Você está na página 1de 32

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde


Curso de Medicina Veterinária

TÁSSIA ANDRESSA KUSTNER DE OLIVEIRA

TOXOPLASMOSE EM BUGIO RUIVO (Alouatta guariba) EM INDAIAL


(SC). 2019

CURITIBA
2019
TÁSSIA ANDRESSA KUSTNER DE OLIVEIRA

TOXOPLASMOSE EM BUGIO RUIVO (Alouatta guariba) EM INDAIAL


(SC). 2019

Trabalho de Conclusão de Curso –


TCC apresentado no Curso de
Medicina Veterinária da Faculdade
de Ciências Biológica e da Saúde
da Universidade Tuiuti do Paraná,
como requisito parcial para
obtenção do grau de Médico
Veterinário.
Professora orientadora: ProfªMSc
Lucyenne Giselle Popp Brasil
Queiroz
Orientador Profissional: M.V. Júlio
Cesar de Souza Jr

CURITIBA
2019
Reitor
Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos

Pró-Reitora de Promoção Humana


Prof. Ana Margarida de Leão Taborda

Pró-Reitora Administrativa
Sra. Camille Rangel

Pró-Reitor Acadêmico
Prof. João Henrique Faryniuk

Pró-Reitor de Planejamento
Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos

Secretário Geral
Sr. Marco Aurélio Cardoso

Coordenador do Curso de Medicina Veterinária


Prof. Welington Hartmann

Supervisora de Estágio Curricular


Prof. Jesséa de Fátima França Biz

Campus Barigui
Rua Sydnei A Rangel Santos, 238
CEP: 82010-330 – Curitiba – PR
Fone: (41) 3331-7958
TERMO DE APROVAÇÃO

TÁSSIA ANDRESSA KUSTNER DE OLIVEIRA

TOXOPLASMOSE EM BUGIO RUIVO (Alouatta guariba) EM INDAIAL


(SC). 2019

Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e


aprovado para obtenção do grau de Médico Veterinário no Curso
de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, 27 de Junho de 2019.

Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná

BANCA EXAMINADORA

Orientadora:Prof.ª MSc Lucyenne Giselle Popp Brasil Queiroz - UTP - FACBS

Prof.ª Dra. Silvana Maris Círio – UTP - FACBS

Prof.ª Dra. Silvana Krychak Furtado – UTP - FACBS


AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus qυе tornou meu sonho possível, por me


proteger todos os dias e por depositar em mim amor e respeito pelos animais.
A minha mãe Cássia Maria Kustner e Vó Leonil Vieira Kustner, pelo carinho,
amor, paciência, ensinamentos, por acreditar no meu potencial e por não medir
os esforços para que eu conseguisse estudar, sempre com amor e zelo no
decorrer dessa trajetória da minha vida.
Ao meu amor Gabriel Alves Cappelletti, que esteve do meu lado sempre com
amor, paciência, zelo e me ajudando na minha formação profissional.
Aos meus amigos em especial Dhessica, Fernanda, Greicy, Fabio, Priscila,
Camila, Leni e todos meus colegas do projeto, em especial Amanda Vargas, por
estarem comigo e sempre me ajudando em vários momentos dessa trajetória.
Aos mestres que sempre estavam dispostos a compartilhar seus
conhecimentos durante todo o curso, e em especial minha orientadora Prof.
Lucyenne Giselle Popp Brasil Queiroz, pelo suporte, paciência, encorajamento,
pelas idéias e colaboração para execução deste trabalho.
A Dra. Zelinda Maria Braga Hirano por abrir as portas do Projeto bugio, para
que eu tivesse conhecimento, a Médica Veterinária Amanda Rezende Peruchi e
M.V MSc Júlio Cesar de Souza Jr por transmitirem sabedoria, dedicação, ética
e paciência e me proporcionando muitos ensinamentos e suporte durante meu
estágio curricular.

.
APRESENTAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina


Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade
Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de Médico
Veterinário, é composto pelo relatório de estágio, onde é descrito as atividades
realizadas no Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial –CEPESBI – Projeto
Bugio, durante o período do dia 11 de Fevereiro de 2019 a 26 de Abril de 2019
e tem como objetivo relatar um caso clínico sobre título do Toxoplasmose em
Bugio Ruivo (Alouatta guariba) em Indaial (SC). 2019
RESUMO

Toxoplasma gondii é um protozoário de parasitismo intracelular obrigatório,


capaz de infectar diversas espécies de hospedeiros vertebrados, incluindo o
homem. A toxoplasmose trata-se de uma importante zoonose, causada por
Toxoplasma gondii, de grande interesse em saúde pública. Macacos do novo
mundo podem adquirir a doença através da ingestão de alimentos contaminados
como carne crua ou mal cozida, hortaliças, coprofagia e por via transplacentária
ou transfusão de sangue.

