Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Editora Íthala
INT EGRAÇÃO PRODUT IVA PARAGUAI-BRASIL: NOVOS PASSOS NO RELACIONAMENT O BILAT ERAL
Gust avo Rojas
FRONTEIRAS
e relações internacionais
Organizadores:
ISBN 978-85-61868-98-7
Organizadores
EDITORA ÍTHALA
CURITIBA – 2015
PREFÁCIO
Organizadores
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
3 Não é à toa que Kjellén, na sua obra, O Estado como organismo vivo, de 1916, conceitua
a geopolítica como “o ramo da política que estuda o Estado como organismo geográfico
ou como fenômeno de espaço, portanto como país, territoriun e dominiun (...)” , (apud
BACKHEUSER, 1942: 12). A relevância do tema “fronteiras” para a geopolítica e uma
análise história do tratamento conferido ao tema pelos principais geopolíticos podem
ser encontradas em MIYAMOTO (1995).
O REALISMO
A escola de pensamento que mais influenciou – e que talvez
ainda seja a que mais influencie – o campo de estudos das Relações
Internacionais é o realismo. Trata-se, sem dúvida, de um grupo
muito vasto de autores4, e não é pretensão deste trabalho adentrar nos
meandros das diferenças entre eles. Buscar-se-á, neste tópico, destacar
algumas premissas comuns aos autores realistas e, de modo especial,
destacar como esse modo de analisar as Relações Internacionais afetou
o estudo do tema das fronteiras.
Foram os realistas que mais beberam nas fontes dos clássicos. Com
heranças de leituras de Tucídides, Maquiavel e Hobbes temos o seguinte
cenário: a natureza humana é marcada pelo medo, pelo prestígio e pela
ambição. O maior dos medos é o de deixar de existir, e por isso a busca
pela sobrevivência permeia a vida dos Estados tal qual ocorria com os
homens no “estado de natureza”. Para que isso não ocorra, é preciso
buscar o prestígio, trazido na maior parte dos casos pelo poder, o que
gera a ambição da busca por esse poder.
4 Como autores da escola realista, podemos citar Raymond Aron, Hans Morgenthau,
Hedley Bull, Alexander Wendt, Robert Gilpin, John Mearsheimer, dentre muitos out-
ros.
To say that a state is sovereign means that it decides for itself how
it will cope with its internal and external problems, including whether
or not to seek assistance from others and in doing so to limit its freedom
by making commitments to them. (…) It is no more contradictory to say
that sovereign states are always constrained and often tightly so than is to
say that free individuals often make decisions under the heavy pressure of
events (WALTZ, 1979: 96).
O PENSAMENTO LIBERAL
6 A esse respeito, consultar, dentre outros: HOOGHE; MARKS (1996); HARVEY (2006);
dentre outras possibilidades.
7 A esse respeito, consultar, dentre outros: CASTELLS (1996), SASSEN (1998, 2006),
MARIANO (2005).
REFERÊNCIAS
ANDREAS, Peter. Redrawing the line: borders and security in the twenty-first century. In:
International Security, v. 28, n. 2, 2003.
ARON, Raymond. Paz e guerra entre as nações. Brasília: Ed. UnB, 2002.
O PAPEL DA FRONTEIRA NA
INTEGRAÇÃO REGIONAL:
o caso do consórcio intermunicipal
da fronteira
INTRODUÇÃO
5 www.defesa.gov.br/arquivos/programa_calha_norte/livro/pcn_livro.pdf Acessado em 19
set. 2014.
6 www.justica.gov.br/sua-seguranca/seguranca-publica/enafron
Acessado em 12 set. 2014.
8 Art . 17 da Lei n. 11.107, de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de
consórcios públicos e dá outras providências.
9 Dispositivo nesse sentido vem sendo repetido nas Leis de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) da União anualmente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOBBIT, Philip. A guerra e a paz na história moderna: o impacto dos grandes conflitos e da
política na formação das nações. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
Constituição Federal de 1988. Brasília. Gráfica Senado Federal. 2010.
KEOHANE, Robert. After Hegemony: cooperation and discord in the world political
economy. Princeton: Princeton University, 1984, pág. 66.
LOSADA P. R., Consórcios públicos: os desafios do fortalecimento de mecanismos de
cooperação e colaboração entre os entes federados. Artigo apresentado no III Congresso
Consad de Gestão Pública, realizado de 15 a 17 de março de 2010, em Brasília, DF.
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, Brasília. Bases para uma proposta de
Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – Grupo de Trabalho Interfederativo de
Integração Fronteiriça, 2010, pág. 18.
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Programa de Desenvolvimento da Faixa de
Fronteira. Brasília, 2005, pág. 15.
MORGENTHAU, Hans. A política entre as nações. Brasília. Ed. UnB. 2002, pág. 572
NOUR, Soraya. A paz perpétua de Kant: filosofia do direito internacional e relações
internacionais. São Paulo. Martins Fontes. 2004.
WALTZ, Kenneth. Teoria das Relações Internacionais. Lisboa: Gradiva Publicações, 2002.
pág. 43.
INTRODUÇÃO
1 Para atingir a finalidade deste capítulo, entendemos como sinônimos os termos “Coop-
eração fronteiriça” e “Cooperação transfronteiriça”. O termo “cooperação transfron-
teiriça” remete às ações concertadas entre os atores subnacionais que visam atender
assuntos públicos em territórios que transcendem a divisão política estabelecida por
fronteiras entre os Estados nacionais (BARRAGÁN, 2013; BREALEY, 2011).
Por, por mais crescente e presente que seja a atuação das entidades
subnacionais no plano internacional, essa presença não se confunde
com o conceito tradicional de política externa, domínio exclusivo
dos Estados soberanos (FRY, 1993). Contudo, a fim de conferir uma
identidade à atuação externa dos governos subnacionais é que se cunhou
o termo “paradiplomacia” (DUCHACEK, 1990; SOLDATOS, 1990).
