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Para Salamina.
Vocabulário:
Verbos:
ἐρέσσω, (não há futuro), [ἐρετ-] ἤρεσα, ἐρέσᾱς: eu remo;
ἡσυχάζω, ἡσυχάσω, ἡσύχασα, ἡσυχάσᾱς: eu descanso, fico quieto/tranquilo;
Nomes:
ὁ ἄνεμος, τοῦ ἀνέμου: o vento;
τὰ ἱστία, τῶν ἱστίων: as velas;
Pronomes:
ἀλλήλων: uns com os outros, entre si;
Adjetivos:
βέβαιος, -ᾱ, -ον: seguro;
λαμπρός, -ά, όν: brilhante;
ταχύς, ταχεῖα, ταχύ: rápido;
Nome Próprio:
ἡ Σαλαμίς, τῆς Σαλαμῖνος: Salamina;
ἐν δὲ τούτῳ ὁ ναύτης ὁ γεραιὸς τόν τε Δικαιόπολιν καὶ τὸν παῖδα εἰς τὴν ναῦν ἀγαγὼν
ἐκέλευσε καθίζεσθαι ἐπὶ τῷ καταστρώματι. ἐνταῦθα δὴ ὁ μὲν ναύκληρος ἐκέλευσε τοὺς
ναύτᾱς λῦσαι τὰ πείσματα, οἱ δὲ ναῦται τὰ πείσματα λύσαντες τὴν ναῦν βραδέως ἤρεσσον
πρὸς τὴν θάλλαταν. ἔπειτα δὲ τὴν γῆν καταλιπόντες τὰ ἱστία ἐπέτασαν.
[τῷ καταστρώματι: o convés/ τὰ πείσματα: os cabos/ ἤρεσσον: remavam, moviam/
ἐπέτασαν (de πετάννυμι): abrir, desdobrar]
ἐπεὶ δὲ ἡ μὲν ναῦς βεβαίως ἔπλει, οἱ δὲ ναῦται τῶν ἔργων παυσάμενοι ἡσύχαζον, ὁ
Δικαιόπολις πᾶσαν τὴν ναῦν ἐσκόπει.στρογγύλη ἦν ἡ ναῦς, οὐ μεγάλη οὐδὲ ταχεῖα ἀλλὰ
βεβαίᾱ, ἥ φορτία ἔφερε πρὸς τὰς νήσους· σῖτός τε γὰρ ἐνῆν καὶ οἶνος καὶ ὕλη καὶ
πρόβατα. πολλοὶ δ’ ἐνῆσαν ἄνθροποι, ἄγροικοι ὄντες, οἵ τὰ φορτία ἐν ταῖς Αθήναις
πωλήσαντες οἴκαδε ἐπανῇσαν· ἄλλοι δὲ παρὰ τοὺς οἰκείους ἐπορεύοντο, οἵ ἐν ταῖς νήσοις
ᾤκουν. πάντες δὲ ἐτέρποντο πλέοντες – οὔριος γὰρ ἦν ὁ ἄνεμος καὶ λαμπρὸς ὁ ἥλιος -καὶ
ἤ διελέγοντο ἀλλήλοις ἤ μέλη ᾖδον.
[ἐσκόπει: examinava, começa a examinar/ στρογγύλη: redonda (a nau)/ ἦν: era/ ἣ: a
qual (a nau)/ φορτία: cargas/ ἐνῆν: estava em (na nau)/ ὕλη: madeira/ ἐνῆσαν: estavam
em/ ἄγροικοι: camponeses/ οἳ: os quais/ πωλήσαντες: tendo vendido/ ἐπανῇσαν:
retornavam/ τοὺς οἰκείους: seus parentes/ οὔριος: favorável/ μέλη: canção/ ᾖδον (de
ᾄδω): cantavam]
1. Náutico;
2. Cosmonauta (ὁ κόσμος, τοῦ κόσμου);
3. Aeronauta (ὁ ou ἡ ἀήρ, τοῦ ou τῆς ἀηρος);
4. Astronauta (τὸ ἄστρον, τοῦ ἄστρου);
5. Cosmologia;
6. Astrologia;
Gramática:
Formas Verbais: O Imperfeito ou Passado Contínuo.
