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PEÇA 4: AÇÃO CIVIL PÚBLICA

EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA


COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS, pelo


Promotor de Justiça que esta subscreve, com fundamento nos artigos 1 o, I, III e
IV; 5o, caput e § 1o; 6o, II; 37, caput e § 6o; 127, caput; 129, II e III; 196 a 198 e
227, caput e §§ 1o e 7o, todos da Constituição da República; 1o, IV; 5o, caput ;
11; 12, caput e § 1o; 19 e 21 da Lei 7347, de 1985; 1o, caput; 25, IV, a e 27, I e
II, todos da Lei n. 8.625, de 1993; 2o, §§ 1o, 4o e 5o, III; 6o, I, d; 7o, I, II, IV e XII;
8o, e 17, II, III, IV e IX, da Lei Orgânica da Saúde n. 8.080, de 1990, vem, em
favor dos pacientes indevidamente internados na UPA ----------, do Município ---
--, ajuizar a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, em face do ESTADO DE MINAS GERAIS, com
sede Belo Horizonte/MG, pessoa jurídica de direito público interno, com sede à
-----, que deverão ser citados na pessoa de seus Procuradores-Gerais, pelos
fatos e fundamentos a seguir descritos.

1. INTRODUÇÃO

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por intermédio do


órgão ministerial responsável pela área da Saúde, vem, respeitosamente,
perante este juízo, propor a presente Ação Civil Pública com Pedido de Tutela
de Urgência em face do Órgão Responsável pela UPA, Município de Belo
Horizonte e Estado de Minas Gerais, todos devidamente qualificados nos
autos, com fulcro nos dispositivos legais e jurisprudenciais aplicáveis, conforme
a seguir exposto.

2. DO RELATO DOS FATOS


No dia 20 de agosto de 2019, a Sra. [Nome da Requerente], por
meio do Termo de Declarações anexo (Ficha de Atendimento nº [Número da
Ficha]), compareceu à [Nome da Promotoria de Justiça] com atuação na
Curadoria da Saúde da Comarca de [Nome da Comarca], solicitando
providências em favor de seu pai, Sr. [Nome do Paciente], com 70 anos, o qual
encontra-se indevidamente internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
[Nome da UPA], em [Nome do Município]/MG, desde o dia 19/09/2019.

De acordo com o Relatório Médico firmado pelo médico Dr. [Nome


do Médico], o paciente necessita de "vaga de CTI com urgência devido à
necessidade de terapia ventilatória e pelo risco de vida em que se encontra". O
relatório médico relata que o paciente, que ingressou na UPA com "quadro de
dispneia e esforço respiratório, em vigência de crise hipertensiva e edema
agudo de pulmão", evoluiu com "insuficiência renal aguda grave e pneumonia".
Apesar da conclusão médica, o paciente continua indevidamente "internado" na
UPA [Nome da UPA], sendo transferido para um hospital de grande porte
somente após 08 (oito) dias, o que resultou em piora significativa de sua saúde.

Após instauração do Inquérito Civil MPMG [Número do Inquérito


Civil], constatou-se, no decorrer das investigações, que inúmeros casos
semelhantes ao narrado acima estavam ocorrendo naquela localidade. Foi
verificado que todos os pacientes que chegam à UPA [Nome da UPA], com
indicação clínica de transferência para leito hospitalar em CTI, permanecem, no
mínimo, 07 (sete) dias em salas improvisadas, sem a devida resolutividade
para os casos graves a que parte dos pacientes é acometida.

3. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

I. Direito à Saúde:

A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988 E O DIREITO


FUNDAMENTAL À SAÚDE

A Constituição da República de 1988 trouxe consigo um importante


marco ao estabelecer o Estado Democrático de Direito, no qual a dignidade da
pessoa humana é consagrada como um de seus princípios fundamentais. Esse
princípio irradia-se sobre todas as relações jurídicas e coloca o indivíduo no
centro do ordenamento jurídico.