3 “No es hasta los años noventa, tras la caída del bloque soviético y el posterior inicio del
proceso de globalización y la intensificación de los procesos de descentralización políti-
ca y administrativa, cuando la cooperación descentralizada comienza a intensificarse
11 Conceito amplo e poroso. Seguindo a definição das Nações Unidas (PNUD), CSS é a
integração entre dois ou mais países em desenvolvimento que buscam promover seus
objetivos para o desenvolvimento no plano individual ou coletivo mediante a troca de
experiência, atitude, recursos e conhecimento técnico. (SURASKY, 2009).
12 Plano de Ação do FCCR 2013-2014, aprovado pela Decisão n.º 54/12, sessão integração
fronteiriça. Disponível em: http://fccrmercosur.org/web/plan-de-accion/. Acesso em:
10 MAR. 2014.
13 Na obra “From recipients to donors: emerging powers and the changing development
landscape”, a autora aborda, de maneira ampla, as discussões sobre a atuação dos
chamados parceiros de desenvolvimento emergentes e suas implicações para a gover-
nança da cooperação internacional para o desenvolvimento. Em relação à construção
do gene da cooperação, a autora apresenta cinco drivers históricos, sendo eles: os so-
cialismos, o Movimento dos Países Não Alinhados, a emergência da OPEC, iniciativas
das Nações Unidas associadas a cooperação Sul-Sul, e (re)lançamento de programas de
cooperação por países que passaram a integrar a União Europeia entre os anos 2004 e
2007 (Estados do leste europeu, em sua maioria).
14 Gift Theory
TABELA 1
Regime Simbólico da Cooperação Sul-Sul
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BACKHEUSER, E. Teoria das Fronteiras: curso de geopolítica geral e do Brasil. Rio de Janeiro:
Biblioteca do Exército, 1952.
BORBÓN, Josette Altmann; BREALEY, Tatiana Beirute. América Latina y el Caribe: cooperación
transfronteriza. De territorios de división a espacios de encuentro. Buenos Aires: TESEO; CAF;
FLACSO, 2011.
BUENO, Ironildes. Paradiplomacia contemporânea: trajetórias e tendências da atuação
internacionais dos governos estaduais do Brasil e dos EUA. Brasília. UNB, 2010. (Tese de
Doutorado).
CARNEIRO FILHO, Camilo Pereira. Processos de transfronteirização na bacia do Prata: a tríplice
fronteira Brasil-Argentina-Paraguai. Porto Alegre: UFRGS, 2013. (Tese de Doutorado)
CERVO, A. Relações internacionais na América Latina: velhos e novos paradigmas. Brasília:
IBRI, 2001.
CNM. Confederação Nacional dos Municípios. Fronteiras em Debate. I Encontro dos Municípios
de Fronteira (Relatório Final). Brasília: CNM, 2008.
_______. Confederação Nacional dos Municípios. Observatório da Cooperação Descentralizada
no Brasil. Brasília: CNM, 2009.
CORGANO, Noé Prieto. O outro lado do novo regionalismo pós-soviético e da Ásia-
Nahuel Oddone**
Horacio Rodríguez Vázquez***
INTRODUCTION
* The authors would like to express their appreciation to Hortensia Altamirano and
Maria Kristina Eisele from the Economic Commission for Latin America and the
Caribbean (ECLAC), Subregional Headquarters in Mexico, who provided valuable
comments. The contribution of Carolina B. Barandiaran and Hortensia Altamirano
with the translation of this article is also acknowledged. The views expressed in this
document are the authors’ sole responsibility and do not necessarily reflect those
of their Organizations.
** Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC), Subre-
gional Headquarters in Mexico. Mail: nahuel.oddone@cepal.org
*** International Maize and Wheat Improvement Center (CIMMYT), Headquarters
in Mexico. Mail: H.Rodriguez@cgiar.org
1 Jagdish Bhagwati, who coined the spaghetti bowl term in 1995, discussed that pref-
erential trade agreements proliferation makes trade procedures more complicated by
increasing the number of tariffs and rules of origin.
2 Paradiplomacy can be defined as the participation of non-central international re-
lations, through the establishment of permanent contacts or ad hoc with public and
private foreign entities, with the purpose of promoting diverse socioeconomic and cul-
tural aspects and any other external dimension of their own constitutional competenc-
es (Cornago, 2001). Although quite contested, the concept of paradiplomacy does not
preclude the existence of other forms of subnational participation in foreign policy pro-
cess, more directly subordinated to central governments priorities and objectives, nor
the increasing role of subnational governments in multilayered structures for global or
regional governance (Hocking, 1993). It simply tries to underline, heuristically, self-
assertive as well as hierarchical dimensions existing behind the growing involvement of
constituent units in international affairs (Cornago, 2000).
whose main goal is to assess all projects related to regional security. This institution
also assesses the way in which civil power is carried out, the way in which extreme
poverty is tackled, how measures of sustainable development and policies towards the
protection of the environment are promoted, and the way in which issues like violence,
corruption, terrorism, drug dealing and illegal gun trafficking are being addressed. The
Democratic Unit of Security at SICA has also provided constant support to CSC since
2009, especially in its strategies of security in Central America and Mexico.
4 In his seminal work The Clash of the Civilizations and the Reconfiguration of the World
Order, Samuel Huntington classifies Mexico within the list of “torn countries”. Quoting
Octavio Paz, Huntington says that `torn` has a non-European origin but an Indian one.
