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CONSTRUÇÃO CIVIL

PREPARATIVOS INICIAIS
BIBLIOGRAFIA – MINHA BIBLIOTECA
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES
QUANTO AO USO
1. Obras residenciais 9. Obras especiais
2. Obras industriais 10. Obras temporárias
3. Obras comerciais 11. Obras de arte
4. Obras rurais 12. Obras mistas
5. Obras rodoviárias 13. Obras subterrâneas
6. Obras ferroviárias 14. Obras aquáticas
7. Obras portuárias 15. Monumentos
8. Obras aeroportuárias
FASES DA OBRA
1. PROJETO 10. COBERTURA
2. VERIFICAÇÃO DO TERRENO E 11. ESQUADRIAS
SONDAGEM 12. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS,
3. IMPLANTAÇÃO DA OBRA E ELÉTRICAS E DE INCÊNDIO
LOCAÇÃO 13. REVESTIMENTO
4. MOVIMENTO DE TERRA E 14. ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO
DRENAGEM
5. FUNDAÇÕES/INFRAESTRUTURA 15. PINTURA
6. IMPERMEABILIZAÇÃO 16. PAISAGISMO E LIMPEZA
7. ALVENARIA 17. ENTREGA DA OBRA
8. SUPERESTRUTURA
9. PISOS
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1. CANTEIRO DE OBRAS - PREPARAÇÃO

1.1. LIMPEZA DO TERRENO

• Retirada de todos os eventuais entulhos e obstáculos para a construção;

• retirada de toda a vegetação, inclusive da camada vegetal do solo, que normalmente não
ultrapassa 20 cm;

• remoção de árvores, é preciso verificar com antecedência o procedimento com os órgãos


florestais competentes.
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1.2. MOVIMENTO DE TERRA

• corte e/ou escavação executados após a intervenção topográfica, definindo as cotas e marcos necessários;

• escolha dos equipamentos:

• Retroescavadeira;

• Pá carregadeira;

• Caminhões basculantes.
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1.3. FECHAMENTO E CERCAS

• Fechamentos (tapumes) e cercas devem ser sempre de material que não comprometa os custos.

• Lembre-se de que, no final da obra, essas instalações serão desfeitas para dar lugar ao fechamento
definitivo e nem sempre os materiais utilizados são reaproveitados.

• Os materiais comumente utilizados para o fechamento:


• placas ou chapas de madeira compensada resinada na medida de 1,22 x 2,44 m com seis ou oito
milímetros de espessura, de segunda qualidade e quando muito, pintadas com tinta látex de segunda
linha ou tinta à base de cal;
• portão de pelo menos 3,20 m de largura, destinado à entrada e saída de equipamentos.
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1.3. FECHAMENTO E CERCAS

• Quanto à sua execução, procede-se da seguinte maneira:

• Limpeza e alinhamento do local do tapume a ser executado;


• Escavação de buracos de pelo menos Ø 20 cm com 40 cm de profundidade, e espaçados a cada 1,22 m
(largura da chapa);
• Colocação de "pontaletes" de madeira na bitola de 7 x 7 cm com pelo menos 2,90 m de comprimento
nos buracos escavados, na posição vertical e a prumo. Apiloar (socar) com terra o buraco com os
pontaletes posicionados;
• Fixação das chapas nos pontaletes por intermédio de pregos.
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1.4. DRENAGEM

• Evitar que atividade no canteiro de obras seja interrompida porque houve empoçamento de água;

• verificar a necessidade de construção de valas com inclinação mínima de 1% para o escoamento rápido
das águas pluviais e tomar o cuidado de mantê-las sempre desobstruídas;

• prever dutos de passagem para água nas vias de acesso.


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1.5. ACESSOS

• Os acessos devem se o mais simples possível, tomando o cuidado de ter sempre condições de trânsito;

• os acessos e o sistema viário devem ser feitos com material de boa procedência e qualidade, compatível
com os custos previstos da obra;

• uma boa drenagem se bem executada proporciona pouco desgaste nas vias internas de um canteiro de
obras.
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1.6. INSTALAÇÕES (NR 18)

A Norma Regulamentadora no 18 estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de


organização que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos
processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção (Ministério do Trabalho,
portaria no 4, de 4 de julho de 1995).

