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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Tema
O estudo foi realizado virado para o período 2015 a 2017 no Posto Administrativo de
Namialo, tendo foco como o bairro Triângulo, área de jurisdição do Distrito de
Meconta, Província de Nampula.
O estudo procurou desenvolver uma pesquisa relacionada na gestão de lixo, seu impacto
ambiental para a comunidade do Posto Administrativo de Namialo, especificamente no
bairro Triângulo, com a finalidade de ajudar as vítimas de doenças causadas pelas
descargas dos lixos em locais inapropriados.
1.2.Problematização
Este fenómeno em que os moradores estão sujeitos faz com que as águas dos charcos
estejam poluídas e contaminadas, pelo motivo da deposição de lixos que contém
diversos materiais com propriedades químicas variáveis como é o caso de pilhas,
embalagens de adubos químicos, latas de baygon, plásticos, garrafas plásticas, vidros,
garrafas, e perfumes em locais impróprios (MANO, 2005).
1.3.Justificativa
A problemática da gestão do lixo urbano é um mal que vem tomando conta de muitos
moradores do bairro Triângulo. Muitas vezes, a falta de um local apropriado para
depositar estes resíduos é apontado como a principal causa da proliferação de muitos
agentes considerados nocivos ao homem e ao meio ambiente. Esta situação tem muito a
ver com as necessidades humanas em termos de consumo, que tem registado um
crescimento em cada dia que passa.
1.4.OBJECTIVOS
1.4.1. Objectivo geral
Analisar o impacto da gestão do lixo no bairro Triângulo no Posto
Administrativo de Namialo
1.4.2. Objectivos específicos
Identificar os meios e métodos usados pelos residentes na gestão do lixo após a
sua produção;
Descrever as doenças mais registadas no seio dos moradores que tenham relação
com acumulação de lixo;
Apresentar as intervenção das autoridades locais e o nível de percepção dos
residentes do bairro Triângulo sobre a gestão dos lixos;
1.5.Hipóteses
Por esta razão o autor busca com o tema, perceber as estratégias adotadas pelas
entidades locais e pelos moradores em todas etapas da gestão do lixo e como esses
mecanismos afectam a vida humana e o ambiente.
O nome de Namialo surgiu porque havia um homem que fazia facas no actual CFM, e
esse por sua vez espetava uma faca num embondeiro para servir de amostra aos seus
clientes mesmo ausente a faca permanecia lá até ao seu regresso.
20
“Um belo dia, em vez de encontrar no local habitual onde sempre espetava a faca,
encontrou num charco onde a faca boiava para cima e para baixo. Preocupado e
admirado o homem com o cenário e sendo o primeiro homem a ser encontrado pelos
portugueses foi perguntado o que estava a fazer no local e ele respondia: “Quimpaca
Mualo”, isto é, “estou a fazer faca” daí que os portugueses chamaram a região de
Namialo, surgindo assim este nome” (CP, 2016).
O grupo português que entrou em Namialo por via Corrane era chefiado por Neutel de
Abreu e tinha sua residência em Corrane, onde até hoje se encontra um monumento
erguido em sua memória. Os portugueses ocuparam esta zona em 1906, vindos de
Mogincual e facilitados pelo chefe tradicional Mucapera. (MENDES 2005:211),
LOCALIDADE BAIRROS
25 de Setembro Minhari
Cabo Lourenço Nacuca 1
25 de Setembro Eduardo Mondlane Nacuca2
Chaúne Joaquim Chissano
Clube Napepere
Triangulo Monapo
Mulapane Micolene
Namialo-Sede
Mapetha Mathehe
Likomo Anpita
Estes rios com excepção do rio Monapo, nascem dentro do distrito de Meconta e
contribuem na vida da população da vila, pois, abastecem água para vários fins. A água
potável da vila é captada a partir dos furos de água.
cobertura arenosa do interior, quer sejam os das dunas arenosas costeiras, ainda pelos
solos da faixa do grés costeira, de textura arenosa, a franco argiloso de cor alaranjadas
(PESOD, 2005:13).
