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BENEFÍCIOS DA SEQÜÊNCIA DE ADUBAÇÕES NPK EM PASTAGENS DE

BRACHIÁRIA BRIZANTHA

MARCELO FEDRIZZI PINTO1, EDGARD JARDIM ROSA JÚNIOR2, EDSON TALARICO3


1
Mestrando em Agronomia - Produção Vegetal – UFMS / Dourados.
2
Eng. – Agr., Dr., Prof – Titular, UFMS / Dourados.
3
Eng. – Agr., Dr., Prof – Visitante, UFMS / Dourados.

Resumo: Estudou-se o efeito da seqüência de adubações NPK, juntamente com calagem, na densidade do solo

(Ds), na porosidade total do solo (Pt), no crescimento de raízes, na produção de matéria seca (MS) e na rentabilidade
alcançada por um produtor em gramíneas brachiária brizantha (Hochst) Stapf. Cv. Marandú, em latossolo vermelho
amarelo distrófico. O índice de saturação por bases (V %) empregado foi para a elevação dos valores a 70 %, que
resultou em uma necessidade de calcário de 6 ton.ha-1. Foram utilizadas 3 áreas denominadas de Testemunha, R3 (1o.
ano de adubação), R2 (2o. ano de adubação). No ano anterior ao ensaio foram aplicados 3 ton.ha-1 de calcário mais
adubação de N (200 Kg.ha-1 de N), P (90 Kg.ha-1 de P2O5) e K (90 Kg.ha-1 de K2O) na área R2 (2o. ano de
adubação). E no ano do ensaio (2000) as mesmas doses anteriores foram aplicadas para as áreas R3 (1o. ano de
adubação) e R2 (2o. ano de adubação), enquanto que a testemunha recebeu apenas as 3 ton.ha-1 de calcário, sendo
todas as aplicações em cobertura. As amostras de solo e raízes foram coletadas em quatro profundidades. A associação
da calagem, com a seqüência de adubações NPK proporcionou quedas na densidade do solo e aumento na porosidade
total do solo. Aumentos no crescimento de raízes, na produção de matéria seca e no ganho em @.ha-1 também
puderam ser observados.

Termos para indexação: adubação, raízes, densidade do solo, pastejo rotacionado.

ADVANTAGES OF THE SEQUENCE OF NPK FERTILIZATION ON BRACHIARIA BRIZANTHA PASTURES

ABSTRACT: It has been studied the effects of NPK fertilization, along with liming, upon the soil density (SD), soil

total porosity (TP), rooting, the yield of dry matter (DM), and upon the returns achieved by the producer with Brachiaria
Brizantha grazing land (Hochst) Stapf. Cv. Marandu, on red-yellow dystrophic latosol. The employed rate of base
saturation (V %) was headed for elevating values up to 70%, which resulted in a necessity of 6 tons.ha-1 of lime. Three
areas, denominated testifiers, have been utilized: R3 (1st year of fertilization), R2 (2nd year). In the experiment previous
year, it was applied 3 tons.ha-1 of lime plus NPK fertilizer (N = 200 kg. ha-1 , P = 90 kg. ha-1 of P2O5 , and K = 90 kg.
ha-1 of K2O ) on the area R2 (2nd year of fertilization). In the experiment year (2000), the aforesaid doses were
administered to the areas R3 (1st year of fertilization) and R2 (2nd year of fertilization), as the testifier was spread with 3
tons.ha-1 of lime, only. The samples of soil and underground roots have been collected from four depths. The
association of liming with the sequence of NPK fertilization caused diminishment in the soil density and the enlargement
of the total soil porosity. The increase in the root growth, the augment of the dry matter production and earns in
arrobas.ha-1 could also be noticed.

Index terms: fertilization, roots, soil density, rotational grazing.


