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Relatório Parcial do Projeto

Capacitação Básica em Defesa Civil


Ação: Plano de Formação Continuada
em Defesa Civil
1
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres

Relatório Parcial do Projeto


Capacitação Básica em Defesa Civil
Ação: Plano de Formação Continuada
em Defesa Civil

CEPED UFSC
Florianópolis, 2012
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PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Excelentíssima Senhora Dilma Vana Rousseff
MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Excelentíssimo Senhor Fernando Bezerra de Souza Coelho
SECRETÁRIO NACIONAL DE DEFESA CIVIL
Excelentíssimo Senhor Humberto de Azevedo Viana Filho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina
Professor Álvaro Toubes Prata, Dr.
Diretor do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina
Professor Edson da Rosa, Dr.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES


Diretor Geral
Professor Antônio Edésio Jungles, Dr.
Diretor Técnico e de Ensino
Professor Marcos Baptista Lopez Dalmau, Dr.
Diretor de Articulação Institucional
Professor Irapuan Paulino Leite, Msc.

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA


Superintendente Geral
Professor Pedro da Costa Araújo, Dr

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1. PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM DEFESA CIVIL

1.1. Contextualização e justificativa

O número de mortes em decorrência de desastres aumentou significativamente no


Brasil nos últimos anos. Para enfrentá-los, é necessário que a sociedade civil e os
agentes de Defesa Civil estejam capacitados para identificar e gerenciar os riscos. A
capacitação se configura, portanto, como um dos eixos estratégicos do Sistema
Nacional de Defesa Civil para atuar eficientemente na redução de riscos de
desastres e na gestão destas ocorrências.

Anualmente, a Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC) oferece cursos e


oficinas para atender este objetivo. De conteúdos básicos de Defesa Civil a assuntos
específicos para gestores na área, os cursos eram ofertados por demanda aleatória,
conforme os planos anuais ou bianuais da instituição. Verificou-se, ainda, que os
conteúdos básicos de formação da SEDEC estavam defasados, inviabilizando a
atuação eficaz de seus agentes e da população nas diferentes etapas da gestão dos
riscos e dos desastres. Para acompanhar as políticas mundiais e as organizações
internacionais que tratam do tema, tornou-se necessário viabilizar a atualização
dos conceitos e dos debates.

A identificação destes aspectos no processo de formação dos seus agentes


fomentou o desenvolvimento do projeto “Plano Formação Continuada em Defesa
Civil”. Junto ao Centro de Pesquisas sobre Desastres da Universidade de Santa
Catarina (CEPED UFSC), este projeto viabilizou a elaboração de um plano de
formação continuada em Defesa Civil, a ser implementado em território nacional
entre os anos de 2012 e 2015.

Além da construção de um programa sistemático e racional de oferta dos cursos


para atender as demandas dos estados e municípios, o projeto teve como objetivo a
revisão de conteúdos, a fim de adequá-los às novas terminologias e tendências em
gestão de riscos de desastres. Para tanto, validou-se estes processos por meio da

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realização de reuniões com técnicos e pesquisadores, visando agregar diferentes
perspectivas sobre o plano.

Apresenta-se, neste relatório, a metodologia de elaboração do plano; a proposta


de conteúdo e estrutura; ementas, carga horária, bibliografias e modalidade de
ensino de cada módulo proposto; cronograma de execução do plano; avaliação de
resultados do projeto. Na avaliação dos resultados, o CEPED UFSC faz contribuições
ao plano consolidado pelas reuniões, sugerindo algumas complementações ao
mesmo.

1.2. Metodologia de Elaboração do Plano

Para elaboração do Plano, o projeto tinha a previsão de reuniões em Brasília com o


objetivo consolidar o Plano junto a um grupo de pesquisadores e profissionais
selecionados pela SEDEC.

De acordo com o cronograma proposto, a primeira reunião seria destinada à


definição de conteúdos e modalidade de ensino, sugestões de autores e de
referências bibliográficas. Na segunda reunião, o grupo deveria validar os
conteúdos sugeridos na primeira reunião e fechar um cronograma de execução do
Plano com a definição de critérios de inscrição dos alunos.

Durante o processo de execução do projeto foram realizadas, entretanto, duas


reuniões em Brasília (No anexo I consta a programação e lista de presença das
duas reuniões realizadas). Participaram destes encontros em torno de 15
profissionais da área de Defesa Civil e áreas relacionadas, pesquisadores dos
CEPEDs, professores e representantes de órgãos públicos.

As reuniões foram organizadas pela SEDEC na qual utilizavam os debates em grupo


como metodologia para definição dos conteúdos a serem tratados nos cursos de
capacitação. A primeira reunião consolidou uma primeira proposta de conteúdos e
módulos, definiu cargas horárias e modalidades de ensino, sugeriu autores e o
grupo solicitou que as referências bibliográficas fossem enviadas por email. O
plano consolidado na primeira reunião consta em anexo (anexo II). O documento
consolidado com a primeira reunião foi encaminhado aos participantes para suas
sugestões.

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A segunda reunião, na qual foram agregadas as participações de algumas pessoas
que não estiveram presentes no primeiro encontro, tratou, basicamente, de rever os
módulos propostos anteriormente. A SEDEC apresentou, ao final da reunião, a sua
proposta de execução do Plano, que será apresentada neste relatório. A seguir
apresenta-se o Plano consolidado durante a segunda reunião.

A terceira reunião prevista no projeto será realizada no momento da apresentação


deste relatório, com o objetivo de apresentar outras contribuições feitas ao plano.

1.3 Plano de Formação Continuada em Defesa Civil - 2012 a 2015

1) O plano será dividido em 06 (seis) módulos isolados, porém seqüenciais:


1.1. Aspectos estruturantes em Defesa Civil;
1.2. Gestão de riscos;
1.3. Gestão de desastres e ações de recuperação;
1.4. Transferência de recursos financeiros;
1.5. Mobilização social e comunicação de riscos;
1.6. Módulos do Curso de Ações para Redução de Riscos de Desastres
2) Cada módulo terá um conteúdo complementar para formação de instrutores
que possuirá carga horária de 04 horas.
3) O material didático, a ser produzido para cada módulo, deverá conter
ilustrações, vídeos de apoio e exercícios adicionais.

De acordo com o cronograma apresentado pela SEDEC, os conteúdos dos cursos


serão produzidos por especialistas na área no decorrer do ano de 2012. Os autores
deverão seguir a proposta de plano construída pelo grupo de trabalho, durante as
reuniões.
A implementação dos cursos será gerenciada pela SEDEC e deverá seguir o
cronograma proposto pela instituição.
Apresentam-se, a seguir, os módulos estruturados pelo grupo de trabalho. Além
dos conteúdos sugeridos, consta também modalidade de ensino, periodicidade,
órgãos e autores a serem envolvidos na produção do material didático, os quais
foram sugeridos pelo grupo por solicitação da SEDEC.

