Você está na página 1de 2

Disciplina: Patologia das Estruturas

Aluno: Carlos Magno G Pena Tavares

As falhas ou equivocações do estudo preliminar e do anteprojeto são responsáveis principalmente pelo


aumento do custo da construção, e por transtornos a utilização da obra, já as falhas provenientes dos
projetos executivos causam problemas patológicos bem mais graves como erros de dimensionamento e de
falta de compatibilização entre a estrutura e a arquitetura, detalhamento insuficiente, errado ou
inexecutáveis, deficiências de cálculo da estrutura ou da resistência do solo, utilização incorreta dos
materiais e até mesmo por falta de padronização nas representações do projeto. Um exemplo clássico de
falha na elaboração dos projetos é a distribuição dos estribos na armadura, que muitas vezes nos projetos
são detalhados muito próximos e na hora execução se percebe que não foram projetados espaços
suficientes para inserir o vibrador de concreto, que causa a falhas no assentamento do concreto nas
formas.
DETERIORAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO As anomalias que atingem as estruturas de
concreto armado não tem suas causas apenas no mal dimensionamento das peças da estrutura, a
quantidade de etapas envolvidas na sua produção (dosagem, mistura, transporte, lançamento,
adensamento e cura), além da qualidade dos materiais utilizados na mesclagem, a eficiência das formas e
escoramentos, torna o reconhecimento das origem patológicas um trabalho bastante complexo, exigindo
profissionais capacitados e ensaios e laboratórios para a correta identificação do problema.

Segundo PALERMO (1993), em levantamentos feitos em edificações brasileiras que apresentavam algum
tipo de patologia, cada uma das etapas acima citadas seria responsável por um grau de incidência de
anomalias, sendo: • 52% devido à má execução; • 24% devido à má utilização; • 18% devido à deficiência
de projeto; • 6% devido à deficiência das propriedades dos materiais.

Essas proporções variam no tempo e nas regiões. Isso pode ser confirmado na avaliação feita por
CUNHA (1994), na década de 90, sobre a ocorrência de manifestações patológicas de 709 casos
analisados no Brasil, sendo: • 27% devido à má execução; • 14% devido à má utilização; • 49% devido à
deficiência de projeto; • 10% devido à deficiência das propriedades dos materiais.

Referencias:
CUNHA, José Celso da. Variação da rigidez de vigas de concreto de alta resistência em função do
carregamento instantâneo. Informador das Construções, n. 1265/15, p. 21, 15/12/93.

____. La déformabilité en compression du béton armé fissuré en traction. Certificat de conclusion du


D.E.A. Paris: L’École Centrale de Paris, 1982. 95 p.

____. Uma análise dos erros e problemas em estruturas de concreto armado. Informador das Construções,
n. 1268/31, p. 23, jan. 1994

____. A fluência do concreto de acordo com a NB-1 e o CEB/90 (1ª. Parte) Informador das Construções,
n. 1458, p. 19, 31/01/2002.

PALERMO, Giovanni. Geometria do concreto durável. Revista Téchne, p. 33-38, jul./ago. 1993.

Imagens:

https://www.engenheirodeestruturas.com.br/patologia-pilar-concreto

Você também pode gostar