A dignidade da pessoa humana, como princípio constitucional,


assume um papel central na concretização dos direitos fundamentais. Existe
uma correlação intrínseca entre a dignidade humana e esses direitos, uma vez
que é a partir desse princípio fundamental que os direitos fundamentais
adquirem sua noção material.

Dentre os direitos fundamentais, a saúde é reconhecida como um


dos mais valiosos em um Estado Democrático de Direito. Assim como qualquer
outro direito fundamental, a saúde está diretamente ligada ao valor da
dignidade humana.

A saúde é considerada um direito fundamental social, pertencente à


segunda geração de direitos, cujo surgimento decorreu de um lastimável
descaso histórico por parte do governo em relação aos problemas sociais
associados às pressões decorrentes da industrialização, crescimento
demográfico e agravamento das disparidades sociais. Diante dessa realidade,
o Estado passou a assumir um papel ativo na busca pela justiça social,
abandonando o ideal absenteísta do Estado liberal.

Nesse sentido, o Estado passou a implementar novos programas de


ação com o objetivo de efetivar direitos fundamentais que exigem ações
positivas por parte dos poderes públicos na sociedade civil. Dentre esses
direitos, destacam-se a assistência social, a saúde, a educação, o trabalho, o
lazer, entre outros. O princípio da igualdade de fato ganha destaque nessa
segunda geração de direitos.

O direito fundamental social à saúde foi expressamente previsto no


artigo 6º da Constituição da República, que estabelece uma série de direitos
sociais. Além disso, a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990) também
reconhece a saúde como um direito fundamental, estabelecendo a
responsabilidade do Estado em prover as condições necessárias para sua
plena garantia, incluindo a assistência farmacêutica.
Os artigos 196 e seguintes da Constituição da República
estabelecem as diretrizes para a prestação positiva do direito à saúde pelo
Estado. É importante ressaltar que o legislador constituinte impôs
expressamente ao Poder Público a obrigação de fornecer de forma efetiva e
direta serviços de saúde à população. Dessa forma, por meio de políticas
públicas, o Estado deve disponibilizar a todos os serviços públicos de saúde,
organizados segundo os princípios da universalidade, equidade e integralidade,
que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS).

Para cumprir esse comando constitucional, a responsabilidade pela


saúde e assistência às pessoas foi atribuída em conjunto aos diversos entes
federados, com competência legislativa concorrente na matéria. No entanto, a
atuação dos entes federados na área da saúde deve ser organizada de forma a
evitar a desordem, evitando a duplicidade de medidas ou a ausência de
intervenção estatal.

Influenciada pelas concepções do movimento de Reforma Sanitária,


a Constituição estabeleceu um sistema único para as ações e serviços públicos
de saúde, com direção única em cada esfera de governo. A Lei nº 8.080/1990
foi criada para sistematizar o SUS, estabelecendo normas para sua
organização, gestão, financiamento e a repartição de competências entre os
entes federados.

É importante destacar que o arcabouço normativo que orienta o SUS


busca concretizar os princípios federativos, estabelecendo a atuação de cada
esfera de governo e a cooperação entre os entes federativos para alcançar o
objetivo constitucional de promoção da saúde.

No que diz respeito à regulamentação do SUS, a Lei Orgânica da


Saúde foi publicada com o objetivo de dar efetividade aos preceitos
constitucionais sobre o direito à saúde. Em seu artigo 7º, XII, a lei estabelece o
princípio da resolutividade, como decorrência do princípio constitucional da
integralidade do atendimento, prescrevendo a "capacidade de resolução dos
serviços em todos os níveis de assistência".
Esses dispositivos obrigam o Poder Público a disponibilizar à
população a execução de todas as ações indispensáveis ao tratamento médico
dos enfermos, incluindo a realização de procedimentos cirúrgicos para aqueles
que deles necessitam.