Introdução
O Estado de Mato Grosso do Sul, possui uma área de 16 a 17 milhões de hectares com pastagens
implantadas, e voltadas para a atividade Pecuária.
Destas áreas, aproximadamente 80 % encontram-se em estágio de degradação, com lotações animais não
superiores a 0,5 unidades animais por hectare, com produções de aproximadamente 45 Kg de carcaça, resultando em
R$ 120,00 por hectare por ano.
Devido a isto, é que através de trabalhos de pesquisa voltados para extensão e destinados às áreas de
manejo de solos e de pastagens, será possível a avaliação de resposta das gramíneas em função dos sistemas de
manejos utilizados, quanto ao crescimento de raízes (CR) e produção de matéria seca (MS); avaliação dos efeitos sobre
características químicas e físicas do solo, especialmente por observações das densidades, compactação, relação entre
micro e macroporos e agregados; e avaliação da rentabilidade alcançada; em função do manejo, da seqüência de
adubações NPK e das lotações animais utilizadas nas pastagens.
Têm-se dados relativos à resposta de calagem, nitrogênio, fósforo, potássio e lotações animais relativos à
planta, porém, necessitamos ainda de muitas informações referentes à associação de todos estes fatores a campo,
porque, esta interação é que nos determinará o máximo benefício obtido, tanto na parte física e química do solo, da
planta e do produtor rural.
Conforme dito anteriormente, as propriedades rurais se encontram em uma situação difícil, onde, as
produtividades são muito baixas. Para sanarem este problema, muitos proprietários têm buscado uma solução através
da adubação de pastagens, para aumentar sua rentabilidade. Porém, é preciso alcançar uma máxima rentabilidade
associada ao máximo efeito positivo sobre o solo, a planta e o animal.
Sabemos que, para isto ocorrer torna-se necessária uma boa correção da acidez, um bom manejo de
pastagens e adubações NPK e micros, economicamente viáveis.
Vários experimentos de adubação de gramíneas forrageiras já foram conduzidos, e de maneira geral, a
calagem, quando realizada corretamente, além de elevar o pH do solo, fornece Ca e Mg, aumenta a disponibilidade de
P e de Mo, neutraliza o Al e reduz a disponibilidade de Mn e de Fe que, em excesso, tornam-se tóxicos para as plantas.
Por outro lado, a aplicação de calcário em excesso reduz a disponibilidade de alguns micronutrientes (zinco, boro,
cobre), podendo causar sua deficiência, além de dificultar a absorção de potássio e desestruturar certos solos através
da dispersão da fase sólida (vários autores citados por Saraiva, 1990), e em se tratando da Brachiária Brizantha
(Hochst) Stapf. cv marandú o índice de saturação por bases ideal e a (V %) de 70 %(M.C.P. da Cruz et al., 1994).
E para que haja um melhor aproveitamento da capacidade produtiva de uma pastagem são necessárias a
determinação do esquema de pastejo mais adequado e a carga ideal que essa pastagem suporta sem que haja
degradação (A. C. da G. Rodriguez e A. Cadima-Zevallos, 1991). A interação esquema e carga determinam a
intensidade de desfolha, que refletirá no crescimento do sistema radicular.
Em conseqüência disso, quanto maior for a intensidade de desfolha, menor será a produção de raízes (Dovrat
et al., 1980; Ennik E. Hofman, 1983; Deinum, 1985). Um sistema radicular bem desenvolvido, principalmente pelo
aumento da superfície dos pêlos radiculares, permitirá que um maior volume de solo seja explorado, aumentando a
capacidade de absorção de água e nutrientes (Clarkson, 1985; Noordwijk & Willingen, 1987) necessários para a rebrota
da massa foliar e, conseqüentemente, na manutenção da disponibilidade de pasto.
De uma maneira geral, o P é considerado o elemento mais limitante ao crescimento das forrageiras, por estar
abaixo dos níveis críticos nos solos tropicais. Por outro lado, em pastagens formadas exclusivamente por gramíneas, o
N é, geralmente, um dos principais nutrientes limitantes na produtividade (vários autores citados por M. de A. Lira et
al., 1994).