Throughout its history, Mexico intends to get closer and be part of the West, particu-
larly from the 1980’s onwards, with the reforms introduced by Carlos Salinas de Gor-
tari. According to some sources “the reforms introduced by Salinas intended to change
Mexico from a Latin American country to a North American one”.
IIRSA stems from the 2000 Brasilia Summit, which main goal was
to promote the development of infrastructure in transport, energy and
telecommunications with a vision of regional and physical integration in
the twelve countries of South America. At this Conference all members
attempted to agree on a process of equitable and sustainable territorial
development.
IIRSA studies the natural impediments and causes that have made
integration in South America difficult or impossible. South America
is a subcontinent which has numerous natural barriers such as the
5 IIRSA is currently linked with the structure of the Consejo Suramericano de In-
fraestructura y Planeamiento - South American Council of Infrastructure and Plan-
ning - (COSIPLAN) of UNASUR and its members are setting up a Strategic Plan of
joint Action for 2012-2022.
6 IIRSA defined ten Axes of Integration and Development -or AIDs - which can be
classified under two main axes. This entity defines two structures called the emergent
axis and the consolidated axis, and also establishes their main features and projects.
In addition, it identifies projects called “the chore/s” which are the backbones in each
Project. This means that if the main feature or backbone is not achieved, it is almost
impossible to attain the other Projects or make them work in those AIDs. Among
these AIDs, we underscore the Axis of Integration and Development such as the one
between MERCOSUR-Chile, the Andean one, the Centre- Inter oceanic one, the one
set in the Amazon, the one between Peru-Brazil-Bolivia, The Guyanan Shield, the one
called Capricorn, the one of the South, the Hidro-Highway Paraguay-Paraná and the
one called Andino del Sur (Andean of the South).
7 Among the RPI, we should draw attention to the Programme of First- class Ports, which
aims at improving the conditions of the main ports of South America and at solving
MIDP has its roots in the Puebla-Panamá Plan (PPP), a project that
was launched by the presidential administration of Vicente Fox in 2001
and in which the issues of transport, energy, and telecommunications
were prioritized.8 Central American countries, Mexico, the Dominican
Republic9, and Colombia10 are members of MIDP.
MIDP should be understood as a continuous and gradual process,
with a strategic long term vision, which intends to create a regional
Public State. It also intends to assess how resources of neighbouring
countries, non-profit contributions of regional financial entities,
management related problems. The Cross-Border Development and Integration Sup-
port Program (known as PADIF in Spanish) intend to facilitate the transit through bor-
der posts. It also promotes regional development, arguing that it is impossible to solve
any issue linked to border transit without solving the socio-economic problems that
people who live at the border or near those borders face. In its Agenda for the Support
of Infrastructure, CAF has specific funds, known as CBC and Integration Fund (COPIF
in Spanish), and also with economic resources provided by the ProInfa Fund to help
with the development of infrastructure in the region.
8 The document that acknowledges the importance of the MIDP was signed by the Presi-
dents and other Heads of Governments during the Cumbre de Presidentes y Jefes de
Gobierno del Mecanismo de Diálogo y Concertación de Tuxtla Summit of Presidents
and Heads of Government of Dialogue Mechanism and Consultation in Tuxtla on 28th
July 2008. MIDP outlines two axes: the Axis of Physical Interconnection and Integra-
tion, and the Axis of Social Development. The former axis deals with three areas of
work, namely the Mesoamerican Electrical Inter Connection, The Infrastructure Inter-
connection and Integration of the Telecommunications Services; and the Interconnec-
tion of Transport Infrastructure and the Provision of Commerce. The latter axis deals
with Commercial Help and Competition, Health, Environment and Climate Change,
Prevention, Mitigation of Natural Disasters and Shelter.
9 The agreement between SICA and the Dominican Republic was signed in Santo Do-
mingo de Guzmán on 10th December 2003.
10 Colombia has its own peculiar features since it is known as the last country of North
America or the first of South America. In July 2006, the former countries of PPP ac-
cepted the membership of Colombia, which had been an observer before. Only after
the declaration of Guanacaste in 2009 and the Act, which gives credit to the MIDP, will
Colombia become a member of the well-known Dialogue Proceedings of Tuxtla.
11 Ivo Duchacek and Panayotis Soldatos, who were conscious of the need for new theoret-
ical frameworks/schemes, first used the term paradiplomacy. Duchacek (1986) first in-
troduced the distinction between regional cross-border microdiplomacy, transregional
microdiplomacy and global paradiplomacy, which stand for contacts among centers
of non-centralized frontiers (…), contacts among non-centralized units without com-
mon border/ frontiers, especially when national states share their borders, and political
contacts among State distant units that establish relationships (…), even with different
agencies of national and foreign governments.
12 Experiences like the Trifinio Plan or the joint efforts of the Lempa River Trinational
Border Community.
FIGURE 1:
SICA conceptual model of cross-border Integration proposed by CeSPI
CONCLUSIONS
REFERENCES
INTRODUÇÃO
* Doutor em Ciências Sociais pela PUC San Tommaso (Roma, 1996). Professor Adjunto
de Sociologia na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), onde leciona Sociologia
das Relações Fronteiriças do Brasil no curso de graduação em Relações Internacionais.
CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS
REFERÊNCIAS
ASEFF, Marlon. Retratos do exílio: solidariedade e resistência na fronteira. Santa Cruz do
Sul: Edunisc, 2009.
BENTO, Fábio Régio. Cidades de fronteira e integração sul-americana. Jundiaí: Paco
Editorial, 2013.
DABÈNE, Olivier. A América Latina no século XX. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
DEBRAY, Régis. Éloge des frontières. Paris: Gallimard, 2010.
GARCIA, Fernando Cacciatore. Fronteira iluminada: história do povoamento, conquista e
limites do Rio Grande do Sul a partir do Tratado de Tordesilhas. Porto Alegre: Sulina, 2010.
