC m ah
P – Fat = m av
mg – μc m ah = m av
av = g – μ c ah
av = 9,4m/s2
Resposta: C
26 –
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4. (CESGRANRIO-MODELO ENEM) – O grande laboratório da indús- 5. (UNICAMP-MODELO ENEM) – Em estradas bem sinalizadas,
tria automobilística nos dias de hoje é a Fórmula 1. É graças a ela que comumente encontramos a seguinte advertência: “Mantenha uma dis-
importantes desenvolvimentos, como injeção eletrônica, freios ABS, tância segura do veículo à sua frente e evite colisões traseiras”. Con-
suspensão ativa e comando de válvulas, são incorporados aos carros de sidere um automóvel que se desloca a uma velocidade inicial de módulo
passeio. Um dos mais importantes é o freio ABS. Este dispositivo v0 = 108km/h. Repentinamente, o motorista percebe a necessidade de
permite que o carro freie sem que as rodas travem. Desta forma, o parar o carro, e leva 1,0s para reagir e pisar de forma abrupta no pedal.
veículo sempre para em distâncias menores. Neste momento, as rodas do carro deixam de girar e o carro desliza
Uma pessoa, dirigindo em grande velocidade em uma determinada sobre a pista até parar. Qual foi a distância total percorrida por esse
avenida da cidade, plana e horizontal, com um carro equipado com esse automóvel desde o instante em que o motorista percebeu que deveria
tipo de freio, vê um pedestre atravessando a avenida na sua frente e frear até o momento em que o carro atingiu o repouso? O coeficiente
aciona imediatamente os freios. Admita que o carro tenha freio nas de atrito cinético entre os pneus do carro e o asfalto é µc = 0,75.
quatro rodas e a aceleração de freada esteja com sua intensidade Use g = 10m/s2 e admita que o carro se desloque em linha reta em um
máxima. Despreze o efeito do ar. O automóvel percorre 50m até parar. plano horizontal.
Infelizmente, não foi possível evitar a colisão. Ao fazer o Boletim de a) 30,0m b) 60,0m c) 90,0m
Ocorrência, o motorista disse ao policial que estava em velocidade d) 120m e) 150m
abaixo de 80km/h. Um perito, ao analisar a situação, chegou à conclusão
de que RESOLUÇÃO:
a) o motorista estava dentro do limite de velocidade de 80km/h; 1) Cálculo da aceleração durante a freada:
b) caso o veículo estivesse equipado com freios convencionais, ele teria PFD: Fat = m a ⇒ µc m g = m a
evitado o choque;
a = µc g = 0,75 . 10 (m/s2) ⇒ a = 7,5 m/s2
c) a velocidade inicial do motorista tinha módulo exatamente igual a
FÍSICA
75km/h;
d) a velocidade inicial do motorista tinha módulo igual a 95km/h; 2) Cálculo do tempo de freada:
e) a velocidade inicial do motorista tinha módulo superior a 100km/h e,
V = V0 + t
portanto, ele mentiu para o policial.
0 = 30,0 – 7,5 tf ⇒ tf = 4,0 s
Dado e = 0,9 e g = 10,0m/s2.
RESOLUÇÃO:
1) O carro é freado pela força de atrito:
PFD: Fat = m a
E mg = ma ⇒ a = E g = 9,0m/s2
2) V2 = V02 + 2 s
0 = V02 + 2 (–9,0) 50
V02 = 900 (SI)
V0 = 30m/s = 108km/h
s = Área (V x t)
Resposta: E
30,0
s = (5,0 + 1,0) –––––– (m)
2
s = 90,0 m
Resposta: C
– 27
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 28
Fat = Pt
D
m g sen θ = m a ⇒ a = g sen θ
O ângulo θd, tal que d = tg θd, é
chamado “ângulo de atrito dinâ-
Observe que a intensidade da ace-
mico”.
leração (g sen θ) é independente da
massa do corpo.
28 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 29
1. (UFPR-2022) – Um bloco de massa m constante foi colocado num 2. (VUNESP-FACISB-2022-MODELO ENEM) – Um caminhão de
plano inclinado de ângulo de inclinação , conforme mostra a figura a massa 6,0 . 103 kg está parado em uma rua inclinada de um ângulo em
seguir. relação à horizontal, como mostrado na figura.
RESOLUÇÃO:
FÍSICA
RESOLUÇÃO:
Para o equilíbrio:
Para o equilíbrio do bloco:
Fat = Pt = m g sen θ
Pt = Fat = m g sen
Fat = 6,0 . 103 . 10 . 0,25 (N)
PN = FN = m g cos
Fat = 15 . 103 N
Na iminência de escorregar:
Fat = 1,5 . 104 N
Fat = e FN
m g sen = e m g cos
Resposta: C
sen
e = ––––––– = tg
cos
Resposta: A
– 29
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 30
RESOLUÇÃO:
1) Cálculo do tempo de reação:
Δs = V0 t + ––– t2 ↓
+
2
FN = 500N
30 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 31
18
V0 = 18 km/h = –––– m/s = 5,0 m/s
3,6
5,0
d = 5,0 . 0,20 + –––– (0,20)2 (m)
2
a) PFD (A): PA – T = mA a (1)
d = 1,0 + 0,10 m PFD (B): T – Pt = mB a (2)
B
d = 1,10 m
(1) + (2): PA – Pt = (mA + mB)a e Pt = mB g sen 30°
B B
Resposta: A
1
320 – 320 · –– = 64a
2
a = 2,5m/s2
b) Em (2):
FÍSICA
1
T – 320 · –– = 32 · 2,5
2
T – 160 = 80
T = 240N
Respostas:a) 2,5m/s2
b) 240N
Considerando-se que o fio e a polia são ideais, que não há atrito entre
os corpos e o plano inclinado, que a aceleração da gravidade tem módulo
10m/s2 e o efeito do ar é desprezível, calcule
a) o módulo da aceleração dos blocos;
b) a intensidade da força que traciona o fio.
– 31
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 32
1. Força Resultante → → →
FR = Ft + Fcp
Admitamos que sobre um corpo
→ → → A intensidade da força resultante
atuem as forças F1, F2, ..., Fn em rela-
é obtida pela aplicação do Teorema de
ção a um sistema de referência iner-
Pitágoras.
cial (para nossos estudos, ligado à
superfície terrestre).
FR2 = Ft2 + Fcp
2
A força resultante sobre o corpo é 4. Componente Centrípeta
a soma vetorial das forças atuantes. da Força Resultante
3. Componente Tangencial
→ → → → da Força Resultante Função
FR = F1 + F2 + .... + Fn
A componente centrípeta da força
→
Função resultante Fcp está ligada à aceleração
Portanto, a força resultante é uma →
A componente tangencial da força centrípeta acp e, portanto, provoca va-
força imaginária (hipotética) que po- →
resultante Ft está ligada à aceleração riação na direção da velocidade veto-
deria substituir as forças reais e pro- →
tangencial a t e, portanto, provoca va- rial, tornando a trajetória curva.
FÍSICA
32 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 33
→ →
Fcp = 0 porque o movimento é reti- Ponto A No ponto D, o peso faz o papel de
líneo. resultante tangencial e a força normal,
→ → aplicada pelo trilho, faz o papel de re-
FR = 0
sultante centrípeta:
MRUV
→ →
Ft 0 porque o movimento é va- Ft = P ⇒ | | = g
D
riado.
→ →
Fcp = 0 porque o movimento é re- Fcp = ND
D
tilíneo.
→ →
FR = Ft
Ponto C
MCU
→ →
Ft = 0 porque o movimento é uni- No ponto A, a resultante tangen-
forme. cial é nula e a resultante centrípeta
→ → tem intensidade dada por:
Fcp 0 porque o movimento é
curvilíneo. Fcp = NA + P
→ → A
FR = Fcp
FÍSICA
Ponto B
MCUV
→ →
Ft 0 porque o movimento é va-
riado.
→ →
Fcp 0 porque o movimento é No ponto C, o peso é decomposto
curvilíneo. →
em uma componente tangencial Pt e
→
→ → → uma componente normal Pn.
FR = Ft + Fcp
No ponto C, a componente tan-
gencial do peso (Pt = P sen θ) faz o pa-
6. Exemplo pel de resultante tangencial:
7. Força Centrífuga
– 33
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 34
Consideremos uma plataforma horizontal, com adotado estar em movimento de rotação em relação ao solo
movimento de rotação uniforme em relação ao solo ter- terrestre. Tal força é chamada de força de inércia
restre e velocidade angular de módulo ω. centrífuga ou simplesmente força centrífuga.
Consideremos um bloco de massa m, em repouso
em relação à plataforma.
Para um referencial fixo no solo terrestre, o bloco
está em movimento circular e uniforme sob ação de
duas forças:
→
1) força de gravidade P aplicada pela Terra;
→
2) força de contato F aplicada pelo apoio.
→ →
Esta força F admite uma componente normal FN,
→ →
que equilibra o peso P, e uma componente de atrito Fat,
que faz o papel de resultante centrípeta.
Referencial na plataforma:
bloco em repouso
FÍSICA
→ → → →
F + P + Fcf = 0
T = Fcp = m 2 R
2
O fio apresenta uma força de tração de intensidade máxima igual a 50N. Tmáx = m máx R
A máxima velocidade angular possível para a pedra vale: 2
50 = 0,25 máx . 2,0
rad rad rad 2
a) 5,0 –––– b) 10 –––– c) 15 –––– máx = 100 (SI)
s s s
34 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 35
FÍSICA
Qual deveria ser a velocidade inicial de um projétil lançado horizon-
talmente do alto do Everest (a uma distância aproximada de 6.400 km
do centro da Terra) para colocá-lo em órbita em torno da Terra?
a) 8,0 km/s b) 11,2 km/s c) 80 km/s
d) 112 km/s e) 8,0 . 103 km/s
Note e adote:
Despreze a resistência do ar. A expressão correta da velocidade escalar mínima é:
Módulo da aceleração da gravidade: g = 10 m/s2. Rg
a)
Rg b)
MRg c) –––
M
RESOLUÇÃO:
(Fn + Mg)R (Fn – Mg)R
d) ––––––––––– e) –––––––––––
M M
RESOLUÇÃO:
FN + P = Fcp
mV2
FN + m g = ––––
R
V = Vmín quando FN = 0
2
mVmín
mg = ––––––––
R
Vmín =
Rg
A força gravitacional aplicada pela Terra faz o papel de resultante
centrípeta:
Resposta: A
FG = Fcp
m V2
mg = ––––––
R
V =
gR
– 35
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 36
RESOLUÇÃO:
FÍSICA
1) Na direção vertical: Fy = P = m g
1) FN = P = m g m V2
2) Na direção horizontal: Fx = Fcp = ––––––
R
m V2
2) Fat = Fcp = –––––– 3) No triângulo da figura:
R
Fx m V2/R
tg = –––– = ––––––––
3) Fat ≤ E FN Fy mg
m V2 V2
–––––– ≤ E m g tg = ––––––
R
gR
V2 ≤ E g R sen
V2 = g . R . ––––––
cos
V ≤
E g R ⇒ Vmáx =
E g R
0,20
V2 = 10,0 . 441 . –––––– (SI)
Vmáx =
0,50 . 10 . 125 (m/s) 0,98
V2 = 900 (SI)
Vmáx =
625 (m/s) = 25 m/s ⇒ Vmáx = 25 . 3,6 km/h
V = 30,0 m/s = 108 km/h
Vmáx = 90 km/h
Resposta: D
Resposta: B
36 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 37
Um mecânico pretende
soltar um parafuso de ferro
que está emperrado em
uma porca de invar (liga de
ferro com níquel). Ele
consultou a tabela de coefi-
cientes de dilatação e
verificou que o coeficiente
de dilatação térmica do
FÍSICA
ferro é 34 , 2 . 10–6°C–1 e o
do invar, 2,7 . 10–6°C. Qual
deve ser o procedimento do
mecânico?
Os dados revelam que o ferro se dilata aproxima-
damente 13 vezes mais que o invar quando ambos estão
a 20°C e, portanto, se o parafuso e a porca forem aque-
cidos igualmente, o problema se agravará. Assim, o me-
cânico deveria ou aquecer apenas a porca (o que é difícil,
porque a porca e o parafuso estão em contato), ou resfriá-
los, pois nesse caso o ferro sofreria maior contração que
a porca, o que possibilitaria resolver seu problema.
2. A Física e o mundo
A dilatação térmica de sólidos e fluidos é importante
para a explicação do movimento das placas tectônicas e
formação de vulcões e gêiseres.
3. A Física e o laboratório
Como medir o coeficiente de dilatação térmica de um metal?
A montagem abaixo permite a medida do coeficiente de dilatação linear (a) de um metal entre a temperatura
ambiente do laboratório e a temperatura de ebulição da água.
– 37
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 38
L2 – L1 = L1
Temos:
L2 = L1 (1 + )
VAP = V0 AP
Representação gráfica
Usando a expressão L2 = L1 + L1 , notamos que o
ΔVAP = V0(líq – vidro) . Δθ comprimento da barra varia segundo uma função do 1.o grau
em . Dessa forma, o gráfico L = f() será uma reta oblíqua.
V = V1 ou V2 = V 1 (1 + )
38 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 39
então: V1 r = V1 a + V1 f
–––– = –––– = ––––
1 2 3
r = a + f
Dilatação térmica dos líquidos Devemos observar que a dilatação do líquido com-
A dilatação térmica de um líquido corresponde ao pensou a dilatação do frasco e ainda nos forneceu a dila-
aumento ou à diminuição de volume desse líquido quan- tação aparente.
do aquecido ou resfriado. Observemos também que o coeficiente de dilatação
Ao estudar a dilatação dos líquidos, devemos obser- aparente não depende só do líquido, mas também do
var dois detalhes: frasco considerado.
Da expressão obtida, temos:
– Como os líquidos não têm forma própria, não se
definem comprimento e área do líquido, tendo significa- a = r – f
do, pois, somente a dilatação volumétrica. Para tanto,
usamos a mesma relação definida para os sólidos, já que Assim, a variação de volume, na contração ou na
FÍSICA
a lei é praticamente a mesma para ambos: dilatação, e o volume extravasado representados pela dila-
tação aparente (Vap) podem ser calculados pela
V2 = V1 (1 + ) expressão:
m
µ1 = ––– ⇒ m = µ1V1
V1
m
µ2 = ––– ⇒ m = µ2V2
V2
µ2V2 = µ1V1
µ1
µ2 = ––––––––––
(1 + )
– 39
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 40
A água apresenta um tipo de ligação especial deno- Num ambiente lacustre, a uma temperatura superior
minado ponte de hidrogênio. No gelo, cada molécula de a 4,0°C, inicia-se um processo de resfriamento do ar at-
água pode formar quatro ligações de hidrogênio de ma- mosférico. Assim que a temperatura atinge 4,0°C, a
neira tetraédrica. camada superficial torna-se mais densa e desce para o
O conjunto se dispõe no espaço, formando uma es- fundo do lago, cessando a movimentação por diferença
trutura na qual cada átomo de oxigênio aparece rodeado de densidade (convecção).
por quatro átomos de hidrogênio, os quais se ligam a no- A redução contínua da temperatura pode provocar o
vas moléculas e assim por diante, estabelecendo, tam- congelamento da superfície e o gelo, por ser bom isolante
bém, um número imenso de espaços intermoleculares. térmico, impede a solidificação da água do fundo do lago,
Entre 0°C e 4,0°C, essas pontes vão se rompendo, mais densa e mais quente (4,0°C).
produzindo, assim, uma aproximação entre as moléculas
e um aumento da densidade da água, apesar da elevação
da agitação térmica. A partir de 4,0°C, a agitação predo-
mina e a água adquire o comportamento normal.