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MÓDULO 01: ASPECTOS ESTRUTURANTES EM DEFESA CIVIL

Ementa:
Este módulo apresenta os conteúdos introdutórios relacionados à atuação em
Defesa Civil, com enfoque na legislação, na Política Nacional de Defesa Civil e nos
estudos dos desastres no Brasil. Apresenta, também, a estrutura do Sistema
Nacional de Defesa Civil, o ciclo de gestão em Defesa Civil, e a implantação e
atribuições da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC).

Estrutura de Conteúdo

1- Defesa Civil no Brasil:

1.1 Histórico;

1.2 Conceitos;

1.3 Política Nacional de Defesa Civil;

1.4 Legislação.

2- Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC):

2.1 Objetivo e finalidade do SINDEC;

2.2 Estrutura do SINDEC;

2.3 Atribuições dos órgãos de Defesa Civil;

2.4 Políticas de governo associadas às ações de Defesa Civil.

3- Ciclo de Gestão de Defesa Civil

3.1 Prevenção;

3.2 Preparação;

3.3 Resposta;

3.4 Reconstrução.

4- Estudo dos desastres (conceitos e classificações):

4.1 Conceito de desastres, de risco, de ameaça e de vulnerabilidade;

4.2 Classificação, tipologia e codificação de desastres;


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4.3 Análise e classificação de danos e prejuízos;

4.4 Reflexão sobre desastres e aplicação de medidas preventivas.

5- Implantação e operacionalização de uma Coordenadoria Municipal de


Defesa Civil (COMDEC):

5.1 Conceito de COMDEC;

5.2 Requisitos mínimos para a formalização de COMDEC;

5.3 Passos para formalização;

5.4 Órgãos que constituem uma COMDEC;

5.5 Principais atribuições de uma COMDEC;

5.6 Atuação Integrada (articulação intersetorial);

5.7 Critérios para caracterização de situação de emergência e estado de


calamidade pública;

5.8 Registro de ocorrências e fluxo de dados;

5.9 NOPRED e AVADAN.

Modalidade: virtual e presencial.


Público alvo:
Virtual: técnicos e gestores em Defesa Civil, órgãos de apoio, sociedade
e demais interessados;
Presencial: técnicos e gestores em Defesa Civil e instrutores.
Carga horária:
Virtual: 30 horas;
Presencial:
Técnicos e gestores em Defesa Civil: 20 horas;
Instrutores: 24 horas.

Avaliação: freqüência.
Certificação: freqüência mínima de 75%.
Periodicidade: Semestral.
Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC (Secretaria
Nacional de Defesa Civil), CEDEC’s (Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil),
CEPED’s (Centros Universitários de Estudos e Pesquisas sobre Desastres).
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Autores sugeridos para a produção do material didático: Carlos Machado de
Freitas (FIOCRUZ); Alexandre Lucas (COMDEC/BH); Cristianne Antunes (Chefe de
Gabinete da SEDEC).

MÓDULO 02: GESTÃO DE RISCOS

Ementa:
Este módulo apresenta conteúdos básicos sobre as perspectivas de análise dos
riscos de desastre, refletindo sobre o contexto social mais amplo de sua produção.
Apresentam-se os conceitos fundamentais de risco, vulnerabilidade e ameaça, entre
outros, bem como as etapas para a gestão dos riscos com foco na redução de
riscos, na comunicação social e na resiliência.

Estrutura de Conteúdo:
1- Contextualização de riscos de desastres:

1.1 Conceituação: risco, ameaça, vulnerabilidade, percepção de risco, gestão de


risco, etc;

1.2 A sociedade do risco;

1.3 Os desastres no Brasil.

2- Identificação e classificação de riscos:

2.1 Identificação das ameaças/processos;

2.2 Identificação das vulnerabilidades;

2.2.1 Vulnerabilidades Físicas;

2.2.2 Vulnerabilidades Social ;

2.2.2.1 Criança e adolescentes; 2.2.2.2 Idosos; 2.2.2.3


Pessoas com deficiências; 2.2.2.4 Demais grupos sociais

2.2.3 Percepção de riscos

2.2.3.1; Mecanismos de enfrentamento já existentes;

2.2.4 Resiliência.

2.2.5 Exposição

2.3 O uso de indicadores (práticos e acessíveis)

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3- Avaliação de riscos:

3.1 Dimensionamento das ameaças/suscetibilidade/indicadores;

3.2 Dimensionamento da vulnerabilidade/indicadores;

3.3 Dimensionamento da exposição

3.4 Hierarquização dos riscos.

3.5 Recursos

4- Mapeamento de riscos:

4.1 Tipos de mapeamento (escala, zoneamento e cadastro);

4.2 Metodologias consagradas e alternativas para cada processo: escorregamento,


inundação, etc ;

4.3 Noções de geoprocessamento;

5- Estratégias de intervenção

5.1 Estratégias de intervenção: medidas estruturais e não estruturais;

5.2 Importância da implementação das políticas públicas;

5.3 Participação social no processo de decisão;

5.4 Plano Municipal de Redução de Riscos.

6- Monitoramento de Riscos:

6.1 Monitoramento, alerta e alarme (métodos consagrados e alternativos);

6.2 Aparelhamento e apoio logístico;

6.3 Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta: CEMADEN e CENAD.

7- Informação e comunicação de Riscos

7.1 Objetivos;

7.2 Ferramentas.

Modalidade: presencial e semipresencial.


Público alvo:
Presencial: técnicos e gestores em Defesa Civil e instrutores;
Semipresencial: técnicos e gestores em Defesa Civil.
Carga horária:
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Presencial:
Técnicos e gestores em Defesa Civil: 56 horas;
Itens 01 e 05: 08 horas;
Itens 02, 03 e 04: 24 horas;
Itens 07 e 08: 24 horas;
Instrutores: 60 horas;

Semipresencial:
Virtual: 40 horas;
Presencial: 20 horas.
Avaliação: freqüência, avaliação e produto elaborado.
Certificação:
Presencial (itens 02,03 e 04): avaliação do produto (mapa de risco
elaborado em grupo);
Presencial (itens 07 e 08): avaliação do produto (plano de contingência
elaborado em grupo);
Semipresencial (itens de 01 a 08): avaliação do produto (mapa de risco e
plano de contingência).
Periodicidade: Anual.
Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC (Secretaria
Nacional de Defesa Civil), CEDEC’s (Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil),
CEPED’s (Centro Universitários de Estudos e Pesquisas sobre Desastres), CPRM
(Serviço Geológico do Brasil), IPT (Instituo de Pesquisas Tecnológicas), MS (Ministério
da Saúde), Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, ANA
(Agência Nacional de Águas) e MMA (Ministério do Meio Ambiente).