De acordo com MAE (2005:13), " de uma forma geral no Distrito de Meconta os solos
mais dominantes são os solos francos – argilosos - arenosos avermelhados, que
apresentam uma camada superficial leve, com uma profundidade variável, fertilidade
baixa a intermédia, susceptível a erosão"
1.7.5. População
A Vila de Namialo não escapa da tradição histórica dos grandes centros urbanos dos
países do terceiro mundo, cujo desenvolvimento não emergiu no processo de
industrialização como aconteceu nos países desenvolvidos. Antiga vila colonial surgiu e
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A caça e a pesca são também recursos de que a vila dispõe para enriquecimento da dieta
das famílias. A gazela, a galinha-do-mato e ratazanas são os animais caçados e
importantes na dieta. A fauna bravia não tem grande importância em termos de caça
comercial e turismo.
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Como aponta MAE (2005:16),” o sector industrial está representado pelas fábricas de
descaroçamento de algodão da SODAN, fábrica de bolachas, ACAI, pedreira para
britagem, a Serração dos CFM - Norte, para fabrico de travessas.”
A Vila de Namialo já tem ligações comerciais com outros mercados mais distantes. A
maior parte dos produtos são vendidos no mercado local, nomeadamente lojas ou nos
postos fixos de venda, como nas feiras e nos mercados informais. Comerciantes das
cidades de Nampula e Nacala - Porto têm comprado parte da produção local.
A rede eléctrica de alta tensão que a vila apresenta é na sua maioria subterrânea
enquanto na periferia ela é uma rede aérea de cabos troçados. É importante salientar
que nos últimos anos há uma forte preferência de painéis solares com um pequeno
número de pessoas que vivem na periferia por não terem acesso a energia de Cahora
Bassa. (CHEREWA;1996:47).
O constante crescimento económico e demográfico dos centros urbanos tem como suas
consequências uma maior produção de resíduos sólidos (CORREIA, 2012). Mas, só
com a Revolução Industrial, é que os problemas dos resíduos atingiram níveis elevados.
Em países subdesenvolvidos, como é o caso de Moçambique, o processo de urbanização
foi acompanhado por uma decadência nos padrões de vida, resultante do êxodo rural
onde as oportunidades de emprego e de melhores condições de vida pareciam estar nos
centros urbanos.
A grande concentração de pessoas nas cidades deu origem à poluição ambiental. Para o
autor supracitado, o nível mais preocupante surgiu quando se começaram a relacionar as
doenças com a presença abundante de resíduos, sobretudo nas zonas periféricas
(CORREIA, 2012).
Para o Schalch, dessa maneira, entende-se Modelo de Gestão de Resíduos Sólidos como
um "conjunto de referências político-estratégicas, institucionais, legais e financeiras
capazes de orientar a organização do sector". São elementos indispensáveis na
composição de um modelo de gestão:
Para SCHALCH (2002), a solução do problema dos resíduos pode envolver uma
complexa relação interdisciplinar, abrangendo os aspectos políticos e geográficos, o
planeamento local e regional, elemento de sociologia e demografia, entre outros.
Aida para SCHALCH (2002), gestão dos resíduos de forma integrada é articular acções
normativas, operacionais, financeiras e de planeamento que uma administração
municipal desenvolve, apoiada em critérios sanitários, ambientais e económicos, para
colectar, tratar e dispor o lixo de uma cidade, ou seja, é acompanhar de forma criteriosa
todo o ciclo dos resíduos, da geração à disposição final ("do berço ao túmulo"),
empregando as técnicas e tecnologias mais compatíveis com a realidade local. Para o
autor supracitado, o planeamento das actividades de gestão integrado deve assegurar um
ambiente saudável, tanto no presente como no futuro.
É a etapa de preparação dos resíduos para a colecta adequada de acordo com o tipo e
quantidade gerada. Os resíduos são acondicionados em recipientes próprios e mantidos
até o momento em que são colectados e transportados ao aterro sanitário ou outra forma
de destinação final. Destaca-se que o acondicionamento dos resíduos deve ser realizado
de forma a evitar acidentes e proliferação de vectores (ANDREOLI, 2002).
