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RESPOSTA TÉCNICA – Monitoramento ambiental no setor hoteleiro

Monitoramento ambiental no
setor hoteleiro
Informações sobre monitoramento ambiental e
relatórios ambientais para o setor hoteleiro.

Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico – CDT/UnB

Agosto/2016
RESPOSTA TÉCNICA – Monitoramento ambiental no setor hoteleiro

Resposta Técnica Monitoramento ambiental no setor hoteleiro


Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico – CDT/UnB
23/8/2016
Informações sobre monitoramento ambiental e relatórios
ambientais para o setor hoteleiro.
Demanda Gostaria de obter informações sobre o monitoramento
ambiental, relatórios ambientais e legislação vigente para o
setor hoteleiro.
Assunto Serviços de engenharia ambiental
Palavras-chave Licença ambiental; monitoramento ambiental; preservação
ambiental; qualidade ambiental

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Solução apresentada

Filho (2008) cita que

“a questão ambiental transformou-se em um dos principais fatores de


preocupação da década de 90. Hoje, para a utilização dos recursos
disponíveis na natureza em dada região, por uma determinada empresa, é
necessário um planejamento prévio, pois esta exigência não é apenas das
organizações governamentais e não-governamentais, mas da sociedade em
geral. Então a empresa, dentro do próprio planejamento estratégico,
dedicará alguma atenção e espaço ao tema: Gestão Ambiental” (Filho,
2008).

Costa (2003) afirma que

“a realidade hoteleira demonstra impactos muito importantes que começam


a ser geridos, como por exemplo: o consumo de água do hotel, que traz
consequente rebaixamento do lençol freático, comprometendo atividades
como a agricultura; a produção de lixo, agravada em alguns tipos de
espaços como o de ilhas com grande fluxo turístico, fazendo com que este
lixo produzido seja transportado de navio até o continente ou jogado no mar,
rios e lagos; além do desperdício de água e energia por parte de hóspedes”
(apud Pertschi, 2001).

Logo, Schenini et al. (2005) defende que

“a adoção de um SGA – Sistema de Gestão Ambiental, especialmente o


que atenda a ISO 14001, representa importante passo para a organização
hoteleira, principalmente porque passa a ser vantagem competitiva em um
mercado onde as organizações apenas atuam nos limites das
conformidades de Leis Ambientais” (Schenini, 2005).

Pinho (2007) explica que

“um dos instrumentos da Gestão Ambiental é a Avaliação de Impacto


Ambiental (AIA), que prevê os impactos ambientais negativos e positivos
associados à implantação e operação de atividades e indústrias
modificadoras do meio ambiente. No processo da AIA, está prevista a
elaboração de documentos técnico-científicos para avaliar os impactos, a
exemplo dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório
de Impacto Ambiental (RIMA). A AIA está vinculada ao licenciamento
ambiental das atividades modificadoras, como mecanismo de orientação
para os órgãos ambientais, auxiliando-os no processo decisório de
concessão da licença ambiental (Pinho, 2007)”.

O mesmo autor menciona ainda que

“a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) 16 n.º


237, de 19/12/1997, diz ser obrigatório, para a implantação e operação de
grandes empreendimentos ligados ao setor, que os mesmos sejam
licenciados. Estão obrigados a solicitar o licenciamento os complexos
turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos; os projetos
urbanísticos com mais de 100 hectares; e aqueles a serem instalados em
áreas de relevante interesse ambiental, sejam turísticos ou não. Nestes
casos, para que a licença ambiental seja concedida, é preciso a elaboração
do EIA/RIMA (Pinho, 2007)”.

O Ministério do Meio Ambiente (2009) por meio do Programa Nacional do Meio Ambiente II
define monitoramento ambiental como

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“o conhecimento e acompanhamento sistemático da situação dos recursos


ambientais dos meios físico e biótico, visando a recuperação, melhoria ou
manutenção da qualidade ambiental...” (MMA, 2009).

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa ([201-?]),

“a implantação de atividades de monitoramento ambiental necessita de uma


seleção prévia de Indicadores. Estes são parâmetros que expressam as
condições qualitativas ou quantitativas do que está sendo medido e
avaliado” (Embrapa. [201-?]).

Devem descrever, de forma compreensível e significativa:


• o estado e as tendências dos recursos ambientais,
• a situação socioeconômica da área em estudo e
• o desempenho de instituições para o cumprimento das suas atribuições (Embrapa, [201-
?]).

O mesmo autor explica que

“a seleção dos indicadores requer um conhecimento preliminar do que


existe na área em estudo e de problemas locais. Em outros casos, serve
como gerador primário de dados e informações sobre o que existe no local
em estudo, fornecendo um diagnóstico das condições ambientais”
(Embrapa, [201-?]).

A Organização Mundial do Turismo – OMT ([201-?]), cita que

“os indicadores se baseiam no processo de minimização de riscos


referentes à tomada de decisões que possam prejudicar o entorno natural e
cultural, os quais estão diretamente atrelados à atividade turística; para
tanto os indicadores buscam avaliar: a relação geral entre turismo e meio
ambiente, os efeitos dos fatores ambientais sobre o turismo e os impactos
da indústria turística sobre o meio ambiente (apud Pertschi, 2001).

