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TRABALHO DE ILN

Política de Mobilização Nacional e o Planejamento Baseado em


Capacidades

GRUPO 1:
Asp 3006 Farias França;
Asp 3097 Duran;
Asp 3110 Costa Simões;
Asp 3114 Filipe Silva;
Asp 3118 Vittória Blasi;
Asp 3139 Alves Correa; e
Asp 3143 Lucas Beraldo.
1- INTRODUÇÃO
A política de mobilização nacional e o planejamento baseado em capacidades são elementos
importantíssimos para o desenvolvimento e a segurança de um país. A mobilização nacional tenta unir
todos os setores da sociedade em torno de objetivos comuns, enquanto o planejamento baseado em
capacidades envolve a alocação estratégica de recursos de acordo com as necessidades e
competências do país. Esses conceitos são complementares e permitem que a nação esteja preparada
para enfrentar desafios e alcançar objetivos estratégicos.

2- POLÍTICA DE MOBILIZAÇÃO NACIONAL


A Política de Mobilização Nacional consiste no conjunto de orientações do Governo Federal com o
objetivo de impulsionar o Estado brasileiro para o preparo e a execução da mobilização nacional e da
consequente desmobilização nacional e tem como um de seus principais objetivos o preparo e a
execução da mobilização nacional. A fim de atingir o objetivo geral, é necessário atingir objetivos
específicos, são eles:
I - capacitação do país para a realização das atividades de mobilização nacional;
II - promoção da pesquisa e do desenvolvimento das tecnologias relevantes para a mobilização
nacional;
III - incorporação da dimensão defesa nacional nos planos de desenvolvimento da infraestrutura do
país, em especial nos setores de transporte, telecomunicações, saúde e energia;
IV - adoção de medidas econômico-financeiras em proveito das necessidades da mobilização
nacional;
V - implementação de ações que visem dotar a mobilização nacional de um arcabouço jurídico-
institucional adequado às suas necessidades;
VI - desenvolvimento da cooperação internacional em proveito da mobilização nacional;
VII - promoção de ações de segurança pública voltadas para a execução da mobilização nacional;
VIII - intensificação das atividades de inteligência em proveito da mobilização nacional;
IX - envolvimento da sociedade brasileira com a mobilização nacional;
X - minimização dos efeitos negativos decorrentes da mobilização nacional na sociedade;
XI - integração das atividades de defesa civil à mobilização nacional;
XII - sustentação da capacidade das Forças Armadas para o enfrentamento de agressão estrangeira;e
XIII - intensificação das atividades de segurança da informação em proveito da mobilização nacional.
A Política de Mobilização Nacional segue um conjunto de diretrizes governamentais que devem ser
observadas para elaboração de um conjunto de diretrizes e de planos setoriais dos órgãos
componentes da SINAMOB.
A política de mobilização nacional busca promover a cooperação entre diferentes setores da
sociedade, como governo, setor privado, organizações não governamentais e cidadãos, a fim de
coordenar esforços e recursos para enfrentar uma situação emergencial ou atingir metas específicas.
Além da cooperação entre estes setores, a política também prevê uma participação ativa da
população, através do voluntariado, contribuições financeiras, doações de recursos materiais e
participação em ações relacionadas.
A Política de Mobilização Nacional também destaca a importância da comunicação com o objetivo de
conscientizar a população sobre a situação emergencial que o país se encontra, quais os objetivos da
mobilização e como as pessoas podem contribuir. Isso é o primordial para o bom funcionamento da
mobilização em si, bem como a educação e o treinamento, além da comunicação.
A mobilização de recursos financeiros, materiais e humanos necessários para enfrentar a situação.
Estão inclusos alocação dos fundos governamentais, doações, parcerias entre os setores público e
privados e todos os recursos disponíveis.
Também são estabelecidos mecanismos de planejamento e organização, como comitês, ou agências
especiais, que definem metas, elabora planos de ação, distribuir recursos, monitorar o progresso e
ajustar as estratégias.