Para ANDREOLI, (2002), assim, esta etapa pode ser considerada temporária, mas, sem
dúvida, fundamental para o êxito do PGRS, pois pode facilitar a colecta dos resíduos.
Para o acondicionamento temporário de resíduos, podem ser utilizadas caçambas,
contentores e lixeiras destinadas à colecta de resíduos recicláveis (colecta selectiva),
dependendo do tipo de resíduo. Cabe destacar que é fundamental a identificação dos
recipientes onde os resíduos serão acondicionados, identificando com figuras (cores) e
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dizeres qual é o tipo de resíduos que corresponde àquele recipiente, visando facilitar o
correcto descarte de resíduos.
2.5.2. Colecta
Por esse motivo, a regularidade é imprescindível, pois reduz o acúmulo de resíduos nos
recipientes de acondicionamento. Cabe destacar que a colecta geralmente é realizada
por caminhões, que transportam o resíduo até o destino final pretendido. Ainda nesta
etapa pode-se dizer que caso o acondicionamento de resíduos seja feita de forma
adequada, realizando a segregação do lixo, a colecta é facilitada, favorecendo
posteriormente a reciclagem (SCHALCH, 2002).
Ressalta-se ainda que, quando possível, deve ser realizada colecta periódica de resíduos
especiais como pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes. Dessa forma, a colecta
selectiva dos resíduos contribui de forma directa para a sustentabilidade, pois reduz
significativamente o consumo de recursos naturais, bem como minimiza a possibilidade
de poluição dos recursos hídricos e solo (ANDREOLI, 2002).
SCHALCH (2002) afirma que a colecta selectiva pode ser realizada nos domicílios, por
veículo de carroçaria adaptada, com frequência semanal, ou através de Postos de
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A colecta selectiva e a reciclagem do lixo podem ser bom negócio para uns, mas
péssimo para outros. Vê-se que a colecta selectiva - apesar do que muitos dizem - não é
tão bom negócio. Para o ambiente, será uma maneira eficaz de combater o problema do
lixo se estiver associada a outros métodos de manipulação.
No entanto, tudo deve estar agregado a uma política de gestão integrada, que vise a
adopção de medidas para reduzir a geração: a utilização de tecnologias mais limpas na
produção industrial; o reaproveitamento de tudo que for possível e, por fim, tratamento
final dos resíduos adequados (BERNARDO, 2008).
Como foi dito antes, de qualquer forma, é importante notar que o objectivo da colecta
selectiva não é gerar recursos, mas reduzir o volume de lixo, gerando ganhos
ambientais. É um investimento no meio ambiente e na qualidade de vida. Não cabe,
portanto, uma avaliação baseada unicamente na equação financeira dos gastos da
prefeitura ou do governo com o lixo, que despreze os futuros ganhos ambientais, sociais
e económicos da colectividade.
Em curto prazo, a reciclagem permite a aplicação dos recursos obtidos com a venda dos
materiais em benefícios sociais e melhorias de infra-estrutura na comunidade que
participa do programa. Também pode gerar empregos e integrar na economia formal
trabalhadores antes marginalizados, (BERNARDO, 2008).
2.5.4. Contentores
A geração de resíduos sólidos está nos dias que correm claramente associada aos
crescimentos demográfico e do poder de compra, não apenas em termos quantitativos
mas também qualitativos, em especial nos grandes centros urbanos, e esta é uma
tendência que deve ser contrariada (BEIJOCO, 2011).
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Para melhorar a vida do cidadão, deve-se tomar medidas de forma a tornar acessível a
deposição de RSU. Essa acessibilidade só é possível através de estratégias correctas e
planeamento da distribuição do conjunto de contentores que compõem um sistema de
recolha de resíduos, diferenciada ou indiferenciada (BEIJOCO 2011).
