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O estatuto epistemológico da ética: a questão do relativismo e a exigência de


universalidade

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• Estuda-se desde o tempo de Aristóteles o problema do ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO DA ÉTICA, i.e., do
tipo de conhecimento ou de «ciência» que seria a ética.

Principais dimensões problemáticas encontradas:


✓ A ética como ciência;
✓ A ética como dependente da metafísica;
✓ O questionamento do agir humano;
✓ A práxis nos laboratórios;
✓ (Primeira tentativa) aproximar a ética à «ciência», no sentido moderno do termo, fixado na época de
Galileu e Descartes;
✓ Posteriormente – aproximar à metaética (discursos dos juízos normativos) e à da ética naturalista;
✓ A crítica: ceticismo; emotivismo;

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• A DIALÉTICA ARISTOTÉLICA: tem por objeto as «coisas humanas», centrada numa discussão argumentada
dialógica e contraditória, assente em raciocínios que tomam por premissas e pontos de partida as «opiniões
verosímeis» e credíveis normalmente aceites por uma maioria de interlocutores – as chamadas ENDOXA.

• A questão do relativismo e a exigência de universalidade:

✓ As tradições e as culturas são múltiplas e diversas: origem do relativismo ético;

✓ Problema clássico e hodierno;

✓ O RELATIVISTA considera que as conceções de valores, princípios, bens, etc., são «relativas», i.e., só são
válidas e/ou aceites no contexto de uma dada cultura, para os membros de um grupo restrito ou mesmo, no
limite, na perspetiva de um indivíduo;

✓ No pólo oposto, o UNIVERSALISTA considera que há princípios éticos, valores ou conceções do bem que são
universais, que vinculam toda e qualquer pessoa.

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