HURREL, Andrew. O ressurgimento do regionalismo na política mundial. Contexto
Internacional, Rio de Janeiro, v.17, n.1, jan/jul. 1995, p.23-59.
JORGE, Arthur Guimarães de Araújo. Rio Branco e as fronteiras do Brasil. Brasília: Editorial
do Senado Federal, 1999.
MATTOS, Carlos de Meira. Geopolítica, v. 1. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2011.
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL (MI). Proposta de reestruturação do
programa de desenvolvimento da faixa de fronteira. Brasília: 2005.
PUCCI, Adriano Silva. O estatuto da fronteira Brasil-Uruguai. Brasília: FUNAG, 2010.
SÁNCHEZ, Andrea Quadrelli. A fronteira inevitável: um estudo sobre as cidades de fronteira de
Rivera (Uruguai) e Santana do Livramento (Brasil). Porto Alegre: UFRGS, 2002 (tese doutoral).
STEIMAN, Rebeca; MACHADO, Lia Osório. Limites e fronteiras internacionais: uma
discussão histórico-geográfica. Rio de Janeiro: Grupo RETIS, 2002. Disponível em:
http://www.retis.igeo.ufrj.br/producao/artigos/limites-e-fronteiras-internacionais-uma-
discuss%c3%a3o-hist%c3%b3rico-geogr%c3%a1fica/#.U-jQiWq5fIU Acesso em: 11 ago. 2014.
A PARADIPLOMACIA E A COOPERAÇÃO
REFERÊNCIAS
ARENAL, Celestino del. Introducción a las relaciones internacionales. Madrid: Editorial
Tecnos, 2002.
BRASIL. MINISTÉRIO DA DEFESA. Estratégia Nacional de Defesa, 2008. Disponível
em:http://www.defesa.gov.br/projetosweb/estrategia/arquivos/estrategia_defesa_nacional_
portugues.pdf Último acesso em: 16 mai. 2014.
BRASIL. MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Programa de Promoção
do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. 2009. Brasília: Ministério da Integração
Nacional. Disponível em: http://www.integracao.gov.br/pt/c/document_library/get_
file?uuid=cd8c9e6a-a096-449b-826e-6ecb49744364 Último acesso em: 16 mai. 2014.
BRASIL. GRUPO DE TRABALHO INTERFEDERATIVO DE INTEGRAÇÃO
FRONTEIRIÇA (2010a). Bases Para uma Proposta de Desenvolvimento e Integração da
Faixa de Fronteira. Disponível em: http://www.integracao.gov.br/c/document_library/get_
file?uuid=ab3fdf20-dcf6-43e1-9e64-d6248ebd1353&groupId=10157. Último acesso em:
16/05/2014.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Relatório de Desempenho do Projeto SIS-Fronteira.
Brasília, Ministério da Saúde, 2010 b.
BUENO, Ironildes. Paradiplomacia econômica: Trajetórias e Tendências da atuação
internacional dos governos estaduais do Brasil e dos Estados Unidos. Brasília: Verdana, 2012.
CASTRO, Marcus Faro de. De Westphalia a Seattle: A teoria das Relações Internacionais em
transição, Brasília: UnB, 2001.
FURTADO, Renata. Descobrindo a Faixa de Fronteira: A trajetória das elites organizacionais
INTRODUÇÃO
3 Em avaliação realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul, a fim
de verificar o insucesso escolar e estabelecer uma abordagem financeira sobre o assun-
to, constatou-se que no período compreendido entre 2007 e 2012 reduziu-se o número
de alunos reprovados ou que abandonaram os estudos, enquanto que o número de
aprovação aumentou, de 6.602 alunos em 2007 para 6.939 alunos em 2012.
4 Segundo os dados levantados pelo Tribunal de Contas, o gasto anual com reprovação e
abandono passou de R$ 3.776.556,23 para R$ 4.557.072,17 e o gasto anual em educação
passou de R$ 24.226.919,61 para R$ 51.185.623,19, isso em apenas 5 anos (período
compreendido entre 2007 e 2012).
5 Consoante pesquisa realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do
Sul, o município de Ponta Porã estaria atrás somente dos municípios de Costa Rica,
Campo Grande, Vicentina, Naviraí, Nova Andradina, São Grabiel do Oeste, Terenos,
Água Clara, Bandeirantes, Rio Verde de Mato Grosso, Chapadão do Sul, Angélica,
Bataguassu, Maracaju, Itaporã e Paranaíba.
7 Art; 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...).
8 Incisos II e III do art. 1º da Constituição Federal.
tuição são: IPTU, IRRF, ITBI, ISS, FPM, ITR, Ouro, ICMS Desoneração, ICMS, IPVA,
IPI Exportação, Multas/Juros de mora IPTU, Multas/Juros de mora ITBI, Multas/Juros
de mora ISS, Multas/Juros Dívida Ativa IPTU, Multas/Juros Dívida Ativa ITBI, Multas/
Juros Dívida Ativa ISS, Dívida Ativa IPTU, Dívida Ativa ITBI e Dívida Ativa ISS.
13 Como bem elucidou Jacira do Valle Pereira (2009): “O grande desafio da escola na fron-
teira é investir na superação da discriminação e dar a conhecer a riqueza representada
pela diversidade etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro, valo-
rizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade. Nesse sentido,
a escola como local de diálogo, de convivência, é espaço privilegiado para o recon-
hecimento e respeito aos valores culturais que são valores universais, e as questões da
diversidade cultural ao serem tratadas como ética universal possibilitam um trabalho
ético na educação”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS:
INTEGRACIÓN PRODUCTIVA
PARAGUAY - BRASIL:
Nuevos Pasos en el Relacionamiento
Bilateral
INTRODUCCIÓN
Debido a su condición de mediterraneidad, el Paraguay resulta
ser un interesante ejemplo para analizar la integración regional y sus
determinantes. El Paraguay ha sido históricamente una economía
notablemente abierta con relación a las demás economías de América
del Sur. No obstante, los actores económicos del país han sido renuentes
en profundizar su integración hacia la región. La ampliación de la
oferta exportable y el avance del proceso de industrialización ha sido
tradicionalmente uno de sus principales escollos.
