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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
DEPARTAMENTO DE EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO DO PNSP
PLANO ESTRATÉGICO
DO ESTADO DO AMAPÁ
MACAPÁ – AP
Julho de 2005
Plano Estratégico elaborado por:
ATO DE APROVAÇÃO
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3. O trabalho prosseguiu até julho de 2005, em uma série de reuniões do Grupo de Controle,
principalmente em Brasília / DF, mas também em Maceió / AL, Manaus / AM, Cuiabá / MT,
Salvador / BA e Rio de Janeiro / RJ, devendo-se ressaltar que, em todas essas ocasiões, contou-
se com o apoio integral e inestimável, tanto para o labor quanto para o lazer e a administração,
dos Corpos de Bombeiros e/ou Polícias Militares dessas diferentes Unidades da Federação, nas
pessoas de seus Comandantes – Gerais, Oficiais e Praças, aos quais cumpre registrar aqui os
agradecimentos de todos os participantes do trabalho. E por um dever de justiça, cabe destacar
também a forma impecável como a equipe da SENASP / MJ soube coordenar a complexa tarefa
de, em mais de uma dezena de vezes, coordenar os deslocamentos dos integrantes do Grupo de
Controle de e para seus Estados de origem, recepcioná-los, hospedá-los e prover-lhes toda a
orientação técnica e administrativa imprescindível a esses períodos de distanciamento de seus
domicílios.
O cronograma de reuniões foi traçado em função das Fases e Etapas em que se divide
a Metodologia, a seguir descritas de maneira sumária.
4. A primeira Fase, denominada Identificação do Sistema, consistiu no levantamento, pelos
CBM, dos Dados Fundamentais de cada um deles, a saber, Histórico, Negócio, Missão, Visão,
Valores, Fatores Críticos de Sucesso, Políticas, Objetivos Estratégicos, Estratégias, Metas e
Planos em vigor, de forma a prover uma imagem de suas situações reais, àquele momento.
Nos aspectos econômicos, o Brasil, desde a edição do Plano Real, em 1994, passou a
apresentar baixos índices inflacionários, apesar de, nos dez anos seguintes, uma série de fatos
relevantes, nos cenários internacional e nacional, ter levado a economia a enfrentar sucessivos
sobressaltos. Em 2004, no entanto, o País apresentou um crescimento do PIB da ordem de 5%
e continuou com a inflação controlada. As previsões econômicas para os anos seguintes se
confirmaram, tendo sido mantida a taxa de inflação anual de apenas um dígito, favorecendo o
crescimento e o desenvolvimento econômico.
No que tange à energia, recorde-se que, em 2001, o sistema elétrico do Brasil esteve à
beira de um colapso. Como resposta, o Governo Federal adotou medidas para redução do
consumo de energia elétrica, bem como programas de produção e distribuição de forma
otimizada.
A partir de 2004, em função de uma consistente retomada do crescimento econômico,
sobreveio um aumento da demanda de energia elétrica, que a oferta não pôde acompanhar.
Quanto à malha rodoviária, por longos anos, milhares de vidas vinham sendo ceifadas
em acidentes rodoviários, por força de diferentes fatores, um dos quais era o mau estado de
conservação das estradas. Dentre os diferentes tipos de desastres, destacavam-se os que
envolviam veículos de transporte de cargas perigosas, como combustíveis e agrotóxicos, pelos
danos ambientais que provocavam, e os que acarretavam o aprisionamento de pessoas em
ferragens. Embora o problema exigisse soluções de longo prazo, demandando grande volume
de recursos de toda ordem, os órgãos governamentais responsáveis por essa área equacionaram
adequadamente o problema, de sorte que foram melhoradas as condições da malha rodoviária
brasileira, o que promoveu uma sensível redução no número de acidentes.
Com respeito à Ciência & Tecnologia, o Governo Brasileiro, desejoso de projetar mais
acentuadamente a imagem do Brasil no cenário mundial, considerou que, para respaldar essa
pretensão, seria essencial que o País demonstrasse, paralelamente, um elevado nível de
desenvolvimento econômico e social, e, para tanto, um fator crítico de sucesso seria o
investimento prévio e maciço em ciência e tecnologia, aplicado a todas as áreas de atividade
humana. Em conseqüência, houve um substancial aumento dos investimentos em ciência e
tecnologia no País.
No campo do Turismo, cabe recordar que a grande aptidão do Brasil para essa
atividade já vinha sendo explorada em praticamente todos os Estados, embora não ainda em
toda a sua plenitude, tanto que, até 2004, o volume de entrada de turistas ainda era considerado
relativamente reduzido, em face das potencialidades do País. Entretanto, os Governos Federal,
Estaduais e Municipais passaram a incentivar a exploração mais intensa desse setor, o que levou
a um aumento de 50% no volume de ingresso de turistas no Brasil, no último qüinqüênio, em
relação ao ano de 2005.
