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Brasão

Sobre fundo cor de azeite, o óleo da unção, linhas curvas jorrando de nascente, o
Nordeste Transmontano, sugerem água correndo e lembram a paisagem
montanhosa; sugerem o azeite que as terras destes lugares produzem em
quantidade e qualidade. Perene evocação da paz, o ramo de oliveira, folhas e fruto,
ratifica a regra do caminho para alcançar esse dom que o lema episcopal, colhido
em São Francisco de Assis, enuncia: “é dando que se recebe”.

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Báculo
O cajado do pastor, em pau santo,
atravessa uma aliança de prata que gera
uma azeitona em que se inscreve, também
em prata, um ramo de oliveira, árvore
nordestina, a árvore do jardim da agonia.
Aí, a linha vertical do bastão inclina-se
em prata e faz-se báculo episcopal,
atravessado por uma cruz, cor de ouro,
manifestando a consciência de que o
ministério do bispo se realiza em entrega
crucificada e no anúncio do mistério,
precioso como o ouro, da vitória da vida
sobre a morte, a cruz de Cristo.

Cruz
No pau santo da cruz, inscrevem-se
gravadas as linhas da paisagem
transmontana, linhas de água batismal,
fios do azeite da unção episcopal.
Aplicado sobre o elemento da natureza de
que a cruz é fabricada, um ramo de
oliveira, em prata preciosa, diz o dom da
cruz, a paz entre os homens de boa-
vontade

Anel
No anel de aliança ministerial, de prata, na
textura telúrica e rural da terra
transmontana, inscreve-se, como gravada
no chão, a cruz, o grande sinal da
encarnação, acontecimento na história
que gera e finaliza a missão do bispo,
pastor em nome de Deus deste mistério
imenso que redime a terreal condição
humana.
Pintor Avelino Leite
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Bordado do Paramento e Mitra

O Senhor, ao dar a vida por nós, fez


de nós fiéis depositários dessa vida e
por isso somos rebentos. [...] A árvore
é uma boa metáfora deste caminho
que nos é proposto e em que nós
somos também chamados a dar... Sem
isso, não há alegria, nem sentido, no
receber.
Arquiteta Joana Delgado

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Ordenação Episcopal

D. Delfim Jorge Esteves Gomes




























Bispo Ordenante Principal


D. José Manuel Garcia Cordeiro
Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas

Bispos Ordenantes

D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente


Cardeal Patriarca de Lisboa

D. António Augusto dos Santos Marto


Cardeal e Bispo Emérito Leiria-Fátima

Arcebispos e Bispos de Portugal e Espanha

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No passado dia 7 de outubro, dia da Dedicação da nossa catedral
e Memória de Nossa Senhora do Rosário, o Papa Francisco
surpreendeu-me nomeando-me Bispo titular de Dume e auxiliar da
Arquidiocese de Braga.
O Bispo é um homem que vive a esperança procurando iluminar
o mundo com o projeto de Jesus e que procura no mundo caminhos de
construção da Civilização do Amor, para assim dar conteúdo à
esperança. Hoje, mais do que nunca, a Igreja precisa desta esperança.
Para nós, cristãos, a nossa esperança é Cristo. Ele nos dará a força e a
coragem para orientar o nosso agir e vencer o medo. “Devemos
aprender a não ter medo, recuperando um espírito de esperança e
confiança.” 1
A Sua mensagem ilumina o nosso caminho e incentiva-nos a
seguir em frente. Pois sabemos que só “Tu és a nossa esperança”. 2
O Papa Francisco convida-nos, também, à esperança e fala-nos “duma
sede, duma aspiração, dum anseio de plenitude, de vida bem-sucedida,
de querer agarrar o que é grande, o que enche o coração e eleva o
espírito para coisas grandes como a verdade, a bondade e a beleza, a
justiça e o amor.” 3
O Bispo deve refletir, no múnus episcopal, a eclesiologia de
comunhão e missão, sendo aquele que melhor serve, porque a sua vida
é um serviço ao povo santo de Deus.
__________________________________________
1) S. JOÃO PAULO II, Discurso à ONU, 5.10.1995
2) S. FRANCISCO, Louvores ao Deus Altíssimo
3) PAPA FRANCISCO, F.T. 55, 3.10.20

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Assim se refere a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Pastores
Gregis: “Um Bispo só pode considerar-se verdadeiro ministro da
comunhão e da esperança para o povo santo de Deus quando caminhar
na presença do Senhor. Na realidade, não é possível estar ao serviço dos
homens, sem primeiro serem “servos de Deus”. E não podem ser servos
de Deus, se não forem “homens de Deus.” 4
No tempo que nos é dado viver, em que se desespera e o
horizonte é sombrio, esta minha mensagem é profundamente marcada
pela esperança que, aliada ao lema episcopal que escolhi “É DANDO
QUE SE RECEBE”, tirado da Oração da Paz de São Francisco, procura
ser sinal de muita proximidade e orientará o meu agir no serviço e na
comunhão.
Recordarei sempre o pensamento de Santo Agostinho como
fonte de sabedoria e humildade: “Atemoriza-me o que sou para vós;
consola-me o que sou convosco: Pois para vós, sou Bispo; convosco
sou cristão. Aquilo é um dever; isto é uma graça. O primeiro é um
perigo; o segundo, salvação.” 5