No entanto, é importante ressaltar que a promoção da saúde é uma


matéria de competência comum dos entes federados, conforme o artigo 23, II
da Constituição. A atuação de cada esfera de governo deve ser devidamente
organizada para evitar a sobrecarga em uma pessoa em detrimento de outra,
bem como a ausência ou duplicidade de medidas.

Nesse sentido, o Ministro da Saúde, exercendo sua competência


regulatória no âmbito do SUS, estabeleceu, por meio da Portaria nº 2.203/96
(NOAS 01/02), que a formulação e execução da política estadual de
assistência farmacêutica são de responsabilidade do Gestor Estadual, em
articulação com o Ministério da Saúde.

A legitimidade dos réus, enquanto entes federados, decorre do texto


constitucional e está definida na legislação infraconstitucional. A lei nº 8.080/90
disciplina a organização, direção e gestão do SUS, estabelecendo as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como o
acesso universal e igualitário aos serviços de saúde.

De acordo com o artigo 9º, a direção do SUS é única em cada esfera


de governo, exercida pelo Ministério da Saúde na União, pelas secretarias de
saúde nos estados e no Distrito Federal, e pelas secretarias de saúde ou
órgãos equivalentes nos municípios.

A Constituição da República de 1988, ao estabelecer o Estado


Democrático de Direito, consagrou a dignidade da pessoa humana como um de
seus fundamentos. Esse princípio fundamental permeia todas as relações
jurídicas e coloca o indivíduo no centro do ordenamento jurídico.

A dignidade humana, como princípio constitucional, serve como


base para todas as regras e princípios do direito, especialmente os direitos
fundamentais. Existe uma conexão intrínseca entre a dignidade da pessoa
humana e os direitos fundamentais, pois é esse princípio fundamental que
confere substância aos direitos fundamentais.

É inquestionável que a saúde é um dos direitos fundamentais mais


valiosos no Estado Democrático de Direito e está diretamente ligada à
dignidade humana. A saúde é considerada um direito fundamental social,
pertencente à segunda geração de direitos, surgida devido ao histórico
descaso governamental com os problemas sociais, bem como às pressões
decorrentes da industrialização, crescimento demográfico e agravamento das
disparidades sociais.

Nesse contexto, o Estado assumiu um papel ativo na busca pela


justiça social, abandonando a postura de Estado liberal ausente. Surgiram
novos programas de ação para efetivar direitos fundamentais que exigem
prestações positivas por parte do poder público. Assim, foram proclamados
direitos como assistência social, saúde, educação, trabalho, lazer, entre outros.
O princípio da igualdade de fato ganhou destaque nessa segunda geração de
direitos.

O direito social à saúde foi expressamente previsto no artigo 6º da


Constituição da República, que estabelece uma série de direitos sociais,
incluindo saúde, educação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência
social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados, de
acordo com os termos da Constituição.

A Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990) também estabelece


que a saúde é um direito fundamental, e é dever do Estado prover as
condições necessárias para sua plena realização, incluindo a assistência
farmacêutica.

O artigo 196 e seguintes da Constituição da República estabelecem


os princípios e diretrizes para a prestação positiva do direito à saúde pelo
Estado. O legislador constituinte impôs ao poder público a obrigação de
fornecer diretamente e efetivamente os serviços de saúde à população. Assim,
por meio de políticas públicas, o Estado deve oferecer serviços de saúde que
compõem o Sistema Único de Saúde (SUS), pautados nos princípios da
universalidade, equidade e integralidade.

Para cumprir esse comando constitucional, a responsabilidade pela


saúde e assistência às pessoas foi atribuída aos diferentes entes federativos,
cabendo a eles uma atuação coordenada para evitar a duplicidade de medidas
ou a ausência de intervenção estatal. Influenciada pelas concepções do
movimento de Reforma Sanitária, a Constituição organizou as ações e serviços
públicos de saúde em um sistema único, com direção única em cada esfera de
governo.

A Lei nº 8.080/1990, que sistematiza o SUS, estabelece normas


para sua organização, gestão e financiamento, além de definir a repartição de
competências entre os entes federativos no Sistema.