No campo social, em 2001 o Brasil ocupava a 65ª colocação, dentre 175 países, no
“ranking” da ONU sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esse indicador engloba
três dados, quantificados segundo um mesmo nível de importância: o PIB per capita, corrigido
pelo poder de compra da moeda de cada país, a longevidade (expectativa de vida ao nascer) e
a educação (índice de analfabetismo e taxas de matrícula em todos os níveis). O Brasil se
dedicou ao aprimoramento de cada um deles, em que pesem, para esse fim, as grandes
necessidades de recursos e os longos prazos exigidos para sua aplicação. Como resultado dessas
ações, o IDH brasileiro atingiu valores mais elevados, que permitiram ao País situar-se entre os
primeiros quarenta países do “ranking”.
Essa melhoria dos indicadores sociais favoreceu, para os Governos Federal, Estaduais
e Municipais, o aprimoramento das políticas de ocupação dos espaços urbanos, reduzindo os
efeitos danosos da verticalização acentuada das edificações e o aumento do número de
habitações em áreas de risco. Isso permitiu reverter o quadro de crescimento desordenado das
cidades, que se apresentava calamitoso ao início do século XXI.
Os dois aspectos citados anteriormente – melhoria dos indicadores sociais e reversão
do crescimento urbano desordenado – tiveram grandes reflexos sobre os níveis de violência
urbana, em particular nas cidades de grande porte, facilitando o resgate, pelos órgãos públicos,
da sensação de segurança para os cidadãos. Paralelamente, obtiveram sucesso os muitos
projetos de ação social, na maioria de natureza comunitária, alguns conduzidos por órgãos
responsáveis pela segurança pública, com vistas a contribuir para o atendimento de parte das
imensas carências sociais da população, e, consequentemente, para a prevenção e a redução
dos níveis de violência, o que efetivamente ocorreu.
1. Histórico
Em 1968, devido um grande incêndio ocorrido na zona comercial de Macapá, constatou-se a
necessidade de implantar um serviço especializado de combate a incêndio no então Território
Federal do Amapá.
Considerando que a Prefeitura de Macapá possuía alguns equipamentos de extinção a incêndios
e um número de funcionários com alguma experiência para o serviço, foi celebrado um
convênio entre o Governo do Território e a Prefeitura de Macapá, para a implantação do
GRUPAMENTO DE COMBATE A INCÊNDIO - GRUCI. A partir daquela data o novo
serviço atenderia todas as necessidades que surgissem não só na Capital, como em outros locais
do Território.
Com a criação da Polícia Militar do Amapá - PMAP, em 1975, o GRUCI passou a ser
subordinado diretamente ao Governo do Território do Amapá, comandando por aquela Força
Auxiliar, e os seus componentes passaram a compor o GRUPAMENTO DE INCÊNDIO - GI.
Em 1992, através da Lei n.º 025 de 09 de Julho, publicada no Diário Oficial n.º 380/92, foi
criado o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá - CBMAP, tornando-se, através deste ato, uma
instituição com autonomia funcional e administrativa subordinada ao Governador do Estado.
Podendo dirigir seu próprio rumo, especializando e aperfeiçoando seus recursos humanos,
adquirindo equipamentos e materiais especializados, observou-se na Organização um
crescimento extraordinário nas áreas de Prevenção e Combate a Incêndios, Busca e Salvamento,
Atendimento Pré-hospitalar e Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico.
Atualmente, em virtude da falta de um adequado planejamento estratégico, bem como de
escassos recursos financeiros, a Instituição está passando por dificuldades administrativas e
operacionais, necessitando, portanto, de uma reavaliação de suas Políticas, Objetivos,
Estratégias e Metas Corporativas, visando atender, satisfatoriamente, às demandas da
Sociedade Amapaense.
2. Negócio
Proteção da vida e do patrimônio.
3. Missão
Planejar, organizar, coordenar e controlar, no âmbito do Estado do Amapá, ações de Defesa
Civil, Prevenção e Combate à Incêndios, Busca e Salvamento, Atendimento Pré-hospitalar e
Serviço de Segurança Contra Incêndio e Pânico, executando-as com eficiência, visando
proteger a vida e o patrimônio do cidadão amapaense, para o bem estar comum.
4. Visão
Tornar-se uma Organização proativa, de referência nacional, reconhecida pela sua eficiência
administrativa e operacional, mantendo-se com alto grau de credibilidade perante à população.