3- PLANEJAMENTO BASEADO EM CAPACIDADES

O Planejamento Baseado em Capacidades- PBC é um planejamento estratégico sistemático que


cresceu nas principais instituições de defesa na última década, principalmente no ocidente. O
TTCP(The Technical Cooperation Program), criado nos anos 50 e tinha como membros os Estados
Unidos, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e o Canadá, espalhou a ideia de PBC tendo como
finalidade utilizar de forma integrada os métodos científicos e a tecnologia para a defesa e a
posteriori, a segurança. Além disso, o TTCP anunciou em um documento que todos os integrantes do
grupo estavam investindo no PBC para estruturarem sua Forças Armadas, a fim de estabelecer uma
definição comum entre os países e seus fundamentos. Tal método era oposto ao planejamento por
ameaça que tentava resolvê-las com respostas únicas e diretas, o que não era possível tendo em vista a
vasta gama de ameaças.
Esse novo Planejamento valoriza demais o “melhor uso dos recursos públicos” (MURP), pois o PBC
orienta os investimentos, gerencia os riscos e estabelece objetivos específicos. Uma Força é composta
por materiais, pessoal, doutrina, organização e manutenção. O reconhecimento da interdependência
desses componentes é onde encontra-se a necessidade da defesa desse método. Existem três fatores
que justificam a utilização desse sistema e são eles:

- A mudança dos tipos de ameaças no pós Guerra Fria, principalmente com o surgimento de ataques
terroristas. Antes da modificação, os ataques estavam mais ligados à guerra e confrontos mais físicos
com inimigos e campos de batalhas bem definidos. Agora as ameaças tinham o fator surpresa e que
não mais possuíam o foco exclusivo às forças militares inimigas, mas também providenciavam riscos
às populações civis;
- A crescente de desastres naturais, pois agora com o aumento da densidade populacional e das
mudanças do climáticas e ambientais, potencializaram ainda mais esse efeito. Somando-se a esses
fatores, quando se trata de sistemas produtivos, aspectos da defesa militar, econômica, social e civil
não se diferenciam quando suscetíveis à possíveis impactos como o de vírus eletrônico.
- O aumento das pressões orçamentárias. Tendo em vista o novo cenário de ameaças, os custos
militares foram elevados pela crescente demanda da defesa nacional. Agora não basta os recursos
apenas para as combater as ameaças identificadas, torna-se necessário também se preparar para os
diversos possíveis ataques. Assim o PBC procura utilizar de medidas diferentes, de novos sistemas de
defesa afim de melhorar a eficiência dos recursos escassos.

No contexto brasileiro, o Ministério da Defesa junto com as Forças Armadas formatou uma estratégia
nacional de defesa (END), com a função de promover a relação entre a política de independência
nacional e as Forças Armadas. A END de 2008 incorporou o conceito de capacidade operacional aqui
empregado. O Plano Plurianual 2012-2015 também revela o uso constante do termo “capacidade”,
muitas vezes nos moldes da definição apresentada no início deste artigo.