Sobre a mitigação ambiental,

“o setor hoteleiro publicou, em 1995, o Pacote de Ações Ambientais para


Hotéis– conjunto de ações práticas para beneficiar o seu negócio e o meio
ambiente, produzido pela Associação Internacional de Hotéis, a Iniciativa
Ambiental de Hotéis Internacionais e o Programa Ambiental das Nações
Unidas. Neste pacote, recomenda-se a adoção de ações que garantam a
sustentabilidade da atividade turística em longo prazo. Para isso, é preciso
minimizar o desperdício e reduzir, reutilizar e reciclar os produtos
consumidos. As ações propostas permeiam as áreas de energia, resíduos
sólidos, água, efluentes, emissões, fornecedores e assuntos gerais (Pinho,
2007)” (Figura 1).

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Figura 1. Ciclo ambiental sustentável em meios de hospedagem. Fonte: Garcia (2002)

Conclusões e recomendações

Recomenda-se a leitura dos seguintes documentos:

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. 2015. Introdução à ABNT NBR ISO
14001:2015. Acesso em: 23 ago. 2016. Disponível em:
<http://www.abnt.org.br/publicacoes2/category/146-abnt-nbr-iso-
14001?download=396:introducao-a-abnt-nbr-isso-10014-2015>

Instituto de Hospitalidade. 2004. Meios de hospedagem – requisitos para a


sustentabilidade (NIH-54:2004). Disponível em:
<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/467524
C358E0487D832575E0006C5CBA/$File/NT00041A3E.pdf >.

Filho, A.R.A.S.F. 2008. Sistema de gestão ambiental como estratégia empresarial no


ramo hoteleiro. Acesso em: 23 ago. 2016. Disponível em:
<https://producaoonline.org.br/rpo/article/viewFile/110/152>.

Garcia, B.G. 2002. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das


universidades Vol. 4. ISBN: 85-7596-052-0, Edição: 1, Ano de edição: 2005, Páginas: 432.
Acesso em: 23 ago. 2016.

Ministério do Meio Ambiente. 1986. Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986.


Acesso em: 23 ago. 2016. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=23>.

Pertschi, I.K. 2006. Gestão Ambiental na Hotelaria: Um Estudo da Aplicação de


Indicadores Ambientais. Acesso em: 23 ago. 2016. Disponível em:
<http://ad.rosana.unesp.br/docview/directories/Arquivos/Cursos/Apoio%20Did%C3%A1tico/
Danielli%20Cristina%20Granado%20Romero/Planejamento%20e%20Gestao%20Ambiental/
Gest%C3%A3o%20Ambiental%20na%20Hotelaria.pdf>.

Sugere-se, também, o contato com as instituições que se seguem:

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Rondônia – ABIH/RO


Endereço: Ecos Conforto – Rua Jacy Paraná, 2779
Telefone: (68) 2182-0808

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Site: <http://www.abih.com>
Email: <abih.ro@gmail.com>

Ministério do Turismo/ Instituto Brasileiro do Turismo – Embratur


Telefone: (61) 2023-8888
Site: <http://www.embratur.gov.br/>

Fontes consultadas

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. [201-?]. Monitoramento


Ambiental. Acesso em: 16 ago. 2016. Disponível em:
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-
acucar/arvore/CONTAG01_73_711200516719.html>.

Filho, A.R.A.S.F. 2008. Sistema de gestão ambiental como estratégia empresarial no


ramo hoteleiro. Acesso em: 17 ago. 2016. Disponível em:
<https://producaoonline.org.br/rpo/article/viewFile/110/152>.

Garcia, B.G. 2002. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das


universidades Vol. 4. ISBN: 85-7596-052-0, Edição: 1, Ano de edição: 2005, Páginas: 432.
Acesso em: 23 ago. 2016.

Ministério do Meio Ambiente – MMA. 2009. Programa Nacional do Meio Ambiente II.
Acesso em: 16 ago. 2016. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/pnma/_arquivos/04_02_manual_monitor_amb_jul09_6.p
df>.

Pertschi, I.K. 2006. Gestão Ambiental na Hotelaria: Um Estudo da Aplicação de


Indicadores Ambientais. Acesso em: 17 ago. 2016. Disponível em:
<http://ad.rosana.unesp.br/docview/directories/Arquivos/Cursos/Apoio%20Did%C3%A1tico/
Danielli%20Cristina%20Granado%20Romero/Planejamento%20e%20Gestao%20Ambiental/
Gest%C3%A3o%20Ambiental%20na%20Hotelaria.pdf>.

Schenini, P.C.; Lemos, R.N.; Silva, F.A. 2005. Sistema de gestão ambiental no segmento
hoteleiro. Acesso em: 17 ago. 2016. Disponível em:
<http://www.faculdadedoguaruja.edu.br/revista/downloads/edicao52012/artigo01_sistemaGe
staoAmbientalSegmentoHoteleiro.pdf>.

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