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POLÍTICA
NACIONAL DE DEFESA
ESTRATÉGIA
NACIONAL DE DEFESA
SUMÁRIO
POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA 5
1 INTRODUÇÃO 7
2 O CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA 11
2.1 FUNDAMENTOS 11
2.2 O AMBIENTE NACIONAL 12
2.3 O AMBIENTE INTERNACIONAL 16
3 CONCEPÇÃO POLÍTICA DE DEFESA 20
4 OBJETIVOS NACIONAIS DE DEFESA 24
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 26
1 INTRODUÇÃO 31
2 CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA DE DEFESA 32
3 FUNDAMENTOS 33
3.1 PODER NACIONAL 33
3.2 AÇÕES DE DIPLOMACIA 40
3.3 SETOR DE DEFESA 41
4 ESTRATÉGIAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS DE DEFESA 58
GLOSSÁRIO 69
POLÍTICA
NACIONAL
DE DEFESA
1. INTRODUÇÃO
O Brasil privilegia a paz e defende o diálogo e Defesa e consoante o que preveem as Leis Com-
as negociações para a solução das controvérsias plementares nº 97, de 9 de junho de 1999, e nº
entre os Estados. Os eventos que marcam a his- 136, de 25 de agosto de 2010, a PND passou
tória do País atestam tal postura e fundamentam pelo seu terceiro processo de atualização, cujo
o seu posicionamento nas relações externas. objetivo foi promover sua adequação às novas
Não obstante, é essencial que a Nação de- circunstâncias, nacionais e internacionais. É jus-
dique contínua atenção à defesa da Pátria, haja tamente na evolução desses contextos que a
vista a condição sistemática de instabilidade dos presente Política é alicerçada.
relacionamentos entre os países e a emergência A PND é o documento de mais alto nível do
de novas ameaças no cenário internacional. País em questões de Defesa, baseado nos prin-
Com esse objetivo, foi aprovada, em 1996, a cípios constitucionais e alinhado às aspirações e
Política de Defesa Nacional. O documento con- aos Objetivos Nacionais Fundamentais1, que con-
figurou-se na primeira iniciativa para orientar os solida os posicionamentos do Estado brasileiro e
esforços de toda a sociedade brasileira no sen- estabelece os objetivos mais elevados neste tema.
tido de reunir capacidades em nível nacional, a A partir da análise das realidades que afetam
fim de desenvolver as condições para garantir a defesa da Pátria, a Política Nacional de Defesa
a soberania do País, sua integridade e a conse- busca harmonizar as iniciativas de todas as ex-
cução dos objetivos nacionais. pressões do Poder Nacional intervenientes com
Atualizada em 2005, a Política foi comple- o tema, visando melhor aproveitar as potencia-
mentada pela Estratégia Nacional de Defesa – lidades e as capacidades do País. Trata, subsi-
END, passando por nova atualização em 2012, diariamente, da interação e da cooperação em
então com a denominação de Política Nacional outras atividades que, embora não sejam dire-
de Defesa – PND. Enquanto a primeira apre- tamente ligadas à Defesa, são relacionadas com
sentava o posicionamento do País em relação à a manutenção do bem-estar e da segurança da
sua defesa e estabelecia os Objetivos Nacionais população em seu sentido mais amplo.
de Defesa – OND, a Estratégia orientava todos Desde a primeira versão desse marco
os segmentos do Estado brasileiro quanto às normativo, o Brasil vem aperfeiçoando a
medidas a serem implementadas para se atin- concepção de sua estrutura de Defesa,
girem os objetivos estabelecidos. processo complexo que se consolida no longo
Exercíto Brasileiro/Divulgação
Transcorridos vinte anos do primeiro marco de prazo, pois abarca o desenvolvimento das
1. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Art. 3º
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potencialidades de todos os segmentos do País, Fundamentais e os da política externa brasileira,
a modernização dos equipamentos das Forças as políticas setoriais do País, bem como sua si-
Armadas e a qualificação do seu capital humano, tuação socioeconômica, sua extensão territorial,
além da discussão de conceitos, de doutrinas, suas águas jurisdicionais e outros aspectos fisio-
de diretrizes e de procedimentos de preparo e gráficos relevantes. A complexidade do tema de-
emprego da expressão militar do Poder Nacional. manda que se articulem as ações do Ministério
O Ministério da Defesa coordena esse pro- da Defesa com as de outros órgãos do Estado e
cesso, que leva em conta os Objetivos Nacionais da sociedade brasileira.