Verbos Contratos
Imperfeito Ativo Imperfeito Médio
ἐ-τίμα-ο-ν > ἐτίμων ἐ-τῑμα-ό-μην > ἐτῑμώμην
ἐ-τίμα-ε-ς > ἐτίμᾱς ἐ-τῑμά-ε-σο > ετῑμῶ
ἐ-τίμα-ε > ἐτίμᾱ ἐ-τῑμά-ε-το > ἐτῑμᾶτο
ἐ-τῑμά-ο-μεν > ἐτῑμῶμεν ἐ-τῑμα-ό-μεθα > ἐ-τῑμώμεθα
ἐ-τῑμά-ε-τε > ἐ-τῑμᾶτε ἐ-τῑμά-ε-σθε > ἐτῑμᾶσθε
ἐ-τίμα-ο-ν > ἐτίμων ἐ-τῑμά-ο-ντο > ἐτῑμῶντο
Aqui está o imperfeito ativo de πλέω (para o presente, veja o capítulo 6, gramática 1, pág.
74): ἔπλεον, ἔπλεις, ἔπλει, ἐπλέομεν, ἐπλεῖτε, ἔπλεον. Somente as formas desse verbo
com ε + ε são contraídas em grego ático.
b. Verbos Irregulares:
Verbos Irregulares
Imperfeito εἰμί Imperfeito εἶμι
ἦ ou ἦν ᾖα ou ᾔειν
ἦσθα ᾔεισθα ou ᾔεις
ἦν ᾔειν ou ᾔει
ἦμεν ᾖμεν
ἦτε ᾖτε
ἦσαν ᾖσαν ou ᾔεσαν
O imperfeito de εἶμι [εἰ-/ ἰ], o qual, como vimos, serve de futuro de ἔρχομαι no grego
ático (veja capítulo 10, gramática 6, págs. 168-169) e significa eu ia:
Note que no imperfeito o ε da vogal longa do radical (εἰ-) é aumentado para η e que o ι
passa a ser subscrito.
Note que o ι subscrito ocorre em todas as formas do imperfeito de εἶμι mas em nenhuma
das formas do imperfeito de εἰμί.
Note:
c. Aumento Irregular:
Exercício 13 α
No texto acima, localize:
Aspecto:
O Imperfeito (ou Passado Contínuo) aparece como uma ação verbal em processo no
tempo passado, tal como o tempo presente aparece como uma ação verbal em um processo
no tempo presente;
Note que esses dois tempos se utilizam do mesmo radical.
O aoristo indicativo, por outro lado, aparece, comumente, como uma ação simples ou um
evento no tempo passado. Observe com atenção, em seguida, alguns usos do imperfeito
ou passado contínuo.
Exercício 13 γ
Identifique o tempo e a forma (indicativo, particípio, infinitivo e imperativo) dos verbos
sublinhados, em seguida traduza o verbo, e explique porque cada tempo foi usado (use as
informações dadas na explicação de aspecto no capítulo 11, gramática 3, págs. 178-180,
e na gramática 2 acima). Então traduza as sentenças.
Exercício 13 δ
Passe as formas verbais abaixo para suas formas correspondentes no imperfeito, futuro e
aoristo. Observe os verbos que têm futuro depoente e os que possuem aoristo sigmático
e temático.
1. λύομεν 8. γιγνόμεθα
2. λύονται 9. πέμπομεν,
3. ποιοῦσι(ν) 10. εὔχονται,
4. φιλεῖ 11. άφικνεῖται
5. λαμβάνει 12. νῑκῶμεν
6. ἀκούετε 13. βοᾷ
7. ἡγεῖ 14. πίπτει
15. λείπω
Exercício 13 ε
Traduza para o grego:
Texto Cultural
A ASCENSÃO DO IMPÉRIO PERSA
Se a Pérsia se tornou em breve tempo uma potência mundial, isto se deveu a uma
complexa série de eventos históricos, e particularmente à queda, em pouco tempo, de três
impérios.
Até o século VI, os persas eram uma tribo nômade montanhês, cujo nome aparece
ocasionalmente em testemunhos contemporâneos: estes estavam migrando da Rússia em
direção às montanhas da Pérsia (ou Irã) ocidental. Em torno de 550 a.C., encontraram
uma sede ao oriente da foz do Tigre, que era um reino vassalo da Média. Mas para
entender as razões da rápida expansão deles, devemos dar um passo para trás e voltar à
metade do século VII, uma época de grandes mudanças na história do mundo antigo.
