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n Sunsles d
nn1aisnans usiante mamos, em
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aln
ma ativilaules

Nintese, as Seguintes:
imad
bases lheAetea
e

aq
4Awiaks mamCStadas pelo gnuo. am limitaas a
rangen
anmbiente. O
dos à alimentaç
ATR ana a eATINaD J grUpo. No entan.nào-atendimento desssas neeesilad
akem ic atvaiakS momicas
azelades, oniy
adia
amta eAplora,ao da natureza. Ese cari nudimentares,
aima c que
Naa em uma inka
jtihcaNa o

rko trana
nomadismo sses
grupOs,
,
ter udimentar
baseadas n a ma

TeScentes dificuldades
uma vida ece
vez.o de sl
uantoà almentao, as
esidades
atisteitas peia caça. ela pesa, pela. fundamentais
coleta de frur doo gupo.
r elementas dintaente encontrados na
tetio em relacão ao meio ambiente (defesa
hotihdaies do tempo do
e
lima), as
nature
contra. selvRens
agens e p
uanto àpto
or
necessidades
primitiva. pela utilização tamb
imais e
teitas de forma
mais sehagens de outros elementos também
e
de mbémOn
cavernas, de erana contra as
m satis
2a naturez2
ém encontrados livrepeles. de ani
0s membros do grupo tendiam a desenvolver
conservaçào dos produtoS extraídos da primit ivos processos
Je se destinavam, em um primeironatureza, acumula
e. em estágio mais avançado de culura à ando
estágio, garar exce
ro do própno grupo ou com outros grupos
econômica,
manter contatos.
com os
quais ocas den-
Nese ambiente, dada a pequena diversidade dos passavam maa
imitada por pequeno numero de itens produtos disponiy
ente fácil o encontro de indivíduos diferentes, tornau- oníveis,
exced relativa-
que dispunham de
determinados produtos desejados por
individuos cujos
eram rigorosamente coincidentes.
Neste caso, o
mente coincidente era a necessidade eodesejo deque tornava se
excedente:
Tnào
ava dupla-
uma das regras básicas de trocas diretas
sociedades primitivas. O
po)A dispunha de excedentes desejados indivícduo (ou aliis, ar
por B; eo indivíduo
po) B dispunha dos excedentes (ot an
desejados por A. Esta gru
dupla coincidéncia levava a uma operação rudimentar ocorrência
de
a Compra nao se
distinguia da venda. A troca se realizava troca em que
em
espécie. Traduzia uma operação típica de escambo, sem diretamente
ção de instrumentos monetários. interven
16 ECONOMIA MONETÁRIA
im.armente Ct
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novas
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grupos trabalho, pele:


Jas
divis.io xial
do cle nuovas
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4
sIgniticativOs
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cxenplos artes.ios
Alguns
1:1ifest.ar-se. gricultores, p:4 st(ores. desapareendo
grackativa

gucrreiros,
citlos: leritrode seus grupos, i n t e r a g : n d o er
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tunOcs suficiencit.
dedicar-se a bistante cornuns,
de auto
:antes
nte os casOs, s o c A l e n t e
mis complexo

umambiente pOrventura
grupos (gtie
delendem
seu grupo le outros

(os
israelitas, co

Os guerreias área
O estabelecer se n a
mesma

desejem, pela torça, tiveram de lutar ba


Moises e depois porJosué,
mandalos primeiro por dese)avam para
outros povos
a Terra Prometida que
tante par:i ocupr
Colhen
si). tinalmente,
t e r r a e.
lavran, semeiam, irrigam a

O Os agricultores
trabalho.
frutos de seu
leva!m setus
os
domesticam animais úteis e
a cria,
O Os pastores promovem do ataque de
outros
animais.
defendlendo-os
rebanhos a pust:ar, servem para o
tanto
fabricam úteis v a s o s de barro, que
O Os artescios vitas, cOno para
de outrOs gèneros
de agua, de grlos e
transporte
servirao como senentes las proxi
di produçao quc
guardar p:urcelas instrumentos de trabalho, uti-
muitos outros
mas satras; fabricam aind:1 adorno c
literentes ativicdades, assim como objetos de
lizáveis em

utensilios de uso doméstico.


necessicdade tunda-
Os sacerndotes, satistazendo espécie de
a una outra
O em contato c o m o
mental nanilest:da pelo homenn, põem o grupo
mortos conduzenn o grupo espirituil-
transcendente, cultu:am os e

de um sentimento de identiticaço
mente; t:avorece1, assim, a criuçåo
do distinguindo-os dos de outros grupOs
que une o s elementos grupo,
que ten outr:a origem e outroS ancestrais.

grindes mudanças na vicda


Este processo de divisao do trabulho provocou
cconomica. Em sintese, as mpis relevantes, do ponto de vista de quen está interes-
sido em ilentificar a origem da moeda, foram as seguintes:

INTRODUÇAO AO ESTUDO DA MOEDA 17

PUC Goiás
818M0TECA
agrupamentos human.
ahoner dastempos, os primeiros:
sob pdrex
bastante simples
es de humanos, em geral
ativi eral nômades
riam aohevaido nôm-
ps que nàoonheveram
a moeda e, quando

em especie,
trcas dinetas
denominadas escamb
recorria a

As
As
econômica.
atividades de Erate
vidad
baseS
Ca,d
denEram gru
am
atividades eram, em síntese, as bases sob tro
desemohiam
suas
seguintes: bre
quaisreali.ses
as
A s neesidades
manitestadas pelo grupo er

apenas
em relaào
itens vitais, como os

ao meio ambiente. O
l
não-atendimento
i
elacionados à alinemitadas, abrangendo
abrange
implicaria a extinção do grupo. No entanto, na
dessae Prote
dessasa
para
aades .cera.
não ia alénm de atividades econômicas rudimenta Satisfa
cessi
s, baseadas o
primitiva exploração da natureza. Esse caráter rucli bases,
satisfaze-las.s,ossidgrupoades
fixação emuma única regiao Esdesses 8dificuldai
nomica é que justificava o nomadismo desses g r i r
traria
crescentes
a mais

vência.
O Ouanto à alimentação, as necessidades
sldades ezque
de
sobrevievi-
satisfeitas pela caça, pela pesca, pela coleta de fruto
fundamentais
do lo grupo eram
tos
natureza;selvagens
outros elementos diretamente encontrados na
e ee por
tecão em relação ao meio ambiente (defesa
contra quanto à
animais
hostilidades do tempoe do clima), as necessidades tamb pro
feitas de forma primitiva, pela utiliz
ização de
mais selvagens e de outros cavernas, de peleseram satis
elementos também
na natureza. encontrados livre de ani-
n Os membros do grupo tendiam a desenvolver
primitivos proceco.
conservacão dos produtos extraidos da natureza,
dentes que se destinavam, em um primeiro acumulando eexce-de
estágio, à garantia do
mento e, em estágio mais avançado de cultura
do a supri
econömica, trocas den
tro próprio grup0 Ou com outros
8rupos com os
as en
manter contatos. quais pasavam a