O gráfico abaixo descreve esse comportamento in-
comum da água.
FÍSICA
Há regiões da Terra em que a temperatura ambiente TIRINHAS DE FISICA - Luisa Daou & Francisco Caruso.
atinge valores inferiores a 0°C, o que faz com que os la- by Erick Hoepfner.
gos se congelem na superfície, enquanto, no fundo deles https://www.cbpf.br/~caruso/tirinhas/index.htm
a água permanece no estado líquido. Isso acontece devi-
do ao comportamento anômalo da água, e é importante O livro da física - Mais um volume da série best-seller
para a sobrevivência da fauna e da flora. As grandes ideias de todos os tempos
Podemos explicar este fato da seguinte maneira:
1. (MODELO ENEM) – Uma chapa metálica, de coeficiente de b) diminui sua área com coeficiente de dilatação superficial igual a 3 .
dilatação linear igual a , possui um furo circular central, de acordo com c) não altera sua área, pois não tem o material metálico da chapa.
a figura da situação inicial. d) diminui sua área, com coeficiente de dilatação superficial igual a 2 .
e) aumenta sua área, como se estivesse preenchido com o material
metálico da chapa.
40 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 41
FÍSICA
O furo aumenta sua área, como o material que foi retirado da placa,
com coeficiente de dilatação superficial β = 2α.
Resposta: E
(www.realizaeducacao.com.br. Adaptado.)
RESOLUÇÃO:
– 41
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 42
A dilatação linear (ΔL) de cada trilho é calculada por: 4. (MODELO ENEM) – Um frasco de vidro cheio de líquido até a
borda com volume V0 é aquecido e, por dilatação conjunta do frasco e
ΔL = Li α Δθ
do líquido, há o transbordamento de um volume ΔVAP, chamado de
A unidade de medida do coeficiente de dilatação linear é °C−1 e dilatação aparente, pois o líquido dilata mais que o frasco.
representa a fração de variação do comprimento inicial, por
unidade do comprimento inicial por diferença de um grau
Celsius (1/°C).
ΔL
= –––––
Li Δθ –––––
m °C
m
Lf = 1,00066m
Lf – Li
= –––––– Li = 1,00000m
Li Δθ
Δθ = 60°C
1,00066 – 1,00000
= ––––––––––––––––– (°C–1)
1,00000 . 60
O coeficiente de dilatação linear do frasco é igual a frasco o, de dilatação
0,00066 6,6 . 10–4 volumétrica do líquido, líquido, e a dilatação aparente é calculado por:
= –––––––– (°C–1) ⇒ = ––––––––– (°C–1)
60 6,0 . 101
a) VAP = V0 (líquido – 3 frasco ) Δθ
= 1,1 . 10 – 4 –1 (°C–1) ⇒ = 1,1 . 10 – 5 °C–1 b) VAP = 2V0 (líquido – 3 frasco ) Δθ
FÍSICA
Resposta: A
L = L0 T L = L0 + L0 (T – T0)
42 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 43
FÍSICA
O cisne branco difunde a luz branca e reflete todas
as cores do espectro.
O cisne negro absorve todas as cores do espectro da
luz branca do Sol.
As folhas verdes refletem a luz verde e absorvem as Observe que o eclipse da Lua ocorre na fase da Lua cheia.
outras cores do espectro que ativam os ciclos da
fotossíntese.
A formação de sombras e a visão nítida mostram que
o ar local é homogêneo e transparente, e que a luz se
propaga em linha reta.
Os peixes são vistos mais próximos da superfície por
causa da refração da luz. Observe que o eclipse do Sol ocorre na fase da Lua nova.
3. A Física e o laboratório
Os fenômenos ópticos num laboratório
Mesa de demonstrações colocada em sala escura
– 43
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 44
5. Raios de Luz
6. Feixe de Luz
Cônico Divergente
Cônico Convergente
44 –
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FÍSICA
em: Um meio é isótropo quando as pela propagação retilínea da luz. É o
propriedades físicas associadas a um caso da câmara escura de orifício, a
Fontes primárias ponto do meio independem da direção formação de sombra e penumbra e
São aquelas que emitem luz pró- em que são medidas. Quando o meio a ocorrência de eclipses.
pria, isto é, emitem a luz que pro- não é isótropo, ele é chamado
duzem. anisótropo. 10. Câmara Escura de Orifício
Exemplos Um meio transparente, homogê-
Sol, lâmpadas elétricas quando neo e isótropo é chamado meio ordi- É uma caixa de paredes opacas
acesas etc. nário ou refringente. munida de um orifício em uma de
suas faces. Um objeto AB é colocado
Fontes secundárias 9. Princípios da Óptica em frente à câmara, conforme a figu-
São aquelas que reenviam ao es- Geométrica ra. Raios de luz provenientes do objeto
paço a luz que recebem de outros cor- AB atravessam o orifício e formam na
pos. Princípio da propagação parede oposta uma figura A'B',
Exemplos retilínea chamada "imagem" de AB.
A Lua, as paredes, nossas roupas. O fato de a imagem ser invertida
Nos meios homogêneos e trans- em relação ao objeto evidencia a pro-
parentes, a luz se propaga em li-
8. Classificação dos Meios pagação retilínea da luz.
nha reta.
– 45
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46 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 47
FÍSICA
Quando o feixe emergente de S é cilindrico,
o ponto imagem é impróprio.
– 47
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1. (SANTA CASA-2021-MODELO ENEM) – A figura mostra o 2. (UNIFAI-2021-MODELO ENEM) – Em uma noite de lua cheia, um
esquema de um eclipse. No instante em que ele ocorria, uma pessoa estudante fez um experimento para determinar, aproximadamente, o
encontrava-se no ponto indicado pela letra P, na superfície da Terra. diâmetro da Lua. Inicialmente, encontrou que a distância da Terra à Lua
é de aproximadamente 385 000km. Em seguida, percebeu que fechando
um de seus olhos e colocando um pequeno disco opaco de papel de
4,5mm de diâmetro a 50cm de distância do olho aberto, conseguia
ocultar completamente e sem sobras o círculo lunar.
(https://observador.pt. Adaptado.)
FÍSICA
RESOLUÇÃO:
Considerando que o centro da Lua, o centro do disco de papel e o olho
Na situação esquematizada, que ocorre na fase de lua nova, o disco
do estudante estavam alinhados durante o experimento, os cálculos
lunar oculta o disco solar, total ou parcialmente.
efetuados pelo estudante devem indicar, para o diâmetro da Lua, um
Na região de sombra, tem-se na superfície terrestre a projeção da
valor aproximado de
sombra da lua. É o eclipse total do Sol ou eclipse anular.
a) 1730km. b) 5200km. c) 3460km.
Já na região de penumbra, tem-se na superfície terrestre a projeção
d) 865km. e) 460km.
de uma transição entre luz e sombra. É o eclipse parcial do sol.
RESOLUÇÃO:
Resposta: A
Resposta: C
48 –
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3. (SÃO CAMILO-2021-MODELO ENEM) – A observação de um 4. (MODELO ENEM) – Isaac Newton, ao decompor a luz branca, num
eclipse solar sem as devidas proteções pode provocar danos prisma, mostrou que ela é uma mistura de radiações monocromáticas
irreversíveis aos globos oculares, devido à grande incidência de raios e explicou a visão das cores com o seguinte modelo:
ultravioleta sobre a retina humana. Uma técnica segura para a
observação é a projeção pinhole, que consiste em utilizar uma folha de
cartolina com um pequeno orifício no centro (pinhole), feito com uma
agulha ou alfinete, e uma folha de papel, preferencialmente branca, onde
será feita a projeção do eclipse. A figura ilustra, fora de escala, esse
procedimento.
FÍSICA
Uma pessoa utilizou essa técnica e obteve uma boa imagem de um eclip-
se com as duas folhas de papel paralelas entre si e a 50cm de distância
uma da outra. Sabendo-se que o diâmetro do Sol mede 1,4 . 109m e que
sua distância média à Terra é de 1,5 . 1011m, o diâmetro da imagem do
Sol projetada na folha branca, foi de, aproximadamente
a) 5,2mm. b) 6,6mm. c) 3,4mm.
d) 4,7mm. e) 8,1mm.
RESOLUÇÃO:
i 4,7mm
Resposta: D
Resposta: C
– 49
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 50
1. A Física e o cotidiano
O menor espelho plano que permite a visão de
corpo inteiro de uma pessoa
2. A Física e o mundo
3. A Física e o laboratório
I. Um transferidor para medir ângulos entre 0° e
180°.
II. Uma lanterna que produz um feixe de luz colimado
VE = 1,0m/s (estreito).
III.Um anteparo branco.
IV. Um espelho plano.
50 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 51
FÍSICA
360° O ângulo que o raio de luz refle-
N = ––––– – 1
tido (R') forma com a normal (N) é 6. Imagem de um Ponto
denominado ângulo de reflexão da luz num Espelho Plano
(r).
4. As Leis da Reflexão O fenômeno de reflexão da luz Considere um ponto P colocado
obedece a duas leis fundamentais, na frente de um espelho plano E. Para
Consideremos uma superfície S denominadas leis da reflexão. obtermos a imagem de P, vamos
(plana ou curva), delimitando dois meios considerar dois raios de luz que
(1) e (2). Admitamos que a luz, provinda Primeira lei da reflexão partem de P e incidem no espelho: Pl1
do meio (1), suposto transparente e O raio de luz incidente (R), a reta (que volta sobre si próprio) e Pl2. Os
homogêneo, atinja a superfície S. normal no ponto de incidência (N) e o raios refletidos definem o ponto
Seja R um raio de luz incidente, I o raio de luz refletido (R') pertencem ao imagem P'. Observe que P é um
ponto de incidência da luz, R' o cor- mesmo plano (denominado plano de ponto objeto real e P' um ponto
respondente raio de luz refletido e incidência da luz). imagem virtual.
N uma reta normal à superfície no
ponto I. Segunda lei da reflexão
O ângulo que o raio de luz inciden- O ângulo de reflexão (r) é igual ao
te (R) forma com a normal (N) é deno- ângulo de incidência (i).
minado ângulo de incidência da luz (i).
5. Tipos de Reflexão
– 51
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 52
9. Translação
O ponto objeto P e o ponto ima- de um Espelho Plano
gem P' são simétricos em relação
à superfície refletora. Considere um objeto fixo O e seja
I sua imagem. Vamos supor que o
espelho se translade de uma distância
O espelho plano é estigmático. d, passando da posição (1) para a
Isto significa que qualquer raio que posição (2). A imagem passa a ser I'.
provém de P e incide no espelho Cumpre destacar o fato de que a
reflete passando por P'. imagem de um objeto tridimensional
assimétrico, embora seja idêntica ao
objeto, não pode ser superposta a ele
como, por exemplo, as mãos direita e
esquerda de uma pessoa.
Assim, a imagem tem todas as ca-
racterísticas idênticas ao objeto, mas
não pode ser superposta ao objeto.
Explicando melhor: se a pessoa
levanta, diante do espelho plano, sua
mão direita, a respectiva imagem Da figura, tiramos:
FÍSICA
=y–x
Δ Cl1 l2 : β + 2x = 2y
= 2(y – x)
De e :
= 2
FÍSICA
A luz proveniente de um ponto objeto vai sofrer uma
série de reflexões nos dois espelhos antes de emergir do
sistema. Para cada reflexão, teremos a produção de uma
nova imagem.
360°
N = ––––– – 1
– 53
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 54
1. Na figura temos um objeto real P e um observador, representado 2. (UNIFIPA-2021-MODELO ENEM) – A figura mostra um objeto
apenas pelo seu olho. colocado em frente a um espelho plano E, inclinado em relação ao eixo
vertical do objeto.
RESOLUÇÃO:
FÍSICA
RESOLUÇÃO:
Por simetria, são determinados os vértices da imagem:
Resposta: D
54 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 55
3. Observe a figura, a seguir, com um objeto fixo diante de um 4. (MODELO ENEM) – Dois espelhos planos estão posicionados de
espelho E que sofre uma translação. Analise as seguintes proposições, maneira a oferecer quatro imagens de um determinado objeto a um
considerando o referencial no objeto: observador.
I. Para um deslocamento de 3,0cm do espelho, a imagem desloca-se Qual o ângulo formado entre os espelhos?
FÍSICA
6,0cm. a) 90° b) 72° c) 60° d) 45° e) 36°
II. Se a translação ocorrer em dois segundos, as velocidades escalares
médias do espelho e da imagem são, respectivamente, iguais a RESOLUÇÃO:
1,5cm/s e 3,0 cm/s.
III. As imagens 1 e 2 são virtuais, direitas e simétricas em relação ao
objeto.
São corretas:
a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas.
d) I, II e III. e) nenhuma delas.
RESOLUÇÃO:
I. Correta.
sespelho = 3,0cm simagem = 6,0cm
II. Correta.
s sespelho simagem
V = ––– Vespelho = –––––––– Vimagem = ––––––––
t t t
3,0 6,0
Vespelho = –––– cm/s Vimagem = –––– cm/s 360°
2,0 2,0 N = –––– – 1
Vespelho = 1,5cm/s Vimagem = 3,0cm/s
Sendo N = 4 imagens, temos:
360
III. Correta. As imagens formadas por espelhos planos são virtuais, 4 = –––– – 1
direitas e apresentam as mesmas dimensões do objeto.
360
Resposta: D –––– = 5
5 = 360
360
= ––––
5
= 72°
Resposta: B
– 55
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 56
E1
E2
Eixo Óptico
2. A Física e o mundo
Em Odeillo, França, há um forno
Fogão Solar Espelho odontológico solar capaz de, em poucos minutos,
(côncavo) (côncavo) atingir temperaturas superiores a
3000°C e aquecer água para produzir
vapor, o qual movimenta geradores
elétricos.
Onze mil espelhos planos, colo-
cados numa encosta de montanha,
direcionam raios solares de maneira
paralela ao eixo principal do refletor
curvo da figura.
56 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 57
Eixo secundário
Qualquer eixo que passa pelo
centro de curvatura C e não passa
pelo vértice V.
4. Classificação e Elementos
dos Espelhos Esféricos
FÍSICA
Um plano, interceptando a super-
fície esférica, divide-a em duas calotas Observação
esféricas. Para que as imagens fornecidas
Denomina-se espelho esférico Espelho esférico côncavo. pelos espelhos esféricos tenham
toda calota esférica, em que uma de maior nitidez e não apresentem defor-
suas superfícies é refletora. mações, devem ser obedecidas as
condições de nitidez de Gauss:
– 57
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 58
58 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 59
Observe os casos a seguir: Imagem: real, invertida e maior do Imagem: virtual, direita e maior do
que o objeto. que o objeto.