Em torno de 650 a.C., o império assírio, que tinha dominado a Mesopotâmia, o
Egito e a Síria, começou a desfazer-se: no Egito, o faraó Psamético I guiou uma revolta
nacional e, com a ajuda de mercenários gregos, libertou o país do jugo assírio (em torno
de 650); os medos, sob o rei Fraorte (675-653), se tornaram uma grande potência e
estenderam muito o seu domínio; o reino da Lídia, sob Giges (685-657), que fundou uma
nova dinastia, se expandiu do ocidente para Jônia (onde submeteu algumas das colônias
gregas), e para o oriente, em direção do rio Áli; os babilônios, que mil anos antes tinham
dominado toda a Mesopotâmia, se rebelaram contra os assírios (em torno de 625) e se
aliaram aos medos. Em 612 os babilônios e os medos saquearam a capital assíria, Nínive,
e dividiram entre si o império vencido. Aos babilônios correspondeu a parte meridional.
O rei deles, Nebucadnêzaro (ou Nabucodonosor), teve em seu poder toda a Mesopotâmia.
Na grande batalha de Cârquemisce (605) ele venceu os egípcios e os expulsou da Síria.
Quando os hebreus se revoltaram, Nebucadnêzaro tomou e destruiu Jerusalém (587) e
levou consigo as tribos de Judá como prisioneiras para a Babilônia. Aos medos
correspondeu, por outro lado, na repartição do império assírio, a Assíria e os territórios
ocidentais até os confins da Lídia. Sobre estes confins, estes tiveram que travar diversas
batalhas com os medos. A última delas (no dia 28 de maio de 585 a.C.) teve que ser
interrompida pelo eclipse do sol predito por Tales.
A cena estava pronta para a expansão da Pérsia. Em 556 a.C. Ciro, rei dos persas,
venceu os medos e se tornou rei dos medos e dos persas. Ciro fundou a dinastia dos
Aquemênides, que reinou aproximadamente por dois séculos sobre o maior império que
o mundo já tinha visto, até a conquista da Pérsia por Alexandre Magno.
Creso, rei da Lídia, alarmado pelo crescente poder de Ciro, decidiu realizar um
ataque preventivo. Consultou o oráculo de Delfos, que lhe respondeu que, se ultrapassasse
o rio Áli, um grande império cairia. Encorajado pela resposta do oráculo, Creso se pôs
em marcha contra Ciro, e os dois exércitos se enfrentaram nas proximidades da cidade de
Ptéria, aproximadamente a cem quilômetros ao oriente do Áli. A batalha foi cruenta, mas
de êxito incerto, de tal forma que Creso reconduziu as suas tropas para Sardes, com a
intenção de enfrentar Ciro novamente no ano seguinte, com mais homens. Mas, o rei da
Pérsia o perseguiu, vencendo-o, em seguida, e tomando a cidade de Sardes (546 a.C.).
Muitas das cidades gregas da Ásia Menor se submeteram logo, e aquelas que não o
fizeram foram reduzidas à obediência no ano seguinte pelo general que Ciro tinha deixado
na Lídia antes de voltar para a Pérsia.
Depois de ter consolidado o seu poder na Pérsia, Ciro se sentiu pronto para
guerrear contra os babilônios, enfraquecidos por discórdias internas. Ele veio como um
libertador, entre outras coisas, para os hebreus: “Consolai, consolai o meu povo, diz o
vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém e gritai que terminou a escravidão”, cantou o
profeta Isaías (XL, 1-2), acolhendo Ciro como o salvador mandado por Deus. Babilônia
caiu em 539 a.C., e depois veio um período de ocupação persa pacífica e ordenada. No
ano seguinte, Ciro foi proclamado rei da Babilônia: “Eu sou Ciro, rei do mundo, o grande
rei, o rei legítimo, rei da Babilônia, rei do país dos sumérios e dos acádios, rei dos quatro
cantos da terra”, lê-se em uma inscrição encontrada sobre um cilindro na Babilônia. Um
dos seus primeiros decretos permitiu aos hebreus voltarem para Jerusalém e
reconstruíssem o templo. Ciro morreu em 530 a.C., muito chorado. Tinha sido não
somente um conquistador, mas o pai do seu povo.