1 La ley 2421/04, de Adecuación Fiscal, redujo el impuesto a la renta sobre las empresas
de 30% a 10 % y mantuvo el nivel máximo del impuesto al valor agregado (IVA) en un
10 % igualmente. A pesar de haberse ampliado la base tributaria a partir de esta ley,
la presión tributaria en el Paraguay continúa siendo una de las más bajas de América
Latina (12% del PIB).
GRÁFICO 1
Importación según usos: local o para triangulación (1991-2013)
TABLA 1
Stock de IED por Sector (en millones de US$)
GRÁFICO 4
Empresas Brasileñas Instaladas en Paraguay
Exportaciones al Brasil por Sector – 2013 (en millones de US$)
Más allá del impacto directo de la IBD sobre los flujos comerciales
bilaterales, el dinamismo de la demanda brasileña viene desempeñando
un rol creciente en la consolidación de las exportaciones paraguayas
no tradicionales, más que compensando, incluso, la caída de las
exportaciones de estos sectores al mercado argentino (Cerqueira César
y Masi 2013). Entre 2006 y 2012, las exportaciones globales de productos
no tradicionales se elevaron 135%, de US$ 255 millones a US$ US$ 601
millones. Durante el mismo intervalo, la participación de Brasil como
GRÁFICO 5
Exportaciones Paraguayas No Tradicionales: Mundo vs. Brasil.
(Millones de US$)
CONCLUSIONES Y PROSPECTIVAS
REFERÊNCIAS
ARCE, Lucas. FOCEM: instrumento olvidado? Recuento de las acciones y proyectos en
marcha a través de la ayuda mercosureña. http://oered.org/index.php?option=com_
content&view=article&id=92:focem-iinstrumento-olvidado-recuento-de-las-
acciones-y-proyectos-en-marcha-a-traves-de-la-ayuda-mercosurena&catid=1:ar-
ticulos&Itemid=3&lang=pt . Acceso en 10 de septiembre de 2014, 2010b
_____. Tendiendo costosos puentes: Paraguay en el Mercosur. Civitas, 10 (1), pp. 118-133,
2010a
_____ y ZÁRATE, Walter (2011), Auge Económico, Estancamiento y Caída de Stroessner.
INICIATIVAS DE CONSERVAÇÃO
TRANSFRONTEIRIÇA NA AMAZÔNIA
BRASILEIRA:
gênese e evolução recente*
Rebeca Steiman**
* Uma primeira versão deste trabalho foi publicada na revista Para Onde?, v. 5, 2011.
** Professora adjunta do Departamento de Geografia da UFRJ. Pesquisadora e Vice- Líder
do Grupo RETIS/UFRJ
1 Desde a última edição em 2003, o evento passou a ser conhecido também como World
Congress on Protected Áreas (WCPA).
TABELA 1
evolução e distribuição regional de áreas protegidas
transfronteiriças no mundo
GRÁFICO 1
distribuição regional de áreas protegidas
transfronteiriças no mundo - 2007
REFERÊNCIAS
BESANÇON, C. Global transboundary protected areas network. A new initiative of the
Transboundary Protected Areas Task Force. Paper for IUCN, drawing on results of an
ITTO/IUCN workshop. Disponível em: <http://www.tbpa.net/issues_02.htm/> Acesso em:
25 abr. 2007.
BIAL, J. J. Response to Oran Young. The Common Property Resource Digest, n.59, pp.5-6,
2001.
BRAACK, L. et al. Security considerations in the planning and management of transboundary
conservation areas. Gland, Switzerland and Cambridge, UK: IUCN, 2006.
BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Proposta de reestruturação do Programa de
Desenvolvimento da Faixa de Fronteira. Brasília: Ministério de Integração Nacional, 2005.
416p.
CHESTER, C. Transboundary protected areas. In: Cutler J. C. (Ed.). Encyclopedia of Earth.
Washington, D.C.: Environmental Information Coalition, National Council for Science and
the Environment, 2006. Disponível em: <http://www.eoearth.org/article/Transboundary_
protected_areas>. Acesso em: 11 jun. 2007.
DUDLEY, N. A typology of transboundary protected areas: different approaches for different
needs. Paper for IUCN, drawing on results of an ITTO/IUCN workshop: IUCN / UNEP-
WCPA.
DUFFY, R. Global politics and peace parks. Parks for Peace or Peace for Parks? Issues in
practice and policy. Washington D.C.: Woodrow Wilson International Center for Scholars,
2005.
FREITAS, G.S. de. Propuesta de trabajo sobre áreas protegidas colindantes en zonas de
frontera en la región amazónica. Brasilia: OTCA, 2007. Disponível em: <http://www.otca.
info/biodiversidade> Acesso em: jun. 2008.
HAMILTON, L. S. et al. Transborder protected area cooperation. Canberra: Australian Alps
Liaison Committee and IUCN, 1996. 64p.
INRENA. Informe Nacional del Sistema Nacional de Áreas Naturales Protegidas por el Estado
Peruano 2007. Lima, Peru: Intendencia de Áreas Naturales Protegidas – INRENA / Comité
Peruano de la Unión Mundial para la Naturaleza – IUCN / Grupo Nacional Peruano de la
Comisión Mundial de Áreas Naturales Protegidas - WCPA/IUCN, Programa Desarrollo
Rural Sostenible de la GTZ. Peru, 2007, 146p.