O Nesse ambiente, dada a


pequena diversidade dos produtos
limitada por pequeno número de itens disponíveis,
diferentes, tornava-se relativa-
mente fácil o encontro de indivíduos
que dispunham de excedentes
determinados produtos desejados por indivíduos de
cujos excedentes
eram
rigorosamente coincidentes. Neste caso, o que se tornava nåão
mente coincidente era a
necessidade e o desejo de trocas diretas dupla-
uma das
regras básicas de sociedades -aliás,
po) A dispunha de excedentes primitivas. indivíduo (ou gru-
O

po) B dispunha dos excedentes


desejados por B; e o indivíduo (ou gru-
dupla coincidência levava a uma
desejados por A. Esta ocorrência de
a operação rudimentar de troca em que
compra não se distinguia da venda. A troca se
realizava diretamente
Cspecie. Iraduzia uma operação típica de escambo, sem interven
ção de instrumentos monetários.
16
ECONOMIA MONETÁRIA
todavia,
económico
seriam,
relacionamento
de
formas
rudimentares

se verificouaquilo que his os


Estas instante que fixação de
partir do
em
Iteradas
rofundanmente alte a
traduzida pela
de primeira revoluçio agrícola, os deltas dos
denominam
riadores determinadas áreas, como por exemplo,
tori
imanos
certos grupos hum em
Fértil, esses grupos
do Crescente
Com o aproveitamerito de
e Eutrates.
a domesticação
Nilo, Tigre
e
rios nessas regióes a agricultura organizada sedentária
a praticar forma
sameçaram gradativamente,
cedendo lugar a u m a
O
nomadismo foi,
t o r n a r - s e mais
complexa. A pro-
nimais. decorrencia, a
VIdla social passou a
utensilioos
e de
le vida. Em
de instrumentos de trabalho
c o m a criação vida. Dentro
lucão
diversificou-se,
de produção e pelos novos padrões de
n o v a s formas e
A especialização
exigidos pelas novas funções passaram a s e r
definidas.
a
sedentarios começaram
dos grupos trabalho, ainda que estágio primitivo,
em
social do podem
facilmente
a divisão exemplos significativos de n o v a s funções a
manifestar-se. Alguns artesãos e
sacerdotes passam
agricultores, pastores,
citados: guerreiros, gracdativa-
seus grupos, desaparecendo
especificas dentro de
ser
dedicar-se a funções auto-suficiência. Assim, interagindo
em

antes bastante comuns,


de
mente os casos,
socialmente mais complexo:
ambiente
um

de outros grupos que porventura


Os guerreiros defendem seu grupo israelitas, c o -
estabelecer-se na m e s m a área (os
desejem, pela força, lutar bas-
mandados primeiro por Moisés depois
e porJosué, tiveram de
Terra Prometida que outros povos desejavam para
tante para ocupara
si).
terra e, finalmente, colhem
agricultores lavram, semeiam, irrigam
a
OOs
os frutos de seu trabalho.
úteis e levam s e u s
domesticam aninmais
Os pastores promovem a cria,
de outros animais.
rebanhos a pastar, defendendo-os do ataque
tanto servem para o
OOs artesãos fabricam úteis vasos de barro, que
e de outros gèneros vitais,
como para
transporte de água, de grãos
como sementes das próxi-
guardar parcelas da produção que servirão
instrumentos de trabalho, uti-
mas safras; fabricam ainda muitos outros
adorno e
lizáveis em diferentes atividades, assim como objetos de
utensílios de uso doméstico.
O s sacerdotes, satisfazendo a uma outra espécie de necessidade funda-
mental manifestada pelo homem, põem o grupo em contato com o

transcendente, cultuam os mortos e conduzem o grupo espiritual-


mente; favorecem, assim, a criação de um sentimento de identificação
que une os elementos do grupo, distinguindo-os dos de outros grupos
que têm outra origem e outros ancestrais.

Este processo de divisão do trabalho provocou grandes mudanças na vida


econômica. Em síntese, as mais relevantes, do ponto de vista de quem está interes-
saclo em icdentificar a origem da moeda, foram as seguintes:

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MOEDA 17

PUC Goiss
81BOTECA
A aividade económica tormou-se mais omplexa.

sensivemente o número de bens


Aumentou serviçiços exigid
satisfado das necessidades
das pelo carter
sedentário
humanas,
da vida. individuais e grupais, dos paraaa
ey:

Adupla
coincidência de desejos, dada
torna-se
a
maior
relativamente me diversifica estimulha
senios disponíveis,
mente. a auto-suficiência cede lugar à interdepene dificil; ào dos be
bens e
Atroxa,

agora
considerada acessoria nos agrupamentos
fundamental para o
desenvolvimento e
para
conseqüente.
ntos primitivos, torna-s
vvencia do gupo social.
própriatornasobre-
na-se
Para pemitir o desenvolvimento das trocas, agora fundan

gresso. o escambo foi dando lugar, gradativamente, a ndamentais


processos ntais para
mento. A generalizada aceitação
determinados de
pro-
produtos, recehidS de pao.
mento das transações economicas que dia a dia se tornam mais
em paga-
a origem da moeda. Eleitos como intermediários de trocas, esses
que não sejam no momento uteis ou desejados pelos que os recel
produtos, mesgura
sem grandes restriçoes, porque todos sabem que todos os
ilizarão aceiitos
dades transacionais. para final
A troca já não é mais direta.

Senaram-se as operações de compra e de venda, intermediadas nor


de aceitação geral, que atuam como moeaa. E,
medida que esses a
desempenhar funçôes de intermediários de trocas, o valor de too produtos pas.
mais bens serviços começa a ser medido em relaçao
e os de-
aos
Estabelecem-se, então, medidas de valor, que podem ser produtos-paderão.
cies primitivas de expressões monetarias. Tanto quanto
consideradas como es

as medidas de valores passam de aceitaço geral no


os
produtos-padrão, espé-
nono- as
ambiente social em
definidas. que são
Vista assim, mesmo em seu
estágio mais primitivo e usada para
processos rudimentares de troca, a moeda intermediar
pode ser conceituada como um bem
economico qualquer que
desempenha as funções básicas de intermediário de tro-
cas, que serve como medida de valor e
geral. que tem
observar aceitação Cabe
que aceitação geral, momento importante na criação da moeda
a
e nos
de mudança nos processos
padrões monetários, é um fenômeno essencialmente social. Um
produto só se converte em um ativo monetário
aceitarem em pagamento das transações que se efetivam. Talmembros uma
se os do
grupo o

cie de
crença social, à qual todos se rendem. Além aceitaçãoé espe
um
poder de aquisição, desde disso, como a moeda represeia
o momento em
que é recebida até o
que e dada em
pagamento de outra transação, ela também se momen em
reserva de valor. caracteriza como u na

18
FCONOMIA MONETÁRIA
da Moeda e s u a Importância
As Funções
1.2 vamos agora fo-
mostrado o processo de surgimento da moeda,
Anós termos idéias básicas até
pouco mais
um as
aprofundando
ar suas
principais funçoes,
calizar
a q u i desenvolvidas.

moeda são:
principais da
As funçes
intermediária de trocas.
O Função de
medida de valor.
F u n ç ã o de
de valor.
Função de reserva

Função liberatória.
de pagamentos diferidos.
O Função de padrão
instrumento de poder.
Função de

COMO INTERMEDIÁRIA DE TROCAs


1.2.1 A MOEDA

da moeda, geralmente caracterizada


como principal
raz o
A função essencial trocas. Esta função per-
de servir c o m o intermediária de
de seu aparecimento, é a
monetária. Os
da economia de escambo e a passagem à economia
mite superação
a
diretas por proces-
da superação da fase primitiva das trocas
benefícios decorrentes de grande alcance.
instrumentos monetários são, realmente,
sos indiretos à base de
em aumento generalizado da
eficiência economica
consistenm
Fundamentalmente,
de bens e serviços que passam a ser postos
e em sensível acréscimo da quantidade
o atendimento de suas
necessidades. A descoberta
à disposição da sociedade para da pro-
e a aceitação generalizada de um instrumento de trocas facilita o processo
consideravelmente as possibilidades de espe-
dução e de distribuição, ampliando
cialização.
São estes, em síntese, os benefícios resultantes dessa funçÃo:

A o funcionar como intermediária de trocas, a moeda torna possível


maior grau de especializaç o e de divisão social do trabalho. A existên-
cia da moeda é condição essencial para que a especialização seja prati-
cada em larga escala. Na hipótese extrema de nào-existência da moeda,
a divisão do trabalho, se existir, serí bastante limitada, reduzindo acen-
tuacamente a capacidade social de produção. Esta amplia-se na pro-
porção em que o trabalho se encontre dividido, como os primeiros eco-
nomistas clássicos demonstraram sobejamente. O exemplo clássico da
produção de alfinetes, que se encontra na Riqueza das nações, de
Adam Smith, mostra claramente como a divisão do trabalho pode au-
mentar a produção e a produtividade. No caso desse exemplo, que