Material e métodos
O experimento foi conduzido na Fazenda Cuiabá, propriedade localizada no município de Anaurilândia, Estado
de Mato Grosso do Sul, cuja localização está compreendida pelas coordenadas de 22o 05’ de Latitude S. e 52o 35’ de
Longitude W. Greenwich, com altitude média de 361 metros acima do nível do mar, onde, a atividade rural é a pecuária
de corte com ciclo completo (cria, recria e engorda). O solo da região é um Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico,
textura média, sob cerrado, com topografia relativamente plana, estando entre zero e 2 % de declividade. Esta área
que originalmente era sob vegetação de cerrados, vem sendo explorada com a utilização de pastagens, sendo estas de
brachiária brizantha e de brachiária decumbens.
As áreas estudadas foram, as constituídas de brachiária brizantha, sendo estas divididas em três módulos de
15 hectares cada, e cada módulo dividido em 8 piquetes. Estas áreas foram denominadas de: Testemunha (com
correção e sem adubação), Rotacionado 3 (com correção e 1o. ano de adubação), e por último Rotacionado 2 (com
correção e 2o. ano de adubação). O manejo utilizado foi o de ocupação dos piquetes pelos animais por cinco dias, com
período de descanso da planta com 35 dias, totalizando um ciclo de pastejo de 40 dias.
Pelo método de saturação em bases é que foram determinadas as quantidades de calcário aplicadas, e estas
quantidades foram de 6 ton/ha, pois, a V % foi estipulada para ser elevada a 70 %. Devido ao manejo da propriedade
para aplicação de insumos, ser o de aplicação em cobertura, às quantidades de calcário aplicadas, não excederam a 3
ton/ha/ano/área. Portanto, para o ano de 1999 foram aplicados 3 ton.ha-1 de calcário para cada área, e para o ano de
2000, a aplicação foi de mais 3 ton/ha para a área do Rotacionado 2, que resultou em uma aplicação total de 6 ton.ha-
1
.
Com relação à adubação, no ano de 1999, o Rotacionado 2, recebeu adubações por hectare de 200 Kg de
nitrogênio, 90 Kg de fósforo e 90 Kg de potássio. Já para o ano de 2000, ambas as áreas, o Rotacionado 2 e o
Rotacionado 3, receberam adubações por hectare de 200 Kg de nitrogênio, 90 Kg de fósforo, e 90 Kg de potássio.
Portanto, o Rotacionado 2, ao longo do tempo, recebeu um total por hectare de 400 Kg de nitrogênio, 180 Kg de
fósforo e 180 Kg de potássio.
Estas quantidades anuais de adubos foram determinadas por serem os níveis mais economicamente viáveis
para o produtor.
Para uma melhor avaliação, os dados relativos à análise química são demonstrados na tabela 1, enquanto
que, a análise física se apresenta da seguinte forma: Areia (g/kg): 662,0; Silte (g/kg): 115,0; Argila (g/kg): 223,0; e
classe textural média arenosa.
Os tratamentos experimentais foram, portanto, a área Testemunha com aplicação de 3 ton.ha-1 de calcário; a
área Rotacionado 3, com aplicação de 3 ton.ha-1 de calcário mais adubação de 1o ano constituída de 200 Kg de N, 90
Kg de P e 90 Kg de K por hectare; e a área Rotacionado 2, com aplicação de 3 ton.ha-1 de calcário mais adubação de 2o
ano constituída de 200 Kg de N, 90 Kg de P e 90 Kg de K por hectare (1o ano com aplicação de 3 ton.ha-1 de calcário
mais adubação constituída de 200 Kg de N, 90 Kg de P e 90 Kg de K por hectare).
Em todos os tratamentos a aplicação de insumos foi realizada em cobertura, com trator MF 65 X. Para a
aplicação do calcário, o implemento utilizado foi a calcariadeira Spander 5.5, e para a aplicação de adubos foi a
adubadeira Fertilance.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos inteiramente casualizados, com quatro repetições e
quatro profundidades, totalizando 48 parcelas para a amostragem de solos. E para a amostragem de forragens a coleta
foi em relação a duas datas, perfazendo um total de 24 parcelas.
Os materiais de solo amostrados para as análises físicas e químicas foram coletados entre a pastagem, com
um cilindro volumétrico com diâmetro de 4,98 cm e altura de 5,3 cm. Para a avaliação do crescimento de raiz a coleta
foi realizada com um quadrado de ferro de 20 X 20 cm de lado e 5 cm de altura, procedendo-se uma amostragem
simples por parcela, sempre ao acaso. Para as análises físicas e de raízes os materiais de solo foram amostrados às
profundidades de 0 a 5 cm, de 5 a 10 cm, de 10 a 15 cm e de 15 a 20 cm.
Com relação à coleta de forragem, esta foi realizada a altura do solo, com a utilização de um quadrado de 50
X 50 cm.
As densidades do solo e de partículas foram determinadas pelos seguintes métodos: densidade do solo, pelo
método do anel ou cilindro volumétrico, de acordo com Blake (1968); densidade de partículas, pelo método do frasco
ou balão volumétrico, de acordo com Oliveira e Paula (1979).
Com relação à porosidade total (Pt) esta foi determinada a partir dos valores de densidade do solo e de partículas, de
acordo com a metodologia descrita por Oliveira e Paula (1979).
A produtividade de matéria seca (MS) foi dada em Kg.ha-1, com a secagem do material colhido, em estufa por
72 horas a 65o centígrados. E o cálculo para o teste de média foi o fatorial.
A avaliação do comprimento de raízes foi realizada por volume de solo, sendo também utilizada uma
adaptação da metodologia descrita por Marsh (1971) e por Tennant (1975), com o uso do volume de solo contido nas
profundidades pré-determinadas, e de uma grade com malha de 3 centímetros de lado para contagem das intersecções
das raízes com as linhas das malhas. Com base no número de intersecções, o comprimento de raízes foi dado pela
expressão:
C = N X L X ( 11 / 14 )
Em que,
C = Comprimento das raízes, cm;
N = Número de intersecções;
L = Lado da malha, em cm.