É importante ressaltar que o arcabouço normativo que orienta o SUS


busca concretizar os princípios federativos, estabelecendo a atuação de cada
esfera de governo e a cooperação entre os entes federativos para alcançar o
objetivo constitucional de promoção da saúde.

A regulamentação infraconstitucional do SUS, por meio da Lei


Orgânica da Saúde, tem como objetivo concretizar os princípios e diretrizes do
SUS, fornecendo regras para garantir a operacionalização prática dos preceitos
constitucionais relativos ao direito à saúde.

O princípio da resolutividade é expresso na Lei Orgânica da Saúde,


derivado do princípio constitucional da integralidade do atendimento. Ele
estabelece a capacidade dos serviços de saúde em todos os níveis de
assistência para resolver as necessidades dos indivíduos. Além disso, a Lei
Orgânica da Saúde inclui a assistência terapêutica integral, incluindo a
farmacêutica, no campo de atuação do SUS.

Esses dispositivos obrigam o poder público a disponibilizar à


população a realização de todas as ações necessárias para o tratamento
médico dos doentes, incluindo explicitamente a realização de procedimentos
cirúrgicos quando necessário.
No entanto, é fundamental destacar que a promoção da saúde é
uma responsabilidade comum dos entes federativos, de acordo com o artigo
23, inciso II da Constituição. Portanto, a atuação de cada esfera de governo
deve ser devidamente organizada para evitar sobrecarga em um determinado
local em detrimento de outros, bem como para evitar a ausência ou duplicidade
de medidas.

Nesse sentido, o Ministro da Saúde, exercendo sua competência


regulatória no âmbito do SUS, estabeleceu na Portaria nº 2.203/96 (NOAS
01/02) que a formulação e execução da política estadual de assistência
farmacêutica são responsabilidade do Gestor Estadual, em articulação com o
Ministério da Saúde.

A legitimidade dos réus, como entes federativos, decorre do texto


constitucional e está consolidada na legislação infraconstitucional. A Lei nº
8.080/1990 disciplina a organização, direção e gestão do Sistema Único de
Saúde e estabelece as condições para a promoção, proteção e recuperação da
saúde, garantindo o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde.

A direção do SUS é única, exercida pelo Ministério da Saúde no


âmbito da União, pelas secretarias de saúde ou órgãos equivalentes nos
estados e no Distrito Federal, e pelas secretarias de saúde ou órgãos
equivalentes nos municípios.

Por fim, é importante ressaltar que a presente demanda envolve o


direito à vida dos pacientes que estão em situação de risco, e é essencial que
sejam transferidos para um local adequado.

II. Jurisprudência:

"[...] Face à responsabilidade solidária dos entes componentes da Federação,


que se dá verticalmente, e com direção única do SUS em cada esfera de
governo, cabe tanto ao Município como ao Estado e à União garantir a todos o
direito à saúde, podendo o cidadão escolher e exigir assistência à saúde de
qualquer dos entes públicos, ou de todos conjuntamente" (RELATOR: Des. (a)
Áurea Brasil. DATA DO JULGAMENTO: 04/12/2014 – DATA DA SÚMULA:
16/12/2014).

III. Doutrina:
- José Afonso da Silva: A saúde é concebida como direito de todos e dever do
Estado, que deve garantir mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos. O direito à saúde rege-se
pelos princípios da universalidade e da igualdade de acesso às ações e
serviços que a promovem, protegem e recuperam.

4. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DE URGÊNCIA NO


CASO EM QUESTÃO

No caso em questão, a antecipação dos efeitos da tutela de urgência


se mostra necessária diante das circunstâncias apresentadas. A situação do
Sr. [Nome do Paciente], que está indevidamente internado na UPA [Nome da
UPA], desde o dia 19/09/2019, configura um risco iminente à sua vida e saúde,
conforme constatado pelo médico responsável por seu atendimento.