D. Delfim Jorge Esteves Gomes

__________________________________________
4) S. JOÃO PAULO II, Pastor Gregis, 13
5) S. AGOSTINHO, Sermo 340, 1: PL 38, 1483

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Viagem dos Apóstolos

A página evangélica que se refere à missão dos Doze (Mc 6, 6-


13.30-33) ajuda a refletir sobre a missão episcopal. Jesus envia os
Apóstolos, dois a dois, e indica-lhes que não levem nada para o
caminho. Ele quer que os seus discípulos, livres do supérfluo, sejam
integralmente missionários. O acessório é, antes de mais, um estorvo
para avançar no caminho interior: entorpece o andar e perturba a visão.
No fundo, impede o reconhecimento e o seguimento do próprio Jesus
Cristo, o Único Necessário. Para a viagem dos Apóstolos, basta a
palavra que liberta e o óleo que cura. Depois, a proximidade lhes
mostrará os recônditos onde essa palavra deve ecoar e as feridas que
esse óleo precisa de ungir. Assim Jesus manda os Doze, totalmente
livres e totalmente d’Ele, para serem por toda a parte a presença da Sua
salvação.
Quando os Apóstolos regressam, trazem consigo o entusiasmo
do que fizeram e ensinaram, de tal modo que o elenco dos feitos que
têm para contar só pode equiparar-se à inumerável multidão dos que
chegam e partem, famintos duma palavra que salve e dum toque que
cure. A dada altura, o Mestre convoca-os para irem com Ele. Servia-
lhes um sítio ermo a fim de descansarem um pouco (Mc 6, 31).
Efetivamente, «há tempo para tudo, diz o sábio de Israel, tempo para
agir e tempo para se interrogar sobre os motivos da ação. Tempo para
andar de casa em casa e tempo para “construir casa” entre amigos e
consigo mesmos» (Ermes Ronchi). É, por isso, tão precioso encontrar
tempo e espaços para a construção da fraternidade apostólica, a que hoje
o Papa Francisco preside, sem lhe ser estranha a convicção de São
Francisco de Sales de que a recompensa não depende do lugar, mas da
fidelidade com que se serve.
Como sucessores dos Apóstolos, os bispos são desafiados pela
necessidade que os povos sentem de Deus. Naturalmente, partilham a
compaixão de Jesus por aqueles e aquelas que são como ovelhas

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perdidas, sem pastor: pesa sobre os seus ombros a fatigante solicitude
por todos, próximos ou longínquos; consideram urgente alertar para a
incalculável dignidade da pessoa humana, que vale o sangue do próprio
Deus; e, procuram abrir caminhos insuspeitados de diálogo com a
sociedade humana, na qual a diversidade continua a ser o permanente
apelo do Espírito a «primeirear». Além disso, porque o mesmo Espírito
Santo os sagrou para o ministério, dão-se ao cuidado de alimentar, curar
e fortalecer cada membro do Povo de Deus, enquanto esse não atingir
plenamente a estatura de Cristo. Por fim, dedicam-se ao constante
movimento do tecelão, que manufatura a túnica multicolor da unidade,
justapondo os dons de cada um em benefício de todos. A unidade entre
os batizados, que o bispo é chamado a configurar com a unidade da
Trindade, depende da fidelidade da alma de cada um ao Espírito Santo,
sendo fruto contínuo de conversão pessoal.
Toda esta entrega pelo bem de cada pessoa e da Igreja seria muito
pouco, senão absolutamente nada, caso se negligenciasse aquele
convite de Jesus: «vinde, retiremo-nos» (Mc 6, 31). Para reproduzir aqui
e agora a magnanimidade do Senhor é necessário experimentá-la e
beneficiar dela, nas manhãs e nas madrugadas de cada dia. As
multidões, ainda hoje, se encontram sedentas de Cristo, mas igualmente
os pastores bebem n’Ele a Água Viva. Estar com Cristo, permite olhar
mais para o Bom Pastor do que para si mesmo, permite sentir a
proximidade de Deus Pai, que ama antes de tudo e acompanha todos os
dias: eis a alegria do ministério, eis a alegria da fé (Papa Francisco,
Canadá, 28 de julho 2022).

Pe. José Luís Amaro Pombal

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RITO DA ORDENAÇÃO DO BISPO
RITOS INICIAIS

CÂNTICO DE ENTRADA: Povo de Sião (cf. Is 30, 19.30)

SIGNAÇÃO E SAUDAÇÃO
Terminado o cântico de entrada, todos de pé, benzem-se, enquanto o Arcebispo voltado para o
povo, diz:

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.


O povo responde:
Ámen.
Depois o Arcebispo abrindo os braços, saúda o povo.
O Senhor, que vem salvar-nos, esteja convosco.
O povo responde:
Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

PALAVRA DO ADMINISTRADOR DIOCESANO


ATO PENITENCIAL
O Arcebispo convida os fiéis ao ato penitencial com estas palavras:

Preparemo-nos,
pois, para celebrar dignamente
estes santos mistérios,
reconhecendo que somos pecadores.
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Guardam-se alguns momentos de silêncio.
Seguidamente, o Arcebispo introduz a confissão com estas palavras:
Confessemos os nossos pecados
E dizem todos juntos a confissão.