O filho de Ciro, Cambises, consolidou o poder persa no Oriente e invadiu e venceu
o Egito (525 a.C.). Em março de 522 a.C., pouco antes que Cambises morresse, houve
uma rebelião guiada por um persa, chamado Bardia, que dizia ser filho de Ciro. Em julho,
grande parte do império o tinha reconhecido, mas em setembro sete expoentes da alta
aristocracia persa, negando a legitimidade da sua sucessão, se uniram e o mataram. Subiu
ao trono um dos conjurados, Dario. Para fazer com que o seu poder estivesse seguro, o
novo rei teve sobretudo que reprimir revoltas nascidas em todo o império. Ele consolidou
depois o domínio persa, estendeu-o para o Oriente, do Afeganistão até a Índia (Pangiab),
e abriu uma rota marítima da foz do Indo até o golfo Pérsico e o Egito.
A sua atenção se voltou, portanto, para o Ocidente. Em 513 a.C. ele superou com
o exército o Helesponto e se dirigiu para a Europa, conquistou grande parte da Trácia e
marchou para o setentrião até a foz do Danúbio. Cruzou o rio sobre uma ponte de barcas,
obra dos seus engenheiros gregos, e desapareceu nas estepes da Rússia, onde queria
enfrentar os nômades citas que faziam contínuas incursões além dos confins setentrionais
do seu império. Mais de sessenta dias depois, Dario ainda não tinha voltado, e os gregos
que estavam de guarda nas barcas se perguntaram se seria oportuno destruir a ponte e
abandonar o rei ao seu destino, mas concluíram que o mais sábio era ficar no seu lugar.
De fato, Dario finalmente voltou, com os restos do seu exército, depois de ter obtido
escassos resultados na campanha contra os citas, que aplicavam a tática de atacar de
surpresa e fugir em seguida. O rei voltou para a Pérsia, mas deixou um general, que em
uma única campanha completou a conquista da Trácia e levou os domínios persas até os
limites com a Macedônia. As mais belas ilhas do Egeu já pertenciam à Pérsia, e o
continente grego estava ameaçado de perto.
Em 499 a.C., os gregos da Jônia se rebelaram e expulsaram os tiranos impostos
pelos persas. A revolta foi guiada pelo tirano de Mileto, Aristágoras, que tinha más
relações com os dominadores. Aristágoras foi à mãe-pátria para pedir ajuda: em Esparta,
o rei Cleômenes se recusou a colaborar, mas a assembleia da jovem democracia ateniense,
comovida pelo apelo dele, decidiu mandar para ajudar os jônios uma expedição militar
de vinte embarcações. Depois que as embarcações atenienses alcançaram as forças
jônicas em Éfeso, os aliados marcharam para o interior, tomaram e destruíram Sardes, a
capital da satrapia. Com a chegada de reforços persas, os gregos se retiraram rapidamente
para a costa. O contingente ateniense, satisfeito com aquilo que tinha sido feito, voltou
para a pátria, e os jônios continuaram combatendo, com sucesso desigual, por outros
quatro anos, até que os persas não diminuíram a sua resistência e se apoderaram de Mileto
(494 a.C.).
Diz-se que Dario tinha ordenado um dos seus oficiais dizer-lhe a cada dia:
“Lembra-te dos atenienses! ”. Ele tramava uma vingança, e em 492 a.C. mandou uma
grande armada terrestre e marítima contra os gregos. A Trácia e a Macedônia se
submeteram, mas, quando a frota naufragou à altura do monte Santo (Athos), a expedição
foi chamada novamente. Dois anos depois, uma segunda expedição atravessou o Egeu, se
instalou perto da cidade de Erétria, na Eubeia, que tinha mandado cinco embarcações para
ajudar os jônios, a tomou e a destruiu. Depois, instalou-se de novo na costa ática, em
Maratona. Após um animado debate, a assembleia ateniense decidiu seguir o parecer de
Milcíades de não se fechar na cidade, mas de fazer com que o exército lutasse contra os
persas. Em Maratona os atenienses, muito inferiores em número, foram os únicos (além
de um pequeno contingente da aliada Plateia) a enfrentar os persas. Esparta mandou as
suas tropas, mas chegaram muito tarde. Graças a uma tática brilhante, os atenienses
atemorizaram o exército persa e o perseguiram até o mar. As perdas dos persas foram
grandes, as dos gregos escassas. O dia da batalha de Maratona (490 a.C.) não foi nunca
esquecido pelos gregos. Ter combatido em Maratona era para um ateniense o maior
motivo de orgulho. Assim, o grande poeta trágico Ésquilo, no seu epitáfio, não fez
nenhuma menção da sua poesia, mas escreveu somente: “Da sua gloriosa coragem
poderiam falar os bosques de Maratona e os medos de longos cabelos, que tiveram que
conhecê-la bem”. Os mortos foram sepultados sob uma colina, que ainda pode ser vista
no lugar da batalha.