Palavras-chave: contaminação; toxoplasma; zoonose.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BID – Duas vezes ao dia

CEPESBI - Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial e Observatório de


Primatas do Morro Geisler

CHCM-Concentração média de hemoglobina corpuscular


CPDA - Anticoagulante
cp- Comprimido
ºC- Graus Celsius
dL- decilitro
FC- Frequência cardíaca
fL – folha
FR- Frequência respiratória

FURB –Fundação Universidade Regional de Blumenau


g- Gramas
ha – Equitares

HCM- Hemoglobina corpuscular média

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais


IM - Via intramuscular
Kg – Quilograma
mg – Miligramas
Min- Minutos
mL – Mililitro

SC - Via subcutânea
SID - Uma vez ao dia
SNC- Sistema Nervoso Central
uL- Unidades por litro
VCM- Volume corpuscular médio
VO - Via oral
LISTA DE IMAGENS

IMAGEM 1 FACHADA CENTRO DE PESQUISAS BIOLÓGICAS DE INDAIAL


INDAIAL (SC) MARÇO/2019 ........................................................................... 13

IMAGEM 2 RECINTO CENTRO DE PESQUISAS BIOLÓGICAS DE INDAIAL


INDAIAL (SC) ..................................................................................................... 15

IMAGEM 3 AMBULATORIO CENTRO DE PESQUISAS BIOLÓGICAS DE


INDAIAL INDAIAL (SC) ......................................................................................15
IMAGEM 4 COZINHA DE MANEJO CENTRO DE PESQUISAS BIOLÓGICAS DE
INDAIAL INDAIAL (SC) ......................................................................................16
IMAGEM 5 RECEPÇAO CENTRO DE PESQUISAS BIOLÓGICAS DE INDAIAL
INDAIAL (SC) ..................................................................................................... 16
IMAGEM 6 CICLO BIOLÓGICO TOXOPLASMOSE ........................................ 20
IMAGEM 7 BUGIO RUIVO EM DECÚBITO VENTRAL PÓS MORTEM .......... 24
IMAGEM 8 LÍQUIDO AVERMELHADO EM CAVIDADE ABDOMINAL
DE BUGIO RUIVO ........................................................................................... 24
IMAGEM 9 FIGADO ICTÉRICO DE BUGIO RUIVO ........................................ 25
IMAGEM 10 VESICULA BILIAR DE BUGIO RUIVO DILATADA ..................... 25
IMAGEM 11 VESICULA BILIAR COM CONTEUDO NEGRO E PASTOSO
DE BUGIO RUIVO ........................................................................................... 26
IMAGEM 12 HIPERTROFIA DE VENTRICULO ESQUERDO DE BUGIO RUIVO
......................................................................................................................... 26
IMAGEM 13 EDEMA NO PULMÃO DE BUGIO RUIVO ................................... 27
IMAGEM 14 IMPRINT DE FIGADO DE BUGIO RUIVO COM TAQUIZOITO .... 27
LISTA DE TABELAS E GRAFICOS

TABELA 1 PROCEDIMENTOS REALIZADOS NO PROJETO BUGIO COM


ALOUATTA GUARIBA ..................................................................................... 17

TABELA 2 EVOLUÇÃO CLINICA EM BUGIO RUIVO CENTRO DE


PESQUISAS BIOLÓGICAS DE INDAIAL …………………………………….........23
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 12
2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ........................................... 13
2.1 PROJETO BUGIO ............................................................................... 13
2.1.1 ÁREA DO PROJETO BUGIO............................................................ 14
2.2 ROTINA VETERINÁRIA....................................................................... 17
2.3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO NO
PROJETO BUGIO ..................................................................................... 17
2.4 MEDICINA PREVENTIVA. ................................................................... 17
2.5 MANEJO ANIMAL ................................................................................ 18
2.6 CLÍNICA CIRÚRGICA. ......................................................................... 18
3 REVISÃO DE LITERATURA - TOXOPLASMOSE. ................................ 19
3.1 AGENTE ETIOLÓGICO ...................................................................... 19
3.2 TRANSMISSÃO .................................................................................. 19
3.3 SINAIS CLINICOS ............................................................................... 21
3.4 DIAGNÓSTICO ................................................................................... 21
3.5 TRATAMENTO ................................................................................... 21
4 RELATO DE CASO – NECROPSIA DE BUGIO(ALOUATTA GUARIBA)
COM TOXOPALSMOSE ............................................................................ 22
4.1 NECROPSIA. ...................................................................................... 24
5 DISCUSSÃO .......................................................................................... 28
5.1 CONCLUSÃO ...................................................................................... 28
6 CONCLUSÃO ........................................................................................ 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ........................................................ 30
12

1 INTRODUÇÃO
O presente relatório retrata o estágio obrigatório realizado no Centro de
Pesquisa Biológicas de Indaial -CEPESBI e Observatório de Primatas do Morro
Geisler, no período de 11 de Fevereiro de 2019 a 26 de Abril de 2019. Com carga
horária de 416 horas de estágio obrigatório.
Este trabalho está dividido em duas partes, a primeira sendo o relatório de
estágio obrigatório e a segunda a apresentação de um caso clínico com primata
bugio (Alouatta guariba) acompanhados durante o período de estágio.
Durante o período de estágio no Projeto Bugio, foram acompanhadas o
manejo alimentar, sanitário e de filhotes, tratamentos clínicos, condicionamento,
necropsia, cirurgia e coleta de materiais biológicos para exames laboratoriais,
estando sob orientação do M.V MSc Julio César de Souza Jr e supervisão da
M.V Amanda Rezende Peruchi.
13

2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO


2.1 PROJETO BUGIO
Centro de Pesquisa Biológicas de Indaial e Observatório de Primatas do
Morro Geisler localizado na rua Rio de Janeiro, no município de Indaial em Santa
Catarina, e foi criado através da Lei Municipal n°2.099, de março de 1992. O
mesmo é mantido por meio de um convênio entre a Prefeitura Municipal de
Indaial e a Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB, coordenada
pela Drª. Zelinda Maria Braga Hirano. Dentre as principais atividades do centro
destaca-se o Projeto Bugio, um estudo científico que procura conservar a
espécie Alouatta guariba clamitans (Cabrera, 1940) (Primates: Atelidae), o
bugio-ruivo.

