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Jurgen Schnellrath
jurgen@cetem.gov.br
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
- GL Gem Raman PL 532. Fabricante: Gemlab Research & Technology. Possui laser
verde (532nm). Faixa de varredura: 175 a 5.400 cm-1. Espectros adquiridos nesse equipamento
são salvos em formato .rruff (faixa de 175 a 1500 cm-1) e posteriormente tratados no software
CrystalSleuth. O espectro tratado é então comparado com os contidos no banco de dados, que
pode ser baixado gratuitamente do site www.rruff.info, para sua identificação. O equipamento
também pode ser usado como espectrômetro de fotoluminescência na faixa de 530 a 750 nm.
Após instalação e calibração dos espectrômetros, foi feita uma consulta à tabela
“Gemmological Tables” (Henn, 2012), a fim de verificar quais gemas/minerais de maior
importância ainda constavam no banco dados fornecido junto com o GemRam e assim buscar
acrescentá-los. Este é o espectrômetro de rotina empregado pelo LAPEGE na identificação de
gemas e minerais, por ter uma interface mais amigável. Foram adquiridos também espectros de
uma boa parte da coleção didática do LAPEGE e de gemas e/ou minerais enviados ao CETEM
para análise, a fim de testar o software Gem ID 1.0. Quando a substância não era identificada
pelo GemRam, ela era analisada no GL Gem Raman e, quando necessário, com outros meios, a
fim de identificá-la e então acrescentar o seu espectro ao banco de dados Gem ID 1.0. Também
foram acrescentados espectros de substâncias já inclusas no banco de dados, desde que
apresentassem diferenças significativas no conjunto de suas bandas, aumentando assim a chance
de identificação da respectiva substância. Quando não era possível obter um espectro Raman
diagnóstico, muitas vezes em função de fenômenos de fluorescência, eram adquiridos e salvos
espectros de fotoluminescência no GL Gem Raman, se os mesmos servissem para a sua
identificação. Aos espectros adicionados ao GemID eram informados o peso da amostra, sua
procedência e uma foto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1: Visualização do layout do GemID 1.0, e do espectro de uma barita, que foi
adicionada ao banco de dados.
Foram adicionados os espectros das seguintes substâncias ao banco de dados GemID
1.0: alexandrita sintética, anatásio, apatitas (4), aragonita, barita, columbita-tantalita,
cristobalita, esfênio(titanita), ghanita, espinélios sintéticos (5), estaurolita, estilbita, fibra de
vidro, fluoritas (2), granada Ga-Gd sintética, gipsitas (2), heulandita, howlita, lápis lazuli,
muscovita, opala negra sintética, opala comum, petalita, plásticos (3), esmeraldas (4), turquesa,
rubis naturais (2), rubi sintético, scheelita, scorodita, silimanita, imitação de turquesa, ulexita,
variscita e vidros (3).
Na Figura 3 abaixo podemos ver alguns dos espectros realizados nesse equipamento,
que apresentam o padrão de fluorescência do Cr3+ em diferentes campos cristalinos.
Figura 3: Gráfico de fluorescência das seguintes substâncias: Esmeralda (preto), alexandrita
(vermelho) e rubi (verde).
Podemos observar claramente as diferenças nas frequências e nas formas dos dois
principais picos de fluorescência do Cr3+ nos diferentes campos cristalinos, e assim distinguir e
identificar rapidamente, por meio da espectroscopia Raman, mesmo os minerais portadores de
cromo. Os dados aqui apresentados corroboram com o trabalho de Jasinevicius (2009).
4. CONCLUSÕES
O banco de dados GemID 1.0, fornecido junto com o GemRam, possui 376 diferentes
espectros de 148 substâncias. Foram adicionados mais 53 espectros, sendo 22 de substâncias
que não constavam no banco de dados, o que faz com que o equipamento agora disponha de 429
espectros e 170 substâncias, aumentando consideravelmente a eficiência em identificar o
material analisado.
Além da otimização do banco de dados já existente, foi criada uma pasta com espectros
de fotoluminescência, com ênfase nas gemas portadoras de cromo.
5. AGRADECIMENTOS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Downs, R T. Downs R T (2006) The RRUFF Project: an integrated study of the chemistry,
crystallography, Raman and infrared spectroscopy of minerals. Program and Abstracts of the
19th General Meeting of the International Mineralogical Association in Kobe, Japan. O03-13