Confesso a Deus todo-poderoso


e a vós, irmãos,
que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras, atos e omissões,
e, batendo no peito, dizem:
por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa.
e continuam:
E peço á Virgem Maria,
aos Anjos e Santos,
e a vós, irmãos,
que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
O Arcebispo:
Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós,
Perdoe os nossos pecados
E nos conduza à vida eterna.
R: Ámen.

INVOCAÇÕES KYRIE
Seguem-se as INVOCAÇÕES Kyrie, eleison, cantadas pelo coro:

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Terminado o canto das invocações, o Arcebispo, de mãos juntas, diz:

Oremos
E todos, juntamente com o Arcebispo, oram em silêncio.

ORAÇÃO COLECTA
Depois, o Arcebispo, de braços aberto diz a ORAÇÃO COLECTA:

Deus omnipotente e misericordioso,


concedei que os cuidados deste mundo não sejam obstáculo
para caminharmos generosamente ao encontro de Cristo,
mas que a sabedoria do alto
nos leve a participar no esplendor da sua glória.
Ele que é Deus e convosco vive e reina,
na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

R: Ámen.

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURA I Is 11, 1-10


«Julgará os infelizes com justiça»

Leitura do Livro de Isaías

Naquele dia,
sairá um ramo do tronco de Jessé,
e um rebento brotará das suas raízes.
Sobre ele repousará o espírito do Senhor:

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espírito de sabedoria e de inteligência,
espírito de conselho e de fortaleza,
espírito de conhecimento e de temor de Deus.
Animado assim do temor de Deus,
não julgará segundo as aparências,
nem decidirá pelo que ouvir dizer.
Julgará os infelizes com justiça
e com sentenças retas os humildes do povo.
Com o chicote da sua palavra atingirá o violento
e com o sopro dos seus lábios exterminará o ímpio.
A justiça será a faixa dos seus rins,
e a lealdade a cintura dos seus flancos.
O lobo viverá com o cordeiro,
e a pantera dormirá com o cabrito;
o bezerro e o leãozinho andarão juntos,
e um menino os poderá conduzir.
A vitela e a ursa pastarão juntamente,
suas crias dormirão lado a lado;
e o leão comerá feno como o boi.
A criança de leite brincará junto ao ninho da cobra,
e o menino meterá a mão na toca da víbora.
Não mais praticarão o mal nem a destruição
em todo o meu santo monte:
o conhecimento do Senhor encherá o país,
como as águas enchem o leito do mar.
Nesse dia, a raiz de Jessé surgirá como bandeira dos povos;
as nações virão procurá-la, e a sua morada será gloriosa.
Palavra do Senhor

R: Graças a Deus.

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SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72)

Ó Deus, dai ao Rei o poder de julgar,


E a Vossa justiça ao filho do Rei.
Ele governará o Vosso povo com justiça,
E os Vossos povos com equidade.

Florescerá a justiça nos seus dias,


E uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele governará de um ao outro mar,
Do grande rio até aos confins da terra.

Socorrerá o pobre que pede auxílio,


E o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres,
E defenderá a vida dos oprimidos.

O Seu nome será eternamente bendito,


E durará tanto como a luz do sol.
Nele serão abençoadas todas as nações,
Todos os povos da terra O hão de bendizer.

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LEITURA II Rm 15, 4-9
«Cristo salva todos os homens»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos:
Tudo o que foi escrito no passado
foi escrito para nossa instrução,
a fim de que, pela paciência e consolação que vêm das Escrituras,
tenhamos esperança.
O Deus da paciência e da consolação vos conceda
que alimenteis os mesmos sentimentos uns para com os outros,
segundo Cristo Jesus,
para que, numa só alma e com uma só voz,
glorifiqueis a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Acolhei-vos, portanto, uns aos outros,
como Cristo vos acolheu,
para glória de Deus.
Pois Eu vos digo que Cristo Se fez servidor dos judeus,
para mostrar a fidelidade de Deus
e confirmar as promessas feitas aos nossos antepassados.
Por sua vez, os gentios dão glória a Deus pela sua misericórdia,
como está escrito:
«Por isso eu Vos bendirei entre as nações
e cantarei a glória do vosso nome».
Palavra do Senhor.

R: Graças a Deus.

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ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO

O diácono que vai ler pede a bênção em voz baixa, dizendo:


A vossa bênção.

O Arcebispo, em voz baixa, diz:


O Senhor esteja no teu coração e nos teus lábios,
para anunciares dignamente o seu Evangelho:
Em nome do Pai X e do Filho e do Espírito Santo

O diácono benze-se e responde:


Ámen.

EVANGELHO Mt 3, 1-12
«Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus»

X Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naqueles dias,
apareceu João Batista a pregar no deserto da Judeia, dizendo:
«Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus».
Foi dele que o profeta Isaías falou, ao dizer:
«Uma voz clama no deserto:
‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’».
João tinha uma veste tecida com pelos de camelo
e uma cintura de cabedal à volta dos rins.
O seu alimento eram gafanhotos e mel silvestre.
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Acorria a ele gente de Jerusalém,
de toda a Judeia e de toda a região do Jordão;
e eram batizados por ele no rio Jordão,
confessando os seus pecados.
Ao ver muitos fariseus e saduceus que vinham ao seu batismo,
disse-lhes:
«Raça de víboras,
quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir?
Praticai ações
que se conformem ao arrependimento que manifestais.
Não penseis que basta dizer:
‘Abraão é o nosso pai’,
porque eu vos digo:
Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão.
O machado já está posto à raiz das árvores.
Por isso, toda a árvore que não dá fruto
será cortada e lançada ao fogo.
Eu batizo-vos com água,
para vos levar ao arrependimento.
Mas Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu,
e não sou digno de levar as suas sandálias.
Ele batizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo.
Tem a pá na sua mão:
há de limpar a eira e recolher o trigo no celeiro.
Mas a palha, queimá-la-á num fogo que não se apaga».
Palavra da salvação.

