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Chapter 15

How do existing institutions and critical junctures determine institutional change?


A teoria central apresentada é a relação entre instituições econômicas e políticas
inclusivas e a prosperidade de uma sociedade. Instituições econômicas inclusivas, que
garantem direitos de propriedade e promovem condições igualitárias, são mais propensas
a levar ao crescimento econômico do que instituições extrativistas, que beneficiam apenas
alguns em detrimento de muitos e não protegem os direitos de propriedade. Além disso,
as instituições econômicas inclusivas dependem de instituições políticas que distribuem
o poder de forma pluralista e estabelecem a lei e a ordem.
Embora as instituições extrativistas possam gerar algum crescimento econômico a curto
prazo, esse crescimento não será sustentável. Isso ocorre porque o crescimento
econômico sustentado requer inovação e destruição criativa, o que ameaça as relações de
poder estabelecidas pelas elites que controlam as instituições extrativistas. Além disso, o
controle desigual dos recursos e do poder político sob instituições extrativistas cria
instabilidade política e conflitos sociais.
As sinergias entre instituições econômicas e políticas extrativistas criam um ciclo vicioso
que tende a perpetuar essas instituições. Da mesma forma, instituições econômicas e
políticas inclusivas estão ligadas em um ciclo virtuoso. No entanto, esses círculos não são
absolutos, e algumas sociedades conseguiram romper com instituições extrativistas e
fazer a transição para instituições inclusivas ao longo da história.
A diferenciação institucional é um processo gradual em que as sociedades se diferenciam
umas das outras ao longo do tempo. Conflitos e resolução de disputas desempenham um
papel na diferenciação institucional. Mudanças institucionais significativas são
desencadeadas por circunstâncias críticas, eventos que rompem o equilíbrio político e
econômico existente. Exemplos de circunstâncias críticas incluem a peste negra, a
abertura de rotas comerciais e a Revolução Industrial.
A história desempenha um papel importante na formação das instituições, e o processo
histórico de desenvolvimento institucional é crucial para entender as diferenças
institucionais entre as sociedades. No entanto, a teoria não implica determinismo
histórico, geográfico ou cultural. Os caminhos institucionais podem variar de uma
sociedade para outra, e a trajetória de desenvolvimento pode ser influenciada por
contingências e circunstâncias específicas.
Portanto, a teoria apresentada destaca a importância das instituições econômicas e
políticas inclusivas para a prosperidade econômica e ressalta a influência das
circunstâncias críticas e diferenciação institucional na formação e mudança das
instituições ao longo do tempo.

What does the story of the use of aid in Afghanistan in 2001 tell us of the relationship
between aid and the existing institutions in recipient countries?
A história do uso da ajuda no Afeganistão em 2001 nos mostra que a relação entre a ajuda
e as instituições existentes nos países receptores é crucial. No caso do Afeganistão, o país
tinha instituições extrativistas, caracterizadas pela falta de direitos de propriedade,
ausência de lei e ordem, sistemas jurídicos disfuncionais e a presença dominante das elites
políticas e econômicas. Essas instituições deficientes foram a principal causa da pobreza
e do subdesenvolvimento no país.
A ajuda externa, na forma como foi administrada, não contribuiu efetivamente para
melhorar as instituições no Afeganistão. Grande parte dos recursos destinados à
reconstrução e desenvolvimento do país foi desviada de seu propósito original. O dinheiro
foi usado para contratar serviços de transporte, pagar altos salários para burocratas
estrangeiros e alimentar a corrupção. A infraestrutura, as escolas e os serviços públicos
necessários para fortalecer as instituições inclusivas não receberam os investimentos
adequados.
Além disso, a ajuda externa foi entregue a regimes corruptos e opressivos, que utilizaram
esses recursos para fortalecer seu próprio poder e enriquecer-se. A falta de prestação de
contas e transparência permitiu que a ajuda fosse desviada, sem alcançar os destinatários
reais e sem promover melhorias significativas nas instituições afegãs.
Portanto, a história da ajuda no Afeganistão destaca a importância crucial das instituições
políticas e econômicas eficientes e inclusivas para o desenvolvimento sustentável. A ajuda
externa, nos moldes atuais, geralmente não é eficaz na promoção dessas instituições. É
essencial reconhecer as causas subjacentes da desigualdade e da pobreza nos países
receptores e buscar abordagens alternativas.
Uma abordagem promissora pode ser direcionar a ajuda externa para o fortalecimento das
instituições políticas e econômicas, envolvendo grupos e lideranças que são excluídos do
poder. Empoderar amplamente a população, permitindo que ela participe do processo
decisório e tenha acesso aos benefícios da ajuda, pode ser uma maneira mais eficaz de
utilizar os recursos externos para impulsionar o desenvolvimento sustentável e superar as
deficiências institucionais.

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