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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

DEPARTAMENTO DE SOLOS

Recursos e Processos Fundamentais que


Definem o Crescimento Florestal
Parte I – CO2 e Radiação Solar

Júlio César Lima Neves


Recursos (Fatores) de Produção Florestal
6 H 2O + 6CO2 ⎯LUZ
⎯⎯→ C 6 H 12O 6 + 6O2
Radiação Solar, CO2, H2O e Nutrientes Minerais

Clima Fisiografia Solo

Radiação solar Interfere nos fluxos Crescimento de raízes


Precipitação dos recursos ou Suprimentos de água,
Temperatura, fatores de produção nutrientes e oxigênio
etc

Sítio Florestal -> Capacidade Produtiva


(Florestas Naturais)

Tempo Material genético


Manejo

Produtividade Florestal, Plantações Florestais


A Importância da Produção Primária

A Vida na Terra é, primariamente, função da Fotossíntese

6 CO2 + 6 H2O + Energia (Rad. Solar) ---- > C6H12O6 + 6 O2


(Nutrientes minerais)

CO2, Radiação Solar, Água e Nutrientes Minerais

( recursos para a produção florestal )


CO2
COMPARTIMENTOS TERRESTRES DE CARBONO

Gt = 109
GANHO DE CO2 (MATÉRIA PRIMA PARA BIOSSÍNTESE)

FOTOSSINTESE

H 2O + CO2 ⎯LUZ
⎯⎯→ CH 2O + O2
TERMOREGULAÇÃO

Calor Latente de Vaporização

1g H2O 2500J
ÁREA ATUAL E ESTOQUE DE CARBONO
EM BIOMAS FLORESTAIS

BIOMA ÁREA C-VEG C-SOLO TOTAL-VEG TOTAL-SOLO


(Mha) (t/ha) (Gt)

Boreal 1372 64 343 88 (16%) 471 (84%)

Temper. 1038 57 96 59 (37%) 100 (63%)

Tropical 1755 121 123 212 (50%) 216 (50%)

Total 4165 359 789

E para nutrientes minerais ?


Leia os seguintes artigos, postados no PVANET e na Biblioteca do
ClassRoom:

O Paradoxo das Florestas na Região Tropical (Jordan)

A Natureza não tem Palito de Fósforo (Novais e Smith)


MÉDIA DE PODUTIVIDADE DE FLORESTAS DE
FOLHOSAS E CARBONO FIXADO

Produtividade Carbono Fixado


País
(m3 ha-1 ano-1) (t C ha-1 ano-1)

Suécia 5,6 1,4


Estados Unidos
15,0 3,8
(Sul)
Portugal 12,0 3,0

África do Sul 18,0 4,5

Brasil 36,0 9,0

Considerando: DTR = 500 kg/m3, Teor de C = 500 g/kg


180

COT (t/ha) 150


120
90
60 .
30
0
em

ia
o

o)

)
os
ad

es

es

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rr

M
ta
st
Ce

ta

ta
0

ro
Pa

(2

ro

ro
(1
T0

(2

(3
T1

T2

T3
Tipo de Cobertura

Estoque total de carbono no solo (COT), na profundidade de 0 a 100


cm, sob diferentes tipos de cobertura (Nutree, 2005).
A capacidade de armazenar Carbono no solo varia com o tipo de solo?

O que é Déficit de Saturação de Carbono do Solo (DSC) ?


Concentrações de CO2 (e de outros GEE: CH4 e N2O) na Atmosfera
Variação na temperatura da superfície da terra e do mar
Mudanças no nível do mar e da extensão de geleiras
Verão Inverno

Fotossíntese (A) em
plantios jovem e adulto
de eucalipto, no ES, sob
efeito de concentração
de CO2 (Ca) e radiação
solar

Fonte: Evangelista
(2011)
Eficiência quântica de eucalipto jovem e adulto em função da disponibilidade
de CO2, no ES.
Fonte: Evangelista (2011).
Projeto CENIBRA - INPE
Radiação Solar
➢CONVERSÃO DE ENERGIA RADIANTE EM ENERGIA QUÍMICA

Rn = (1 - @) Rt +/- Rl,

em que, Rn é a radiação líquida disponível para fotossíntese,

@ - albedo, Rt é radiação solar no topo do dossel, Rl é a radiação de onde


longa emitida.

Rn = C + E + J + G

em que:

C é o calor sensível transferido para a atmosfera pelas árvores,

E é a energia gasta com transpiração ou evaporação,

J é a energia armazenada nas árvores,

G é energia tranferida para o solo.