A exteriorização dos resultados é um elemento crucial para o sucesso de qualquer plano de obtenção
de capacidades. Trata-se do processo pelo qual os resultados obtidos internamente são comunicados,
divulgados e compartilhados com partes interessadas relevantes. Essa prática não apenas fortalece a
transparência, como também promove a colaboração e o aprendizado contínuo dentro de uma
organização. Ao compartilhar os resultados alcançados, as empresas podem obter feedback valioso,
identificar áreas de melhoria e alinhar as expectativas de todos os envolvidos. Além disso, a
exteriorização dos resultados permite que outras equipes e organizações se beneficiem das conquistas
e inovações alcançadas, acelerando assim o progresso coletivo em direção aos objetivos comuns. Ao
criar um ambiente de abertura e comunicação, a exteriorização dos resultados se torna um
componente fundamental do planejamento estratégico, garantindo que as capacidades sejam obtidas e
aprimoradas de forma eficaz e sustentável.
Um plano de obtenção de capacidades operacionais apresenta diversas vantagens quando se trata de
lidar com recursos públicos escassos no âmbito da defesa e segurança. Em primeiro lugar, esse tipo
de planejamento permite uma alocação estratégica e eficiente dos recursos disponíveis. Ao identificar
as capacidades operacionais mais críticas e prioritárias, o plano direciona os investimentos para áreas
que trarão maior impacto no fortalecimento da defesa e segurança do país.
Outra vantagem é a maximização do retorno sobre o investimento. Com recursos escassos, é
fundamental obter o máximo de benefícios e resultados possíveis. O planejamento de obtenção de
capacidades operacionais permite que os recursos sejam direcionados para aquisições e
desenvolvimento de capacidades que possam ser utilizadas em uma ampla gama de cenários e
missões. Dessa forma, evita-se o desperdício de recursos em soluções isoladas ou que tenham vida
útil limitada.
Além disso, um plano de obtenção de capacidades operacionais promove a interoperabilidade e a
cooperação com parceiros internacionais. Ao desenvolver capacidades operacionais alinhadas com
padrões e protocolos internacionais, o país facilita a integração com coalizões e alianças, fortalecendo
a capacidade de atuação conjunta em operações de defesa e segurança. Isso permite compartilhar
custos, recursos e conhecimentos, ampliando as possibilidades de obter capacidades operacionais
mais avançadas e complexas.
Por fim, o planejamento de obtenção de capacidades operacionais contribui para a sustentabilidade a
longo prazo. Ao considerar a manutenção, modernização e atualização das capacidades ao longo do
tempo, o plano evita que recursos sejam desperdiçados em equipamentos ou tecnologias obsoletas. A
sustentabilidade das capacidades operacionais é fundamental para garantir a prontidão e a eficácia
contínua das forças de defesa e segurança, mesmo diante de restrições orçamentárias.
Em suma, um plano de obtenção de capacidades operacionais é uma estratégia inteligente para lidar
com recursos públicos escassos no âmbito da defesa e segurança. Ele permite uma alocação
estratégica dos recursos, maximiza o retorno sobre o investimento, promove a interoperabilidade e
cooperação internacional, e contribui para a sustentabilidade das capacidades operacionais a longo
prazo.
A forma de lidar com o PBC, enxergando-o como uma forma de independente de planejamento
estratégico é equivocada. Na realidade, é tão somente uma das diversas formas existentes no âmbito
da sistemática do Planejamento de Forças, voltado para um processo maior que vem a ser o
planejamento estratégico voltado ao preparo das Forças Armadas. Entretanto, o PBC auxilia na
sistematização dos esforços para a obtenção de meios voltados para a realidade orçamentária e
tecnológica e na argumentação para o diálogo político a ser travado, ao explicar os motivos de sua
necessidade e os riscos de sua não obtenção.
O que é PBC?
Primeiramente, deve-se entender o conceito de “capacidade” que exemplifica a aptidão para a
realização de uma tarefa ou consecução de uma meta ou objetivo, compreendendo doutrina,
organização, pessoal, educação, material, adestramento e infraestrutura. Sendo assim, o PBC
caracteriza-se pelo processo de estruturação das forças de defesa, apontando o enfoque e
considerando uma Força como a resultante de um conjunto de efeitos desejados que ela deve atender
em decorrência de seu emprego.
O PBC e o planejamento estratégico:
O diagrama a seguir exemplifica como funciona um planejamento estratégico, seja em âmbito da
defesa ou de uma Força singular.

A concepção estratégica que apresenta o PBC relacionado ao planejamento estratégico apresenta uma
visão mais ampla, pretendendo enfrentar as ameaças vislumbradas e empregar suas Forças de modo a
explorar os respectivos fatores de força e resguardar as partes fracas. Dentro disso se estabelecem os
Conceitos Estratégicos Operacionais (CEO), sendo impostos em duas vertentes do planejamento
estratégico: emprego e preparo.
No emprego da Força, possibilitam o desenvolvimento dos planos estratégicos de emprego, utilizando
o Processo de Planejamento Conjunto (PPC)/Processo de Planejamento Militar (PPM) e, no preparo
da Força, os CEO auxiliam a responder a seguinte questão: “que capacidades será preciso ter no
futuro, de modo a orientar o preparo da Força para enfrentar determinados desafios?”
O PBC é empregado para resolver esses impasses, tornando mais útil e dinâmico os processos
anteriormente ditos, focando prioritariamente nas capacidades necessárias para depois selecionar a
melhor forma de atendê-las.
• Transição do PBC da área da defesa para a segurança pública