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MOEDA 19

RC
318
01TECA
generalizacdo, a especialização das
pode ser
i r unidade de tempo e de fator, aumentar funçòes
ivel deeva a
coletividade. Mas nunca é denmais repetir que u
grau de specializaçao sóé viável em uma economia
altoDen
monetária,
genear produçar
bem-est ar da
O
aee
A
Autilização da moedamo
como intermediária
de tre
cas
d
mone
eraliz ado
dugao do tempo empregado rC
em
possibilita
transações. EstasSibilita
demoradas quando prevalecen as trocas
sensimaisvel
re.sUracadosejam a5nto aceitaço a L Soe
diretas, sob aa
ser
xistencia de moeda. Com o surginmento e a
moeda, o tempo que antes era dedicado à realizaca

passa a ser utilizado em outras alizaca ltrocas


atividades, sejam de
et,
eneraliine

dire
balho produtivo, aumentando,
vel geral do bem-estar social.
tanto em um
caso
mo em
como Sejam. sejam
em outro,de e tra-
tra-
Q u a n d o as trocas passann a e u v a r - s e p o r i n t e r m é d
da
ouro,
nam-se os inconvenientes decorrentes
dencia de desejos exigida nas economias de
hoeda, elimi
necessidade da dupla
da compra e da venda, aumenta a liberdade de
escambo. Coma sep coin
coinci-
escolha dParação
ação
dos agentes
econômicos, criand0-se condiçoes para a
competitividada
vendo-se a racionalidade do sistema econömico como um 1
tores que destacam este beneficio como sendo o de
maior im
promo
lá au-
Para D. Robertson,1 "a maior vantagem da moeda é
Há au
permitir aancia,
comoconsumidor, generalizar sua capacidade aquisitivae mem
da sociedade aquilo que Ihe convem. A
existëncia de uma eco. ndar
monetária ajuda a sociedade a descobrir quais os bens de omia
que quantidades, orientand que
em assim a
produção no
sentido de apr precisa e
realmente seus limitados recursos.
veitar
rar a cada membro da sociedade
Contribui, ainda, para ass
que os meios de Ssegu-
cance Ihe proporcionem o maximo satisfação ao seu a
pOssivel de satisfação. O usa da
moeda não apenas faculta ao seu
possuidor a liberdade de escolher o
que adquirirá, mas também quando
tomará essa decisão".
1.2.2 A MOEDA COMO MEDIDA DE VALOR

A utilização
generalizada da moeda implica a criaçào de uma
de medida, à qual são convertidos os valores de unidade-padrão
todos
bens e serviços dis- os
poníveis. A existência de um denominador comum de
mordial para a vida econômica. Em valoresé de importância pri-
sua ausência, os valores de
cada bem ou
Viço são expressos em ser
relação aos valores dos demais bens e serviços com os quais
possam ser diretamente trocados.
A
importancia dessa função torna-se clara
deescambo, sem moeda e, portanto, sem uma
quando imaginamos uma econoi
unidade de conta, emqu ada
1.
ROBERTSON, Denis. A moeda. 3. ed.
Rio de Janeiro Zahar, 1978.
20
ECONOMIA MONETÁRIA
todos os demais produtos disponí-
valor expresso
val
em relação a
as rela-
literalmente,
tem
seu
significa,
oduto
p r o d u

O número de relaçoes de Iroca (expressåo que o s agentes


a efetivação das
trocas diretas) que
s produtos,
produt para
veis.
valor
entre o
valor entre
os
e x t r a o r d i n a r i a m e n t e alto,
crescendo geometri-
s de estabelecer é
n o mercado.
Co
ce
precisam
osn ô m i c O s p r e c i s a n
amicos número de itens disponíveis
se amplia o
C c o

camente à medida
m ed que estabelecido é
te à ser
de troca (RT) que precisa
número de relações
o
Em geral, expressão:
seguinte
dado pela
RT = " ( n - 1)

mercado. A Tabela 1.1


identifica ó
número de produtos disponíveis no

m que n crescentes números de produtos pos-


em

relaçoes
necessarias para que
evidencia as estabelecer 190 re-
produtos, há que s e
entre si. Para apenas 20
trocados
sam ser número de 449.500 relações.
1.000 produtos, o impraticável
de trocas; e para necessárias é a c o m -
lacões número de informações
Generalizando, pode-se afirmar que
bens, dois a dois.
binação dos
n

estabelecido, dadas dife-


TABELA 1.1
Nimero de relações de troca queprecisa ser
rentes quantidades de produtos disponuveis.

Número de relações de troca (RT)


Produtos disponíveis (n)

20 190
1.225
50
4.950
100
200 19.900
500 124.750
1.000 499.5000

A adoção da moeda leva à concomitante adoção de uma unidade de conta, de


uma medida de valor. Os bens e serviços uransacionados passam a ter, como de-
nominador comum, seus valores expressos em temos da unidade monetária em
uso. A existência desse denominador traz vantagens adicionais, além da simples
racionalização do sistema de valoraç o. As principais são as seguintes:

Racionaliza e aumenta o número de informações econômicas, via siste-


ma de preços, tornando possível uma atuação mais racional de produ-
tores e de consumidores e ampliando as margens de eficiência opera-
cional do sistema econômico como um todo.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MOEDA 21


O Toma possivel a oontabilizaão da atividade.
eco
produção, fator ômica
unidades de
o racional das
ea
resulta.de
ima

importancia
da economia e a
para o desenvolvimento
estar.

Penite a construçào de sistemas de contabilidade


ante
admi
ncia
ampliaçãc mincnuci
istraa-.
crucial
ao do
dot
dos valores agregados da do produção, social,
ocial
investimento para
Para
bem
beme
cálcul
poupançaede outroS fhUxOs macroeconômicos d. na
do importanca
e grande
no planejamento e na administração da econ.
omia como
consusumo, da
um todo.
1.2.3 AMOEDA COMO RESERVA DE VALOR

U'ma terceira função exercida pela moeda é a que deco rre da particulat
de a moeda servir conmo uma reserva de valor, desde o n
o sde
momento em queade
bida até o

foma altemativa de
instante em que e
gasta por seu detentor. Esta
capacidade é rece
guardar riqueza. Neste sentido,
funcão esta
qu ularidade
clusivamente pela moeda, existindo outras formas de ativos
nanceiros, que podem eventualmente atender a mesma
fina eKercida
da ex
finalidade Osetanto.
sua liquidez e pelos graus de incerteza quanto às possibilidades
e
nãor f
versão das outras fomas de ativo, a moeda é um Entretanto,
reservatório por
f
ras de con-
derde compra. Afinal, enquanto a liquidez dos demais
a moeda tem a característica de ser a
ativos ccelência depo.
de
liquidez por excelência.éaltamente variz po-
Teoria geral, de Keynes (1936), esta
Até a
função da moeda era desn.
embora reconhecida. Ao enfatizara incerteza inerente
Kevnes trouxe a função reserva de valor
a uma
economia zada
para o
primeiro plano. A
moeda conservada em relação aos outrOs ativos proporcã
que interferem na preferência do publico. depende uma série
de fato. de
Apos Keynes, a
análise
do grau em que é exercida a
preferncia pela
desses fatores e
liquidez
importante área de investigação teórica e de interesse passou a
constituir-se emem
As duas
prático.
principais razões que levam à preferência pela
como reserva de valor
são, em síntese, as utilização da moeda
seguintes:
A pronta e imediata aceitação da
converte-la em outros
moeda, quando da decisão de
ativos, financeiros reais. A
ou essa
adiciona-se particularidade de ser
a aceitação
a moeda um ativo conversível em
ampla área geográfica.
A
imprevisibilidade do valor futuro de outros ativos, sobretudo os nao
financeiros. Nada garante
que o valor desses outros ativos esteja a um
nível adequado quando vierem a ser utilizados.
Na maior parte dos Ca
Sos, Os ativos reais
perdem (alguns quase completamente) a reversidl
dade. Há bens de
durável que, imediatamente
uso
em
primeira mão, não são mais reversíveis após sua aqub
ao valor com que foram
quiridos. au
22 ECONOMIA MONETÁRIA