Imagem 1: Fachada do Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial: 11/02 a 26/04/2019.


Indaial (SC)

Os estudos científicos desta espécie tiveram início em ambiente natural


em 1991 no Morro Geisler, em Indaial – SC. Uma área de 40 ha. de Floresta
Ombrófila Densa localizada no perímetro urbano do município e que possui
ligação com o Parque Nacional da Serra do Itajaí. Esta atividade gerou subsídios
para manutenção de bugios em cativeiro e viabilizou a implantação de um
criadouro científico, oficializado pelo IBAMA em 1998, onde os dados científicos
14

coletados a campo são aplicados a fim de incrementar o bem-estar dos animais


cativos (registro nº. 1/42/98/000708-90).
As atividades do Projeto Bugio são: atividades em campo, reintrodução,
educação ambiental, atuação política, treinamentos de estudantes e banco de
material biológico.
Projeto Bugio recebeu mais 176 primatas, atualmente conta com 49
indivíduos. Todas as ocorrências são oriundos de atropelamentos, eletrocussão
nas redes elétricas ou ataques de outros animais.
2.1.1 ÁREA DO PROJETO BUGIO

O CEPESBI – Projeto Bugio tem funcionamento das 8 horas da manhã às


17 horas da tarde, de segunda a sexta, sendo sábado e domingo atendimento
emergencial. Os responsáveis por esta área são o Dr. Julio César de Souza Jr e
a Drª Amanda Rezende Peruchi. Se localiza no térreo, e é constituída por: 27
recintos, Ambulatório, Cozinha para preparo e armazenamento dos alimentos,
além de uma casa contendo recepção, sala de reunião, cozinha, banheiro e
vestiário.
Também estão disponíveis os laboratórios de parasitologia, microbiologia,
bioquímica e o Hospital Escola Veterinário da Universidade Regional de
Blumenau para realização do exames complementares e cirurgias. Atualmente
Projeto conta um Médico Veterinário, uma Técnica em Manejo de Animais, dois
tratadores, uma Bióloga e estagiários curricular e extracurricular.
Os recintos (Imagem 2) são onde os bugios ficam, todos são com áreas
abertas e fechadas contendo zona de fuga, troncos, plataforma de madeira,
mangueiras de bombeiro e comedouros.
15

Imagem2: Recintos Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial: 11/02 a 26/04/2019. Indaial


(SC)

Ambulatório (Imagem 3) é onde ocorre os atendimentos aos bugios em


cativeiro e de vida livre, ele é constituído por armário de medicamentos, caixa
coletora de materiais perfuro cortantes, materiais para procedimentos, balança,
mesa de procedimentos, equipamentos proteção individual, microscópio
aparelho de radiográfico portátil, aparelho de anestesia inalatória e oxigênio.
Para o internamento dos animais, estes são colocados em gaiolas dentro do
ambulatório.
Imagem 3: Ambulatório de atendimentos Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial: 11/02 a
26/04/2019.Indaial (SC)
16

Cozinha de manejo (imagem 4) onde se prepara os alimentos de animais


que estão no cativeiro, animais internados e animais que são capturados por
Órgãos Ambientais. Também é destinada a preparação medicações especiais e
a lavagem de folhas. Possui duas geladeiras, uma mesa, fogão, prateleiras para
utensílios de cozinha e produtos de limpeza, pia e um tanque externo para
lavagem de frutas e folhas.

Imagem 4: Cozinha de manejo Projeto Bugio Tirar uma: 11/02 a 26/04/2019. Indaial (SC)

Casa (imagem 5) é composta de recepção, sala de reunião, cozinha para os


funcionários, vestiário e banheiro.

Imagem 5: Recepção Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial: 11/02 a 26/04/2019.


Indaial (SC)
17
2.2 ROTINA VETERINÁRIA

O estágio foi realizado sob orientação do Médico Veterinário Dr. Julio César
de Souza Jr e supervisão da Drª Amanda Rezende Peruchi. Sendo
acompanhado o manejo alimentar, sanitário e de filhotes, tratamentos clínicos,
condicionamento, necropsia, cirurgia e coleta de materiais biológicos para
exames laboratoriais.

2.3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO NO


PROJETO BUGIO

Tab. 1 Procedimentos Realizados no Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial com


Alouatta guariba: 11/02 a 26/04/2019. Indaial (SC)

PROCEDIMENTOS TOTAL

Manejo Alimentar(Adultos) 44
Manejo Alimentar(Filhotes) 5
Necropsia 7
Exame Radiográfico 2

2.4 MEDICINA PREVENTIVA

O Projeto Bugio, tem uma área da medicina preventiva ou o isolamento


como uma das mais importantes, pois ela representa uma parte do bem-estar
animal e é uma forma de diminuir a porcentagem de óbitos. Tem como propósito
identificar manifestações clínicas, antecipar possíveis doenças e ainda realizar
condutas sanitárias.
Um dos parâmetros para identificar a manifestações clínicas e antecipar
doenças é o treinamento dos funcionários que limpam o recinto, pois conseguem
observar quando o animal não se alimenta, observar se tem objetos pelo aspecto
das fezes, alimentos diferentes e pequenos animais como rato e morcego
invadindo o recinto, além do próprio comportamento dos animais entre si.
Os animais são submetidos a vermifugação a cada seis meses e
realizado a colheita do sangue sempre que possível para avaliar saúde dos
animais, principalmente
18