R: Glória a Vós, Senhor.

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ADMONIÇÃO
Chama-se “Apresentação do Eleito”, o momento onde aquele
que vai ser ordenado Bispo é apresentado à Igreja. Ao ser
apresentado o que é eleito ao Episcopado, o Bispo Ordenante
Principal manda que seja lida a Carta Apostólica, com a qual se
atesta, diante do Povo de Deus, que a Ordenação do Eleito é
decidida pelo Santo Padre, o único a quem compete o cuidado
de todas as Igrejas, muito particularmente no que se refere à
nomeação dos Bispos.

ORDENAÇÃO

Estando todos de pé, canta-se o hino: Espírito Criador (Veni Creator)

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APRESENTAÇÃO DO ELEITO

O Pe. Sobrinho Alves dirige-se ao Arcebispo com estas palavras:

Reverendíssimo Padre:
A Igreja de Bragança – Miranda
Pede que ordeneis Bispo o presbítero
Delfim Jorge Esteves Gomes.

O Arcebispo interroga-o, dizendo:


Tendes o mandato Apostólico?
Aquele responde:
Temos.

O Arcebispo:
Leia-se.
O Senhor Núncio Apostólico mostra e lê o mandato, estando todos sentados. No fim de lido,
todos exprimem o seu assentimento à eleição de D. Delfim, cantando:

HOMILIA

ADMONIÇÃO
O eleito perante a Assembleia do Povo de Deus reunida, manifesta à
Igreja, na pessoa do Bispo Ordenante Principal, o seu desejo e vontade
de vir a exercer o seu ministério Episcopal em sintonia com o
pensamento de Cristo e da Sua Igreja, em comunhão com o Colégio
Episcopal e sob a autoridade do Sumo Pontífice, Sucessor de Pedro.

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PROMESSA DO ELEITO
Terminada a homilia, D. Delfim levanta-se ele só, e fica de pé diante do Arcebispo, que o
interroga com estas palavras:
Prescreve a antiga regra dos Santos Padres que, na
presença do povo, se interrogue aquele que vai ser ordenado
Bispo, sobre o seu propósito de guardar a fé e de exercer o
ministério.
Portanto, caríssimo irmão, queres consagrar-te, até à
morte, ao ministério episcopal que herdámos dos Apóstolos,
e que, pela imposição das nossas mãos, te vai ser transmitido
com a graça do Espírito Santo?
D. Delfim: Sim, quero.

Arcebispo:
Queres anunciar o Evangelho de Cristo
com fidelidade e constância?
D. Delfim: Sim, quero.

Arcebispo:
Queres guardar íntegro e puro o depósito da fé,
Tal como foi recebido dos Apóstolos
e conservado na Igreja sempre e em toda a parte?
D. Delfim: Sim, quero.

Arcebispo:
Queres edificar o Corpo de Cristo, que é a Igreja,
e permanecer na sua unidade com a Ordem dos Bispos,
sob a autoridade do sucessor do Apóstolo São Pedro?
D. Delfim: Sim, quero.

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Arcebispo:
Queres prestar obediência fiel
ao sucessor do Apóstolo São Pedro?
D. Delfim: Sim, quero.

Arcebispo:
Queres, com amor de pai,
ajudado pelos teus presbíteros e diáconos,
cuidar do povo de Deus
e dirigi-lo pelo caminho da salvação?
D. Delfim: Sim, quero.

Arcebispo:
Queres ser, pelo nome do Senhor,
bondoso e compassivo com os pobres, os deslocados,
e todos os que precisam?
D. Delfim: Sim, quero.
Arcebispo:
Queres, como o Bom Pastor,
procurar as ovelhas dispersas
e conduzi-las ao redil do Senhor?
D. Delfim: Sim, quero.

Arcebispo:
Queres perseverar na oração a Deus Pai todo-poderoso
em favor do povo santo e exercer o sumo sacerdócio com
toda a fidelidade?
D. Delfim: Sim, quero, com a ajuda de Deus.

Arcebispo:
Queira Deus consumar o bem que em ti começou.

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SÚPLICA LITÂNICA

ADMONIÇÃO
Prostrando-se no chão, o eleito expressa humildemente o seu
despojamento e a sua confiança nas mãos de Deus que o escolheu e na
intercessão de todos os Santos. Em comunhão orante, supliquemos pela
intercessão de todos os Santos, que Deus lhe conceda um fecundo e
Santo Ministério.

Todos se levantam e o Arcebispo, de pé, de mãos juntas, voltado para o povo, convida à oração:

Oremos, irmãos caríssimos,


para que a bondade de Deus omnipotente,
providenciando ao bem da sua Igreja,
conceda a este Eleito
a abundância da sua graça.
Em seguida, o D. Delfim prostra-se por terra a cantam-se as ladainhas, às quais todos
respondem, de pé.

2. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.


3. São Miguel, rogai por nós.
4. Santos Anjos de Deus, rogai por nós.
5. São João Baptista, rogai por nós.
6. São José, rogai por nós.
7. São Pedro e São Paulo, rogai por nós.
8. Santo André, rogai por nós.

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9. São João Evangelista, rogai por nós.
10. Santa Maria Madalena, rogai por nós.
11. Santo Estêvão, rogai por nós.
12. Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós.
13. São Lourenço, rogai por nós.
14. São João de Brito, rogai por nós.
15. Santa Perpétua e Santa Felicidade, rogai por nós.
16. Santa Inês, rogai por nós.
17. São Gregório, rogai por nós.
18. Santo Agostinho, rogai por nós.
19. Santo Atanásio, rogai por nós.
20. São Basílio, rogai por nós.
21. São Martinho. rogai por nós.
22. São Bento, rogai por nós.
23. São Martinho de Dume, São Frutuoso e São Geraldo, rogai por nós.
24. São Bartolomeu dos Mártires, rogai por nós.
25. São Teotónio, rogai por nós.
26. São Francisco e São Domingos, rogai por nós.
27. Santo António de Lisboa, rogai por nós.
28. São João de Deus, rogai por nós.
29. São Francisco Xavier, rogai por nós.
30. São João Maria Vianney, rogai por nós.
31. Santa Isabel de Portugal, rogai por nós.
32. Santa Catarina de Sena, rogai por nós.
33. Santa Teresa de Jesus, rogai por nós.
34. Santa Beatriz da Silva, rogai por nós.
35. São Francisco Marto e Santa Jacinta, rogai por nós.
36. Beato Nicolau Dinis e Beato Bento de Castro, rogai por nós.
37. Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós.

De todo o mal, livrai-nos, Senhor.


De todo o pecado, livrai-nos, Senhor.
Da morte eterna, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa encarnação, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa morte e ressurreição, livrai-nos, Senhor.
Pela efusão do Espírito Santo, livrai-nos, Senhor.
livrai-nos, Senhor.

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Governai e defendei a santa Igreja, ouvi-nos, Senhor.
Assisti ao Santo Padre e todas as Ordens Sacras no Santo Ministério ouvi-nos, Senhor.
Dignai-vos abençoar este eleito, ouvi-nos, Senhor.
Dignai-vos abençoar e santificar este eleito, ouvi-nos, Senhor.
Dignai-vos abençoar, santificar e consagrar esse eleito, ouvi-nos, Senhor.
Concedei a paz e a concórdia e todos os povos, ouvi-nos, Senhor.
Dai a vossa misericórdia aos que se encontram em tribulação, ouvi-nos, Senhor.
Confortai-nos e conservai-nos no vosso santo serviço ouvi-nos, Senhor.
Jesus, Filho de Deus vivo, ouvi-nos, Senhor.

Terminado o canto das ladainhas, o Arcebispo, de braços abertos, diz:

Senhor nosso Deus,


ouvi as nossas preces:
derramai sobre este vosso servo
a abundância da graça sacerdotal
e fazei descer sobre ele
o poder da vossa bênção.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

R: Ámen.
D. Delfim levanta-se, aproxima-se do Arcebispo e ajoelha-se.

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IMPOSIÇÃO DAS MÃOS
E ORAÇÃO DE ORDENAÇÃO

ADMONIÇÃO
Pela imposição das mãos, os bispos conferem ao eleito a graça do
Espírito Santo, imprimindo nele o carácter sagrado que o tornam, de
maneira iminente e visível, na pessoa de Cristo, Pastor e Mestre.

O Arcebispo recebe a mitra, e a seguir impõe as mãos sobre a cabeça de D. Delfim, sem dizer
nada.
Seguidamente, todos os Bispos se aproximam um por um, e impõem as mãos ao eleito, sem
dizer nada e voltam para os seus lugares.
Então o Arcebispo recebe o livro dos Evangelhos de um dos diáconos e coloca-o aberto sobre
a cabeça do eleito; dois diáconos, de pé, um à direita e outro à esquerda de D. Delfim, sustentam
o livro dos Evangelhos sobre a cabeça do eleito até ao fim da Oração de Ordenação.

ADMONIÇÃO
A Oração de Ordenação é acompanhada pela imposição do Livro dos
Santos Evangelhos sobre a cabeça do Ordinando, simbolizando, desta
forma, que o gesto que se está a realizar tem a sua origem e as suas
raízes no próprio Evangelho, do qual o Bispo tem por missão ser a
primeira testemunha.

O Arcebispo, sem mitra, tendo a seu lado os outros Bispos ordenantes, também sem mitra, e
diante de si o D. Delfim, de joelhos, profere, de braços abertos, a Oração de Ordenação:

Senhor Deus,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
Pai de infinita misericórdia
e Deus de toda a consolação:
Vós habitais nos céus e olhais para os humildes,
Vós conheceis todas as coisas ainda antes de existirem.