.
LIBERATÓRI1o
PODER
COMO
MOEDA de
A a distingue
poder que
1.2.4
n e n h u m outro
ativo, detém um
econômico
-o poder
como um agente
moeda, possuídas por situação pas-
A. formas de riqueza detentor de uma
débitos, de livrar
outras seu
er liberatório o u
de liquidar denominação de poder
quais

d le
e
r dividas,particularidade da moeda a
saldar
dívicdas,

esta
Dá-se a
im-
siva.
f i u n ç ã o l i b e r a t ó r i a

curso da moeda,
Estado, que pode forçar o
entender
garantido pelo deve
poder é Todavia, não se
Esse forma de pagamento. realidade,
ondo sua aceitaç ceitação
como
atribuível ao
Estado. Na
unicamente
P o r

geral da moeda é sociedade onde a moeda


que a
aceitação
ace
decorre muito
mais da própria na
eralizada dos assignats,
Os exemplos da inflação
a aceitação generaliz

de imposições
legais. duas últimas
do q u e alemà entre a s
hiperinflação
circula Francesa, e da do Estado e m
Revolução vontade expressa
nOCa da claro que, apesar da
deixam bem liberatório,
Guerras
quanto a seu poder
Crandes da m o e d a e
das garantias legais c o m o paga-
da aceitação espontaneamente
deixar de receber
favor
podem n a moeda,
agentes
econômicos
Se a sociedade deixa de confiar
confiam.
qual nao
as
moeda na levem o s agentes
mento
uma
pela simples imposição legal,
formas eficazes que, a moeda
c o r r e n t e venha
a ser
não há de transaçóes e m que
participarem vez reali-
econômicos a m e s m o que o
Estado declare, u m a
meio de pagamento, resultante da
utilizada c o m o extinta a relação jurídica de débito e crédito
estar
zada a transação,
troca. e m que
entre a função liberatória
da moeda e o grau
vínculos
Há, assim, fortes s e estabelece
essencial-
sociedade. A aceitação generalizada, que
esta é aceita pela e m realidade, garante
à
natureza social, é que,
manifestação de
como uma
mente
exercício dessa importante função.
moeda o

DIFERIDOS
PADRÃO DE PAGAMENTOS
1.2.5 A MOEDA COMO
saldar dívidas,
Å medida que garantia do Estado, o poder de
a moeda tem, sob
de
ela se torna, automaticamente, padrdo
sendo, ademais, uma medida de valor,
da moeda resulta de sua capacidade de
pagamentos diferidos. Esta quinta função
a concessão de
facilitar a distribuição de pagamentos ao longo do tempo, quer para
crédito ou de diferentes formas de adiantamentos.
Trata-se de uma função relevante para o funcionanmento de uma economia

moderna, viabilizando os fluxos de produção e renda, que, embora simultâneos e

interdependentes, desenvolvem-se por etapas, exigindo que, ao longo delas, sejam


antecipacdos diferentes tipos de pagamentos. Os salários, de forma geral, constitu-
em um exemplo bastante claro de um pagamento diferido. Na maior parte dos ca-
sOs, os salários representam, em essência, uma foma de adiantamento. Embora a
empresa não possa dispordaquiloque produz antes queo ciclo de produção esteja

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MOEDA 23


PUC Goiás
OTECA
ocupam das
os
abalhadores que se
diferentes
fase da
teminado,
processo
se conch
produtivo se
conclua, para u
niemeserar que
unerado. De igual
o

foma, os empresarios recorrem


quee se
a produçao
Pr
finalidaies d e s d e a s q u e s e estinam a o f i n a n c i a m e n t o P r é s t d
im

iro
e bal,
alho sepa te
de seus
relacionadas a in
varadasos
necessidades
a
t e os que
atendem
imentos em
A viabilização
Nas avnomias
desses processos seria impossível sem -a
modemas, que o crédito desempenho
em existência
n a papelia dda
negóci
capital fixo.
diferidos, distribuídos n el de fundamenta
importincia. os paganmentos
no
tenmpo, sob a fo
cipagdes ou de promessas de liquidação financeira encontram-s moeda,
amen
de investimento, de producão e
ram-sea dea
atividades economicas de
no. base ante
Em sintese, pode-se
admitir que esta função da
moeda é das
que: levante à medid
dida
Facilitao crédito e a distribuição, ino tempo, de

n
adiantamento.
Tahiliza a forma como se realizam nas modernas de
diferenciadas form
sos de investimento, de economin.
as os proces-
produçao de
e
c diferidos ao longo das sucessivasconsumo, interpond.do pagamen-etapas de
coamento dos bens e serviços que se destinam à
dades humanas.
satisfac es
das necessi-

1.2.6 A MOEDA COMO INSTRUMENTO DE PODER

Cabe finalmente registrar uma sexta funçao que moeda pode a


servindo como instrumento de poder economico, politico e sOcial. desemno.
formulados juízos de valor sobre a perniciosidade dessa Embora
não pode ser negligenciada. Esta função,
função, o fato égue ella
perniciosa Ou não, existe efetivamente
medida que se admite a moeda com um titulo de crèdito. Os
direitos de haver sobre os bens e que o detêm possuem
serviços disponíveis no
mercado, tanto maiores e
mais amplos quanto maior for montante disponível de
o
direitos cristalizam uma
esses
moeda. Na realidade.
espécie de poder de decisäo
que, em essência, con-
duzem a uma forma bem nítida de
poder econômico. Ademais, abstraindo-se as
possíveis conseqüências nocivas desse fato, essa forma de
ser utilizada como poder econômico pode
instrumento de pressão política, caso em
superpöem (funcionando um como suporte do outro) os que praticamente see
político. poderes econômico
Estas possibilidades não escaparam a Keynes. Na Teoria geral, ao tratar das
desigualdades nos rendimentos e na riqueza,
Keynes referiu-se claramente a cCertas
2.
KEYNES, John Maynard. General
theory Royal
Economic Society. Londres: MacMillan, ofemployment,
On the 1977,
interest and money. Ver
eaiga
especialmente o Capítulo 24, "Concu
social
philosophy towards which the general theory
might lead", p. 372-581
ECONOMIA MONETÁRIA
humana, que, amparadas pelo dinheiroe pela fortuna,
s cla natureza inofensivas, cruéis, à medida que sejam
como
relativamente
dem tornar-se relativa
i n c l i n a ç o e

tornar-se autoridade e de outras formas


de
inc letm
t a n t op o d e
ambição de poder, de
t a n i s à desenfreada homem tiranize
c o n d u z i c d a s à d e s e n f r e a d a

escreveu Keynes, que um


pessoa. "E preferível,
decimento
concidadãos, e,
os seus
embora a primeira tirania seja
engr salde hancário do que m e n o s uma al
s e u
levar à segunda, em certos
de lev
meio de
casos é pelo
um
vezes
as

da moe-
poder facultada pela posse
ternativa."

essa forma de
observar que
Cabe também até levar a atitudes edificantes.
De
necessariamente, nociva; pode
si e assinalar é o
aos mais variados fins, o que se deseja
é . em
servind
de outro,
odo o u c o m o instrumento de poder. A detençào do poder
também atuar
de a moeda lembramos, fundamentar o poder
fato
que a
ela se relaciona
ela pode, como
econômico
individuos ou grupos que detêm esses poderes podem
litico. E é inegável que os econômico.
do desenvolvimento politico, social
e
poli
nos próprios rumos
fluir
da moeda uma torma bem nítida de poder. Seja este n o
Accacia-se, assim, à posse neutralidade moral.
Asso
edificante. Ou talvez
até mantido em posição de
civo o u

Caracteristicas Essenciais da Moeda


1.3
das funções que acabam de ser examinadas, a moeda
Para o bom desempenho cabe ini-
caracteristicas essenciais. Quanto a este aspecto,
uma série de
deve reunir
a crescente complexidade das economias modernas,
cialmente observar que
sistema financeiro, explica, em grande parte, a evolução
sobretudo no âmbito do dife-
sentido de que os instrumentos monetários em uso nos
histórica da moeda, no
econômica dos povos pudessem adaptar-se às diferen-
rentes estágios da evolução
se manifestavam em cada etapa. Desta forma, a
moeda evoluiu
tes exigências que
de formas muito rudimentares para fomas mais sofisticadas, adequando-se perma-
nentemente às necessidades ditadas pela evolução dos sistemas econômi-
novas
cos. Em todas as etapas, porém, foram mantidas certas caracteristicas essenciais,
sem as quais os diferentes instrumentos monetários utilizados não pocleriam cum-
prir as funções básicas que deles sempre se exigiram.
As características mais relevantes da moeda, estudad:as desde Adam Smith,3
são:

Indestrutibilidade e inalterabilidade.
Homogeneiclade.
Divisibilidade.