5. Valores
5.1 - Ética
Agir com responsabilidade, moralidade, lealdade e respeito às normas.
5.2 - Eficiência
Capacidade da Organização fazer o melhor ao menor custo.
5.3 - Qualidade
Assegurar a execução dos serviços prestados com qualidade, buscando padrões de excelência
5.4 - Comprometimento Institucional
Cumprimento do dever, por meio do alto nível de engajamento, de vontade e de amor com a
instituição.
5.5 - Determinação
Agir com destemor, convicção e constância de propósitos na execução das ações de proteção
da vida e do patrimônio.
5.6 - Empreendedorismo
Capacidade de realizar, de ousar novas formas de trabalho e de ações, mas com
responsabilidade e respeito ao cidadão e à "coisa pública".
5.7 - Hierarquia
Ordenação da autoridade em níveis estruturais de direção, apoio e execução, de forma a permitir
a consecução dos serviços através de comando e subordinação.
5.8 - Disciplina
Rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições,
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos
componentes da organização, manifestada pela: correção de atitudes; obediência pronta às
ordens dos superiores hierárquicos; dedicação ao serviço; colaboração espontânea a disciplina
coletiva e a eficiência da instituição; consciência das responsabilidades; e rigorosa observância
das prescrições regulamentares.
6. Fatores Críticos de Sucesso Corporativos
6.1 - Recursos Humanos Qualificados
A atividade de bombeiro, que trabalha com a proteção da VIDA, bem maior do ser humano,
EXIGE que seus integrantes estejam motivados e qualificados adequadamente nas diversas
ações operacionalizadas pela Instituição.
6.2 - Recursos Materiais
O Corpo de Bombeiros, que trabalha com a proteção da VIDA e do patrimônio, NECESSITA
POSSUIR equipamentos específicos e adequados a cada uma de suas ações, para cumprir de
forma eficiente sua missão.
6.3 - Recursos Financeiros
Para suportar a capacitação técnica de seu efetivo e a aquisição de equipamentos para a
operacionalização das ações constantes na missão da instituição, na grande maioria das vezes
de elevado custo, é necessário um alto aporte financeiro, não só do governo estadual, mas do
governo federal, bem como de outras instituições nacionais e internacionais.
6.4 - Legislação pertinente e específica
Uma instituição com este âmbito de atuação e importância, que muitas das vezes, para o bom
cumprimento de sua missão, necessita nortear as ações e exigências normativas no âmbito da
missão da instituição, é imprescindível que esteja, não só legitimamente, mas LEGALMENTE
RESPALDADA perante a Sociedade.
7. Políticas Corporativas
7.1 - Priorizar as ações de prevenção e de preparação contra sinistros
Priorizar as ações de prevenção e de preparação contra sinistros, disponibilizando, sempre que
possível, recursos humanos e materiais necessários a essas ações permanentes. Melhor prevenir
do que remediar.
7.2 - Coibir desvio de função.
Manter os integrantes da Instituição em Quadro Organizacional Bombeiro Militar. Evitar a
função clandestina, caracterizada por não constar nas atribuições constitucionais e
regulamentares da corporação.
7.3 - Fortalecer as ações de Defesa Civil
Fortalecer as ações de defesa civil, socializando e implementando sua doutrina nacional, ou
seja: ações de prevenção de desastres, preparação para emergências e desastres, resposta aos
desastres, e reconstrução.
7.4 - Decidir priorizando critérios técnicos
A atividade de bombeiro é muito técnica, portanto necessita que nas decisões sejam utilizados
critérios técnicos, diminuindo assim a probabilidade de erro.
7.5 - Integrar para otimização de recursos
Integrar, sempre que possível, com órgãos que atuem em área de interesse da corporação,
utilizando instrumentos de parcerias como: cooperações técnicas e convênios, visando
operacionalizar ações em conjunto, otimizando recursos humanos, materiais e financeiros.
7.6 - Valorizar recursos humanos
Especializar todo o efetivo nas diversas áreas de atuação da Organização; ofertar apoio social
aos seus integrantes, com serviço médico, odontológico, e psicossocial; proporcionar
capacitação física; e melhorar as condições de ambiente de trabalho.
7.7 - Priorizar lotação de pessoal na atividade fim.
A instituição necessariamente existe para o trabalho operacional
7.8 - Planejar e controlar para atuar com eficiência e qualidade
Planejar o desempenho administrativo e operacional, adotando medidas de controle e avaliação.
7.9 - Enfatizar a real necessidade e importância de nossa existência
Manter a imagem da Organização perante a Sociedade Amapaense.