porque são animais susceptíveis a doenças como a febre amarela que é


caracterizada como uma doença infecciosa aguda, não contagiosa causada por
um flavivírus (RNA) através da picada do mosquito. O gênero Alouatta é dos
que apresentam mais sensibilidade a esse vírus, ocasionando uma alta
letalidade. No projeto foi instalado uma armadilha própria para mosquitos e
semanalmente a agente de saúde do município de Indaial faz a vistoria e coleta
quando há larvas nesta armadilha, também foi realizado instalações de tela
mosquiteiro para prevenção dos macacos. Os animais de vida livre que são
capturados pela polícia ambiental, passam por exames e quarentena.
Não menos importante o Projeto também se preocupa com os
funcionários e estagiários visando sempre os cuidados necessários como
obrigatório as vacinas para Febre amarela, anti-rábica e para os voluntários um
seguro saúde. E também sendo obrigatório quando manejar os animais, recintos
e alimentos utilizar mascara, luva, jaleco fornecido pelo Projeto e sapatos
fechados também fornecidos pelo projeto.

2.5 MANEJO ANIMAL

É de suma importância pois necessita de conhecimento da biologia do


animal, atentando seu comportamento, anatomia e a maneira como este suporta
ou responde as situações de estresse. Durante o período de estágio foi realizado
contenções com puçá para ter uma melhor avaliação em casos que os primatas
estavam apáticos, não se alimentavam e também quando precisavam de
transfusão sanguínea.

2.6 CLÍNICA CIRURGICA

Um bugio macho pertencente ao plantel foi submetido a clínica cirúrgica,


apresentou doença periodontal e foi realizado exodontia de alguns dentes.
Depois da extração foi realizado limpeza para a cicatrização.
19

3 REVISÃO LITERATURA - TOXOPLASMOSE (Toxoplasma gondii)

A toxoplasmose é uma doença infecciosa, de distribuição mundial,


causada pelo protozoário Toxoplasma gondii (GROVES et al., 2004).
Toxoplasma gondii é um parasita intracelular obrigatório, com distribuição
geográfica cosmopolita, capaz de infectar células nucleadas de uma ampla
variedade de mamíferos e aves, inclusive o ser humano, caracterizando seu
potencial zoonótico. Entretanto, o parasito produz infecção assintomática na
maioria de seus hospedeiros, devido à rápida indução da resposta imune
celular, o que resulta no controle da multiplicação dos taquizoítas e
estabelecimento de uma infecção crônica (YAP; SHER, 1999).
O parasita pode ser adquirido pela ingestão de oocistos esporulados,
originários de fezes de gatos, ingestão de carne crua ou mal cozida, infectada com
cistos, ou ainda por via transplacentária, quando a infecção primária ocorre
durante a prenhez (INNES, 1997; DUBEY; LINDSAY, 2004).Os primatas do novo
mundo são altamente susceptíveis à toxoplasmose e raramente sobrevivem à
enfermidade. Dentre os animais selvagens, a toxoplasmose é responsável por
um grande incremento na mortalidade de primatas não humanos em cativeiro e
em populações de vida livre, já que estes comumente desenvolvem infecção
aguda e fatal. São vários os surtos relatados em colônias de primatas não
humanos pelo mundo e em zoológicos e criadouros do Brasil (MALUENDA et al.
2009). A toxoplasmose apresenta-se nas formas clínicas aguda ou crônica
(JONES et al. 2000), as quais dependem basicamente da interação parasita-
hospedeiro (INNES 1997, DUBEY et al. 1998).
3.1 AGENTE ETIOLÓGICO
O agente causal, Toxoplasma gondii é um protozoário coccídeo
intracelular, próprio dos gatos, e que pertencem à família Sarcocystidae, da
classe Sporozoa (VERONESI,2006).
3.2 TRANSMISSÃO
Diversas são as formas de transmissão deste parasita, podendo ocorrer
por ingestão de oocistos encontrados na terra, areia e nos alimentos, de cistos
teciduais encontrados nas carnes e por via placentária (FIGUEIRA FILHO et al.,
2005). O ciclo biológico de T. gondii envolve dois hospedeiros, os
definitivos (felídeos) e os intermediários (demais espécies de mamíferos,
incluindo os felídeos e as aves) (BLACK; BOOTHROYD, 2000).
Em relação aos animais selvagens mantidos em cativeiro, existe também a
possibilidade da disseminação do parasito nos zoológicos através de fômites,
20

ou seja, os equipamentos de uso diário utilizados concomitantemente nos


recintos dos felinos e de outros animais, tais como botas, luvas, pás,
vassouras e mangueiras (DUBEY, 1986), além da presença de gatos errantes
que podem transitar por todo o zoológico.A via de transmissão da toxoplasmose
para primatas mantidos em cativeiro pode ocorrer pelo contato direto com o
oocisto presente nas fezes de felídeos, tanto do próprio zoológico (felídeos
selvagens) como por animais sinantrópicos (gatos domésticos) (HESSLER et al.
1971 DIETZ et al. 1997, INOUE 1997, BOUER et al. 1999, DUBEY et al. 2006).
Neste sentido, é importante a construção de recintos de primatas afastados dos
de felídeos e o treinamento adequado dos tratadores para evitar a contaminação
cruzada. A transmissão de T. gondii pode ocorrer pela via vertical
(congênita) ou horizontal (oral). A infecção congênita pode ocorrer quando
uma fêmea gestante é primo-infectada ou por ocasião de reagudização devido
à imunossupressão. Durante a parasitemia, T. gondii atravessa a placenta
e invade os tecidos do feto em desenvolvimento. Embora a infecção
transplacentária possa ocorrer em qualquer estágio da gestação, o feto é
mais gravemente afetado quando a mãe se infecta durante a primeira metade
da gestação (DUBEY, 1986). A transmissão horizontal ocorre pela via oral,
através da ingestão de cistos teciduais presentes nos hospedeiros ou
ingerindo acidentalmente oocistos presentes no ambiente e em alimentos
contaminados com fezes oriundas do hospedeiro definitivo. Os oocistos, após
serem ingeridos, são rompidos por digestão química no duodeno liberando
esporozoítos que irão colonizar as células intestinais do hospedeiro.
Imagem 6: Ciclo biológico de Toxoplasmose