Dario se preparava para vingar-se dos gregos, mas os seus planos foram frustrados
primeiro por uma revolta dos egípcios e depois pela sua morte. Somente em 483 a.C., o
seu sucessor, Xerxes, começou a reunir um grande exército com a intenção de acertar as
contas com os gregos.
ΠΡΟΣ ΤΗΝ ΣΑΛΑΜΙΝΑ (β)
Vocabulário:
Verbos:
ἀμύνω, [ἀμυνε-] ἀμυνῶ, [ἀμῡν-] ἤμῡνα, ἀμύνας, transitivo (ativo): eu afasto (acusativo)
de (dativo); transitivo (médio): eu afasto (acusativo); Eu defendo a mim mesmo contra
(acusativo);
ὀργίζομαι, [ὀργίε-] ὀργιοῦμαι, (não possui forma média no aoristo): eu me zango com
(dativo);
Nomes:
ἡ ἀρχή, τῆς ἀρχῆς: o começo, o governo
ὁ βάρβαρος, τοῦ βαρβάρου: o bárbaro;
ἡ ἐλευθερίᾱ, τῆς ἐλευθερίᾱς: a liberdade;
τὸ κῦμα, τοῦ κύματος: a onda;
ἡ μάχη, τῆς μάχης: a batalha, a luta;
τὸ ναυτικόν, τοῦ ναυτικοῦ: náutico, a frota;
τὰ στενὰ, τῶν στενῶν: os estreitos;
ἡ τριήρης, τῆς τριήρους: a trirreme (navio de guerra);
Pronome Adjetivo:
μηδείς, μηδεμία, μηδέν: usado no lugar de οὐδείς com imperativos e infinitivos: nenhum,
nenhuma, nenhuma coisa, nada;
Pronomes Relativos:
ὅς, ἥ, ὅ: o qual, a qual, o qual, que;
ὅσπερ, ἥπερ, ὅπερ: forma enfática de o qual, a qual, o qual, que;
Adjetivos:
ἀληθής, ἀληθές: verdadeiro;
τὰ ἀληθῆ, τῶν ἀληθῶν: a verdade;
ἐκεῖνος, ἐκείνη, ἐκεῖνο: aquele (s); note a posição predicativa: ἐκείνη ἡ μάχη ou ἡ μάχη
ἐκείνη: aquela batalha;
ψευδής, -ές: falso, mentiroso;
τὰ ψευδῆ, τῶν ψευδῶν: mentiras;
Preposição:
ἐγγύς + gen.: perto de + genitivo;
Advérbios:
ἅμα: junto, ao mesmo tempo;
ὅτε: quando;
ὡς: como;
ὡς δοκεῖ: como parece;
Expressão:
τῷ ὄντι: na verdade, de fato;
Nomes Próprios:
ἡ Ἑλλάς, τῆς Ἑλλάδος: a Grécia, a Hélade;
ὁ Ποσειδῶν, τοῦ Ποσειδῶνος: Poseidon;
ἐπεὶ δὲ ὀλίγον χρόνον ἔπλευσαν, δέκα νῆες μακραὶ ἐφαίνοντο, αἵ πρὸς τὸν Πειραιᾶ
ἐπορεύοντο ἀπὸ τῶν νήσων ἐπανιοῦσαι. πάντες οὖν τὰς τριήρεις ἐθεῶντο, αἵ ταχέως διὰ
τῶν κῡμάτων ἔσπευδον. οἱ γὰρ ἐρέται τῷ κελευστῇ πειθόμενοι τὴν θάλατταν ἅμα
ἔτυπτον. ἐπεὶ δὲ οὐκέτι ἐφαίνοντο αἱ τριήρεις, μείζων μὲν ἐγίγνετο ὁ ἄνεμος, ἡ δὲ
θάλλατα ἐκύμαινεν. οἱ δ’ ἄνθρωποι οὐκέτι ἐτέρποντο, ἀλλ’ οἱ μὲν ἄνδρες ἐσίγων, αἱ δὲ
γυναῖκες μέγα ἔκλαζον εὐχόμεναι τὸν Ποσειδῶνα σῴζειν ἑαυτὰς εἰς τὸν λιμένα.
