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What does the story of the use of aid in Afghanistan in 2001 tell us of the relationship
between aid and the existing institutions in recipient countries?
A história do uso da ajuda no Afeganistão em 2001 nos mostra que a relação entre a ajuda
e as instituições existentes nos países receptores é crucial. No caso do Afeganistão, o país
tinha instituições extrativistas, caracterizadas pela falta de direitos de propriedade,
ausência de lei e ordem, sistemas jurídicos disfuncionais e a presença dominante das elites
políticas e econômicas. Essas instituições deficientes foram a principal causa da pobreza
e do subdesenvolvimento no país.
A ajuda externa, na forma como foi administrada, não contribuiu efetivamente para
melhorar as instituições no Afeganistão. Grande parte dos recursos destinados à
reconstrução e desenvolvimento do país foi desviada de seu propósito original. O dinheiro
foi usado para contratar serviços de transporte, pagar altos salários para burocratas
estrangeiros e alimentar a corrupção. A infraestrutura, as escolas e os serviços públicos
necessários para fortalecer as instituições inclusivas não receberam os investimentos
adequados.
Além disso, a ajuda externa foi entregue a regimes corruptos e opressivos, que utilizaram
esses recursos para fortalecer seu próprio poder e enriquecer-se. A falta de prestação de
contas e transparência permitiu que a ajuda fosse desviada, sem alcançar os destinatários
reais e sem promover melhorias significativas nas instituições afegãs.
Portanto, a história da ajuda no Afeganistão destaca a importância crucial das instituições
políticas e econômicas eficientes e inclusivas para o desenvolvimento sustentável. A ajuda
externa, nos moldes atuais, geralmente não é eficaz na promoção dessas instituições. É
essencial reconhecer as causas subjacentes da desigualdade e da pobreza nos países
receptores e buscar abordagens alternativas.
Uma abordagem promissora pode ser direcionar a ajuda externa para o fortalecimento das
instituições políticas e econômicas, envolvendo grupos e lideranças que são excluídos do
poder. Empoderar amplamente a população, permitindo que ela participe do processo
decisório e tenha acesso aos benefícios da ajuda, pode ser uma maneira mais eficaz de
utilizar os recursos externos para impulsionar o desenvolvimento sustentável e superar as
deficiências institucionais.