Para Schalch (2002), de acordo com a sua composição química, resíduo sólido pode ser
classificado em duas categorias:
Orgânico – aquele que é composto por matéria orgânica (resto de comida, erva,
plantas). Este tipo de lixo é fácil de elimina-lo ou transforma-lo, pois este sofre a
decomposição por acção de microrganismo. Nesta classificação não se incluem os
plásticos, porque são de natureza orgânica sintética.
Inorgânico - este tipo de lixo é composto por matéria de difícil decomposição, como o
vidro, metais e outros.
Para Schalch (2002), normalmente os resíduos sólidos são classificados segundo a sua
origem, como:
Estudos têm indicado que áreas próximas a aterros apresentam níveis elevados de
compostos orgânicos e metais pesados, e que populações residentes nas proximidades
desses locais apresentam níveis elevados desses compostos no sangue. Assim,
GOUVEIA (2012), refere que esses depósitos de resíduos sólidos constituem potenciais
fontes de exposição para populações, que podem causar diversas doenças, como, câncer,
anomalias congénitas, baixo peso ao nascerem, abortos e mortes neonatais nessas e em
populações vizinhas a esses locais.
Esta etapa tem por objectivo reduzir a quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos
sólidos, impedindo o descarte inadequado deles no meio ambiente, transformando-os
em material inerte ou biologicamente estável. Para os resíduos orgânicos, uma
alternativa sustentável é a compostagem (GOUVEIA, 2012).
2.9.2. Compostagem
Física: onde se dá o preparo dos resíduos, fazendo-se uma separação entre a matéria a
ser compostada e outros materiais (potencialmente recicláveis e/ou refeitos), e em
seguida uma homogeneização;
Biológica: consiste da fermentação e da digestão do material, realizadas sob condições
controladas, num período que varia, geralmente, de 60 a 120 dias.
2.10.1. Lixão
2.10.4. Incineração
A incineração é um processo de redução de peso (em até 70%) e de volume (em até
90%) do lixo através de combustão controlada, de 800 a 1000 °C, visando a disposição
final. O processo é realizado em fornos especiais, nos quais se pode garantir oxigénio
para combustão, turbulência, tempos de permanência e temperaturas adequadas
(SCHALCH, 2002).
2.10.5. Reciclagem
Segundo GOUVEIA (2012), a reciclagem pode ser definida como sendo um conjunto
de procedimentos que possibilita a recuperação e a reintrodução no ciclo produtivo de
resíduos das actividades humanas como matérias-primas e/ou insumos de processos
industriais, visando à produção de novos bens, idênticos ou similares aqueles que se
originaram aos referidos resíduos. Em outras palavras, a reciclagem é a finalização de
vários processos pelos quais passam os materiais que seriam descartados.
3.2.População/Universo de Pesquisa
3.3.Universo de Pesquisa
3.4.Método Bibliográfico
Para a realização deste trabalho o autor teve como o seu ponto de partida a recolha de
dados através de livros, revistas, monografias teses e artigos de internet existentes que
aborda assuntos sobre Lixo (resíduos sólidos urbanos).
O autor usou este método com intuito de querer observar a existência de contentores na
área de estudo, como um factor que possibilita a compreender se a gestão de resíduos
sólidos é feita de forma adequada.
3.6.Técnica de Entrevista
3.7.Técnica de Questionário
3.8.Relevância do tema
3.8.1. Relevância social
3.9.Variáveis da Pesquisa
Para a realização da pesquisa o autor baseou-se no uso das seguintes variáveis para a
testagem das respostas fornecidas pelos residentes do bairro Triângulo sobre as
Estratégias de tratamento de resíduos sólidos urbanos naquele bairro, e as variáveis
usadas foram as seguintes:
Após a recolha de dados, o autor fez análise dos dados com as variáveis da pesquisa, e
com os objectos em estudo. Uso do EXCEL para a construção de gráficos que
posteriormente apresentados no trabalho.
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Neste capítulo apresenta-se igualmente análise dos resultados do questionário feita para
moradores e Autoridade local (líder comunitário). Pesquisa teve lugar no bairro
Triângulo, no Posto Administrativo de Namialo.