Diante do relatório médico que indica a necessidade urgente de


vaga em CTI e terapia ventilatória, bem como a grave condição de saúde do
paciente, é evidente a probabilidade do direito invocado pela requerente, a qual
busca a transferência imediata do Sr. [Nome do Paciente] para um hospital
adequado.

Além disso, o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo é


igualmente evidente. O Sr. [Nome do Paciente] já se encontra internado na
UPA [Nome da UPA] por um período indevido de oito dias, sem receber a
assistência necessária e adequada para seu quadro clínico. Tal situação tem
acarretado uma piora significativa em sua saúde, podendo inclusive levar ao
agravamento irreversível de seu estado de saúde.

Dessa forma, a concessão da antecipação dos efeitos da tutela de


urgência se mostra imprescindível para garantir a preservação da vida e saúde
do Sr. [Nome do Paciente]. A transferência imediata para um hospital
adequado, com a disponibilização do tratamento necessário, é fundamental
para evitar danos irreparáveis ou de difícil reparação ao seu estado de saúde.

Por fim, ressalta-se que a antecipação dos efeitos da tutela de


urgência não se confunde com uma decisão final sobre o mérito da demanda.
Trata-se de uma medida provisória, que busca assegurar a efetividade do
direito invocado, enquanto o processo judicial tramita regularmente, permitindo
que o Sr. [Nome do Paciente] tenha acesso ao tratamento adequado e
necessário para sua recuperação.

Diante disso, requer-se a concessão da antecipação dos efeitos da


tutela de urgência, determinando aos réus a imediata remoção do Sr. [Nome do
Paciente] da UPA [Nome da UPA] para um hospital adequado, conforme
indicado no relatório médico, visando a garantir sua vida, saúde e o resguardo
dos direitos fundamentais.
5. DO PEDIDO

Diante do exposto, o Ministério Público requer a Vossa Excelência


que:

1. Defira a Tutela de Urgência, determinando aos réus a imediata remoção


do Sr. [Nome do Paciente] da UPA [Nome da UPA] para um hospital
adequado, em condições que garantam o devido tratamento e a
preservação de sua vida, conforme indicação médica.

2. Condene os réus a adotarem medidas efetivas para evitar a ocorrência


de casos semelhantes, proporcionando atendimento adequado e célere
aos pacientes que necessitem de internação em leitos de CTI.

3. Determine aos réus a adequação e ampliação da estrutura da UPA


[Nome da UPA] e demais unidades de saúde da região, de forma a
suprir a demanda existente e evitar a superlotação.

4. Estabeleça multa diária em caso de descumprimento das medidas


determinadas pelo Poder Judiciário.

5. Requisite informações e documentos dos réus, no prazo de 10 (dez)


dias, bem como a realização de inspeção judicial nas dependências da
UPA [Nome da UPA] e nos hospitais da região, a fim de verificar as
condições oferecidas aos pacientes e o cumprimento das obrigações
legais e constitucionais.

6. Requisite o fornecimento de relatórios periódicos, a cada 30 (trinta) dias,


acerca das medidas adotadas pelos réus para garantir o atendimento
adequado aos pacientes em situação de urgência e emergência.

7. Conceda ao Ministério Público os meios necessários para o fiel


cumprimento das medidas pleiteadas, autorizando o acesso irrestrito a
documentos, informações e quaisquer outras diligências que se façam
necessárias.

8. Dê à presente ação o rito da Ação Civil Pública, nos termos da Lei nº


7.347/85.

6. REQUERIMENTOS FINAIS

Requer a citação dos réus para, querendo, contestarem a presente


demanda, sob pena de revelia e confissão.

Requer, ainda, a intimação do representante do Ministério Público


para acompanhar todas as fases do processo.
7. PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas,


especialmente documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial.

8. VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ [valor correspondente a danos morais


coletivos pleiteados].

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

__________________, ____ de ___de _____

PROMOTOR DE JUSTIÇA

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