Fonte: Vitaliano, S. N. (2012)


21

3.3 SINAIS CLINICOS


A doença em primatas do novo mundo é geralmente mais grave em
animais jovens e idosos, sendo comum a presença de outros agentes
infecciosos como os da hepatite viral, uma vez que Toxoplasma gondii tem
caráter oportunista (DIAS 2005).
Nos hospedeiros intermediários, como os primatas, a reprodução do parasita se
dá de forma assexuada, em todo o organismo, produzindo cistos teciduais
(JONES et al., 2006). Na infecção transplacentária pode ocorrer o nascimento
de macacos natimortos ou macacos que morrem de toxoplasmose neonatal
pulmonar, hepática ou no SNC (ARAÚJO et al., 2003). A maior parte dos animais
permanece assintomática e apresenta somente evidências sorológicas da
infecção (LAPPIN, 2006).
As espécies neotropicais são consideradas altamente susceptíveis a
toxoplasmose, havendo relatos que apontam que esses animais são mais
vulneráveis que os primatas do Velho Mundo (ANDERSON & MCCLURE 1993,
INNES 1997, SILVA 2007). Entretanto Anderson & McClure (1993), Innes (1997),
Epiphanio et al. (2003) referem que essa vulnerabilidade ainda não está bem
esclarecida. Uma das hipóteses é que durante a evolução, os primatas
neotropicais estiveram isolados dos felídeos, devido ao hábito arborícola e,
portanto, do contato com oocistos de T. gondii, tornando-se mais sensíveis à
doença (INNES 1997).

3.4 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico dessa doença pode ser alcançado pela combinação de


demonstração de anticorpos no soro, com a demonstração de um título de IgM
maior do que 1:64 ou um aumento de quatro vezes ou mais no título de IgG, Para
chegar-se a um diagnóstico, o resultado do teste sorológico deve ser avaliado
em conjunto com a presença de sinais clínicos da doença atribuíveis à
toxoplasmose, exclusão de outras causas e resposta positiva ao tratamento
(LAPPIN, 2004).
Testes imuno-histoquímicos para T. gondii, realizados em primatas cativos,
também permitiram observar o agente em amostras de fígado, rins, pulmão,
coração e cérebro, com variações de intensidade na reação (CUNNINGHAM et
al., 1992; EPIPHANIO et al., 2003; ANDRADE et al., 2007).

3.5 TRATAMENTO

Embora se estime que aproximadamente 60% dos animais com


toxoplasmose se recuperam com o tratamento, no caso de macacos do novo
mundo o prognóstico é diferenciado, sendo a mortalidade mais alta em animais
imunodeprimidos. A infecção por Toxoplasma gondii na maioria dos animais e
22

humanos adultos imunocompetentes é assintomática em razão da efetiva


proteção imunológica que envolve anticorpos que agem extracelularmente e
fatores decorrentes da imunidade celular. Nas infecções em que a imunidade
não e adequada, os taquizoitos continuam a se multiplicar destruindo um número
excessivo de células e produzindo lesões em múltiplos órgãos, sendo que
pneumonia, hepatite e encefalite são as principais causas da doença e morte.
Por outro lado, vale salientar que a resposta imunitária é incapaz de destruir
bradizoitos intracelular que se multiplicam lentamente, persistentes em cistos
teciduais em vários órgãos, uma adaptação que possibilita ao parasito aguardar
a ingestão de um hospedeiro pelo outro (CUBAS,ZALMIR et al., 2014).
A clindamicina é o medicamento de escolha para macacos, cães e gatos, a
dosagem de 25- 50mg/kg/dia, dividido em duas ou três doses, via oral ou
intramuscular, por pelo menos duas semanas (SHERDING, 2003).

4 RELATO DE CASO –NECROPSIA DE BUGIO (Alouatta guariba) COM


TOXOPLASMOSE EM CENTRO DE PESQUISAS BIOLÓGICAS DE
INDAIAL 2019

Um bugio, femêa, com peso 4 kg, idade 8 anos, pertencente ao plantel,


apresentou um episódio de apatia, desidratação e hiporexia, temperatura de 38,8
ºC, FR 16, FC 188, foi realizado contenção química com Zolepam. No exame
físico, foi constatado presença de gases no ceco. A auscultação de coração
apresentava sopro de válvula mitral e pulmão estertor.
No dia 1, Realizado fita indicadora de pH, foram verificados, leucócitos
ausentes, proteína 30 mg/dl, pH 5, sangue ausente, densidade 1025 e glicose
negativo. No dia 4, Realizado nova fita indicadora de pH, apresentando traços
de leucócitos, proteínas 30 mg/dl, pH 6, sangue ausente, densidade 1015,
glicose negativa, bilirrubina negativa. Realizado exame hematológico.
A análise do exame foi comparada aos parâmetros pesquisados em bugios
pelo Médico Veterinário, tendo os seguintes parâmetros: Leucócitos 0,5 x10³/uL,
Eritrócitos 1,66 x106, Hemoglobina 4,2 g/dL, Hematócrito 12,2 %, VCM 73.5 fL,
HCM 25.3 pg, CHCM 34.4 g/Dl, Proteínas totais 6x10³/uL.
No dia 6, verificado que não houve melhora do caso, foi realizado novo exame
hematológico, tendo os seguintes parâmetros: Leucócitos 1,2 x10³/uL,
Eritrócitos 4,21 x106, Hemoglobina 11,2 g/dL, Hematócrito 33,5 %, VCM 79.6 fL,
HCM 26.6 pg, CHCM 33.4 g/Dl, Proteínas totais 9x10³/uL.
23