3. SMTH, Acm. An inguiy into the nature and causes ofthe uealth ofnations. (Publicação origi-
i l de 1776.) Ver edição coordenada e comentadka por Edwin Cannau. New York: Modern Li-
brary, 1937.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MOEDA 25


O Transferibilidade.

manuseio e transporte.
Facilidade de

enunciado desses atributos, dada sua


simples
ciente para
evidenciar os princip requisitos fisicos eaa
mente preencher. Isso nao ODstante, vamos pormenoriz
que moe bviedadedeve necessat
moeda
eda
cada umdevedelpatpares,ece s
neces .

Indestrutibilidade inalterabilidade. A moeda


e
não Se destrua ou se deteri deve
eves ser suficientemene
durivel, no sentido de que riore,à
economicos a manuseram na intemediação das tro medida qu
cédulas monetáriasem papel de interior qualidade
estas
Assi
não
m,desempe
se se S
fungoespara quais destinariam,
as se dado que, depois d desen
im priagEnt
mmisise
estariam ireconhecíveis e fisicamente deterio
ioradas, em mas
tentor.AJém diso, a indestrutibilidade e a prejuízopoucas
inalterabilidadie. de s transad
sificagio,tomando-se, assim, atributos
acessórios,tambémObstãcul Saçoes.
fiança do público e a aceitaço geral da moeda.
mportantes para suaCOniad
a

Homogeneidade. Duas unidades monetárias distintasc


iguais. Suponhamos, por de
ser rigorosamente
exemplo, nos igual valo
histórica da moeda, uma deteminada mercadoria primórdios da ,devem
usada como
temediacão de trocas. As diferentes unidades dessa evolua
instrumento
sariamente, ser iguais, homogëneas quanto ààs suas mercador dever
mitamos que o aroz, em dada época e lug características intr vem, neces
desse a
dois indivíduos chegassema um acordo sobre essa
valor de umafunção.
se Ad
tranea. Nestee caso,
o
acontecer que o comprador pensasse pagar a dívio com arroz de 0, poderia
quebrados, enquanto vendedor imaginasse receb
o
grãos miúdos e
arroz de
possibilidade
deste tipo de grãos graúdos
homogeneidade, é um exemplo claro da desentendimento, resultante
os e
ein
necessidade de que unidadeses monetárias
da
do mesmo valor
sejam efetivamente iguais para
funções essenciais. a que moeda possa
exercer suasas

Divisibilidade. A moeda deve


dade e variedade, possuir
que tanto as transações de mútiplos submúltiplos em quanti-
e

sam realizar-se
sem dificuldade. grande porte quanto as
cédulas monetárias de
determinado
Se, por hipótese, em uma economiapequenas

pos-
existirem
tada, senão mesmo valor, a maior parte das
impraticável. Se o valor da única transações serádificu.
cepcionalmente baixo e se não existissem cédula em circulação fosse ex-
mentos, transações de maior
as outros
meios para se efetuarem
Cionais. vulto esbarrariam em paga
Contrariamente, se existisse uma única cédulainúmeras dificuldades opera-
prejudicadas as transações menores. de elevado valor,
ficaria
Outro
aspecto que se relaciona comm a
uade
que a moeda deve ter no sentido divisibilidade diz respeito à proprie
de que o valor de múltiplos e submúl-
seus mültiplIos
26
ECONOMIA MONETÁRIA
esclarecem
fracionamento. Há exemplos que
correspondente
do
tiplos incdependa do como mnoeda.
lenenda de determinadas
mercadorias
acionados a o uso
este aspecto, relac sel-
as apreciadas peles curtidas de animais
e lugares, di-
determinadas épocas satisfatoriamente à exigência de
moeda não atendiam
Em
ilizadas c o m o a s o m a do
valor de
divisíveis e m grande número
ns
de partes,
vagedie. Ainda que ao valor da peça original.
Em outros casos (como no
inferior
impossível, dificul-
v i s i b i l i d a o

cada parte result va


fracionamento era totalmente
o
exemplo cláss l clássico do gado), instrumento de troca.
como
sua
ilização
ssim
à fa-
da moeda diz respeito
t a n d o

Outra característica essencial


Teansferibilidade. outro.
processar-se sua transterência, de um possuidor para
de com que deve mercadoria qualquer o u e m
uma cédula

moeda estiver materializada


cilia em
uma mercadoria quanto a
Estado, é desejável que tanto a
Se a mooed

nitida e g a r a n t i d a pelo
atual possuidor. Re
registros que identifiquem seu
quaisqu
cédula
não tragam
uma vez a o cássico exemplo do gado, utilizaço c o m o moeda-
sua
mais tivesse
corrend
cada um de seus sucessivos proprietários
adoria
ficaria judicada se cabo de certo
Sua marca na pele do animal. Ao
a fogo
essidade de gravar novas m a r c a s . O mesmo
não restariam mais
es
nece
espaços para
número de transaçe unicamente via en-
transterencias de cedulas se processassem
caso as
onteceria outro.
um possuidor para
dosso de
esta caracteristica reduza a segurança dos que possuem
Embora, de um lado,
de outro lado facilita o processo de
troca. E, tendo e m vista que
moeda em uso, fácil
processo, s u a perfeita
a
e
básicas da moeda é a de facilitar esse
11ma das funções
converte-se em u m de seus atributos mais importantes.
transferibilidade
manuseio e o transporte da moeda
Facilidade de manuseio e transporte. O
nem dificultar sua utilização. Se o porte da moeda
for dificul-
não podem prejudicar
certamente será pouco a pouco descartada. Os primeiros
me
tado,sua utilização
utilizadOs como moeda, foram um a um descartados à medida
tais, não preciosos,
que a descoberta de novas minas e o desenvolvimento da tecnologia de fundição e

valor por unidade de peso. Sua


usinagem os tornou abundantes, reduzindo seu
à facili-
substituição por o u r o e prata decorreu essencialmente de fatores ligados
dade de manuseio e transporte, dado que uma pequena quanticade (reduzido
peso) desses metais preciosos sempre correspondeu a um grande valor.
Conclusivamente: na história econômica de todos os povos, a exigência das
características essenciais que destacamos foi uma das principais justificativas para
se passar de um tipo de moeda para outro ou, mesnmo, de um sistema monetário
para outro. Ao esboçarmos, a seguir, a evoluç o histórica da moedla, verificaremos
de que forma o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos sistemas monetários fo-
ram infhuenciaclos pela incessante busca de instrumentos que atendessem satisfato-
Tamente às funçoes exigidas da moda, preenchendo todas as características essen-
ciais que esta deve
possuir.
INTRODUÇAO AO ESTUDO DA MOEDA 27

PUC Oe
1801CA
Histórica da Moeda:
1 AEvolução Um
Quando
tratamos da origem
da moeda,no evidenciamosEsboço
da necessidade
supvs, sOarao senvol
dee superar obstáculos para o
emeconomias nào primitivas, em que a div
que
seu
do vimeoentaparec
detrocas,
zação
individual para o
exercicio

al de interdependênci
regime social de interacP
emoduti vas
medida que os
A p traabal
de funções produtivas

passaram
ciencia submetiamgrupos
bal
ssaram ho oae do ecmSiersse
e
ainter
hur ineaespes
tensespecat
a
e se submetian
auto-Suficiencia ese
da
superavamoestágio a
praticando operações
de troca internamente ou sistem
com outro os primitv
sistemas monetánios
tomOU-se um imperati mais avançados
grupos
mais avançadoe mais
eficiente de
interdependência amental,
não sem o cvaçao
a
o
número de produtos dispc poderi qual
O
res de
desenvohver-se. crescente o
pratica rudimentar do eescamhaníveis nos merca
tivos passou a dificultar a
praun relações nbo, ldo
não só prpelaos eguiT DEM
Tesgne
cados pim
cada vez maior de se estabelecerem
mesmo de se encontrarem parceiroS cujoselaçoesceidesejosos tercdisponibilid
justas e
interco
e
só Ddo
oerentes iroca,difia ldade
entes dede tro
duplamente coincidentes.
disponibilidadescon
Como
OSsem
141 AS MOEDAS-MERCADORIAS