Para a análise das respostas obtidas nas questões objectivas, utilizou-se um padrão de
contagem e aplicação de percentual, sendo os resultados apresentados em forma de
gráficos. Para as questões objectivas com mais de uma resposta, foi utilizado o método
de contagem/pontuação por incidência, sendo apresentado nos gráficos o número de
vezes em que a mesma alternativa/resposta foi assinalada.
Para facilitar a compreensão, por parte do leitor, a apresentação dos resultados obtidos é
feita com base em gráficos. Nos gráficos estão representadas as percentagens das
respostas certas, erradas e em branco.
100% 0% Sim
0% 100% Não
Como se pode observar no gráfico 1, quando procurou saber aos moradores do bairro
Triangulo, numa amostra constituída por 40 inquiridos, todos eles (100%) afirmaram
que não recebe por parte das entidades local as informações úteis referentes ao
tratamento do lixo.
Este factor faz com que cada morador trate o lixo da maneira que lhe convém. Outros
depositam nos seus quintais num aterro ou ao ar livre, outros nas ruas e ainda nos cursos
de águas. Se a população não recebe informação sobre o manuseamento do lixo, isto
quer dizer, que eles não conhecem as formas de tratamento, os locais de depósitos e os
horários para efectuar o tal acto. Neste caso, é importante reter que a exclusão dos
moradores na gestão do lixo é um grande mal, porque os resultados que serão obtidos
neste processo nunca serão os desejados, pois um dos envolvidos neste processo, que
são os moradores, não está neste ciclo de gestão.
Outra questão que procurou-se saber é que se os moradores do bairro tem ou não
conhecimentos sobre o tratamento do lixo. Os resultados, no gráfico 2, mostram uma
tendência diferente da primeira questão, apesar de a maioria não ter conhecimento sobre
os mecanismos de tratamento de lixo.
43
75%
75% Sim
25% Nao
25%
Dos 40 moradores do bairro Triângulo, 10 que corresponde a 25% afirmam que tem o
conhecimento do tratamento do lixo após a produção do mesmo em suas residências,
enquanto 30 correspondente a 75% afirmam que não têm o conhecimento das formas de
tratamento de lixo.
A maior parte dos moradores não tem conhecimentos porque não existe um esforço
integrado entre as entidades do bairro (representantes do posto administrativo) e a
população para no conjunto com os meios disponíveis para uma gestão dos lixos no
bairro. As estruturas duma forma unilateral fazem o seu trabalho e a população também
a parte faz o seu trabalho e o resultado disto é aquilo que se verifica no terreno que é
lixo depositado em locais impróprios e ainda todo tipo de resíduos num mesmo aterro
ou depósito.
5%
5% Sim
95% Não
95%
O gráfico 4 mostra que 47% sabem que o local próprio para o depósito do lixo são as
lixeiras, 18% após a produção do lixo procede a queima, 12% deposita nos aterros
sanitário e 23% não conhece nenhuma forma de tratamento do lixo.
Nota-se que a memória dos moradores fazem o tratamento do lixo em suas residências,
onde cavam um aterro, que denominam de lixeira, que muitas das vezes esse aterro se
encontra perto dos locais onde são confeccionados os alimentos e também perto dos
locais onde brincam as crianças. Estes aterros constituem um grande risco para a saúde
da família, pois muita das vezes na sua construção não obedece os cuidados básicos.
Uma pequena parte 18% procura em queimar o lixo, que é uma prática muito antiga
para a eliminação do lixo, principalmente em áreas rurais, é a queimada desse material,
quando feita de forma "artesanal", traz ao meio ambiente mais prejuízos que benefícios.
Realização da incineração para eliminação lixo que contém material perigoso (material
hospitalar e tóxico, por exemplo) que liberta gases nocivos à saúde pública.
O segundo maior grupo é a que se destaque que não possui conhecimento sobre as
formas do tratamento do lixo, constituído por 23% dos moradores. Este grupo é
constituído, na maior parte por aqueles que depositam o lixo em locais impróprio, o que
culmina com o acúmulo de lixo em diferentes locais do bairro, e consequente nas
épocas chuvosas o lixo é arrastado pela água para diferentes locais e o que pode causar
doenças para os moradores.