Com relação à análise de rentabilidade determinou-se uma moeda fixa, sendo esta, em arrobas. Os custos e
as produções foram referentes aos anos de 1999 e 2000, sendo a lucratividade obtida da diferença entre a produção e
o custo, e o retorno sobre a adubação, pelo seguinte cálculo:
Retorno=(Lucratividade X 100) / produção sem investimento.

Resultados e discussão
Os resultados da análise do solo encontram-se na tabela 1, mostrando uma seqüência de adubações iniciada
no ano de 1999, e sendo avaliada até o ano de 2000.
Na tabela 2, têm-se os dados médios referentes à densidade do solo e a porosidade total em diferentes
profundidades, e estes nos mostraram uma grande tendência para a melhora na física do solo, com a diminuição da
densidade do solo e o aumento da porosidade total na camada de 0 a 5 cm, fato este, explicado pela aplicação de
nutrientes ser totalmente em superfície.
Com relação ao comprimento de raízes o mesmo pôde ser observado na tabela 3, porém, com os efeitos do
aumento do número de raízes por metro quadrado de solo se estendendo para a camada de 5 a 10 cm. Isto nos mostra
que os resultados referenciados acima são totalmente dependentes da seqüência de adubações.
Já na tabela 4 pôde ser observada a produção por hectare de matéria seca, coletada em duas datas, onde, a
diferença entre a testemunha e os outros sistemas existiram, porém, entre os sistemas adubados esta diferença foi
menor, devido à quantidade do nutriente aplicado por parcela ser o mesmo. Outro fator observado foi à diferença para
uma menor produção no sistema com adubação de 2o. ano, justificado pelo maior número de animais na área em
relação ao sistema de 1o. ano de adubação.
Com a seqüência de adubações a densidade do solo e a porosidade total do solo apresentaram diferença
significativa a 5 %, entre sistemas na camada de 0 a 5 cm como mostrado nas tabela 5 e tabela 6, o mesmo aconteceu
para o crescimento de raízes, com diferença significativa 1 %, e conforme a tabela 7 este efeito se estendeu para a
camada de 5 a 10 cm, o que nos mostra a resposta positiva da planta quando os níveis de fertilidade do solo
aumentam. A tabela 8 apresenta dados relativos à produção de matéria seca, calculado em fatorial, com respostas
superiores em produção nos sistemas com adubação em relação ao sistema Testemunha, e não apresentando diferença
significativa entre os sistemas adubados, isto se justifica pela quantidade aplicada do nutriente nitrogenado ter sido o
mesmo, porém, existe a tendência de uma melhora de produção de um sobre o outro em função da seqüência de
adubações.
Os anos de 1999 e 2000 foram críticos para utilização de adubação, devido a pluviosidade anual não ter
excedido os 1000 milímetros de chuva, sendo que para uma boa produção da gramínea esta pluviosidade deveria ser
acima dos 1400 milímetros. O gráfico 1 nos mostra a pluviosidade obtida nos três anos antecedentes ao ensaio, com
chuvas irregulares, o que acarretou em baixas produções de matéria seca e conseqüentemente baixas produções em
arrobas por hectare.
Os custos em arrobas relativos à adubação, o número de unidades animais (U.As), as produções em arrobas,
as lucratividades em arrobas e os retornos sobre as adubações em porcentagem por hectare são mostrados nos
gráficos 2 e gráfico 3, e o que pode ser observado é que existe a tendência de aumento para o número de U.As, para
as produções, para a lucratividade e para o retorno sobre a adubação por hectare. O dado negativo referente ao
retorno sobre a adubação para o R3 (com correção e 1o. ano de adubação), foi devido ao dado de produção inicial sem
investimento em arrobas ser de 3,89 @, e a produção alcançada por este sistema ter sido inferior à produção sem
investimento.
Mas fica claro que com a resposta obtida no sistema R2 (com correção e 2o. ano de adubação), o processo de
adubação de pastagens e extremamente viável, desde que, se utilize a seqüência de adubações.