2.1. FUNDAMENTOS
2.1.1 A PND expressa os objetivos a serem al- Objetivos Nacionais, em conformidade com a
cançados com vistas a assegurar a Defesa Vontade Nacional. Manifesta-se em cinco ex-
Nacional, conceituada como o conjunto de ati- pressões: a política, a econômica, a psicosso-
tudes, medidas e ações do Estado, com ênfase cial, a militar e a científico-tecnológica4.
na expressão militar, para a defesa do território,
da soberania e dos interesses nacionais contra 2.1.4 A defesa do País é indissociável de seu de-
ameaças preponderantemente externas, poten- senvolvimento, na medida em que depende das
ciais ou manifestas . 2
capacidades instaladas, ao mesmo tempo em que
contribui para o incremento das potencialidades
2.1.2 Portanto, a Política Nacional de Defesa nacionais e para o aprimoramento de todos os re-
atua no sentido de contribuir para a percepção cursos de que dispõe o Estado brasileiro.
de um estado de Segurança Nacional, enten-
dida como a condição que permite a preser- 2.1.5 A Política Nacional de Defesa tem como
vação da soberania e da integridade territorial, princípios a solução pacífica das controvérsias,
a realização dos interesses nacionais, livre de a promoção da paz e da segurança interna-
pressões e ameaças de qualquer natureza, e a cionais, o multilateralismo e a integração sul-a-
garantia aos cidadãos do exercício dos direitos e mericana, assim como a projeção do País no
Marinha do Brasil/Divulgação
deveres constitucionais . 3
concerto das nações e a ampliação de sua in-
serção em processos decisórios internacionais,
2.1.3 Coordenada pelo Ministério da Defesa, a o que requer permanente esforço de articulação
PND articula-se com as demais políticas nacio- diplomático-militar.
nais, com o propósito de integrar os esforços
do Estado brasileiro para consolidar seu Poder 2.1.6 Nesse sentido, sem desconsiderar a esfera
Nacional, compreendido como a capacidade global, estabelece como área de interesse prio-
que tem a Nação para alcançar e manter os ritário o entorno estratégico brasileiro, que inclui
2. BRASIL. Ministério da Defesa. Glossário das Forças Armadas MD35-G-01. Brasília, 2015, p. 85.
3. BRASIL. Ministério da Defesa. Glossário das Forças Armadas MD35-G-01. Brasília, 2015, P. 250.
4. BRASIL. Ministério da Defesa. Glossário das Forças Armadas MD35-G-01. Brasília, 2015, p. 212.
Exército Brasileiro/Divulgação
brejacente àquelas caracteriza-se como de fun-
damental importância para a Defesa Nacional.
I. privilegiar a solução pacífica das controvérsias; VIII. sem prejuízo da dissuasão, privilegiar
a cooperação no âmbito internacional e a
II. apoiar o multilateralismo no âmbito das integração com os países sul-americanos,
relações internacionais; visando encontrar soluções integradas para
questões de interesses comuns ou afins;
III. atuar sob a égide de organismos
internacionais, visando à legitimidade e ao IX. promover o intercâmbio com países de maior
respaldo jurídico internacional, e conforme os interesse estratégico no campo de defesa;
tem como documento de mais alto nível a Política zidas, no âmbito de todas as instâncias dos três
Nacional de Defesa – PND, a qual estabelece os poderes e a interação entre os diversos escalões
Objetivos Nacionais de Defesa – OND, que devem condutores dessas ações com os segmentos
ser permanentemente perseguidos pela Nação. não-governamentais do País.