Reciclagem
27%
58% Compostagem
15%
Não conhece nenhum
método
Na actualidade nem todo lixo vai para os aterros ou nas ruas do bairro, existe outros
métodos de gestão que consistem o reaproveitamento do lixo. No gráfico 5, sobre outros
métodos de gestão de lixo, 27% dos inquiridos refere que o lixo pode ser reciclado e ser
usado como matéria-prima em diferentes campos da sociedade. Outra parte constituída
por 15% dos inquiridos afirma a compostagem é o método ideal para o
reaproveitamento do lixo do dia-a-dia da comunidade.
A maioria dos inquiridos, 58%, não conhece nenhum método alternativo na gestão do
lixo, o que é normal, pois esses métodos não têm sido muito divulgados e, sobretudo a
camada da população com escolaridade muito baixa, ou seja, no Posto Administrativo
de Namialo o reaproveitamento do lixo ainda é uma actividade muito insignificante e
que maior parte dos lixos, mesmos aqueles reaproveitados, vai para os aterros.
5%
5% Sim
Apenas 5% dos inquiridos afirma que no bairro as autoridades locais têm contribuído na
sensibilização dos moradores sobre as boas práticas e na gestão de resíduos sólidos após
a sua produção nas suas residências, como se pode visualizar no gráfico 6.
Ainda, 95% dos inquiridos respondeu que as autoridades locais não têm participado na
sensibilização dos moradores sobre as boas práticas de gestão de lixo. O que contribui
para a deposição do mesmo em locais impróprio e culminando com atentado a saúde
pública no Bairro e a consequente poluição do meio ambiente.
0% Sim
100%
0% 100% Não
O que se pode afirmar é que no bairro Triangulo, não existem meios de deposição de
lixos e nem para especificidade dos lixos, e chega a ser preocupante é que por falta de
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meios de deposição do lixo parte dos moradores deita o lixo em locais impróprios ao
longo das ruas, casas ou terrenos abandonados, valas, covas entre outros locais.
Gráfico 8: Doença que tem relação com má gestão de lixo que conheces?
22% Malária
28% 22%
8% 42% Cólera
42% 8 % Meningites
28% Disenterias
Como mostra gráfico 8, a maioria dos moradores tem conhecimento dos impactos
negativos da má gestão dos lixos, mesmo assim continua depositado em lugar
inapropriados criando fonte de contaminação para o meio ambiente ou de geração de
doenças.
Para a efectivação desta pesquisa foram avançadas duas hipóteses e durante a realização
desta pesquisa foram comprovadas as duas hipóteses:
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A má gestão dos lixos urbanos seja motivada pela falta de conhecimento no seu
tratamento, já que não há campanhas de sensibilização dos residentes sobre a
gestão dos resíduos sólidos urbanos;
5.1.Conclusão
Essa monografia teve como objectivo geral, compreender a estratégias usadas pelas
autoridades locais e residentes na gestão do lixo que afecta a comunidade do Posto
Administrativo de Namialo, bairro Triângulo em particular, de modo a evidenciar as
falhas encontradas ao nível da enorme falta de informação disponível naquela área.
Contudo, concluiu-se que os moradores não têm a noção do mal que lhes possa causar
ao se ter o contacto directo daqueles lixos não tratada e que as entidades governamentais
locais não fazem palestras sobre os métodos de tratamento a ter com os resíduos sólidos
de modo a minimizar as doenças provocadas pelos mesmos.
51
5.2.Sugestões:
Envolvimento nas actividades de limpeza no bairro de modo a desencorajar o
descarte dos lixos em locais impróprio, como forma de sensibilização de boas
práticas ambientais das comunidades.
Formação de brigadas de aconselhamento comunitário que tenham como
enfoque a informação sobre os cuidados a ter com os lixos e preservação do
meio ambiente.
Ter que se fazer um trabalho pela Comunidade académica visando
consciencializar as populações, não só a comunidade de Namialo/bairro
Triângulo, mas também de outras regiões onde há deposição dos resíduos
sólidos em locais impróprios.