Tab. 2: Evolução clinica em Bugio Ruivo no Centro de Pesquisas Biológicas de


Indaial
DIA 0 Tratamento no primeiro momento foi 500 ml de Fluido fisiológico
normal cloreto de sódio 0.9% IV e 0,02 ml de Flunixim Meglumine IM
(Banamine®) 0,5 mg/kg SID.
DIA 1 Animal não havia defecado, apenas urinado. No exame clínico
apresentava temperatura 37,8 ºC, não manifestava dor na palpação
abdominal, sem apetite.
DIA 2 Animal apresentou-se prostrada e com anorexia, Temperatura 38,8 ºC,
FR 20, FC 92, se alimentou apenas com alguns pedaços de fruta.
Tratamento estabelecido foi 0,6 ml de sulfametoxazol + trimetoprima
IM (Trissulfin®) 30 mg/kg SID + 1 cp de Silimarina VO + 1 cp de
Clindamicina VO 10mg/kg BID + ¼ cp Carprofeno VO 4,4 mg/kg SID +
1g de Omeprazol por 7 dias e realizado 30 Min de Oxigenioterapia.
DIA 3 Administração de 0,6 ml de sulfametoxazol + trimetoprima IM
(Trissulfin®) 30 mg/kg SID + 1 cp de Silimarina VO + 1 cp de
Clindamicina VO 10mg/kg BID + ¼ cp Carprofeno VO 4,4 mg/kg SID +
1g de Omeprazol. Temperatura 37ºC, FR 20, FC 160.

DIA 4 Administração de 0,6 ml de sulfametoxazol + trimetoprima IM


(Trissulfin®) 30 mg/kg SID + 1 cp de Silimarina VO + 1 cp de
Clindamicina VO 10mg/kg BID + ¼ cp Carprofeno VO 4,4 mg/kg SID +
1g de Omeprazol. Temperatura 37,1 ºC, FR 12, FC 120.
Realizado Hemograma.
DIA 5 Com resultado dos exames foi decidido realizar transfusão sanguínea,
foi feito contenção de um bugio saudável do plantel para doação de
sangue. Em bolsa de Sangue de 500ml com CPDA, foi coletado 60ml
do bugio saudável e realizado a transfusão de sanguínea.
DIA 6 Não houve melhora do caso, foi realizado novo exame hematológico.
Verificado que não houve melhora com tratamento foi decidido pela
eutanásia.

4.1 NECROPSIA
Foi realizada a necropsia na Universidade Regional de Blumenau com
orientação da M.V Amanda Rezende Peruchi, no período da tarde. O animal foi
retirado da câmara fria e obtinha um aspecto pelagem normal, sem ectoparasitas
e sem falhas na pelagem, coloração normal da pele (Imagem 7 ), logo após foi
realizado abertura do animal para analisar os órgãos.
Foi observado líquido avermelhado em cavidade abdominal (Imagem 7A), fígado
ictérico (Imagem 7B), vesícula biliar obstruída com conteúdo preto e pastoso
(Imagem 7C e 7D), hipertrofia do ventrículo esquerdo (Imagem 7E) e presença
de edema no pulmão (Imagem 7F). Foi realizada a coleta dos órgãos para serem
enviados a Vigilância Sanitária para realização de Histopatológico, realizado
imprint de fígado (Imagem 8), baço e rins para conclusão de diagnóstico.
24

Imagem 7:Bugio em decúbito ventral pós mortem Centro de Pesquisas


Biológicas de Indaial SC 2019

Imagem 8: Líquido avermelhado em cavidade abdominal de bugio Centro de


Pesquisas Biológicas de Indaial SC 2019
25

Imagem 9: Fígado Ictérico de bugio Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial


SC 2019

Imagem 10: Vesícula biliar Dilatada de bugio Centro de Pesquisas Biológicas de


Indaial SC 2019
26

Imagem 11: Vesícula biliar com conteúdo negro e pastoso de bugio Centro de
Pesquisas Biológicas de Indaial SC 2019

Imagem 12: Hipertrofia do ventrículo esquerdo de bugio Centro de Pesquisas


Biológicas de Indaial SC 2019
27

Imagem 13: Edema no pulmão de bugio Centro de Pesquisas Biológicas de


Indaial SC 2019

Imagem 8: Imprint de figado Bugio com Taquizoitos Centro de Pesquisas


Biológicas de Indaial SC 2019
28

5 DISCUSSÃO
O paciente deste caso clinico, é um bugio adulto, de 8 anos, apresentou
um episódio de apatia, desidratação e hiporexia.

Esses achados são comuns em primatas neotropicais com essa doença o


que dificulta o diagnóstico ante mortem e a tentativa de tratamento
(Cunningham et al. 1992, Anderson & McClure 1993, Bouer et al. 1999,
Epiphanio et al. 2003, Verona & Pissinatti 2007, Maluenda et al 2009).