7 de Setembro de 2011
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2. CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA 3. FUNDAMENTOS
DE DEFESA
3.1 PODER NACIONAL
A Constituição Federal estabelece os do direito internacional e os compromissos fir- O Poder Nacional8 apresenta-se como a con- humanos e materiais das Forças Armadas, que é o
fundamentos e os Objetivos Nacionais mados pelo País. As ações do Setor de Defesa, jugação interdependente de vontades e meios, conceito de Elasticidade, um dos pressupostos da
Fundamentais6 do Brasil, orientadores para a constituído pelo Ministério da Defesa e pelas voltada para o alcance de determinada finali- Mobilização Nacional.
manutenção da identidade nacional e para a Forças Armadas, contribuem para o propósito dade. De vontades, por ser este um elemento im- Em face da análise dos atuais cenários, nacional e
preservação da coesão e da unidade do País. da diplomacia ao interagirem com as contra- prescindível à sua manifestação, tornando-o um internacional, torna-se essencial adaptar a configu-
A Carta Magna prescreve, dentre outros partes de outros países, incrementando-se a fenômeno essencialmente humano, individual ou ração das expressões do Poder Nacional às novas
aspectos, o bem-estar social, a construção confiança mútua e os laços de amizade. coletivo; de meios, por refletir as possibilidades e circunstâncias e, por conseguinte, buscar estruturar
de uma sociedade justa, livre e solidária, A Defesa Nacional, portanto, confere subs- limitações das pessoas que o constituem e dos os meios de defesa em torno de capacidades.
que proporcionem as condições para o tância à Segurança e atua em consonância com a recursos de que dispõe. São consideradas Capacidades Nacionais
desenvolvimento nacional, alicerçadas pelo política brasileira de privilegiar a solução pacífica Assim, entende-se o Poder Nacional como de Defesa aquelas compostas por diferentes par-
adequado grau de segurança7 promovido pelo das controvérsias entre os países, de sorte que o a capacidade que tem a Nação para alcançar celas das expressões do Poder Nacional. Elas são
Estado, esta entendida como a sensação de uso da força por intermédio da Expressão Militar e manter os Objetivos Nacionais, em conformi- implementadas por intermédio da participação co-
garantia necessária e indispensável a uma do Poder Nacional somente será concretizado, dade com a vontade nacional, manifestando-se ordenada e sinérgica de órgãos governamentais e,
sociedade e a cada um de seus integrantes, quando, ameaçados os interesses nacionais, as nas Expressões Política, Econômica, Psicosso- quando pertinente, de entes privados orientados
contra ameaças de qualquer natureza. possibilidades de negociação apresentem-se in- cial, Militar e Científico-tecnológica. para a defesa e para a segurança em seu sentido
Nesse sentido, a Defesa Nacional, concei- viáveis, visando à preservação da soberania, da O preparo do Poder Nacional consiste de um mais amplo.
tuada como o conjunto de atitudes, medidas e integridade territorial e dos interesses nacionais. conjunto de atividades executadas com o objetivo Assim, destacam-se dentre as Capacidades Na-
ações do Estado, com ênfase na expressão mi- de fortalecê-lo, seja pela manutenção ou aperfeiço- cionais de Defesa: as Capacidades de Proteção, de
litar, para a defesa do território, das águas jurisdi- amento do poder existente, seja por meio da trans- Dissuasão, de Pronta-resposta, de Coordenação e
cionais, da soberania e dos interesses nacionais formação do potencial em poder. A eficiência de tal Controle, de Gestão da Informação, de Mobilidade
contra ameaças preponderantemente externas, preparo depende de políticas e estratégias que pro- Estratégica e de Mobilização.
potenciais ou manifestas, é essencial para a con- piciem as condições necessárias ao processo de A Capacidade de Proteção do território e da
secução do desejado grau de segurança do País. desenvolvimento do País. população brasileira exprime o mais relevante obje-
A concepção estratégica de defesa do Brasil No contexto da Defesa Nacional, é necessário tivo nacional, o de garantir a soberania, o patrimônio
prevê a prevalência da ação diplomática, em que a Nação esteja preparada para evoluir, rapida- nacional e a integridade territorial. Assim, importa
tempo de paz ou de crise, em que será per- mente, da situação de paz ou de crise para a situ- dotar a Nação da capacidade de resposta em si-
seguido o entendimento para eventuais diver- ação de conflito armado. O País deverá, portanto, tuações excepcionais, preservando-se o funciona-
gências e disputas, observando-se os preceitos estar habilitado a aumentar celeremente os meios mento normal das funções vitais do Estado.
6. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Art. 3º. 8. BRASIL. Ministério da Defesa. Glossário das Forças Armadas. Brasília, 2016. p.212
7. BRASIL. Ministério da Defesa. Glossário das Forças Armadas. Brasília, 2016. p.248
Marinha do Brasil/Divulgação
Reforçar a Capacidade de Proteção requer a A Capacidade de Proteção, além de voltar-se
adequação dos meios e métodos de vigilância para o território nacional, deverá considerar os
sobre o território nacional, incluindo a Zona Eco- interesses brasileiros no exterior, com o pro-
nômica Exclusiva, a plataforma continental e o es- pósito de assegurar a observância dos direitos
paço exterior sobrejacente, o espaço cibernético e individuais ou coletivos, privados ou públicos,
outras áreas de interesse. Exige, adicionalmente, o o cumprimento de acordos internacionais, de
aperfeiçoamento dos sistemas de comunicações modo a zelar também pelo patrimônio, pelos A Capacidade de Coordenação e Controle Estará assentada no Sistema Nacional de Comu-
e de informações e dos sistemas de alerta relacio- ativos econômicos e pelos recursos nacionais tem como objetivo permitir, em quaisquer circuns- nicações Críticas – SISNACC, que beneficiará a
nados aos órgãos de Proteção e Defesa Civil, com existentes fora do Brasil, de acordo com o arca- tâncias, a coordenação entre os diversos órgãos Administração Pública com uma rede de comuni-
vistas à atuação coordenada interagências. bouço jurídico internacional. governamentais e tem como fundamento o do- cações para coordenação e controle nos campos
mínio e a integridade do tráfego de informações. da Defesa Nacional, da Proteção e da Defesa
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3.3.5 Setores estratégicos nacionalização e o desenvolvimento em escala in- d) aumentar a capacidade de usar a energia nuclear
dustrial do ciclo do combustível nuclear, inclusive em amplo espectro de atividades de uso pacífico;
Três setores tecnológicos são essenciais para No Setor Nuclear, o Brasil é um dos países mais a gaseificação e seu enriquecimento, e da tecno-
a Defesa Nacional: o nuclear, o cibernético e o es- atuantes na causa da não proliferação de armas logia de construção de reatores nucleares, para e) incrementar a capacidade de prover as defesas
pacial. Portanto, são considerados estratégicos e atômicas. Sem renunciar ao domínio da tecnologia uso exclusivo do Brasil; radiológica e nuclear.
devem ser fortalecidos. Como decorrência de sua nuclear, optou por empregá-la exclusivamente para
própria natureza, transcendem à divisão entre de- fins pacíficos, decisão consubstanciada no texto c) aprimorar as tecnologias e capacitações na- No Setor Cibernético, as capacitações des-
senvolvimento e defesa e entre o civil e o militar. constitucional e referendada pela adesão do País cionais com vistas a qualificar o País a projetar e tinar-se-ão ao mais amplo espectro de emprego
Importa, nesse contexto, a capacitação do País ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucle- construir termelétricas nucleares, ainda que de- civil e militar. Incluirão, como parte prioritária, as
como um todo, bem como conferir ao Poder Na- ares – TNP. Tal posicionamento foi assumido em senvolvidas por meio de parcerias com outros pa- tecnologias de comunicações entre as unidades
cional condições de adaptar-se às circunstâncias e face de várias premissas, sendo a mais importante íses ou com empresas estrangeiras, com o pro- das Forças Armadas, de modo a assegurar sua in-
de servir-se do potencial de emprego que abrigam. o progressivo desarmamento dos Estados nuclear- pósito de diversificar a matriz energética nacional; teroperabilidade e a capacidade de atuar de forma
Esses setores estratégicos apresentam elevada mente armados. integrada, com segurança.
complexidade, de forma que, ao mesmo tempo em No Setor Nuclear busca-se:
que demandam liderança centralizada, requerem
estreita coordenação e integração de diversos a) aprimorar o desenvolvimento da tecnologia
atores e áreas do conhecimento. Dessa forma, atri- nuclear;
bui-se à Marinha a responsabilidade pelo Setor Nu-
clear, ao Exército pelo Setor Cibernético e à Força b) concluir, no que diz respeito ao programa do
Aérea pelo Setor Espacial. submarino de propulsão nuclear, a completa
Marinha do Brasil/Divulgação
Exército Brasileiro/Divulgação
ESTRATÉGICAS DE DEFESA Esta Estratégia significa desenvolver, apri- AED-9 Desenvolver as capacidades de monitorar
morar e consolidar os fatores que conferem ao e controlar o espaço aéreo, o espaço cibernético,
País condições para desestimular qualquer ação o território, as águas jurisdicionais brasileiras e ou-
Com base nas considerações constantes do Defesa – AED, que visam orientar as medidas que hostil contra sua soberania, seus interesses, an- tras áreas de interesse.