Autores sugeridos para a produção do material didático: Joaquim Toro


(Banco Mundial); Celso Carvalho (Ministério das Cidades); Margareth Alheiros
(UFPE); Luiz Antônio Bressani (UFRGS); Carlos Tucci (UFRGS); Cláudio Amaral
(DRM/RJ); Tânia Sausen (CRS/INPE); Agostinho Ogura (IPT); Sérgio Bezerra
(CEDEC/DF); Dulce Cerutti (MS); Eduardo Soares de Macedo (IPT).

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MÓDULO 03: GESTÃO DE DESASTRES E AÇÕES DE RECUPERAÇÃO

Ementa:
Este módulo apresenta o cenário de desastres no Brasil, enfatizando as ações de
planejamento para enfrentar os eventos adversos. Ações referentes ao socorro e
Assistência, comunicação em situações de desastre, reabilitação e recuperação de
cenários e aspectos administrativos são conteúdos deste módulo. Por fim, ensina-se
o aluno a elaborar planos de contingência como instrumento para a gestão do
desastre.

Estrutura de Conteúdo:
1- Contextualização de desastres:

1.1 Conceitos de desastres;

1.2 Desastres mais freqüentes no País;

1.3 Ocorrências por tipologia nas regiões brasileiras.

2. Ações de preparação

2.1 Definição, conceito e finalidades;

2.2 Planejamento de resposta;

2.2.1 Capacitação dos agentes e das comunidades

2.2.2 Cadastramento e capacitação de voluntariado

2.2.3 Identificação, articulação e definição de atribuição dos atores


intersetoriais e não governamentais

2.2.4 Identificação e catalogação de recursos humanos e materiais

2.2.5 Previsão orçamentária e financeira

2.2.6 Aquisição e armazenamento de materiais de assistência humanitária

2.2.7 Planejamento das campanhas de arrecadação de materiais de


assistência humanitária

2.2.8 Elaboração de planos de contingência

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2. 2.9 Simulado:

2.3 Firmação de convênios e acordos de cooperação

3- Ações de Socorro e Assistência:

3.1 Conceitos

3.2 Acionamento e coordenação dos órgãos envolvidos e voluntários;

3.3 Instalação do sistema de comando e operações

3.2.1 Introdução e finalidade;

3.2.2 Princípios e características;

3.2.3 Estrutura organizacional e principais funções;

3.2.4 Instalações e áreas padronizadas;

3.2.5 Sistema de Comando de Operações (SCO) na prática

3.4 Gerenciamento de abrigos:

3.4.1 Triagem;

3.4.2 Cadastramento de famílias;

3.4.3 Competências intersetoriais;

3.4.4 Estrutura;

2.4.5 Normas de funcionamento;

2.4.6 Manutenção.

2.4.7 Desmobilização

3.5 Ações de atendimento aos públicos de maior vulnerabilidade:

2.4.1 Criança e adolescentes;

2.4.2 Idosos;

2.4.3 Pessoas com deficiência.

4- Comunicação em Desastres:

4.1 Contextualização;

4.2 Dificuldades e impactos durante a crise (identificação de porta voz, material IRP
– Governabilidade);

4.3 Plano de comunicação, alerta e alarme; (radioamador, rede socais, sms, etc)
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4.4 Gestão da Comunicação Social

5- Aspectos administrativos da gestão dos desastres:

5.1 Critérios para decretação de Situação de emergências e Estado de Calamidade


Pública;

5.2 Solicitação de reconhecimento

5.3 Solicitação de recursos

5.3.1 Transferência obrigatória de recursos de socorro, assistência e


restabelecimento;

5.3.2 Transferência obrigatória de recursos para reconstrução.

5.4 Registro de ocorrências e fluxo de dados;

6- Reabilitação e recuperação de cenários:

6.1 Conceitos de reabilitação e recuperação (diferenças);

6.2 Diagnóstico (qual o problema?)

6.3 Reabilitação de serviços essenciais (como fazer?)

6.4 Recuperação (como fazer?)

7- Elaboração de Plano de contingência:

7.1 Definição, conceito, finalidades e desafios;

7.2 Metodologia de elaboração do plano;

7.3 Implementação;

7.4 Operacionalização e acompanhamento;

7.5 Avaliação, atualização e validação do plano;

Modalidade: semipresencial.
Público alvo: técnicos, gestores em Defesa Civil e instrutores.
Carga horária:
Semipresencial 01: Virtual 01 a 07 (30 horas) + Presencial 03 a 04 (24
horas);
Semipresencial 02: Virtual 01 a 07 (30 horas) + Presencial 05 (16
horas).

OBS1: Tendo os requisitos do virtual haverá a possibilidade de cursar os dois cursos


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presenciais.
OBS2: Para formação de instrutores é necessário cursar uma carga horária complementar
de 04 horas na modalidade virtual.
Avaliação: freqüência, avaliação e produto elaborado.
Certificação:
Semipresencial 01: freqüência de 100% e avaliação do exercício (SCO);
Semipresencial 02: freqüência de 100% e avaliação do exercício
(AVADAN e NOPRED).
Periodicidade: Anual.
Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC (Secretaria
Nacional de Defesa Civil), CEDEC’s (Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil),
CEPED’s (Centros Universitários de Estudos e Pesquisas sobre Desastre), MS
(Ministério da Saúde), Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República,
MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) e Cruz Vermelha.
Autores sugeridos para a produção do material didático: Alexandre Lucas
(COMDEC/BH); Carlos Alberto de Araújo Gomes (PM/SC); Marcos de Oliveira
(BM/SC); Vicente Lapoli (UDESC); Manual Rio de Janeiro – abrigo (Roberto Jorge
Lucente, et al.); Werneck Martins (Chefe da Divisão de Reconhecimento da SEDEC);
Cilene Victor (Jornalista da revista Com Ciência ambiental); Renato Lima
(CENACID/UFPR).

MÓDULO 04: TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS

Ementa:
Este módulo especifica sobre os procedimentos para transferência de recursos
financeiros, de acordo com as determinações vigentes na Secretaria Nacional de
Defesa Civil. Versa sobre as duas modalidades para transferência, voluntária e
obrigatória, detalhando a transferência realizada para assistência e reconstrução.