No princípio, as primeiras moedas rorarm


cientemente raras (para que tivessem valor) e
mercadorias. Estas d
deveriam atender a ervam ser suf
comum e geral (para que pudessem ser ceitas sem uma
grantes dos grupos envolvidos em operações de trocasrestrições por todo
primeiros tipos de moeda tinham, essencialmente, valor indiretas).
Desta
os inte
O inte-
e geral, de
passavam a ter, concomitantemente, valor de uso. Sendo est forma, os
tempo, com a passagem de um tipo de moeda troca. Só com Ccomum
com O correr
monetários foram submetidos a um para outro, os
d

processo gradual, porém instru


lização, em decorência do qual a exigencIa lento, de desmate
de valor de
abandonada, enfatizando-se de forma crescente o uso foi Lateria-
valor de troca.progressivamente
Éfacil entender as razões desse
qua non para a existência da processo. Basta recordar que a
cialmente social, inicialmente
moeda é sua aceitação geral condiçào sine
fenômeno essen-
um
-

agupamentos humanos, espontâneo, que se alastra afirma dentro dos


e se

intuitivo que, de início, a independentemente de imposições de natureza


estava em seu valor
razão essencial
para que a moeda tivesse legal. E
utilidade, em sua capacidade de aceitaço
de uso, em sua geral
necessidade comum. atender
na moeda era
Assim, requisito necessário
o a uma
para que se
sua utilidade
grantes grupo. As
do
para todos ou, pelo menos,
depositasse confianga
a maior
moedas para parte ao
mentada na utilidade primitivamente usadas tinham sua aceitaçao
geral runuar
ração direta de determinadasque comunidade encontrava em seu uso,
a
satis-
a para O valor de troca. necessidades. O valor de paie
tal a Ambos, na realidade, acabavamuso servia, assim, garan
correlação que se estabelecia entre mesmo por conrun dir-se,
28
eles.
ECONOMIA MONETÁRIA
comuni-
comunidade para
de es dos gru-
v a r i a r a m amplamente costumes
nedas-mercadorias dos u s o s e
tipos de
influência
sob m a r c a n t e principais
época, idéia dos
para
Tabela 1.2 dá u m a e da
de
época
irculavam. A
cird da Idade Média
e Antigüidade,
dade que
por povos
da su-
c a s o s e m que,
em
utilizados
rias
sociais

bastante raros os
edas-mercadoria
c l a r a m e n t e que são conchas). De
e
de Moderna. Nota- ta-se (pérolas, ágata (teci-
de restrições
de u s o ê passivel valor de u s o
valor e x a t a m e n t e do
expressivo
Idaente. O decorre teria ocorrido
valor
valo de troca de forma precursora,
postaeral. oo
desmaterialização,
geral,
). A
moedas-mercadorias

forma sal e gado).


os casos
de
dos, cereais,. maior, e m
comparação c o m
das cédulas
de pa-
inda moedas de couro,
precursoras
com rarida
restrito. As metálicas.
mais
de valor d e uso difundidas c o m o as peças
tãoo amplamente moedas-mercadorias

foram as
não até a Idade Moderna,
pel, tenham chegado foram progressivamente
embora valor de uso,
Mas.
mesmo a s de expressivo
o u t r a s formas
de moeda
Características, s u a substituição por
razõões principais para
fe

ccartadas. As
des

foram: característi-
as
não preenchiam
das
moedas-mercadorias
de-
monetários para o
A maior parte dos instrumentos
essenciais que se exigem insatis-
cas
A ausência o u o preenchimento
suas funções. Perdia-
sempenho de s u a aceitação geral.
características comprometia
e m que a
fatório dessas homogêneas o u naquelas
mercadorias n o intrínsecos.
em
se a confiança caracteres
pudesse destruir o u alterar
ação do tempo facilmente divisíveis ou transferíveis. E a maior parte
Outras não e r a m
de transporte difíceis.
era de m a n u s e i o e/ou mercadoria sele-
troca na
do valor de uso e do valor de
A justaposição moeda comprometia s e u papel c o m o i n s t r u m e n t o de
cionada c o m o usada simplesmente
como
unidade monetária s e r
troca. Podendo
a de
ou c o m o
de trabalho, as operações
instrumento
bem de consumo

n e s s a unidade
acabavam por não apresentar diferenças
troca c o m base inconvenientes
enm relação ao escambo.
A medida que os
pronunciadas as mercadorias
de
dificultando a operação de troca,
deste se acentuam, como unidades
tornam-se pouco satisfatórias
expressivo valor de u s o
monetárias.

1.4.2 A ORIGEMEA EVOLUÇÃO DO METALISMO


se procurassem
mercadorias
Pelas razões sintetizadas, não tardou para que
defeitos destacados. De forma geral, os
me-
cujo uso como moeda minimizasse os
tais foram as mercadorias que mais se ajustaram
às funções monetárias, não só
intrínsecas aproximam-se mais das características
es-
porque suas características
também porque seu
senciais que se exigem dos instrumentos monetários, c o m o
valor de uso não compromete nem compete tão diretamente com seu valor de
troca. Mais ainda: a utilização de metais viabilizou o processo de cunhagem, por
meio do qual se certificava seu peso e se garantia sua circulação, notadamente
quando esse processo era realizado ou administrado por chefes de Estado.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MOEDA 29


utilizadas coma.
omo
TABELA 1.2 Principais
mercadoras

moeda, em
case rogioes
diferentes epo
Epocas e regiðes Principals moedas-mercadorias
s

ANTIGÜIDADE
Cobre. Anéis de cobre, como
subdivisão da
Egito
Babilónia e Assiria
Cobre, prata e cevada.
unidade-t
Lidia
Peças metálicas cunhadas. Embora existam
lidios (século XVIl a.C.) teriams dúvida
e-peso.
moedas, atestando seu peso e titulo. oimeiros povoshistórica as,0oss
a
Pérsia
Gado, sobretudo bovinos e ovinos. cunhar
Barras de ferro. Espadas de Ferro.
Bretanha Escravos
Animais domésticos.Arroz. Metais
India
China s(notadamente
chas, seda e metais. Instrumentos
agricolas.
ouro e

Cereaicobre).Sal
IDADE MÉDIA
lhas Britänicas Moedas de couro (precursoras das
Ouro e prata em unidades-peso. edulas de papel).
Alemanha Gado (inicio da ldade Média). Cereais Gado.
centeio). Mel. Moedas cunhadas: (notadamenhete
lidus, de ouro; e aveia e
prata.
Isländia Gado. Tecidos. Peixes secCOs
denar,
Nouega (notadamente
Gado bovino. Escravos. Tecidos. o
bacalhaul
Rússia Manteiga. Peles curtidas
Gado bovino. Peles de esquilo e de
marta. Prata, em unidade
peso.
China Arroz (com instrumento de troca e
unidade de
Peças de ferro, estanho e prata, com
valores
conta). Chá. sSal
Anéis de cobre, cobertos com
prata. inter-relacionados,
vEpao
ouro e
roz. Pérolas. Agata. Ar-

IDADE MODERNA
Estados Unidos
Austrália
Epoca colonial: fumo, cereais,
Rum, trigo e cane (nos carnes-secas, madeira e gado.
Canadá
Peles e cereais. primórdios da
colonização britânica).
França Após a
desvalorização dos assignats: metais
Alemanha e ustria
reais. preciosos e ce
No Tirol: terra como
como
denominador comum de valores; gado,
Japão instrumento de troca.
Arroz. Warrants,
emitidos por depósitos desse cereal, até o se
Culo XVIll foram
usados como moeda.