presente marco normativo, o Brasil orienta suas ini- deverão ser implementadas no sentido da conse- seios e aspirações.
ciativas na área de defesa no seu nível mais amplo, cução dos Objetivos Nacionais de Defesa. AED-10 Incrementar as capacidades de defender
segundo as Estratégias de Defesa – ED, direta- Uma ED pode contribuir para mais de um Ob- AED-7 Dotar o País de Forças Armadas mo- e de explorar o espaço cibernético.
mente alinhadas aos Objetivos Nacionais de De- jetivo Nacional de Defesa, o mesmo ocorrendo dernas, bem equipadas, adestradas e em estado
fesa estabelecidos na Política Nacional de Defesa. com as Ações Estratégicas de Defesa em relação de permanente prontidão, capazes de desenco- AED-11 Incrementar a capacidade de
Complementarmente, a cada Estratégia de às Estratégias. Nesse caso, podem ser de natu- rajar ameaças e agressões. Mobilização Nacional.
Defesa são incorporadas Ações Estratégicas de rezas idênticas ou distintas.
AED-8 Demonstrar a capacidade de contrapor-se
OND-I: GARANTIR A SOBERANIA, O PATRIMÔNIO
NACIONAL E A INTEGRIDADE TERRITORIAL à concentração de forças hostis nas proximidades
das fronteiras, dos limites das águas jurisdicionais
ED-1 Fortalecimento do Poder Nacional brasileiras e do espaço aéreo nacional.
ED-6 Fortalecimento da capacidade de dissuasão ED-8 Incremento da presença do Estado em todas as regiões do País
Trata do desenvolvimento, do aprimoramento AED-33 Incrementar a participação das Forças Significa o compromisso do poder público no AED-38 Intensificar a presença do Setor de
e da consolidação dos fatores que conferem ao Armadas em exercícios operacionais com sentido de se fazer presente, inclusive nas áreas Defesa nas áreas estratégicas de baixa densi-
País condições para desestimular qualquer ação outros países. menos favorecidas do País, para atender neces- dade demográfica.
hostil contra sua soberania, seus interesses, an- sidades básicas da população, promovendo a
seios e aspirações. AED-34 Promover o adestramento, a atualização integração e a cidadania e consolidando a iden- AED-39 Intensificar a contribuição do Setor de
tecnológica dos meios materiais e doutrinária tidade nacional. Defesa para a integração da região Amazônica.
AED-31 Desenvolver capacidades para preservar dos recursos humanos, para a participação das
nacionais em situação de risco e resguardar bens, Forças Armadas em operações internacionais. AED-27 Aperfeiçoar o Serviço Militar
recursos e interesses brasileiros, no exterior, inclu-
sive linhas de comunicação marítimas. AED-35 Desenvolver capacidades de manter a ED-9 Adoção de medidas educativas
segurança das linhas de comunicação marítimas
AED-32 Incrementar a capacidade expedicio- onde houver interesses nacionais. Trata-se da adoção de medidas educativas, AED-41 Intensificar as ações de comunicação
nária, com foco na presteza e na permanência. no sentido da construção de uma cultura que va- social voltadas para a identidade nacional.
lorize a cidadania, o patriotismo e o civismo.
ED-7 Emprego de ações diplomáticas relacionadas à defesa
AED-40 Contribuir para a ampliação de programas
Refere-se às atividades mantidas entre o Setor AED-36 Incrementar o relacionamento com o educacionais que visem à promoção da cidadania.
de Defesa brasileiro e os congêneres estran- Setor de Defesa de outros países.
geiros, visando ao fortalecimento da confiança, ED-10 Contribuição para a atuação dos órgãos federais, estaduais e municipais
ao estreitamento dos laços de amizade, ao co- AED-37 Incrementar as ações de presença naval
nhecimento mútuo e ao desenvolvimento de um em apoio às ações de diplomacia. A presente estratégia refere-se às atribuições AED-42 Capacitar as Forças Armadas para co-
ambiente de camaradagem e cooperação. subsidiárias das Forças Armadas, em coope- operar com os órgãos públicos.