A transição do planejamento baseado em capacidades da área de defesa para a área da segurança


pública tem sido um processo gradual e complexo, marcado por mudanças significativas nas
estratégias e abordagens utilizadas. Enquanto o planejamento baseado em capacidades na defesa está
focado principalmente na preparação militar e na capacidade de dissuasão, o planejamento na
segurança pública visa garantir a ordem, proteção e bem-estar dos cidadãos em um contexto interno.
Uma das principais razões para essa transição é a crescente complexidade dos desafios enfrentados
pelos governos e sociedades modernas. À medida que as ameaças à segurança evoluem, as fronteiras
entre as esferas da defesa e da segurança pública tornam-se menos definidas. Questões como o
terrorismo, o crime organizado transnacional, a cibersegurança e as crises humanitárias exigem uma
abordagem holística e integrada, combinando esforços de defesa e segurança pública.
A transição do planejamento baseado em capacidades para a área da segurança pública implica uma
mudança de ênfase dos ativos e equipamentos militares para a capacidade de resposta rápida,
coordenação eficaz e inteligência compartilhada. Isso requer uma estreita colaboração entre as forças
de segurança, agências de inteligência, órgãos governamentais e, muitas vezes, a participação da
sociedade civil e do setor privado.
Além disso, a transição envolve o reconhecimento de que a segurança pública vai além da aplicação
da lei e da resposta a incidentes. Ela abrange a prevenção, o fortalecimento das comunidades, a
promoção da justiça, a proteção dos direitos humanos e a mitigação dos fatores que contribuem para a
insegurança. Nesse contexto, o planejamento baseado em capacidades da segurança pública se
concentra na construção de uma infraestrutura resiliente, no desenvolvimento de capacidades de
inteligência e análise de dados, na formação e capacitação de profissionais e na implementação de
políticas públicas eficazes.
A transição do planejamento baseado em capacidades da área de defesa para a área da segurança
pública reflete a necessidade de uma abordagem mais ampla e integrada para enfrentar os desafios
contemporâneos à segurança. Isso envolve uma colaboração estreita entre diferentes atores e a adoção
de estratégias flexíveis e adaptáveis que possam lidar de forma eficaz com ameaças em constante
evolução.

• Vantagens e desvantagens do PBC na segurança pública

A abordagem do planejamento baseado em capacidades na segurança pública apresenta tanto


vantagens quanto desvantagens que devem ser consideradas de forma crítica.
Uma das principais vantagens do planejamento baseado em capacidades é que ele proporciona um
foco claro nos resultados desejados. Ao identificar as capacidades necessárias para enfrentar desafios
específicos de segurança, é possível estabelecer metas concretas e direcionar os recursos de forma
mais eficiente. Isso permite uma resposta mais proativa e eficaz, contribuindo para a prevenção de
incidentes ou para a minimização de seus impactos. Além disso, essa abordagem incentiva a
coordenação e colaboração entre diferentes agências e partes interessadas envolvidas na segurança
pública, promovendo uma maior integração e eficácia na gestão dos recursos disponíveis.
Por outro lado, é importante considerar algumas desvantagens associadas ao planejamento baseado
em capacidades na segurança pública. Um ponto crítico é a complexidade envolvida na sua
implementação. A coordenação, comunicação e colaboração entre múltiplas agências e instituições
pode ser desafiadora, especialmente em contextos com burocracia e estruturas organizacionais
fragmentadas. Além disso, a implementação dessa abordagem requer investimentos significativos em
recursos financeiros, humanos, tecnológicos e de treinamento. O custo envolvido pode ser uma
barreira para muitos países, especialmente aqueles com orçamentos limitados.
Outra desvantagem é a dificuldade em identificar as capacidades necessárias de forma precisa. Uma
análise minuciosa e confiável é fundamental para evitar lacunas ou alocação inadequada de recursos.
Além disso, existe o desafio de lidar com a resistência à mudança por parte das agências de segurança
pública estabelecidas. Superar a cultura organizacional existente, desenvolver novas habilidades e
adaptar estruturas podem ser processos demorados e complexos.
O planejamento baseado em capacidades na segurança pública apresenta vantagens valiosas, como o
foco em resultados, a resposta proativa, a coordenação e colaboração efetiva. No entanto, também é
necessário considerar as desvantagens associadas, como a complexidade da implementação, os custos
envolvidos, a dificuldade em identificar as capacidades necessárias com precisão e a resistência à
mudança. Uma avaliação criteriosa desses fatores é fundamental para garantir uma implementação
eficaz e bem-sucedida do planejamento baseado em capacidades na segurança pública.