• Espelho côncavo
objeto antes de C
• Espelho convexo
Imagem: virtual, direita e menor
objeto em F do que o objeto.
FÍSICA
Imagem: imprópria
objeto em C
objeto entre F e V
objeto entre C e F
a) Para um objeto impróprio (muito distante), o es- TIRINHAS DE FISICA - Luisa Daou & Francisco Caruso.
pelho esférico conjuga a imagem sobre o foco; by Erick Hoepfner.
https://www.cbpf.br/~caruso/tirinhas/index.htm
b) Em sistemas ópticos refletores (espelhos), quando
objeto e imagem são de naturezas iguais, eles estão
O livro da física - Mais um volume da série best-seller
posicionados no próprio semiespaço definido pelo
As grandes ideias de todos os tempos
sistema. Quando objeto e imagem possuem naturezas
diferentes, estão posicionados em semiespaços opostos.
Estrelas Além do Tempo - 20th Century Studios
– 59
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RESOLUÇÃO:
LANTERNA:
No farol e na lanterna, a região de brilho maior da lâmpada situa-
se no foco F do espelho côncavo. Os raios refletem-se, paralela-
mente, e atingem grandes distâncias.
FOGÃO SOLAR:
No fogão solar, os raios incidem, paralelamente, no espelho, e
convergem para o foco F, onde deve ser posicionada a panela.
Resposta: A
60 –
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As construções de imagens I, II e III podem ser utilizadas, respecti- 3. (UNICERRADO-2021-MODELO ENEM) – O chamado “ponto
vamente, como: cego” é, na verdade, uma região não detectada pelos motoristas por
meio dos retrovisores do veículo, nem por sua visão periférica. Ele pode
Construção I Construção II Construção III
esconder até mesmo um grande veículo, como um caminhão.
Retrovisor Espelho de
a) externo do vigilância em Projetor
carro agências bancárias
Espelho de Espelho de
Espelho de aumento
b) aumento para vigilância em
para maquiagem
Odontologia agências bancárias
Espelho de aumento
c) Projetor Projetor
para Odontologia
Espelho de
d) Projetor Projetor aumento para
maquiagem
Espelho de Espelho de
Retrovisor externo
e) aumento para vigilância em
do carro
Odontologia agências bancárias
RESOLUÇÃO:
FÍSICA
Construção I
Objeto a uma distância maior que duas distâncias focais do espelho
côncavo: Imagem real, invertida e menor projetável num anteparo
ou tela em frente da face refletora. É um projetor de imagens (www.comparaonline.com.br. Adaptado.)
menores.
Para minimizar esse problema, as montadoras de veículos substituíram
Construção II os dois espelhos retrovisores externos planos por espelhos esféricos
Objeto entre o centro de curvatura C e o foco F do espelho côncavo: convexos, aumentando assim o campo visual dos motoristas. Esse
Imagem real, invertida e maior projetável num anteparo ou tela em
aumento do campo visual deve-se ao fato de que, para um mesmo
frente da face refletora. É um projetor de imagens maiores.
objeto real colocado à mesma distância do espelho, em relação às
imagens formadas por espelhos planos, as imagens formadas por
Construção III
Objeto entre o foco F e o vértice V do espelho côncavo: Imagem espelhos convexos.
virtual, direita, maior atrás da face refletora e não é projetável. a) são menores e continuam virtuais.
Utilizada para a maquiagem e para o exame clínico odontológico. b) não mudam de tamanho e continuam virtuais.
c) são menores, mas tornam-se reais.
Resposta: D d) não mudam de tamanho, mas tornam-se reais.
e) são menores, mas tornam-se impróprias.
RESOLUÇÃO:
Resposta: A
– 61
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2. A Física e o mundo
Na fotografia a seguir, vemos a imagem dos rostos
de técnicos da NASA refletida no espelho esférico do
telescópio espacial Hubble.
3. A Física e o laboratório
62 –
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FÍSICA
f p p’ do que o objeto. ampliada, isto é, o tamanho da imagem
é maior do que o tamanho do objeto.
Da semelhança entre os triângulos Isto ocorre (A > 1) quando
ABV e A'B'V da figura anterior, vem: p’ > p, isto é, a imagem está mais
afastada do espelho do que o objeto.
A’B’ B’V
––––– = –––––
AB BV Nota 4
Quando A < 1, a imagem é dita
Porém, A'B' = –i, AB = o, B’V = p’ reduzida, isto é, o tamanho da
e BV = p. imagem é menor do que o tamanho
do objeto.
Logo: Isto ocorre (A < 1) quando
p’ < p, isto é, a imagem está mais
De acordo com o sistema de eixos próxima do espelho do que o objeto.
adotado (referencial de Gauss), temos i –p’
A = ––– = –––
a seguinte convenção de sinais: o p Nota 5
Quando A = 1, a imagem tem
Outra expressão para o aumento mesmo tamanho que o objeto e
p > 0 : objeto real
linear transversal: ambos estão localizados na posição
p < 0 : objeto virtual do centro de curvatura do espelho.
p’ > 0 : imagem real
i f
p’ < 0 : imagem virtual A = ––– = –––––
o f–p
f > 0 : espelho côncavo LIVROS, ARTIGOS, SITES E
f < 0 : espelho convexo 6. Notas Importantes VÍDEOS
– 63
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1. (MODELO ENEM) – No gráfico, estão representadas as posições 2. (MODELO ENEM) – O espelho esférico convexo é utilizado em
p’ da imagem conjugada por um espelho convexo em função das veículos devido à vantagem de ampliar o campo visual. Em uma mo-
posições p de um objeto colocado em frente à superfície refletora do tocicleta, um dos espelhos em formato circular é convexo e, em
espelho e sobre seu eixo óptico principal, utilizando-se o referencial de determinado momento, a altura da imagem refletida de um carro que se
Gauss. aproxima ocupa exatamente todo o diâmetro de 12cm do espelho. Sa-
bendo que esse espelho tem um aumento linear transversal de módulo
0,06, é possível avaliar que a altura real do carro refletido é de
a) 2,0m b) 1,2m c) 1,5m d) 1,8m e) 2,4 m
RESOLUÇÃO:
Altura da imagem: i = 12cm
Aumento linear transversal: A = 0,06
Altura do objeto: o = ?
i
A = –––
o
i
o = –––
A
A distância focal do espelho é igual a
FÍSICA
12
a) –10cm b) –30 cm c) –20 cm d) –50 cm e) –40 cm. o = ––––– (cm)
0,06
RESOLUÇÃO: 1200
o = ––––– (cm)
1 1 1 6
–– = –– + –––
f p p’
o = 200cm
(–15) . (30)
f = ––––––––––– (cm)
(–15) + (30)
–450
f = ––––– (cm)
15
f = –30cm
Resposta B
64 –
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FÍSICA
devo me posicionar?
Depois de efetuar alguns cálculos, a garota acertará a resposta à sua Da qual: p = 20cm
pergunta se encontrar
a) 30cm b) 25cm c) 15cm d) 20cm e) 35cm Resposta: D
RESOLUÇÃO:
Em relação ao espelho côncavo, o Sol se comporta como um objeto
impróprio – situado no ‘infinito’. Isso significa que a imagem
produzida por esse espelho se forma no foco principal, logo:
f = 40cm. Veja o esquema.
– 65
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c V2
equilátera. –––
V1
Portanto:
n2 V1
n2,1 = –––– = ––––
n1 V2
4. Leis da Refração
Dados dois meios, o de maior
índice de refração absoluto é cha- Considere dois meios homogê-
mado mais refringente. neos e transparentes, (1) e (2), com ín-
O valor presentemente aceito dices de refração absolutos n1 e n2
O que caracteriza a refração é a para o módulo da velocidade de propa- para uma dada luz monocromática, de-
variação da velocidade de propagação; gação da luz no vácuo é de limitados por uma superfície (S).
o desvio da luz pode ou não ocorrer. (2,997925 ± 0,000003) . 108m/s que,
usualmente, aproximamos para
2. Índice de Refração Absoluto 3,0.105km/s.
de um Meio para uma dada Considerando-se as luzes mono-
Luz Monocromática cromáticas vermelha, alaranjada, ama-
rela, verde, azul, anil e violeta, temos:
O índice de refração absoluto de
um meio (n) para uma dada luz mono- No vácuo
cromática é definido como sendo a nve = nalaranj = … = nviol = 1
razão entre o módulo da velocidade (c)
com que a luz se propaga no vácuo e Num meio material
o módulo da velocidade (V) com que a nve < nalaranj < … < nviol Sejam:
luz considerada se propaga no meio I: ponto de incidência da luz
em questão: 3. Índice de Refração Relativo N: reta normal à superfície no pon-
to I
c Consideremos dois meios transpa-
n = ––– rentes e homogêneos, (1) e (2), de R: raio de luz incidente
V
índices de refração absolutos n1 e n2. R’:raio de luz refratado
66 –
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Definem-se:
i: ângulo de incidência da luz, como sendo o ângulo
formado entre o raio incidente R e a normal N.
r: ângulo de refração da luz, como sendo o ângulo
formado entre o raio refratado R' e a normal N.
FÍSICA
“O raio incidente (R), a normal à superfície (S) no
ponto de incidência (N) e o raio refratado (R') perten-
cem ao mesmo plano (denominado plano de
incidência da luz).”
A importância dessa 1.a lei está no fato de permitir que
os problemas de refração possam ser abordados apenas
com o uso da Geometria Plana.
n1 . sen i = n2 . sen r
– 67
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 68
5. Ângulo Limite O valor máximo do ângulo de re- O ângulo limite de incidência (L)
fração é denominado ângulo limite pode ser calculado pela aplicação da
Ângulo limite de refração de refração (L). Lei de Snell-Descartes:
Considere dois meios transparen-
tes e homogêneos (1) e (2), delimi- Ângulo limite de incidência n2 sen i = n1 sen r
tados por uma superfície (S), com Considere, agora, a luz se propa-
índices de refração absolutos n1 e n2, gando no sentido do meio mais para o n2 sen L = n1 . sen 90°
tais que n2 > n1, para uma dada luz meio menos refringente.
monocromática. Para incidência normal (i = 0°), a n1 nmenor
refração ocorre sem desvio do raio sen L = ––– ou sen L = –––––––
Vamos supor que a luz se propa- n2 nmaior
gue no sentido do meio menos para o refratado (r = 0°).
meio mais refringente.
Para incidência normal, ocorre re-
Notas
fração da luz, porém não ocorre des-
vio de sua trajetória.
• Para um par de meios (1) e (2),
os ângulos limites de incidência e de
refração são iguais, por isso, indica-
mos pela mesma letra L.
FÍSICA
68 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 69
1. Leitura
Metamateriais: a invisibilidade será
possível?
FÍSICA
Refração de um pincel cilíndrico de luz monocromática do ar para
um metamaterial.
Deve-se observar na figura acima (metamaterial) que
o raio refratado fica no mesmo semiplano que contém o
raio incidente; em outras palavras, o raio refratado e o raio
incidente ficam ‘do mesmo lado’ da reta normal à
interface dioptrica.
A Lei de Snell pode ser aplicada à refração envolvendo
metamateriais, devendo-se atribuir, porém, a esses meios
Metamateriais – o prefixo meta designa além de – é índice de refração absoluto negativo.
a denominação para materiais ordinários sob o aspecto Uma das principais aplicações dos metamateriais é
químico, porém com estruturas tridimensionais
a manipulação das propriedades das ondas
modificadas a ponto de interagirem com ondas
eletromagnéticas, já que cada elemento individual que
eletromagnéticas de maneira não convencional. As
compõe esses meios interage de uma forma diferente
partículas desses meios – átomos e moléculas – se
com a luz incidente, podendo modificar a amplitude e a
aglutinam em arranjos estruturais diferenciados,
permitindo, por exemplo, que a luz sofra refrações fase da onda em cada região de maneira independente.
atípicas, como se o meio tivesse índice de refração Essa é a base para poder-se construir um manto de
absoluto negativo. Isso impõe à luz ao passar do ar para invisibilidade, o que se daria através do desvio da luz
um metamaterial trajetórias inusitadas, como esboçamos pelo meio sem refletir ou produzir sombras. Para que
a seguir. haja essa manipulação das ondas eletromagnéticas, os
elementos estruturais do metamaterial precisam
possuir pequenas dimensões, que chegam à faixa de
nanômetros, demonstrando assim a necessidade de
uma pesquisa entrelaçada com a nanotecnologia.
Os metamateriais encontrarão aplicações diversas na
indústria e na medicina, permitindo a construção de
sistemas ópticos especiais e diagnósticos com alto grau
de asserção.
O desenvolvimento dos metamateriais é recente,
Refração de um pincel cilíndrico de luz monocromática do ar para tendo começado com o físico ucraniano Victor Veselago,
um meio ordinário. em 1968.
– 69
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 70
2
2. ATIVIDADE EM GRUPO 1,8 . sen 30° = |n2| sen 45° ⇒ 1,8 . 0,5 = |n2| ––––
2
Com colegas, e sob a orientação do professor, queremos que 1,4
0,9 = |n2| ––– ⇒
você discuta e participe da resolução das questões a seguir: 2
|n2| 1,3
1. (UNICAMP) – Há atualmente um grande interesse no desen- b) A intensidade da velocidade de propagação da luz no material consi-
derado é obtida fazendo-se:
volvimento de materiais artificiais, conhecidos como metamateriais,
que têm propriedades físicas não convencionais. Este é o caso de
metamateriais que apresentam índice de refração absoluto negativo, 1
1
em contraste com materiais convencionais que têm índice de refração V = ––––– ⇒ V = –––––––––––––––––––––– (m/s)
ε
2,0 . 10–11 . 1,25 . 10–6
absoluto positivo. Essa propriedade não usual pode ser aplicada na
camuflagem de objetos e no desenvolvimento de lentes especiais.
a) Na figura no espaço de resposta é representado um raio de luz A Da qual: V = 2,0 . 108 m/s
que se propaga em um material convencional (Meio 1) com índice O índice de refração absoluto n fica determinado por:
de refração absoluto o n1 = 1,8 e incide no Meio 2 formando um
c 3,0 . 108
ângulo 1 = 30° com a normal. Um dos raios B, C, D ou E apresenta n = ––– ⇒ n = ––––––––
V 2,0 . 108
uma trajetória que não seria possível em um material convencional
e que ocorre quando o Meio 2 é um metamaterial com índice de Da qual: n = 1, 5
refração absoluto negativo. Identifique este raio e calcule o módulo
Respostas: a) Aproximadamente 1,3
do índice de refração absoluto do Meio 2, n2, neste caso, utilizando
b) 1,5
a lei de Snell na forma: |n1| sen 1= |n2| sen 2.