Estrutura de conteúdo:
1- Transferência de recursos voluntários:

1.1. Introdução;

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1.2. Passos para a captação de recursos em situação de normalidade
(prevenção);

1.3. Elaboração de Projeto básico e executivo (principais dúvidas e dificuldades


mais freqüentes);

1.4. Uso do SICONV (inserção da proposta no Sistema);

1.5. Aplicação de recursos;

1.6. Prestação de contas físico- financeira.

2- Transferência obrigatória de recursos para socorro, assistência e


restabelecimento:

2.1. Introdução;

2.2. Passos para a captação de recursos em situação de anormalidade (fins de


socorro, assistência e restabelecimento);

2.3. Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública reconhecida pela


SEDEC (Estado ou Município);

2.4. Emprego do Cartão de Pagamento de Defesa Civil;

2.5. Aplicação de Recursos (Principais dúvidas e dificuldades mais freqüentes);

2.6. Prestação de contas físico-financeira.

3- Transferência obrigatória de recursos para reconstrução:

3.1. Introdução;

3.2. Passos para a captação de recursos em situação de anormalidade (fins de


reconstrução);

3.3. Situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecida pela


SEDEC (Estado ou Município);

3.4. Elaboração de plano de trabalho;

3.5. Elaboração de projeto básico e executivo;

3.6. Aplicação de Recursos (principais dúvidas e dificuldades);

3.7. Prestação de contas físico- financeira.

Modalidade: presencial.

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Público alvo: técnicos e gestores em Defesa Civil e instrutores.
Carga horária:
Presencial 01: item 01 (transferência voluntária): 16 horas;
Presencial 02: itens 02 e 03 (transferência obrigatória): 8 horas.

OBS: Para formação de instrutores é necessário cursar uma carga horária complementar
de 04 horas na modalidade virtual.

Avaliação: freqüência e avaliação de exercícios.


Certificação:
Presencial 01: freqüência de 100% e avaliação do exercício (projeto
básico);
Presencial 02: freqüência de 100% e avaliação do exercício (plano de
trabalho).
Periodicidade: 2012 a 2013 em todos os estados brasileiros.
Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC (Departamento
de Articulação e Gestão (DAG).

MÓDULO 05: MOBILIZAÇÃO SOCIAL E COMUNICAÇÃO DE RISCOS

Ementa:
Este módulo apresenta as etapas e processos relacionados à mobilização
comunitária para gestão dos riscos de desastre e atuação em Defesa Civil.
Trabalham-se os conceitos de mobilização vinculados à construção de redes sociais,
capacitação e comunicação comunitária. Abordam-se, também, os conteúdos
relacionados aos Núcleos Comunitários de Defesa Civil e Voluntariado.

Estrutura de conteúdo:
1- Mobilização social como estratégia para construir cultura de redução de
riscos de desastres:

1.1. Conceitos: rede social; mobilização; comunidade; voluntariado; território; etc.

1.2. Mobilização para construir redes sociais.

2- Etapas para uma mobilização social efetiva em Defesa Civil:

2.1. Caracterização do contexto de intervenção;


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2.2. Identificação de atores sociais e recursos disponíveis;

2.3. Informação e comunicação: estratégia de mobilização;

2.4. Sensibilização.

3- Capacitação comunitária para ação em Defesa Civil:

3.1. Núcleos comunitários de Defesa Civil;

3.2. Voluntariado: ação das comunidades;

3.3. Defesa civil na escola;

3.4. Tecnologias sociais para redução de riscos de desastres.

4- Redes sociais organizadas:

4.1. Construção de redes para ação conjunta em Defesa Civil;

4.2. Construção de cidades mais resilientes;

4.3. Articulação intersetorial.

5- Comunicação de riscos

5.1. Riscos e seus significados (incluir o conceito de comunicação de riscos);

5.2. Comunicação de riscos versus disseminação de informação;

5.3. O papel dos meios de comunicação;

5.4. Modelos de comunicação de riscos;

5.5. Estratégias para comunicação comunitária.

Modalidade: presencial e virtual.


Público alvo:
Virtual: técnicos e gestores em Defesa Civil, órgãos de apoio, sociedade
e demais interessados;
Presencial: técnicos e gestores em Defesa Civil e instrutores.
Carga horária:
Virtual: 30 horas;
Presencial:
Técnicos e gestores em Defesa Civil: 24 horas;

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Instrutores: 28 horas.
Avaliação:
Virtual: avaliação de exercícios.
Presencial: 100%.
Certificação:
Virtual: avaliação das atividades de aprendizagem;
Presencial: avaliação do exercício (plano de mobilização).
Periodicidade: Anual.
Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC (Secretaria
Nacional de Defesa Civil), CEDEC’s (Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil),
CEPED’s (Centros Universitários de Estudos e Pesquisas sobre Desastres), MS
(Ministério da Saúde) e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República.
Autores sugeridos para a produção do material didático: Rejane Lucena
(COMDEC de Jaboatão dos Guararapes); Verena Lellis (SEDEC); Janaína Furtado
(CEPED/UFSC); Sarah Cartagena (CEPED/UFSC).

MÓDULO 06 – AÇÕES PARA REDUÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES

O conteúdo do módulo 6 “Ações para Redução de Riscos de Desastres” foi


adaptado pela Estratégia Internacional de Redução de Riscos (EIRD) para um curso
realizado no Brasil com o objetivo de formar multiplicadores. O grupo de trabalho
não definiu sobre os conteúdos deste módulo, uma vez que a SEDEC tratará de
disseminar os conteúdos e metodologias já elaboradas pela EIRD. Neste sentido,
este módulo ainda não consta no cronograma de execução.

1.4 Cronograma de Execução do Plano em Território Nacional

A execução do plano em território nacional ocorrerá no período de 2012 a 2015.

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1.5 Avaliação dos Resultados

O Plano de Formação Continuada da Defesa Civil se configura como uma ação do


projeto da SEDEC junto ao CEPED UFSC para construção de um programa de
capacitação em Defesa Civil.

Por meio da realização de reuniões presenciais com técnicos de defesa civil,


pesquisadores e professores de áreas relacionadas aos temas de Defesa Civil foi
possível criar um plano de formação com seis módulos isolados, porém integrados.

O grupo de trabalho detalhou os conteúdos a compor os cinco primeiros módulos,


além de definir carga horária, metodologia de ensino, modalidade, referências,
entre outros aspectos. O conteúdo e formato sexto módulo ficou a cargo da SEDEC,
a partir do material de referência construído pela EIRD.