Essa norma e outras relativas à segurança no trabalho podem ser obtidas no site
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/
NR 18
18.1 Objetivo e Campo de Aplicação 18.18 Telhados e Coberturas
18.2 Comunicação Prévia 18.19 Serviços em Flutuantes

18.3 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 18.20 Locais Confinados


Indústria da Construção - PCMAT 18.21 Instalações Elétricas
18.4 Áreas de Vivência 18.22 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas
18.5 Demolição 18.23 Equipamentos de Proteção Individual
18.6 Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas 18.24 Armazenagem e Estocagem de Materiais
18.7 Carpintaria 18.25 Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores

18.8 Armações de Aço 18.26 Proteção Contra Incêndio

18.9 Estruturas de Concreto 18.27 Sinalização de Segurança


18.28 Treinamento
18.10 Estruturas Metálicas
18.29 Ordem e Limpeza
18.11 Operações de Soldagem e Corte a Quente
18.30 Tapumes e Galerias
18.12 Escadas, Rampas e Passarelas
18.31 Acidente Fatal
18.13 Medidas de Proteção contra Quedas de Altura
18.32 Dados Estatísticos (Revogado pela Portaria SIT n.º 237, de 10 de junho de 2011)
18.14 Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas 18.33 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas da Indústria da
Construção
18.15 Andaimes e Plataformas de Trabalho
18.34 Comitês Permanentes Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
18.16 Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética Construção
18.17 Alvenaria, Revestimentos e Acabamentos 18.35 Recomendações Técnicas de Procedimentos RTP
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1.6. INSTALAÇÕES (NR 18) - EDIFICAÇÕES PROVISÓRIAS

• São as instalações destinadas ao apoio às obras de construção;

• devem ser executadas com materiais de baixo custo, mas sem comprometer os objetivos e as
da NR 18;

• são moduladas conforme o material a ser utilizado, que geralmente são as chapas de madeira compensada
de 1,22 x 2,44 m com 6 ou 8 mm de espessura, assentadas sobre pontaletes de madeira de 7 x 7 cm ou 5 x
5 cm e com cobertura de telhas de cimento amianto;
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1.6. INSTALAÇÕES (NR 18) - EDIFICAÇÕES PROVISÓRIAS

• piso normalmente é de cimento, com acabamento "desempenado" e "queimado“;

• instalações sanitárias são as mais simples possíveis, respeitando as condições mínimas de higiene, bem
como as instalações elétricas;

• dimensões dos diversos cômodos, devem obedecer às estabelecidas na NR 18 ou o Código de Obras do
município da obra.
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1.6. INSTALAÇÕES (NR 18) - EDIFICAÇÕES PROVISÓRIAS

• ÁREAS OPERACIONAIS:
• Escritórios, almoxarifados, depósitos;
• instalações de preparo de formas, armação e concretos;
• manutenção de máquinas e equipamentos.

• ÁREAS DE VIVÊNCIA:
• Refeitórios;
• Sanitários;
• Lazer;
• Dormitórios;
• Ambulatório;
• Vestiários.
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1.7. FORNECIMENTO DE ÁGUA

• Rede pública:
• o volume de fornecimento é compatível com o consumo da obra? Se não, é necessário solicitar ligação
de maior fornecimento.
• O fornecimento não sofre interrupção constante? Se sim, providenciar condição de estoque de água,
seja por meio de tambores apropriados, construção de cisterna ou cacimbas, ou contratação de
fornecimento externo de água (caminhões pipa).

• Não há rede pública de abastecimento:


• é necessária a construção de cisternas (ou cacimbas) alimentado por poço artesiano.
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1.8. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

• Verificar se os equipamentos e máquinas elétricas que serão utilizados na obra e suas respectivas potências
elétricas com o cuidado de anotar o equipamento de maior potência e consumo;

• Não esquecer as instalações próprias do canteiro, tais como iluminação, tomadas de energia, chuveiros,
equipamentos de escritório, entre outros;

• solicitar à concessionária local a devida ligação provisória de energia elétrica;

• É interessante uma consulta prévia à concessionária, pois as exigências para tal ligação podem variar de
acordo com o local em função da disponibilidade de fornecimento de energia por parte da concessionária;

• Não há rede pública de energia elétrica: neste caso é necessária a instalação de um gerador de energia
elétrica para suprir a demanda de energia da obra.
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1.9. ESGOTO

• Se não houver rede pública de coleta, serão então construídas fossas sépticas e sumidouros, quando for o
caso. Se for preciso construção de fossas, elas devem ser esvaziadas no final da obra e devidamente
aterradas;

• sanitários químicos.
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1.10. ESTOCAGEM DE MATERIAIS

• Cimento e cal: devem ficar armazenados, protegidos do sol, da chuva e da umidade, em depósitos
cobertos, arrumados sobre estrados de madeira, afastados das paredes e do piso cerca de 10 cm.
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1.10. ESTOCAGEM DE MATERIAIS

• Areia e pedra: devem ser armazenadas em depósitos em forma de baias, separadas por divisórias de
madeira, de acordo com a sua granulometria. A declividade do solo na região das baias deve ser suficiente
para que não haja acúmulo de água sob o material estocado. Prever acesso dos veículos que vão
descarregar tais materiais.