ECONOMIA AMONETÁRIA
como
meio de
usaram a moeda cunhada cunha-
imperadores
Império
Romano, o s
veículo de opaganda, pela
No conquistadas e como populaçoEs
integração dasi regioes junto às diferentes
de frases de efeito externo, e s s o s de
cunhagem
p r ó p r i a efígie
efi e
os proces
da desses efeitos políticos, feudais
em Roma. Além Média, os
senhores
subjugadas p o r
tributos: na Idade
a cobrança de valor nominal, por
amhém possibilitaram cunhar moedas e de alterarseu cada v e z
exclusivo de da base metálica,
asSlumiramopoder
se apropriavam
de substanciais parcelas
quantidades de
metal o u re-
eio do qual altos para iguais E a
valores nominais mais à unidade expressa
nominal.
impunham de valor
que e m relaç o tributo) que se
quantidades
essas cobrança de
uziam (caracterizado como
uma

processo
de apropriaçao
esse d e seignorage
ou senboriagem.
ou
denominaçao em lingotes
dá a
apresentados sob
forma mercantil (geralmente como
Inicialmente, os metais
empregados
a processos de cunhagem,
o ferro. No
en-
ou submetidos
e m barras) foram o cobre, o
bronze e, notadamente,
eles tambémn
instrumentos monetariosmetais existirem em abundância na n a t u r e z a ,
de e s s e s irrestrito c o m o
tanto, pelo fato das condições necessárias para s e u u s o
moeda
não preenchiam algumas das básicas a que a
funções
abundancia comprometia algumas de novas
moeda. Sua de servir como de valor. A descoberta
reserva
e m especiala instabilizavamn
deve atender, do processo industrial
de fundição
iazidas e o
aperfeiçoamento
comprometendo s u a aceitação
geral. Ex
o valor desses metais, nítida tendên-
acentuadamente metais apresentava
de guerra, o valor desses
cecão feita
aos periodos
baixa persistente.
cia à o u r o e pela prata
(em
nobres pelo
substituição de metais não
A progressiva excelência) decorreu
fundamental-
c o m o metais monetários por
geral definidos
razões. Além de atenderem
de forma mais satisfatória às funções prin-
mente dessas características intrínsecas
esses dois metais preciosos possuem
cipais da moeda, quaisquer outras m e r -
a
de modo mais perfeito, comparativanmente
que se ajustam a moeda deve preencher.
Como os
às caracteristicas essenciais que
cadorias, metais impuseram-se
século XVIlI destacaram, esses dois
economistas clássicos do
os tornaram particularmente ap-
por razões
irresistiveis, econômicas e fisicas, que
metais não nobres pelo o u r o e
monetário. Ademais, a substituição dos
tos ao uso
fortalecida pelos seguintes fatores adicionais:
pela prata foi
fo-
os metais preciosos sempre
E m todos os países em todas as épocas
em razão de seus usos
mate-
ram muito procurados e desejados, quer
simbólico e de seu valor mítico,
riais, quer em razão de seu caráter
como meios de express o de poder e de riqueza.
instrumentos monetários, eram suficiente-
Oouro e a prata, enquanto
mente escassos e as novas quantidades descobertas eram insignifican-
valor se
estoque existente, de tal forma que
seu
tes em relação ao
mantinha relativamente estável ao longo do tempo, confirmando a con-

fiança do público favorecendo sua aceitaçåo irrestrita.


e

P e l o menos até a segunda metade do século XIX, o crescimento da pro-

dução desses metais de forma adequada o crescimento


acompanhou
dos negócios, nào obstante tenham sido registradas dificuldades de
suprimento monetúrio a partir dos séculos XI e XII, com o gradual|

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MOEDA 31

RC Goiss
B1RLIOTECA
Crescimento dos fluxos de comércio
na
exatamente quando o
Europa. Mas,
desenvolvimentc
Doderia ser sufocado pela escassez de laste
descobriram a América e, do altiplano andi
omercial
oneta
no
r século
eu
cortes dos Reis CatQlicOs, por meio do porto
dades de ouro e prata. Posteriormente, a exnl

senvolvimer nento dos negócios e ao


surgimento dOS
oran

tosiserviu para alimentar o fluxo de metaisiOraçãoran


Os

ndes quant,
6Snvi-Taendaaesscpeparanhôsntiastaas
necenas
mulação que est naa base da concepção clássica um
Mais tarde, quando Revolução Industrial ims sOcessao
economia européia, no final do século xVulsionona cae
culo XIX,a escassez
de moeda
foi superada nele
nas de ouro da Austrália e da Califórnia, Por a s descetade
neaócios não pararam de crescer, a necessidade como
ade de
monetária foi satisfeita por inovações tecnológicas
ertas
a produ
expansão
expa
das mi
ploração intensiva das minas do Rand, açàoofeeo
na Afric u e pemia
Sul.
ex-
1.4.3 OAPARECIMENTO DA MOEDA-PAPEL

o desenvolvimento de sistemas monetarios à


base de meta
paralelo incremento das atividades de e de produção
comércio (intoreciosos e
regional) ensejaram o aparecimento de um novo tipo de moeda
se dá a denominação de moeda-papel.
a. e inter-

ente
Com multiplicaço das trocas entre regiões e países
a

ram-se alguns inconvenientes da moeda metalica diferentes


rentes, manifesta
como
transporte de metais a longas distancias tornOu-seinstrumento de n
to. O
decorrência do peso) e sujeito a riscOs (em relativamente di n
dade das estradas e dos meios de decorrencia
transporte e,
de roubos). em
Pela precaria
no porte de metais
sobretudo,
pelos arie-
riscos envoluid
preciosos desenvolveram-se esfOrços para
de instrumentosmonetários mais flexiveis que, ao mesmo e a
difusão
a
criaço
nassem os inconvenientes da moeda tempo em
metálica, também facilitassem a que contor.
operações crédito. Ademais, as relações comerciais só
de efetivação de
se esse novo instrumento monetário poderiam desenvolver-se
passasse a ser aceito de forma
que tivesse a necessária contrapartida de lastro metálico ampla, ainda
integral.
Particularmente após Renascimento, os comerciantes, forçados por essas
o
circunstancias, passaram a recorrer a instituições que,
tavam equipadas por força de suas funções, es
para guardar, sob garantia, metais monetários e
Tratava-se de casas de outros valores.
to das
custódia, que floresceram paralelamente ao desenvolvimen-
relações comerciais entre as cidades italianas de Flandres,
meio das chamadas feiras de
e a região por
abadias e as casas bancárias
Champagne. Os judeus, os cambistas, os ouriVE, a
italianas passaram a custodiar ouroe prata, ndo
a0s
depositantes certificados de depósito, os IOne
começaram a circular no lugar dos metais quais, por comodidade e
seg
monetários.
32
ECONOMIA MONETÁRIA

4
de
depósitos
de
r e p r e s e n t a t i v o s moeda
certificados denominada

de
de moeda,
con-
espontänea
circulação
modalidade de plena
uma
nova garantia aviso,
Com a
com
criada 100% e prévio
estava va
com
lastro de momento
e sem

Essa garantia,
prata, moeda-pape,
e qualquer
uro
O u n

va
representativa
ou podiam, a emissão.
tra-
origem à
detentores sua
de m a i o r
já que seus
deram custódia
rsibilicdade, depositados
que
das casas de de
honradez preferencial

eacá-la pelos metais pelo


nome e
moeda em
instrumento

o passar
confirmada nova com
essa seu uso
regularmente transformar ampliando-se
e
acabou por g e n e r a l i z a n d o - s e

licão, reserva
de valor,
troca e de
do tempo.