Recomenda-se a todos moradores do bairro Triângulo, para que não possa deitar
lixo nas ruas, nos seus quintais, e que possam deitar lixo nos contentores que a
autoridade governamental local deve fornecer.
Para a melhoria nas estratégias de Gestão de lixo no bairro Triângulo ainda deve se
conhecer os motivos que leva os moradores a depositar o lixo em lugares impróprios,
sabendo que uma parte deles conhece algumas formas de estratégias na gestão do lixo.
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5.3.REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA
4. BERNARDO, José. (2008, sp). Uma proposta metodológica para a gestão de resíduos
sólidos urbanos na África; Recife.
6. CORREIA, Mônica Dorigo & Sovierzoski, Hilda Helena (2012, sp); Ecossistemas
marinhos: recifes, praias e manguezais; Maceió.
7. FERREIRA, Maria João & Campos, Pedro (2014, Sp). XI – O Inquérito Estatístico.
8. FERREIRA, Roberta Celestino. Educação Ambiental e coleta seletiva do lixo. (Sd, 217)
Acesso em 16/04/2018 http://www.cenedcursos.com.br/educacao-ambiental-e-coleta-
seletiva-do-lixo.html.
11. MAE (2005, Sp). Perfil do Distrito de Nampula. S/V. S/ed. Nampula.
12. MARTINEZ, Francisco Lerma (Sp, 2009). O povo macua e a sua cultura. 3ª ed.
Maputo.Paulinas.
13. MENDES, Araújo (2005, Sp). Cidade de Nampula: a rainha da zona norte de
Moçambique. Lisboa.
14. MONTEIRO, José Henrique Penido; et al. (2001, 56); Manual de Gerenciamento
Integrado de resíduos sólidos; Rio de Janeiro: IBAM.
16. LIMA, J. D. (2002. 183 p). Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil. João Pessoa:
ABES.
17. MANO, Eliosa Biasotto (2005, sp).Meio Ambiente, Poluição e Reciclagem. Rio de
Janeiro, Ed. Blucher.
18. SCHALCH, Pedro Sérgio & Fadini, Almerinda (Sp, 2001); Lixo: desafios e
comprimissos.
19. SILVEIRA, Lícia (2008, sp). Desafios do manejo de resíduos sólidos: a gestão de
seis aterros sanitários simplificados no estado da Bahia. Acedido em 05/06/2018.
www.meau.ufba.br/site/system/.../2008_Licia_Silveira_menor.pdf.
54
Apêndices
55
5.4. Apêndices 1
Identificação
Idade: ____ anos
Trabalho: ________________________
Informações gerais sobre Lixos
1- Será que no bairro Triângulo existem contentores para a deposição de lixo produzido
no bairro?
( ) Sim ( ) Não.
2- A nível do bairro tem decorrido campanha de sensibilização, sobre as formas de
tratamento de lixo urbano?
Não ( ) Sim ( )
3- Depois de produzir o lixo na sua casa para onde tem deixado?
( ) Aterro sanitário ( ) Lixeira ( ) Lixão ( ) Queima ( ) Não soube Responder.
4- Sobre a prática de gestão de resíduos sólidos no bairro, as autoridades locais têm
contribuído de forma a se usar as estratégias correctas na gestão de lixo?
Não ( ) Sim ( )
5- Com relação ao descarte de lixo ao céu aberto, ao nível do bairro de incómoda?
Um pouco ( ) Nem pouco ( ) incomoda ( ) incomoda muito ( )
6- Será que os residentes do bairro Triângulo, quando fazem o depósito do lixo em
lugares impróprios existem uma intervenção das autoridades locais?
Não ( ) Sim ( )
7- Para além dos métodos acima mencionados, conheces outros?
Não ( ) Sim ( )
8- Se conheces quais são?
______________________________________________________
9- Tens noção dos impactos que causam ao meio ambiente os lixos descartados a céu
aberto?
Não ( ) Sim ( )
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5.5.Apêndice 2
Figura A
Figura B
Figura C
Figura D
Anexo