INTRODUÇÃO
Desse modo, o país vizinho deixa de ser somente mais uma questão
de política externa. Depois de Itaipu, poderia se falar numa “política
interna” - como área de influência brasileira no Cone Sul e nas relações
O EXÉRCITO PARAGUAIO
Após a derrota na Guerra do Paraguai em 1870, o Exército
do Paraguai irá buscar modelos de modernização na Europa, além
de buscar uma relação mais equilibrada com as FFAA do Brasil e da
Argentina. Para tanto, buscou modelos de modernização, primeiro na
França, no final do século XIX e depois em outros países europeus,
como Alemanha e Itália no início do século XX. Depois da Primeira
Guerra Mundial ocorreu uma mistura de influências oriundas da
Alemanha, França e em menor grau da Itália (ENGLISH, 1985).
Depois da Guerra do Chaco na década de 1930 e com a Segunda
Guerra Mundial o predomínio militar norte-americano aumentou.
Foi também nesse período que as relações militares entre o Brasil e o
Paraguai aumentaram com a abertura de uma missão militar brasileira
em Assunção, com a presença de militares do Exército Brasileiro. A
Argentina também buscou aumentar a sua influencia no Paraguai,
constituindo uma missão militar naquele país.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Arms Transfers Database All to Paraguay 1954-1989. In: <http://armstrade.sipri.org/
armstrade/page/trade_register.php> Acesso em: 7 set. 2014.
BIRCH, Melissa H. La política pendular: Política de desarrollo del Paraguay en la post-
guerra. Politica Exterior y Relaciones Internacionales del Paraguay Contemporaneo. (Comp.)
Asunción: Centro Paraguayo de Estudios Sociológicos, 163-217, 1990.
CATTONI NETO, Augusto. Exportação de Armamentos do Brasil. Segurança e Defesa. Rio
de Janeiro, No 3, janeiro/fevereiro: 28-37, 1985.
CHALIAND, Gérard; RAGEAU, Jean-Pierre. Atlas Politique du XXe Siècle. Paris, Editions
du Seuil, 1988.
ENGLISH, Adrian J. Paraguay. Armed Forces of Latin America. London, Jane´s Publishing
Company Limited: 342-365, 1985.
ESPOSITO NETO, Tomaz. Itaipu e as relações brasileiro-paraguaias, de 1962 a 1979:
fronteira, energia e poder. Doutorado em Ciências Sociais: Linha de Pesquisa em Relações
Internacionais. São Paulo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2012.
FARINA, Bernardo Neri; PAZ, Alfredo Boccia. El Paraguay bajo el Stronismo: 1954-1989.
Asunción: El Lector/ABC. El Diario Completo, 2010.
FLECHA, Antonio Salum. La política internacional del Paraguay. Política Exterior y
Relaciones Internacionales del Paraguay Contemporâneo. (Comp.) Asunción, Centro
Paraguayo de Estudios Sociológicos: 219-253, 1990.
LEWIS, Paul. Paraguay bajo Stroessner. Traducción de Maria Teresa Góngora Barba. Mexico:
Fondo de Cultura Econômica, 1986.
MORA, Frank O. Política exterior del Paraguay: a la búsqueda de la independência y el
desarrollo. SIMÒN G., José Luis. 1990. Politica Exterior y Relaciones Internacionales del
Paraguay Contemporaneo. (Comp.) Asunción: Centro Paraguayo de Estudios Sociológicos:
85-120, 1990.
OLIC, Nelson Bacic. Geopolítica da América Latina. 10ª ed. São Paulo: Moderna, 1992.
SIMÒN G., José Luis. Política Exterior y Relaciones Internacionales del Paraguay Contemporâneo.
(Comp.) Asunción: Centro Paraguayo de Estudios Sociológicos, 1990.
THÉRY, Hérve; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do
território. 2 ed. Tradução de Atlas du Brésil. São Paulo: Editora da UNESP, 2009.
YOPO, Mladen. La Política exterior del Paraguay: continuidade y cambio em el aislamento.
SIMÒN G., José Luis, Política Exterior y Relaciones Internacionales del Paraguay Contemporâneo.
(Comp.) Asunción: Centro Paraguayo de Estudios Sociológicos: 121-161, 1990.
INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
9 A equipe de Dourados teve a participação dos Professores Doutores André Luiz Faist-
ing e Jones Dari Goettert, dos auxiliares Ucleber Gomes Costa, Fábio de Lima e Larissa
Sangalli, a quem devo agradecimentos pela valorosa contribuição.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Paulo Roberto; CYPRIANO, Luiz Alberto. O uso de grupos focais como
métodos de levantamento de demandas por políticas sociais regionais. In: Anais II Encuentro
Latinoamericano de Metodologia de las Ciencias Sociales. Hermosillo, Sonora (México), dez.
2010.
MACHADO, Lia Osório. Espaços transversos: tráfico de drogas ilícitas e a geopolítica da
segurança. In: Fundação Alexandre Gusmão. Geopolítica das Drogas (Textos Acadêmicos).
Brasília : FUNAG, 2011.
__________. Limites e fronteiras: da alta diplomacia aos circuitos da ilegalidade. Revista
Território. Rio de Janeiro : IGEO, v. 8, p. 9-29, 2000.