Conclusões
1. Comprovou-se que a seqüência de adubações possibilitou um aumento na carga animal, no crescimento de
raízes, na produção de matéria seca e conseqüentemente no ganho por hectare;
2. Existe uma tendência na melhora da densidade do solo e na porosidade total;
3. Houve uma resposta positiva em termos de lucratividade e retorno sobre a adubação.

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p. 77-91.
Anexos
Tabela 1. Análise química de solo da fazenda Cuiabá.

Básica

Testemunha Rotacionado 3 Rotacionado 2


(Correção) (Corr. + Adub. 1o ano) (Corr. + Adub. 2o ano)

Elementos Teor

PH em CaCl2 4,0 4,3 4,7

M.O. (g/dm3) 30 30 31

Cálcio (mmolc/dm3) 4 12 18

Magnésio (mmolc/dm3) 3 11 18

Potássio (mmolc/dm3) 0,5 1,3 1,0

Fósforo (mg/dm3) 6 10 11

SB (mmolc/dm3) 8 24 37

(M %) 25 14 6

CTC (mmolc/dm3) 93 86 80

(V %) 8 28 46

Tabela 2: Dados médios de quatro repetições de Densidade do solo e porosidade


total em diferentes profundidades.

Profundidade Porosidade Total


Sistemas Densidade do Solo
(cm) Pt (%)

0–5 1,246 50,77


Testemunha 5 - 10 1,367 45,99
(Correção) 10 – 15 1,427 43,82
15 – 20 1,416 44,95

0–5 1,445 44,89


R3 5 - 10 1,340 47,15
o
(Corr. + Adub. 1 ano) 10 – 15 1,438 45,22
15 – 20 1,418 46,12
0–5 1,158 53,78
R2 5 - 10 1,295 49,69
o
(Corr. + Adub. 2 ano) 10 – 15 1,449 43,88
15 – 20 1,430 42,83
Tabela 3: Comprimento de raízes médio de quatro repetições por m2 em diferentes
profundidades.
Profundidade Compri/o de Raízes
Sistemas Data da Coleta
(cm) (m.m-2)

0–5 2.583,24
Testemunha 5 - 10 1.106,85
24 / 09 / 2001
(Correção) 10 – 15 987,59
15 – 20 881,25

0–5 1.617,15
R3 5 - 10 1.286,92
o
24 / 09 / 2001
(Corr. + Adub. 1 ano) 10 – 15 830,12
15 – 20 812,13

0–5 3.307,05
R2 5 - 10 1.699,80
o
24 / 09 / 2001
(Corr. + Adub. 2 ano) 10 – 15 1.196,00
15 – 20 895,94

Tabela 4: Produção de matéria seca média de quatro repetições em diferentes


épocas.