[ὀλίγον: pouco, curto/ νῆες μακραὶ: longos navios = navios de guerra/ οἱ...ἐρέται: os
remadores/ τῷ κελευστῇ: contramestre/ μείζων: maior/ ἐκύμαινεν: agitava-se (enchia-
se de ondas)/ ἔκλαζον: começavam a gritar]
ἀνὴρ δὲ τις, ὅς ἐγγὺς τοῦ Δικαιοπόλιδος ἐκαθίζετο, ἀνέστη καὶ βοήσᾱς, “ὀργίζεται ἡμῖν,”
ἔφη, “ὁ Ποσειδῶν, ὡς δοκεῖ. κακὸν γὰρ ἄνθρωπον ἐν τῇ νηὶ φέρομεν, ὅν δεῖ ῥίπτειν εἰς
τὴν θάλατταν.” καὶ τοὺς παρόντας ἐπιφθόνως ἐσκόπει. ὁ δὲ γέρων προσελθών, “σίγησον,
ὦ ἄνθρωπε,” ἔφη· “οὐδὲν γὰρ λέγεις. ἤδη γὰρ πίπτει ὁ ἄνεμος καὶ οὐκέτι τοσοῦτο
κῡμαίνει ἡ θάλαττα. κάθιζε οὖν καὶ ἥσυχος ἔχε.” τρεψάμενος δὲ πρὸς τὸν Φίλιππον,
“μηδὲν φοβοῦ, ὦ παῖ,” ἔφη· “δι’ ὀλίγου γὰρ εἰς τὴν Σαλαμῖνα ἀφιξόμεθα. ἤδη γὰρ
πλέομεν διὰ τῶν στενῶν πρὸς τὸν λιμένα. ἰδού, ὦ Δικαιόπολι, τὰ στενὰ, ἐν οἷς τὸ τῶν
βαρβάρων ναυτικὸν ἐμένομεν ὅτε τῇ Ἑλλάδι αὐτοὺς ἠμύνομεν ὑπὲρ τῆς ἐλευθερίᾱς
μαχόμενοι.”
Construindo Palavras:
Dê o significado de cada uma das palavras e dos respectivos grupos que se seguem:
Gramática:
Orações Relativas:
Você já foi apresentado a vários tipos de orações relativas nos textos lidos, como por
exemplo:
Assim, na senteça usada como exemplo acima, a locução δέκα νῆες μακραὶ
(feminino/ plural) é a antecedente ao pronome relativo, e, portanto, esse deve estar
concordando com ela (devendo estar no feminino e plural também).
Exercício 13 ζ:
Localize no texto acima cinco orações adjetivas (que se iniciam com um pronome
relativo). Identifique o antecedente de cada pronome relativo e explique a concordância
de gênero, número e caso. Dois dos cinco exemplos já são analisados na explicação
gramatical.
1. [...] δέκα νῆες μακραὶ ἐφαίνοντο, αἵ πρὸς τὸν Πειραιᾶ ἐπορεύοντο ἀπὸ τῶν
νήσων ἐπανιοῦσαι.
O pronome relativo αἵ tem como antecedente δέκα νῆες μακραὶ. Dessa forma, ele deve
estar no feminino e plural. Na oração adjetiva ele é sujeito do verbo ἐπορεύοντο, e, por
isso assume o caso nominativo.
2. [...] πάντες οὖν τὰς τριήρεις ἐθεῶντο, αἵ ταχέως διὰ τῶν κῡμάτων ἔσπευδον.
O pronome relativo αἵ tem como antecedente τὰς τριήρεις. Dessa forma, ele deve estar
no feminino e plural. Na oração adjetiva ele é sujeito do verbo ἔσπευδον, e, por isso
assume o caso nominativo. Veja que na oração anterior τὰς τριήρεις está no caso
acusativo, pois é complemento de ἐθεῶντο, mas na seguinte é sujeito do verbo.