FIDUCIÁRIA
MOEDA
DA
A CRIAÇ O
d e s e n v o l v i m e n t o

o
1.4.4 abriu o
caminho para
da moeda-papel lastreada.
generalizado integralmente
Ouso m o d a l i d a d e de
moeda, não o lastro metálico

nova conversibilidade
mostrou que necessário
uma da
de da custódia e não era
circulação
A experiência aos
certificados em decorreu

100%) em relação monetário. Essa constatação


integral (de sistema não era
desse n o v o preciosos
operacionalização e m metais
para a reconversão da moeda-papel enquanto
uns

que de a Além disso,


da percepção todos o s s e u s d e t e n t o r e s a o m e s m o tempo. levando às casas de
n o v a s emissões,
solicitada por o u t r o s ensejavam
reconversão,
solicitavam a o u r o e prata para
depósito.
quantidades de "guardiões dos
progressiva, o s
novas
custódia
cautelosa, apesar de dos
forma ainda lastreados. A confiança
Assim, de certificados não
a emitir depositários
começaram e honrados
metais preciosos" comunidade, n o s fiéis
de forma geral, da papel-moeda. Na
reali-
comerciantes e, moeda fiduciária, o u
a criação da
do o u r o e da prata ensejou
representativa)
a passagem da
moeda-papel (moeda
e s s e processo significou das mais impor
dade, fiduciária), em geral
citada c o m o u m a
(moeda
para o papel-moeda histórica da moeda.
r e v o l u c i o n á r i a s etapas da evolução
tantes e
do papel-moeda e r a m as seguintes:
características
Neste primeiro estágio, as
Lastro inferior a 100%.
m e s m o tempo,
conversibilidade, j que todos, a o
Menor garantia de metal. Quando todos resolviam
não podiam transformar papéis em

fazer valer seu direito, simultaneamente,


verificava-se uma *quebra
nos anos imediatamente
geral do sistema", c o m o o c o r r e u na França,
B:anco de Law. Mesmo na In-
posteriores à morte de Luiz XIV, c o m o
mais tradicionais
glaterra, a despeito da prudência, característica das
casas bancárias inglesas, nmais de cem bancos provinciais foram à falên-
cia no pånico de 1793. Entre 1810 e 1817, calcula-se que cerca de seis-
centos estabelecimentos emissores de moeda ficduciária fecharam suas
portas.1

1 Ver, a propósito clos problemas ocorridos nesse primeiro estágio de criação do papel-moeda, o
retrato de WITHERS, Hartley. The meaning of money. 5. ed. Londres : MacMillan, 1930.

INTRODUÇÃO AC ESTUDO DA MOEDA 33


Só após
O Emissao feita por particulares. a
ruína do
1mecanismo das
sistema
controlar o
a
tado passou
cer seu monopólio.
emissões ou, é
que
aque oEs
as e m i s s o e s audaciosas de mesmo,: exer os
Osproblemas com falência
riticas, àa própria falência
do sistema papel-moed
monetário ee finanda cond
conduz
pi
épocascriticas,
Estado a regulamentar
as emissoes, estabelecendo-se três financeiro. Ist ziram, em
sistemas
1. Sistema de integral. Este
cobertura

emissoes iguais ao montante


sistema
do encaixe metál: consist básicos:evou o
terra, em 1844 (Pell Act), tendo sido o Banco daO1 adot em tor
emitir notas até limite de seu
até o limit encaixe-ouro, mai Tra auta Inosas
tornar
de 18 milhd de libras, inexpressivo em relac o Um m izala
a0 Capitntando
mesmo sistema
foi adotado pelos Estados Ii al do nte fixo,a
a ser limitadas pelo montan.n 1874Dan
emissões passaram
bancos no Tesouro
Nacional. quanl
Sistema de reserva proporcional. Este sistema cono: dos
cer uma relação legal issão e o encaixe
entre a emis nsiste
metá
em est
muito entre os paises, dentro de uma faixa de 2 . E s t a ree.
Bélgica) até 40% (EStados Unidos, com a
Bancos Federais de Reserva, ltalia, Suiça e implantação,
Holanda)
(Alema ha e
em
1913, ddos
3 Sistema de teto máximo. Este sistema consiste na fixaca.
máximo de emissäo, sem relação com o encaixe o de umatet
pela França, de 1870 a 1928. Esse sistema apresentou a Foi
pratica
tetoetálico.
mais flexivel que os de cobertura integral. e de agem de ser
reserva
fácil regulação da ferta proporci
relaço àsonal, en-
sejando a mais monetária em
sidades da economia. ne
eces-
A inflexibilidade desses sistemas (particularmente dos dois primeiros) l .
progressivamente, à instituiçao e emissao de notas inconversíveis. De inicio levou,
emissão dessas notas foi esporádica e quase sempre motivada por o, a
guerras e crisec ses.
A Rússia recorreu à emissão dessas notas durante as
guerras da Criméia (1885) e da
Turquia (1872); a Inglaterra durante a guerra com a França (1797); a Itália durante a
guerra coma Austria (1866). Coma Guerra Mundial de 1914-1918, todos os
países
recorrerama este expediente. Após essa guerra, a maior
parte dos países procurou
restabelecer a conversibilidade das notas. Foram então criados dois sistemas:

1. Goldexchange standard. Sob esse sistema, as notas são conversíveis


em uma divisa estrangeira, a qual, por sua vez, é conversível em ouro.
2. Gold bullion standard. Sob notas são conversiveis
esse sistema, as enm
gores de Ouro (geralmente de 5 libras-peso), de tal forma que o ma
nao e
usado para pagamentos internos. Quando muito, pode ser ent
Sourado, ou, então, usado em transações internacionais, gerac
oficiais.

34 ECONOMIA MONETÁRIA
inúteis,
resultaram

e s s e s esforços A
(Grande Depressão), de
conversao.
1929-33
de 1929
r i s e de
modalidades

Comna a
crise
c
desde então a
idéia destas ea garatia
abandonada a tradição
até 1971
do s i d o a b a n d o n a d a

manteve
exceçao
do dolar, que de ter garantias
com deixaram
nacionais os
e então, as moedas
de
p a r t i rd
proporcional, ficaram no passado. Hoje,
metálico
d o lastro
de metais preciosos,
metái as se-
lastro sob a forma Prevalecem
as

Os lastros, ficduciários.
netálicas. Os e m sua quase
totalidade,
s i s t e m a s m o n e
etários
t á
sâo,
guintes características:

de lastro metálico.
Inexistência
Inconversibilidlade absoluta.
emissões.
Monopólio estatal das

BANC
MOEDA
1.4.5 A
pelo
lastreada e monopolizada
de emissão não
Ao lado
da moeda fiduciária, disposições legais,
liberatório garantido por
c u r s o forçado
e de poder escritural o u
Estado, de modalidade de moeda: a moeda
bancária,
u m a outra acidental. Foi precipi-
desenvolveu-se
d e s e n v o l v i m e n t o desta
moeda o c o r r e u de forma
bancário e
invisivel. O decisório dos departamentos
independência do poder de que os
tado pela n o século XIX.
A não-conscientização
Banco da Inglaterra, de moeda, aju-
monetário do e r a m u m a forma
movimentados por cheques,
depósitos bancários, desses depósi-
dos meios de pagamento, pelo efeito multiplicador
dou a expansão
tos.
a parcela maior dos nmeios de paga-
Atualmente, a moeda bancária representa
e m todos o s
moeda,
de praticamente
mento, segundo conceito convencional comerciais e corresponde ao
to-
Essa forma de moeda é criada pelos bancos
países.

item 3.3, "a criação de moeda pelosbancos comerciais", e item 3.4, "O multiplica-
5. No Capítulo 3, Por
de que forma o efeito aqui referido se propaga.
dor dos meios de pagamento", mostraremos
dada por Simonsen, M.H., em Dinâmica macroeconômica:
ora, cabe citar a seguinte explicação
desenvolvimento da moeda escritural consiste na
"O fenômeno mais importante associado ao
os
bancos comerciais. No momento e m que
multiplicação dos meios de pagamento através dos
bancos observaram, por uma questão de cálculo de probabilidade, ser possível emprestar parte
todos o s depositantes sacas-
dos depósitos a vista recebidos, pois era altamente improvável que
sem seus fundos ao mesmo tempo, começou a surgir esse fenômeno de multiplicação. Os bancos
passaram a manter encaixes bem inferiores aos seus depósitos e, com isso, os meios de paga-
mento tornaram-se várias vezes superiores ao saldo do papel-moeda enmitido. Isso porque no
momento em que um banco concede um empréstimo com base em seus depósitos a vista, o dinheiro
passa a pertencer ao muuário, sem que o depositante perca o direito de sacar seus fundos a
qualquer momento. O mecanismo repete-se, pois as pessoas que recebem o empréstimo de um
banco, ou que com ele são pagas, acabam depositando seus empréstimos, e assim por diante. No
final, o volume de meios de pagamento torna-se várias vezes superior ao saldo do papel-moeda
emitido."

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MOEDA 35

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