Datas de Coleta
Sistemas 24 / 09 / 2001 01 / 11 / 2001 Média

Peso MS (Kg.ha-1)

Testemunha
2.020,0 2.918,0 2.469,0
(Correção)
R3
5.780,0 6.285,0 6.032,0
(Corr. + Adub. 1o ano)

R2
5.580 4.703,0 5.141,5
(Corr. + Adub. 2o ano)

Média 4.460,0 4.635,0 4.547,5


Tabela 5: Resultados médios de densidade do solo associado às profundidades
estudadas.

Profundidade (cm )
Sistemas
0a5 5 a 10 10 a 15 15 a 20
Testemunha (Correção) 1,25 b 1,37 a 1,43 a 1,42 a
o
R3 (Corr. + Adub. 1 . ano) 1,45 a 1,40 a 1,44 a 1,42 a
o
R2 (Corr. + Adub. 2 . ano) 1,16 b 1,29 a 1,45 a 1,43 a
Letras diferentes na linha indicam diferença significativa entre médias, de acordo com o teste
de Tukey a 5 %.

Tabela 6: Resultados médios de porosidade total do solo associado às profundidades


estudadas.

Profundidade (cm)
Sistemas
0a5 5 a 10 10 a 15 15 a 20
Testemunha (Correção) 50,77 a 45,99 a 43,82 a 44,95 a
R3 (Corr. + Adub. 1o. ano) 44,89 b 47,18 a 45,22 a 46,12 a
R2 (Corr. + Adub. 2o. ano) 53,78 a 49,69 a 43,88 a 42,83 a
Letras diferentes na linha indicam diferença significativa entre médias, de acordo com o teste
de Tukey a 1 %.

Tabela 7: Resultados médios de comprimento de raízes, associado às profundidades


estudadas.

Profundidade (cm) Compri/o de Raízes (m.m-2)

0–5 626 a
5 - 10 341 b
10 – 15 251 b
15 – 20 216 b
Letras diferentes na linha indicam diferença significativa entre médias, de acordo com o teste
de Tukey a 5 %.
Tabela 8: Resultados médios de produção de MS associado aos sistemas estudados

Sistemas Produção de MS (Kg.ha-1)

Testemunha (Correção) 2.469 b


R3 (Corr. + Adub. 1o. ano) 6.032 a
o
R2 (Corr. + Adub. 2 . ano) 5.141 a
Letras diferentes na linha indicam diferença significativa entre médias, de acordo com o teste
de Tukey a 5 %.

Gráfico 1: Pluviosidade obtida em três anos.


350 1998
321 1999
300 2000

271 273
250

209
200
188
175
150 149
132 136
129

100 100 96
93 88
80

50 57 57
49
27 30
11 11
6
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Gráfico 2: Análise de rentabilidade para o ano de 1999.

19,28
20,00 1999 Testemunha
R3 (Adub. 1o ano)
18,00 R2 (Adub. 2o ano)
15,83
16,00

14,00

11,19
12,00

10,00

8,00
6,20

6,00
4,13 4,13 4,64
3,96 3,96
4,00 2,23
1,80
2,00 0,56 0,56
0,00 0,00
0,00
Custo U.As.ha-1 Produção ( @ ) Lucratividade ( @ ) Retorno sobre a
Adubação ( % )
Gráfico 3: Análise de rentabilidade para o ano de 2000.

132,65
140,00 2000 Testemunha
R3 (Adub. 1o ano)
120,00 R2 (Adub. 2o ano)
96,14
100,00

80,00

60,00

40,00
22,47
15,69
13,30 13,42 7,63
20,00 7,63 9,05
0,00 1,08 2,43 2,76 2,39

0,00

-20,00
-38,56

-40,00
Custo U.As.ha-1 Produção ( @ ) Lucratividade ( @ ) Retorno sobre a
Adubação ( % )

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