O pronome relativo ὅς tem como antecedente ἀνὴρ τις. Dessa forma, ele deve estar no
masculino e singular. Na oração adjetiva ele é sujeito do verbo ἐκαθίζετο, e, por isso
assume o caso nominativo.
4. [...] κακὸν γὰρ ἄνθρωπον ἐν τῇ νηὶ φέρομεν, ὅν δεῖ ῥίπτειν εἰς τὴν θάλατταν.
O pronome relativo ὅν tem como antecedente κακὸν ἄνθρωπον. Dessa forma, ele deve
estar no masculino e singular. Na oração adjetiva ele é complemento da locução verbal
δεῖ ῥίπτειν, e, por isso assume o caso acusativo.
O pronome relativo οἷς tem como antecedente τὰ στενὰ. Dessa forma, ele deve estar no
neutro e plural. Na oração adjetiva ele é adjunto adverbial de lugar, e, por isso assume o
caso genitivo.
6. [...] ἐγὼ δέ, [ὅς παρῆν,] τέρπομαι ἐξηγούμενος.
O pronome relativo ὅς tem como antecedente o pronome ἐγὼ, que substitui o sujeito, que
é o velho marinheiro. Dessa forma, ele deve estar no masculino [pois quem fala é o velho
marinho] e singular. Na oração adjetiva ele é sujeito do verbo composto de εἰμί, παρῆν,
e, por isso assume o caso nominativo.
Exercício 13 η
Leia alto e traduza para o português. Explique o gênero, o número e o caso de cada
pronome relativo:
Exercício 13 θ
Traduza para o grego:
1. Esses jovens viajavam para junto de alguns amigos que moram na cidade.
ἐκεῖνοι νεᾱνίαι ἐπορεύοντο πρὸς τοῖς φίλοις τίνι, οἵ οἰκοῦσιν ἐν τῷ ἄστει.
2. Os jovens, que tu viste nas montanhas, procuravam suas ovelhas todo dia.
οἱ νεᾱνίαι, οὕς εἴδες ἐν τοῖς ὄρεσιν, ἐζητοῦντο τὰ πρόβατα καθ’ ἡμέρᾱν.
3. O capitão recebeu o dinheiro que eu dei a ele.
ὁ ναύκληρος παρέσχε τὸ ἀργύριον, ᾧ παρέσχον αὐτόν.
4. Ele navegava através dos estreitos, nos quais os gregos venceram os bárbaros.
ἔπλει διὰ τὰ στενὰ, οἷς οἱ Ἕλληνοι τοὺς βαρβάρους ἐνικήσαν.
5. Aquele sacerdote, com quem conversávamos, falava mentiras.
ἐκεῖνος ἱερεύς, ᾧ διελεγόμεθα, ἐλεγε τὰ ψευδῆ.
6. O navio, no qual ele navegava, chegou ao porto em quatro dias.
ἡ ναῦς, ᾗ ἔπλει, ἀφῑκέτο εἰς τὸν λιμένα τέτταρα ἡμέρᾱς.
7. Eu ouvia as mulheres, que trabalhavam na casa à noite.
ἠκούον τὰς γυναῖκας, αἵ ἠργάζοντο ἐν τῇ οἰκίᾳ νυκτός.
8. No dia seguinte os marinheiros fizeram tudo o que o capitão ordenou.
ἐν τῇ ὑστεραίᾳ, οἱ ναύται τὰ ἐποιήσαν, ἅ ὁ ναυκλήρος ἐκέλευσεν.
9. Tu não temias aquele velho homem, que gritava tão alto?
ἆρ’ οὐκ ἐφόβου ἐκεῖνον γέροντα ἄνδρα, ὅς ἐβοῦν οὕτως μέγας;
10. Os estrangeiros, embora estivessem apressados, ajudaram ao velho homem, que
procurava os bois.
οἵ ξένοι, καίπερ σπεύσοντες, ἐβοηθήσαν τῷ γέροντι, ὅς ἐζήτουν τοὺς βοῦς.