• O paralelo entre PBC, segurança pública e federalismo brasileiro

O paralelo entre o Planejamento Baseado em Capacidades (PBC), a segurança pública e o


federalismo brasileiro é um tema complexo e que merece uma análise crítica cuidadosa.
O PBC, que é uma abordagem estratégica que visa identificar e desenvolver as capacidades
necessárias para enfrentar desafios específicos, pode trazer benefícios para a segurança pública. Ao
aplicar essa abordagem, as instituições de segurança podem definir metas claras, direcionar recursos
de forma mais eficiente e antecipar os desafios de segurança, promovendo uma resposta mais
proativa. Além disso, o PBC enfatiza a necessidade de coordenação e colaboração entre diferentes
agências e partes interessadas, o que pode contribuir para uma abordagem mais integrada e eficaz na
gestão da segurança pública.
No entanto, é fundamental entender como o federalismo brasileiro influencia a aplicação do PBC na
segurança pública. O Brasil adota um sistema federativo, no qual as responsabilidades de segurança
pública são compartilhadas entre os governos federal, estaduais e municipais. Essa divisão de poderes
e responsabilidades pode gerar desafios na implementação do PBC.
Uma das principais críticas é a falta de coordenação efetiva entre os diferentes níveis de governo. A
descentralização do poder pode levar a uma fragmentação das políticas e ações de segurança pública,
dificultando a aplicação consistente do PBC em todo o país. Além disso, a distribuição desigual de
recursos e a falta de capacidade técnica em alguns municípios e estados podem prejudicar a
implementação efetiva do PBC.
Outro ponto crítico é a complexidade que o federalismo brasileiro adiciona ao planejamento baseado
em capacidades. A necessidade de envolver múltiplos atores e reconciliar interesses divergentes pode
tornar o processo mais lento e burocrático. Isso pode afetar negativamente a agilidade do PBC,
comprometendo sua eficácia na adaptação às mudanças rápidas no cenário de segurança.
Além disso, é importante considerar as diferenças regionais dentro do país. O Brasil possui
características heterogêneas em termos de desenvolvimento socioeconômico, criminalidade e recursos
disponíveis. Essas disparidades podem dificultar a aplicação uniforme do PBC, tornando necessário
um ajuste de acordo com as realidades específicas de cada região.
Embora o PBC possa trazer benefícios para a segurança pública brasileira, é fundamental abordar as
particularidades do federalismo brasileiro na implementação dessa abordagem. A falta de
coordenação efetiva, a complexidade do sistema federativo e as diferenças regionais podem
representar desafios significativos. É necessário um esforço conjunto e uma abordagem adaptada para
garantir que o PBC seja aplicado de forma eficaz e consistente em todo o país, levando em
consideração as especificidades do federalismo brasileiro.

4- CONCLUSÃO

A política de mobilização nacional e o planejamento baseado em capacidades são abordagens


estratégicas que se complementam na busca por uma resposta eficiente e coordenada diante de
situações de emergência. A mobilização nacional envolve a união de esforços e recursos de diferentes
setores da sociedade, enquanto o planejamento baseado em capacidades identifica, desenvolve e
utiliza efetivamente as capacidades necessárias. Ao combinar essas abordagens, é possível otimizar a
resposta, garantindo que as capacidades disponíveis sejam empregadas de forma estratégica e
coordenada. Através da análise da política de mobilização nacional em relação ao planejamento
baseado em capacidades, podemos concluir que essa abordagem estratégica desempenha um papel
fundamental na efetividade da mobilização e resposta em situações de emergência. Ao identificar,
desenvolver e utilizar as capacidades disponíveis, é possível otimizar a utilização dos recursos,
coordenar as ações de forma eficiente e alcançar os objetivos estabelecidos. O planejamento baseado
em capacidades proporciona uma visão holística e integrada, permitindo que a mobilização nacional
seja mais eficaz na resposta aos desafios e na promoção de uma sociedade mais resiliente.

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