Diante do laudo de imprint de figado com presença de taquizoitos de


Toxoplasma sugere-se quadro agudo da doença.

Nos casos agudos os órgãos acometidos incluem pulmões, fígado,


baço, linfonodos, intestino e cérebro, resultando na replicação e ruptura de
células do hospedeiro pelos taquizoítos e, subsequentemente, necrose tecidual
(EPIPHANIO et al., 2003). Nos casos em que há uma boa resposta imunológica
do hospedeiro frente ao parasita, a infecção torna-se crônica, possibilitando
observar a presença de cistos formados por bradizoitos no cérebro, músculos
esqueléticos e coração (DUBEY et al., 2004).

Realizado imprint do fígado, foi verificado presença de taquizoitos, assim


fechando diagnostico. Os achados microscópicos mais comuns da toxoplasmose
em primatas naturalmente infectados são edema, congestão e necrose
pulmonar, enterite necrótica e hemorrágica, úlceras intestinais, hepatite
necrótica, hiperplasia do baço, inflamação das meninges, hemorragia cerebelar
(JUAN-SALLÉS et al.,1998), presença de taquizoítos no cérebro e
linfonodos(DIETZ et al., 1997; JUAN-SALLÉS et al., 1998), no intestino, fígado
e pulmão (PERTZ; DUBIELZIG; LINDSAY, 1997;BOUER et al., 1999), e os rins
e baço (BOUER et al.,1999). Além desses achados, pneumonia intersticial
aguda, linfadenite, esplenite e enterite ulcerativa multifocal têm observado
(EPIPHANIO et al., 2000).

5.1 CONCLUSÃO

A toxoplasmose é uma doença infecciosa humana e tratamento clínico em


humanos serve de base para bugios. No entanto a doença para esses animais
se mostra muito mais grave. Embora se tenha instaurado um tratamento indicado
para esta doença, o estado de morbidade se manteve não se observando cura
da doença.
29

6 CONCLUSÃO

O objetivo do Estágio Curricular Obrigatório foi demonstrar na prática o que foi


aprendido durante todo o curso de Medicina Veterinária. Além de permitir que
fossem aprimoradas técnicas de procedimentos clínicos, cirúrgico e de manejo
sanitário e promover oportunidades únicas de acompanhar casos com primatas.
Também se destacou a influência do trabalho em equipe para bom funcionamento
do centro de pesquisa com primatas. Uma equipe organizada promove condições
adequadas para atender as necessidades desses animais, auxilia nos
atendimentos, manejo alimentar, manejo sanitário, condicionamento e
procedimentos de consultório e cirúrgicos. Além da possibilidade de compartilhar
conhecimento.
A rotina de manejo foi importante para acompanhar a metodologia dos
profissionais especializados em primatas, a conduta terapêutica tomada, as
técnicas em procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos.
E ainda comprovou a importância do médico veterinário em sempre buscar
aperfeiçoar e o autoconhecimento, realizar a semiologia e o exame físico bem
detalhados, não realizar diagnósticos precipitados, utilizar as diversas
possibilidades de exame laboratoriais e de imagem e as condutas preventivas de
se trabalhar com animais silvestres. Todos esses fatores associados são
indispensáveis para um excelente profissional.
30

REFERÊNCIAS

Anderson D.C. & McClure H.M. 1993. Toxoplasmosis, p.63-69. In: Jones
T.C., Mohr U. & Hunt R.D. (Eds), Monographs on Pathology of Laboratory
Animals. I. Nonhuman primates. Springer-Verlag, New York. 234p.

ANDRADE, M. C. R.; COELHO, J. M. C. O.; AMENDOEIRA, M. R. R.;


VICENTE, R. T.; CARDOSO, C. V. P. C.; FERREIRA, C. B.;
MARCHEVSKY, R. S. Toxoplasmosis in squirrel monkeys: histological and
immunohistochemical analysis. Ciência Rural, v.37, n. 6, p. 1724-1727,
2007.
Araújo, F. P.; Silva, N. R. S.; Olicheski, A.T.; Beck, C.; Rodrigues, R. J. D.;
Fialho, C.G. Anticorpos para Toxoplasma gondii em soro de gatos
internados no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS, Porto Alegre,
RS, Brasil, detectados através da técnica de hemaglutinação indireta. Acta
Scient Vet, Porto Alegre, v.31, n.2, p. 89-92,2003.

BLACK, M. W.; BOOTHROYD, J. C. Lytic cycle of Toxoplasma gondii.


Microbiology and Molecular Biology Reviews, v. 64, n. 3, p. 607-623, 2000.

Bouer A., Werther K., Catão-Dias J.L. & Nunes A.L. 1999. Outbreak of toxo-
plasmosis in Lagothrix lagotricha. Folia Primatol. 70(5):282-285.
CUNNINGHAM, A. A.; BUXTON, D.; THOMSON, K. M. Epidemic of
Toxoplasmosis in a Captive Colony of Squirrel Monkeys (Saimiri sciureus).
Journal of Comparative Pathology, v. 107, n. 2, p. 207-219, 1992.

Dias R. A. F.; Freire, R. L. Surtos de toxoplasmose em seres humanos e


animais. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 26, n. 2, p. 239-248,
abr./jun. 2005.
DIETZ, HH et al. Toxoplasmose em uma colônia de macacos do Novo
Mundo.