Se necessário use 2 = 1,4 e
FÍSICA
3 = 1,7.
b) O índice de refração absoluto de um meio material, n, é definido
pela razão entre os módulos das velocidades da luz no vácuo e no
meio. O módulo da velocidade da luz em um material é dado por
1
v = –––––– , em que ε é a permissividade elétrica e é
ε
a permeabilidade magnética do material. Calcule o ín dice de
refração absoluto de um material que tenha
C2 Ns2
ε = 2,0 . 10–11 ––––– e = 1,25 . 10–6 ––––– . O módulo da
Nm 2 C2
velocidade da luz no vácuo é c = 3,0 . 108 m/s.
RESOLUÇÃO:
a) O raio luminoso que está em desacordo com um material convencional
é o E.
Aplicando-se a Lei de Snell com os dados indicados na figura
(1 = 30° e 2 = 45°) e lembrando-se de que n1 = 1,8, determinemos o
módulo do índice de refração absoluto, |n2|, do meio 2.
70 –
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2. (ITA) – Considere um metamaterial, de índice de refração absoluto Refração do raio luminoso na interface 2 → 1: pela Lei de Snell,
n1 < 0 e espessura d1, depositado sobre um meio de índice de refração determina-se a relação pedida.
absoluto n2 > 0. Nesse meio, um objeto A dista d2 da interface com o n1sen θ1 = –n2sen θ2 ⇒ n1tg θ1 = –n2tg θ2
metamaterial, como na figura. Considere pequeno o ângulo que se x x
n1 ––– = –n2 –––
forma entre o raio óptico que vai do objeto ao observador e a normal d1 d2
da interface entre o metamaterial e o ar. Nesse caso, vale a aproximação
tg sen . Determine n1 em função de n2, d1 e d2 para que a imagem Da qual:
final do objeto se forme na interface entre o ar e o metamaterial.
d1
n1 = – –––– n2
d2
d1
Resposta: n1 = – ––– n2
d2
FÍSICA
d1 n1
d2 n2
A
Resolução
Considerando-se que o meio 1 é um metamaterial, temos a
trajetória da luz esboçada abaixo na condição de que a imagem
final do objeto se forme na interface entre o ar e o meio 1.
– 71
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 72
1. (FMJ-2022-MODELO ENEM) – Um raio de luz monocromática se 2. (OBFEP-MODELO ENEM) – (…) Depois do Pantanal, a família
propaga no ar, cujo índice de refração absoluto é igual a 1,0, e incide na Almeida seguiu para o estado vizinho, Goiás, a fim de conhecer o maior
superfície de uma lâmina de vidro formando um ângulo
com a reta lago artificial do Brasil e segundo do mundo: o lago da Serra da Mesa.
normal à superfície. Ao penetrar no vidro, o raio passa a formar um ân- Esse lago foi criado para alimentar uma usina hidroelétrica, por isso era
gulo com a reta normal. tão grande. A família Almeida chegou por volta de meio dia, quando o
vento deixa de existir na região. A água fica paradinha e a luz ilumina
bem o fundo do lago. Quando Carlos chega à margem do lago, localiza
a parte emersa (ponto Q) de um pau a 2,9 m de distância. Devido à
refração da luz, Carlos consegue ver a parte inferior do pau (ponto W)
olhando para o ponto P em uma direção que forma 53° com a vertical.
de propagação da luz no vidro que constitui a lâmina é Sabendo-se que o índice de refração absoluto da água vale 4/3 e que o
a) 1,15 . 108 m/s. b) 1,40 . 108 m/s. c) 1,80 . 108 m/s. do ar é igual a 1, calcule a profundidade em que o ponto W encontra-se,
d) 2,25 . 108 m/s. e) 4,00 . 108 m/s. nesse momento.
Dados: a altura dos olhos, em relação ao solo, de Carlos vale 1,5 m.
RESOLUÇÃO: sen 53° = 0,8 e cos 53° = 0,6
Trata-se de uma aplicação direta da Lei de Snell: a) 0,6 m b) 0,8 m c) 1,2 m d) 1,6 m
c c e) 1,8 m
nVidro sen = nAr sen
⇒ –––––– sen = ––– sen
VVidro c
RESOLUÇÃO:
sen 0,60
VVidro = ––––––– c ⇒ VVidro = ––––– 3,00 . 108 (m/s)
sen
0,80
Resposta: D
0,8 x1
––– = ––– ⇒ x1 = 2,0m
0,6 1,5
4 3
––– sen i = 1 . sen 53° ⇒ sen i = ––– . 0,8
3 4
72 –
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0,6 0,9
––– = ––– ⇒ H = 1,2m
0,8 H
Resposta: C
FÍSICA
b) o ângulo a partir do qual o raio luminoso sofre reflexão total na
interface entre os meios 2 e 3.
RESOLUÇÃO:
a) Os triângulos retângulos destacados adiante são pitagóricos e
suas hipotenusas medem, ambas, 5u.
n2 4
n2,1 = ––– = –––
n1 3
– 73
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nesse caso, a luz já estaria sendo totalmente refletida. Trata-se d) nC = 1,6 e) nC = 1,7
máx máx
apenas de um modelo didático.
Logo: RESOLUÇÃO:
(I) O valor do ângulo β fica determinado aplicando-se a Lei de
3
L = arc sen ––– Snell:
5
nN sen β = nAr sen α
n2 4 3
Respostas: a) n2,1 = ––– = –––
3 sen β = 1,0 sen 60° ⇒
3 sen β = 1,0 ––––
FÍSICA
n1 3 2
1
sen β = ––– ⇒
3 β = 30°
b) arc sen ––– 2
5
(II) O ângulo θ mediante o qual o pincel luminoso incide nas
interfaces núcleo-casca é tal que:
Da qual:
θ = 60°
74 –
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Dioptro Plano,
MÓDULO 17
Lâminas de Faces Paralelas e Prismas Ópticos
1. Definição 3. Equação de Gauss
para os Dioptros Planos
Dioptro plano é um conjunto de
dois meios homogêneos e transpa- Sejam:
rentes delimitados por uma superfície p: distância do objeto P à super-
plana. fície S.
p’:distância da imagem P’ à su-
Exemplo: o conjunto constituído perfície S.
pelo ar e pela água límpida e tranquila
n: índice de refração absoluto do
de um lago. O ar e a água, para que
meio onde está o objeto P.
haja homogeneidade e transparência,
n’:índice de refração absoluto do
são considerados em pequenas
camadas. outro meio.
Para raios de luz próximos à reta
2. Formação de Imagens normal à superfície S e passando por
P (condições de aproximação de
FÍSICA
Note como a imagem do lápis parece estar
Considerando, por exemplo, o Gauss), temos: “quebrada” dentro do líquido.
dioptro plano ar-água, temos:
ponto objeto real P na água n n’ 4. Lâminas de Faces Paralelas
––– = –––
p p’
Denomina-se lâmina de faces
paralelas uma associação de dois
Demonstração dioptros planos cujas superfícies dióp-
Pela Lei de Snell-Descartes, te- tricas são paralelas.
mos:
n sen i = n’ sen r
Nas condições de aproximação de
Gauss (ângulos i e r muito pequenos),
temos:
sen i tg i e sen r tg r
ponto objeto real P no ar
O caso mais comum é aquele em
Portanto: que n2 > n1 = n3. É, por exemplo, uma
lâmina de vidro imersa no ar.
n . tg i = n’ tg r
I1I2 I1I2 5. Trajeto de um Raio de Luz ao
n . –––– = n’ . –––– Atravessar a Lâmina
p p’
– 75
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não adjacentes:
A intersecção entre as superfícies
dióptricas é a aresta do prisma. Na A = r + r' (3)
prática, um prisma possui uma terceira
face, oposta à aresta e denominada 4.o) No triângulo II'C, o ângulo externo
base do prisma. é o desvio angular.
= (i – r) + (i' – r')
= i + i' – (r + r')
No triângulo ACD, temos:
= i + i' – A (4)
AD
cos r = –––––
AC 9. Desvio Angular Mínimo
Sendo AD a espessura e da lâmi-
na, vem: Por meio de experiências, compro-
e va-se que o desvio angular é mínimo
cos r = –––– (2) (m) quando os ângulos de incidência (i)
AC
e de emergência (i') são iguais. Nessa
De (1) e (2), resulta: condição, das fórmulas (1) e (2), con-
sen (i – r) cluímos que os ângulos r e r' também
d = e ––––––––––– são iguais. Portanto, quando o desvio
cos r
angular é mínimo, temos:
i = i' e r = r'
76 –
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FÍSICA
incidência i = 45°, devemos ter:
– 77
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78 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 79
FÍSICA
sen L = 0,8 ⇒ L = 53°
β = 37°
Boroscópios são empregados também por equipes de resgate na sen α = 0,9 ⇒ α = arc sen (0,9)
inspeção de escombros causados por desabamentos.
Resposta: α = arc sen (0,9)
– 79
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Resposta: E
80 –
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II. O fato de o vidro ser mais refringente para a luz azul que para
a luz vermelha faz com que, na travessia do prisma, o raio
luminoso azul sofra um desvio angular (A) maior que o sofrido
pela luz vermelha (V). Veja a figura.
FÍSICA
Resposta: B
3 4 3
a) –– b)
2 c)
3 d) –– e) ––
2 3 2
– 81
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 82
RESOLUÇÃO:
(I) O desvio angular do feixe luminoso que atravessa o prisma é
dado por:
= i1 + i2 – A
Lei de Snell:
nP senr1 = nAr seni1 ⇒ nP sen 45° = 1,0 sen 60°
2 3
nP –––– = 1,0 ––––
2 2
FÍSICA
Da qual:
3
nP = ––
2
Resposta: A
82 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 83
FÍSICA
R1 e R2 : raios de curvatura. n2 < n1 divergentes convergentes
e: espessura da lente.
O caso mais comum é n2 > n1:
lentes de vidro e imersas no ar.
4. Lente Delgada
– 83
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 84
f f
2f 2f
luz
F tem natureza real nas lentes convergentes.
A' F' O F A
f f
2f 2f
84 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 85
Lente convergente
Objeto antes de A
Lente divergente
Imagem: real, invertida e menor
Objeto em F
do que o objeto (máquina fotográ-
fica).
FÍSICA
Objeto em A
Imagem: imprópria.
Imagem: real, invertida e do Imagem: virtual, direita e menor
mesmo tamanho do objeto. do que o objeto.
Observações:
a) Nos sistemas ópticos refratores, quando objeto e imagem são de mesma natureza, estão posicionados
em diferentes semiespaços definidos pelo sistema.
b) Nos sistemas ópticos refratores, quando objeto e imagem são de natureza diferente, estão posicionados
no mesmo semiespaço definido pelo sistema.
– 85
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 86
1. Leitura
O telescópio espacial James Webb
O telescópio espacial James Webb (TEJW), visto
abaixo em concepção artística, custou cerca de 10
bilhões de dólares e constitui o mais moderno e
sofisticado sistema óptico-fotográfico-computacional de
observação espacial em operação na atualidade. James
Webb foi um visionário estadunidense administrador da
NASA (National Aeronautics and Space Administration)
FÍSICA
86 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 87
d
de uma distância ––– e suas novas imagensm, A2 e B2, respectiva-
2
mente, sejam vistas pelos observadores O1 e O2.
dA
Nessas condições, a razão ––– entre as distâncias, dA e dB, percorridas
dB
pelas imagens dos objetos A e B, é
9 3 3 8
a) ––– b) ––– c) ––– d) ––– e) 1
16 8 4 3
RESOLUÇÃO:
Sendo os raios luminosos que determinam as imagens virtuais de
A e B praticamente normais à supercíficie dióptrica, podemos
utilizar a Equação de Gauss para o dioptro plano.
nobservador
p’ = ––––––––––– p
nobjeto
FÍSICA
você discuta e participe da resolução das questões a seguir: 4 2
–––
3
4
No meio de índice de refração absoluto n1 encontra-se um objeto –––
pontual B, distante d, da superfície S, assim como, no outro meio
3
d
dB = p’B – p’’B ⇒ dB = –––– d – –––
1 2
encontra-se um objeto idêntico A, também distante d, da superfície do
dioptro como mostra a figura abaixo.
Da qual:
2
dB = ––– d
3
dA
III) Cálculo da relação –––– :
dB
3
dA ––– d
8
–––– = –––––––
dB 2
––– d
3
De onde se obtém:
dA 9
–––– = ––––
dB 16
– 87
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 88
Da qual: d = 2,0cm
RESOLUÇÃO:
a) O fenômeno físico que possibilita melhor aproveitamento da
luz solar é a refração, já que a luz deverá atravessar os blocos
feitos de vidro.
b)
i = 60º
30º A Ar nAr = 1
n= 3
e = 2 3cm
i- r
r
D
r
d
B C Ar
i = 60º
88 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 89
Reflexão
total a
a
a = 45°
45°
B A
FÍSICA
α > L ⇒ sen α > sen L
nar 2 1,0
Admitindo-se que L1 e L2 sejam lentes delgadas, em operação de acordo sen 45° > –––– ⇒ –––– > ––––
n 2 n
com as condições de estigmatismo de Gauss, e que o índice absoluto
de refração do ar que envolve os três componentes seja igual a 1,0,
pede-se determinar Da qual: n >
2
a) a distância D, indicada no esquema, que separa L1 de L2;
b) o valor de d2; Respostas: a) D = 10,0 cm
c) o índice absoluto de refração do prisma, n, para que ele satisfaça as b) d2 = 6,0 cm
c) n >
2
condições citadas no enunciado.
RESOLUÇÃO:
a) Para que as lentes L1 e L2 constituam, juntamente com o prisma,
um sistema afocal, isto é, raios paralelos incidentes em L1
produzam raios paralelos emergentes de L2, conforme indica a
figura, o foco principal imagem de L1 deve coincidir com o foco
principal objeto de L2. Veja o esquema:
– 89
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 90
O
www.catanduva.sp.leg.br
A F F’
Vista através de uma lente convergente de distância focal 12 cm, I
12cm
colocada a 30 cm da lente, a imagem da bandeira terá a forma mostrada
24cm
em:
30cm
a)
c)
d)
Resposta: A
e)
90 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 91
O
Observador
I
F’ C F
Lente
lente 1 divergente
Lente 2
FÍSICA
O
F O F'
Observador
Lente
convergente
RESOLUÇÃO:
a) Em ambos os casos, as imagens são direitas, o que denota que
as imagens produzidas pelas lentes 1 e 2 são de natureza
virtual.
– 91
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:23 Página 92
4. (VUNESP-USCS-MODELO ENEM)
RESOLUÇÃO:
A formação da imagem no microscópio composto está esquema-
tizada a seguir.
L1 (objetiva) L 2 (ocular)
O
A 1 F1 F1' F2 F2'
I1
I2
92 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 15/02/2023 11:08 Página 93
FÍSICA
Fig. 2 – Pilha de limões associados em série.
2. Associação em série
Fig. 1 – Pilha de limão liga lâmpada de LED.
As pilhas comuns que usamos no dia a dia possuem
em sua parte interna elementos químicos que por meio
de reações químicas de oxidorredução promovem perda
e ganho de elétrons.
Nesse processo são formados os polos da pilha, um
positivo e outro negativo, e como consequência temos
entre esses polos uma ddp (diferença de potencial)
Podemos reproduzir o que acontece no interior da
pilha usando um limão ou uma batata.