Observou-se que, o plano integrou alguns conteúdos de cursos já ofertados pela


SEDEC nos anos anteriores, como exemplo os conteúdos do curso Capacitação
básica em Defesa Civil, CODC, Comunicação de riscos, Gestão Integrada de Riscos
e de Desastres, Sistema de Comando de Operações. Também se pode concluir que
os módulos construídos compõem um núcleo de formação básica para gestão dos
riscos e de desastres no contexto da atuação em Defesa Civil.

Na perspectiva de contribuir para a implementação de um plano que possa ser


efetivo ao longo prazo, faz-se algumas sugestões.

1) Plano de Formação em Níveis

Ao avaliar o plano construído pelo grupo, a partir de pesquisa de planos de outras


instituições de ensino na área na América Latina e Caribe (disponíveis em
http://www.eird.org/perfiles-paises/perfiles/index.php/Oferta_Academica), sugere-
se a SEDEC a possibilidade desta, futuramente, ampliar o plano construído,
subdividindo-o em níveis com base no público-alvo e no conteúdo. Neste sentido,
os seis módulos construídos compõe o nível de formação básica em Defesa Civil e
não todo o plano.

Há instituições que estruturam as capacitações da seguinte forma: cursos básicos,


nível I, ao grande público (referente, por exemplo, aos módulos 1,2,3,4,5,e 6 deste
plano); cursos nível II para gestores de Defesa Civil e outros técnicos (por exemplo,
módulo de Gestão de riscos, Gestão de desastres, ou específicos de comunicação,
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psicologia, assistência, etc.) e nível III, avançado, para aperfeiçoamento de
gestores e técnicos, onde o nível de formação é especializado e na qual se
envolvem instituições de ensino específicas, fomentando-se parcerias, bolsas de
estudo, por meio de especializações e demais aperfeiçoamentos técnicos.

Para este momento, sugere-se a elaboração de um plano que direciona a formação


para áreas específicas, por meio de trilhas de conhecimento (Gestão, Social e
Técnica), em dois níveis: I- básica e II – aperfeiçoamento. A partir dos cursos já
ofertados pela SEDEC nos anos anteriores (anexo III), elaborou-se a seguinte
sugestão de estrutura, na qual deverá se agregar novos cursos de interesse da
instituição:

TRILHA GESTÃO SOCIAL TÉCNICA


NÍVEL
MÓDULOS 1, 2, 3, 4, 5 e MÓDULOS 5 e 6 MÓDULOS 2 e 3
6
BÁSICO

CURSO DE CELEBRAÇÃO
DE CONVÊNIOS

PLANEJAMENTO EM CURSO DE COMBATE A


DEFESA CIVIL ATENDIMENTO À INCÊNDIOS
CRIANÇA EM FLORESTAIS
SITUAÇÃO DE
CURSO DE AÇÕES EM EMERGÊNCIA
DEFESA CIVIL NO SEMI- PREVENÇÃO E
ÁRIDO PREPARAÇÃO PARA
APERFEIÇOAMENTO NUDEC EMERGÊNCIAS
QUÍMICAS
SISTEMA DE APOIO
LOGÍSTICO CURSO DE AVALIAÇÃO DE
COMUNICAÇÃO DE DANOS
RISCOS
COMANDO E
CONTROLE DE CRISES CAPACITAÇÃO PARA
(SCO AVANÇADO) CURSO DE OPERAÇÃO DE
PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS COM
EMERGÊNCIAS E RADIAMADOR
DESASTRES

ESPECIALIZAÇÃO (VER ITEM 3 A SEGUIR) (VER ITEM 3 A SEGUIR) (VER ITEM 3 A SEGUIR)

Enfatiza-se que a este quadro devem-se agregar futuros cursos que possam
contribuir com a formação em Defesa Civil. A proposta apresentada não significa a
21
modificação do cronograma de execução da SEDEC para os seis módulos entre os
anos de 2012 e 2015, mas uma forma de pensar a formação continuada para além
dos seis módulos apresentados.

2) Construção do material didático

Alguns membros do grupo de trabalho sugeriram que a construção do material


didático não ficasse sob a responsabilidade de pessoas isoladas. Assim sendo,
propuseram que os conteúdos dos autores fossem enviados a comissões técnicas,
formadas pelos membros do próprio grupo de trabalho, os quais fariam suas
sugestões para o material elaborado.

3) Articulação Interinstitucional

Sugere-se que a SEDEC implemente, futuramente, o nível especializado. Neste nível


o aluno não é capacitado pela SEDEC, mas por outras instituições de ensino
especializadas com as quais a SEDEC tem parceria interinstitucional, em âmbito
nacional ou internacional. Participariam destes cursos alunos selecionados pela
Secretaria, que já tenham recebido as demais formações oferecidas pela instituição,
e que sejam adequados para se tornarem expertises nacionais em determinadas
áreas de interesse.

As sugestões aqui apresentadas pretendem que a SEDEC visualize a construção de


um programa flexível, a ser implementado o mais longo prazo, que pode agregar
cursos seqüenciais ou isolados, interdependes ou não. Fundamentalmente, as
contribuições vão no sentido de apresentar à sociedade uma política de formação e
não apenas novos conteúdos, por parte da instituição. Agregado ao Plano deve-se
priorizar o detalhamento dos níveis de formação e definir de que maneira ocorrerá
a admissão de alunos nos cursos oferecidos, como evoluíram de nível a nível.

1.6 Anexos

22
Anexo I – Programação e lista de convidados para as reuniões do Plano de
Formação Continuada em Defesa Civil

Programação 1° Reunião para Elaboração do Plano Nacional de Formação


Continuada

1° dia - objetivos:

• Apresentação de temas sugeridos a serem abordados no Plano Nacional de


Formação Continuada em Defesa Civil;
• Discussão sobre os temas a serem abordados;
• Definição dos temas que serão abordados após análise;
• Sugestões de especialistas para desenvolver os temas no âmbito do Plano de
Formação Continuada.

2° dia - objetivos:

• Definição dos especialistas para desenvolver os temas no âmbito do Plano de


Formação Continuada;

• Sugestões sobre carga horária dos cursos, abordagem dos temas, metodologias;

• Definição de cronograma, agendamento de próximas reuniões e estratégias para


a elaboração do Plano Nacional de Formação Continuada em Defesa Civil.

