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CURITIBA
2023
GLÉSIO CHAVES GOMES
TRABALHO APRESENTADO AO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
TEOLOGIA SISTEMÁTICA
CONTEXTUALIZADA DAS
FACULDADES BATISTA DO
PARANÁ. COMO REQUISITO
PARCIAL PARA MATÉRIA
PROJETO DE PESQUISA.
ORIENTADOR. PROF. MS. JEAN
GONÇALVES
CURITIBA
2023
Resumo em português
Este trabalho busca apresentar um pouco do que vem sendo sido comentado
sobre a divindade de Jesus, sobretudo o que a Bíblia diz sobre o assunto. O objetivo
é entender a importância deste tema para fé cristã, bem como sua importância na
obra de redenção e reconciliação e para isto será utilizada como metodologia os
textos teóricos impressos e online. Este tema é importante, não só para a
comunidade acadêmica, mas para o leitor interessado em conhecer mais de Jesus.
Não há a pretensão de nesse artigo encerrar o assunto, mas trazer mais informação
e um conteúdo que seja relevante ao leitor.
Resumo em inglês
This work seeks to present a little of what has been commented on the divinity
of Jesus, especially what the Bible says on the subject. Our objective is to understand
the importance of this theme for the Christian faith, as well as its importance in the
work of redemption and reconciliation. We understand that the theme is important,
not only for the academic community, but for the reader interested in knowing more
about Jesus. This article does not intend to close the subject, but to bring more
information and content that is relevant to the reader.
Introdução
Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é
quem o revelou. (João 1.18) essa verdade é frequentemente desafiada. Alguns
dizem que Jesus jamais reivindicou ser Deus e que tais versículos foram escritos por
seus discípulos, que o divinizaram por causa do impacto que ele causara em suas
vidas. Todavia, o entendimento de Jesus acerca da sua própria divindade nos
Evangelhos não dá suporte a essa perspectiva. Ele claramente via a si mesmo como
Deus. Além disso as cartas e o apocalipse apresentam também a sua divindade.
Jesus é “Senhor” Ele, ressuscitou este trabalho procura apresentar o fato de Jesus
ser Deus como algo de suma importância para a fé cristã, sobretudo na obra de
redenção e reconciliação.
A divindade de Cristo
Há muitas razões para crer na divindade de Jesus, porque Deus nos relevou
várias provas abundantes para crer, como escreveu João “Estes, porém, foram
escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome” (João 20: 31).
só alguém que fosse Deus infinito poderia arcar com toda a pena de todos os pecados
de todos os que cressem nele — qualquer criatura finita não seria capaz de arcar com
tal pena;
a salvação vem do Senhor (Jn 2.9 arc), e toda a mensagem das Escrituras é moldada
para mostrar que nenhum ser humano, nenhuma criatura, jamais conseguiria salvar o
homem — só Deus mesmo poderia; e
só alguém que fosse verdadeira e plenamente Deus poderia ser o mediador entre Deus
e homem (1Tm 2.5), tanto para nos levar de volta a Deus como também para revelar
Deus de maneira mais completa a nós (Jo 14.9).1
Assim, por Jesus ser plenamente Deus, temos salvação e, por fim, o
cristianismo. Todo o que nega o Filho também não tem o Pai” (1 Jo 2.23).“Todo
aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus;
quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho” (2Jo 9).
Apesar de ser Deus, Jesus não considerou este fato como algo que deveria
apegar-se (Fl2.6), Jesus não afirmou: “eu sou Deus”, mas, inumeras passagem além
das próprias citações de Jesus deixa claro que ele era Deus encarnado.
1
Wayne Grudem. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva, São Paulo, Vida Nova, 1999, p.262.
Uma questão levantada por alguns é: se Jesus é Deus assim como O Pai, por
que Ele mesmo afirmou não ser maior que o Pai? Como lemos em:
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo
Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas
a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens. E, achando-se em forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo
obediente até a morte e morte de cruz”.
2
Apostila “Cartas de Paulo”, p.68.