No caso do limão, o suco do limão (uma solução
ácida)fará o papel do eletrólito (meio no qual os
portadores de carga irão movimentar-se).
Duas plaquinhas, uma de cobre e outra de zinco,
atuam como os eletrodos.
A ddp obtida não é muito grande, algo da ordem de Propriedades
1,0 V, mas o suficiente para acender LEDs, ligar uma 1.a) A f.e.m. equivalente (Es) é a soma das f.e.m.
pequena calculadora ou um relôgio simples. dos geradores associados:
Se substituirmos o limão pela batata, o eletrólito terá
um caráter básico, mas o fenômeno é o mesmo. Es = E1 + E2 + ... + En
rs = r1 + r2 + ... + rn
– 93
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 94
Ep = E
r
rp = ––––
n
em que r é a resistência interna de cada gerador e n o
número de geradores iguais associados em paralelo.
FÍSICA
94 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 95
1. Determine o gerador equivalente para os dois casos a seguir. 2. (FATEC-MODELO ENEM) – Um rádio utiliza 4 pilhas de 1,5V e re-
sistência interna de 0,50 cada uma. Considerando-se que as pilhas
estão associadas em série, a força eletromotriz (f.e.m.) e a resistência
equivalente são, respectivamente:
a) 1,5V e 2,0 b) 6,0V e 0,75 c) 6,0V e 0,25
d) 1,5V e 0,50 e) 6,0V e 2,0
RESOLUÇÃO:
Es = 4 . E = 4 . 1,5(V) = 6,0V
rs = 4 . r = 4 . 0,50() = 2,0
Resposta: E
FÍSICA
a) Associação em série: com diferença de potencial V, estão ligadas a um aparelho, com
resistência elétrica R, na forma esquematizada na figura.
req = 2,0 + 2,0 = 4,0
Resposta: B
– 95
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 96
RESOLUÇÃO:
a) Como as quatro baterias são ideais, idênticas e estão associadas
em série e fornecem 12V ao condutor, temos que:
4E = 12 (V) ⇒ E = 3,0V
R = –––
A
2,0
8,0 = ––––––––––
1,2 . 10–7
96 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 97
1. Carros elétricos: Por um futuro sustentável A Física pode ajudá-lo(a) nessa situação. E a solução
pode demandar a boa vontade de um vizinho solidário.
Os motores a combustão que tanto contribuíram com Você vai precisar de um outro carro com a bateria
o progresso e literalmente moveram o mundo nas últimas carregada e em funcionamento, além de cabos de ligação
décadas estariam com os dias contados e apenas que suportam grandes intensidades de corrente elétrica.
esperando a transição para os modelos elétricos. Existem kits no mercado que vêm com todo aparato
Em muitos países os carros com motores a necessário, luvas de proteção e cabos.
combustão já têm limitação de circulação e uso restrito O circuito elétrico que deve ser montado está
em determinadas localidades. Essa imposição de esquematizado na ilustração que se segue.
dificuldades tem explicação na enorme emissão de gases
nocivos ao ambiente.
Diante desse cenário a indústria investe e aposta
cada vez mais nos carros com motores elétricos. O motor
silencioso e sem emissão de poluentes, acredita-se, é a
melhor alternativa até o momento para continuar
movendo a sociedade moderna.
Essa tecnologia ainda encontra algumas barreiras
FÍSICA
importantes. Enquanto em um posto de combustíveis você
pode reabastecer seu carro em 5 minutos, o tempo de
recarga das baterias de um carro elétrico pode durar horas.
A autonomia, ou seja, o tempo necessário para um Observe que a bateria descarregada, quando está em
novo reabastecimento, também é um impeditivo. Novas processo de carga, atua como um receptor elétrico.
baterias com tecnologia de última geração prometem Processo semelhante acontece com a bateria de seu
contornar esse problema em breve. celular quando está em processo de recarga.
Isso tudo sem falar nos postos de recarga, que hoje
possuem uma rede extremamente pequena.
É certo que ainda existem problemas e obstáculos a
serem solucionados, porém, a necessidade de cuidarmos
do nosso planeta nos mostra o inexorável caminho que a
sociedade deve perseguir.
2. Física no cotidiano
– 97
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 98
Num circuito contendo um único gerador e um único Considere o circuito constituído pelo gerador (E,r),
receptor, o gerador é o dispositivo de maior E e, como tal, pelo receptor (E',r') e pelo resistor (R):
impõe o sentido da corrente.
98 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 99
Resposta: B
FÍSICA
RESOLUÇÃO: O amperímetro A e o voltímetro V são ideais e, nas condições em que
E – E’ foram insertos no circuito, indicam, respectivamente:
i = ––––––––
R a) 83,3 mA e 3,0 V b) 375 mA e 0,96 V
E – E’ 9,0 – 6,0
3. (IFPE-2019) – Utilizando o circuito elétrico abaixo, podemos afirmar i = –––––––– = –––––––– (A) i = 75,0mA
∑R 40,0
que a intensidade da corrente elétrica que atravessa o resistor de 3,0
é de
a) 1,2 A. b) 2,8 A. c) 4,0 A. d) 5,0 A. e) 5,2 A. 3) A indicação do voltímetro corresponde à tensão elétrica (ddp)
nos terminais do resistor de 36,0.
Resposta: E
– 99
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 100
Entre tantas mazelas que afligem a humanidade nos dias atuais, existe uma que se mostra de vital importância: é a
necessidade cada vez maior de energia.
Para que as sociedades atuais possam continuar desenvolvendo-se e que as melhorias e progressos estejam ao
alcance de cada vez mais pessoas, existe a necessidade urgente de mais energia disponível. A fome de energia atinge
todas as nações do mundo, pois o desenvolvimento dos povos está atrelado a essa disponibilidade de energia.
Se em um passado não muito distante, bastava gerar energia sem preocupações com possíveis impactos que esse
processo de geração pudesse acarretar, hoje a humanidade tem consciência de que necessita de energia, sim, porém
de uma forma limpa e sustentável.
A busca por fontes de energia que minimizem impactos na natureza e cujos resíduos sejam no mínimo administráveis
é o “santo graal” das pesquisas e dos investimentos governamentais na área energética.
Arrolamos a seguir algumas fontes geradoras de energia e pontos positivos e negativos que cada uma dessas fontes
podem acarretar.
FÍSICA
Hidroelétricas
Impactos e desvantagens
- Longa vida útil - Deslocamento de
- Energia de baixo custo comunidades e muitas
de produção vezes cidades inteiras
Pontos positivos
100 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 101
Impactos e desvantagens
- Podem ser construídas - Geração de gases de efeito
relativamente próximas a estufa (é a que mais emite)
centros consumidores: - Danos à saúde dos
Pontos positivos
Eólica
Impactos e desvantagens
- Fonte de energia - Dependência climática:
FÍSICA
inesgotável nem sempre o vento sopra
- Não emite gases poluentes quando há a necessidade
Pontos positivos
Fotovoltaica
Impactos e desvantagens
- Baixo custo de manutenção - As formas de
- Excelente para instalação armazenamento de
em lugares remotos ou de energia solar são ainda
Pontos positivos
– 101
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 102
2. Potência Elétrica
1kWh = 3,6.106 J
Seja Ee a energia elétrica fornecida por um gerador Importante
ou consumida por um receptor ou por um resistor, num Potência de um aparelho:
intervalo de tempo t.
A potência elétrica P fornecida (no caso do gerador) P = U. i
ou consumida (no caso do receptor e do resistor) é, por
definição: Energia elétrica consumida pelo aparelho:
Ee Ee = P. t
P = –––––
t
4. Potência Elétrica Dissipada por um Resistor
Ee U.Q
Sendo U = ––––– , tem-se: P = –––––––
Q t Seja U a tensão elétrica aplicada a um resistor de
resistência elétrica R e i a intensidade da corrente elétrica
Q que o atravessa.
Como i = –––– , resulta: P=U.i
t
Portanto,
para qualquer aparelho elétrico, a potência elétrica
FÍSICA
102 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 103
RESOLUÇÃO:
1) lâmpadas incandescentes:
εe1 = 10 . P1 . Δt1
FÍSICA
100
εe1 = 10 . ––––– . (5,0 . 30) (kWh)
1000
A potência elétrica dissipada pelo filamento dessa lâmpada, quando ele εe1 = 150 kWh
é percorrido por uma corrente elétrica de intensidade 0,4 A, é
a) 0,20 W. b) 0,68 W. c) 0,80 W. Custo1 = 150 . R$ 0,40 = R$ 60,00
d) 3,2 W. e) 5,0 W.
2) lâmpadas fluorescentes:
RESOLUÇÃO: εe2 = 10 . P2 . Δt2
De acordo com o gráfico dado:
20
i = 0,4 A ⇔ U = 2,0V εe2 = 10 . ––––– . (5,0 . 30) (kWh)
1000
P = U i = 2,0V . 0,4A εe2 = 30 kWh
Resposta: B
– 103
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 104
3. (UNVG-VUNESP-MODELO ENEM) – O gráfico mostra a relação 4. (FEI-Adaptado) – Na plaqueta metálica de identificação de um aque-
entre a intensidade da corrente elétrica que atravessa uma lâmpada e a cedor de água, estão anotadas a tensão, 220V, e a intensidade da corrente
diferença de potencial aplicada entre seus terminais. elétrica, 11A.
a) Qual é a potência elétrica dissipada pelo aquecedor?
b) Qual é o consumo de energia elétrica mensal sabendo-se que perma-
nece ligado, em média, 20min por dia?
c) Sabendo-se que o quilowatt-hora custa R$ 0,30, determine o custo
da energia elétrica que ele consome mensalmente.
RESOLUCÃO:
P = 60W
Portanto:
εel = P . Δt
εel = 60 . (10 . 60) (J)
Resposta: C
104 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 105
FÍSICA
Assim: P = R i2 ⇒ P = 4,0 . (0,20)2 (W) ⇔ P = 0,16W
Ui2
Pi = ––––
R Resposta: A
2
(9)
0,9 = ––––
R
(9)2
0,9 = ––––
R
(9)2
R = –––– ()
0,9
R = 90
Resposta: D
– 105
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 106
3. Nos chuveiros elétricos, a água entra em contato com 4. (MODELO ENEM) – Nos chuveiros elétricos, transformamos
uma resistência aquecida por efeito Joule. A potência energia elétrica em energia térmica em virtude do Efeito Joule que
dissipada pelo aparelho varia em função da tensão à ocorre quando a corrente elétrica atravessa o resistor do chuveiro.
qual está ligado e do valor da resistência elétrica escolhida com a chave A temperatura da água está ligada à potência elétrica do chuveiro, que
seletora. No quadro estão indicados valores de tensão e as possíveis vai depender da resistência elétrica de seu resistor.
resistências para cinco modelos de chuveiro. Nesse quadro, o valor das Sendo U a tensão elétrica utilizada (110V ou 220V), I a intensidade da
resistências é medido a partir da extremidade esquerda. corrente elétrica e R a resistência elétrica do resistor, a potência P é
dada pelas relações:
U2
P = UI = RI2 = –––
R
RESOLUÇÃO:
A relação da potência elétrica com a tensão e a resistência elétrica
é dada por:
U2
P = ––––
R a) A – quente; B – morno; C – muito quente
Irá apresentar a maior potência elétrica, o chuveiro que tiver a b) A – quente; B – muito quente; C – morno
U2 c) A – muito quente; B – morno; C – muito quente
maior relação –––– . d) A – morno; B – quente; C – muito quente
R
e) A – morno; B – muito quente; C – quente
O chuveiro, com resistência 8, em primeira análise, parece ser um
excelente candidato. RESOLUÇÃO:
UC2 Em uma residência, a tensão elétrica U é mantida constante (no
(220)2
PC = –––– = –––––– (W) ⇒ PC = 6050W U2
RC 8,0 caso, 220V); portanto, devemos usar a expressão P = ––– para
R
Vamos nos certificar de que essa é a resposta correta, analisando
analisar como a potência P varia com a resistência R : P é inversa-
também o chuveiro B.
R
2 mente proporcional a R. Na posição B, temos Req = ––– (mínima),
UB (127)2 2
PB = –––– = –––––– (W) ⇒ PB 5040 W
RB 3,2
que corresponde à temperatura muito quente. Na posição C, temos
Resposta: C Req = 2R (máxima), que corresponde à temperatura menor: morno.
Resposta: B
106 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 107
ddp
FÍSICA
Com a lâmpada L queimada, a potência dissipada pela associação, em
relação à situação inicial, sofre uma redução de
a) 40%. b) 25%. c) 45%. d) 30%. e) 10%.
(oxigenar.com.br) RESOLUÇÃO:
Cálculo da resistência equivalente na situação inicial:
De acordo com os dados fornecidos no texto, quando o equipamento
1 1 1 1
consumir totalmente a carga da bateria, a corrente elétrica média for- ––––– = ––– + ––– + –––
Req 4R 4R 2R
necida pela bateria, assumindo que o respirador trabalhou com a potên- 1
RESOLUÇÃO: Req = R
1
Dados:
Assim, a potência elétrica dissipada inicialmente pode ser calculada
Quantidade de carga (Q) = 6,7Ah
por:
Potência (P) = 50W
U2 U2
Energia elétrica (εe) = 72Wh P1 = ––––– ⇒ P1 = ––– (I)
Req R
1
Assim:
εe = P . t Quando a lâmpada L queima, esse ramo de circuito pode ser des-
prezado e a nova resistência elétrica será dada por:
72Wh = 50W . t
72Wh 1 1 1
t = –––––– = 1,44h ––––– = ––– + –––
50W Req 4R 2R
2
– 107
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 108
água.
RESOLUÇÃO:
εel = Q
0,80 . 1000 . 42
P . t = m c θ = –––––––––––––––– (°C)
400 . 4,2
U2
–––– . t = m c θ
R
= 20°C
(120)2
––––––– . 30 = 1,0 . 4,0 . 103 . 3,6
R mas,
14400 = f – i
––––––– . 30 = 14400
R
20 = f – 10
R = 30Ω
f = 30°C
Resposta: C
Resposta: C
108 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 109
FÍSICA
Ele comparou a força de trabalho de um cavalo
utilizado nas minas de carvão da época com o poder de
A troca da mão de obra animal, ou mesmo humana por máquinas a
geração de energia e potência de suas novas máquinas.
vapor é o ponto central da revolução industrial.
Tal equivalência popularizou suas invenções e facilitou
muito sua comercialização ao redor do mundo.
Algumas biografias importantes relatam que o
escocês James Watt, ao observar a tampa de uma Os valores de conversão usados atualmente são:
chaleira saltitando quando impactada pelo vapor de água 1 hp = 745,7 W
fervente, teve a ideia de usar essa energia de forma 1 cv = 735,5 W
organizada. Tal fato é apontado por muitos como o
pontapé inicial da era das máquinas a vapor que viria a Obs: O hp tem origem exclusivamente inglesa enquanto
revolucionar o mundo. o cavalo vapor passou por alguma adaptações de
unidades ao redor do mundo.