Curso da Radiação Solar (MJ/m2/dia) em Plantios de
Eucalipto no Litoral Norte do Espírito Santo
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
100
109

145
154
163

190
199
208
217

244
253
262

298
307
316

343
352
361
118
127
136

172
181

226
235

271
280
289

325
334
42
51

91
60
82

Rad. solar Topo da Atmosfera (Ra) Rad. Solar Topo do Dossel (Rs)
Radiação Solar Liquida (RSL) Rad.Líquida (Rn)

Ex: Dia Juliano 42 (11 de fevereiro), coordenadas: Lat 19o48' S e 40o17' W


Ra = 40,4 MJ/m2/dia; Rs = 20,9 MJ/m2/dia;
Albedo = 0,13, BOL = 2,9 MJ/m2/dia, G = 0 MJ/m2/dia
Rsl = 18,2 MJ/m2/dia; Rn = 15,3 MJ/m2/dia
Produção de Biomassa e Radiação
Solar Interceptada
16 E. globulus
▪ A produção de parte aérea 14
age x nutrition
Gippsland, Vic.

Produção de Parte Aérea (t/ha/ano)


relaciona-se linearmente com a 12

10

radiação interceptada 8

▪ A produção primária bruta é


6

4
y = 4.3673x - 1.4366
proporcional a radiação 2 R2 = 0.9873

0
interceptada. 0 1 2
Radiação interceptada (GJ m
3
-2
yr -1)
4

16 Assorted species
four sites
14
Esperance, Tas.

Produção de Parte Aérea (t/ha/ano)


12

▪ A declividade desses 10

relacionamentos é a Eficiência de 8

Uso de Luz e (gDM MJ-1).


6

4
y = 4.2908x - 0.6211
2 R2 = 0.9839
0
0 1 2 3 4
-2
Radiação Interceptada (GJ m yr -1)
RADIAÇÃO INTERCEPTADA

Lei de Beer: calcula a luz transmitida através do dossel. Assim, a radiação


interceptada pode ser calculada por meio da fórmula:

RFAA (FA) = 0.5 s(1-exp-k LAI)


Radiação Solar em Função de:
Índice de Área Foliar (Nível de Fechamento do Dossel)

Ribeiro e Neves (2003) Stape (2002) Sands (2002)

Status Hídrico do Dossel


IRRIGADO NÃO IRRIGADO ALBEDO
0,40
Não Irrigado
800 800 0,35
Irrigado
0,30
600 600 0,25
-2

-2

0,20
Wm

Wm

400 400
0,15
200 200 0,10
0 0 0,05
0,00
5:30 7:30 9:30 11:30 13:30 15:30 17:30 5:30 7:30 9:30 11:30 13:30 15:30 17:30
6:30 8:30 10:30 12:30 14:30 16:30
Refletida RGlobal Refletida Rglobal

Ribeiro e Neves (2003)


Locais de Instalação de Sensores em Empresa Florestal
Valores de eficiência de uso de luz (e, em g MS/MJ de radiação
interceptada (400 – 700 nm) em povoamentos de eucalipto

Valor médio para espécies florestais = 1,8 g MS/MJ

Whitehead & Beadle (2004)


Curvas de acumulação estimadas de biomassa da parte aérea em função da radiação
solar acumulada de povoamentos clonais de eucalipto no Brasil, considerando as
populações de máxima (LFS) e de mínima (LFI) eficiência de uso

Fonte: Cordido (2019)


RADIAÇÃO SOLAR
RADIAÇÃO SOLAR

CONTROLE GENÉTICO
Forma da copa
Ângulo dos galhos
Inserção e longevidade das folhas
Eficiência quântica das folhas
Radiação Solar em função do relevo Fonte: Ribeiro e Neves, 2003
na Região do Rio Doce - MG
Radiações Global, Direta e Difusa

1200
N 1000

800
W E R. Difusa

Wm-2
600 R. Global
R. Direta
S 400

200

600
800

610
810

820
1000
1200
1400
1600

1010
1210
1410
1610

1020
1220
1420
1620
620
Hora

Classes de inclinações (I) e orientações das encostas (II) em micro-


bacia na Região do Rio Doce - MG

(I) (II)
Índice de Qualidade Fisiográfico (IQFis)
Cocais Site

25

20
Solar radiation (W/m2)

15 34o S
34o N

10 Plan

0
13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71
Age (month)

Considerando apenas a Influência fisiográfica sobre a


radiação solar -> Variação de 6,3 % no IMA.
Silva (2007)
Obrigado pela Atenção

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