Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GRUPO 1:
Asp 3006 Farias França;
Asp 3097 Duran;
Asp 3110 Costa Simões;
Asp 3114 Filipe Silva;
Asp 3118 Vittória Blasi;
Asp 3139 Alves Correa; e
Asp 3143 Lucas Beraldo.
1- INTRODUÇÃO
A política de mobilização nacional e o planejamento baseado em capacidades são elementos
importantíssimos para o desenvolvimento e a segurança de um país. A mobilização nacional tenta unir
todos os setores da sociedade em torno de objetivos comuns, enquanto o planejamento baseado em
capacidades envolve a alocação estratégica de recursos de acordo com as necessidades e
competências do país. Esses conceitos são complementares e permitem que a nação esteja preparada
para enfrentar desafios e alcançar objetivos estratégicos.
- A mudança dos tipos de ameaças no pós Guerra Fria, principalmente com o surgimento de ataques
terroristas. Antes da modificação, os ataques estavam mais ligados à guerra e confrontos mais físicos
com inimigos e campos de batalhas bem definidos. Agora as ameaças tinham o fator surpresa e que
não mais possuíam o foco exclusivo às forças militares inimigas, mas também providenciavam riscos
às populações civis;
- A crescente de desastres naturais, pois agora com o aumento da densidade populacional e das
mudanças do climáticas e ambientais, potencializaram ainda mais esse efeito. Somando-se a esses
fatores, quando se trata de sistemas produtivos, aspectos da defesa militar, econômica, social e civil
não se diferenciam quando suscetíveis à possíveis impactos como o de vírus eletrônico.
- O aumento das pressões orçamentárias. Tendo em vista o novo cenário de ameaças, os custos
militares foram elevados pela crescente demanda da defesa nacional. Agora não basta os recursos
apenas para as combater as ameaças identificadas, torna-se necessário também se preparar para os
diversos possíveis ataques. Assim o PBC procura utilizar de medidas diferentes, de novos sistemas de
defesa afim de melhorar a eficiência dos recursos escassos.
No contexto brasileiro, o Ministério da Defesa junto com as Forças Armadas formatou uma estratégia
nacional de defesa (END), com a função de promover a relação entre a política de independência
nacional e as Forças Armadas. A END de 2008 incorporou o conceito de capacidade operacional aqui
empregado. O Plano Plurianual 2012-2015 também revela o uso constante do termo “capacidade”,
muitas vezes nos moldes da definição apresentada no início deste artigo.
A exteriorização dos resultados é um elemento crucial para o sucesso de qualquer plano de obtenção
de capacidades. Trata-se do processo pelo qual os resultados obtidos internamente são comunicados,
divulgados e compartilhados com partes interessadas relevantes. Essa prática não apenas fortalece a
transparência, como também promove a colaboração e o aprendizado contínuo dentro de uma
organização. Ao compartilhar os resultados alcançados, as empresas podem obter feedback valioso,
identificar áreas de melhoria e alinhar as expectativas de todos os envolvidos. Além disso, a
exteriorização dos resultados permite que outras equipes e organizações se beneficiem das conquistas
e inovações alcançadas, acelerando assim o progresso coletivo em direção aos objetivos comuns. Ao
criar um ambiente de abertura e comunicação, a exteriorização dos resultados se torna um
componente fundamental do planejamento estratégico, garantindo que as capacidades sejam obtidas e
aprimoradas de forma eficaz e sustentável.
Um plano de obtenção de capacidades operacionais apresenta diversas vantagens quando se trata de
lidar com recursos públicos escassos no âmbito da defesa e segurança. Em primeiro lugar, esse tipo
de planejamento permite uma alocação estratégica e eficiente dos recursos disponíveis. Ao identificar
as capacidades operacionais mais críticas e prioritárias, o plano direciona os investimentos para áreas
que trarão maior impacto no fortalecimento da defesa e segurança do país.