– 109
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 110
Consideremos um gerador, de f.e.m. (E) e resistência Consideremos um receptor de f.c.e.m. (E) e re-
interna (r), que está fornecendo corrente elétrica de inten- sistência interna (r) que, sob tensão elétrica (U), é percor-
sidade (i) sob tensão (U). rido por corrente elétrica de intensidade i.
Sua equação característica é:
Sua equação característica é:
U=E–r.i (1)
U=E+ri (1)
Para obtermos a potência que o gerador fornece ao
circuito, basta multiplicar a corrente pela tensão. Para obtermos a potência que o receptor consome,
basta multiplicar a tensão pela corrente.
P=U.i (2)
Pc = U . i (2)
Então, na equação (1), multipliquemos por (i) todos
os seus termos:
Na equação (1), multiplicaremos por i seus dois
U . i = E . i – r . i2 (3) membros e teremos:
P f = P g – Pd
Voltando à equação (3):
Sendo: Pu
= ––––
U.i Pc
Pf = U . i e Pg = E . i, temos: = ––––––
E.i
Sendo:
U
= –––––
E Pu = E . i e Pc = U . i,
temos:
Para um gerador ideal, temos U = E e, portanto, h = 1 ou E.i E
= ––––– = ––––
h = 100%. U.i U
Para um gerador real, temos U < E e, portanto, < 1 ou
< 100%.
110 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 111
Observação
FÍSICA
mas, Pd = ri2
MÓDULO 16
80 = r (1,0)2
1. Um gerador de força eletromotriz E e resistência interna r fornece
r = 80Ω
energia elétrica a uma lâmpada. A diferença de potencial nos terminais
do gerador é de 20V e a corrente que o atravessa tem intensidade 1,0A.
O rendimento elétrico do gerador é de 20%. Na lâmpada:
U = Ri ⇒ 20 = R 1,0 ⇒ R = 20Ω
Respostas: a) 20W
b) 100W
c) R = 20⍀ e r = 80⍀
Determine
a) a potência elétrica fornecida pelo gerador;
b) a potência elétrica total gerada;
c) a resistência interna do gerador e a resistência elétrica da lâmpada.
RESOLUÇÃO:
a) Pf = U . i = 20 . 1,0 = 20W
U 20
b) = ––– ⇒ 0,20 = –––– ⇒ E = 100V
E E
c) Pf = Pg – Pd
20 = 100 – Pd
Pd = 80W
– 111
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 112
2. A relação entre a potência fornecida por um gerador a um circuito 3. (MODELO ENEM) – Um gerador de força eletromotriz E e resis-
externo resistivo é dada por: tência interna r é ligado a um resistor que possui resistência elétrica R.
Sabe-se que o gerador está fornecendo ao resistor a máxima potência
Pf = E . i – r i2
elétrica. Nas condições de potência fornecida máxima, a ddp entre os
E
terminais do gerador é –– e a intensidade de corrente elétrica que o
2
icc
atravessa é metade da corrente de curto-circuito do gerador ––– .
2
–b –Δ RESOLUÇÃO:
xvértice = ––– yvértice = ––– = –––––––––––
2a 4a 4a U=R.i
E icc
––– = R . ––––
2 2
RESOLUÇÃO:
a) A relação fornecida leva-nos, graficamente, a uma parábola com E E
––– = R . ––––
concavidade para baixo. Determinemos as raízes da função: 2 2r
Ei – ri2 = 0 R=r
i (E – ri) = 0 Resposta: C
E
i = 0 ou E – ri = 0 ⇒ icc = ––– (corrente de curto circuito)
r
Graficamente:
Da equação: Pf = E i – r i2
a = –r
b=E
c=0
– [E2 – 4 . (–r) (0)] – E2
pf = ––––––––––––––––– = ––––
máx 4 (–r) –4r
E2
Pf = ––––
máx 4r
112 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 113
FÍSICA
b) Determine uma relação para as potências elétricas (útil, recebida e
dissipada) em um receptor elétrico.
c) Dê a expressão que fornece o rendimento () do receptor elétrico.
RESOLUÇÃO:
a) Ao ligar o liquidificador, as pás giratórias ficaram bloqueadas. Nessa
situação, pode-se afirmar:
a) Com as pás bloqueadas, não há energia dissipada e, consequen-
temente, não há riscos.
b) Com as pás bloqueadas, o receptor (liquidificador) converte-se em
b) PR = PU + PD gerador.
c) Com as pás bloqueadas, temos conversão de energia elétrica em
PU Potência útil mecânica.
c) = ––––– = –––––––––––––––––
PR Potência recebida d) Com as pás bloqueadas, temos uma violação do princípio de con-
servação da energia.
e) Com as pás bloqueadas, o receptor atua como um resistor, dissi-
pando energia elétrica, que pode provocar um superaquecimento e
a queima do motor.
RESOLUÇÃO:
O bloqueio das pás impede a transformação de energia elétrica em
mecânica, e o liquidificador passa a dissipar toda a energia elétrica
na resistência interna do motor. O superaquecimento pode
provocar o derretimento dos condutores e a “queima” do motor.
Resposta: E
– 113
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 114
3. A figura mostra a curva característica de um receptor elétrico. 4. (UEPB-MODELO ENEM) – Um motor elétrico M, figura abaixo, é
ligado a uma bateria que lhe aplica uma diferença de potencial (tensão)
VAB = 15,0V, fornecendo-lhe uma corrente elétrica de intensidade 6,0A.
O motor possui uma resistência interna de 0,30. Em virtude desta
resistência, parte da energia fornecida ao motor pela bateria é
transformada em calor (o motor se aquece), sendo a energia restante
transformada em energia mecânica de rotação do motor.
Determine
a) sua força contraeletromotriz;
b) sua resistência interna;
c) seu rendimento quando percorrido por uma corrente elétrica de
intensidade 12,0A.
RESOLUÇÃO:
a) Leitura direta no gráfico E’ = 36,0V
N 54,0 – 36,0
b) tg = r’ = ––––––––––– () = 3,0
6,0 – 0
FÍSICA
c) U = E’ + r’ i
U = 36,0 + 3,0 . 12,0 (V) Baseando-se nestas informações, pode-se afirmar:
U = 72,0V a) A potência dissipada por Efeito Joule no interior do motor é 10,4W.
b) A potência total desenvolvida no motor é 80,0W.
Assim: c) A potência total desenvolvida no motor e a potência mecânica de
E rotação do motor são, respectivamente, 90,0W e 79,2W.
= –––
U d) A potência mecânica de rotação do motor é 78,0W.
e) A potência total desenvolvida no motor e a potência dissipada por
36,0 Efeito Joule no interior do motor são, respectivamente, 80,0W e
= –––––
72,0 10,6W.
Resposta: C
114 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 115
FÍSICA
Desse modo, podemos separar o circuito inicial em
duas partes idênticas e resolvê-las individualmente.
• Analisando os terminais C e D de uma das partes:
R
–– . R
2 R R
RCD = ––––––– = –– ⇒ RCD = ––
R 3 3
–– + R
2
– 115
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 116
O polo B tem potencial elétrico maior do que o polo Adotando de A para B, temos VA – VB.
A. Portanto: 3.o) somar algebricamente as d.d.p. de todos os
elementos.
VB – VA = + E e VA – VB = – E
116 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 117
FÍSICA
VA – VB = + r1 i – E1 + R i + E2 + r2 i
– 117
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 118
1. (OBF) – Numa parte de um circuito elétrico (como indicado na 2. (UFPE) – A figura a seguir mostra um trecho de um circuito. Calcule
figura abaixo), um amperímetro é conectado para determinar a a intensidade da corrente elétrica i no ramo indicado na figura, em
intensidade da corrente elétrica que atravessa um determinado fio. Qual ampères.
o valor indicado no amperímetro?
RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
O circuito pode ser analisado nó por nó ou, de uma maneira mais
Utilizando a 1.a Lei de Kirchhoff, temos:
FÍSICA
118 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 119
3. Considere o trecho de circuito abaixo e os valores nele indicados. 4. (UNIOESTE) – No circuito mostrado na figura a seguir, é correto
afirmar que a intensidade da corrente IR no resistor R, o valor da resis-
tência R e a força eletromotriz desconhecida ε1 são, respectivamente:
a) IR = 2,0A; R = 20,0Ω ; ε1 = 42,0V.
b) IR = 10,0A; R = 20,0Ω ; ε1 = 4,2V.
c) IR = 10,0A; R = 20,0Ω ; ε1 = 42,0V.
d) IR = 2,0A; R = 2,0Ω ; ε1 = 4,2V.
e) IR = 10,0A; R = 2,0Ω ; ε1 = 42,0V.
RESOLUÇÃO:
i1 = i2 + i4
i2 = i3 + i5
FÍSICA
RESOLUÇÃO:
UXY = 30V
Malha α:
2,0R = 40,0
R = 20,0Ω
Malha β:
ε1 = 42,0V
Resposta: A
– 119
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 120
B . . s U1 N1 I2
Em = —— = ———— = B . . vm –––– = —— = ––––
t t U2 N2 I1
120 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 121
1. Um trilho condutor de resistência elétrica nula, dobrado em forma mento ΔΦ. Usando a regra da mão direita, verificamos que a
de U, está fixo numa mesa horizontal. Deitada sobre os lados paralelos, corrente induzida deverá ter sentido anti-horário.
foi colocada uma haste móvel MN, de material condutor, que está sendo
→ b) Num intervalo de tempo t, a haste desloca-se x:
transladada para a direita com velocidade constante V, como nos mostra
→
a figura. Um campo magnético uniforme de indução B, de direção Δx
V = –––
vertical, está penetrando no plano da figura . Observemos que a haste Δt
divide o trilho em U em duas espiras retangulares: uma fechada à
Δx = V . Δt
esquerda, e outra aberta, à direita.
A variação da área é:
ΔA = Δx . L = V . Δt . L
A variação do fluxo é:
ΔΦ = B . ΔA = B. L . V . Δt
ε
= –––– ⇒
ε
= B . L . V
t
FÍSICA
Respostas: a) anti-horário
b)
ε
= B L V
RESOLUÇÃO:
a) A determinação do sentido da corrente poderá ser feita pela
força magnética ou pela variação de fluxo; em ambos os casos,
usamos a Lei de Lenz.
1.o modo: Usando a força magnética e a Lei de Lenz:
→
A força magnética Fm que surge na haste móvel se opõe ao
deslocamento da haste, de acordo com a Lei de Lenz. Assim,
→ →
conhecidos os sentidos de B e Fm , determinamos, pela regra da
mão esquerda, o sentido de i na haste móvel.
– 121
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 122
2. Temos uma espira retangular de dimensões (a X b) metálica e dota- c) Quando a espira sair totalmente da região do campo magnético,
da com uma lâmpada de led (L) de baixa tensão. Acende facilmente. não haverá mais fluxo e teremos =0
Inicialmente, estando a espira totalmente imersa no campo magnético, Logo, pela Lei de Faraday, não haverá fem induzida (ε = 0) e, pe-
ela será arrastada por uma operadora, para fora do campo como nos la Lei de Ohm, não se tem corrente elétrica: lâmpada apagada.
mostra a figura 1.
Respostas:a) = 0
b) Acesa
c) Apagada
RESOLUÇÃO:
a) No interior do campo (fig 1), a lâmpada estava apagada. Mesmo
que posta em movimento, não havia variação de fluxo no
interior do retângulo da espira.
122 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 123
NOTE E ADOTE
R = 2,0 cm (raio do anel)
B = 2,0 x 102 T
Para o cálculo do fluxo no anel, adote a equação (Φ = B . A) em
FÍSICA
que A = área do anel.
Adote π = 3,0
Para o cálculo do módulo da fem média induzida use a Lei de
RESOLUÇÃO:
1) Geração da fem no Intervalo de tempo (T1 ; T2):
ΔT = T2 – T1
ΔT = 4,0s – 0 = 4,0s
ΔΦ = 2,4 . 10–1 Wb
ΔΦ
εm = ––––
Δt
= ––––––––– = ––––––––––
–1
2,4 . 10 24,0 . 10 –2
εm –3 –3
4,0 . 10 4,0 . 10
εm = 60,0V
Resposta: E
– 123
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 124
RESOLUÇÃO: m = 4,0 kg
a) 1) Cálculo do módulo da f.e.m. induzida durante a variação de
fluxo na espira retangular fechada MNXY.
Respostas: a) 40,0 A
E = B L . V ⇒ E = 2,0 . 0,50 . 20,0 (unid. SI) b) 4,0 kg
E = 20,0 V
E
i = ––– (Lei de Pouillet)
R
20,0 V
i = –––––––
0,50 Ω
i = 40,0 A
124 –
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2. Corpo Eletrizado
FÍSICA
De uma maneira geral, os corpos com os quais
lidamos cotidianamente são neutros, isto é, possuem
Fig. 4.
igual quantidade de prótons e de elétrons (Fig. 1).
Fig. 5.
Fig. 1 – Corpo neutro.
Dizemos que um corpo está eletrizado negativa-
• Princípio da conservação das cargas elétricas
mente quando possui um número de elétrons maior que
Em um sistema eletricamente isolado, a soma
o de prótons.
algébrica de cargas elétricas (positivas e negativas) per-
manece constante, ainda que se verifique variação de
Nesse caso, há excesso de elétrons no corpo.
quantidade das cargas positivas e das negativas.
– 125
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 126
Fig. 7c.
• Série triboelétrica
A série triboelétrica é uma sequência ordenada de
substâncias que nos dá o sinal da carga que cada corpo
FÍSICA
4. Processos de Eletrização
Fig. 7a.
Fig. 8a.
Fig. 7b.
126 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 127
Fig. 8b.
Fig. 9a.
FÍSICA
Fig. 8c.
• Caso particular
Se ambos os corpos, (A) e (B), forem esféricos, do
Fig. 9b.
mesmo tamanho e constituídos de metal, após o contato,
RESOLUÇÃO:
O processo ilustrado na tirinha é o da eletrização por atrito. Nesse
processo, ocorre a movimentação de elétrons entre a calça e os
pelos do gato.
Apenas para ilustrar, suponha que a calça seja de algodão.
Na série triboelétrica temos:
1. vidro
EU ODEIO ELETRICIDADE
ESTÁTICA. 2. lã
3. pelo de gato
4. seda
5. algodão
– 127
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 128
2. Dispomos de duas pequenas esferas idênticas eletrizadas. A esfera 3. Consideremos um conjunto de pequenas esferas metálicas e idên-
1 possui uma carga elétrica Q1 = +2,0 µC, ao passo que a esfera 2, uma ticas sobre a bancada do laboratório de Física. Algumas delas estão
carga elétrica Q2 = –6,0 µC. eletrizadas com um valor impresso na própria figura que se segue.
O objetivo é fazermos experimentos de contato entre as esferinhas
desse conjunto.