Considera, adicionalmente, o relacionamento ração com as diversas agências e instituições
do Setor de Defesa com demais órgãos estatais e públicas nas as instâncias dos três poderes, em- AED-43 Promover a interação e a cooperação
não-estatais e com a sociedade de outros países. penhadas na manutenção do bem-estar da po- entre os diversos órgãos da Administração
pulação e na conservação do nível de segurança Pública responsáveis pelas correspondentes
no seu sentido amplo. áreas de segurança nas as instâncias dos três
poderes, aprimorando os processos de coorde-
nação afins.
ED-1 Fortalecimento do Poder Nacional AED-61 Estender as prerrogativas da Base AED-64 Estimular a obtenção de compensação
Industrial de Defesa para os produtos ou sis- comercial, industrial e tecnológica nas aquisi-
Significa incrementar todo tipo de meios de que captação, tratamento e distribuição de água, ge- temas destinados à segurança pública. ções do exterior.
dispõe a Nação (infraestruturas, instaladas e poten- ração e distribuição de energia elétrica, sistemas
ciais, e capital humano), assim como aperfeiçoar de transporte, produção e distribuição de com- AED-62 Promover as exportações da Base AED-65 Promover a coordenação dos pro-
os procedimentos de emprego dos recursos, uti- bustíveis, finanças, comunicações e cibernética). Industrial de Defesa. cessos de certificação de produtos, serviços
lizados no caso da aplicação da expressão militar. e Sistemas de Defesa – PRODE/SD, concer-
AED-3 Aprimorar o Sistema Nacional de nentes à Base Industrial de Defesa.
AED-1 Desenvolver os setores estratégicos de Mobilização.
ED- 16 Fortalecimento da Área de Ciência e Tecnologia de Defesa
defesa (nuclear, cibernético e espacial).
AED-32 Incrementar a capacidade expedicio- Visa ao desenvolvimento e à solidez da área de AED-70 Promover o desenvolvimento de sis-
AED-2 Contribuir para o incremento do nível de nária, com foco na presteza e na permanência. CT&I em assuntos de defesa, promovendo a ab- temas espaciais.
segurança das Estruturas Estratégicas (sistema de sorção, por parte da cadeia produtiva, de conhe-
cimentos indispensáveis à redução gradativa da AED-71 Estimular o estabelecimento de parcerias
OND-7: PROMOVER A AUTONOMIA PRODUTIVA E dependência de tecnologia externa. e intercâmbios na área de pesquisa de tecnolo-
TECNOLÓGICA NA ÁREA DE DEFESA
gias de interesse da defesa.
ED-15 Promoção da sustentabilidade da cadeia produtiva da Base Industrial de Defesa AED-66 Promover o desenvolvimento de tecnolo-
gias críticas para a defesa. AED-72 Utilizar encomendas tecnológicas para
Trata de proporcionar condições de estabili- AED-56 Estimular projetos de interesse da defesa promover o aumento do conteúdo tecnológico
dade às atividades de pesquisa, desenvolvimento, que empreguem produtos e tecnologias duais. AED-67 Aprimorar o modelo de integração da nacional dos produtos de defesa.
produção e venda de produtos de defesa brasi- tríade Governo/Academia/Empresa.
leiros e de dar condições de sustentabilidade à AED-57 Aprimorar os regimes legal, regulatório e tri- AED-73 Promover a formação em ciências bá-
cadeia produtiva, ainda que submetida a regimes butário especiais para a Base Industrial de Defesa. AED-68 Promover o desenvolvimento da tecno- sica e aplicada, privilegiando-se a aproximação
legal, regulatório e tributário especiais. logia nuclear. da produção científica com as atividades rela-
AED-58 Estabelecer planos de carga para tivas ao desenvolvimento de análises estraté-
AED-25 Buscar a regularidade e a previsibilidade atendimento do Plano de Articulação e de AED-69 Promover o desenvolvimento da tecno- gicas, ao desenvolvimento tecnológico da Base
orçamentária para o Setor de Defesa. Equipamento de Defesa – PAED e para susten- logia cibernética. Industrial de Defesa e ao aprimoramento dos
tação da Base Industrial de Defesa. instrumentos de gestão e aperfeiçoamento de
AED-26 Buscar a vinculação orçamentária e AED-59 Privilegiar aquisições governamentais doutrinas operacionais.
financeira de percentual adequado do PIB em conjuntas de interesse da defesa.
gastos com defesa.