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25
Por vossa palavra e vosso dom,
Instituístes a Igreja com suas normas fundamentais,
eternamente predestinastes a geração dos justos
que havia de nascer de Abraão,
estabelecestes príncipes e sacerdotes,
e não deixastes sem ministério o vosso santuário,
e, desde o princípio do mundo,
Vos apraz ser glorificado
por aqueles que Vós mesmo escolheis.
A parte da oração que se segue é proferida por todos os Bispos ordenantes, de mãos juntas, em
voz baixa, para se ouvir claramente a voz do Arcebispo:

Enviai agora sobre este eleito


a força que de Vós procede,
o Espírito soberano,
que destes ao vosso amado Filho Jesus Cristo,
e Ele transmitiu aos santos Apóstolos,
que fundaram a Igreja por toda a parte,
como vosso templo,
para glória e perene louvor do vosso nome.

Continua só o Arcebispo:

Pai Santo, que conheceis os corações,


dai a este vosso servo,
por Vós eleito para o Episcopado,
que apascente o vosso povo santo,
exerça de modo irrepreensível diante de Vós

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26
o sumo sacerdócio,
servindo-Vos noite e dia, e para todos
continuamente alcance misericórdia
e Vos ofereça os dons da vossa Igreja santa.
Concedei que, pela virtude
do Espírito do sumo sacerdócio,
ele tenha o poder de perdoar os pecados
segundo o vosso mandato,
distribua os ministérios conforme o vosso desígnio,
e absolva de todo o vínculo
segundo o poder que destes aos santos Apóstolos.
Ele vos seja agradável, Senhor,
pela mansidão e pureza de coração,
oferecendo-vos a sua vida em sacrifício
por vosso Filho Jesus Cristo,
por Quem vos é dada a honra, o poder e a glória
com o Espírito Santo, na santa Igreja,
agora e pelos séculos dos séculos.

R: Ámen.
Terminada a Oração de Ordenação, todos se sentam. O Arcebispo e os outros Bispos ordenantes
põem a mitra.

CÂNTICO: É dando que se recebe (lema episcopal de D. Delfim Gomes)

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27
UNÇÃO DA CABEÇA
E ENTREGA DO LIVRO DOS EVANGELHOS
E DAS INSÍGNIAS

ADMONIÇÃO
A cabeça do Ordinando ungida com o Óleo Santo do Crisma significa
a sua participação na mesma dignidade de Cristo Sacerdote, Profeta e
Rei.
O Arcebispo recebe do acólito a âmbula do santo crisma e unge a cabeça de D. Delfim,
ajoelhado diante de si, dizendo:

Deus, que te fez participante


do sumo sacerdócio de Cristo,
derrame sobre ti o bálsamo da unção espiritual,
e te faça abundar em frutos de bênção.

A seguir o Arcebispo lava as mãos.

ADMONIÇÃO
A entrega do Livro dos Evangelhos ao Bispo acabado de ordenar
significa que o Ensino pertence à vocação do Bispo. O Bispo é na Igreja
o sinal visível de Cristo Mestre.

O Arcebispo recebe do diácono o livro dos Evangelhos e entrega-o a D. Delfim, dizendo:

Recebe o Evangelho,
e anuncia a palavra de Deus
com toda a paciência e doutrina.

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28
ADMONIÇÃO
A entrega do anel indica que o Bispo contraiu com a Igreja uma união
esponsal da qual ele deve ser Pastor vigilante e à qual deve manter-se
fiel até à morte.

O Arcebispo mete o anel no dedo anelar da mão direita de D. Delfim, dizendo:

Recebe este anel, sinal de fidelidade;


sê fiel à Igreja e guarda-a como esposa santa de Deus.

ADMONIÇÃO
Os símbolos que distinguem o Bispo na Liturgia são a Mitra e o Báculo.
A Mitra designa que o Bispo deve ser o exemplo da Santidade na sua
Igreja e que tem por missão empenhar-se na santificação de todo o Povo
de Deus. O Báculo significa que o Bispo é Pastor e que, à maneira de
Cristo, deve proteger, guiar e apascentar a Sua Igreja.

A seguir o Arcebispo impõe a mitra a D. Delfim, dizendo:

Recebe a mitra,
e brilhe em ti o esplendor da santidade,
para que, ao aparecer o príncipe dos pastores,
mereças receber a coroa imperecível da glória.
Finalmente, entrega a D. Delfim o báculo pastoral, dizendo:

Recebe o báculo,
símbolo do múnus de pastor,
e cuida de todo o rebanho
no qual o Espírito Santo te constituiu como Bispo,
para regeres a Igreja de Deus.
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Todos se levantam.
Por fim, o Arcebispo convida D. Delfim a sentar-se no primeiro lugar entre os Bispos
concelebrantes. D. Delfim recebe do Arcebispo e de todos os outros Bispos o ósculo da paz.
Depois dos Bispos terem dado o ósculo da paz ao D. Delfim, a Missa prossegue na forma do
costume.

CÂNTICO: Tu és sacerdote para sempre

PROFISSÃO DE FÉ
O Arcebispo diz:

Professemos a nossa fé

Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis

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Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há de vir em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,


e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.


Professo um só batismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há de vir. Ámen.

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LITURGIA EUCARÍSTICA

APRESENTAÇÃO DOS DONS

CÂNTICO: Senhor poderoso (Abre claro o céu)


Manuel Luís

O Arcebispo toma a patena com o pão e, elevando-a um pouco acima do altar, diz voz baixa:

Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,


pelo pão que recebemos da vossa bondade,
fruto da terra e do trabalho do homem,
que hoje Vos apresentamos
e que para nós se vai tornar Pão da vida.
Em seguida, o Arcebispo toma o cálice e, elevando-o um pouco acima do altar, diz em voz
baixa:

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Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,
pelo vinho que recebemos da vossa bondade,
fruto da videira e do trabalho do homem,
que hoje Vos apresentamos
e que para nós se vai tornar Vinho da salvação.