∑Qfi = ∑Qin
5Q = + 2,0 pC + 4,0 pC + 0 + (–4,0 pC) + (–6,0 pC)
5Q = –4,0 pC
Logo
Q = –0,80pC
Q + Q = Q1 + Q2
2Q = +2,0µC + (–6,0µC)
b)
2Q = –4,0µC
Q = –2,0µC
Então
Resposta: D
∑Qfi = ∑Qin
3Q = (+2,0 pC) + (+4,0 pC) + (–6,0 pC)
3Q = 0
Q=0
128 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 129
A B C D
+64 pC
RESOLUÇÃO:
1) Contato entre A e B:
+64pC + 0
–––––––––– = +32 pC (para cada uma delas)
2
FÍSICA
3) Contato de A com D, após os contatos anteriores:
A D +16pC + 0
–––––––––––– = +8,0pC (para cada uma delas)
+16 pC 2
Resposta: C
– 129
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1. Eletrização por Indução Elétrons de B foram atraídos e “po- Convém observar o seguinte:
voaram” a região esquerda do corpo B, 1.o) Na indução, os corpos “ter-
Indução é uma separação de car- ao passo que prótons foram mantidos, minam” com cargas elétricas de sinais
gas elétricas que ocorre em um corpo por repulsão, na região direita de B. contrários.
condutor, sem que ele tenha tocado Se ligarmos à terra, ou mesmo to-
Indutor Induzido
outro corpo, mas apenas tenha sido carmos o dedo em B, haverá subida de
colocado nas proximidades de um elétrons (ou passagem de elétrons), positivo negativo
corpo eletrizado (Fig. 1). como mostra a Fig. 2.
negativo positivo
Fig. 1a.
FÍSICA
2. O Eletroscópio de Folhas
O eletroscópio é um aparelho que se usa para detectar a presença de cargas elétricas num corpo.
Fig. 5a – Eletroscópio de folhas, longe de cargas elétricas. Fig. 5b – Eletroscópio na presença de cargas elétricas.
130 –
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1. Um pente plástico é atritado com papel toalha seco. 2. (MODELO ENEM) – Dois alunos, colegas de classe, após assisti-
A seguir ele é aproximado de pedaços de papel que rem à brilhante aula do Prof Hélio Tross Táticus , decidiram realizar o ex-
estavam sobre a mesa. Observa-se que os pedaços perimento citado pelo professor durante a mesma.
de papel são atraídos e acabam grudados ao pente, como mostra a Penduram, com fios de seda, três esferinhas ocas, de metal muito leve,
figura. tipo bola de árvore de natal, com a finalidade de pesquisar a existência
de cargas elétricas em cada uma delas. Sabia-se previamente, que
apenas duas delas estavam eletrizadas . Qual seria a neutra?
Então se puseram a fazer a pesquisa.
FÍSICA
aproximaram sucessivamente das esferas 1, 2 e 3. Eis o resultado:
Disponível em: http://ogostoamargodometal.wordpress.com. • Esferinha 1: foi repelida
Acesso em: 10 ago. 2012. • Esferinha 2: foi atraída
• Esferinha 3: foi repelida.
Nessa situação, a movimentação dos pedaços de papel até o pente A conclusão correta do experimento é:
comprova que: a) As esferinhas 1 e 3 tinham cargas elétricas do mesmo sinal que as
a) os papeizinhos foram influenciados pela força de atrito que deixou do canudinho, enquanto a esferinha 2 tinha carga elétrica de sinal
cargas elétricas no pente. contrário.
b) os papeizinhos foram influenciados pela força de resistência do ar b) A esferinha 1 tinha carga oposta à do canudinho, a 2 carga do mesmo
em movimento. sinal e a 3 estava neutra.
c) o pente ficou eletrizado pelo atrito com o papel toalha e, uma vez c) As esferinhas 1 e 3, bem como o canudinho, tinham carga elétrica
eletrizado, passou a atrair os papeizinhos picados (indução). positiva; a esferinha 2 era a neutra.
d) pentes de material plástico possuem eletricidade natural, por isso d) O canudinho tinha carga positiva, as esferinhas 1 e 3, positivas e a
atraem os papeizinhos, bem como atraem os nossos cabelos quando esferinha 2 negativa.
nos penteamos. e) As esferinhas 1 e 3 tinham cargas do mesmo sinal que as do canu-
e) tanto o pente quanto os papeizinhos adquiriram cargas elétricas, dinho, ao passo que a esferinha 2 estava neutra e foi atraída por
sendo que elas tinham sinais contrários e por isso se atraíram. indução eletrostática.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO: Apenas duas esferas estavam eletrizadas.
O fenômeno é conhecido por “indução eletrostática”. O pente foi Vale lembrar que uma das esferas está neutra, o que invalida as
eletrizado por atrito. alternativas: (a) e (d). A esferinha (3) foi atraída por indução eletros-
A comprovação da existência de carga elétrica sobre um corpo tática e não por ter carga oposta à do canudinho.
(pente) se faz pela atração ou repulsão elétrica de um outro corpo. Não se conhece a carga elétrica do canudinho, então não se pode
O item a está errado, pois a influência não é da força de atrito”, descobrir qual era a carga elétrica das esferinhas 1 e 3. Apenas
mas das cargas elétricas que ficaram no pente. podemos ter certeza de que a repulsão ocorreu por terem elas
Resposta C carga elétrica do mesmo sinal que as do canudinho.
Resposta E
– 131
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3. (FUVEST) – Um grupo de alunos, em uma aula de laboratório, 4. (FUVEST-2021-1.a fase-MODELO ENEM) – Dois balões negati-
eletriza um canudo de refrigerante por atrito, com um lenço de papel. vamente carregados são utilizados para induzir cargas em latas
Em seguida, com o canudo, eles eletrizam uma pequena esfera metálicas, alinhadas e em contato, que, inicialmente, estavam
condutora, E1, inicialmente neutra, pendurada em um fio de seda eletricamente neutras.
isolante, de comprimento L, preso em um ponto fixo P. No final do
processo, a esfera e o canudo estão com cargas de sinais opostos. O
lenço ficou eletrizado com carga elétrica positiva (+Q)
canudinho E1
Conforme mostrado na figura, os balões estão próximos, mas jamais
a) Descreva o processo de eletrização do canudinho e compare a sua chegam a tocar as latas. Nessa configuração, as latas 1, 2 e 3 terão,
carga elétrica com a do papel toalha. respectivamente, carga total:
b) Descreva as possíveis etapas do processo de eletrização da esfera a) 1: zero; 2: negativa; 3: zero.
E1. Durante esse processo, poderia algum aluno ter tocado na es- b) 1: positiva; 2: zero; 3: positiva.
fera? c) 1: zero; 2: positiva; 3: zero.
d) 1: positiva; 2: negativa; 3: positiva.
RESOLUÇÃO:
FÍSICA
situação inicial
132 –
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FÍSICA
seus centros”
...então, Prestley supôs, por analogia entre a força 2. Lei de Coulomb
gravitacional e a força elétrica, o seguinte:
“A força elétrica” também deveria diminuir a sua A intensidade da força elétrica entre duas esferas
intensidade com o inverso do quadrado da distância entre eletrizadas é:
as esferas eletrizadas.” • .. proporcional ao produto das quantidades de
Embora tivesse surgido uma pista teórica quantitativa, cargas de cada esfera.
a hipótese de Prestley carecia ainda de uma demonstração • .. inversamente proporcional ao quadrado da
prática, um experimento, para que pudesse ser distância que separa os centros das esferas
“reconhecida”. eletrizadas
Somente em 1777, o Físico e inventor Charles
Augustin Coulomb construiu uma balança de torção e pode Usando a balança de torção Coulomb conseguiu
então realizar com ela diversos experimentos que o levaram comprovar experimentalmente a segunda parte da lei
a concluir a lei fundamental da eletrostática, que hoje leva
o seu nome: a Lei de Coulomb. Nota final:
Em 1785, após realizar centenas de medições com sua
balança de torção e, com o intuito de oficializar a sua
descoberta, apresentou oficialmente um vasto relatório de Academie de Scienses, na França, é uma academia
seu trabalho à Académie de Sciencies, na França. científica , e foi fundada por Luis XIV em 1666 (um
Inicialmente apresentou e descreveu a sua balança e século antes da Tomada da Bastilha). Sua finalidade era
depois realizou ali alguns experimentos que comprovavam promover a investigação científica francesa.
oficialmente a Lei Fundamental da Eletrostática. Ela esteve na vanguarda nos séculos XVII, XVIII,
abrigando os mais iminentes cientistas e
investigadores franceses e alguns estrangeiros.
Hoje ela é parte do Institut de France.
– 133
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5. Unidades Importantes do SI
q Q d F K
unidades do SI C C m N N . m2/C2
q.Q
F = K0 –––––––––––– (1)
d2 Fig. 3
134 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 12:24 Página 135
RESOLUÇÃO:
Dados:
FÍSICA
QA = 4,0 . 10–4 C
QB = 8,0 . 10–9 C
RESOLUÇÃO:
d = 2,0 cm = 2,0 . 10–2 m
a) Usando a fig. 1
K = 9,0 . 109 N . m2/C2
Lei de Coulomb:
K . QA . QB
F = ––––––––––
d2
10–9
F1 = 36 . –––––– (N)
10–4
Q2
F1 = K –––––
d2
1
temos:
Usando a fig. 2:
d1 = 4,0 cm, d2 = 8,0 cm
Q2
F2 = K –––––
d2
2
– 135
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F1 d12 d12 d2 2
–––– = –––––––––– = –––––– = ––––
F2 Q2 1 d1
K . –––– ––––
2 2
d2 d2
Lei de Coulomb:
F1 8,0 2 2 2
–––– = –––– = ––– q.Q
F2 4,0 1 F1 = k . –––––
d12
K.q.Q
F1 20 = ––––––––––– ⇒ K . q . Q = 2,88 . 10–3 (unid. SI)
–––– = 4 (1,2 . 10–2)2
F2
2) Segunda situação:
Observação: Não há necessidade de conversão para metro pois F2 = força elétrica entre as cargas elétricas da fig. 2
é uma razão entre distâncias.
Respostas:
a) F1 = 3,6 . 10–4 N
F1
FÍSICA
F2 = 180N
Resposta: A
136 –
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4. Dispomos de quatro esferinhas condutoras idênticas. Elas estão Como são ambas positivas, a força elétrica será de repulsão.
previamente eletrizadas e foram acomodadas num suporte isolante com Módulo da força:
formato de suporte de ovos (fig. 1). Q1 . Q4
F = K0 ––––––––
d2
FÍSICA
Dado: k0 = 9,0 . 109 unid. SI
RESOLUÇÃO:
∑Qdepois = ∑Qantes
Q1 + Q2 = +2,0C + 4,0C
Sendo Q1 = Q2
2Q1 = +6,0C
Q1 = +3,0C e Q2 = +3,0C
∑Qdepois = ∑Qantes
Q3 + Q4 = –2,0C + 4,0C
Q3 = Q4 ⇒ 2Q3 = +2,0C
Q3 = +1,0C e Q4 = +1,0C
– 137
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––––––––––
distância (d) entre elas. K . Q 1 . Q2 1 K . Q1 . Q2
F1 = ––––––––– = ––– .
(3a)2 9 a 2
F2 = ––––––––––
K.Q .Q
a
1
2 2
K . Q1 . Q2
–––––––––––
F2 a2
–––– = –––––––––––––––––
F1 1 K . Q1 . Q2
––– . ––––––––––
9 a2
→
MÓDULO 15 1) Módulo de F1
K0 . Q1 . |Q2| 9,0 . 109 . 6,0 . 10–9 . 1,0 . 10–9
F1 = ––––––––––––– ⇒ F1 = –––––––––––––––––––––––––––– (N)
1. (MODELO ENEM) – Três esferinhas eletrizadas estão alinhadas d 2 (1,0)2
sobre uma superfície horizontal, como se mostra na figura. As
F1 = 54,0 . 10–9 N
esferinhas 1 e 3 estão fixas, enquanto a esferinha 2 está livre para se
mover. →
2) Módulo de F3
K0 . |Q2| . |Q3| 9,0 . 109 . 2,0 . 10–9 . 1,0 . 10–9
F3 = ––––––––––––– ⇒ F3 = –––––––––––––––––––––––––––– (N)
d 2 (1,0)2
F3 = 18,0 . 10–9 N
138 –
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2. Três cargas elétricas Q1, Q2 e Q3 estão alinhadas sobre uma linha Ainda
imaginária (eixo de abscissas) no ar seco, como mostra a figura a seguir. y + x = 1,20
As cargas Q1 e Q2 estão fixas, ao passo que a carga Q3 está livre para
se mover sobre o eixo, entre as outras duas. A primeira carga, Q1, está Substituindo-se em , vem:
na origem e Q2, na abscissa 1,20 m.
3x = 1,20 ⇒ x = 0,40 m
y = 0,80 m
Resposta: A
FÍSICA
RESOLUÇÃO:
K . Q1 . |Q3|
F31 = –––––––––––––
x2
F31 = F32 (equilíbrio da carga Q)
K . Q2 . |Q3|
F23 = –––––––––––––
y2
K . Q1 . |Q3| K . Q2 . |Q3|
––––––––––––– = –––––––––––––
x 2 y2
Para que tal fato ocorra, a distância entre a carga q1 e a carga suspensa
Q1 Q2 q3 deve ser de:
–––– = ––––
x 2 y2 a) 1,0cm b) 2,0cm c) 3,0cm d) 7,0cm e) 21,0cm
Q1 Q2
Q1
Q2
–––– = –––– ⇒ ––––– = ––––– RESOLUÇÃO:
x2 y 2 x y
x a distância entre q1 e q3
Sejam:
y a distância entre q2 e q3
Temos
Q1 = 1,6 . 10–19 C = 16 . 10–20 C
Q2 = 6,4 . 10–19 C = 64 . 10–20 C
16 . 10–20
64 . 10–20
–––––––––––– = ––––––––––––
x y
– 139
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Para que a carga q3 permaneça em equilíbrio 4. Três cargas elétricas puntiformes estão dispostas numa figura
formando um triângulo retângulo. Na figura é indicado o sinal de cada
F1 = F2
carga elétrica. Suponha que as cargas estejam no vácuo.
K . q1 . |q3| K . q2 . |q3|
––––––––––– = –––––––––––
x2 y2
q1 q2
–––– = ––––
x2 y2
q1 = 36C q2 = 64C
36 64
–––– = ––––
x2 y2
Sendo x e y positivos:
36 64
––– = –––
x2 y2
6,0 8,0
–––– = –––– ⇒ 8,0 . x = 6,0y ⇒ 4,0x = 3,0y
x y
FÍSICA
Por outro lado, da figura, temos: Note e adote: Q1 = 64,0nC Q2 = –27,0nC q = 1,0nC
nano = 10–9 k0 = 9,0 . 109 unid. SI
x + y = 7,0cm
4,0x = 3,0y
Sistema Determine:
x + y = 7,0 ⇒ y = 7,0 – x a) o módulo da força entre q e Q1.
b) o módulo da força entre q e Q2.
4,0x = 3,0 (7,0 – x)
c) o módulo da força resultante em q.