1° dia Horário

Apresentação de temas sugeridos a serem abordados no Plano 09:00 – 10:00


Nacional de Formação Continuada em Defesa Civil

Discussão sobre os temas a serem abordados 10:00 – 12:00

Definição dos temas que serão abordados após análise 14:00 – 15:30

Sugestões de especialistas para desenvolver os temas no âmbito do 15:30 – 17:30


Plano de Formação Continuada

2° dia Horário

Definição dos especialistas para desenvolver os temas no âmbito do 09:00 – 10:00


Plano de Formação Continuada

Sugestões sobre carga horária dos cursos, abordagem dos temas, 10:00 – 12:00
metodologias

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Definição de cronograma, agendamento de próximas reuniões e 14:00 – 18:00
estratégias para a elaboração do Plano Nacional de Formação
Continuada em Defesa Civil

Lista de convidados para a 1ª reunião do PCDC – 17 e 18 de novembro de


2011

1a reunião do PCDC - 17 e 18 de novembro de 2011


Nome do convidado Órgão
Edmilton Ribeiro Aguiar Júnior Coordenador Estadual de Defesa Civil do Espírito Santo
Camila Chaves Dumiense Secretaria de Direitos Humanos
Dulce Fátima Cerutti Ministério da Saúde – Vigidesastre
Janaína Rocha Furtado CEPED-UFSC
Eduardo Soares de Macedo (IPT)
Caroline Margarida Secretaria Estadual de Defesa Civil de Santa Catarina
Regina Panceri Secretaria Estadual de Defesa Civil de Santa Catarina)
Alexandra Passuelo CEPED-RS
Josivaldo Valeriano Azevedo Secretaria Estadual de Defesa Civil do Distrito Federal
João de Jesus Oliveira da Silva Coordenador Estadual de Defesa Civil do Estado do Acre
Katlen Andrade Eutáquio SEDEC/DAG
Fernanda Rodrigues Targino SEDEC/DMD
Verena Martins Lellis SEDEC/CENAD
Rafael Schadeck Diretor do Departamento de Minimização de Desastres da SEDEC
Luana Gonçalves de Sousa SEDEC/DMD
Luís Felipe Lins SEDEC/DMD

Programação 2° Reunião do PCDC – 10 de fevereiro de 2012

Horário Atividade Tempo


09:00 – 9:30 Nivelamento de informações sobre o PCDC 30 minutos
09:30 – 11:30 Consolidação do documento do PCDC 2 horas
11:30 – 12:30 Apresentação sobre a nova portaria sobre processos 1 hora
de reconhecimento e codificação
12:30 – 14:00 Almoço 1 hora e 30
minutos
14:00 – 15:00 Definição de políticas e critérios para inscrição dos 1 hora
alunos
15:00 – 17:00 Apresentação de cronograma de execução do PCDC 2 horas

Lista de convidados para a 2ª reunião do PCDC – 10 de fevereiro de 2012

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Anexo II – Conteúdo do Plano consolidado na primeira reunião do grupo de
trabalho

PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM DEFESA CIVIL


2012 a 2015
METODOLOGIA GERAL:

4) O curso será dividido em 06 (seis) módulos:


1.7. Aspectos estruturantes em Defesa Civil;
1.8. Gestão de riscos;
1.9. Gestão de desastres e ações de recuperação;
1.10. Transferência de recursos financeiros;
1.11. Mobilização social e comunicação de riscos;
1.12. Módulos do Curso de Ações para Redução de Riscos de Desastres
5) Cada módulo terá um conteúdo complementar para formação de instrutores
que possuirá carga horária de 04 horas.
6) O material didático, a ser produzido para cada módulo, deverá conter
ilustrações, vídeos de apoio e exercícios adicionais.

METODOLOGIA ESPECÍFICA:

MÓDULO 01: ASPECTOS ESTRUTURANTES EM DEFESA CIVIL

1) Modalidade: virtual e presencial.


2) Público alvo:

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2.1. Virtual: técnicos e gestores em Defesa Civil, órgãos de apoio,
sociedade e demais interessados;
2.2. Presencial: técnicos e gestores em Defesa Civil e instrutores.
3) Carga horária:
3.1. Virtual: 30 horas;
3.2. Presencial:
3.2.1 Técnicos e gestores em Defesa Civil: 20 horas;
3.2.2 Instrutores: 24 horas.
4) Avaliação: freqüência.
5) Certificação: freqüência mínima de 75%.
6) Periodicidade: Semestral.
7) Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC, CEDEC’s,
CEPED’s.
8) Autores sugeridos para a produção do material didático: Carlos
Machado de Freitas (FIOCRUZ); Alexandre Lucas (COMDEC/BH); Cristianne
Antunes (Chefe de Gabinete da SEDEC).

MÓDULO 02: GESTÃO DE RISCOS

1) Modalidade: presencial e semipresencial.


2) Público alvo:
2.1. Presencial: técnicos e gestores em Defesa Civil e instrutores;
2.2. Semipresencial: técnicos e gestores em Defesa Civil.
3) Carga horária:
3.1. Presencial:
3.1.1 Técnicos e gestores em Defesa Civil: 56 horas;
3.1.1.1 Itens 01 e 05: 08 horas;
3.1.1.2 Itens 02, 03 e 04: 24 horas;
3.1.1.3 Itens 07 e 08: 24 horas;
3.1.2 Instrutores: 60 horas;
3.2. Semipresencial:
3.2.1 Virtual: 40 horas;
3.2.2 Presencial: 20 horas.
4) Avaliação: freqüência, avaliação e produto elaborado.

26
5) Certificação:
5.1. Presencial (itens 02,03 e 04): avaliação do produto (mapa de risco
elaborado em grupo);
5.2. Presencial (itens 07 e 08): avaliação do produto (plano de
contingência elaborado em grupo);
5.3. Semipresencial (itens de 01 a 08): avaliação do produto (mapa de
risco e plano de contingência).
6) Periodicidade: Anual.
7) Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC, CEDEC’s,
CEPED’s, CPRM, IPT, Ministério da Saúde, Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, ANA e MMA.
8) Autores sugeridos para a produção do material didático: Joaquim Toro
(Banco Mundial); Celso Carvalho (Ministério das Cidades); Margareth
Alheiros (UFPE); Luiz Antônio Bressani (UFRGS); Carlos Tucci (UFRGS);
Cláudio Amaral (DRM/RJ); Tânia Sausen (CRS/INPE); Agostinho Ogura (IPT);
Sérgio Bezerra (CEDEC/DF); Dulce Cerutti (MS); Eduardo Soares de Macedo
(IPT).

MÓDULO 03: GESTÃO DE DESASTRES E AÇÕES DE RECUPERAÇÃO

1) Modalidade: semipresencial.
2) Público alvo: técnicos, gestores em Defesa Civil e instrutores.
3) Carga horária:
3.1. Semipresencial 01: Virtual 01 a 07 (30 horas) + Presencial 03 a 04
(24 horas);
3.2. Semipresencial 02: Virtual 01 a 07 (30 horas) + Presencial 05 (16
horas).