A seguir o Arcebispo inclina-se e diz em silêncio:


De coração humilhado e contrito sejamos recebidos por Vós, Senhor.
Assim o nosso sacrifício seja agradável a vossos olhos, Senhor nosso Deus.

Lava as mãos, dizendo em silêncio:


Lavai-me, Senhor, da minha iniquidade
e purificai-me do meu pecado.

Depois, estando ao meio do altar e, voltado para o povo, abrindo e juntando as mãos, diz:
Irmãos, ao oferecermos o sacrifício de toda a Igreja,
oremos a Deus Pai todo-poderoso.

Responde o povo:
Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício,
para glória do seu nome,
para nosso bem
e de toda a santa Igreja.

De braços abertos recita a Oração sobre as oblatas.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor,
para as nossas humildes ofertas e orações
e, como diante de Vós não temos méritos,
ajudai-nos com a vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.
R: Ámen.

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33
ORAÇÃO EUCARÍSTICA
PREFÁCIO

Cristo, Senhor e Juiz da história

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SANCTUS

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36
ORAÇÃO EUCARÍSTICA III

O Arcebispo, de braços abertos, diz:

Vós, Senhor, sois verdadeiramente santo


e todas as criaturas cantam os vossos louvores,
porque dais a vida e santificais todas as coisas,
por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
com o poder do Espírito Santo;
e não cessais de reunir para Vós um povo
que, de um extremo ao outro da terra,
Vos ofereça uma oblação pura.

Reunidos na vossa presença,


em comunhão com toda a Igreja,
ao celebrarmos o primeiro dia da semana,
em que Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou dos mortos,

Estendendo as mãos sobre as oblatas, os concelebrantes recitam em voz baixa, de modo a poder
sobressair a voz do Arcebispo:

Humildemente Vos suplicamos, Senhor:


santificai, pelo Espírito Santo,
estes dons que Vos apresentamos,
Junta as mãos e traça o sinal da cruz sobre o pão e sobre cálice, dizendo:
para que se convertam no Corpo X e Sangue
de Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
Junta as mãos.
que nos mandou celebrar estes mistérios.

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Na noite em que Ele ia ser entregue,
Toma o pão e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar, continua:

tomou o pão,
dando graças Vos bendisse,
partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo:

Inclina-se um pouco.

Tomai,

todos, e comei:
isto é o meu Corpo
que será entregue por vós.
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a sobre a patena e genuflete em adoração.

Depois continua:

De igual modo no fim da Ceia,


Toma o cálice e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar, continua:
tomou o cálice,
dando graças Vos bendisse
e deu-o aos seus discípulos, dizendo:

Inclina-se um pouco.

Tomai, todos, e bebei:


este é o cálice do meu Sangue,
o Sangue da nova e eterna aliança,
que será derramado por vós e por todos,
para remissão dos pecados.
Fazei isto em memória de Mim.

Mostra ao povo o cálice, coloca-o sobre o corporal e genuflete em adoração.

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Em seguida, canta:

Depois o Arcebispo de braços abertos e os concelebrantes em voz baixa de braços


abertos dizem:

Celebrando agora, Senhor,


o memorial da paixão redentora do vosso Filho,
da sua admirável ressurreição e ascensão aos Céus,
e esperando a sua vinda gloriosa,
nós Vos oferecemos, em acção de graças,
este sacrifício vivo e santo.

Olhai benignamente para a oblação da vossa Igreja:


vede nela a vítima que nos reconciliou convosco
e fazei que, alimentando-nos do Corpo e Sangue
do vosso Filho,
cheios do seu Espírito Santo,
sejamos em Cristo um só corpo e um só espírito.
Juntam as mãos

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39
D. Delfim, recita sozinho em voz alta
O Espírito Santo faça de nós uma oferenda permanente,
a fim de alcançarmos a herança eterna,
em companhia dos vossos eleitos,
com a Virgem Santa Maria Mãe de Deus,
S. José, seu esposo
os bem-aventurados Apóstolos e gloriosos Mártires,
São Bento e todos os Santos,
por cuja intercessão esperamos sempre o vosso auxílio.
O Patriarca D. Manuel Clemente, recita sozinho em voz alta
Por este sacrifício de reconciliação,
dai, Senhor, a salvação e a paz ao mundo inteiro;
confirmai a vossa Igreja na fé e na caridade,
ao longo da sua peregrinação na terra,
com o vosso servo o nosso Papa Francisco,
o nosso Administrador Diocesano
e o vosso servo Delfim Jorge Esteves Gomes,
hoje ordenado pastor da Igreja,
com todos os Bispos e ministros sagrados,
e todo o povo por Vós redimido.

Atendei benignamente às preces desta família,


que Vos dignastes reunir na vossa presença.
Reconduzi a Vós, Pai de misericórdia,
todos os vossos filhos dispersos.

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Lembrai-Vos dos nossos irmãos defuntos
e de todos os que morreram na vossa amizade.
Acolhei-os com bondade no vosso reino,
onde também nós esperamos ser recebidos,
para vivermos com eles eternamente na vossa glória,
por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Junta as mãos:

Por Ele concedeis ao mundo todos os bens.