OND-8: AMPLIAR O ENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA ADAPTABILIDADE - Característica que possi- que possui a Nação de congregar e aplicar sua
NOS ASSUNTOS DE DEFESA NACIONAL bilita um rápido ajuste às mudanças nas condi- Capacidade de Proteção e de Pronta-resposta, no
ED-17 Promoção da temática de defesa na educação cionantes que determinam a seleção e a forma caso de eventuais ações hostis contra a soberania
como os meios serão empregados, em qualquer e os legítimos interesses do Brasil.
Refere-se às ações que têm por objetivo es- AED-78 Apoiar as iniciativas no sentido de re- faixa do espectro do conflito, nas situações de
timular a discussão sobre Defesa Nacional nas conhecer o tema defesa como subárea de co- guerra e não guerra. CAPACIDADE DE COORDENAÇÃO E
atividades educacionais do País, nos diversos ní- nhecimento junto às agências de fomento de CONTROLE – capacidade que tem como obje-
veis, promovendo maior conscientização sobre a pós-graduação. C I - Comando, Controle, Comunicação e
3
tivo permitir, em quaisquer circunstâncias, a coor-
importância do tema. Inteligência. denação entre os diversos órgãos governamentais
AED-79 Consolidar a Escola Superior de Guerra e tem como fundamento o domínio e a integridade
AED-75 Buscar a inserção da temática de defesa como uma instituição nacional acadêmica, nos CAPACIDADE DE DEFESA – Capacidade que do tráfego de informações.
no sistema de educação nacional. campos do ensino, da pesquisa e da formação de o País dispõe para gerar efeito dissuasório e
recursos humanos sobre pensamento de defesa, respaldar a preservação dos interesses nacio- CAPACIDADE DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO
AED-76 Realizar, promover e incentivar ati- bem como o Instituto Pandiá Calógeras como ins- nais, compatível com sua estatura político-es- capacidade que visa garantir a obtenção, a pro-
vidades de ensino relacionadas aos temas de tituição de estudos de Defesa, dedicada à pro- tratégica e com as atribuições de defesa do ter- dução e a difusão dos conhecimentos necessários à
Defesa Nacional. moção da participação acadêmica e social. ritório, das águas jurisdicionais, da plataforma coordenação e ao controle dos meios de que dispõe
continental e do espaço aéreo brasileiros. a Nação, proporcionando o acesso à Inteligência
AED-77 Contribuir para a ampliação de pro- aos tomadores de decisão e aos responsáveis pelas
gramas de apoio à pesquisa científica e tecnoló- CAPACIDADE DE PROTEÇÃO - exprime o mais áreas de Segurança Pública e de Defesa Nacional,
gica relacionados aos temas de Defesa Nacional. relevante objetivo nacional, o de garantir a sobe- em todos os escalões. O Sistema Brasileiro de
rania, o patrimônio nacional e a integridade territo- Inteligência – SISBIN é a sua estrutura principal.
ED-18 Emprego da Comunicação Social rial. Assim, importa dotar a Nação da capacidade
de resposta em situações excepcionais, preser- CAPACIDADE DE MOBILIDADE ESTRATÉGICA
Trata das ações com vistas à interação do AED-80 Desenvolver o planejamento de ativi- vando-se o funcionamento normal das funções é a condição de que dispõe a infraestrutura logís-
Setor de Defesa com a sociedade, possibili- dades de promoção institucional. vitais do Estado. tica de transporte do País, com capacidade mul-
tando aos cidadãos brasileiros tomar conhe- timodal, e aos meios de transporte, de permitir às
cimento das atividades desempenhadas pelo AED-81 Promover a visibilidade às ações do CAPACIDADE DE DISSUASÃO - configura-se Forças Armadas deslocar-se, rapidamente, para
Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas, Setor de Defesa como fator de esclarecimento de como fator essencial para a Segurança Nacional, na a área de emprego, no território nacional ou no
promovendo uma imagem fidedigna, real e legí- tomadores de decisão e da opinião pública sobre medida em que tem como propósito desestimular exterior, quando assim impuser a defesa dos inte-
tima dessas organizações. os assuntos de defesa. possíveis agressões. Sustenta-se nas condições resses nacionais.