OBS1: Tendo os requisitos do virtual haverá a possibilidade de cursar os dois cursos


presenciais.
OBS2: Para formação de instrutores é necessário cursar uma carga horária complementar
de 04 horas na modalidade virtual.

27
4) Avaliação: freqüência, avaliação e produto elaborado.
5) Certificação:
5.1. Semipresencial 01: freqüência de 100% e avaliação do exercício
(SCO);
5.2. Semipresencial 02: freqüência de 100% e avaliação do exercício
(AVADAN e NOPRED).
6) Periodicidade: Anual.
7) Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC, CEDEC’s,
CEPED’s, Ministério da Saúde, Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, Ministério do Desenvolvimento Social e Cruz
Vermelha.
8) Autores sugeridos para a produção do material didático: Alexandre
Lucas (COMDEC/BH); Carlos Alberto de Araújo Gomes (PM/SC); Marcos de
Oliveira (BM/SC); Vicente Lapoli (UDESC); Manual Rio de Janeiro – abrigo
(verificar autor); Werneck Martins (Chefe da Divisão de Reconhecimento da
SEDEC); Cilene Victor (Jornalista da revista Com Ciência ambiental); Renato
Lima (CENACID/UFPR).

MÓDULO 04: TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS

1) Modalidade: presencial.
2) Público alvo: técnicos e gestores em Defesa Civil e instrutores.
3) Carga horária:
3.1. Presencial 01: item 01 (transferência voluntária): 16 horas;
3.2. Presencial 02: itens 02 e 03 (transferência obrigatória): 8 horas.

OBS: Para formação de instrutores é necessário cursar uma carga horária complementar
de 04 horas na modalidade virtual.

7) Avaliação: freqüência e avaliação de exercícios.


8) Certificação:

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5.1. Presencial 01: freqüência de 100% e avaliação do exercício (projeto
básico);
5.2. Presencial 02: freqüência de 100% e avaliação do exercício (plano
de trabalho).
9) Periodicidade: 2012 a 2013 em todos os estados brasileiros.
10)Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC
(Departamento de Articulação e Gestão (DAG).

MÓDULO 05: MOBILIZAÇÃO SOCIAL E COMUNICAÇÃO DE RISCOS

1) Modalidade: presencial e virtual.


2) Público alvo:
2.1. Virtual: técnicos e gestores em Defesa Civil, órgãos de apoio,
sociedade e demais interessados;
2.2. Presencial: técnicos e gestores em Defesa Civil e instrutores.
3) Carga horária:
3.1. Virtual: 30 horas;
3.2. Presencial:
3.1.1 Técnicos e gestores em Defesa Civil: 24 horas;
3.1.2 Instrutores: 28 horas.
4) Avaliação:
4.1. Virtual: avaliação de exercícios.
4.2. Presencial: 100%.
5) Certificação:
5.1. Virtual: avaliação das atividades de aprendizagem;
5.2. Presencial: avaliação do exercício (plano de mobilização).
6) Periodicidade: Anual.
7) Órgãos envolvidos na produção do material didático: SEDEC, CEDEC’s,
CEPED’s, Ministério da Saúde e Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República.
8) Autores sugeridos para a produção do material didático: Rejane
Lucena (COMDEC de Jaboatão dos Guararapes); Verena Lellis (SEDEC);
Janaína Furtado (CEPED/UFSC); Sarah Cartagena (CEPED/UFSC).

29
ESTRUTURAÇÃO DOS MÓDULOS:

MÓDULO 01: ASPECTOS ESTRUTURANTES EM DEFESA CIVIL

1) Defesa Civil no Brasil:


1.1. Histórico;
1.2. Conceitos;
1.3. Política Nacional de Defesa Civil;
1.4. Legislação.

2) Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC):


2.1. Objetivo e finalidade do SINDEC;
2.2. Estrutura do SINDEC;
2.3. Atribuições dos órgãos de Defesa Civil;
2.4. Políticas de governo associadas às ações de Defesa Civil.

3) Atuação de Defesa Civil:


3.1. Prevenção;
3.2. Preparação;
3.3. Resposta;
3.4. Reconstrução.

4) Estudo dos desastres (conceitos e classificações):


4.1. Conceito de desastres, de risco, de ameaça e de vulnerabilidade;
4.2. Classificação, tipologia e codificação de desastres;
4.3. Análise e classificação de danos e prejuízos;
4.4. Reflexão sobre desastres e aplicação de medidas preventivas.

5) Implantação e operacionalização de uma COMDEC:


5.1. Conceito de COMDEC;
5.2. Requisitos mínimos para a formalização de COMDEC;
5.3. Passos para formalização;
5.4. Órgãos que constituem uma COMDEC;

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5.5. Principais atribuições de uma COMDEC;
5.6. Atuação Integrada (articulação intersetorial);
5.7. Critérios para caracterização de situação de emergência e estado de
calamidade pública;
5.8. Registro de ocorrências e fluxo de dados;
5.9. NOPRED e AVADAN.

6) Gerenciamento de riscos e desastres.

MÓDULO 02: GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES

1) Contextualização de riscos de desastres:


1.1. Conceituação: risco, ameaça, vulnerabilidade, percepção de risco,
gestão de risco, etc;
1.2. A sociedade do risco;
1.3. Os desastres no Brasil.

2) Identificação de riscos:
2.1. Identificação das ameaças/processos;
2.2. Identificação das vulnerabilidades;
2.2.1. Físicas;
2.2.2. Protocolos de crianças e adolescentes, idosos e de pessoas com
deficiência;
2.2.3. Mecanismos de enfrentamento já existentes;
2.2.4. Percepção de riscos;
2.2.5. Indicadores;
2.2.6. Recursos.

OBS: Mencionar metodologias para executar uma correta identificação.

3) Avaliação de riscos:
3.1. Dimensionamento das ameaças/freqüência;
3.2. Dimensionamento do dano;
3.3. Classificação do risco/níveis de impacto;

31
3.4. Hierarquização dos riscos.

4) Mapeamento de riscos:
4.1. Tipos de mapeamento (escala, zoneamento e cadastro);
4.2. Noções de geoprocessamento;
4.3. Metodologias específicas para cada processo: escorregamento,
inundação, etc.

5) Tomada de decisão:
5.1. Estratégias de intervenção: medidas estruturais e não estruturais;
5.2. Postulação de políticas;
5.3. Participação social no processo de decisão;
5.4. Plano Municipal de Redução de Riscos.