DUBEY, J. P. Toxoplasmosis. Journal of the American Veterinary


Medical Association, v. 189, n. 2, p. 166-170, 1986.
Dubey J.P., Lindsay D.S. & Speer C.A. 1998. Structures of Toxoplasma
gondii tachyzoites, bradyzoites, and sporozoites and biology and
development of tissue cysts. J. Clin. Microbiol. 11(2):267-299.

DUBEY, J. P.; LINDSAY, D. S. Biology of Toxoplasma gondii in Cats and


Other Animals. In: Opportunistic Infections: Toxoplasma, Sarcocystis and
Microsporidia World Class Parasites. Springer, US, 2004. p. 1-19.
31

DUBEY, J. P.; GRAHAM, D. H.; DE YOUNG, R. W.; DAHL, E.;


EBERHARD, M. L.; NA CE, E. K.; WON, K.; BISHOP, H.; PUNKOSDY, G.;
SREEKUMAR C.; VIANNA M. C. B.; SHEN S. K.; KWOKO. C. H.; SUMNERS
J. A.; DEMARAIS S.; HUMPHREYS J. G.; LEHMANN T.Molecular and
biologic characteristics of Toxoplasma gondii isolates from wildlife in the
United States.Journal of Parasitology, v. 90, n. 1, p. 67-71, 2004.
Dubey J.P., Hodgin E.C. & Hamir A.N. 2006. Acute fatal toxoplasmosis in
squirrels (Sciurus carolensis) with bradyzoites in visceral tissues. J. Pa-
rasitol. 92(3):658-659.
EPIP HA NIO, S.; SINHORINI, I. L.; CATÃO-DIAS, J. L; Pathology of
Toxoplasmosis in Captive New World Primates. Journal of Comparative
Pathology, v. 129, n. 2, p. 196-204, 2003.
Figueiro-Filho E. A.; Lopez E. H.; Senofonte F. R. A.; Souza J. V. G.; Botelho
C. A.; M. S.; Duarte G. Toxoplasma gondii Infection in Rural Toxoplasmose
aguda: estudo da freqüência, taxa de transmissão vertical entre os testes
diagnósticos materno-fetais em gestantes em estado da Região Centro-
Oeste do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetría 27: 442- 449,
2005.
Groves M. G.; Harrington, K. S. H. Taboada, J. Questões frequêntes sobre
zoonoses. In: Ettinger S. J; Feldman E. C. Tratado de Medicina Interna
Veterinária Doenças do cão e do gato. 5ª ed. Rio de Janeiro – RJ,
Guanabara Koogan, pg 409-10, 2004.
Hessler J.R., Woodard J.C. & Tucek P.C. 1971. Lethal toxoplasmosis in a
woolly monkey. J. Am. Vet. Med. Assoc. 159(11):1588-1594.
INNES, E. A. Toxoplasmosis: comparative species susceptibility and host
immune response. Comparative Immunology, Microbiology & Infectious
Diseases, v. 20, n. 2, p. 131-138, 1997.
Inoue M. 1997. Acute toxoplasmosis in squirrel monkeys. J. Vet. Med. Sci.
59(7):593-595.
Jones T.C., Hunt R.D. & King N.W. 2000. Patologia Veterinária. Manole, São
Paulo. 1415p.
Jones T.C., Hunt R.D. & King N.W. 2006. Patologia Veterinária. Manole,
São Paulo. 1415p.
JUAN-SALLÉS, C. et al. Toxoplasmose aguda fatal em três micos-leões-
dourados
(Leontopithecus rosalia ). Journal of Zoo e Wildlife Medicine , v. 29, n. 1, p.
55-60, 1998.
32

Lappin, M. R. Infecções Protozoárias e Mistas. In: Ettinger, S. J.; Feldman,


E. C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. 5 ed. Vol1. Rio de Janeiro:
Guanabara, p.433-435, 2004.
Maluenda A.C.H., Casagrande R.A., Nemer V.C., Kanamura C.T., Teixeira
R.H.F. & Matushima E.R. 2009. Infecção aguda fatal por Toxoplasma gondii
em macaco barrigudo (Lagothrix lagotricha). Clín. Vet. 81:100-104.
Veronesi C.E.S. & Pissinatti A. 2006. Primates: primatas do novo mundo
(sagui, macaco-prego, macaco-aranha, bugio), p.358-377. In: Cubas Z.S.,
Silva J.C.R. & Catão-Dias J.L. (Eds), Tratado de Animais Selvagens:
medicina veterinária. Roca, São Paulo. 1354p.

VITALIANO, S, N.; MINEO, T. W. P.; ANDRÉ, M. R.; MACHADO, R. Z.;


MINEO, J. R.; WERTHER, K. Experimental infection of Crested Caracara
(Caracara plancus) with Toxoplasma gondii simulating natural conditions.
Veterinary Parasitology, v. 172, p. 71-75, 2010.

Sherding, R. G. Toxoplasmose, Neosporose e outras Infecções


Protozoarianas Multissêmicas In: Birchard S. J.; Sherding, R. G. Manual
Saunders Clínica de pequenos animais. 2ª ed, São Paulo – SP, Roca
Ltda, pg 161-67, 2003.

YAP, G.S.;SHER, A. Cell-mediated Immunity to Toxoplasma gondii:


Initiation, Regulation and Effector Function. Immunoblology, Stuttgart,
v.201, p.240-247, 1999.
Zalmir S.C. & Jean C.R.S. & José L.C.D. 2014. Tratado de Animais Selvagens
medicina veterinária. Volume 1. 734 a73

Você também pode gostar