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RESUMO
ABSTRACT
This article aims to analyze the evolution of the Brazilian National Defense Strategy
(NTS) and verify the existence of gaps in the approach to terrorism and chemical,
biological, radiological and nuclear defense (DCBRN). For this, bibliographic and
documentary research was carried out focusing on the White Papers of National
Defense (LBDN), national defense policies (PND), NDTs and works addressing the
themes of terrorism and DCBRN and national security and defense. It was possible to
verify that, even with advances in its writing, since it was able to predict actions that
1 INTRODUÇÃO
Outro aspecto importante e muito atual que traz uma justificativa plausível
para a abordagem detalhada da Defesa QBRN na END se repousa na própria
pandemia que estamos enfrentando, pois, a doença é provocada por um vírus que
está associado a um possível ataque biológico, provocado ou não pelo homem, mas
que desencadeou uma verdadeira “guerra mundial” para o seu o enfrentamento,
sendo mais um reforço quanto a relevância do tema. Portanto, este trabalho tem como
objetivo geral verificar se existem lacunas sobre a abordagem dos temas da Defesa
Química, Biológica, Radiológica e Nuclear e terrorismo ao analisar a evolução da
Estratégia Nacional de Defesa(END) brasileira, a partir de sua edição em 2008. Para
alcançar esse objetivo faz-se mister análise dos Objetivos Nacionais de Defesa(OND)
para identificar aqueles que se relacionam com as temáticas terrorismo e Defesa
QBRN, sendo, motivador para uma ou mais Estratégias de Defesa, tornando-se
também um objetivo específico para nova análise. Seguindo no menor detalhamento
previsto dentro da END, a verificação de possíveis Ações Estratégicas de
Defesa(AED) que possam aludir aos temas em questão e, por fim, como o LBDN
evoluiu o seu enfoque na temática de Defesa QBRN e terrorismo.
2 DESENVOLVIMENTO
Contudo, uma ação escrita com poucas linhas nesse eixo das Ações
Estratégicas da END de 2008 chama a atenção e soa como um presságio para os
tempos atuais, pois trata das “medidas de defesa contra pandemias”.(BRASIL, 2008,
p.66) Tal apontamento foi posto à prova no ano seguinte quando o mundo enfrentou
a primeira pandemia de gripe do século XXI, provocada pelo vírus Influenza A(H1N1)
que causa uma doença conhecida como a gripe suína.(QUALITTAS, 2020)
A mesma quantidade de Ações Estratégicas da END de 2008 foi mantida na
sua nova edição em 2012. Houve mudanças de algumas nomenclaturas e a principal
alteração identificada foi a retirada da ação que tratava da Garantia da Lei e da
Ordem(GLO) e a inclusão da Comunicação Social, esta com a missão de buscar a
aderência da opinião pública aos assuntos de defesa do País.
Não houve mudanças nos textos sobre as temáticas de DQBRN e terrorismo,
contudo, o item que tratava da pandemia sofreu uma alteração e passou a tratar de
“[...]medidas de emergência em saúde pública de importância nacional e
internacional.”(BRASIL, 2012b, p.134)
A elaboração do texto da END de 2016 apresenta uma estrutura mais
simples, a exemplo da própria PND, com uma visualização linear dos OND, suas
respectivas ED e, para cada ED, as suas AED correspondentes. No total, essa edição
da END apresenta 81 AED.
Essa forma de apresentar as ED e AED facilita a leitura e o entendimento do
texto uma vez que fica claro, em seu preâmbulo, que “uma ED pode contribuir para
mais de um Objetivo Nacional de Defesa, o mesmo ocorrendo com as Ações
Estratégicas de Defesa em relação às Estratégias.”(BRASIL, 2016b, p.33) A
simplicidade e clareza sobre o “como”, “onde” e o “que fazer” permite avanços, mesmo
tímidos em ações de natureza prática.
Rodrigues(2020), em seu artigo intitulado “Si vis pacem para bellun”, faz
uma comparação entre as PND do Brasil, Estados Unidos, Russia e China, todos com
representatividade no cenário geopolítico, e chama a atenção para o fato de que um
item abordado na AED de 2016 permitiu o destaque positivo do Estado brasileiro no
enfrentamento da pandemia que, atualmente, assola o mundo e está diretamente
relacionado ao vírus SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, agente biológico
cuja origem ainda é desconhecida mas tratado mundialmente como uma guerra.
Essa previsão na AED influenciou a resposta brasileira da mesma forma que
no governo Russo, cuja PND, escrita em 2015, fazia menção a pandemia,
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei complementar nº 97, de 09 de junho de 1999. Dispõe sobre as normas gerais
para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. Brasília, DF: Presidência
da República. 1999 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp97.htm.
Acesso em: 10 ago.2020.
BRASIL. Ministério da Defesa. Livro Branco de Defesa Nacional. 2012. Brasília, 2012a.
Disponível em:
https://www.defesa.gov.br/arquivos/estado_e_defesa/livro_branco/livrobranco.pdf. Acesso
em: 12 ago.2020.