6) Monitoramento de Riscos:
6.1. Monitoramento, alerta e alarme;
6.2. Aparelhamento e apoio logístico;
6.3. Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta: CEMADEN e CENAD.

7) Plano de contingência:
7.1. Definição, conceito e finalidades;
7.2. Metodologia de elaboração do plano;
7.3. Implementação;
7.4. Operacionalização e acompanhamento;
7.5. Avaliação e atualização do plano;
7.6. Estudo dos protocolos de atendimento ao público de maior
vulnerabilidade.

8) Comunicação de Riscos
8.1. Objetivos;
8.2. Ferramentas:
8.2.1 Rede Nacional de Radioamadores
8.3 Plano de comunicação.

32
MÓDULO 03: GESTÃO DE DESASTRES E AÇÕES DE RECUPERAÇÃO

1) Contextualização de desastres:
1.1. Conceitos de desastres;
1.2. Desastres mais freqüentes no País;
1.3. Ocorrências por tipologia nas regiões brasileiras.

2) Ações de Socorro e Assistência:


2.1. Articulação com órgãos envolvidos (definição de ações intersetoriais –
atribuições), relação com órgãos não governamentais, assistência
humanitária e experiências em voluntariado;
2.2. Atenção à saúde;
2.3. Gerenciamento de abrigos:
2.3.1 Triagem;
2.3.2 Cadastramento de famílias;
2.3.3 Competências intersetoriais;
2.3.4 Estrutura;
2.3.5 Normas de funcionamento;
2.3.6 Manutenção.
2.4. Ações de atendimento aos públicos de maior vulnerabilidade:
2.4.1. Protocolo de criança e adolescentes;
2.4.2. Protocolo de idosos;
2.4.3. Protocolo de pessoas com deficiência.

3) Sistema de Comando em Operações – SCO:


3.1. Introdução e finalidade;
3.2. Princípios e características;
3.3. Estrutura organizacional e principais funções;
3.4. Instalações e áreas padronizadas;
3.5. SCO na prática.

4) Comunicação em Desastres:
4.1. Contextualização;

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4.2. Dificuldades e impactos durante a crise (identificação de porta voz,
material IRP – Governabilidade);
4.3. Plano de comunicação;
4.4. Emprego de outras mídias (radioamador, internet, SMS).

5) Procedimentos para avaliação de danos (reconhecimento):


5.1. Critérios para caracterização de Situação de emergências e Estado de
Calamidade Pública;
5.2. Registro de ocorrências e fluxo de dados;
5.3. NOPRED e AVADAN;
5.4. Solicitação e aplicação de recursos:
5.4.1. Transferência obrigatória de recursos de socorro, assistência e
restabelecimento;
5.4.2. Transferência obrigatória de recursos para reconstrução.

6) Reabilitação de Cenários:
6.1. Restabelecimento de serviços essenciais (processos multidimensionais
que abordam as ações relacionadas ao meio de vida dos afetados,
meio ambiente e governabilidade).

7) Orientações para a Recuperação (material IRP):


7.1. Diagnóstico (reflexão sobre o desastre);
7.2. Princípios para a recuperação (pensando em ações de
prevenção/mitigação);
7.3. Infraestrutura;
7.4. Recuperação dos serviços de Saúde;
7.5. Meio ambiente;
7.6. Psicosocial;
7.7. Educação.

MÓDULO 04: TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS:

1) Transferência de recursos voluntários:


1.1. Introdução;

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1.2. Passos para a captação de recursos em situação de normalidade
(prevenção);
1.3. Elaboração de Projeto básico e executivo (principais dúvidas e
dificuldades mais freqüentes);
1.4. Uso do SICONV (inserção da proposta no Sistema);
1.5. Aplicação de recursos;
1.6. Prestação de contas físico- financeira.

2) Transferência obrigatória de recursos para socorro, assistência e


restabelecimento:
2.1. Introdução;
2.2. Passos para a captação de recursos em situação de anormalidade
(fins de socorro, assistência e restabelecimento);
2.3. Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública
reconhecida pela SEDEC (Estado ou Município);
2.4. Emprego do Cartão de Pagamento de Defesa Civil;
2.5. Aplicação de Recursos (Principais dúvidas e dificuldades mais
freqüentes);
2.6. Prestação de contas físico-financeira.

3) Transferência obrigatória de recursos para reconstrução:


3.1. Introdução;
3.2. Passos para a captação de recursos em situação de anormalidade
(fins de reconstrução);
3.3. Situação de emergência ou estado de calamidade pública
reconhecida pela SEDEC (Estado ou Município);
3.4. Elaboração de plano de trabalho;
3.5. Elaboração de projeto básico e executivo;
3.6. Aplicação de Recursos (principais dúvidas e dificuldades);
3.7. Prestação de contas físico- financeira.

MÓDULO 05: MOBILIZAÇÃO SOCIAL E COMUNICAÇÃO DE RISCOS

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1) Mobilização social como estratégia para construir cultura de redução de
riscos de desastres:
1.1. Conceitos:
1.1.1 Rede social;
1.1.2 Mobilização;
1.1.3 Comunidade;
1.1.4 Voluntariado;
1.1.5 Território.
1.2. Mobilização para construir redes sociais.

2) Etapas para uma mobilização social efetiva em Defesa Civil:


2.1 Caracterização do contexto de intervenção;
2.2 Identificação de atores sociais e recursos disponíveis;
2.3 Informação e comunicação: estratégia de mobilização;
2.4 Sensibilização.

3) Capacitação comunitária para ação em Defesa Civil:


3.1. Núcleos comunitários de Defesa Civil;
3.2. Voluntariado: ação das comunidades;
3.3. Defesa civil na escola;
3.4. Tecnologias sociais.

4) Redes sociais organizadas:


4.1. Construção de redes para ação conjunta em Defesa Civil;
4.2. Construção de cidades resilientes e sustentáveis;
4.3. Articulação intersetorial.

5) Comunicação de riscos
5.1. Riscos e seus significados (incluir o conceito de comunicação de riscos);
5.2. Comunicação de riscos versus disseminação de informação;
5.3. O papel dos meios de comunicação;
5.4. Modelos de comunicação de riscos;
5.5. Estratégias para comunicação comunitária.

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6) Simulado:
6.1. Etapas para a elaboração do simulado;
6.2. Definição e caracterização de simulado.

Anexo III – Atas das duas reuniões

Anexo IV – Lista dos Cursos oferecidos pela SEDEC de 2003 a 2011

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Dados obtidos em http://www.defesacivil.gov.br/capacitacao/cursos/index.asp. Pesquisa realizada
em 28/2/2012.

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