A EVOLUÇÃO DA QUESTÃO DE
LIMITES NAS RELAÇÕES ENTRE
BRASIL E PARAGUAI DE 1822 A 1864:
da independência à guerra
INTRODUÇÃO
19 PARAGUAI. Del Presidente López al general Justo José de Urquizas; comunica que
Paraguay no entrará en la Alianza contra Juan Manuel de Rosas. Assunción. 04/
VI/1851. In: RODRÍGUEZ ALCALÁ, Guido. Paraguay y Brasil: Documentos sobre las
relaciones binacionales 1844-1864. Assunción, Paraguay: Tiempo de Historia, 2007.;
PARAGUAI. Del Presidente López al Gobierno de Corrientes; comunica que Paraguay
no entrará en la Alianza contra Juan Manuel de Rosas. Assunción. 04/VI/1851. In: RO-
DRÍGUEZ ALCALÁ, Guido. Paraguay y Brasil: Documentos sobre las relaciones bina-
cionales 1844-1864. Assunción, Paraguay: Tiempo de Historia, 2007.
20 PARAGUAI. Del Presidente López al general Justo José de Urquizas; comunica que Par-
aguay no entrará en la Alianza contra Juan Manuel de Rosas. Assunción. 04/VI/1851.
In: RODRÍGUEZ ALCALÁ, Guido. Paraguay y Brasil: Documentos sobre las relacio-
nes binacionales 1844-1864. Assunción, Paraguay: Tiempo de Historia, 2007.
CALÁ, Guido. Paraguay y Brasil: Documentos sobre las relaciones binacionales 1844-
1864. Assunción, Paraguay: Tiempo de Historia, 2007.
Artículo 1º
La cuestión de la demarcación de límites entre la República del
Paraguay y el Imperio del Brasil queda aplazada por el término de un
año a contar deste esta fecha, dentro del cual, o antes si fuere posible, se
ajustará y concluirá el mencionado tratado de límites.
(PARAGUAI, 1855, p. 287-288)27
Os artigos 3º e 4º dessa segunda convenção criaram restrições
à fixação de cidadãos na região em disputa por um ano e limitaram
a movimentação de naus brasileiras de guerra em águas territoriais
paraguaias (PARAGUAI 1855, p. 288)28. As autoridades de Assunção
sinalizavam que poderiam aceitar o princípio do utis possidetis como
base das negociações da delimitação das fronteiras.
Artículo Primeiro
S. E. el Señor Presidente de la República del Paraguay y S. M. El
Emperador del Brasil se obligan a nombrar tan luego como las circunstancias
lo permitan y dentro del plazo de seis años contados desde la data de esta
Convención, sus plenipotenciarios, a fin de que examinen de nuevo y ajusten
definitivamente la línea divisoria de los dos países.
Artículo Segundo
Queda entendido que en cuanto no se celebre el acuerdo definitivo
do que trata el artículo antecedente, las dos Altas Partes Contratantes
respetarán y harán respetar recíprocamente su uti possidetis actual
(PARAGUAI, 1856, p. 306).31
Que la razón de esse artículo, que convenía dejar bien explicita, era
que siendo el territorio de la margem isquierda desde el Apa hasta el río
Blanco objeto de la cuéstion de límites entre la República y el Império
y estando desierta esa costa, así como la que le es fronteiriza, no habia
necessidad de policiar parte del río por medio de embarcaciones y de
guardas, quedándole sin embargo libre perseguir allí cualquier invasión
de los salvajes contra su territorio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
IMAGINARIOS DE FRONTERA
EN TORNO A LOS PROYECTOS Y
DEMANDAS DE INTEGRACIÓN FÍSICA
ENTRE TARAPACÁ Y ORURO*
INTRODUCCIÓN
Esta gran línea del porvenir se halla próxima a ser una realidad.
El diagrama nos enseña el tronco principal que emana de Buenos Aires
hasta la Quiaca, allí se interrumpe por la construcción del ferrocarril
boliviano de Villazón, Tupiza – Atocha.
Se avanza hacia el norte pasando por Uyuni, Oruro, La Paz,
Guayaquil y navegación en el Titicaca. Se toma el tren de Puno-Juliaca-
Cuzco y medio trazado hasta Huancayo, de allí se interna a la Oroya y se
vuelve hacia Lima.
Falta la conexión con los ferrocarriles del Ecuador, Colombia,
Venezuela para ingresar al Canal de Panamá y seguir viaje a cualquier
punto de Norte América.
Actualmente se viaja en cuatro días y medio de La Paz a Buenos
Aires, con un costo que no excede de trescientos pesos bolivianos conforme
a las tarifas de los ferrocarriles argentinos, bolivianos y auto entre Villazón y
Atocha. El día en que la ferrovía sustituya el recorrido del auto, Bolivia habrá
adquirido toda la importancia internacional y económica con referencia a sus
poblaciones fronterizas e inmensamente ricas.
De esta línea troncal pueden derivarse ramales con dirección a
Tarija, el Chaco cruceño, chuquisaqueño y empalmarse con el ferrocarril
Cochabamba-Santa Cruz. El estado habrá realizado el ideal nacional de
esta zona.
En cambio, qué beneficios recibiría Bolivia permitiendo la
construcción de ferrocarriles argentinos en zonas apartadas del núcleo
de nuestras poblaciones? El capital invertido a quien aprovecharía?,
nada más que a los cartaginenses que conviven en el Plata.
PETRONIO
1 José Guillermo Torrez señala que “las empresas de COMIBOL, han ejercido en el ám-
bito rural regional un verdadero colonialismo interno ya que el excedente económico
generado por la actividad extractiva de un recurso natural no renovable no ha sido
reinvertido localmente sino en su magnitud ínfima (1986:31).