Exercício 13 ι
Leia alto e traduza:
Texto de Compreensão:
Ο ΞΕΡΞΗΣ ΤΟΝ ΕΛΛΗΣΠΟΝΤΟΝ ΔΙΑΒΑΙΝΕΙ
[μαστῑγῶσαι: chicotear, açoitar/ ταῦτα: estas coisas/ πικρὸν: amarga (concorda com
água)/ κολάζει: castiga/ ἠδίκησας: sofreste/ πρὸς αὐτοῦ: dele, da parte dele/ παθὸν:
(embora) tendo sofrido (note que este particípio aoristo é neutro para concordar com
ὕδωρ, o sujeito de ἠδίκησας)/ διαβήσεταί: atravessará/ εἴτε...εἴτε: se…ou, quer…ou]
οὕτω μὲν οὖν ἐκόλασε τὴν θάλατταν, ἐκείνους δὲ οἵ τὴν γέφῡραν ἐποίησαν ἀπέκτεινε,
τὰς κεφαλὰς ἀποταμὼν. ἔπειτα δὲ τοὺς στρατηγοὺυς ἐκέλευσεν ἄλλην γέφῡραν ποιῆσαι,
μάλα ἰσχῡράν. ἐπεὶ δὲ ἑτοίμη ἦν ἡ γέφῡρα, ὁ Ξέρξης πρὸς τὸν Ἑλλήσποντον προσελθών,
πρῶτον μὲν πάντα τὸν στρατὸν ἤθελεν θεᾶσθαι· ἐπὶ ὄχθον οὖν τινα ἀνέβη, ὄθεν πάντα
τὸν πεζὸν στρατὸν ἐθεᾶτο καὶ πάσᾱς τάς ναῦς. ἔπειτα δὲ τοὺς στρατηγοὺς ἐκέλευσε τὸν
πεζὸν στρατὸν διαβιβάσαι εἰς τὴν Εὐρώπην. οὕτως οὖν τῷ στρατῷ ἡγεῖτο ἐπὶ τὴν
Ἑλλάδα.
[ἀποταμών (de ἀποτέμνω): cortando, tendo cortado/ ὄχθον: colina/ ἀνέβη: subiu/ ὅθεν:
de onde/ τὸν πεζὸν στρατὸν: a infantaria]
1. Quando Felipe navegava para Salamina, o velho marinheiro disse que estava
presente à batalha.
ἐπεὶ δὲ ὁ Φίλιππος ἔπλει πρὸς τὴν Σαλαμίνη, ὁ ναύτης, ὁ γεραιὸς, εἴπεν ἐν τῇ
μάχῇ παρῆσθα.
2. E Filipe, que se admirava muito, disse, “Se tu não falas mentiras, tu és muito
velho.”
ὁ δὲ, μάλα ἐθαύμαζεν, εἴπεν· εἰ οὐ λέγεις ψεῦδης, μάλα γέρων εἶ.
3. E o marinheiro respondeu: “Eu era então um rapaz e remava na frota. ”
ὁ δὲ ναύτης ἀπεκρίνεto· ἐγὼ νεᾱνίᾱς παῖς ὤν ἦν καὶ ἤρεσσον ἐν τῷ ναυτικῷ.
4. “Se tu queres ouvir, eu estou disposto a contar o que aconteceu. ”
εἰ βούλει ἀκούειν, ἐθέλω λέγειν αὐτῷ τί ἐγένετο.
5. “Mas a história é longa, a qual eu devo contar do começo. ”
τὸν μῦθον μῑκρὸν ἐστιν, ὅν δεῖ λέγειν ἀρχή.
Sabedoria Grega
μηδὲν ἄγαν.
Grego Clássico
Arquíloco
Para Arquíloco, ver páginas 121 e 173. Depois de ver um eclipse do sol (648 a.C.), ele
declara que nada é impossível (fragmento 122, Gerber).
[χρημάτων ... οὐδέν: das coisas…nada/ ἄελπτον: inesperdo/ ἀπώμοτον: para ser jurado
impossível/ ἐπειδὴ: uma vez que, desde que/ μεσαμβρίης: meio-dia/ ἔθηκε: colocou/
ἀποκρύψας: tendo ocultado/ (τὸ) φάος: a luz/ λάμποντος: brilhando/ ὑγρὸν: úmido/
δέος: medo]
Novo Testamento
Lucas 21.1-4
O Óbulo da Viúva