• Tijolos: armazenados em área nivelada, arrumados em pilhas de 500 unidades (para tijolos furados na
medida de 20 x 20 x 10), ocupando uma área de aproximadamente 1,30 m2. Em épocas de muita chuva,
deve-se proteger as pilhas com lonas plásticas para que a umidade constante não prejudique os tijolos.
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1.10. ESTOCAGEM DE MATERIAIS

• Madeiras: sempre que possível, são armazenadas em galpões cobertos e ventilados, tomando o cuidado de
colocar sob as pilhas de madeiras espaçadores sobre o solo para evitar que a umidade atinja a madeira. O
tamanho do local é muito variável devido à diversidade das "bitolas" e dos comprimentos das peças a
utilizadas. As chapas de madeira compensada devem receber cuidado especial e serem protegidas contra
as intempéries.

• Ferros: não há necessidade de estocagem coberta, devendo ser reservada uma área de, no mínimo, 15 m
de comprimento e 0,50 m de largura para cada bitola. Essas barras devem ser assentadas sobre cavaletes
de madeira ou mesmo de ferro, distanciadas 4 m para as bitolas maiores e 2 m a 3 m para as bitolas mais
finas. Não se esquecer, quando possível, de espaço suficiente para a entrada de caminhões com a
finalidade de descarregamento de material.

• Cerâmicas, azulejos, tubos e conexões: apesar de não serem materiais perecíveis, devem ser armazenados
em locais cobertos e fechados (almoxarifado) por causa de seu alto custo e fragilidade.
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1.11. DISTRIBUIÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

• Obdecer critérios de uso racional para evitar deslocamentos desnecessários e improdutivos para as
instalações da betoneira, serra de fita, serra de disco, bancadas de corte e dobramento de aço;

• Os locais para trabalhos noturnos devem ser muito bem iluminados e suas instalações elétricas muito bem
executadas;

• Fazer estudo específico para a produção de peças pré-moldadas, pois o uso de equipamentos de médio ou
grande porte se faz necessário, a exemplo de utilização de gruas, pórticos e guindastes, especificamente
dimensionados para tal atividade.
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1.12. LOCAL PARA PREPARO DE ARGAMASSAS E CONCRETOS

• A "masseira" ou "terreiro“ consiste em uma área de aproximadamente 6 m2 com revestimento de tijolos,


tábuas ou cimentado com ligeiro caimento para o centro e protegido por tábuas laterais numa altura de,
aproximadamente, 30 cm para evitar o espalhamento dos materiais quando do preparo.

• Deve-se posicionar a área próximo a um ponto de água e ser estrategicamente colocada junto às baias de
agregados e depósito de cimento.

• O mesmo princípio deve ser aplicado quando da montagem de uma betoneira.


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1.13. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

• Extintores portáteis de combate ao incêndio são os equipamentos básicos e somente devem ser utilizados
aqueles que atendem às normas vigentes.

• Para efeito prático relacionamos locais e tipos de extintores apropriados que devem ser colocados em
locais de fácil acesso e totalmente desobstruídos:
• Escritórios de administração: extintor de água pressurizada (AP), água-gás (AG) ou de espuma;
• Depósito de infamáveis: extintor de CO2, pó químico seco (PQS) ou espuma;
• Cozinha e refeitório: extintor de CO2, pó químico seco (PQS) ou espuma;
• Serra circular: extintor de água pressurizada (AP) ou água-gás (AG) para madeira e extintor de CO2
para o equipamento elétrico energizado;
• Máquinas e equipamentos: extintor de CO2 ou pó químico seco (PQS).
• É sempre bom lembrar que chamas e dispositivos de aquecimento devem ser mantidos afastados de
madeira e outros materiais inflamáveis e que a areia é um bom aliado no combate ao incêndio.

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