“la obra es muy hacedera. Y según puede verse del croquis que
acompañamos esta solicitud, que ha sido colocado sobre el mapa del Señor
Reck, el trazado de este ingeniero era una línea más o menos recta, que
“El país boliviano es uno de los más feroces y más ricos. El ferrocarril
de Arica, eslabonado con el que, en breve, ha de construirse de La Paz á
Yungas y á los ríos navegables del noreste, exportaría de aquella región la
valiosa goma que hoy sale por diferentes vías y con dificilísimos medios de
transporte; la coca, el café, el tabaco, el algodón, el cacao, la quine, el maíz,
el arroz, el cáñamo, la caña, etc., y de sus bosques vírgenes y seculares
extraería madera variada é incorruptibles. Ese mismo ferrocarril,
en conexión con el de Oruro á Cochabamba, el Chimoré, extraería
los productos nombrados y todo género de cereales de aquella región
llamada con justicia “el granero del Perú”, en la época colonial. Además,
el ferrocarril de Arica daría impulsos soberanos á la región minera de
Tres Cruces, ubicada entre La Paz y Oruro, donde numerosas empresas
explotan actualmente metales de estaño de ley superior y que van camino
del desaliento y la agonía por la deficiencia absoluta de transporte…”
3 En efecto, “la lucha contra el centralismo ha sido uno de los caballos de batalla de Soria,
a pesar de que al contrario de otras ciudades y pueblos del Norte, la ciudad de Iquique
goza de una gran autonomía. En realidad, este discurso es más antiguo que Soria mis-
mo, ya que está muy anclado desde los años treinta en la región. Sin embargo, Soria lo
hizo suyo y sirve perfectamente sus intereses, pues le permite federar a los iquiqueños
en contra de un “otro lejano y opresivo”, culpándolo de las dificultades que enfrenta la
ciudad.” (Barozet, 2004,219)
4 http://www.iti.cl/noticias/2014/Gobernador-de-Oruro-ratifica-a-Iquique-como-su-
puerto-natural-de-exportacion-e-importacion.aspx
CONCLUSIONES
Por otro lado, si bien, como plantea Andrés Núñez (2012), los
imaginarios territoriales basados en escalas monopolizadoras van
en detrimento de una multi-territorialidad basada en la historicidad
particular de regiones periféricas. En este trabajo destacamos ciertos
puntos de encuentro que surgen dentro de estas dos visiones:
regional y estatal, las que han convergido a partir de las demandas
regionales por integración física hacia Oruro en torno a los imaginarios
geográficos construidos históricamente por los habitantes de la frontera
internacional que separa a tarapaqueños y orureños. Destacamos en
este ámbito las redes ferroviarias alternativas que responden a otras
lógicas – distintas a la nacional - y escalas que orientan los intercambios
transfronterizos, como fue el caso del ferrocarril continental. En el caso
de los caminos terrestres, la ruta que surgiría de las caravanas de la
amistad de 1958 apuntaron a la misma lógica, pese a su frustración. A
su vez, las propuestas de Jorge Soria y sus pares orureños en cuanto a
concretar el ansiado corredor también van en la misma dirección.
REFERENCIAS
ALBUQUERQUE, Jose Lindomar Coelho. Limites e paradoxos da cidadania no territorio
fronteirico: O atendimento dos brasiguaios no sistema publico de saude em Foz do Iguacu
(Brasil)”. Geopolítica(s). Revista de estudios sobre espacio y poder, 3(2): 185-205, 2012.
BENEDETTI, Alejandro. Espacios fronterizos del sur sudamericano. Propuesta de un modelo
conceptual para su estudio. Estudios Fronterizos, 15, (29):11-47, 2014.
CONNING, J. et. al. Enclaves and development: An empirical assessment. St. Coimp. Int.
Dev., Nº 44, 359-385, USA, 2009.
CASTRO, Luis. Espejismos en el desierto: proyectos ferroviarios e integración subregional
(Tarapacá 1864-1937). Si Somos Americanos, Revista de Estudios Transfronterizos, V (4)4:
21-48, 2003.
Comité de Iquique pro-camino de Iquique a Oruro, 1934, Camino Internacional. Imprenta
Lemare, Iquique
DONOSO, Carlos. Debates y reflexiones en torno a la crisis económica en Tarapacá (1934-
1953): notas preliminares, Revista de Historia Social y de las Mentalidades, XII (2):27-44,
2009.
GIMENEZ, Gilberto. Cultura, identidad y memoria: materiales para una sociología de los
procesos culturales en las franjas fronterizas. Frontera norte, México,21(41):9-22, 2009.
GIMÉNEZ Béliveau, Verónica. La “triple frontera” y sus representaciones: Políticos y
funcionarios piensan la frontera. Frontera norte, 23(46): 7-34, 2011.GÓMEZ, Luis.
Ferrocarriles en Bolivia del anhelo a la frustración 1860-1929. La Paz, UMSA, 1998.
GONZÁLEZ Miranda Sergio. Sísifo en los Andes. La (frustrada) integración física entre
Tarapacá y Oruro: las caravanas de la amistad de 1958. RIL editores, Santiago, 2012.
GONZÁLEZ Miranda Sergio. Las históricas relaciones entre Tarapacá y Oruro: la frustrada
tentativa de integración transfronteriza durante el ciclo de expansióndel salitre (1864 -
1928). Revista de Geografía Norte Grande, 50:: 63- 85, 2011.
GONZÁLEZ Sergio y OVANDO. Cristian La frustrada integración física entre Iquique
y Oruro en los años 1950. La década dorada de las relaciones diplomáticas entre Chile y
Bolivia. Tinkazos 29: 87-108, 2011.
HARMS, Carlos. Los grandes problemas de la zona norte de Chile. La Ilustración, Santiago,
1930.
ANEXO: Mapa área de transporte entre Bolivia y Chile. (en otro archivo)
Fuente: Adaptado por Mario Vergara en 2010, a partir de Mapa N° 3875 Rev. 3
United Nation, 2004.