Numa casa, o pai de família está acima do filho, que se lhe submete, porém, ambos,
pai e filho são seres humanos de forma plena. Da mesma maneira, na hierarquia
divina, Jesus se coloca abaixo do Pai e se submete a Ele em obediência total.
Porém, tanto O Pai quanto o Filho são Deus de forma plena e total.
É objetado que em nenhum lugar das Epístolas Jesus é chamado Deus de modo
sem ambigüidade. Isto talvez signifique nada mais do que os escritores do Novo
Testamento eram cuidadosos para guardar-se contra o diteísmo pois, bem à parte
dalguns exemplos prováveis da atribuição de “Deus” a Jesus (Rm 9.5, Tt 2.13; Hb 1.8; Jo
20.28), os cristãos primitivos estavam totalmente convictos de que Jesus era a encarnação
de Deus. Declarar, juntamente com Paulo, que “nele habita corporalmente toda a
plenitude da divindade” (Cl 2.19) é ainda mais enfático do que simplesmente chamar Jesus
de Deus”3.
Além disto, existem muitas outras razões para crer na divindade plena de
Jesus Cristo, como vemos a seguir.
3
Michael Green, II Pedro e Judas – introdução e comentário, São Paulo: Vida Nova, 1993, p57,58.
É a imagem exata de Deus: existe um ditado que diz: “tal Pai, tal filho”. Isto é
verdade quando diz respeito a Deus Pai e a Jesus, pois as Escrituras afirmam a total
identificação entre Deus Pai e Deus Filho, no que diz respeito è divindade. Quando
Filipe pediu a Jesus que lhes fosse mostrado o Pai, Jesus lhe respondeu: “Você não
me conhece Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo?
Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14.9). Quando se afirma que Jesus é a imagem exata de
Deus, significa dizer que não há diferença de natureza, de caráter, nem de grandeza
em relação ao Pai. Isto é, Jesus é Deus tão plenamente quanto o Pai o é. Tanto que
o apóstolo Paulo pôde dizer: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de
toda a criação (...) Pois foi do agrado de Deus que Nele habitasse toda a plenitude”
(Col 1.15).
As Escrituras são muito claras quando afirmam que se deve adorar somente a
Deus: “Adore o Senhor, o seu Deus e só a Ele preste culto” (Mt 4.10; ver também Ex
20.3-5; Ap 22.8,9). No entanto, as mesmas Escrituras testificam que Jesus Cristo foi
e é adorado: “Disse o homem: Creio, Senhor. E o adorou” (Jo 8.38); “Digno é o
cordeiro que foi morto, de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e
louvor (...) Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a
honra, a glória e o poder, para todo o sempre!” (Ap 5.12,13, ver também Mt 28.17;
Fp 2.9-11; Hb 1.6). Jesus não apenas recebeu adoração, mas aceitou a adoração
conferida a Ele, ao contrário de homens e anjos (At 10.25,26; Ap19.10). Logo, a
conclusão que se pode chegar é que Ele possui a prerrogativa que lhe torna digno
de adoração, Ele é Deus.
Considerações finais
A divindade de Cristo é um dos tópicos mais controversos e ao mesmo
tempo, um dos mais cruciais. Está bem no âmago de nossa fé, pois nossa fé se
baseia no fato de Jesus ser realmente Deus em carne humana, e não simplesmente
um homem extraordinário, apear de ser a pessoa mais incomum que já existiu.
Sendo assim, podemos ter conhecimento real de Deus através de Jesus. (Jo
14.9). A redenção está à nossa disposição. A morte de Cristo é suficiente para todos
os pecadores de todos os tempos. Jesus é a Vida, o Doador e o Mantenedor da vida
Ele religou Deus e a humanidade podemos adorá-lo É correto adorar a Cristo. Ele
não é apenas o mais elevado das criaturas, mas é Deus no mesmo sentido e no
mesmo grau que o Pai. Ele merece, tanto quanto o Pai, nosso louvor, nossa
adoração e nossa obediência. Um dia, todos vão reconhecer quem e o que é Jesus.
Os que acreditam na divindade de Cristo já reconhecem quem ele é e agem de
acordo com esta verdade.
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