Os concelebrantes, juntamente com o Arcebispo, cantam:

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RITOS DA COMUNHÃO
Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, o Arcebispo, de mãos juntas diz:
Fiéis aos ensinamentos do Salvador, ousamos dizer:
Abre os braços e, juntamente com o povo, continua:
Pai nosso, que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino;
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje;


perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
aquém nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação;
mas livrai-nos do mal.
De braços abertos, o Arcebispo diz sozinho:
Livrai-nos de todo o mal, Senhor,
e dai ao mundo a paz em nossos dias,
para que, ajudados pela vossa misericórdia,
sejamos sempre livres do pecado e de toda a perturbação,
enquanto esperamos a vinda gloriosa
de Jesus Cristo nosso Salvador.
Junta as mãos.

O povo conclui a oração, aclamando:


Vosso é o reino e o poder
e a glória para sempre.

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Em seguida, o Arcebispo, de braços abertos, diz em voz alta:
Senhor Jesus Cristo, que disseste aos vossos Apóstolos:
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz:
não olheis aos nossos pecados mas à fé da vossa Igreja
e dai-lhe a união e a paz, segundo a vossa vontade,
Junta as mãos.
Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
O povo responde:
Ámen.
O Arcebispo, voltado para o povo, estendendo e juntando as mãos, diz:
A paz do Senhor esteja sempre convosco.
O povo responde:
O amor de Cristo nos uniu.
O diácono acrescenta:
Saudai-vos na paz de Cristo.
CORDEIRO DE DEUS (Missa de Angelis)

— 46 —
43
Em seguida o Arcebispo, de mãos juntas, diz em silêncio:
A comunhão do vosso Corpo e Sangue,
Senhor Jesus Cristo,
não seja para meu julgamento e condenação,
mas, pela vossa misericórdia,
e sirva de proteção e remédio para a alma e para o corpo.
O Arcebispo genuflete, toma a hóstia, levanta-a um pouco sobre a patena e, voltado para o povo,
diz em voz alta:

Felizes os convidados para a Ceia do Senhor.


Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
E, juntamente com o povo, em uma só vez:
Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada,
mas dizei uma só palavra e serei salvo.

CÂNTICO DE COMUNHÃO: Levanta-te Jerusalém

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44
CÂNTICO DE ACÇÃO DE GRAÇAS: Senhor, fazei de mim

Em seguida, de pé, o Arcebispo, de mãos juntas, diz:

Oremos
E todos, juntamente com o Arcebispo, oram em silêncio durante alguns momentos.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO


Depois, o Arcebispo, de braços aberto diz a ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO:

Saciados com o alimento espiritual,


humildemente Vos pedimos, Senhor,
que, pela participação nestes mistérios,
nos ensineis a apreciar com sabedoria os bens da terra
e a amar os bens do céu.
Por Cristo nosso Senhor.
R: Ámen.

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RITOS DE CONCLUSÃO

ADMONIÇÃO
O novo Bispo percorrendo a Catedral abençoará todos os fiéis.

CÂNTICO: Te Deum
Ferreira dos Santos

BÊNÇÃO E DESPEDIDA

O diácono profere o convite:


Inclinai-vos para receber a bênção.
O Arcebispo diz a tríplice invocação, de mãos estendidas, sobre o D. Delfim e o povo:

O Senhor te abençoe e te guarde:


Ele que te quis constituir pontífice do seu povo,
te dê a felicidade na vida presente
e te faça participar na bem-aventurança eterna.
R: Ámen.

O Arcebispo:
O Senhor te faça governar com sabedoria
e por muitos anos,
sob a sua providência e o teu cuidado,
o clero e o povo que Se dignou reunir à tua volta.
R: Ámen

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46
O Arcebispo:
E todos, obedecendo aos preceitos divinos,
superando a adversidade,
prosperando em todo o bem,
acatando na fé o teu ministério,
gozem de tranquilidade e paz nesta vida
e mereçam reunir-se contigo
na assembleia eterna dos santos.
R: Ámen.
Por fim o Arcebispo profere a bênção e recebe o báculo.

E a vós todos, aqui presentes,


abençoe-vos Deus Todo-Poderoso,
Pai, X Filho X e Espírito X Santo.
R: Ámen.
Dada a bênção, o diácono despede o povo e faz-se a procissão de regresso à
sacristia na forma do costume.
O diácono profere:
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
R: Graças a Deus

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CÂNTICO FINAL: Fui Eu que vos escolhi

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48
É dando que se recebe

Dar e receber é movimento


ondas dentro do (a)mar
é o dinamismo da terra as raízes
é o alfabeto dos pés que movem
o coração que recruta os sons da obediência
para o baile do ouvido
é o sumo do sol que se exprime nos frutos
é a aragem que os saboreia
para a torrente das fomes
é o pólen e o sorriso das abelhas
é a cera que canta a Vigília Pascal.

Dar e receber é a fé que se move no corpo da Igreja


é o óleo que se expande nas mãos
a impelir os caudais do ser
é o báculo de um pastor que abre
é a porta que apascenta
é o anel contínuo e infinito de núpcias.

Dar e receber é a conjugação


do Verbo Amor!

Irmã Maria José Oliveira


Servas Franciscanas
Reparadoras de Jesus Sacramentado

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