Outra vantagem é a maximização do retorno sobre o investimento. Com recursos escassos, é
fundamental obter o máximo de benefícios e resultados possíveis. O planejamento de obtenção de
capacidades operacionais permite que os recursos sejam direcionados para aquisições e
desenvolvimento de capacidades que possam ser utilizadas em uma ampla gama de cenários e
missões. Dessa forma, evita-se o desperdício de recursos em soluções isoladas ou que tenham vida
útil limitada.
Além disso, um plano de obtenção de capacidades operacionais promove a interoperabilidade e a
cooperação com parceiros internacionais. Ao desenvolver capacidades operacionais alinhadas com
padrões e protocolos internacionais, o país facilita a integração com coalizões e alianças, fortalecendo
a capacidade de atuação conjunta em operações de defesa e segurança. Isso permite compartilhar
custos, recursos e conhecimentos, ampliando as possibilidades de obter capacidades operacionais
mais avançadas e complexas.
Por fim, o planejamento de obtenção de capacidades operacionais contribui para a sustentabilidade a
longo prazo. Ao considerar a manutenção, modernização e atualização das capacidades ao longo do
tempo, o plano evita que recursos sejam desperdiçados em equipamentos ou tecnologias obsoletas. A
sustentabilidade das capacidades operacionais é fundamental para garantir a prontidão e a eficácia
contínua das forças de defesa e segurança, mesmo diante de restrições orçamentárias.
Em suma, um plano de obtenção de capacidades operacionais é uma estratégia inteligente para lidar
com recursos públicos escassos no âmbito da defesa e segurança. Ele permite uma alocação
estratégica dos recursos, maximiza o retorno sobre o investimento, promove a interoperabilidade e
cooperação internacional, e contribui para a sustentabilidade das capacidades operacionais a longo
prazo.
A forma de lidar com o PBC, enxergando-o como uma forma de independente de planejamento
estratégico é equivocada. Na realidade, é tão somente uma das diversas formas existentes no âmbito
da sistemática do Planejamento de Forças, voltado para um processo maior que vem a ser o
planejamento estratégico voltado ao preparo das Forças Armadas. Entretanto, o PBC auxilia na
sistematização dos esforços para a obtenção de meios voltados para a realidade orçamentária e
tecnológica e na argumentação para o diálogo político a ser travado, ao explicar os motivos de sua
necessidade e os riscos de sua não obtenção.
O que é PBC?
Primeiramente, deve-se entender o conceito de “capacidade” que exemplifica a aptidão para a
realização de uma tarefa ou consecução de uma meta ou objetivo, compreendendo doutrina,
organização, pessoal, educação, material, adestramento e infraestrutura. Sendo assim, o PBC
caracteriza-se pelo processo de estruturação das forças de defesa, apontando o enfoque e
considerando uma Força como a resultante de um conjunto de efeitos desejados que ela deve atender
em decorrência de seu emprego.
O PBC e o planejamento estratégico:
O diagrama a seguir exemplifica como funciona um planejamento estratégico, seja em âmbito da
defesa ou de uma Força singular.
A concepção estratégica que apresenta o PBC relacionado ao planejamento estratégico apresenta uma
visão mais ampla, pretendendo enfrentar as ameaças vislumbradas e empregar suas Forças de modo a
explorar os respectivos fatores de força e resguardar as partes fracas. Dentro disso se estabelecem os
Conceitos Estratégicos Operacionais (CEO), sendo impostos em duas vertentes do planejamento
estratégico: emprego e preparo.
No emprego da Força, possibilitam o desenvolvimento dos planos estratégicos de emprego, utilizando
o Processo de Planejamento Conjunto (PPC)/Processo de Planejamento Militar (PPM) e, no preparo
da Força, os CEO auxiliam a responder a seguinte questão: “que capacidades será preciso ter no
futuro, de modo a orientar o preparo da Força para enfrentar determinados desafios?”
O PBC é empregado para resolver esses impasses, tornando mais útil e dinâmico os processos
anteriormente ditos, focando prioritariamente nas capacidades necessárias para depois selecionar a
melhor forma de atendê-las.
• Transição do PBC da área da defesa para a segurança pública
4- CONCLUSÃO