4,0x = 21,0 – 3,0x ⇒ 7,0x = 21,0
RESOLUÇÃO:
x = 3,0cm →
a) Seja F1 a força elétrica de Q1 em q:
Resposta: C
q . Q1 (1,0 . 10–9) . (64,0 . 10–9)
F1 = k0 ––––––– ⇒ F 1 = 9,0 . 10 9 –––––––––––––––––––––– (N)
d12 (4,0 . 10–2)2
→
b) Seja F2 a força elétrica de Q2 em q:
140 –
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→
c) Seja Fres a força elétrica resultante em q: RESOLUÇÃO:
1) Forças relevantes:
→
F1 = força elétrica de repulsão de A em C
O módulo da força resultante pode ser calculado pelo Triângulo →
→ → F2 = força elétrica de atração de B em C
de Pitágoras, pois F1 e F2 são perpendiculares. →
2 = F 2 – F2 Fres = força elétrica resultante em C
F res 1 2
2 2
FÍSICA
2 = (36,0 . 10–5) + (27,0 . 10–5) (N2)
F res → →
2) Determinação dos módulos de F1 e F2:
Fres = 45,0 . 10–5N QA . QC 5,0 . 10–6 . 5,0 . 10–6
F1 = K –––––––– ⇒ F1 = 9,0 . 109 –––––––––––––––––––––– (N)
L2 (1,5 . 10–2)2
Respostas: a) 36,0 . 10–5N ou 3,6 . 10–4N
b) 27,0 . 10–5N ou 2,7. 10–4N F1 = 1,0 . 103N
c) 45,0 . 10–5N ou 4,5 . 10–4N
uma resolução mais rápida. QB . QC
F2 = K ––––––––
L2 F2 = F1 = 1,0 . 103N
QB = QA
5. (MODELO ENEM) – A figura geométrica A, B, C representa um
triângulo equilátero de lado L. Em seus vértices foram fixadas três
esferinhas eletrizadas, cujo sinais estão na própria figura. 3) Determinação do módulo da força resultante:
1
Fres = 2 . F1 –––
Note e adote: 2
QA = QB = QC = 5,0μC
Fres = F1 = F2 = 1,0 . 103N
L = 1,5 . 10–2m
Resposta: B
K0 = 9,0 . 109 unid. SI
– 141
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→ →
1.o) F e E são vetores de mesma
Fig.3 – Na região que envolve a esfera fixa,
há um campo elétrico.
direção.
→ 6. Módulo ou Intensidade do
5. Vetor Campo Elétrico: E Vetor Campo Elétrico
Os campos elétricos são encon- Sobre (q), bem como sobre (Q),
trados em torno dos corpos eletriza- aparece uma força eletrostática.
dos.
Por exemplo: fixemos uma esfera Temos
de alumínio, eletrizada, sobre um →
pedestal. Em torno dela, haverá um Fig. 4 – Carga de prova no campo elétrico. → F F
E = –––– ⇒ E = ––––– (1)
campo elétrico e isso se confirma na q 앚q앚
sondagem com a carga de prova.
142 –
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→
Sendo 3.a) O vetor campo elétrico E não é
uma força, mas apenas uma represen-
앚q앚.앚Q앚 tação simbólica de uma direção e um
F = K0 –––––––––– (2)
d2 sentido de um agente transmissor de
força.
앚Q앚
FÍSICA
E = K0 ––––––
d2
Observação
A unidade do campo eletrostático,
no SI, é newton por coulomb.
Fig. 7 – Campo de aproximação para Q < 0. Fig. 8.
7. Sentido do Vetor Campo
Elétrico Observações Já o gráfico de E em função de d2
é um ramo de “hipérbole equilátera”
O seu sentido dependerá exclusi- 1.a) Quando representamos um (Fig. 9).
→
vamente do sinal da "carga-fonte" (Q). ponto P e um vetor E , é bom ressaltar
a) Quando a "carga-fonte" Q for que, mesmo não havendo carga em P,
positiva, o campo elétrico será de há um campo elétrico no local.
afastamento. Os vetores campo elé- 2.a) Não devemos dizer que os
→
trico apontarão "para fora", isto é, são vetores E da Fig. 6 estão "repelindo" os
centrífugos em relação à carga-fonte. pontos P. Analogamente, eles não os
estão atraindo na Fig. 7.
Fig. 9.
1. Uma carga elétrica uniforme puntiforme Q = +6,0 nC é uma fonte d) 6,0 . 102 N/C, sentido oposto ao eixo x.
geradora de campo elétrico numa região do espaço. O meio é o vácuo e) 6,0 . 10–7 N/C, sentido do eixo y.
e a constante eletrostática é K0 = 9,0x109 N.m2/C2. RESOLUÇÃO:
Considere um ponto P situado a 30 cm dessa carga, conforme mostra Distância: d = 30 cm = 3,0 x 10–1 m
a figura. K0 . Q
E = –––––––
d2
9,0 x 109 x 6,0 . 10–9
E = ––––––––––––––––––– (unidades SI)
(3,0 . 10–1)2
O campo elétrico no ponto P tem módulo:
a) 6,0 . 10–1 N/C, sentido do eixo x. E = 6,0 x 102 N/C
b) 6,0 . 10–1 N/C, sentido do eixo y. A carga Q é positiva e o vetor campo elétrico é de afastamento.
c) 6,0 . 102 N/C, sentido do eixo x. Resposta: C
– 143
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 144
2. Considere uma carga elétrica Q positiva gerando um campo 3. Uma carga elétrica puntiforme Q, positiva gera em um ponto P, a
elétrico em seu entorno. Próxima a ela, consideremos os pontos P1 e P2. uma distância d, um campo elétrico de intensidade E1 (fig. 1).
Um operador traz uma carga puntiforme q1 > 0 e q2 < 0 e as coloca, Dobra-se o valor da carga e afasta-se P a uma nova distância 4d (fig. 2).
respectivamente em P1 e P2. Seja E2 a nova intensidade do campo elétrico em P.
Sendo:
→
E1 o vetor campo elétrico em P1.
→
E2 o vetor campo elétrico em P2.
→
F1 a força elétrica em q1.
→
F2 a força elétrica em q2.
1
c) E2 = ––– E1 d) E2 = 4 E1
4
e) E2 = 16 E1
→ →
a) Desenhe em P1 e P2 os respectivos vetores campo elétrico E1 e E2.
→ → RESOLUÇÃO:
FÍSICA
–––––––
1 K.Q
E2 = –––
8 d 2
Resposta: B
144 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 145
FÍSICA
RESOLUÇÃO:
F = | q | . E (vale para todas as quatro partículas)
O sentido da força dependerá do sinal da carga q da partícula.
F = | +e | . E ⇒ F=e.E
→
Como o próton tem carga positiva, a força F é representada no
→
mesmo sentido do vetor campo elétrico E.
F = | –e | . E ⇒ FB = F
FB = +2e . E ⇒ FB = 2F
FD = | –2e | . E ⇒ FD = 2F
– 145
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 146
5. Uma carga elétrica Q, isolada no vácuo, gera em seu entorno um Il) Falsa. Não devemos usar o termo “força à distância”, embora
campo elétrico. Em cada um dos seus pontos, definimos um vetor não haja contato entre as cargas q e Q. Não se trata de uma
→ ação exclusivamente entre as duas cargas q e Q. Também não
campo elétrico E 0 qual indicará a direção e o sentido do campo naquele
→ há o que se falar de ação e reação, pois temos um outro
ponto (fig.1) . O módulo do vetor E será o módulo do campo elétrico no →
elemento: a presença do campo elétrico E da carga Q.
ponto P.
K . Q
E = –––––––
d2
RESOLUÇÃO:
I) Verdadeira. A região do campo não é limitada. Apenas a inten-
sidade do vetor campo elétrico nos pontos mais afastados da
fonte Q diminui, pois o módulo do campo elétrico é inversa-
mente proporcional ao quadrado da distância até a carga Q.
K . Q
E = –––––––
d2
146 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 147
FÍSICA
tecido, ambos ficarão eletrizados com cargas elétricas
cargas elétricas externas do carro, estando ele eletrizado
opostas: um deles ficará positivo e o outro negativo.
pelo atrito do ar, penetrem no seu interior, pois a sua
Por exemplo, a roupa do motorista, durante uma carcaça de metal se constitui numa blindagem
viagem, é atritada no tecido do banco do carro. Então, elétrostática. Ela tem as mesmas propriedades de uma
tanto sua roupa como o banco se eletrizam e adquirem gaiola de Faraday.
cargas elétricas opostas. Do mesmo modo, um
Mesmo que um raio caia no veículo, suas cargas
passageiro poderá ficar com a roupa eletrizada.
elétricas jamais penetrarão no seu interior. Lá dentro do
Ao descerem do carro, acabam por colocar a mão na carro ou de um ônibus é o seu melhor abrigo. Não desça
porta que é de metal. Imediatamente salta uma faísca, dele, pois aí sim você levará um choque.
imperceptível, dando-lhe um inesperado choque.
Fig. 1
– 147
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 148
Eres =
E12 + E22 + 2 . E1 . E2 cos α
2. Campo Elétrico Gerado por
Duas Cargas Puntiformes
Observação: se as cargas fossem
Sejam as cargas puntiformes Q1 e
ambas positivas ou ambas negativas,
Q2, de sinais opostos, criando campo
apenas mudariam a direção e o
elétrico em P. →
sentido do vetor Eres.
A carga positiva (Q1) gera em P Na figura (a) a seguir, temos duas Fig b.
→
um vetor campo elétrico (E1) de afas- partículas eletrizadas com cargas elé- EA = EB = E
tamento. tricas positivas e iguais a + Q e na figu- Eres = E .
3
A carga negativa (Q2) gera em ra (b) as partículas estão eletrizadas
→
3. Campo Elétrico Gerado por N
FÍSICA
→ → → → →
E res = E 1 + E 2 + E 3 + ... + E n
148 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 149
RESOLUÇÃO:
FÍSICA
O campo da carga positiva é de afastamento.
O campo da carga negativa é de aproximação.
→ →
Os dois vetores E1 e E2 devem ser somados pela regra do paralelo-
gramo.
RESOLUÇÃO:
Na figura estão representados os vetores campo gerados pelas
respectivas cargas elétricas Q1, Q2, Q3 e Q4.
– 149
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 150
RESOLUÇÃO:
O ponto P é local onde o campo elétrico resultante será nulo. Logo,
→ →
nessa posição os módulos de E1 e de E2 deverão ser iguais.
FÍSICA
KQ K (4Q)
Como se trata de um quadrado: E1 = ––––– E2 = –––––––
equações x2 y2
2
Eres = (2E)2 + (2E)2 x + y = 1,0m
p
Eres = 2E
2 → →
p
E1
=
E2
KQ 4KQ 1 4
Resposta: D ––––– = –––––– ⇒ ––– = ––––
x2 y2 x 2 y2
x 0,33 m
Resposta: B
RESOLUÇÃO:
Como a carga de prova q é positiva, a força terá direção e sentido
→
do vetor campo Eres como na figura a seguir.
150 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 151
FÍSICA
uma vetorial, o campo elétrico (E ), e a outra escalar, o
3. Energia Potencial
potencial elétrico (V).
Consideremos o campo elétrico gerado pela carga Q 5 a.) Se o meio não for o vácuo, a constante eletros-
e o ponto P a uma distância d, no vácuo (Fig. 1) tática (K) assume um valor diferente de K0.
6. Gráfico do Potencial
Obedecendo à equação:
Q
V = K0 ––––
d
o potencial colocado em gráfico em função da distância d
Fig.1. nos dará uma hipérbole equilátera.
A energia potencial elétrica que a carga elétrica
puntiforme q adquire ao ser colocada em P é dada por
q.Q
εpot = K0 –––––––
d
4. Potencial Elétrico
7. Energia Potencial
Q1 . Q2
de um par de Cargas Puntiformes εpot = K0 –––––––––
d
O sistema de duas cargas puntiformes, Q1 e Q2, no
vácuo, colocadas próximas uma da outra, conforme a Fig.
3, adquire a energia potencial elétrica igual a
Fig.3 – Par de cargas puntiformes.
1. (FEI) – No vácuo, qual é o potencial elétrico gerado por uma carga 2. (MODELO ENEM) – Uma carga elétrica Q, positiva puntiforme está
puntiforme Q = 50C a 5,0m de distância da carga? isolada no vácuo e gera à sua volta um campo elétrico. Um ponto
a) 9,0 . 104 V b) 4,5 . 105 V c) 1,1 . 106 V geométrico P está situado a uma distância d de carga Q.
d) 3,0 . 106 V e) 4,5 . 106 V
Note e adote:
Constante eletrostática do vácuo = 9,0 . 109 N m2/C2 Sabe-se que o potencial elétrico em P, gerado pela carga Q vale 12,0V.
Potencial elétrico no infinito igual a zero. O módulo do campo elétrico em P é Ep = 6,0N/C.
A distância d do ponto P à carga Q, vale:
FÍSICA
VP 12,0
d = ––– = –––– (m)
EP 6,0
d = 2,0m
Resposta: C
152 –
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 153
3. (MODELO ENEM) – Na figura temos uma distribuição de seis 4. (UFPE-MODELO ENEM) – O gráfico mostra a dependência do
cargas elétricas nos vértices de um hexágono regular. O potencial potencial elétrico criado por uma carga elétrica Q, pontual, no vácuo,
elétrico que cada carga gera no centro C do hexágono tem valor ⫾V, em função da distância à carga.
sendo +V positivo e –V negativo.
FÍSICA
k0 . Q
Note e adote: V = ––––––– , em que Q é a carga fonte.
d
Q1 = +Q Q2 = –Q Q3 = –Q Q4 = +Q
Q5 = –Q Q6 = –Q +Q > 0 –Q < 0 Usando-se o gráfico, obtemos o par ordenado:
V1 = 300V e d1 = 0,15m.
Ou seja:
RESOLUÇÃO:
Sendo R o raio da circunferência circunscrito ao hexágono, o po- k0 . Q 9,0 . 109 . Q
V = ––––––– ⇒ 300 = ––––––––––––– (unidades SI)
tencial resultante no centro C é: d 0,15
Vres = V1 + V2 + V3 + V4 + V5 + V6
Q = 5,0 . 10–9C = 5,0nC
Sendo:
Resposta: D
Q1 k (+Q) Q
V1 = k –––– = –––––– = +k ––– = +V
R k R
Q2 k (–Q) Q
V2 = k –––– = –––––– = –k ––– = –V
R R R
V3 = –V V4 = +V V5 = –V V6 = –V
Vres = +V – V – V + V – V – V = +2V – 4V
Resposta: A
– 153
C2_3a_serie_LARANJA_FISICA_Carlos_2023.qxp 14/02/2023 15:29 Página 154
Note e adote:
Energia potencial eletrostática de um par de cargas q e Q:
K.q.Q
Epot = –––––––––
FÍSICA
RESOLUÇÃO:
1) Para o par de cargas idênticas +Q e +Q (ambas positivas), a ener-
gia potencial é calculada por:
K . (+Q) . (+Q)
Epot = –––––––––––––– = +E
d
K . (+Q) . (–Q)
Epot = –––––––––––––– = –E
d
Epot = –E
Resposta: D
154 –